04 - Editorial:

   Octávio Carmo

06 - Foto da semana

07 - Citações

08 - Nacional

14 - Internacional

22 - Opinião:

    Miguel Oliveira Panão

   Luis Filipe Santos

26 - Dossier

   Portas abertas para o Turismo

 

 

52 - App Pastoral

54 - Estante

56 - Vaticano II

58 - Agenda

60 - Por estes dias

62 - Por outras palavras

63 - YouCat

64 - Programação Religiosa

65 - Minuto Positivo

66 - Liturgia

68 - Família

70 - Ano da Vida Consagrada

74 - Fundação AIS

76 - Lusofonias

Foto da capa: Agência ECCLESIA

Foto da contracapa:  Agência ECCLESIA

 

 


AGÊNCIA ECCLESIA 
Diretor: Paulo Rocha  | Chefe de Redação: Octávio Carmo
Redação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,.
Luís Filipe Santos,  Sónia Neves
Grafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana Gomes
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Opinião

 

 

 

Vaticano propõe turismo mais verde

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Cáritas promove empreendedorismo

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Igreja de portas abertas aos turistas

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Miguel Neto | Octávio Carmo |Luis Filipe Santos| Manuel Barbosa | Paulo Aido | Tony Neves | Bento Oliveira

 

Uma pergunta ou duas
para perceber o Papa

  Octávio Carmo   
  Agência ECCLESIA   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“A tradição cristã nunca defendeu tal direito como algo absoluto e intocável; pelo contrário, sempre o entendeu no contexto mais vasto do direito comum de todos a utilizarem os bens da criação inteira: o direito à propriedade privada está subordinado ao direito ao uso comum, subordinado à destinação universal dos bens"

“Queria recordar a todos, sobretudo aos governantes que estão empenhados a dar um perfil renovado aos sistemas económicos e sociais do mundo, que o primeiro capital a preservar e valorizar é o homem, a pessoa, na sua integridade”

 

‘A mim, que me importa?’. A pergunta que o Papa colocou na boca da humanidade de todos os tempos, ao visitar um cemitério militar, condensa a sua preocupação de fundo com a globalização da indiferença. É à luz dessa preocupação que devem ser lidas as suas intervenções ‘sociais’, livres das roupagens ideológicas de que muitos as querem revestir, sobretudo quando a denúncia é demasiado incómoda.

A encíclica ‘Laudato si’ veio mostrar mais uma vez que o suposto unanimismo em volta de Francisco é um mito. Muitos vieram a público, prontamente, rasgar as vestes, em sinal de protesto, mostrando nalguns casos um total desconhecimento da Doutrina Social da Igreja - erro imperdoável para quem se diz católico.

O documento mereceu mesmo um ataque preventivo (especialidade da família Bush) 

 

 

 

por parte de setores conservadores nos Estados Unidos da América e gerou o pânico em quem julga que o atual Papa está a ir longe demais.

A ingenuidade ou a ignorância - que se estendem a quem lê o pontificado de Francisco numa chave de novidade constante, mesmo quando repete o que os seus predecessores já disseram - não justificam, no entanto, que tantos o reduzam a um “soundbite” qualquer. Pior ainda, que se critique o seu alegado silêncio sobre matérias em que a sua voz tem feito ouvir de forma sistemática, na defesa da vida e da família.

Quando um Papa fala sobre o futuro

 

 da humanidade, a preservação dos recursos naturais, o aquecimento global ou a pobreza, apelando ao diálogo com todos, é manifesta má vontade entender que a solução é calá-lo. Em última instância, o grande problema é saber se estamos dispostos a responder às questões ‘A mim, que me importa? Sou, porventura, guarda do meu irmão?’.

P.S. - As duas citações com que o texto se inicia são de João Paulo II e Bento XVI. As intervenções de Francisco sobre o ambiente ou a crise grega, como se vê, não são invenções suas nem um capricho sul-americano. Longe disso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Impasse nas negociações, marcação de referendo nacional, prolongamento do programa de assistência financeira e mais austeridade marcam relações entre Grécia e credores europeus nos últimos dias 

 

 

«Os jornais têm duas missões: informar o público e chatear os poderosos. E ambas são fundamentais. Podemos, por vezes, ser injustos? Podemos, com certeza. Mas antes injustos do que medrosos, moles, mornos e monótonos», João Miguel Tavares,02.07.2015, in Publico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

«Está na hora de assumirmos que somos candidatos a todos os títulos em Portugal. Temos de acordar o leão adormecido e por isso a partir de hoje há três candidatos ao título em Portugal», Jorge Jesus na apresentação como novo treinador do Sporting, 01.07.2015

 

«Eu penso que o euro não vai fracassar, é uma ilusão o que se diz. A zona do euro são 19 países, eu espero que a Grécia não saia, mas se sair ficam 18 países», Aníbal Cavaco Silva comentando o impasse das negociações entre a Grécia e os credores internacionais, 29.06.2015, in Renascença

 

«Eliminar a transmissão de um vírus é uma das maiores conquistas para a saúde pública possível», Margaret Chau, directora-geral da Organização Mundial da Saúde confirmando Cuba como o primeiro país a eliminar a transmissão de mãe para filho do vírus da imunodeficiência humana (VIH) e da bactéria Treponema pallidum causadora da sífilis, durante a gravidez, parto e aleitamento, 01.07.2015, in Público

 

«A dignidade da pessoa deve permanecer no centro de qualquer debate político e técnico, bem como na hora de tomar decisões responsáveis», Papa Francisco numa mensagem de solidariedade à população grega que se debate com uma crise económica e social e se confronta com as negociações entre o governo e os credores internacionais, 01.07.2015

 

 

 

 

 

 

 

Cáritas Portuguesa na promoção
do empreendedorismo

O presidente da Cáritas Portuguesa fez uma “avaliação positiva” do projeto ‘CRIA(C)TIVIDADE - O Franchising Social potenciado pelo Marketing Social’, mas alertou que é preciso “sair do ciclo vicioso de financiamentos europeus”. “Gostaria agora que estas iniciativas acontecessem sem este tipo de projetos. Não podemos estar amarrados a estes financiamentos europeus, temos de sair deste ciclo vicioso. Temos capacidades se quisermos, até o Governo pode criar sinergias junto das entidades empresariais”, comentou Eugénio Fonseca, na apresentação de resultados que decorreu esta terça-feira, na Sociedade de Geografia de Lisboa.

À Agência ECCLESIA, o presidente da Cáritas Portuguesa manifestou “receio” de que o novo quadro comunitário de apoio à Agenda 2020, que “está muito direcionada para estas preocupações”, crie obstáculos devido à sua metodologia que, em alguns casos, prevê que as pessoas tenham de “iniciar o projeto” e só depois são ressarcidas dos investimentos

 

“mediante os resultados”. “Deixo este alerta porque há pessoas que não têm esta capacidade”, acrescentou o responsável que manifestou preocupação também que “entidades do sistema financeiro” se aproveitem destas “fragilidades para ganharem com alguma parte dos fundos”.

Na sessão pública de encerramento do projeto CRIA(C)TIVIDADE, Eugénio Fonseca comentou que “nem tudo foram rosas” porque criaram “muitas frustrações” mas faz uma “avaliação positiva” porque as expetativas iniciais “eram muito mais baixas”.

Num período de 18 meses, os responsáveis receberam com mais de 1000 candidatos e reuniram-se com 192 empreendedores, dos quais se destacam 24 projetos e a criação de 48 empregos.

O apoio traduziu-se em “aconselhamento e acompanhamento técnico” e depois os futuros empresários eram encaminhados para soluções de financiamento como o microcrédito ou o crowdfunding (financiamento colaborativo).

 

 

 

“O projeto ‘Cria(c)tividade’ nunca teve na sua génese o financiamento para que os projetos arrancassem”, frisa o presidente da Cáritas que realça o compromisso inicial de “fazer nascer dez ideias e concretizá-las, envolvendo pelo menos 18 pessoas”.

Um resultado positivo que para o responsável podia ter “avançado muito mais” se os ministérios a que recorreram tivessem “libertado algumas verbas”, mais concretamente cerca de “200 mil euros".

À Agência ECCLESIA, o presidente do Instituto de Altos Estudos da Academia

 

de Ciências, o professor Adriano Moreira, analisou este projeto comentando que sobretudo na Europa pobre “o credo do mercado substitui o credo dos valores” que a Cáritas “defende”. O antigo líder do CDS apresentou uma reflexão sobre ‘A relação entre o progresso tecnológico e a pobreza’ e explicou que o avanço na ciência e na técnica origina a “necessidade de pessoas altamente preparadas” o que dispensa parte da população criando problemas de “ordem sociológica, política e ética”, mesmo o “Estado Social” que “tem de ser mantido”.

 

 

 

Jornadas Nacionais de Comunicação Social debatem «Comunicação e Família»

As Jornadas Nacionais de Comunicação Social vão decorrer em Fátima nos dias 24 e 25 de setembro e têm este ano por tema “Comunicação e Família: Partilha de afetos”, encerrando com uma conferência de D. Manuel Clemente. O cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa vai falar a poucas dias do início da assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Família.

D. Manuel Clemente é delegado da Conferência Episcopal Portuguesa à assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família, juntamente com o presidente da Comissão Laicado e Família, D. Antonino Dias.

 

 

 

Promovidas pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, as Jornadas reúnem em cada ano responsáveis diocesanos pelo setor dos media, jornalistas e outros profissionais dos meios de comunicação social regionais e nacionais. As Jornadas iniciam-se no dia 24, com uma intervenção de D. Pio Alves,presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, a que se seguem dois painéis sobre os temas ‘Família na comunicação’ e ‘Família em comunicação’.

As inscrições podem ser feitas em www.ecclesia.pt/jornadas2015.

 

 

 

 

Pelo Direito a Nascer

A Associação dos Juristas Católicos considera que “urge a Assembleia da República aprovar” o projeto de Lei 790/XII de apoio à maternidade e paternidade da Iniciativa ‘Pelo Direito a Nascer’, que vai ser discutido no Parlamento esta sexta-feira. “A completa tutela do direito à vida do nascituro supõe a alteração da lei vigente, que veio legalizar e liberalizar o aborto na sequência do referendo de 2007”, revela a Associação dos Juristas Católicos que manifesta “firme apoio” ao projeto-lei da Iniciativa Legislativa de Cidadãos (ILC) ‘Pelo Direito a Nascer’.

Num comunicado, divulgado no sítio online do Patriarcado de Lisboa, a associação explica que tem consciência de que “não se revela ainda politicamente viável” a imediata concretização política mas não desiste “o alcançar no futuro”.

