04 - Editorial:

   Octávio Carmo

06 - Foto da semana

07 - Citações

08 - Nacional

14 - Internacional

20 - Opinião

     Miguel Oliveira Panão

22 - Intenção de Oração

24 - Semana de..

     José Carlos Patrício

     Ética e Desporto


   

 

28 - Entrevista

56 - Multimédia

58 - Estante

60 - Concílio Vaticano II

62 - Agenda

64 - Por estes dias

66 - Programação Religiosa

67 - Minuto Positivo

68 - Liturgia

70 - Jubileu da Misericórdia

72 - DNPJ (Desporto na JMJ)

74 - Fundação AIS

76 - LusoFonias

Foto da capa: Lusa

Foto da contracapa:  Arlindo Homem

 

 

AGÊNCIA ECCLESIA 
Diretor: Paulo Rocha  | Chefe de Redação: Octávio Carmo
Redação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,
Luís Filipe Santos,  Sónia Neves
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Opinião

 

 

 

Pela paz na Síria

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Arcebispo de Évora mais um ano

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Desporto e Ética

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Bruno de Carvalho | Luis Sénica |
João Capela | Jorge Pina |Joaquim Sousa Marques| Octávio Carmo|José Carlos Patrício | Manuel Barbosa
Paulo Aido | Tony Neves
Fernando Cassola Marques

 

A febre da vitória

  Octávio Carmo  
  Agência ECCLESIA   

 
 

 

 

O episódio já aconteceu há algum tempo: Donald Trump, que deve disputar as eleições presidenciais norte-americanas como o nomeado pelos Republicanos, queixava-se de um sistema “manipulado” que o prejudicava. “Mas eu não me importo, porque ganhei”. Portanto, preocupação zero com a mudança do sistema para o futuro.

A questão é recorrente, e não apenas na política: as mudanças são pedidas por quem perde e quando perde. Se ganhar, está tudo bem. Pior ainda: quem ganha parece esquecer-se de tudo o que antes criticou e das mudanças que pedia, de uma forma tão insistente.

 

 

 

 

 

 

Num momento em que o país festeja o desempenho (mais com os resultados) da sua seleção de futebol no Euro 2016, importa manter o olhar sobre a importância do fenómeno desportivo como ferramenta para cultivar a ética, a inclusão, um ambiente mais amigo dos Direitos Humanos.

Fiquei particularmente sensibilizado pela experiência vivida pelos jogadores da seleção da Islândia que, como li algures, foram capazes de nos devolver a dimensão mais pura, quase de “criança” que o jogo consegue 

 

despertar. Ou as lágrimas do jogador italiano que, após uma derrota, chorava a lamentar-se, porque tudo o que os ‘azzuri’ tinham feito de bom iria cair no esquecimento. Duas maneiras paradoxalmente diferentes de viver a derrota que questionam a forma de viver o desporto por parte de quem procura apenas o resultado.

Porque a ética, o jogo limpo, não podem apenas aparecer nos discursos públicos como desculpa de mau perdedor nem ficar esquecidos na “febre da vitória”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sintonias entre alguns dos 11 milhões. @EPA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foi uma vitória da seleção portuguesa e do treinador português contra Portugal e os portugueses (Miguel Esteves Cardoso, ‘Público’, 7/7)

 

As finais não são para jogar, mas para ganhar (Fernando Santos, selecionador de Portugal, 6/7)

 

“No que diz respeito à multa, em particular, a Comissão pode recomendar ao Conselho a redução do seu montante ou mesmo o seu cancelamento total” (Comunicado de imprensa da Comissão Europeia sobre a aplicação de sanções a Portugal e Espanha, 7/7)

 

“Alguns dos países que fornecem as armas estão entre aqueles que apelam à paz. Como podemos acreditar em alguém que nos acaricia com a mão direita e nos golpeia com a esquerda?” (Papa Francisco, na campanha da Cáritas Internacional pela paz na Síria)

 

 

Arcebispo de Évora continua mais um ano
à frente da arquidiocese

 

O arcebispo de Évora disse este domingo na celebração dos 50 anos de ordenação sacerdotal que o Papa lhe pediu para continuar mais um ano à frente da arquidiocese e agradeceu o “gesto de confiança” de Francisco. “O Santo padre entendeu que eu deveria continuar mais um ano e eu faço-o com toda a disponibilidade e alegria, como for capaz, como tenho vindo a fazer até aqui”, disse D. José Alves no fim da celebração aos jornalistas.

 

 

O arcebispo de Évora acrescentou que agradece o “gesto de confiança” do Papa e vai tentar “corresponder-lhe”. Em declarações à Agência ECCLESIA, este sábado, D. José Alves disse que “leva algum tempo” a escolher um sucessor para uma diocese, o que passa por “consultas a várias pessoas”.

“Enquanto não tiver isso tudo completo, o Papa não avança”, acrescentou.

O arcebispo de Évora referiu 

 

 

 

 

também que tem estado a trabalhar com os seus colaboradores no “Plano Pastoral do próximo ano”, que será dado a conhecer no dia 5 de outubro. “Já não é tempo de começar a fazer grandes projetos”, disse D. José Alves, garantindo também que depois da resignação tem planeado continuar a viver em Évora.

D. José Alves foi nomeado arcebispo de Évora a 8 de janeiro de 2008 e tomou posse da Arquidiocese no dia 17 de fevereiro desse mesmo ano.

Natural da Diocese de Guarda, D. José Francisco Sanches Alves nasceu a 20 de abril de 1941, na freguesia de Lageosa (Sabugal); estudou Filosofia e Teologia nos seminários da Arquidiocese de Évora.

Em 1966, a 3 de julho, foi ordenado presbítero na Catedral de Évora, 

 

trabalhou 4 anos na formação do Seminário Menor de Vila Viçosa e depois estudou em Roma Ciências de Educação.

A 7 de março de 1998 foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa e a sua ordenação episcopal celebrou-se em Évora, a 31 de maio de 1998. A 22 de abril de 2004 foi nomeado por João Paulo II como Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.

Em 2008, após a sua nomeação como arcebispo de Évora, D. José Alves recebeu das mãos do Papa Bento XVI o pálio, insígnia litúrgica própria dos arcebispos metropolitas.

D. José Alves já apresentou ao Papa Francisco a sua renúncia ao cargo, após ter completado 75 anos de idade, de acordo com o Direito Canónico.


 

Evangelização no mundo
do sofrimento psíquico

A Casa de Saúde da Idanha, arredores de Lisboa, acolheu esta quarta-feira as VI Jornadas Hospitaleiras de Pastoral da Saúde, este ano dedicadas ao tema ‘Evangelização no mundo do sofrimento psíquico’, sublinhando a importância da dimensão espiritual neste campo.

A irmã Maria Sameiro Martins, presidente do Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus (IHSCJ), sublinhou à Agência ECCLESIA que a iniciativa de reflexão visa ajudar os responsáveis a melhorar o serviço prestado aos utentes. “A pastoral da Saúde tem de fazer parte integrante do nosso modelo assistencial”, precisa a religiosa.

Para a presidente do IHSCJ, é necessário promover uma tomada de consciência da importância da “dimensão espiritual” na pessoa doente, dando como exemplo a inclusão desta área no plano de intervenção individual, que “engloba toda a área técnica”.

Juntando “a ciência e a caridade”, a instituição católica dedicada à saúde mental quer “estar atenta à dor que vai na alma de tanta gente”. 

 

Um dos conferencistas do evento foi o padre Luís Miguel Figueiredo, capelão da Casa de Saúde do Bom Jesus (Arquidiocese de Braga), que na sua intervenção sobre a ‘Atuação de Jesus no mundo do sofrimento psíquico’ abordou o “tema maldito” da “demonologia”, as “narrações das curas” apresentadas nos Evangelhos, como explicou à Agência ECCLESIA.

O ponto central destes relatos evangélicos é a “atuação libertadora” de Jesus Cristo face ao sofrimento e à dor. “A atuação de Jesus é contra o mal em si”, observou. Para o padre Luís Miguel Figueiredo, o trabalho das Hospitaleiras passa por “anunciar a Boa Nova da salvação, sob a forma de cura”, integrando as “diferentes componentes do ser humano”.

 

 

 

 

Restaurante social da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição celebrou cinco anos

O “Restaurante Social” da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, na Diocese de Setúbal, celebrou cinco anos de atividade de um espaço que além das refeições procurou ajudar a “reconstruir interiormente as próprias pessoas”. Em entrevista à Agência ECCLESIA, o padre Constantino Alves destacou alguns “aspetos significativos” de cinco anos de atividade do restaurante social, como a constatação que foi implementado para responder a “uma necessidade muito real e concreta” que tem “permanecido ao longo dos anos”.

O responsável da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição assinala a “experiência muito rica” de articulação da ação social direta - “dar de comer a quem tem fome no imediato” - com outras dimensões das pessoas.

Com a Cáritas Diocesana de Setúbal, recorda, desenvolveram programas de formação em áreas de “gestão do orçamento familiar; aproveitamento de refeições; utilização de materiais para comercializar; vida em grupo; descoberta de si mesmo”.

A valência social da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Setúbal, foi inaugurada

 

a 29 de junho de 2011, e diariamente serve em média 115 refeições e, até ao momento, distribuiu cerca de 212 mil, tendo beneficiado 436 famílias e 1430 pessoas, incluindo sábados, domingos e “véspera de Natal, de Páscoa”.

O padre Constantino Alves recorda o objetivo da obra não ser caracterizada como uma “cantina de pobres, de estigmatizados” e ao longo de cinco anos a comunidade humana diversificada “ajudou a formar coesão”.

Neste contexto, refere que rede de voluntários é composta por cerca de 35 pessoas, que ao longo de cinco anos “teve mobilidade” por diversos fatores, mas “cerca de 80 voluntários têm prestado serviço” que ajudou a “criar um corpo de pessoas solidárias não apenas no território da paróquia como na cidade sadina.

 

 

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados emwww.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cultura «é o terror dos ditadores» - Luís Filipe Castro Mendes

 

 

 

12ª Edição do Festival Terras sem Sombra

 

 

 

Papa pede solução política para a Síria

 

O Papa associou-se à campanha pela paz na Síria lançada pela Cáritas Internacional e evocou o sofrimento da população atingida pela guerra há mais de cinco anos. “Hoje desejo falar-vos de uma coisa que enche de tristeza o meu coração: a guerra na Síria que já entrou no seu quinto ano. É uma situação de indizível sofrimento de que o povo sírio é vítima”, declara Francisco, na intervenção divulgada pela ‘Caritas Internationalis’ e o Vaticano.

A mensagem, disponível no YouTube, recorda um povo forçado “a deixar

 

 as suas casas, tudo”, a procurar “caminhos de fuga” para outros países ou para zonas da Síria menos atingidas pela guerra. “Penso também nas comunidades cristãs, a quem dou todo o meu apoio, pela discriminação a que estão sujeitas”, acrescenta.

Francisco aponta o dedo aos traficantes de armas e a todas as potências internacionais que continuam a alimentar esta guerra. “Alguns dos países que fornecem as armas estão entre aqueles que apelam à paz. Como podemos acreditar em alguém que nos acaricia com 

 

 

a mão direita e nos golpeia com a esquerda?”, questiona.

A Campanha da Cáritas ‘Síria: a Paz é Possível’ procura alertar para a importância de apoiar as conversações que visam o fim do conflito iniciado em 2011.

