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Sandra Costa Saldanha D. José Cordeiro José Carlos Patrício Semana da Vida Coordenadores do DNPF
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Foto da capa: Agência Ecclesia
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A moda da Arte Sacra |
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Sandra Costa Saldanha |
“Entre as mais nobres atividades do espírito humano estão, de pleno direito, as belas artes, e muito especialmente a arte religiosa e o seu mais alto cimo, que é a arte sacra”. Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia (n. 122)
A vastidão e relevância do património artístico produzido pela Igreja Católica ao longo dos séculos, tem-se traduzido numa gritante proliferação de “eventos” de Arte Sacra. Perfilhada pelo mais variado tipo de organismos e géneros culturais, desde museus, instituições académicas, visitas turísticas e até casas comerciais, nem sempre tem sido fácil equilibrar a especificidade das obras com as inúmeras solicitações da sociedade atual. Com efeito, contrariando o carácter eminentemente sagrado destes objetos, uma imensa arbitrariedade se verifica no emprego do termo, submerso numa atitude trivial de confronto da Fé com a mera fruição de lazer. Obras ao serviço do culto, de suma preponderância litúrgica, a generalização da Arte Sacra, por vezes até a sua apropriação, desde logo entronca na própria definição do conceito e missão específica das peças. Não basta, pois, que a obediência ao religioso ocorra pela identificação de determinada temática mais ou menos piedosa. |
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Genuinamente destinadas à celebração e à liturgia, é necessário que sejam inteligíveis e catequéticas, expressando o divino e fomentando a contemplação. Adulterando o que se oferece à veneração dos fiéis, seja pela descontextualização, seja pela mediocridade das obras, são infelizmente esquecidas muitas destas diretrizes, às quais, desde tempos longínquos, a Igreja tão diligentemente se dedica. |
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Fátima, 12 de maio de 2013 © Arlindo Homem |
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"Assim vos consagramos Senhora, vós que sois Mãe da Igreja, o ministério do novo Papa: enchei o seu coração da ternura de Deus, que vós experimentastes como ninguém, para que ele possa abraçar todos os homens e mulheres deste tempo com o amor do vosso Filho Jesus Cristo”, D. José Policarpo na consagração do Papa Francisco a Nossa Senhora, in Agência Ecclesia, 13 de maio
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Vaticano II e as saídas para crise |
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O responsável pela Pastoral da Cultura no Porto, Joaquim Azevedo, acredita que os documentos do Concílio Vaticano II podem “inspirar” a saída da crise que Portugal atravessa e a Igreja deve estar “na linha da frente nessa reflexão”. “É com essa inspiração que devemos olhar para a sociedade de hoje, para os cristãos que estão hoje ativos, vivos e aqui”, disse o presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa (UCP) à Agência ECCLESIA, apresentando o terceiro e último ciclo de conferências Ecce Homo, que está a decorrer, sob o tema «O Sínodo para a Nova Evangelização nos 50 anos do Concílio Vaticano II». Para o professor catedrático, a Igreja tem “particular responsabilidade” propondo um olhar para o “presente não apenas para o futuro”. “Há problemas de pessoas concretas nos quais temos de agir com uma perspetiva de muita dedicação e ai fazer nascer sementes de esperança, |
porque nada está perdido, há que refazer caminhos, reorientar ações acalentar sonhos diferentes e novos e a nova geração que ai está é bem capaz de fazer isso, de uma forma diferente dos mais velhos”, realça. «Sede de Deus», «A sede do homem» e «O encontro das sedes» são os temas que conduzem este último ciclo de conferências ‘Ecce Hommo’. Para Joaquim Azevedo, este é um tema “interpelador” pois a sociedade portuguesa está “sequiosa de encontrar horizontes e perspetivas” no meio da “incerteza e angústia”. |
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Diocese de Aveiro
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A Diocese de Aveiro reuniu milhares de pessoas, entre sábado e domingo, para a celebração da sua padroeira, Santa Joana Princesa, ocasião em que o bispo local, D. António Francisco dos Santos, recordou a necessidade de os católicos abraçarem, “com a audácia dos discípulos de Cristo”, a transmissão do Evangelho e a defesa dos mais desfavorecidos. O prelado sublinhou a vontade da Igreja em “assumir as dores de um povo magoado pelas injustiças sociais, ofendido pela pobreza e ameaçado pelo desemprego crescente”. No dia 11 de maio, a jornada dedicada à memória de Santa Joana Princesa (1452-1490) com o lema “Um dia vou peregrinar… Hoje é o Dia” foi a |