Depois de incertezas sobre se estas propostas seriam votadas na atual legislatura, a presidente da Assembleia da República agendou para esta sexta-feira a discussão das propostas da Iniciativa Legislativa de Cidadãos, depois de garantir um compromisso institucional dos 

 

 

 

partidos representados no Parlamento. “Os deputados da Nação apoiem sem reservas e com empenho redobrado a iniciativa e procedam à sua célere aprovação parlamentar”, apela a Associação dos Juristas Católicos.

A Federação Portuguesa pela Vida (FPV), num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, informa que dados da Direção-Geral de Saúde (DGS) indicam “135 430 abortos legais por opção da mulher”, entre julho de 2007 e dezembro de 2014, “integralmente subsidiados pelo Estado”.

Os 195 abortos por 1000 nascimentos registados em 2014 são números “ainda superiores” aos registados entre os anos de 2008 e 2010.

 

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados emwww.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima visitou Diocese de Viana

 

 

 

 

Festa dos Tabuleiros, religiosidade e solidariedade em tradição secular

 

Vaticano propõe «revolução»
ecológica no Turismo

O Vaticano publicou hoje uma mensagem para o Dia Mundial do Turismo 2015 (27 de setembro), na qual propõe uma “revolução” ecológica neste setor, com a ajudar dos mil milhões de viajantes em todo o mundo. “Cada viajante, ao adotar um critério mais correto para percorrer o mundo, torna-se parte ativa na tutela da Terra. O esforço de cada um, multiplicado por mil milhões, torna-se uma grande revolução”, refere o texto do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.

A mensagem, intitulada ‘Mil milhões de turistas, mil milhões de oportunidades’, recorda a nova encíclica de Francisco, ‘Laudato si’, centrada em questões ecológicas, apelando ao respeito pelas “pessoas e ambiente”.

“O setor turístico, aproveitando as riquezas naturais e culturais, pode promover a sua conservação e, paradoxalmente, a sua destruição”, alertam os responsáveis do. Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.

 

A Santa Sé propõe a construção de redes socioeconómicas globalizadas “a favor de comunidades locais e viajantes”. “Os turistas não podem reduzir-se apenas a uma estatística ou a uma fonte de recursos. É necessário colocar em ação formas de negócio turístico com e para as pessoas”, pode ler-se. Segundo o Vaticano, a globalização do turismo pode levar “ao nascimento de um sentido cívico individual e coletivo”. “Já se atenuou o conceito clássico de ‘turista’, ao passo que se reforçou o de ‘viajante’, ou seja, daquele que não se limita a visitar um lugar, mas, de alguma forma, torna-se parte integrante dele. Nasceu o ‘cidadão do mundo’: não mais ver, mas pertencer; não ‘curiosar’, mas viver; não mais analisar, mas aderir”, precisa o texto.

A mensagem sustenta que os governos devem garantir o respeito pela lei e adotar novas legislações “apropriadas à tutela da dignidade das pessoas, das comunidades e do território”.

O documento recorda as oportunidades de evangelização que o turismo oferece à Igreja Católica, 

 

 

 

 

 

 

 

 

tornando-se “próxima dos viajantes para oferecer uma resposta apropriada e pessoal à sua busca interior”.

“A Igreja coopera para fazer do turismo um meio para o desenvolvimento dos povos, especialmente dos mais desfavorecidos, encaminhando projetos simples, mas eficazes. 

 

A Igreja e as instituições devem, no entanto, estar sempre vigilantes a fim de evitar que mil milhões de oportunidades se tornem mil milhões de riscos, cooperando na salvaguarda da dignidade pessoal, dos direitos do trabalho, da identidade cultural, do respeito ao ambiente”, prossegue o Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.

 

 

Cuba e EUA de 19 a 27 de setembro

O Papa vai visitar Cuba e os Estados Unidos da América de 19 a 27 de setembro deste ano, numa viagem que inclui encontros com os presidentes dos dois países e uma oração «ground zero» em Nova Iorque. O programa oficial da viagem foi divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé, tendo ainda como pontos de relvo a visita à ONU e a participação no VIII Encontro Mundial das Famílias, na cidade norte-americana de Filadélfia.

Francisco parte do Vaticano a 19 de setembro rumo à capital de Cuba, Havana, onde vai ter lugar a cerimónia de boas-vindas; no dia seguinte, vai presidir à Missa na Praça da Revolução, antes de se encontrar com Raul Castro.

Na quarta-feira, 23 de setembro, tem lugar a cerimónia de boas-vindas na Casa Branca, onde o Papa pronuncia um discurso, reunindo-se depois com Barack Obama; segue-se um encontro com os bispos dos Estados Unidos da América.

De tarde, Francisco preside à Missa de canonização do Beato Junípero Serra, franciscano que evangelizou a Califórnia, no Santuário Nacional da Imaculada Conceição.

 


A 24 de setembro, o pontífice argentino vai tornar-se o primeiro Papa a discursar diante das duas câmaras do Congresso norte-americano.

A primeira visita do atual Papa à sede da ONU está marcada para 25 de setembro, de manhã, com uma saudação e um discurso de Francisco.

Nesse mesmo dia, Francisco vai participar num encontro inter-religioso no memorial do ‘Ground Zero’, evocando as vítimas dos ataques terroristas do 11 de setembro.

Francisco parte para Filadélfia a 26 de setembro, para participar nos eventos conclusivos do Encontro Mundial das Famílias (EMF).

 

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Francisco visitou Bento XVI

O Papa Francisco visitou esta terça-feira Bento XVI na residência do seu predecessor, no Vaticano, num encontro que demorou cerca de meia hora, anunciou o diretor da sala de imprensa da Santa Sé. A visita aconteceu antes da partida do Papa emérito para a residência pontifícia de Castel Gandolfo, arredores de Roma, onde vai permanecer até 14 de julho, adiantou o padre Federico Lombardi.

Este local acolheu Bento XVI em várias ocasiões, durante os oito anos de pontificado e nos dois primeiros meses após a renúncia ao ministério petrino, em fevereiro de 2013.

O Papa emérito completou 88 anos de idade no dia 16 de abril, residindo no antigo mosteiro ‘Mater Ecclesiae’, dentro do Vaticano.

O secretário particular de Bento XVI, D. Georg Gaenswein, afirmou que este “está bem, para a sua idade” e caminha todos os dias cerca de meia hora, nos Jardins do Vaticano.

“Em geral vou com ele, rezamos juntos o terço. Ele, que sempre teve passo rápido, agora, seguindo conselho médico, usa um andarilho nos seus passeios, e em casa, uma bengala”,

 

 

comentou o arcebispo alemão, em entrevista citada pela Rádio Vaticano.

O padre Federico Lombardi adiantou r outro lado que, após a viagem do Papa Francisco ao Equador, Bolívia e Paraguai, o calendário pontifício vai seguir a tradição, sem audiências privadas ou especiais entre o início de julho e finais de agosto.

As audiências gerais que todas as semanas juntam milhares de pessoas na Praça de São Pedro, à quarta-feira, vão estar suspensas em julho e serão retomadas a 5 de agosto, na sala Paulo VI.

As alterações estendem-se à Missa que o Papa celebra de manhã, na capela da Casa de Santa Marta, com funcionários do Vaticano e da Santa Sé, que se vai reiniciar no começo de setembro.

 

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial internacional nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Papa envia mensagem de solidariedade à Grécia e pede decisões «responsáveis»

 

 

 

Solenidade litúrgica de São Pedro e São Paulo no Vaticano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cáritas        Editorial   Catálogo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cáritas

 

 

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Criação: dom confiado

  Miguel Oliveira Panão   

  Professor Universitário   

 

Com São João Paulo II fomos introduzidos ao Evangelho da Vida. Na última exortação apostólica, o Papa Francisco introduz-nos ao Evangelho da Alegria. Nesta última Encíclica, somos confrontados com o Evangelho da Criação. Para muitos de nós que estudamos, aprofundamos ou simplesmente nos apaixonamos pelo diálogo entre ciência e fé, este é um capítulo que merece a nossa atenção.

 

O primeiro reconhecimento que o Papa faz é a diferença das abordagens da ciência e da fé. Por vezes, é fácil confundir distinguir e separar como se fossem a mesma coisa. O facto de ciência e fé serem abordagens distintas, não quer dizer que sejam separadas, pois quem as realiza - em última análise - é o mesmo ser humano que as pensa e vive. Daí que o diálogo de ambas possa ser intenso e frutuoso [LS 62]. Mas, porque razão é importante chamar a atenção para este diálogo? Diz o Papa que se quisermos, de verdade, construir uma ecologia que nos permita reparar tudo o que temos destruído, então nenhum ramo das ciências e nenhuma forma de sabedoria pode ser transcurada, nem sequer a sabedoria religiosa com a sua linguagem própria [LS 63].

 

A convicção de fé de um crente de que o universo é criação de Deus deveria dar-lhe motivação suficiente para estabelecer com a natureza um relacionamento diferente, e que esse faria toda a diferença na sua vida quotidiana e espiritual. Mas, para isso, importa perceber bem a relação entre criação e universo. Diz o Papa que «criação» é 

 

 

 

 

 

mais do que dizer natureza, porque tem a ver com um projecto do amor de Deus, onde cada criatura tem um valor e um significado” [LS 76]. Enquanto a natureza é um sistema que o homem pode observar, compreender e interagir, a criação é uma realidade doada por Deus a nós e a cada criatura. Eu estou de acordo com o Papa em relação ao facto da criação ser um "dom" de Deus [76], no sentido de que essa não é algo que nos apropriamos, mas acolhemos. Porém, isso leva a que as pessoas 

 

afirmem que a criação foi-nos "dada" e, nesse sentido, tenho algumas reservas, porque aquilo que nos é dado tendemos a afirmar como nosso, correndo o risco de cair numa atitude de apropriação. Na minha opinião, o mais correto seria dizer que a criação foi-nos "confiada" [LS 244], e que, como sacerdotes da criação, somos chamados - de algum modo - a levá-la até Deus. Daí a importância de incluir cada vez mais o relacionamento com o mundo natural na nossa vida espiritual.  

 

Triturar a Grécia ou os gregos?

  Luís Filipe Santos   
  Agência ECCLESIA   

 

A Europa «forte» e «endinheirada» continua a dar um triste espetáculo mundial. O que temos assistido e participado como simples observadores é lamentável. Parece uma peça de teatro de W. Shakespeare (1564-1616), poeta e dramaturgo inglês, quando diz: «Os peixes vivem no mar, como o homem na terra; os grandes comem os pequenos».