A organização católica de solidariedade fornece comida, cuidados de saúde, cuidados básicos, educação, abrigo, aconselhamento, proteção e bens de primeira necessidade na Síria e aos sírios refugiados nos países de acolhimento.

“As organizações nacionais da Cáritas chegaram a 1,3 milhões de pessoas apenas num ano”, refere um comunicado da Cáritas Portuguesa enviado à Agência ECCLESIA.

Eugénio Fonseca, presidente desta organização, precisa que o objetivo da campanha é “exigir um cessar-fogo 

 

imediato e eficaz, apelando aos governos que se comprometam com uma solução política para terminar o conflito”.

A Cáritas Portuguesa, como dinamizadora nacional da campanha, irá apelar ao Governo para que “participe ativamente” em soluções que possam pôr fim a esta guerra. “Não podemos ficar de braços cruzados”, insiste Eugénio Fonseca.

O lançamento da campanha inclui um novo site – syria.caritas.org – no qual se podem encontrar obras de arte de artistas sírios como Tammam Azzam, um filme de animação sobre a guerra, diversas fotos galardoadas e testemunhos de sírios que viveram no país e que são refugiados, contribuindo para a sensibilização do Mundo para esta questão.

 

 

Papa recebeu peregrinação
com pobres de França

O Papa recebeu esta quarta-feira no Vaticano um grupo de 200 peregrinos franceses, pobres, e pediu-lhes que rezem pela “conversão” dos responsáveis por essa pobreza. “Dou-vos a missão de rezar por eles, para que o Senhor mude o seu coração, peço-vos que rezeis pelos culpados da vossa pobreza, para que se convertam”, disse, numa intervenção divulgada pela Rádio Vaticano.

Francisco sublinhou que a Igreja, a exemplo do que fez Jesus Cristo, "não pode ficar descansada até ter chegado a todos os que sentem a recusa, a exclusão, os que não contam para ninguém".

O encontro, que não fazia parte da agenda oficial do Papa, decorreu na sala Paulo VI, na presença do cardeal Philippe Barbarin, que acompanhou os peregrinos das dioceses francesas da Província de Lyon, numa iniciativa promovida pela organização ‘Amigos do Padre Jospeh Wresinski’. A peregrinação a Roma assinala o centenário de nascimento deste sacerdote, que dedicou a sua vida ao trabalho junto dos mais desfavorecidos.

 

Francisco saudou os presentes e mostrou-se muito “feliz” por este encontro de “irmãos”.

“Gostaria que vos sentísseis todos bem-vindos, a vossa presença é importante para mim, é importante que vos sintais em casa”, declarou.

O Papa recordou todos os que fazem “grandes banquetes” e ignoram os que morrem de fome diante das suas mesas, bem como os que desviam o olhar perante o sofrimento alheio, pedindo de novo as orações dos pobres pela sua mudança de vida. “Desejai-lhes o bem e pedi a Jesus que se convertam”, apelou.

O encontro na Sala Paulo VI foi uma exceção neste mês de julho, em que há uma pausa nas atividades públicas do Papa.

 

 

 

Dignificar vida dos marinheiros
e suas famílias

A mensagem do Vaticano para o Domingo do Mar, que vai ser assinalado no dia 10 de julho, salienta a urgência de dar maior dignidade à vida de todos quantos trabalham no mar, assim como às suas famílias. O presidente do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes (Santa Sé) realça que, apesar da importância da indústria pesqueira para o quotidiano de todas as pessoas, são muitos os perigos e dificuldades que continuam a marcar a vida dos marinheiros, a nível psicológico, físico e afetivo.

Numa mensagem enviada à Agência ECCLESIA, D. Antonio Vegliò recorda os marinheiros vítimas “das forças da natureza, da pirataria e do assalto à mão armada”, o desafio que é ver “negado o direito a vir a terra ou a deixar a embarcação, depois de dias ou semanas no mar”.

O cardeal italiano destaca ainda as famílias destes trabalhadores, que muitas vezes “não veem os seus entes queridos durante meses e mesmo anos”. “Crianças que crescem sem pai enquanto todas as responsabilidades recaem nos ombros da mãe”, lamenta o responsável católico.

Para a Santa Sé, é fundamental “reiterar” e “proteger” o direito

 

dos marinheiros a uma vida digna e a um trabalho digno. Nesse sentido, o Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes apela aos governos internacionais e às entidades marítimas competentes para que reforcem a aplicação de medidas de proteção para todos os trabalhadores do mar.

Aquele organismo defende uma implementação mais eficaz da convenção da Organização Internacional do Trabalho respeitante à atividade laboral no meio marítimo, em particular da “regulação 4.4” que é dedicada à questão do direito de acesso dos marinheiros “a instalações terrestres e a serviços que assegurem a sua saúde e bem-estar”.

O mesmo Conselho Pontifício desafia todas os cristãos, de todas as dioceses do mundo, sobretudo aquelas mais ligadas ao mar, a “implementarem e apoiarem o Apostolado Marítimo”.

 

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial internacional nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Jornal do Vaticano divulga testemunho inédito sobre plano nazi
para sequestrar Pio XII

 

 

 

Papa reza pelas vítimas de atentados no Bangladesh e no Iraque 

 

Férias Com Sentido

  Miguel Oliveira Panão   

  Professor Universitário   

 

S. Francisco chamava ao Sol de irmão, à Lua de irmã, e percorrendo outras criaturas cósmicas e biológicas revela-nos uma realidade sempre presente desde a criação do mundo: somos todos família. A família da criação.

Dizem que as férias são um tempo para descansar e é verdade, mas se pensarmos bem, são também um tempo de família. Logo, o desafio será alargarmos essa família, de modo a incluir também o mundo natural, e não só ...

Quando vamos à praia, o que podemos fazer para além de estar de barriga para o ar, óculos escuros, cheios de creme protetor, eventualmente a ler um livro? Que tal deixar que os pequenos grãos de areia caiam por entre os nossos dedos e fazer desse cair um momento de fraternidade, não sabendo se são os grãos de areia que nos acariciam, ou o contrário. Ao mergulhar na água mediterrânea, ou oceânica, porque não dar um sentido de oração a esse momento de diversão? Isto é, fazê-lo na intenção de queremos cada vez mais mergulhar em Deus e no seu amor, de tal modo que voltando para a areia e brincando, salpicando os amigos, filhos ou familiares, salpicamos de amor e desejamos para eles a mesma felicidade que Deus deseja para nós.

Se for passear para um bosque, floresta, parque, é quase impossível não contemplar o que está à nossa volta. Ao reconhecer estarmos rodeados de árvores de tipos diferentes, ao observarmos os diferentes tipos de insetos, ou de flores, o que vemos senão diversidade e harmonia? O que seria de esperar de um Deus Trindade que é unidade

 

 

na diversidade? Ao contemplar a diversidade durante o passeio podemos fazer desse tempo um tempo de oração em que agradecemos a Deus pela diversidade no mundo e por nos ter ensinado que essa não nos divide, muito pelo contrário, é a razão fundamental para experimentarmos uma unidade insólita num momento de fraternidade através da contemplação.

Porém, muitos de nós apreciam estar numa cidade, no meio da cultura visitando museus, igrejas, monumentos, centros de ciência viva e nos divertimos e maravilhamos com o engenho humano. A inteligência é um dom de Deus. É através da inteligência que o universo (sim, porque nós somos universo!) possui a capacidade de pensar sobre si mesmo. A cultura espelha o caminho que percorremos e quanto caminho temos para percorrer, e expressa uma 

 

 

realidade impressa no âmago deste universo: o princípio cosmológico narrativo. O universo é história e isso significa que só podemos entender muito do que se passou ao longo deste ano deixando que o tempo passe e no decurso de eventos posteriores percebamos a razão de eventos anteriores. Ao vivermos o período de descanso no meio da cultura podemos fazer desse tempo um tempo de meditação, em que experimentamos como Deus faz história connosco e com o mundo.

Por fim, pode acontecer que no meio das férias estejamos num local elevado, um monte, montanha e somos confrontados com algo muito especial: o horizonte. Esse é o essencial deste período de descanso. Preparar-nos para acolher os novos horizontes que Deus nos irá propor. Curiosos? Eu também...

 

 

Respeito pelos povos indígenas

 

O Papa Francisco dá voz aos povos indígenas, “ameaçados na sua identidade”, no vídeo com a intenção de oração para o mês de julho que foi divulgado através do YouTube e das redes sociais.

A iniciativa mensal começa com a intervenção de uma mulher indígena, na sua língua materna, perante um auditório vazio, pedindo “em nome dos povos indígenas”, que sejam respeitados o seu “modo de vida”, “direitos” e “tradições”. “Ides escutar-me?”, pergunta.

O Papa intervém depois para

 

 

 assumir-se como “eco e porta-voz dos anseios mais profundos dos povos indígenas”. “E quero que juntes a tua voz à minha para que, de todo o coração, peçamos que sejam respeitados os povos indígenas, ameaçados na sua identidade e até na sua existência”, declara, numa passagem em que é acompanhado por outros representantes destes povos.

O vídeo é disponibilizado na rede social Facebook com outras informações sobre esta iniciativa e interação com a comunidade que a integra.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De acordo com o Apostolado da Oração (AO), estima-se que façam parte da Rede Mundial de Oração do Papa mais de 30 milhões de pessoas, em dez idiomas.

‘O Vídeo do Papa’ tem sido idealizado e realizado pela agência La Machi, Consultora de Comunicação para Boas Causas, e conta com o apoio do AO-Portugal.

Todos os meses, o Papa confia duas intenções de oração: uma universal, com temáticas que apelam a todos os homens e mulheres de boa vontade; e outra pela evangelização, mais centrada na vida da Igreja e na sua missão.

 
 

 

 

 

E no futebol também entra Deus?

  José Carlos Patrício   
  Agência ECCLESIA   

 

 

 

Esta semana fica inevitavelmente marcada pelo apuramento de Portugal para a final do Campeonato da Europa de Futebol, em França.

Pé ante pé, como quem não quer a coisa, depois de muitos empates pelo meio, exibições cinzentas e um golo salvador dos nossos amigos islandeses que nos retirou da rota dos maiores tubarões do torneio, lá chegámos ao jogo decisivo.

Certo, certo estava o nosso selecionador Fernando Santos, que já dizia que só vinha embora no dia 11 de julho e com ‘o caneco’.

Uma boa notícia para as nossas populações, tantas vezes sobrecarregadas com problemas e dificuldades, económicas e sociais, também para os nossos emigrantes que acompanham avidamente a nossa seleção em terras gaulesas, e que também passam por vezes tantas agruras, até assentarem a sua vida condignamente.

É esse o poder do futebol, como de um jogo de “22 homens em calções a correrem atrás de uma bola” é possível extrair tanta força, tanta emoção e alento.

Ao se superarem e ao irem aos seus limites, os atletas como que tocam também o âmago das pessoas, aquilo que elas têm de mais profundo, os seus sonhos e anseios.

Durante 90 minutos, todos estamos dentro do campo, ao lado dos nossos heróis, corremos com eles, lutamos por cada bola como se fosse a última, saltamos, zangamo-nos com o árbitro, lamentamos um falhanço, e finalmente gritamos gooooooooolo!

Como o desporto é bonito quando é assim vivido, quando não deixa que a rivalidade e a violência

 

 

entrem, quando o vemos pelo puro prazer de um espetáculo, de uma arte.

Sim pois o futebol também é arte, como pudemos ver no jogo com o País de Gales, naquele salto de Ronaldo que ditou o primeiro golo da ‘Portuguesa’.