celebração mensal do programa da Missão Jubilar que decorre em Aveiro, no âmbito do 75.º aniversário da restauração da diocese. “A Peregrinação não termina aqui. Há muito caminho a percorrer”, salientou D. António Francisco dos Santos. O bispo destacou ainda “o testemunho de amor a Deus e de serviço a Aveiro” deixado pela princesa Joana. O programa da Missão Jubilar, que vai prolongar-se até 11 de dezembro, tem como objetivo levar os fiéis a serem “mensageiros da alegria e rosto da esperança no meio de crises e de dores” que assolam atualmente a sociedade. |
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Carinho de Fátima na
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O cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, consagrou no dia 13 de maio o pontificado do Papa à Virgem Maria, em Fátima, respondendo a um pedido do mesmo, e disse que Francisco vai enfrentar “provações” no seu ministério. “Dai-lhe o dom do discernimento para saber identificar os caminhos da renovação da Igreja; dai-lhe coragem para não hesitar em seguir os caminhos sugeridos pelo Espírito Santo; amparai-o nas horas duras de sofrimento, a vencer, na caridade, as provações que a renovação da Igreja lhe trará”, referia a oração dirigida pelo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) à Senhora de Fátima, |
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no final da peregrinação internacional aniversária de maio. D. José Policarpo, um dos cardeais que participou na eleição do sucessor de Francisco, recordou que três dos últimos Papas (Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI) visitaram a Cova da Iria. “Só vós, Senhora, no vosso amor maternal a toda a Igreja, podeis pôr no coração do Papa Francisco o desejo de ser peregrino deste Santuário. Não é algo que se lhe possa pedir por outras razões”, frisou. O patriarca de Lisboa realçou que “só a cumplicidade silenciosa” entre a Virgem Maria e o Papa pode fazer que estes se sinta “atraído por esta peregrinação na certeza de que será acompanhado por milhões de crentes”. Após o momento de consagração do pontificado, no final da missa, o bispo
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de Leiria-Fátima, D. António Marto, leu uma mensagem endereçada pela Nunciatura Apostólica em Portugal. “O Santo Padre manifestou o seu agrado pela iniciativa e profundo reconhecimento pela satisfação do seu desejo em união de oração com todos os peregrinos de Fátima, aos quais, de coração, concede a bênção apostólica propiciadora de todos os bens”, referia o texto. A peregrinação foi presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani Tempesta, que trouxe consigo a intenção de consagrar à Senhora de Fátima a próxima Jornada Mundial da Juventude, marcada para o mês de julho, na cidade brasileira. “Ó Virgem de Fátima, como peregrino em terras portuguesas e com o coração repleto de alegria, venho consagrar ao vosso Imaculado Coração, todos os jovens que estão preparando-se para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Humildemente vos pedimos, rogai pelo comité organizador local e por todos os voluntários empenhados nos mais variados serviços em preparação a este momento”, rezou o arcebispo, na celebração da vigília. |
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Eu creio na Vida e na Família |
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D. José Cordeiro Bispo de Bragança-Miranda |
A semana da vida, sob o tema ‘dá mais vida à tua vida’, decorre de 12 a 19 de Maio, na feliz coincidência entre as solenidades da Ascensão do Senhor e do Pentecostes. Em muitas comunidades diocesanas celebra-se também o dia da família, em torno do dia 15 de maio, a jornada internacional da família, conforme a disposição da ONU desde 1994. A família é património espiritual da humanidade e bênção de inestimável valor, qual santuário da vida, como tem afirmado o magistério da Igreja, vezes sem conta. Segundo o evangelho de Lucas, o mistério da Ascensão é acompanhado por uma bênção: «enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu». A liturgia da Igreja, acolhe a bênção de Cristo que se eleva ao céu como dom da sua presença de uma forma nova e que produz ainda mais vida. Entre a terra e o céu a vida é mais forte que a morte e que as feridas do sofrimento. A solenidade do Pentecostes, no 50º dia da Páscoa, celebra um acontecimento de salvação, que consiste sobretudo no dom do Espírito Santo, Senhor que dá a Vida. Hoje como sempre, não podemos viver sem o Espírito, no qual retoma a vida e se renova a face da terra. Um aspeto fundamental da ação do Paráclito é a sua potência criadora, por isso invocamos: «enviai, Senhor, o vosso Espírito, e renovai a face da terra».