As negociações entre os génios europeus e o governo de Alexis Tsipras é uma brincadeira telegénica. Junto às objetivas dos profissionais de comunicação social encontramos sorrisos «amarelados» e amizades sem alicerces que apenas visualizam o seu extrato bancário. Esquecem o passado… O presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, afirmou, não faz muitos meses, que «pecámos contra a dignidade dos povos, nomeadamente na Grécia e em Portugal e muitas vezes na Irlanda». A borracha política e interesseira apaga as frases e, hoje, esses mesmos génios da macroeconomia esquecem o que proferiram e continuam a encenar uma paz falsa na Europa.

Este continente está desorientado ou alguém tem altos interesses na anarquia que cozinha nesta panela de pressão. Enxovalhar os gregos tornou-se numa espécie de desporto europeu. Enquanto se fala no problema grego, os assuntos nacionais são esquecidos. Este país de «cofres cheios» e políticos que se demitem “às 3 horas e às 5 horas” tinham “um amigo que é CEO de uma grande empresa de tecnologias” a oferecer trabalho não vivem 

 

 

 

na realidade (Ver: entrevista a Miguel Relvas no jornal «Expresso» de 27 de junho de 2015). Com essa rapidez de propostas laborais – com licenciaturas onde alguns artigos apresentados deram mais trabalho do que a preparação para alguns exames – não existia desemprego em Portugal e nos restantes países da Europa.

No dia da vitória do Syriza fiquei contente – tal como muitos milhões de europeus – não pelo triunfo de um partido «radical», mas pelo facto dos gregos votarem pela dignidade do seu país e desafiarem a Europa que agora os quer punir pelo arrojo e insolência. Este continente não pode ser governado por uma espécie de tecnocratas, estilo cobradores de fraque, em nome de um país 

 

que esteve no centro de  duas guerras mundiais.

Apesar dos gregos nos terem retirado, em 2004, um campeonato da Europa, na cidade onde rumaram os navegadores na descoberta de novos mundos, estes mereciam apoio dos países periféricos. No entanto, de Portugal a Grécia recebeu “uma feroz e invejosa oposição do governo e do presidente” (cf. Miguel Sousa Tavares, In: jornal «Expresso» de 27 de junho de 2015). Triste Europa que apenas vê Euros e fecha os olhos aos esfomeados…

 

PS – Desculpa, Papa Francisco a «nossa» «Laudato Si» merecia um comentário, mas a ecologia também passa pela tirania democrática.

 

 


Igreja e Turismo

A Obra Nacional da Pastoral do Turismo e o Turismo de Portugal acabam de assinar um protocolo que tem como principal objetivo reforçar a qualidade da oferta turística religiosa no país, quer ao nível do acolhimento quer também no plano da informação prestada aos visitantes. O Semanário ECCLESIA apresenta nesta edição as prioridades do setor, com declarações de responsáveis da Igreja e do Governo, dando a conhecer o que se vai fazendo em várias partes do país e os projetos que visam acolher adequadamente os turistas nacionais e estrangeiros.

 

 

 

 
 
 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

Turismo: «Trabalho com as dioceses
já vai dando frutos»

 

O padre Carlos Godinho foi reconduzido à frente da Obra Nacional da Pastoral do Turismo, para um novo mandato de três anos. Em entrevista à Agência ECCLESIA, o sacerdote perspetivou os próximos passos de um organismo da Igreja Católica criado em 2012

Entrevista conduzida por José Carlos Patrício

 

Agência ECCLESIA (AE) – Depois destes primeiros três anos de consolidação da Obra Nacional da Pastoral do Turismo, quais é que são as grandes prioridades até 2018?

Padre Carlos Godinho (CG) – A preocupação de fundo será sempre a perspetiva de uma antropologia que englobe as várias dimensões da pessoa, fundamentada num turismo global. Mas definimos seis objetivos para este triénio, nos quais nos vamos centrar para além de todos os outros trabalhos necessariamente a que a obra terá de dar resposta.

Em primeiro lugar teremos o acolhimento, que é uma dimensão essencial, continuando a disponibilizar materiais, sobretudo no contexto das celebrações, para que as pessoas possam de facto celebrar na sua própria língua, os estrangeiros de modo particular.

 
Depois temos o trabalho junto das dioceses, promover, dinamizar ou incrementar juntamente com os responsáveis diocesanos os serviços diocesanos de pastoral do turismo, que são essenciais, sem isso não há depois pastoral do turismo no terreno.

Entretanto estamos também agora com um projeto em mãos, que esperamos que dê bons frutos, que é o projeto “Portas Abertas – Formação de Guias-Intérpretes”, em parceria com o Turismo de Portugal.

Um projeto que pode também ajudar alguns jovens desempregados a fazerem a sua requalificação como guias, alguns jovens licenciados ou equivalentes.

Temos depois uma outra grande preocupação que é a elaboração de roteiros nas dioceses, e por isso vamos dar algumas orientações para que eles nos cheguem e possam ser 

 

 

 

 

publicados na página da Obra Nacional na internet.

Teremos naturalmente os caminhos de peregrinação, Fátima e Santiago de Compostela, aqui numa perspetiva mais de colaboração.

Poderei dizer desde já, em relação aos Caminhos de Santiago, já há trabalho em comum com o Turismo de Portugal e com outras instituições também, a par da colaboração com o Santuário de Fátima, com os municípios e outras instituições 

 

que se estão a dedicar aos caminhos marianos.

Depois temos as nossas jornadas de pastoral do turismo, cuja primeira edição já se realizou em 2014 em Fátima, e vamos ter agora as segundas em outubro próximo em Braga.

Estarão ligadas à Pastoral do Turismo, ao Turismo de Património, será esta a temática das jornadas que muito em breve serão anunciadas, com o respetivo programa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AE – Como é atualmente a organização das dioceses quanto à Pastoral do Turismo,?

CG – Não diria que nos falta tudo ou quase tudo, o trabalho com as dioceses tem sido um pouco mais moroso mas vai já dando frutos. É certo que o Algarve antes ainda da organização da ONPT, da sua criação, sentiu necessidade de se organizar pela sua realidade própria, como espaço turístico por excelência.

Foi secundado desde logo pela Diocese de Bragança-Miranda, que desenvolveu um serviço nesta área.

Neste momento o Patriarcado de Lisboa tem o seu serviço organizado e em breve irá apresentar também o seu projeto, temos Braga também que já constituiu um secretariado pastoral, mais duas dioceses, Coimbra e Portalegre Castelo-Branco que já iniciaram este processo e temos algumas boas vontades manifestadas pelos responsáveis diocesanos, nomeadamente pelos bispos, nalgumas dioceses.

Claro que a nossa intenção é fazer 

 

com que as 20 dioceses portuguesas, e ainda mais depois um equivalente em termos de jurisdição que é da Defesa, tenham de facto um serviço de turismo em cada uma das regiões.

Poderá ser um secretariado, um departamento, dentro dos secretariados da Mobilidade Humana ou das Migrações e Turismo, uma vez que coabitam as duas designações nas dioceses, mas organizar um serviço dentro delas.

A estrutura base será esta, estamos a caminho, gostaria que fosse muito mais célere. Certamente que compreendo as preocupações e solicitações diversas das dioceses, e a capacidade de organizar os serviços, muitas vezes têm que se definir prioridades.

De qualquer forma, julgo que seria necessário neste âmbito, de forma mais organizada ou eventualmente mais simples, termos um serviço em cada uma das dioceses.

 

 

 

AE – E no que toca ao acolhimento, à existência de pessoas qualificadas para receberem e informarem devidamente os visitantes e peregrinos?

CG – Esse é um trabalho que está por fazer, temos guias-intérpretes já formados, que trabalham com as várias agências de turismo, há algum trabalho feito na perspetiva da formação, nomeadamente com o Santuário de Fátima.

Todos os anos ele tem um encontro de guias-intérpretes em que tive oportunidade já de participar

 

 

também, com duas comunicações em dois anos distintos.

De qualquer forma, há um trabalho que é necessário fazer, sobretudo dotar senão todas as nossas igrejas, seria se calhar a realidade ideal, mas as principais igrejas nas várias dioceses, dotá-las de guias-intérpretes devidamente preparados.

É nesse sentido que temos este projeto em mãos, em parceria com o Turismo de Portugal, com a Universidade Católica Portuguesa, que gostaríamos de concretizar. É agora o desafio que temos pela frente.

 

 


 

«Portas abertas»

Um dos projetos que mais nos tem mobilizado é o denominado «Projeto Portas Abertas». Insere-se no âmbito dos objetivos da Obra Nacional da Pastoral do Turismo, já que um dos seus objetivos específicos é exatamente «propor programas de formação especializada para guias turísticos e operadores do turismo, no intuito de dispormos de agentes pastorais devidamente preparados». Depois, tem a vantagem de comportar um compromisso social e de emprego, uma vez que se destina à requalificação de licenciados desempregados ou equivalentes. Por fim, permitirá a cooperação interinstitucional, envolvendo a parceria de várias instituições em ordem a um desígnio comum. É com grande esperança de sucesso, contando com o envolvimento de todas as partes – instituições civis e eclesiásticas -, que abraçamos este projeto.

(Padre Carlos Alberto da Graça Godinho)

 

 

 

 

 

 

 

 

Turismo: «Disponibilizar o património de uma forma mais adequada»

 

A Obra Nacional da Pastoral do Turismo assinou um protocolo com o Turismo de Portugal que visa a formação de guias-intérpretes que deem mais qualidade ao acolhimento e à informação disponibilizada aos visitantes

Varico Pereira, coordenador do projeto “Igrejas de Portas Abertas”, explicou à Agência ECCLESIA o andamento deste processo

 

 

Agência ECCLESIA (AE) – Como é que a parceria com o Turismo de Portugal vai funcionar?

Varico Pereira (VP) – O projeto “Igreja de Portas Abertas” é um projeto pioneiro que nasce de um aumento significativo da visita ao património religioso e de alguns constrangimentos na visita a esse património.

Muito desse património que é hoje procurado por turistas está muitas vezes indisponível à visita e outras vezes, quando está disponível, a visita não é adequada.

Então a ONPT decidiu elencar um projeto que fosse estratégico e conseguisse agregar um conjunto de parceiros para poder colmatar esses constrangimentos.

Procurando encontrar junto de jovens recém-licenciados com problemas 

 

 

 

de empregabilidade, conseguir elaborar um plano de formação adequado ao património religioso não só do ponto de vista histórico mas também daquilo que é a dimensão religiosa do espaço, para poder disponibilizar esse património de uma forma mais adequada e para haver um acolhimento mais adequado ao turista e peregrino.