E no futebol também entra Deus? Meio a brincar, meio a sério, podia dizer que sim porque sem o Seu empurrãozinho, Portugal não teria chegado até Paris.

Mas sim, acredito que tal como em todas as facetas do Homem, Deus também está presente no futebol e no desporto, e é a fé Nele que tantas vezes ajuda os atletas a chegarem àquela reserva extra de energia que têm, para atingir os seus objetivos.

Porque, tal como vemos abordado

 

 na entrevista principal deste Semanário ECCLESIA, desporto também é transcendência e é através da transcendência que as pessoas muitas vezes não só se superam mas tocam Deus e se abrem à espiritualidade.

Para fechar, deixo aqui os meus votos de que Portugal jogue contra a França na final (estes gauleses estão-nos atravessados na garganta desde 1984!) e que tragam o título para casa.

Mas mesmo que não sejam campeões no campo, eu acho que já são campeões na vida, pela maneira digna e responsável como estão a representar o nosso país, a par dos nossos adeptos, que têm enchido os estádios de cor e alegria. É assim que o desporto deve ser vivido!

 

 


 

 

 

No meio do clima de euforia com o desempenho da seleção portuguesa no Campeonato da Europa de Futebol 2016, o Semanário ECCLESIA apresenta uma série de reflexões sobre a importância da atividade desportiva enquanto polo de formação para os valores e para a cidadania, ligando desporto, ética e transcendência.

José Lima, responsável pelo Plano Nacional de Ética no Desporto, é o entrevistado desta edição, que conta com textos de opinião de Bruno de Carvalho, presidente do Sporting Clube de Portugal; Jorge Pina, atleta paralímpico; Luís Sénica, selecionador nacional de Hóquei em Patins; e Joaquim Sousa Marques, presidente da Direção da Associação de Futebol de Setúbal.

O dossier encerra-se com a tradução integral da intervenção da Santa Sé na 32ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra (Suíça), no painel sobre o ‘Uso do Desporto e do Ideal Olímpico na promoção dos Direitos Humanos’.

 

 

 

 

 

 

 

 

O desporto como ambiente
para a transmissão de valores

José Carlos Lima é o coordenador do Plano Nacional de Ética no Desporto. Em entrevista à Agência ECCLESIA, aborda esta temática no contexto de um ano recheado de competições, como o Euro2016 e os Jogos Olímpicos, que têm gerado o entusiasmo de milhões de pessoas em Portugal
 

Entrevista conduzida por Paulo Rocha

 

Agência ECCLESIA (AE) – Ética no desporto, o desporto como ambiente para a transmissão de valores, são temas que passam por estes dias quando a competição é que determina aquilo que vamos vendo e muitos dos diálogos dos treinadores de bancada. Os valores aqui não entram, a ética aqui não entra.

José Carlos Lima (JCL) - Também entra, mas é verdade isso porque realmente hoje em dia, e neste ambiente de Campeonato Europeu de Futebol, e também de Jogos Olímpicos, é um ano recheado de acontecimentos desportivos, realmente muitas vezes impera a dimensão da competição, dos resultados, e é bom que haja esta noção, e alguém que alerte que o desporto também tem valores para transmitir.

E é curioso que a essência do desporto reside nessa dimensão valorativa, 

 

porque se retirarmos essa dimensão do respeito, do fair-play, da amizade, da disciplina, todas essas componentes valorativas que o desporto tem, ele perde a sua essência.

Se só nos focarmos na competição, é muito limitativo para a dimensão desportiva.

 

AE – Não pode ser uma competição a qualquer preço.

JCL – Exatamente.

 

 

 

 

 

negativas. Ainda neste Campeonato da Europa, que está a decorrer, vimos aspetos mais negativos com os adeptos, alguma violência que houve, mas também por outro lado gestos de fair-play dentro do campo, fora do campo.

Vemos os adeptos irlandeses que são um exemplo fantástico de fair-play, a cantar serenatas, a acolher os outros adeptos, e portanto o desporto é realmente uma metáfora fantástica daquilo que é o Homem, para o bom e para o mal. 

Mas depois tem uma repercussão 

 

 

muito importante, que é a questão mediática, que chega a todos os pontos do mundo, numa linguagem fantástica de comunicação e também de universalização dos tais valores que falei há bocadinho.

 

AE – Vai havendo mais espaço para essas histórias positivas no desporto?

JCL – Eu acho que sim, porque cada vez mais os pais, os agentes desportivos, veem o desporto como realmente uma escola educativa, isto é, um espaço em que a criança, o 

 

 

 

 

 

 

jovem não só compete para uma marca, para uma atividade desportiva, mas também nessa atividade desportiva adquire competências pessoais, sociais, há um conjunto de valências, digamos assim valorativas, que o desporto dá.

Como eu disse, a disciplina, a amizade, a sociabilização, todo esse conjunto de valores que o desporto é uma ferramenta fantástica para a valorização dessas dimensões.

 

AE – Concorda com aquela opinião de que de facto um gesto, por pequeno que seja, de uma estrela do futebol, tem uma repercussão enorme numa criança, num adolescente, num jovem, repercussão educativa?

JCL – Sem dúvida, e isso é um tema interessante, a dimensão dos modelos educativos no desporto, até que ponto o herói tem essa missão também educativa.

Mas nós, os pais, os encarregados de educação, os lideres, os treinadores, sabem que a melhor forma de passar os valores é através do exemplo, de gestos concretos, não através de grandes cursos, de grandes palestras, mas sim através de gestos concretos. 

E o exemplo é a melhor forma dessa 

 

passagem, é a forma pedagógica melhor que existe para passar valores, é o exemplo e o exemplo positivo.

E portanto diz-se que uma imagem, ou o gesto, vale mais do que mil palavras, e isso é verdade.

 

AE – Pedia-lhe a sua análise à força das imagens com violência, que este Euro2016 também já trouxe, mais no seu início felizmente. Como analisa este consequente fenómeno de hooliganismo no desporto?

JCL – É preocupante, mas eu acho que as entidades devem ser muito firmes, a nível de aplicar as sanções devidas, porque a nível do desporto profissional há regulamentação muito dura e muito estreita ao nível da violência, da xenofobia por exemplo.

E eu penso que aí, para além da dimensão preventiva que este plano tem como objeto, há também uma dimensão muito de persuasão, e isso vem também da aplicação dos regulamentos disciplinares que as federações têm, e as entidades europeias como a UEFA e a FIFA têm para aplicar.

E portanto aí eu acho que há um só caminho, é realmente a lei ser comprida e ser dura a sua execução.

 

 

 

AE – As ameaças são fortes, pelo menos.

JCL – Pois, houve uma certa ameaça por parte da UEFA, em relação a algumas seleções por parte dos adeptos, porque a nível regulamentar o comportamento dos adeptos tem repercussões depois nas sanções às devidas seleções.

Mas aqui houve realmente alguma ameaça, mas posso também dizer que do ponto de vista disciplinar, de sanções no jogo, a UEFA não é nada contemplativa, isso é muito claro.

 

AE – Falemos do Plano Nacional de Ética no Desporto. Temos um conjunto de publicações que querem sensibilizar agentes desportivos, as novas gerações, os educadores, treinadores, para esta temática. Enquadre-nos sobre como surgiu este plano e quais é que são os seus objetivos.

JCL – É um plano governamental, de iniciativa do Governo, tem quatro anos, e é operacionalizado pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude.

Temos uma relação muito estreita com as federações, o mundo federativo e associativo, e com o mundo escolar. É um plano muito preventivo, orientado para a 

 

prevenção, e o objetivo é a promoção dos valores, do respeito, do fair-play, da amizade, todos esses valores que já referi e que o desporto contém.

Depois, o plano cumpre-se através de cinco eixos: educação e formação, que é o eixo principal, em que nós vamos às escolas, aos clubes, dar formação para professores, treinadores, formação acreditada, e também ações de sensibilização para pais e atletas sob esta temática da ética e das atitudes corretas dentro do desporto.

É o eixo principal, para ter uma noção nós fizemos ao longo destes quatro anos cerca de 1700 ações de sensibilização para cerca de 40 mil pessoas, dentro deste público-alvo.

Depois temos também eventos desportivos, temos também o eixo dos concursos, uma atividade pedagógica para atingir também determinados públicos-alvo, como os jornalistas, um concurso para jornalistas, um concurso também para alunos.

Temos também publicações, que é um eixo também fundamental do plano, em que nós temos um conjunto de recursos pedagógicos orientados para os pais, para os atletas, como um código de ética desportiva.

 

 

 

 

 

 

AE – É a vossa base de trabalho.

JCL – Exatamente, um código criado por nós, que ainda não existia em Portugal, é um código que orienta o comportamento ético correto dos diversos agentes desportivos.

Depois temos publicações mais orientadas para um público específico, com a coleção “Ética e Valores no Desporto”, uma parceria com as edições “Afrontamento”, seis volumes que nós fizemos, essa é uma delas, e em que nós procuramos refletir e investigar sobre esta temática da ética e da educação para os valores no desporto.

 

 

E depois temos outra, como “A Ética e Transcendência no Desporto”, “Desporto e Valores”, temos também uma brochura que lançámos há um mês para crianças, que é “Ética Desportiva para todos”, e também para pessoas deficientes com alguma dificuldade intelectual.

A brochura foi feita para leitura fácil, em braille e também em versão áudio.

Mas basicamente temos muitas brochuras e recursos pedagógicos muito orientados para as crianças e agentes desportivos.

 

 

AE – Devido a essa dimensão preventiva e educativa que todo este Plano Nacional de Ética no Desporto quer ter. Como falava no início, há aqui uma determinação em fazer com que o desporto seja muito mais do que competição, seja um construtor da cidadania?

JCL – Sim, nós na abordagem que fazemos deste tema, é óbvio que a ética é uma dimensão transversal, há aqui vasos comunicantes entre o homem e o atleta, entre a vida social, 

 

a vida do cidadão, e depois a vida desportiva.

Não podemos falar de uma ética separada da outra, isto é, um atleta ou um árbitro ou um agente desportivo tem de velar por um conjunto de valores, quer dentro quer fora do campo.

Nós não podemos ter por exemplo um árbitro que vá para dentro do campo exigir o cumprimento das regras se depois cá fora ele próprio não cumpre as regras.

 

 

 

 

AE – Até porque está a ser permanentemente escrutinado pela opinião pública.

JCL – Exatamente. E portanto, a nossa visão é muito clara, é sempre a dimensão da ética para a cidadania, e o desporto aqui funciona como uma ferramenta para alavancar essa dimensão de cidadania, dos valores da cidadania.

 

AE – Há uma relação também entre a ética no desporto e a experiência crente, religiosa, nomeadamente católica?

JCL – Eu penso que sim, aliás a história do desporto marca isso mesmo, eu recordo aqui por exemplo Thomas Arnold, que é um clérigo inglês do século XVIII, que foi o primeiro clérigo, a primeira pessoa, pedagogo, dos colégios de râguebi de Inglaterra, que teve esta visão de utilizar o desporto como ferramenta para a educação para os valores.

Portanto, ele criou um plano educativo utilizando o desporto, a parte desportiva, para a dimensão valorativa.

E foi o primeiro, depois temos um conjunto até de Papas, desde o Pio X, o Pio XII, com escritos, livros  

 
 

dedicados ao desporto.