Como? Disponibilizando informação e acolhimento adequado para que ele possa vivenciar melhor a visita a esse património.

As parcerias não se ficam só pelo Turismo de Portugal, estamos a tentar encontrar parcerias junto das próprias dioceses, dos santuários e catedrais porque são elas que numa segunda fase do projeto vão acolher esses jovens que vão fazer a formação.

E a partir daí, tentar de alguma 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

forma que esses jovens que vão ser colocados numa primeira fase em estágio, possam também através dessas parcerias, eventualmente também com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, sustentar a empregabilidade das pessoas, primeiro a curto prazo e depois a médio-longo prazo, esperamos nós.

 

AE – Já existem números quanto aos jovens que vão participar nesta formação?

VP – Esse número ainda não está identificado, temos sim identificado o público-alvo. No entanto este projeto só terá viabilidade se tiver o apoio dos vários parceiros.

Sem esse apoio não é possível 

 

 

 

avançar com o projeto. E portanto só quando encontrarmos linhas de financiamento, com base na parceria que estamos a estabelecer, com “Portugal 2020”, aí sim nós iremos candidatar o projeto para que ele possa ser financiado e avançar de facto.

Nesta fase estamos ainda num ponto preliminar, de preparação e apresentação do projeto, no sentido de reforçar a sua importância para que o mais rapidamente possível possa haver financiamento para dar andamento ao projeto.

 

AE – Já se sabe em termos de financiamento, quanto é que será necessário para que este projeto possa ter pernas para andar?

VP – Sim, já fizemos um estudo de viabilidade e temos já uma noção do projeto, agora o valor depende do número de jovens que se candidatem a frequentar o programa e também do número de parcerias que consigamos estabelecer.

 

 

AE – Falou na colaboração com a Universidade Católica Portuguesa. Como é que ela se vai processar?

VP – A Universidade Católica tem aqui um papel importante pois será a entidade responsável pela formação. Nesse sentido, quando o projeto avançar, será ela a assumir esse papel antes desses jovens entrarem num contexto prático de trabalho.

 

AE – Há muitas igrejas atualmente que sofrem desses constrangimentos que referiu, em termos de visita?

VP – Não é fácil avaliar esse número. No entanto nós já temos identificado não só o conjunto das igrejas que estão fechadas mas as que estão abertas e disponíveis à visita mas que não têm as melhores condições de acolhimento.

Pelo país há um número elevado desse património que nós vamos abrir parcerias de maneira a que essas igrejas, santuários, nos possam contactar no sentido de mostrarem as suas necessidades.

 

Não é só nós irmos ao encontro de quem tem essa necessidade, esperamos que do lado de lá venham também até nós e revelem a importância que pode ter para eles este evento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Turismo: «Comunicar a fé» através do «encontro com outras culturas»

O arcebispo de Braga e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana olha para o turismo como uma área estratégica para a missão evangelizadora da Igreja Católica

Para D. Jorge Ortiga, “num tempo em que as pessoas são marginalizadas, naquilo que o Papa chama de uma 

 

certa cultura da indiferença”, cabe ao “turismo de inspiração cristã fixar-se no rosto das pessoas” para lhes levar o “afeto, a ternura, a proximidade, o encontro amigo e fraterno” de que “tanto” precisam.

Ao mesmo tempo, deverá representar uma forma de transmitir de forma “nova” à “sociedade moderna” 

 

 

 

os valores e as propostas do Evangelho de Jesus Cristo.

Caso contrário, o turismo não será mais do que apenas uma “atividade comercial, sem atenção verdadeira às pessoas”.

O responsável católico deixou estas ideias durante a assinatura esta quarta-feira, na igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa, de um protocolo de colaboração entre a Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT) e o Turismo de Portugal (TP).

D. Jorge Ortiga destacou a importância desta parceria “na medida em que a ONPT não trabalhará sozinha mas terá sempre o apoio do Governo”, o que “é muitíssimo importante” uma vez que “há muito a fazer na divulgação do património, na preparação de materiais, entre tantas outras coisas”.

Chamou também a atenção para 

 

 a necessidade de “todas as dioceses não descurarem nos tempos que correm” a importância estratégica do “fator turismo”.

“Porque a partir do encontro com as outras culturas, nós vamos também comunicando a nossa identidade, a nossa cultura e consequentemente a nossa fé”, sustentou o prelado, na sua intervenção na sessão de assinatura do protocolo.

A arquidiocese de Braga é um dos territórios eclesiásticos que já conta com um departamento de pastoral de turismo devidamente organizado.

De uma forma global, D. Jorge Ortiga acredita que todas as dioceses “estão a desenvolver-se” e a criar condições para a criação de respostas de turismo religioso de qualidade, “numa perspetiva de maior serviço à Igreja Católica e às pessoas que a procuram.


 

Turismo e Família

O Diretor da Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT), Padre Carlos Godinho, defende, na mensagem que esta instituição envia a todas as comunidades nesta época de verão, fortemente ligada a actividades turísticas, que deve existir uma intensa relação estre a pastoral desta área e o serviço da Igreja às famílias.

«A Pastoral do Turismo está ao serviço da família, pois o tempo de lazer é um tempo de fortalecimento de todos os laços que são partilhados no seio desta célula nuclear da sociedade: conjugais, parentais, familiares», refere a mensagem.

Há, na «procura do descanso, do enriquecimento cultural e do lazer», não somente uma possibilidade e uma busca do bem-estar de cada um, mas um «estreitar dos laços de comunhão e de amor entre todos os membros da família, proporcionados pela alteração do quotidiano», defende a ONPT, que considera serem as férias momentos que «geram encontros familiares mais profundos, motivados pela presença, pela disponibilidade para o diálogo e o encontro, pela partilha de atividades comuns e pela criatividade».

Este organismo da Igreja Católica 

 

 

 

portuguesa entende, ainda, que «os trabalhadores deste sector deverão ver, nas épocas de maior intensidade de trabalho, os seus direitos respeitados, de modo a que não seja prejudicada a sua vida familiar, pela ausência de tempos de descanso».

Tendo em consideração estas ideias, a ONPT aponta algumas propostas de acção pastoral que deverão ser tidas em consideração pelas comunidades e famílias, das quais se destacam:

· A «programação das férias em família, de modo a conciliar interesses, horários e actividades, bem como os momentos de celebração conjunta da

 

 

 


 fé, nomeadamente ao domingo e outros, que possam resultar na meditação da Palavra em conjunto»;

 

· O providenciar do “acolhimento” dos que estão de férias nas comunidades que têm uma actividade turística significativa, procurando integrar quem está de visita nas celebrações, bem como providenciar uma correcta informação sobre as actividades 

 

existentes e seus horários e a garantia de cumprimento de um horário de atendimento por parte dos párocos/sacerdotes;

 
· O pedido de que haja, por parte das famílias, um verdadeiro testemunho da vivência cristã em tempo de férias, já que o testemunho e o exemplo são a melhor forma de viver e de dar a conhecer os valores e a identidade cristãos.
 

 

Algarve: Património religioso
promove encontro com Deus

O Algarve não é visto como um local de destino de peregrinações ou de turismo religioso. No entanto, é para o Algarve que convergem os turistas nacionais, nos seus tempos de férias. É no Algarve que descansam e se divertem. É no Algarve que recuperam energias e retemperam forças para melhor poderem trabalhar ao longo do ano. E se assim é, o Algarve é, também, local onde vivem a sua fé e onde se descobrem Deus.

Procuram os diversos templos da região para orar, mas também para os visitar. A fruição destes locais passa pela meditação, mas também pela contemplação da beleza e do valor histórico-patrimonial que encerram.

Locais como Almancil (cujo templo é um dos melhores exemplos da azulejaria barroca do país), como Faro e Silves, com as suas Catedrais (Silves, exemplo mais majestoso do gótico ao sul do país e Faro, que conjuga elementos góticos, maneiristas e barrocos), ou como Tavira e as suas muitas Igrejas, atraem visitantes, que se deslocam propositadamente para conhecer estes espaços. Sagres 

 

 

chama centenas de milhares de turistas todos os anos e entre os locais a visitar está a Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe (Vila do Bispo).

Há outros locais e momentos que congregam os visitantes em torno das celebrações religiosas e da espiritualidade: a Páscoa é tempo celebrado no Algarve com muitas e singulares procissões, entre as quais as de Sexta-Feira Santa, onde em inúmeras povoações acontece a Procissão do Enterro, igualmente conhecida como Procissão do Senhor Morto. Também no Domingo de Páscoa se revela a singularidade desta região, com a realização da imponente Procissão das Tochas Floridas (S. Brás de Alportel), e de muitas outras que assinalam a vitória de Cristo sobre a morte e a Sua realeza (Procissão 

 

 

 

Real, em Monchique e Silves; a Procissão das Flores, em Silves; a Procissão das Campainhas, em Loulé; a Procissão do Triunfo, a Procissão da Ressurreição de Cristo, a Procissão do Santíssimo Sacramento, apenas para mencionar algumas).

A festa algarvia maior também não poderá ser esquecida: celebra-se em honra de Nossa Senhora da Piedade, conhecida como “Mãe Soberana” e ocorre em Loulé, durante a Páscoa. Romaria de características únicas, atrai milhares de crentes e está a merecer a atenção de uma equipa multidisciplinar, no sentido de poder vir a integrar o Inventário Nacional do Património Cultural.

 
O Algarve possui uma identidade própria e características muito específicas no que concerne ao turismo religioso, mas o seu vasto património motiva uma preocupação crescente: a de acolher com qualidade e dar a conhecer essa riqueza, garantindo que os templos possam estar abertos, interpretados e sejam um espaço onde, mais do que apenas olhar para as pedras ou para as obras de arte, se possa compreender que todos esses elementos falam do Pai. Porque no Algarve também se vive um encontro com Deus.

Padre Miguel Neto,

Pastoral do Turismo

da Diocese do Algarve

 

 

Turismo: Governo destaca «impacto económico decisivo» da oferta religiosa

O Governo quer continuar a reforçar o trabalho em parceria com a Igreja Católica, nomeadamente no setor do turismo religioso, “uma componente importante na procura turística em Portugal e que tem potencial para o ser mais ainda”.

Esta foi a mensagem deixada pelo presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim Figueiredo, na última quarta-feira em Lisboa, durante a assinatura de um protocolo de colaboração com a Obra Nacional da Pastoral do Turismo.

Na sessão acolhida pela igreja de São Vicente de Fora, e acompanhada pela Agência ECCLESIA, aquele responsável realçou a importância de “formalizar e dar um outro elã” a uma colaboração que nos últimos anos se tem revelado “bastante profícua”.