O Papa Paulo VI que refere basicamente que o desporto é uma grande metáfora do ser humano; o João Paulo II que foi um grande desportista, criou-se a fundação para o desporto João Paulo II; este Papa atual, o Papa Francisco, que tem promovido o desporto como elemento para a promoção da paz, da realização humana.

Portanto acho que há aqui uma dimensão muito importante, e a Igreja Católica reconhece-o, uma forma extraordinária do desporto, nesta dimensão valorativa, mas também uma dimensão fundamental para a realização do ser humano.

Eu penso que a Igreja, do ponto de vista institucional, tem essa noção, e até este Papa vai promover um grande encontro em outubro no Vaticano sobre esta temática, a importância do desporto para a humanidade, e aqui revela a importância que o desporto tem para a própria Igreja. E portanto há aqui uma ligação fantástica que se deve promover, e aliás foi um bocadinho com essa ideia que nós fizemos um congresso com a Universidade Católica em relação a esta ligação que existe.

 

 

 

AE –Como é que analisa o surgimento de iniciativas de carater desportivo, com maior ou menor grau de competição, nas sociedades atuais. E falo em corridas, em caminhadas, um conjunto enorme de propostas que vão surgindo na sociedade?

JCL – Hoje há cada vez mais a noção de que o desporto funciona e é – e a dimensão humana, como o professor Manuel Sérgio gosta de dizer, é importantíssima - funciona muito como a realização da pessoa.

Isto é, a pessoa entende e vive a atividade desportiva como uma forma de se realizar e também de fazer bons hábitos ao nível da saúde. E portanto investe muito, e algum tempo, em formação e educação ao nível da atividade desportiva.

E hoje há cada vez mais um leque 

 

de respostas de desporto, de modalidades desportivas que vão ao encontro dessa avidez que parte do ser humano.

Tem a ver um bocadinho também com a questão do individualismo, da pessoa cuidar de si, de ver a sua imagem, a dimensão estética também, que hoje o mundo contemporâneo imprime muito essa visão.

E portanto também esta noção de que além dessa visão estética, corporal que o desporto tem, há também esta dimensão valorativa que nós devemos manter.

E acho que o ser humano está cada vez mais desperto para a importância do desporto, para a dimensão física e da saúde, e procura respostas para isso mesmo.

 

 

 

 

 

 

AE – E essa é uma dimensão que desafia grupos, associações, comunidades, paróquias até?

JCL – Pois, aqui acho que há um grande desafio para a Igreja, porque temos vindo a verificar que vêm ter connosco, ao Plano Nacional de Ética do Desporto, e ao IPDJ, entidades muito variadas, empresas. As empresas têm muito interesse na área do desporto, para vender um produto, ou que vêm através do desporto para vender um determinado produto. Entidades, instituições, que vêm com a ideia de promover eventos desportivos, provocar um evento desportivo para passar uma determinada mensagem.

E há cada vez mais gente a aderir a estes eventos desportivos, passagens da ponte, corridas, maratonas. E não só gente federada, também gente comum.

E eu acho que da parte da Igreja há  

 

aqui um nicho fantástico para ir ao encontro destas pessoas que se reúnem, que estão ali para fazer um evento, mas que se pode passar uma determinada mensagem.

Por exemplo, nós a nível dos eventos desportivos temos embaixadores que vão e passam mensagens positivas nesses eventos.

Porque não paróquias organizarem eventos desportivos, corridas, encontros com líderes, com modelos, com atletas, porque são formas de passar aspetos positivos que nós estamos aqui a falar, mas também a mensagem da Igreja?

Porque estes valores que estamos a falar são valores do Evangelho, da Igreja, são valores positivos que levam à realização do Homem, para a paz, 

 

 

 

para a harmonia dos povos. E portanto por parte das paróquias, por parte da Igreja do ponto de vista institucional, há aqui um alerta, um despertar para a importância deste tema, mas depois do ponto de vista concreto penso que há ainda muito a fazer.

Eu lanço por exemplo aqui um desafio, o IDPJ tem linhas de financiamento para financiar atividades e projetos dentro de um programa que é “Desporto para Todos”, que promove a atividade desportiva, e portanto a Igreja, as paróquias, as entidades e associações podem concorrer a isto. 

 

AE – Falemos agora especificamente nesta iniciativa “Desporto, Ética e Transcendência”, este livro resultou de um colóquio que decorreu na Universidade Católica Portuguesa. O que é que a palavra transcendência acrescenta à ética no desporto?

JCL – Este foi um desafio que nós lançamos à UCP para refletir sobre a transcendência no desporto. Porque o nosso Provedor da Ética no Desporto, o professor Manuel Sérgio, aliás tem essa definição do desporto, como movimento para a transcendência.

Isto porque o desporto possibilita que o atleta se eleve, se transcenda, supere os seus limites.

 

 

 

 

Aliás, o Pierre Coubertin, o criador dos jogos olímpicos da era moderna, tem muito essa noção, porque ele próprio era religiosa e tinha esta dimensão religiosa dos Jogos Olímpicos, em que o herói é aquele que ata o mundo humano ao mundo transcendente.

E eu acho que há aqui uma ligação fantástica entre o desporto e esta dimensão da transcendência. E procurámos refletir com a UCP esta dimensão do que é isto de transcender-se, ligar-se, de nós nos libertamos dos nossos limites humanos para nos transcender, para nos ligarmos a outros limites, a superação pessoa.

E depois outra dimensão que está a existir muito ao nível das respostas desportivas que é a dimensão das caminhadas, reflexões interiores, de grupos que promovem essas vertentes.

 

 

 

Há aqui um espaço de reflexão e de investigação que nós procurámos com esse colóquio que realizámos no ano passado e com este volume que foi lançado este ano, com a UCP, porque realmente a dimensão transcendente está presente no desporto e na dimensão religiosa.

 

AE – E foi um tema que interessou às pessoas do desporto, a treinadores e dirigentes?

JCL – Sim, tivemos muita gente do desporto, tivemos o auditório quase cheio, é um tema a que vamos voltar. Se calhar da parte religiosa não houve tanta adesão e vamos tentar insistir.

 

AE – Mas houve uma boa participação de professores da UCP.

JCP – Sim, aliás trouxemos cá o professor Duque, que é um beneditino espanhol da área da sociologia, da simbologia. Porque o desporto tem esta dimensão sacral, muito importante a dimensão simbólica das claques, dos ritos que há, também tem essa dimensão religiosa, muitas vezes. 

 

 

E portanto acho que há aqui um tema que nós devemos procurar e continuar a investigar.

 

AE – Para terminar, perguntava-lhe de que forma é que todos estes temas chegam por exemplo a uma seleção nacional de futebol que participa numa fase final do Euro2016, como a portuguesa?

JCL – Eu penso que é óbvio que há um orgulho grande, e os atletas têm-no dito, em representar a seleção e em representar Portugal. Eu penso que esse é o valor essencial, depois há a dimensão competitiva, de ganhar. Mas se reparar, todos referem esse aspeto, mais do que chegar mais longe ou mais perto. É a dimensão simbólica de representar um povo, uma nação, e um conjunto de valores que isso acarreta, de um povo tolerante, que sabe competir, de um povo que respeita o adversário, que estima também a diversidade.

Eu penso que a seleção tem encarnado isso e vivido essa dimensão valorativa do desporto.

 

Da ética desportiva

Como instituição centenária que acaba de celebrar os seus 110 anos como maior potência desportiva, o Sporting CP faz questão de assumir o seu papel de relevância na sociedade e no panorama mediático pugnando pela verdade desportiva e pela transparência transversal ao fenómeno desportivo. Estes são valores éticos que fazem parte do ADN do Sporting CP.  Nesse sentido, o Clube desenvolveu um extenso e detalhado trabalho com várias propostas para a melhoria do futebol, apresentadas não só às entidades nacionais competentes mas também aos mais altos órgãos e instâncias internacionais como a UEFA, a FIFA ou a ECA (Associação de Clubes Europeus), entre outras. Em paralelo, o Congresso ‘The Future of Football’,

 

organizado pelo Sporting CP, e que teve este ano a sua segunda edição no Estádio José Alvalade, visou alguns destes temas no sentido de detetar problemas, desenvolver caminhos e encontrar soluções para um futebol com mais ética, equilíbrio e isento de erros grosseiros.

Após três anos de intenso esforço na luta por uma causa de extrema relevância para o futebol e para o desporto em geral, foi com grande entusiasmo que recebemos este ano notícias como a aprovação do uso do vídeo-árbitro em período experimental anunciado pela FIFA ou a confirmação do uso da tecnologia da linha de golo no Campeonato da Europa e na Liga dos Campeões da próxima temporada. Até porque, mais importante, isso irá 

 

 

 

eliminar uma série de erros grosseiros com influência direta nos resultados de provas que envolvem muitos milhões de euros, ajudando todos os árbitros – que são humanos – a minimizar o número de decisões não acertadas ao longo de uma partida. Daí que estejamos sempre em contacto e disponíveis para falar

 

com todos os agentes desportivos ambicionando trilhar esse caminho em conjunto.

Ao mesmo tempo, e olhando para a realidade de Portugal, são bandeiras como a verdade desportiva e a transparência que, quando colocadas em prática, possibilitam o aumento de assistências nos estádios e pavilhões 

 

 

 

e o incremento de uma nova geração de fãs apaixonados apenas pelo jogo em si e não com o que se passa fora de campo. Respeitando o seu papel de grande Clube nacional e europeu,

 o Sporting CP irá manter a defesa intransigente de tudo o que possa beneficiar um desporto com mais regras, valores e ética. E esse, além de um palmarés que conta hoje já com mais de 20 mil títulos como o do Sporting CP, é o maior e mais relevante legado que poderemos deixar às gerações futuras.

Concretizando, somos a melhor Academia do Mundo a desenvolver atletas e cidadãos. Como a educação deles é determinante para nós, fazemos o acompanhamento dos estudos na escola e na Academia. O Sporting CP participou em Março passado num Torneio de futebol em Lisboa para crianças dos 9 aos 11 anos apadrinhado pelo Papa Francisco.

Em paralelo, nos últimos três anos, criámos um departamento de apoio aos atletas e às suas famílias. Em conjunto com o IEFP iniciámos cursos que permitem aos atletas e a outros cidadãos prosseguir os seus estudos 

 

na Sporting Training Academy criada por esta Direção.

Também a Fundação Sporting, desde a chegada desta Direção, tem feito um trabalho diário com instituições que atuam com jovens carenciados e com deficiências motoras e psíquicas, Juntas de Freguesia, Câmaras e Escolas, num total de mais de 250 instituições e dez mil crianças e jovens. Este trabalho tem sido realizado não só em Portugal, mas também em quase todos os PALOP. Esta Direção abriu ainda 11 modalidades de desporto adaptado, tornando-se num dos Clubes do Mundo com mais praticantes e modalidades. Já este ano contamos com 6 atletas nos Jogos Paralímpicos.

O Sporting Clube de Portugal não quer ser só desportivamente "tão grande como os maiores da Europa". Quer, através da sua atuação e luta pelos valores, regras sociais e igualdade, ser um exemplo e, neste âmbito, ser tão grande como os maiores do Mundo!

 

Bruno de Carvalho

Presidente do Sporting Clube de Portugal

 

 

 

Clericus Cup

Os padres da Diocese de Viana do Castelo venceram esta quarta-feira a 11ª edição da ‘Clericus Cup’, torneio de futsal para sacerdotes católicos, depois de derrotarem a equipa de Braga, por 2-1, revalidando o título conquistado em 2015.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o padre António Cunha elogiou o “bom ambiente” existente entre colegas ao longo de toda a iniciativa, iniciada esta segunda-feira. “É bom que o desporto sirva também como escola de disciplina, para criar comportamentos entre nós de verdadeiros irmãos”, refere sacerdote, que além de jogar tem funções de selecionador nacional nos torneios internacionais.

 

O torneio decorreu em Penamacor, Diocese da Guarda, e aliou desporto a momentos de convívio e cultura.

A vitória da Diocese de Viana do Castelo, no prolongamento, foi a sétima no total de todas as edições da ‘Clericus Cup’, mas para o padre António Cunha não há segredos, apenas um passatempo que ocupa os sacerdotes “uma hora por semana”, aproximadamente. “Não é no desporto que o tempo é mal gasto”, defende.

Os jogos realizaram-se em dois pavilhões da Vila de Penamacor, onde o bispo da Guarda, D. Manuel Felício, presidiu à Eucaristia na igreja matriz local.


 

O torneio decorreu em Penamacor, Diocese da Guarda, e aliou desporto a momentos de convívio e cultura.

A vitória da Diocese de Viana do Castelo, no prolongamento, foi a sétima no total de todas as edições da ‘Clericus Cup’, mas para o padre António Cunha não há segredos, apenas um passatempo que ocupa os sacerdotes “uma hora por semana”, aproximadamente. “Não é no desporto que o tempo é mal gasto”, defende.

Os jogos realizaram-se em dois pavilhões da Vila de Penamacor, onde o bispo da Guarda, D. Manuel Felício, presidiu à Eucaristia na igreja matriz local.

A importância da ética no desporto
- visão de um dirigente

 

 

Dos escalões de formação aos seniores, sem esquecer o desporto profissional, importa que os valores da ética desportiva estejam sempre presentes e o papel que os dirigentes desportivos desempenham na defesa de valores desta natureza é fundamental.

Este tipo de conduta é essencial é essencial para a promoção e desenvolvimento do desporto favorecendo o espirito desportivo.

A definição do fair play abrange todas os intervenientes ligados ao fenómeno desportivo, mostrando conhecimento pelas leis do jogo, desenvolvendo o conceito de que o jogo pode ser jogado com prazer, de uma forma positiva,

   e incentivando o comportamento

     correto, dentro e fora do campo,

      em relação ao adversário, tanto

       pelos jogadores como por outros

        agentes desportivos, seja qual

        for o resultado.

         Nos escalões de formação

          é importante, deste muito cedo,             transmitir aos jovens atletas os

           conceitos da ética no desporto,

            acima de tudo porque o fair

             play também se ensina e os

              valores intrínsecos ao fair play,

 

 

 

 

devem também ser transmitidos no processo formativo dos jovens atletas, a par de questões técnicas, táticas, físicas e das leis do próprio jogo.

Mas os exemplos que se transmitem são também muito importantes. A par da defesa do desporto na alta competição, através da prática de comportamentos eticamente relevantes, estas mesmas atitudes são facilmente “copiadas” pelos mais novos, pelo que, neste patamar mais alto do desporto, a adoção da ética tem um efeito duplo, diretamente para as próprias competições, independente do que possa estar em jogo, mas também indiretamente, para os mais jovens, através dos exemplos comportamentais que se transmitem.

E por estar a falar em boas práticas não nos podemos esquecer de fatores externos ao jogo, que fazem parte do espetáculo desportivo, mas que devem igualmente ser acompanhados. Estou a referir-me aos adeptos, no qual se incluem, para além das claques, os familiares dos jovens atletas, por tudo aquilo que transmitem de fora para dentro do terreno de jogo, e por tudo aquilo que, através do mediatismo que os espetáculo desportivo pode ter, pode ter uma influência decisiva nos comportamentos dos mais jovens, a

 

 

 começar dentro da sua própria casa, através dos seus familiares.

Esta é a visão de um dirigente desportivo, que tem responsabilidades acrescidas em todo este processo, através da criação de condições para que os valores da ética no desporto possam sejam cumpridos e incentivados, não permitindo e não pactuando com comportamentos que desvirtuem as boas práticas e a defesa do desporto.

Joaquim Sousa Marques

Presidente da Direção da Associação de Futebol de Setúbal

 

 

 

 

 

“Ganhar ou Perder com Ética… é Vencer”

A prática desportiva, pautada pelo respeito dos princípios éticos, é uma actividade sociocultural enriquecedora da sociedade, que fomenta a interacção social, permitindo que os indivíduos se conheçam melhor, se exprimam, se sintam realizados e se desenvolvam em toda a sua plenitude.

O “Desporto com Ética” é um enorme desafio para uma sociedade que se tornou demasiado exigente e focalizada para o “resultado”, desvalorizando o “desempenho”, sofrendo enormes pressões sociais, de mercado e da concorrência, obrigando              a uma constante “escolha”

               entre comportamentos éticos

                 ou desviantes.

 

Essa “escolha”, principalmente nos praticantes dos escalões de formação, carece de orientação e tomada de consciência de que o “Desporto com Ética” deve ser compreendido e vivenciado por todos os cidadãos, simplesmente porque, como afirma o Prof. Manuel Sérgio, “Todos somos Desportistas”.

Ser desportista é estar no desporto, tanto é desportista o Atleta, como o Dirigente, Treinador, Jornalista e Adepto, concluindo-se assim que o desporto não é mais do que “Relações Humanas”.

Esta visão simplificada da complexidade do real valor do desporto para a construção de sociedades saudáveis, é extremamente importante numa Era dita “moderna”, mas que é altamente influenciada/manipulada por modelos globalmente expostos pelos media, apelando a valores menos positivos (poder e dinheiro) e que se vão sobrepondo a todos os reais valores morais e éticos.

    Sendo assim, o “foco” não deverá

        estar centrado no “problema”,

         mas sim na “resolução”, e tal                      como os atletas que se

               transcendem para alcançar a

               excelência, cada “desportista”

 

 

 

 

(praticante ou não) deverá transcender-se, sendo um exemplo a seguir pelos mais jovens (filhos ou não) e por outros sectores da sociedade, utilizando o desporto como um meio privilegiado para por em prática uma forma de estar na vida com ética.

Essa opção representa o verdadeiro “Espirito Desportista” porque implica o respeito pelos códigos, regulamentos, honra pela palavra dada e compromissos assumidos, a recusa a quaisquer meios ou métodos (legais ou não) de tirar vantagem para vencer, repudiando sempre que esses 

comportamentos acontecerem, e tendo sempre em consideração um conjunto de valores comuns, nomeadamente, o respeito pelas regras, pelos adversários e restantes agentes desportivos, o fairplay, a tolerância, a amizade, a verdade, a aceitação do resultado, o reconhecimento da dignidade da pessoa humana, o saber ser e estar, a persistência, a disciplina, a socialização, os hábitos de vida saudável, a interajuda, a responsabilidade, a honestidade, a humildade, a lealdade, o respeito pelo corpo, a imparcialidade, a cooperação e a defesa da inclusão social em todas as vertentes.

  É minha convicção que o desporto tem de ser, cada vez mais, uma verdadeira “Escola de Liberdade” e uma autêntica “Escola de Cidadania”, pautando-se por tudo o que já referi anteriormente, tornando-o mais apelativo, motivador, realizador e útil para os praticantes, para as organizações desportivas e sociedade, pelo que todos os Agentes Desportivos têm a responsabilidade de fazer um esforço em adoptar pessoalmente, familiarmente, profissionalmente e desportivamente um comportamento ético, transmitindo em todos os momentos (no dia-a-dia de cada um de nós) 

os valores positivos do desporto, criando condições para que os jovens tenham a possibilidade de fazer uma opção responsável em relação ao caminho que querem seguir e não permitir que a manipulação do “ganhar a todo o custo” os impossibilite de lidar de forma positiva com a derrota ou com a vitória, pois “saber ganhar” é tão importante como “saber perder”… “Ganhar ou Perder com Ética… é Vencer”.

 

João Capela

Árbitro Internacional de Futebol e Embaixador do PNED

 

 

Ética no desporto

Ética é um valor humano, intrínseco a todos os seres. É um valor que nos é transmitido desde a nascença e que vai sendo melhorado ao longo da vida. Com o nosso crescimento esse valor vai sobressaindo nas diversas situações em que o indivíduo está exposto.

A ética deve estar presente em qualquer desporto, seja individual ou coletivo. O respeito, a amizade, o fair-play, a cooperação, a aceitação do resultado fazem parte deste conceito de ética. É transversal a todas as tarefas da nossa vida, define o carácter do ser humano, torna-nos mais ricos espiritualmente e mais fortes, com mais certezas e menos dúvidas.

Sem este valor de ética, a vida não tem sentido e o desporto não teria qualquer valor. Tanto na vida como no desporto os resultados só têm significado se tivermos ética na obtenção dos mesmos. Entramos em jogo respeitando o adversário, cumprindo as regras e sempre com a noção de fair-play. O vencedor nem sempre é aquele que vence, é aquele que mesmo na derrota consegue sentir-se vitorioso porque analisou

 

os seus erros, aprendeu e cresceu para um dia alcançar os resultados sem prejudicar os outros. No desporto não vale tudo para se atingir um fim.

É importante respeitar o adversário, mas também respeitar-nos a nós próprios, o nosso corpo e a nossa mente. Por vezes somos iludidos pelo mundo e levados pela inconsciência, por um simples momento de fama destruímos e prejudicamos os outros e a nós mesmos. Por exemplo o consumo de substâncias ilícitas adultera os resultados e estes deixam de ter significado, sobretudo quando caímos em nós e vemos que o obtivemos de forma injusta, tentando ser superiores ao adversário, não jogando de igual para igual.

Na minha prática desportiva e nos projetos onde estou envolvido tento promover da melhor maneira os valores da ética, para serem aplicados tanto na vida como no desporto. Tento passar às pessoas que todos os resultados dependem da fé, da força e do trabalho de cada um de nós.

 

Jorge Pina

Atleta paralímpico

 

A Ética no Desporto e a sua importância

A formação desportiva de um atleta, qualquer que seja a sua modalidade tem obrigatoriamente que ser entendida como uma ATIVIDADE EDUCATIVA, outra forma de encarar este processo traz consigo danos irreparáveis!

A Ética no desporto é uma consciência, um valor que dignifica a conduta desportiva, um sentimento e um pensamento que se refelecte em actos saudáveis e positivos durante qualquer competição, ela é em si mesmo unificadora e promotora da luta verdadeira pelo objectivo, ela dá sentido ao sucesso!

Importa pois perceber que em qualquer treino ou competição, independentemente do escalão etário, a Ética é ela mesmo parte integrante dessa actividade e só assim poderemos ecoar em consciência que a prática desportiva é educativa e promove desenvolvimento!

As aprendizagens desportivas sustentadas em valores são por si só geradoras de um enorme potencial humano e desenvolvem sinergias complementares nas aprendizagens desportivas valorizando não só a 

 

 

 

formação do atleta como do homem!

Através de um sentido ético no desporto podemos ajudar a construir um mundo mais consciente, mais saudável, mais tolerante e justo!

 

Luis Sénica,

selecionador nacional

de hóquei patins

 

 


Fernando Santos, desporto e fé

Reveja a entrevista do selecionador nacional
de futebol ao programa «70x7»

 

 


Sobre a sua relação com a fé, o engenheiro eletrotécnico de formação recorda 1994, o ano em que foi despedido do Estoril, como ponto de viragem na sua vida. Apesar de ser proveniente de uma família cristã e ter tido uma educação católica, desde cedo se afastou da Igreja, “mas a referência ficou”.