João Cotrim Figueiredo salientou que a verdadeira essência do trabalho turístico passa por “fazer com que quem nos visita se sinta em casa, e isso traduz-se também na dimensão espiritual, que não pode ser menosprezada e tem um impacto económico decisivo” para o país.

“Valorizar o turismo é também valorizar a viagem interior, esta 

 

 

descoberta interior e do outro”, apontou o presidente do TP, destacando as “muitas pessoas” que acorrem a Portugal e que, com base no contacto com “determinadas realidades históricas ou culturais sobre aquilo que o património religioso edificado invoca, acabam por ter uma experiência turística muito mais rica”.

“A nós interessa-nos portanto divulgar, promover e aumentar esse tipo de motivação para visitar Portugal”, concretizou aquele responsável.

Durante a sua intervenção, João Cotrim Figueiredo disse que “o setor do turismo tem sido decisivo para a economia nacional e que continua em crescimento”, movimentando cerca de “11 mil milhões de euros por ano”.

Para esta realidade, acrescentou o representante do Governo, muito tem contribuído o património religioso espalhado por todo o país, como por exemplo o Santuário de Fátima que recebe “acima dos três milhões de peregrinos por ano”, vindos dos vários continentes.

Secundou ainda o repto deixado durante a sessão pelo presidente da Comissão Episcopal da Pastoral 

 

 

 

 

 

Social e Mobilidade Humana, D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, que defendeu a necessidade de um turismo com “rosto humano”.

“Neste aspeto em particular há uma unidade muito grande de pontos de vista e de interesses, entre o Turismo de Portugal e a Igreja Católica, porque quando se fala em sustentabilidade do Turismo normalmente associa-se aos aspetos ambientais, de criação de recursos. Mas aquilo que é 

 

verdadeiramente básico para o turismo à escala global, e também para Portugal, é que haja uma escala humana, um rosto humano da atividade turística, que ela não seja predatória, excessiva, meramente superficial”, sustentou.

Para João Cotrim Figueiredo, “Portugal está num muito bom caminho de conseguir fazer esse trajeto, de dar cada vez mais ao turismo um conteúdo humano que faça com que 

 

 

 

as pessoas individualmente se sintam gratificadas em estar no nosso país”.

Sobre o protocolo assinado com a ONPT, que contempla a formação de guias-intérpretes para as igrejas, capelas e outros monumentos existentes nas dioceses, o presidente do TP enalteceu um projeto que vai ao encontro das “prioridades” que o Governo estabeleceu para esta área.

“Nomeadamente pôr à disposição património visitável que não estava, conjugar isso com a capacitação técnica das pessoas que conduzem a visita, e muito inovadoramente fazer disto uma forma de criar emprego para desempregados de maior duração com qualificações”, explicitou.

Denominado “Igrejas de Portas Abertas”, esta iniciativa vai contar com o apoio de financiamentos comunitários, no âmbito do programa de ação “Portugal 2020”.

A sua concretização está apenas dependente de “uma questão de tramitação, de se abrirem os avisos e de serem avaliados”, disse João Cotrim Figueiredo.

 
Aquele responsável lembrou ainda outros trabalhos que têm sido concretizados em parceria entre o Turismo de Portugal e a Igreja Católica, como “a Rota das Catedrais, a Rota do Românico” ou os roteiros feitos com o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

Propostas que “têm colhido análises muito elogiosas” e que o Governo considera como “estruturantes para o esforço turístico no país”, complementou.

 

 

Exposições na Rota das Catedrais

A Direção Regional de Cultura do Norte está a promover a Exposição de Fotografia «8 Espaços para 7 Olhares» e a Exposição de Arte Contemporânea «7 Instâncias de Transcendência». As mostras inserem-se no projeto Rota das Catedrais e constituem as últimas ações imateriais no âmbito desta iniciativa.

As Sés de Braga, Lamego, Porto, Vila Real, Viana do Castelo, Miranda do Douro e Bragança integram a Rota das Catedrais, a Norte, projeto que visa permitir uma leitura integrada do património catedralício a norte, numa dupla vertente: por um lado, apostando na investigação e recuperação do edificado e, por outro, divulgando, valorizando, potencializando o desenvolvimento económico e social dos territórios.

Para além da recuperação patrimonial de bens imóveis e móveis, o projeto Rota das Catedrais contempla uma vertente de investimento que procura estimular o turismo cultural, através da interpretação do património e significado dos lugares, dinamização da oferta cultural nos seus espaços e promoção da Rota e de cada um dos seus polos.

 
«8 Espaços para 7 Olhares» apresenta propostas de Egídio Santos - Concatedral de Miranda do Douro; Inês d’Orey - Sé de Viana do Castelo; Luís Ferreira Alves - Sé Catedral do Porto; Paulo Alegria – Sé Catedral de Lamego; Paulo Pimenta - Sé Catedral de Braga; Pedro Lobo - Sé de Vila Real; Rita Burmester - Antiga Sé de Bragança e Sé Catedral de Bragança (nova). Trata-se de uma exposição itinerante que irá percorrer as cidades onde se localizam as Sés, começando por Bragança, onde já se encontra patente ao público no Museu do Abade de Baçal.

«7 Instâncias de Transcendência» é uma exposição de arte contemporânea que irá decorrer em simultâneo nas sete catedrais do Norte de Portugal, apresentando trabalhos de Alberto Carneiro (Sé de Lamego), Avelino Sá (Sé de Viana do Castelo), Clara Menéres (Sé do Porto), Isaque Pinheiro (Concatedral de Miranda do Douro), João Carqueijeiro (Sé de Braga), Manuel Rosa (antiga Sé de Bragança), Zulmiro de Carvalho (Sé de Vila Real).

Estas exposições são ações imateriais integradas na Rota das Catedrais, 

 

 

operação financiada pelo ON.2 – O Novo Norte e desenvolvido pela Direção Regional de Cultura do Norte em colaboração com os cabidos das Sés Catedrais e Fábricas da Igreja.

A Rota das Catedrais é um dos projetos de maior expressão da 

 

Direção Regional de Cultura do Norte, com um investimento global - até à data - de cerca de 3,8 Milhões de Euros.

 

 

 

Torre dos Clérigos com novas iniciativas para atrair visitantes

A Irmandade dos Clérigos aposta na oferta cultural diversificada para atrair visitantes e esta segunda-feira disponibilizou o arquivo, com “mais de 200 anos”, após inaugurar no seu museu a coleção ‘Christus’, com 400 peças de arte sacra.

“Retrata a história da vida de Cristo e como é que as civilizações também retratavam Cristo crucificado através de peças em marfim, madeira desde o século XII até aos séculos XVIII-XIX”, revelou António Tavares, gestor de 

 

projeto da Irmandade dos Clérigos.

À Agência ECCLESIA, o responsável explicou que o museu da Torre dos Clérigos tem três salas temáticas onde vai estar exposta a coleção ‘Christus’ que apresenta “Cristos crucificados com braços abertos em diferentes posições”, fruto da doação de um particular.

Este espaço de exposição foi criado durante as obras de renovação realizadas em 2014.

No dia de São Pedro foram 

 

 

 

 

 

apresentados os resultados do projeto de organização, digitalização, descrição e divulgação online do Arquivo da Irmandade dos Clérigos do Porto.

‘Verão Fora de Horas’ é outra novidade que os responsáveis prepararam para a programação destas semanas, com duas modalidades, o ‘Pôr-do-Sol’ e o ‘By Night’. Neste contexto, os Clérigos abrem as portas para que grupos organizados possam “admirar” 

 

a cidade com uma vista de 75 metros de altura.

‘Sinta-se um privilegiado e desfrute dos Clérigos’, escreve a Irmandade sobre esta iniciativa que se realiza pela primeira vez.

“Queremos promover junto da comunidade local mas também dos turistas”, precisou António Tavares.

Segundo a Irmandade dos Clérigos, anualmente mais de 200 mil pessoas visitam este monumento na cidade do Porto.

 

Apps para Férias

Já cheira. Apesar das constantes oscilações atmosféricas, já cheira a férias. Nas férias “importa reabastecer-me de alguns momentos mais livres, leitura e silêncio. Não podemos ser como as ventoinhas, que apenas movimentam o mesmo ar…”, escrevia o Cónego João Aguiar Campos no seu perfil de facebook. Como concordo com este pensamento. Férias deve ser tempo qualificado, com qualidade, pela decisão e pela experiência da graça e do dom de se “reabastecer”. 

Férias significa, para muitos de nós, mobilidade: quantas latitudes percorreremos. A pensar nesta mobilidade, apresento algumas aplicações que serão muito úteis.

Sugestão feita por ordem cronológica. 

 

Biblia.is

Deus não deve ficar no cabide lá de casa. Férias é uma excelente tempo para ler e meditar a Palavra de Deus. Esta aplicação permite-nos escolher entre duas edições: a Bíblia para todos e Almeida? Revista e atualizada?. Com esta aplicação podemos ler a palavra de Deus (partilhando-a nas redes sociais com todos os nossos 

 

amigos e seguidores); escutar a bíblia através do seu sistema de áudio dramatizado e ver um conjunto de 61 episódios bíblicos, através de O? Projeto Filme JESUS?, essencialmente vídeos com passagens dos evangelhos.

iOS | ?Android

 

Ecclesia

Esta aplicação permite-nos estar atualizado sobre as notícias e acontecimentos religiosos do país. O utilizador pode ver de forma rápida as notícias inseridas no portal da agência, ordenadas por data ou por secção:  Nacional, Vaticano e Internacional. 

iOS | ?Android

 

Feedly

Esta é uma das melhores, para mim a melhor, aplicação gratuita para acompanharmos os conteúdos de muitas fontes diferentes (blogues, sites de notícias, fóruns, etc.) numa só aplicação. Com o RSSFeedly o utilizador é que marca o que lê, quem ler e a velocidade da leitura.

iOS | Android | Windows

 

 

 

 

 


 

 

 

IBreviary

Como o prórpio nome diz é um breviário no smartphone. “Assim como o breviário impresso é um instrumento portátil, que pode acompanhar a jornada dos sacerdotes e leigos, do mesmo modo, com a modernidade, abrimo­nos ao suporte para telemóveis: mudam as modalidades de uso, mas não a lógica subjacente, que é a de pode aceder à oração de modo prático a qualquer momento do dia”. Na aplicação é composta pela liturgia das horas, santoral, missal, leituras, orações e rituais. Uma aplicação que “substitui” muitos livros. 

iOS | Android

 
Passo A Rezar

O Passo-a-rezar disponibiliza diariamente, no próprio site e através das suas aplicações móveis, ficheiros mp3 que podem ser descarregados e ouvidos a partir de qualquer dispositivo electrónico que suporte esse formato. Estes ficheiros são meditações áudio a partir dos textos da liturgia do dia. 

iOS | Android | Windows

 

 
SapoJornais

Na aplicação SAPO Jornais poderá consultar diariamente as capas de toda a imprensa nacional e as capas de publicações de 49 países em todo o mundo, para além da atualidade noticiosa, minuto a minuto.A aplicação permite receber um alerta sempre que sai uma nova capa das suas publicações favoritas.

 iOS | Android | Windows

 

ThePopeApp

Com esta aplicação podemos seguir ao vivo as intervenções do Sumo Pontífice, receber e configurar avisos, notícias e discursos oficiais. Há integração com as redes sociais, como não poderia deixar de ser, permitindo partilhar informação através do Facebook, Twitter ou e­mail.

 iOS | Android

 

Desejo a todos os leitores um bom tempo de reabastecimento, férias. Até breve.