Num momento difícil da sua carreira, em que colocava tudo em causa, Cristo reentrou na sua vida através da sua filha, que então se preparava para o crisma, e de um convite dos amigos para fazer um cursilho de cristandade. “Esse talvez tenha sido um dos momentos fundamentais da minha vida, esse 11 de março em que eu saio do Estoril, de alguma forma acaba por levar-me a ser treinador de futebol, hoje tenho a certeza, e também me leva seis dias depois a encontrar Cristo, isso foi a mudança total na minha vida”, confidencia.

 

 

O Desporto como fator de promoção
dos Direitos Humanos

A Santa Sé reconhece o papel único do desporto e do ideal olímpico como instrumentos para facilitar a construção de um melhor ambiente internacional, mais inclusivo e aberto a todos. De facto, este ano, com os Jogos Olímpicos que vão decorrer no Rio de Janeiro, temos uma oportunidade para apreciar melhor o papel que o desporto deve desempenhar na construção de uma comunidade internacional mais respeitosa dos Direitos Humanos. Como um sinal claro do compromisso constante da Santa Sé nesta matéria, vamos promover a conferência sobre Fé e Desporto, este mês de outubro, no Vaticano, que pretende colocar o fenómeno desportivo no contexto cultural e religioso mais amplo da humanidade. Em particular, a minha delegação reconhece a importância da Carta Olímpica como um instrumento para estimular e implementar melhor os Direitos Humanos. Como disse o Papa Francisco, “a Carta Olímpica, entre os seus principais objetivos, coloca a centralidade da pessoa, o desenvolvimento harmonioso do homem, a defesa da dignidade 

 

 

humana, e também «a contribuição para a construção de um mundo melhor, sem guerras nem conflitos, educando os jovens através do desporto praticado sem qualquer tipo de discriminação, num espírito de amizade, solidariedade e lealdade” (Comité Olímpico Internacional, Carta Olímpica, 6).

 

 

Hoje, mais do que nunca, acreditamos firmemente que o mundo precisa deste “espírito de amizade e solidariedade” e que este deve permanecer como o núcleo da expressão olímpica, com o objetivo de promover a “universalidade, caracterizada pela fraternidade e amizade entre os povos, concórdia e paz entre as nações; respeito, tolerância e harmonia entre as diversidades” (Discurso do Papa Francisco ao Comité Olímpico 

 

Italiano, 19 de dezembro de 2014).

Neste contexto, é importante sublinhar o valor educativo do desporto, em particular entre as crianças e jovens. Cada evento desportivo, e os Jogos Olímpicos acima de todos, pode servir como uma ferramenta poderosa para mostrar quanto é fundamental superar-se a si próprio. No desporto, como na vida de todos os dias, procuramos o sucesso, evitando ficar satisfeitos com resultados medíocres.

 

 

 

 

 

A Igreja Católica apresentou no Vaticano uma campanha de sensibilização contra a exploração sexual e o tráfico de pessoas para a prostituição, que vai decorrer durante os Jogos Olímpicos do Brasil. A iniciativa “quer alertar os turistas que irão ao Rio de Janeiro”, para que não contribuam de nenhum modo para alimentar o negócio da prostituição, que neste tipo de ocasiões “se intensifica”. “Além do desporto em si, os Jogos Olímpicos são uma oportunidade para o lazer, para a cultura e para o emprego temporário, mas são também ocasião para intensificar o turismo sexual, através da ação de grupos criminosos que se organizam para aliciar, explorar e traficar pessoas”.

 

 

Por outro, lado, o bom desportivismo nos momentos de falhanço é um treino para eventuais desafios e falhanços na vida. Por isso, o valor social e ético do desporto, juntamente com uma competição saudável, deve ser sempre colocado no centro de qualquer acontecimento desportivo.

Infelizmente, hoje em dia, o desporto é muitas vezes associado ao aspeto económico, competitividade excessiva, violência e exclusão daqueles que “simplesmente não são os melhores”.

Para enfrentar esta questão, deveríamos estar unidos e determinados em desafiar qualquer aspeto distorcido que se possa intrometer, reconhecendo-o como um fenómeno oposto ao total desenvolvimento do indivíduo e ao desfrutar da vida.

 

 

 

 

O apoio pleno aos valores do ideal olímpico em cada competição é o primeiro compromisso que qualquer Estado-membro tem de manter, fortalecendo os princípios éticos do desporto e, através deles, promovendo o respeito pelos Direitos Humanos. Para fortalecer esta mensagem de inclusão e não-discriminação difundida pelo ideal olímpico, é de grande importância implementar e facilitar um desporto livre de barreiras para todos, em particular as crianças e jovens, pessoas com deficiência, mulheres e raparigas.

A este respeito, os Jogos Paralímpicos são um exemplo de inclusão e uma demonstração de como o desporto, também para as pessoas com deficiência, é uma oportunidade 

 

 

 

 

 

 

 

para se expressar a si próprio, de acordo com os talentos e as limitações de cada um.

Em conclusão, a Santa Sé acolhe de bom grado o uso do desporto como uma ferramenta para criar um ambiente mais favorável para os Direitos Humanos e encoraja os 

Estados-membros, o Comité Olímpico Internacional e o Comité Paralímpico Internacional a continuar os seus esforços para promover o ideal olímpico em todo o mundo e em cada desporto. Mais ainda, a Santa Sé 

 

encoraja a prática do desporto para construir pontes entre os povos, nações e continentes, bem como na sociedade. Desde que praticado com respeito pela dignidade humana, é uma ferramenta poderosa para criar uma sociedade global mais inclusiva.

 

Arcebispo Ivan Jurkovic,

Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Genebra

32ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos, painel sobre o “Uso do Desporto e do Ideal Olímpico na promoção dos Direitos Humanos”

 

 

O comité organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro (Brasil), reuniu-se com representantes de cinco religiões para definir o funcionamento do centro inter-religioso na Aldeia Olímpica.

O padre Leandro Lenin, coordenador do centro inter-religioso do Rio 2016, explicou que o espaço vai ter uma sala para cada religião: cristianismo, judaísmo, budismo, hinduísmo e islamismo (esta última com uma sala extra para mulheres). Haverá ainda um espaço misto de aconselhamento e o segundo piso será um ambiente de convivência.

Em nota divulgada pelo site oficial dos Jogos Olímpicos 2016 adianta-se que cada capelão vai ter um “guia”, para explicar aspetos básicos do centro.

 

 

 

 

Vá para fora cá dentro

http://www.visitportugal.com/

 

Como forma de ajudar na programação das férias que estão à porta, esta semana proponho uma visita ao sítio oficial de promoção turística do destino Portugal, desenvolvido pelo Turismo de Portugal.

Ao entrarmos neste espaço virtual, ficamos maravilhados com as imagens que vão passando à nossa frente. Ao nosso dispor temos uma quantidade enorme de opções que nos permitem programar devidamente toda e qualquer viagem dentro deste retangulo à beira-mar plantado. Aqui, irei destacar aquelas que considero serem as mais relevantes, ficando as restantes para que o utilizador as explore a seu bel-prazer.

 

informações úteis para quem viaja pelo nosso país, com propostas de viagens a rotas turísticas fabulosas, bem como eventos culturais e artísticos relevantes e ainda, algumas promoções de alojamento vantajosas.

Na opção “o que fazer”, dispomos de um roteiro completo pela arte e tradições portuguesas. Desde as aldeias históricas feitas de granito, às aldeias do xisto descobrindo um verdadeiro paraíso na zona centro, passando pelas terras alentejanas onde os vestígios do passado são autênticos desafios à imaginação. Dentro da mesma área dispomos ainda do item “gastronomia e vinhos”, onde encontramos sugestões que são um autêntico cardápio de sabores e prazeres que nos surpreendem e conquistam. Somente para aguçar 

 

 

 

 

 

o apetite, somos transportados para os prazeres do Minho, para as rotas do vinho verde, do Dão, não esquecendo os sabores alentejanos, fazendo-nos esquecer por momentos as tão faladas dietas nesta altura do Verão!

Em “regiões”, dispomos de um conjunto de propostas turísticas devidamente catalogadas pelas diferentes regiões de Portugal (norte, centro, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira).

Por último, caso pretenda ver tudo aquilo que é possível ver, explorar, visitar e vivenciar aceda a“o que procura”. Aqui temos um manancial enorme de possibilidades para 

 

realizar devidamente catalogado por itens, que nos ajudam a organizar melhor a nossa próxima viagem e assim estarmos já preparados para o que iremos encontrar.

Partilho aqui então a sugestão de um sítio fantástico que nos transporta para o que de mais rico e belo possui o nosso país. Claramente um endereço a guardar e utilizar com frequência.

 

Fernando Cassola Marques

fernandocassola@gmail.com

 

 

Recortes da História da Guiné-Bissau

 

Catarina Lopes é gestora de projetos de desenvolvimento na Fundação católica ‘Fé e Cooperação’ (FEC), com a qual fez voluntariado missionário na Guiné-Bissau, no setor da educação, entre 2001 e 2002, e agora publicou “recortes da história” desse país.

A autora explicou à Agência ECCLESIA que a vontade de escrever a nova publicação surgiu num encontro de professores, numa escola no meio do mato, em 2001, quando foi recordado o “conflito de 1998, 11 meses muito delicados, e na mesma sala havia 

 

 

 

pessoas que colocavam figuras como tiranos e outros como heróis”.

Catarina Lopes assinala que “cerca de 60%” da população guineense “é analfabeta”, por isso, o “objetivo” da publicação é registar a história do país de África porque se “passa só pela oralidade, é muito fácil deturpa-la”.

A autora refere que, numa primeira fase, a recolha de dados para os ‘Recortes da História da Guiné-Bissau’ foi realizada por “colegas através da internet”, algo que “é difícil” porque, geralmente, as notícias “são sempre 

 

 

 

muito negativas e estão ligadas entre dimensão politica, militar, mortes, assassinos”.

A gestora de projetos de desenvolvimento da FEC observa que desde a independência, em média, o poder político no país lusófono tem a duração de dois anos e meio que “numa estimativa de quatro anos é muito pouco” e a alternância passa por “golpe de estado, uma queda de governo, uma reestruturação”.

Os prefácios de ‘Recortes da História da Guiné-Bissau’ foram escritos pelo jornalista português José Pedro Castanheira e pelo escritor guineense Abdulai Silá, que estão “muito ligados” ao país, com o propósito de mostrar a sua “complexidade, diversidade e riqueza”.

Catarina Lopes adianta também uma particularidade que vê na Guiné-Bissau e está retratada no livro, onde não estão “só guineenses”, com os seus “mais de 28 grupos étnicos”, mas todos que “fazem parte da sua história seja positiva ou negativa”, com referências a Cabo Verde, Portugal, e pessoas de outras nacionalidades como Chile e Mali que “tiveram um papel importantíssimo”.

“Os estrangeiros que se identificaram com o país, afeiçoaram-se e querem contribuir”, sublinha.

 

A ligação da entrevistada à Guiné-Bissau começou numa experiência marcante de voluntariado de um mês, em 2000, com promessa de “voltar”.

Depois a organização não-governamental para o desenvolvimento católica ‘Fé e Cooperação’ abriu vagas para a Guiné-Bissau e Catarina Lopes despediu-se do emprego da altura para “embarcar” numa viagem que se realizou com atraso a 14 de janeiro de 2001, devido ao assassinato do general Ansumane Mané.

‘Recortes da História da Guiné-Bissau’ foi editado pela FEC que continua na Guiné-Bissau a trabalhar no setor da educação “sempre” na lógica de “formar e potenciar competências” de recursos humanos e de instituições porque continuam “a acreditar”.

 

 

II Concílio do Vaticano: A sociedade portuguesa vista por Adérito Sedas Nunes

 

Nos finais de maio de 1963, os diplomados católicos portugueses reuniram-se para refletir sobre as perspetivas que um cristão pode/deve ter sobre o desenvolvimento económico.

Como o desenvolvimento económico e a evolução social constituem dois aspetos de um mesmo processo evolutivo, Adérito Sedas Nunes, um dos oradores do encontro, destacou algumas das principais transformações que a sociedade portuguesa sofria na altura. Segundo o conferencista, entre 1950 e 1960, enquanto nos quatro distritos de Lisboa, Porto, Aveiro e Setúbal a população aumentou cerca de 12%, contra apenas 4,7% no conjunto do continente. A população de metade dos distritos do continente (Beja, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Portalegre, Viana do Castelo e Viseu) diminuiu. Na década de 60 verificava-se uma concentração crescente da população nas zonas urbanas e circum-urbanas.

Entre 1953 e 1961 o produto nacional bruto aumentou cerca de 77% nas indústrias, 56% nos serviços e apenas 7,2% no sector primário. Verifica-se, assim, ao lado de uma estagnação do sector primário, mormente na agricultura, um desenvolvimento económico relativamente rápido das atividades secundárias e terciárias (indústrias e serviços).

Estes dois ritmos diferentes de desenvolvimento aliados à concentração crescente da população formam duas sociedades economicamente e sociologicamente distintas: “uma sociedade moderna, em expansão económica e demográfica, e uma sociedade tradicional, estagnada e em retrocesso económico e 

 

 

 

demográfico, que rodeia a primeira e cujos recursos materiais e humanos são por esta amplamente aspirados” (cf. Boletim de Informação Pastoral; nº 26; Setembro-Outubro de 1963, pág 19).

Na conferência, Adérito Sedas Nunes falou da irradiação crescente da sociedade moderna sobre a sociedade tradicional. Esta irradiação opera-se através das vias e meios de transporte melhorados, das trocas comerciais intensificadas, da invasão dos produtos industriais, da publicidade, do turismo e do incremento das 

 

comunicações de massa. “Dela resulta o despertar, na sociedade tradicional, de uma consciência de «atraso» e de «oportunidades de melhoria», que ocasiona a formação de novas «aspirações», nos meios rurais, o despontar de uma «consciência de direitos» e, finalmente, apoiada na rarefação de mão de obra agrícola em certas regiões, o aparecimento de «reinvidicações»”. (cf. revista citada).

Esta era a sociedade portuguesa, aos olhos de Adérito Sedas Nunes, na época do II Concílio do Vaticano.

 

Julho 2016 

09 de julho

. Porto - Leça da Palmeira - Encontro do Movimento de Educadores Católicos com o tema «À procura de fontes de alegria»

 

. Lisboa - São João da Talha - Sessão sobre «Descobre-te a ti mesmo...» promovido pela «Novahumanitas» (até 10 de julho)

 

. Setúbal - Almada (Seminário de São Paulo) - Jubileu da Juventude da Diocese de Setúbal com a presença de D. José Ornelas

 

. Fátima - A Diocese de Coimbra vai realizar a peregrinação ao Santuário de Fátima para agradecer os “três anos do plano pastoral” que agora se concluem.

 

. Braga - Celorico de Basto (São Romão do Corgo) – 08h30 - Romagem de Braga a São Romão do Corgo, terra do venerável frei Bernardo de Vasconcelos

 

. Lisboa – Sé, 10h30 - Missa e bênção das pastas dos enfermeiros por D. Joaquim Mendes

 

 

Porto – Sé, 21h30 - Vigília das ordenações com concerto coral sinfónico

 

10 de julho

Braga - Terras de Bouro - Festas de São Bento da Porta Aberta (até 12 de julho)

 

Bragança – Sé  -Ordenação de dois padre e um diácono

 

Porto – Sé - Ordenações de diáconos e de presbíteros 

 

Coimbra - Miranda do Corvo (Salão dos Bombeiros), 09h30 -  Encontro do Movimento de Espiritualidade da Sagrada Família (MESF) com o tema «A misericórdia na família e na comunidade» orientado por Martinho Soares

 

Fátima - Domus Carmeli, 16h00 - Lisboa, 14 jun 2016 (Ecclesia) – O missionário em Timor-Leste desde 1974, padre José Alves Martins, vai apresentar a sua nova obra, dia 10 de julho, em Fátima, com o título «O Mistério da Realidade».

 

 

 

 

 

 

 

Aveiro – Sé, 16h00 - Ordenação sacerdotal do diácono Gustavo Fernandes por D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro.

 

12 de julho

Fátima  -Peregrinação internacional aniversária presidida por D. Nuno Almeida, bispo auxiliar de Braga

 

Fátima - Casa de Nossa Senhora das Dores, 10h30 - Conselho permanente da CEP (Conferência Episcopal Portuguesa)

 

Porto - Paço de Sousa, 11h00 - Eucaristia dos padres naturais de Penafiel integrada nas comemorações dos 60 anos da morte do Padre Américo

 

13 de julho

Leiria – Sé, 19h15 - Eucaristia da dedicação da Catedral de Leiria com instituição de seminaristas nos ministérios de acólito e de leitor e a celebração do rito de envio de missionários do Caminho Neocatecumenal

 

 

 

 

 

 

 

08 a 10 julho, Ilha de São Miguel, Açores

A pastoral vocacional e juvenil da Ouvidoria da Lagoa, promove o Festival multidisciplinar ‘Zarpar’ com o lema “Celebrar a alegria da fé e da vida e Evangelizar pela arte”, no Convento dos Frades. A segunda edição desta iniciativa inclui a peregrinação diocesana de acólitos.

 

10 julho, Portugal

Três dioceses do norte de Portugal - Aveiro, Bragança-Miranda e Porto - estão em festa com ordenações sacerdotais e diaconais este domingo, a partir das 16h00 nas respetivas Catedrais.

 

14 julho, Santuário de Fátima

O Santuário dinamiza o primeiro curso intensivo para jovens investigadores de História e Ciências Sociais e a primeira fase das Oficinas Musicais Criativas, que terminam com um dia de diferença, respetivamente a 16 e 17 de julho.

O objetivo das duas iniciativas é divulgar e aproximar os respetivos públicos-alvo da temática das Aparições e da mensagem mariana de Fátima.

 

Lisboa

‘A Esperança é a última a morrer’ é uma exposição de 12 fotografias de crianças que vivem em campos de acolhimento no Líbano. Da autoria do fotógrafo Nuno Veiga as fotografias estão em mupis das ruas de Lisboa, até 19 de julho.

A campanha da PAR - Plataforma de Apoio aos Refugiados pergunta a quem passa: “Nos campos de refugiados, milhares de crianças esperam a nossa solidariedade. Acreditam que alguém se vai lembrar delas. Irá mesmo?”

 

Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00

RTP1, 10h00

Transmissão da missa dominical

 

 

11h00 - Transmissão missa

 

 

 

Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã;  12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida.

 
RTP2, 13h30

Domingo, 10 de julho, 7h55 - Rainha Santa Isabel.

 

Segunda-feira, 15h00 

Entrevista a Carlos Aguiar

Gomes, sobre São Bento da 

Porta Aberta

 

Terça-feira, 12h40  - Informação e entrevista a a dois alunos do curso bíblico "O Mundo da Bíblia"

 

Quarta-feira12h40 - Informação e entrevista a João Pereira sobre campanha da Cáritas pela paz na Síria

 

Quinta-feira12h40  - Jornada Mundial da Juventude. Informação e entrevista  ao padre João Dias e Mauro Santos

 

Sexta-feira, 12h40  -  Análise à liturgia de domingo por frei José Nunes e padre Armindo Vaz.

 

 

Antena 1

Domingo, dia 10 de julho - 06h00 - Ética no Desporto

 

Segunda a sexta-feira, 11 a 15 de julho - 22h45 - JMJ Cracóvia 2016: dioceses de Lisboa, Viseu, Beja, Aveiro e Porto

 

  

 

 

     

 

 

 

 

 

 

Ano C – 15.º Domingo do Tempo Comum

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vai ao encontro do próximo com amor e compaixão!
 

O Evangelho deste 15.º domingo do tempo comum diz-nos que o amor, a Deus e ao próximo, é que dá pleno sentido à vida, que em Deus é eterna. “Vai e faz o mesmo”, diz Jesus a cada um dos que querem seguir esse caminho. Faz o mesmo que o samaritano, um herege e um infiel, segundo os padrões judaicos, mas que é capaz de deixar tudo para estender a mão a um irmão caído na berma da estrada.

A parábola do Bom Samaritano é tão conhecida que podemos perder o seu sabor e sentido para a nossa vida. Sabemos bem que Jesus muda a ordem das coisas: não se trata de saber quem é o meu próximo, mas de me fazer, eu próprio, o próximo de qualquer pessoa. Toda a pessoa torna-se próxima para mim, na medida em que eu a considero como um irmão.

Nesta parábola, Jesus não escolhe os protagonistas da história por acaso. O doutor da Lei que se dirige a Jesus é certamente conhecedor e fiel observante da Lei.

Jesus apresenta, em primeiro lugar, o exemplo de um sacerdote e um levita, dois especialistas do culto celebrado no Templo de Jerusalém. A Lei dá prescrições muito estritas aos responsáveis do culto de então. Deviam respeitar escrupulosamente as leis da pureza e, em particular, evitar a qualquer preço qualquer contacto com os mortos, à exceção dos mais próximos da sua família. O sacerdote e o levita, além de não se aproximarem do infeliz ferido meio morto, afastaram-se dele, porque obedeciam à Lei.

Depois, Jesus coloca em cena um samaritano. São João precisa: “os judeus não tinham relações com os samaritanos”. Este estrangeiro, este pária aos olhos dos judeus fiéis, não está encerrado no sistema da Lei. Pode encontrar a liberdade do amor sem fronteiras.

 

 

 

 

 

 

Eis a grande lição de Jesus. A Lei é boa, sem dúvida, mas com a condição de estar ao serviço do crescimento do amor; “o sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado”.

A Igreja promulgou numerosas leis, convidando-nos a respeitá-las. Por exemplo, é bom não faltar à missa ao domingo. E muito bem. Mas se, no resto da minha vida, esqueço as exigências evangélicas do amor, arrisco passar ao lado do meu irmão ferido. Afinal, estou do lado do sacerdote e do levita, ou do lado do samaritano? É a mim, a cada um de 

 

nós, que Jesus diz: “Então vai e faz o mesmo”. Vai ao encontro do próximo, ama, tem compaixão e misericórdia!

Oxalá que as nossas comunidades não sejam uma espécie de clubes fechados, reservados a sócios, onde é proibida a entrada a estranhos, mas sejam comunidades de misericórdia, acolhedoras de todos sem exceção, onde todos se sentem amados e têm lugar, em particular aqueles que a vida atira para a berma da estrada.