 

Bento Oliveira

@iMissio

http://www.imissio.net

 

 

«Sob o manto do seu nome»

 

 

O padre João Luís Gonçalves, da Arquidiocese de Évora, reuniu no livro ‘Sob o manto do seu nome’, pelo décimo aniversário da sua ordenação, homilias que testemunham a “graça do sacramento da Ordem como dom de Jesus”. Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o padre João Luís  

 

Gonçalves explica que a publicação é dedicada à irmã Lúcia, pastorinha de Fátima, e ao “seu testemunho de fidelidade à Igreja e à mensagem recebida por Nossa Senhora”.

“Ao rasto de luz que a Irmã Lúcia nos deixou na grande Luz de Deus”, destaca da dedicatória o também 

 

 

 

 

 

 

 

assistente espiritual do Movimento Mensagem de Fátima de Évora.

A obra foi publicada para assinalar o décimo aniversário da ordenação sacerdotal do padre João Luís Gonçalves e reúne homilias que “dão testemunho da graça do sacramento da Ordem como dom de Jesus à sua Igreja”.

As homilias do pároco na Zona Pastoral de Além-Rio em Coruche, na Arquidiocese de Évora, foram pronunciadas em diversos locais como: Capelinha das Aparições em Fátima; Capela do Carmelo de Santa Teresa; Santuário do Santíssimo 

 

 

Milagre; Basílica de Nossa Senhora do Sameiro.

O livro ‘Sob o manto do seu nome’ conta com o prefácio da apresentadora Fátima Lopes que nasceu a 13 de maio, “no seio de uma família católica”, e revela um “amor incondicional” a Nossa Senhora.

“Vi no padre João Luís um homem profundamente feliz com a missão que abraçou. Ouvi-o falar de Nossa Senhora com o coração a transbordar de amor”, escreve no prefácio.

A publicação com 111 páginas tem a chancela da Paulus Editora.


 

Posfácio

Neste décimo aniversário da minha ordenação presbiteral, inebriado na ternura dos gestos de Jesus, pela fé que ilumina esta certeza, de que n'Ele somos habitados por Deus, aninho-me na bênção da minha querida mãe, para contemplar na intimidade da doação, de que agora também já vive, no Coração Imaculado da sua Mãe.

 

 

 

 

II Concílio do Vaticano: Uma procissão
sob o signo da penitência

 

 

Com o aproximar da quarta e última sessão do II Concílio do Vaticano (1962-1965), os intervenientes da assembleia magna começam a chegar a Roma. Alguns daqueles que participaram nas primeiras sessões já morreram (cerca de setenta), mas outros os substituíram. Além disso foram criadas novas dioceses, sobretudo em terras de missão.

No total, o número dos presentes poderia, no entanto, ser ligeiramente inferior ao das três primeiras sessões, se a diminuição observada desde a abertura do concílio convocado pelo Papa João XXIII continuasse: 2381 em 1962; 2258 em 1963 e 2170 em 1964 (Cf. «O Diário do Concílio, Volume III; Henri Fesquet, Publicações Europa-América, pág. 28). Este prognóstico não se verificou e no início da IV sessão conciliar estavam presentes 2264 padres. O conjunto destes números corresponde às presenças registadas no momento da abertura das sessões.

Os bispos retomaram os seus hábitos romanos, a maior parte nas casas religiosas, outros no hotel ou em casas particulares. A partir da manhã de terça-feira (14 de setembro de 1965), os carros dos turistas concentrados na Praça de São Pedro, no Vaticano, deram lugar aos dos padres conciliares. “Este democrático meio de transporte sucedeu aos sumptuosos atrelados do I Concilio do Vaticano (1869-70)”, escreveu Henri Fesquet na obra referida anteriormente. No entanto, as vestes “permaneceram as mesmas”, lê-se.

Depois da abertura da IV sessão conciliar, no qual o discurso de Paulo VI foi o acontecimento do dia, uma procissão de todos os membros do II Concílio do

 

 


 Vaticano, em Roma, entre a Basílica de Santa Cruz de Jerusalém e a vizinha Basílica de Latrão. O Papa Paulo VI especificou que esta procissão seria feita sob o signo da penitência. Uma ideia lançada anteriormente à primeira sessão conciliar, especialmente na Alemanha: “lutar contra a tentação do triunfalismo que pode acontecer em assembleias tão solenes como o concílio, dando um sinal exterior de arrependimento coletivo por todas as faltas cometidas na e pela Igreja (Cf. «O Diário do Concílio, Volume III; Henri Fesquet,

 
 

  Publicações Europa-América, pág. 29).

No seu texto, o enviado especial do jornal francês «Le Monde» realça que a caminhada de arrependimento seria também pelas faltas dos leigos que nem sempre deram o exemplo de uma vida cristã, falta dos teólogos que suavizaram, endureceram ou amesquinharam a apresentação da fé. Faltas que cavaram um fosso entre a sociedade e a Igreja, entre a ciência e a fé. Faltas que colocaram barreiras no crescimento da fé em muitos cristãos. 

 

 

Julho 2015 

Dia 03 de Julho

* Coimbra - Souselas (Casa do Povo) - Concerto solidário com o padre João Paulo Vaz a favor das obras do Centro de Formação e Cultura de Souselas

 

* Guarda - Mangualde da Serra, Moimenta da Serra, Paços da Serra, Santa Marinha e São Martinho - Caminhada noturna «Uma direta com Deus» que percorre as diferentes comunidades cristãs de Mangualde da Serra, Moimenta da Serra, Paços da Serra, Santa Marinha e São Martinho.


* Lisboa - Assembleia da República - Discussão das propostas da Iniciativa Legislativa de Cidadãos «Pelo Direito a Nascer»


* Coimbra - Tábua (Biblioteca municipal) - Seminário sobre «Família do século XXI - Escola de amor e de afetos» promovido pela Unidade Pastoral de Tábua.


* Lisboa - Restelo (Casa de Schoenstatt) - Reunião da «Missão +40», iniciativa do movimento Schoenstatt.

 

 

* Braga - Auditório Vita - Sessão de cinema do ciclo «Visões de uma memória da compaixão ou recordação provocante?»


* Setúbal - Sesimbra (capela da Misericórdia de Sesimbra) - Conferência sobre «Franciscanismo e Sacralidade da Arrábida» por frei Vítor Melícias e integrada no projeto «Arrábida Sacra».

 

Dia 04 de Julho

* Braga - Celorico de Basto (São Romão de Corgo) - Romagem ao túmulo de Frei Bernardo Vasconcelos com o mote «Bernardo... o coração de Deus». Frei Bernardo de Vasconcelos foi um monge beneditino cujo processo de beatificação aguarda aprovação da Congregação para a Causa dos Santos.


* Setúbal - Almada (Santuário de Cristo Rei) - Peregrinação de catequistas da Diocese do Algarve ao Santuário de Cristo Rei


* Beja - Sines (Centro das Artes) - Cerimónia de entrega do Prémio Internacional «Terras sem Sombra 2015»

 

 

* Coimbra - Igreja do convento de Santa Clara-a-Nova - Festas da rainha Santa Isabel com celebração presidida por D. Virgílio Antunes


* Aveiro – CUFC - Última das 4 ações de formação para organistas promovida pela EDMUSA (Escola Diocesana de Música Sacra de Aveiro).


* Aveiro - Salão D. João Evangelista - Assembleia geral da Irmandade de Santa Joana para eleição dos corpos gerentes.


* Aveiro – Museu - Celebração do aniversário da Associação de Defesa e Apoio à Vida (ADAV) com concerto e lançamento do livro «A vida conta… Branco no Preto».


* Lisboa – Sé - Celebração do 30º aniversário da consagração da cidade de Lisboa ao Imaculado Coração de Maria presidida por D. Manuel Clemente.


* Braga - Barcelos (Igreja Paroquial de São Bento da Várzea) - Concerto de Teresa Salgueiro com o tema «Cânticos da tarde e da manhã»


* Braga - Auditório Vita - Sessão do ciclo «Música no claustro» com a direção artística de Helena Vieira, da Universidade do Minho.

 

 

 
Dia 05 de Julho

* Braga - Santuário do Bom Jesus - Santuário do Bom Jesus de Braga elevado à categoria de «basílica menor»


* Coimbra - Colégio da Rainha Santa - Encontro nacional da LOC/MTC sobre «Sociedade Justa e Sustentável».


* Setúbal - Cova da Piedade - Festividades dos 40 anos da independência de Cabo Verde na Paróquia da Cova da Piedade com celebração presidida por D. Ildo Fortes, bispo da Diocese de Mindelo.


* Setúbal - Auditório de Nossa Senhora da Anunciada - Assembleia Diocesana do Renovamento Carismático Católico


* Lisboa - Paróquia de São Julião - Inauguração e bênção do Centro Comunitário Senhora da Barra (Paróquia de São Julião) por D. Manuel Clemente.


* Lisboa – Ericeira - Recital de Rão Kyao «Sopro de Vida - Maria» na Igreja de São Pedro da Ericeira

 

 

 

 

 

 

 

Braga

O Auditório Vita, na Arquidiocese de Braga, propõe um ciclo de cinema que parte da questão ‘Visões de uma memória da compaixão ou recordação provocante?’. Quatro filmes, as primeiras sextas-feiras de julho, a partir das 21h30 no claustro do auditório.

 

Taizé, França

A Comunidade de Taizé (França) promove uma semana de reflexão sobre a atualidade da vocação religiosa, de 5 a 12 de julho de 2015, inserida no contexto dos seus 75 anos. É um “encontro internacional para jovens até aos 40 anos que escolheram a vida monástica ou religiosa”, explica a comunidade ecuménica.