 

 

Manuel Barbosa, scj

www.dehonianos.org

 

Santa Isabel, exemplo de misericórdia

 

O núncio apostólico em Portugal presidiu em Coimbra à Missa da solenidade litúrgica de Santa Isabel de Portugal (1271-1336), apresentando a figura da Rainha Santa como exemplo de “inquietação” perante o sofrimento do próximo. “A indiferença nunca endureceu o coração de Santa Isabel e nunca se instalou na sua vida”, disse D. Rino Passigato, 

 

 

na homilia da celebração a que presidiu na igreja de Santa-Clara-a-Nova.

Na intervenção, enviada à Agência ECCLESIA, o representante diplomático do Papa evocou os 500 anos da beatificação da Rainha Santa Isabel, “padroeira e protetora” da cidade de Coimbra, onde se encontra o seu túmulo, celebrados em pleno

 

 

 

 Jubileu Extraordinário da Misericórdia proclamado pelo Papa Francisco.

A Misericórdia, sublinhou D. Rino Passigato, não é uma palavra abstrata, mas um sentimento que “obriga cada dia a equacionar as atitudes e ações para com os mais fracos e desprotegidos”. “ Neste Ano Santo – diz-nos o Papa Francisco na Bula Misericordiae Vultus – e cito: poderemos fazer a experiência de abrir o coração àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo cria de forma dramática. Quantas situações de precariedade e sofrimento presentes no mundo atual! Quantas feridas gravadas na carne de muitos que já não têm voz, porque o seu grito foi esmorecendo e se apagou por causa da indiferença dos povos ricos!”.

Santa Isabel, assinalou o núncio apostólico, “praticou em alto grau as Obras de Misericórdia”, pelo que 

 

 

“o nome e a ação da Rainha Santa andam para sempre a elas associados, perdurando na memória das gerações que lhe sucederam”.

D. Rino Passigato recordou a “missão religiosa, política, social e humana de primeira grandeza” que D. Isabel de Aragão desempenhou em Portugal, uma ação particularmente marcada pela “caridade para com os desventurados” e a procura da paz.

A homilia sublinhou, por isso, a preocupação que acompanhou os últimos dias da vida de Santa Isabel na mediação do conflito entre D. Afonso IV de Portugal e D. Afonso XI de Castela, tendo conseguido

“A vida da Rainha Santa Isabel extinguiu-se depois de tanto esforço e sacrifício”, observou D. Rino Passigato.

A cidade de Coimbra está a celebrar até 13 de julho as festas da Rainha Santa, no jubileu do V centenário da beatificação de D. Isabel de Aragão.

 

O Papa Francisco vai receber a 11 de novembro, dia de São Martinho, a visita de milhares de sem-abrigo europeus, no âmbito do Jubileu da Misericórdia. A iniciativa é promovida pela associação ‘Fratello’ (irmão), que apresenta a peregrinação como uma forma de colocar as pessoas “mais frágeis” da sociedade no “centro da Igreja.

Aqueles que vivem em situação de precariedade vão ter catequeses nas manhã de 11, 12 e 13, e as tardes vão ser ocupadas com diligências jubilares e vistas a Roma (Itália).

 

 

 

«Copa Católica», o campeonato de futebol na Jornada Mundial da Juventude

 

 

 

 

 

 

 

 

Na Jornada Mundial da Juventude 2016, em Cracóvia, capital da Polónia, os peregrinos para além do encontro, do louvar a Deus também são desafiados a praticar desporto no Festival da Juventude, no campeonato de Basquetebol de Rua, na competição de breakdance e no torneio de futebol.

Segundo informa a organização local ao todo qualificaram-se 48 equipas de vários países do mundo, como Brasil, Guatemala, Líbano, Nigéria e “os maiores grupos são oriundos da França e da Itália”. Entre os jogadores estão amadores e profissionais, de paróquias e comunidades, onde se destacam as Irmãs de Nossa Senhora das Dores de Cracóvia.

O criador da Copa Católica, Gabriel Del Fiaco, explica que o objetivo do torneio “não é ganhar, mas encontrar pessoas que compartilham os mesmos valores”.

Os jogadores são incentivados a criar uma comunidade real que é “muito diferente culturalmente” e para além do desporto também a fé vai uni-los uma vez que cada jogo começa com uma oração comum.

Os primeiros jogos de qualificação são disputados a 26 de julho e a final que 

 

vai determinar o vencedor está marcada para o dia seguinte. Os jogos são disputados no Centro de Desenvolvimento da Zona Com-Com, na Rua Ptaszyckiego 6, em Cracóvia.

“Temos a certeza que todos estarão motivados para vencer, mas também prontos para ajudar o outro se necessário”, comentou Gabriel Del Fiaco que acredita que a iniciativa é uma oportunidade para praticar as Obras de Misericórdia Corporais e Espirituais com “pequenos gestos” que são a essência do evento.
Segundo a organização para além do futebol também estão confirmadas outras atividades desportivas como o campeonato de Basquetebol de Rua e e a competição de breakdance.

(Departamento Nacional da Pastoral Juvenil a partir do original no sítio online oficial da JMJ2016

Festival da Juventude faz parte do programa da Jornada Mundial da Juventude, onde os jovens são capazes de encontrar Deus na outra pessoa, ao partilhar as suas paixões e talentos com os outros. Nesta ocasião os jovens vão faz barulho nas ruas, nos parques e praças da cidade, não somente em Cracóvia, mas também nos arredores da cidade.

 

 

 

Os dias difíceis da comunidade cristã em Zanzibar

Sobreviver ao medo

A cada dia que passa cresce o receio entre a minoritária comunidade cristã em Zanzibar, na Tanzânia. Desde há um par de anos que esta região, famosa como destino turístico, tem sido abalada por ataques com motivação religiosa. Os extremistas islâmicos parecem ter apenas um objectivo: acabar com a presença dos Cristãos.

Dia 2 de Maio. Igreja de Nyarwele, região de Kagera, na Tanzânia. O alarme corre de boca em boca. A igreja está a arder. Os primeiros que chegam tentam apagar as chamas, mas pouco conseguem já fazer. Documentos, cadeiras, bancos, livros litúrgicos, até um gerador. Este é o terceiro lugar de culto cristão incendiado desde o início do ano. O incêndio da igreja de Nyarwele veio reavivar o sentimento de medo que parece alastrar entre toda a comunidade. O Padre Bijura, porém, é dos que não desiste. “Aqueles que pensam que se destruírem as nossas igrejas não rezaremos mais, estão enganados... há uma grande árvore perto da igreja e continuaremos a reunir-nos por lá para rezar”. 

 

A comunidade cristã do arquipélago de Zanzibar é muito pequena. Calcula-se que serão apenas cerca de 10 mil fiéis, inseridos numa população estimada em mais de 1 milhão de habitantes, na sua maioria muçulmanos. A convivência entre religiões decorria com normalidade até que grupos radicais procuraram transformar Zanzibar num estado independente gerido pela “sharia”. O Verão de 2012 marcou o início das hostilidades. Então, centenas de manifestantes invadiram igrejas, atacando cristãos, lançando o medo. O Padre Amos Kibona não esquece o que lhe aconteceu. Foi a 28 de Maio. “Chegaram em grande número, com machados e lanças, arrombaram a porta e queimaram tudo.” Ainda nesse ano, no dia de Natal, feriram o padre Ambrose Mkanda, e, dois meses mais tarde, assassinaram o Padre Evaristus Mushi. Agora, ninguém consegue esconder o receio do que possa vir a acontecer.

 

 
 

 

 

Exemplos de fé

O papel da Igreja em Zanzibar é fundamental. Cerca de metade da população vive abaixo do limiar da pobreza. No arquipélago há oito paróquias onde todos os dias um punhado de homens e mulheres trabalham junto dos mais desfavorecidos, e não apenas dos cristãos. Como diz o Padre Thomas Assenga, “por aqui até os Muçulmanos são pobres”. As prioridades da diocese são a educação e a saúde. Fazendo das fraquezas força, a Igreja quer construir escolas e centros de saúde. E conta, para isso, com a ajuda da Fundação AIS. De Zanzibar chegam-nos extraordinários exemplos de fé. Apesar do medo, ninguém renuncia à sua missão. Um dos sacerdotes cujo trabalho é apoiado pela AIS,

o Padre Cosmas Shayo, diz-nos

que todos procuram

encorajar-se mutuamente.

Juntos são mais fortes. “Eu

próprio tenho muito medo,

mas sou padre e este é o

meu local de trabalho. Se

eles quiserem matar-me,

morrerei aqui! Mas não

posso fugir e deixar o povo

para trás. Não vamos

abandonar este lugar.”

     Paulo Aido 

     www.aismisericordia.org

 

 

 

 

Missão na Paróquia e além dela

  Tony Neves   
  Espiritano   

 
 

Foz do Sousa está em festa. Esta pacata paróquia de Gondomar (Diocese do Porto) celebra as bodas de prata sacerdotais do P. Álvaro Rocha, pároco há 22 anos. Foi traçado um ambicioso programa de festas, com insistência na participação do maior número de pessoas, pois todas as iniciativas estão abertas a toda a gente. Basta querer.

Há concertos, celebrações, encontros, marchas populares, jantares…e uma Semana Missionária que, por estes dias, percorre todos os sete lugares da Paróquia. Sim, a aposta na Missão, na Paróquia e fora dela, sempre foi opção pastoral do P. Álvaro Rocha.

Em 1998, as Paróquias de S. João da Foz do Sousa e S. João do Lobito geminaram-se. Apontaram-se duas razões: o padroeiro comum e o facto do P. Manuel Martins Ferreira ser natural da Foz do Sousa e grande missionário, anos a fio, nos morros de S. João do Lobito. Estas ‘irmãs gémeas’ vão-se encontrando, ora na Foz do Sousa, ora no Lobito. O momento alto desta geminação foi a experiência Missionária que levou, em Agosto de 2011, onze ‘Sousenses’ a Angola, uma equipa preparada e liderada pelo P. Álvaro Rocha.

A Semana Missionária que decorre na Foz do Sousa foi pensada e organizada para toda a população. As crianças têm o seu dia, os jovens estão na organização e mobilização, os adultos estão em muitas frentes, quer participando nas celebrações e encontros programados, quer dando o seu melhor no ultimar da celebração central (na tarde de 17 de Julho), quer no jantar partilhado que se seguirá

 

 

 

 

 

 

 

 

 à Eucaristia jubilar. Os doentes também estarão no coração do pároco que os visitará a todos por estes dias de festa.

O coração destas celebrações jubilares será a Missa campal, no domingo 17, num lugar situado entre a Igreja Paroquial e o Rio Sousa, quase na sua foz. Lá se concentrarão, faça sol ou chuva, centenas de pessoas que querem mostrar a sua gratidão a um pastor de horizontes largos e dedicação total.

Uma última palavra sobre as opções solidárias e fraternas do P. Álvaro. Com muito esforço e bastantes dívidas por pagar, pôs de pé o Centro Social 

 

Paroquial, que tenta responder aos problemas que afetam idosos e crianças. É uma obra enorme, de grande significado pastoral, mas uma dor de cabeça constante para que possa ser paga e seja assegurado o seu funcionamento normal. Ora, por ocasião das Bodas de Prata, o P. Álvaro pede que não lhe dêem prendas e que o ofertório da Missa e outros ‘lucros’ sejam para o Centro Social.

Parabéns, P. Álvaro, por este testemunho de vida sacerdotal, de Missão e de opção pelos mais pobres que são imagem de marca do ‘pastor’ como é definido pelo Papa Francisco: sempre com ‘cheiro às suas ovelhas!’.