 

Braga

Santuário do Bom Jesus de Braga vai ser elevado à categoria de “basílica menor”. A proclamação vai ser feita na Eucaristia solene às 11h00, no dia 5 de julho.
O programa 70x7 deste domingo vai apresentar o santuário através de vários testemunhos e contextos a partir das 11h30, na RTP2.

 

Porto

Conferência sobre «O clero portucalense no episcopado do Cardeal D. Américo (1871-1899): reforma e disciplina» por Adélio Abreu no dia 6 de julho às 18h00.
Promovido pelo Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) da Universidade Católica Portuguesa (UCP), no polo do Porto, está integrada no Seminário «Dos Homens e da Memória: os tempos da Diocese do Porto».

 

 

 

 

 

 

 

 


POR OUTRAS PALAVRAS

XIV domingo do tempo comum – ano B

 
 
Julgamos saber… 
Cheios de convicções, falta-nos espaço para as surpresas do Espírito – porque, demasiadas vezes, são apenas preconceitos o que gostamos de considerar sabedoria.
Queremos impor a Deus os profetas que estamos dispostos a ouvir. E queremos que o profeta seja cuidadoso, para nos sentirmos cómodos no anúncio e ilesos na denúncia.
Um dia, quando a sede for maior, poderemos reconhecer – não sei se demasiado tarde – que nos afastámos da nascente!
 
João Aguiar Campos

 

 

 

 

 

 

Porque que motivo a Igreja é contra a pena de morte? 

 

 

 

 

 

 

 

 

Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00

RTP1, 10h00

Transmissão da missa dominical

 

11h00 - Transmissão missa

 

12h15 - Oitavo Dia

 

Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã;  12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida.

 
RTP2, 11h30

Domingo, dia 5 - Bom Jesus do Monte: De basílica a Património da Humanidade

 

RTP2, 15h30

Segunda-feira, dia 6 - Entrevista à irmã Maria do Carmo Bogo e irmão Bernardino Frutuoso sobre a viagem do Papa à América Latina

Terça- feira, dia 7 - Informação e entrevista Teresa Paiva Couceiro, da Fundação Gonçalo da Silveira, sobre a encíclica 'Laudato si' 

Quarta-feira, dia 8 - Informação e entrevista do cónego Luís Manuel Pereira da Silva sobre o 41º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica

Quinta-feira, dia 9 -  Informação e entrevista ao padre Carlos Coutinho, Missionário do Verbo Divino 

Sexta-feira, dia  10 -  Análise às leituras de domingo pelo padre Armindo Vaz e frei José Nunes.

 

Antena 1

Domingo, dia 5 de julho - 06h00  - Papa Francisco na América Latina: Religiosas retratam realidade social do Equador e Bolívia. Comentário com jurista Paula Martinho da Silva.


Segunda a sexta-feira, 6 a 10 de julho - 22h45 - O santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, com Varico Pereira, Gerardo Esteves, Eduardo Pires de Oliveira e Aurélio de Oliveira

 

 

  

 

 

     

 

 

 

 

 

 

Ano B - 14.º Domingo do Tempo Comum

 
 
 
 
 
 
 
Profetas na alegria do Evangelho
 

Que escutamos da Palavra neste 14.º domingo do tempo comum? Essencialmente que Deus chama continuamente pessoas para serem testemunhas no mundo do seu projeto de salvação. Deus escolhe e envia.

A primeira leitura apresenta-nos um extrato do relato da vocação do profeta Ezequiel: chama um homem normal, com os seus limites e fragilidades, para ser, no meio do seu Povo, a voz de Deus.

Na segunda leitura, Paulo assegura aos cristãos de Corinto, recorrendo ao seu exemplo pessoal, que Deus age e manifesta o seu poder no mundo através de instrumentos débeis, finitos e limitados.

O Evangelho, ao mostrar como Jesus foi recebido pelos seus conterrâneos em Nazaré, reafirma o mesmo: Deus manifesta-Se aos homens na fraqueza e na fragilidade. Quando não queremos entender esta realidade, facilmente perdemos a oportunidade de descobrir o Deus que vem ao nosso encontro e de acolher os desafios que nos apresenta.

Afinal, o que é um profeta? A ideia mais espalhada é que é alguém que prevê e anuncia o futuro. Esses profetas não faltam hoje. Ora, como Ezequiel, o verdadeiro profeta está habitado, em primeiro lugar, pelo Espírito Santo, para ser em seguida enviado aos seus irmãos em humanidade e lhes anunciar a Palavra de Deus.

Mas não se trata de uma missão de descanso. A Palavra de Deus inquieta sempre, porque convida os homens a descentrarem-se de si mesmos. Ezequiel é enviado a um povo de rebeldes, que têm o rosto duro e o coração obstinado. Nestas circunstâncias, não é fácil fazer-se ouvir.

 

 

 

A missão do profeta não é prazer. Jesus fez a experiência. Basta ver a atitude dos seus conterrâneos. A própria família tinha tentado impedi-lo de falar.

Pelo batismo e confirmação, todos somos chamados a ser profetas, a deixarmo-nos habitar pelo Espírito, pela Palavra de Deus, para nos tornarmos arautos e testemunhas onde vivemos.

O Concílio Vaticano II, recuperando esta missão profética dos batizados, declara que todos recebem o sentido da fé e a graça da palavra, a fim de que brilhe na sua vida quotidiana a força do Evangelho.

Os cristãos não devem esconder este testemunho e esta palavra no

 

segredo do seu coração, mas devem exprimi-lo também através das estruturas da vida do mundo.

Há que tomar a sério a vocação profética. Qual é a minha vocação, a que é que Deus me chama, aonde me envia? Como se manifesta em mim a sua graça? Quais as dificuldades que encontro, como as ultrapassar? Tomar a sério a vocação profética é assumir igualmente a missão nos vários espaços da Igreja e da sociedade. Como nos aponta o Papa Francisco, somos convidados a ser profetas transformados na alegria do Evangelho para o anunciar com ousadia e entusiasmo.

Manuel Barbosa, scj

www.dehonianos.pt

 

 

Associação de Apoio a Defesa da Vida de Aveiro assinala 15 anos de existência

A Associação de Apoio e Defesa da Vida (ADAV) de Aveiro vai assinalar este sábado 15 anos de existência, num momento em que o Parlamento começa a discutir uma lei de apoio à maternidade e paternidade. Em entrevista concedida hoje à Agência ECCLESIA, o presidente da ADAV – Aveiro saúda o facto da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, “ter feito justiça à palavra dada”, respeitando a vontade dos cerca de 50 mil cidadãos que assinam a proposta de lei.

Luís Manuel Silva espera que a discussão no Parlamento, esta quinta-feira, leve “algumas das propostas a serem prosseguidas” e sobretudo que ajude a que mais crianças “possam nascer, graças a uma maior proteção do Estado”.

Isso significaria que o país “despertou para o que verdadeiramente está em causa”, realça aquele responsável, sublinhando que a discussão sobre o aborto “não é nem nunca foi fundada entre os que defendem a liberdade e os que não a defendem”. “É entre os que querem reduzir um filho a uma coisa e os que reconhecem num 

 

filho uma dignidade que o torna intocável. Ninguém que é contra o aborto é contra a liberdade, mas é a liberdade de todos, um filho também tem liberdade e esse direito não pode ser cerceado”, sublinha.

Fundada em 2000, a ADAV – Aveiro apoia por ano cerca de 500 pessoas, entre grávidas, crianças até aos três anos e respetivos agregados familiares. Números que, de acordo com Luís Manuel Silva, “têm crescido ao longo dos anos” muito por culpa também “da crise que afetou o país”.

Sobre a “Lei de Apoio à Maternidade e Paternidade – Pelo Direito a Nascer”, que foi apresentada à Assembleia da República, o presidente da ADAV – Aveiro abordou alguns pontos que têm causado mais celeuma, como a proposta do fim da isenção do pagamento de taxas moderadoras para as mulheres que recorrem ao aborto.

A ADAV – Aveiro tem apostado também cada vez mais na sensibilização para o planeamento familiar e na educação sexual de adolescentes e jovens, em parceira com as escolas da região.

 

 

 

 

 

 

Para Luís Manuel Silva, “é impossível fazer educação sexual se ela for apenas informação, e é essa a aposta da ADAV, transmitir informação segura e medicamente sustentada mas que ao mesmo tempo seja orquestrada num contexto de valores”.

O programa de celebração dos 15 anos da ADAV – Aveiro prevê este

 

 

sábado um concerto, na igreja de Jesus, e o lançamento do livro ‘A vida conta… Branco no preto’. Uma obra que, segundo Luís Manuel Silva, reúne contributos de “pessoas reconhecidas pelo seu envolvimento na defesa da vida e dos mais frágeis”, como os médicos Daniel Serrão, Walter Osswald e a escritora Maria Teresa Maia Gonzalez.

 

 

Irmã Maura Lynch recebeu Prémio
Norte-Sul do Conselho da Europa

A religiosa irlandesa Maura Lynch recebeu esta quarta-feira em Lisboa o Prémio Norte-Sul 2014 do Conselho da Europa, numa cerimónia presidida por Aníbal Cavaco Silva, chefe de Estado português, na Sala do Senado da Assembleia da República. A irmã Maura Lynch, cirurgiã e obstetra, está no Uganda desde 1989 onde fundou uma clínica no sudoeste do país, dedicando a sua vida a promover a dignidade das mulheres e o acesso aos cuidados de saúde, em particular no tratamento da fístula obstétrica.

“É importante que as pessoas saibam que isto continua a acontecer, que há mulheres que sofrem desta incapacidade degradante, de não controlar a urina”, explica à Agência ECCLESIA.

Depois de 20 anos em Angola e mais de duas décadas no Uganda, a religiosa defende uma aposta maior na prevenção, recordando que em muitos países “as mulheres não têm qualquer estatuto”, trabalhando no campo e em casa.

 

 

As complicações do parto e a falta de acompanhamento médico na gravidez provocam um elevado número de casos de fístula obstétrica (estima-se que existam entre dois a três milhões de casos nos países em desenvolvimento), com fortes consequências sociais e económicas sobre as mulheres. “Perdem tudo, a dignidade, a sua família, toda a sua vida, porque se querem esconder. A sociedade também as marginaliza e isso é terrível”, relata.

Segundo a irmã Maura Lynch, é “importante educar as mulheres e os homens” para alterar esta situação, que tem como pano de fundo a discriminação. Além disso, é necessário investir nos cuidados de saúde profissionais, “necessariamente 

 

 

 

 

 

gratuito”; evitando o recurso a parteiras tradicionais sem “qualquer treino”, para salvas as vidas dos bebés e das mães.

Ao serviço das Missionárias Médicas de Maria, Maura Lynch procura que todas as mulheres tratadas na clínica estejam preparadas para a “reintegração na sociedade”, com alguma fonte de rendimento, desde pequenas hortas domésticas à costura.

“Cada mulher que vem para a cirurgia fica pelo menos três semanas 

 

 

connosco, até termos a certeza de que está bem”, assinala.

A sua vocação nasceu aos 12 anos, na escola. “As missionárias de então, ao voltarem das missões, passavam sempre pelas várias escolas para contar a sua história e encorajar as vocações. Tinham um filme, um vídeo chamado ‘Visita das Missionárias Médicas de Maria’, do seu trabalho na Nigéria, onde a nossa congregação foi fundada”. 

 

 

 

Dehonianos têm novo superior provincial

O novo Superior Provincial da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos) em Portugal iniciou funções com o seu Conselho esta quarta-feira e revelou que vão tentar seguir “em fidelidade” as recomendações do último Capítulo Geral.

“Eventualmente repensar estruturas e missões para tentarmos ser o mais fiéis possíveis ao que a Igreja espera de nós e tentarmos ser sinal de Igreja que está realmente preocupada com esta presença junto dos que precisam deste grito de esperança a que somos chamados a viver e o Papa recomendou durante a audiência que nos concedeu”, explicou o padre José Agostinho Figueiredo.

À Agência ECCLESIA, o entrevistado revela que entende as novas funções, para as quais foi nomeado pelo Superior Geral, como aquele que “coordena e anima” com a ajuda do seu conselho e “escutando todos os confrades tenta encontrar linhas de força, de orientação”.

O novo superior da Província Portuguesa dos Dehonianos e o seu Conselho tomaram posse, para os próximos três anos (2015-2018), 

 

 

 

esta quarta-feira no Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide, Lisboa.

Para o padre José Agostinho Figueiredo estimular e fomentar as vocações passa pelo “testemunho de vida” por isso destaca prioridades que saíram do Capítulo Geral como “aprofundar a identidade, a formação, o viver a comunidade” e viver a “alegria da consagração”.

“Se não apresentarmos este entusiasmo não vamos atrair vocações. Não podemos transmitir o Evangelho simplesmente como uma palavra, uma bela teoria com alguns ensinamentos, mas como modo de vida, programa que propomos e leva à felicidade que queremos propor aos outros”, comenta o sacerdote.

Neste contexto, o novo provincial

 
 

 

 

 

 

 

 

 destaca também que a formação na congregação, desde há vários anos, é “diversificada” para corresponderem aos “diversos desafios que a Igreja e a sociedade” colocam e serem uma “mais-valia” que dá o que lhe é “próprio”, ou seja, transmitir o carisma através de uma “presença positiva para as pessoas”.

“Sentido de acolhimento, de portas abertas é fundamental para o futuro da vida consagrada”, observa.

 
O padre José Agostinho Figueiredo ainda a opção preferencial pelos pobres, “muito importante recuperar esta ideia central da doutrina social” e a quinta prioridade a criação de “comunidades internacionais” para serem uma “congregação em saída”. Destaque ainda para a necessidade de uma formação inicial e permanente “integral” para conciliar a “dimensão filosófica-teológica com áreas das ciências humanas, sociais, políticas”.

 

 

Haiti: 5 anos depois, a Igreja precisa de ajuda. Ainda.

Como esquecer?

É o país mais pobre das américas. Em Janeiro de 2010 sofreu um dos mais furiosos terramotos de que a humanidade tem memória. Hoje, cinco anos depois, quase tudo está ainda por reconstruir.

Ricardo Couto, tenente da Polícia Militar de Pernambuco, estava em Port-au-Prince integrado numa força de paz da ONU quando a terra começou a tremer no dia 12 de Janeiro de 2010. Ficou petrificado. “De repente, ouvimos um barulho terrível que vinha do chão, como se alguém estivesse a atirar uma bomba para cima de nós.” Foram segundos que pareceram uma eternidade. “Senti-me inútil, sem poder fazer nada, diante da grandeza daquilo.” Quando a terra acalmou, o que Ricardo viu ficou-lhe para sempre gravado na memória. “Vi cenas que só vejo em filmes: crianças mortas nos braços das suas mães, pais que pediam ajuda, pessoas mortas no meio da rua, casas destruídas, lacerações gravíssimas, idosos que necessitavam de atenção médica urgente.”

 

O tenente dirigiu-se para o hotel Christopher, que funcionava como sede das forças da ONU. Quando lá chegou deparou-se com um autêntico holocausto. O edifício, de seis andares, outrora um dos símbolos da capital do Haiti, estava reduzido a escombros. “Naquele momento, só se tem uma opção: rezar para também não se morrer.”
O terramoto provocou mais de 300 mil mortos e a destruição de toda a cidade. Ainda hoje, dez anos depois, as marcas do desastre estão presentes em todo o lado. Há demasiadas ruínas, pessoas enlutadas que não conseguem esquecer esses minutos fatais do dia 12 de Janeiro de 2010.

 

“Sofri muito”

Renel Gilles era, então, seminarista. Desde esse dia considera-se uma pessoa afortunada. Ficou ferido mas sobreviveu. “Parti o pé direito e o braço esquerdo. Sofri muito, mas, apesar de tudo, dessa dor, estou muito confiante.” Não morreu. Outros tiveram menos sorte. Eram amigos, 

 

 

 

 

 

 

colegas, estavam todos juntos na mesma aventura que os levou um dia ao seminário. Todos queriam ser sacerdotes, oferecer a vida a Deus. Alguns ficaram ali, esmagados naquele tremor de terra. D. Launay Saturné foi ordenado bispo de Jacmel em Abril de 2010, apenas três meses após o terramoto. Hoje, não tem dúvida em afirmar que o país não está melhor. Infelizmente. “Antes do terramoto, a situação no Haiti era difícil. Depois, passou a ser catastrófica.” Qualquer pessoa em Port-au-Prince sabe como estas palavras são trágicas na sua verdade. A catedral continua esventrada. Uma ruína. Pior do que os edifícios, são as pessoas que ainda hoje têm pesadelos com o que aconteceu naquela tarde de Janeiro. Ainda hoje, cinco anos depois, milhares de pessoas vivem em tendas, em espaços provisórios. O mundo parece que esqueceu esta tragédia, como se ela tivesse passado o seu prazo de validade. A Igreja do Haiti continua a precisar da nossa ajuda. Continua a pedir as nossas orações. Não os podemos esquecer.

 

Paulo Aido |  www.fundacao-ais.pt

 

 

 

Missão com ‘morabeza’ em Cabo Verde

  Tony Neves   
  Espiritano   

 
 

A história escreve-se com grandes momentos. Após 75 anos de presença em Cabo Verde, os Espiritanos são Grupo independente de Portugal. Para lançar as bases do seu futuro próximo, o Superior convocou todos os Cabo Verdianos de origem e os estrangeiros a trabalhar no Arquipélago. Foi o I Capítulo, de 21 a 26 de junho, com o lema ‘Discípulos Missionários, para novos horizontes da Missão’. O evento aconteceu numa época em que o povo pede chuva a Deus, pois está sob os efeitos de uma seca severa, com o gado a morrer e as populações, que vivem da terra, a passar mal.

Momento forte deste Capítulo foi o das partilhas idas de fora do país: O P. Saturnino Afonso falou da Missão em terras guaranis, no interior pobre do Paraguai; o P. Joaquim Brito partilhou a animação missionária que faz a partir de Córdoba, em Espanha; o P. Flávio Furtado está a trabalhar nas periferias pobres de S. Cruz de la Sierra, na Bolívia; o P. Ivaldino Assis mostrou como se é Espiritano nas favelas de S. Paulo; o P. Manuel Semedo partilhou a sua longa Missão por terras da Guiné-Bissau.

Pude visitar as quatro Paróquias confiadas aos Espiritanos na Ilha de Santiago. Comecei pela Calheta de S. Miguel, a 50 kms da Praia. Ali visitamos o grande complexo paroquial. Na manhã do dia seguinte, fomos até algumas das comunidades do interior trepando escarpas íngremes. Em Mato Correia podemos ver uma paisagem de sonho, com casas a trepar pelas montanhas, mas também percebemos a dor de um povo que vê os seus campos secos e o gado 

 

 

 

 

Luso Fonias

 

 

a morrer porque não chove há quase dois anos. Na Achada do Monte encontramos ovelhas a comer cartão, daquele que envolve latas de cerveja importada. Prestamos homenagem ao P. Manuel Ferreira da Silva, ali falecido a 3 de Fevereiro.

Da Calheta rumamos a Pedra Badejo, com pausa na povoação de Cancelo para a celebração da Missa vespertina. Foi um banho de multidão jovem e de animação.

A manhã de domingo foi dedicada a S. Lourenço dos Órgãos, para a Festa da Palavra com a entrega da Bíblia a 167 adolescentes. A tarde permitiu  visita à Cidade Velha, a antiga capital, hoje Património da Humanidade. A Casa da Paróquia tem a vista mais bonita sobre toda a Cidade, incluindo as 

 

ruínas. De lá, fomos visitar a parte nova, cheia de espaços hoteleiros de luxo. Também visitamos a ‘Ribeira Grande’ onde está a Igreja onde pregou o P. António Vieira e o convento de S. Francisco, do séc. XVI. A última parte da visita foi a pequena praia, porto de pesca e local de diversão dos jovens. Ali falamos com jovens e pescadores.

Segunda, 29 de junho, foi dia de partida. Em fim de visita, confirmou-se a ‘morabeza’ deste povo e a ‘sodade’ que fica em quem parte. Tem razão Eugénio Tavares, escritor caboverdiano, citado no monumento ao emigrante, numa rotunda do aeroporto: ‘’Si ka badu ka ta biradu’, ou seja ‘se a gente não for, não há regresso!’. E eu fui…para Lisboa.

 

 

“Pode ouvir o programa Luso Fonias na rádio SIM, sábados às 14h00, ou em www.fecongd.org. O programa Luso Fonias é produzido pela FEC – Fundação Fé e Cooperação, ONGD da Conferência Episcopal Portuguesa.”

 

 

 

«O setor turístico pode ser uma oportunidade, melhor, mil milhões de oportunidades também para construir estradas de paz. O encontro, o intercâmbio e a compartilha favorecem a harmonia e a concórdia».

(da Mensagem para o Dia Mundial do Turismo/2015)