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Sem fé não existe vida humana. Como seria possível viver sem fiar-se de alguém? Nós humanizamo-nos por relações de confiança, a partir dos nossos pais, a começar pela mãe. A vocação e missão da família é abrir-se à vida. A tal propósito a Conferência Episcopal Portuguesa reflete numa nota sobre ‘a força da família em tempos de crise’: «Poderá parecer irrealista salientar a importância desta abertura à vida no atual contexto social, em que o desemprego e a precariedade laboral atingem de modo particular os jovens. Este facto deve levar-nos a não nos resignarmos com esta situação, como se ela fosse inevitável, como se a economia não devesse estar ao serviço da pessoa humana, e fosse a pessoa humana a dever sujeitar-se às exigências da economia», e acrescenta «É claro o bem que representa hoje a maior longevidade, o facto de os idosos viverem mais tempo do que noutras épocas. O que é problemático não é isso; não há idosos “a mais”, porque estes são sempre uma riqueza, e nunca um peso. |
O que é problemático e causa desequilíbrios é que não nasçam crianças». A fé na família, qual Igreja doméstica, abre horizontes divino-humanos, no dizer de Alda Merini: «a fé é uma mão que te toma as vísceras e te faz dar à luz». Na verdade, como escreve um grande autor não crente: «“em nome do pai”: inaugura o sinal da cruz. Em nome da mãe se inaugura a vida» (E. de Luca). Eu creio na vida e na família geradora de vida, como os cristãos dos primeiros séculos acreditavam nela desde a sua conceção: «cada qual habita a sua pátria, mas vivem todos como de passagem, em tudo participam como os outros cidadãos, mas tudo suportam como se não tivessem pátria. Toda a terra estrangeira é sua pátria, e toda a pátria lhes é estrangeira. Casam-se como toda a gente e geram filhos, mas não se desfazem dos recém-gerados», como se lê na Carta a Diogneto. A vida é dom tão inapreciável que é doado em abundância por Jesus Cristo: «Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância» (Jo 10,10). |
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Juventude perdida |
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José Carlos Agência Ecclesia |
O realizador norte-americano Francis Ford Coppola lançou há 30 anos dois filmes sobre uma juventude sem rumo, devido à exclusão e discriminação social, à falta de condições económicas e à desestruturação das famílias. Na tradução portuguesa, um é conhecido como “Os Marginais” (The Outsiders) e o outro “Juventude Inquieta” (Rumble Fish), dois títulos que vão muito ao encontro da conjuntura que tomou conta das gerações mais novas em Portugal. Neste ambiente de crise, são cada vez mais os jovens que não se conseguem enquadrar, sentem-se perdidos porque não encontram um caminho que lhes permita concretizar as expetativas que criaram à volta do seu futuro. Existem duas situações particularmente nocivas para o desenvolvimento e integração dos mais novos: Primeiro, a falta de bases educativas sólidas e de valores que apontem mais para o humano do que para o material - a forma como a própria sociedade está atualmente organizada, sobretudo em termos |
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laborais, rouba também tempo e espaço à família e faz com que os progenitores não consigam cumprir o seu papel junto dos filhos. Depois, uma sociedade cada vez mais injusta, na distribuição da riqueza e no acesso ao emprego, que obriga (quem pode) a recorrer à emigração e deixa quem tem de ficar (porque não tem meios) à mercê da revolta, do desespero e da delinquência. Até agora, os governantes não encontraram antídoto para o crescimento do desemprego jovem, que no nosso país se cifra atualmente em cerca de 42 por cento (mais de 160 mil pessoas), nem para a falta de um programa escolar verdadeiramente orientado para as capacidades dos jovens e para as necessidades do mercado de trabalho. No entanto, se em parte a insatisfação e a revolta dos mais novos tem razão de existir, há casos em que elas parecem ter apenas origem numa cultura importada através dos media.
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O ambiente escolar é um caso sério a refletir: Em vez de serem espaço de crescimento humano e social, em alguns casos as escolas e universidades transformaram-se em locais onde o crime, a droga e o álcool convivem lado a lado com os livros. Aqui os meios de comunicação social, em termos formativos, também estão a falhar, porque funcionam mais vezes como um veículo de promoção da violência, do desafio à autoridade, da procura de uma vida fácil e descomprometida, do que como transmissores de valores que potenciem o melhor de cada pessoa. Perante estes cenários, que futuro é que está reservado aos nossos jovens? E como é que a Igreja Católica, que por estes dias está a assinalar a Semana da Vida, pode ajudar a dar voz e a encontrar soluções para este problema? Nos dois filmes de Coppola, o desfecho é trágico para algumas das personagens. Mas é apenas ficção, não é a realidade, pois não? |
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Famílias chamadas a caminhar juntas
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Agência ECCLESIA (AE) – Em que é que consiste a Semana da Vida, iniciativa dinamizada pelo Departamento da Pastoral Familiar? Luís Lopes (LL) – A Semana da Vida nasceu em 1994 por iniciativa do Santo Padre João Paulo II para chamar a atenção sobretudo para as questões ligadas à vida, nomeadamente o aborto e a eutanásia, mas também a situação das famílias e a necessidade de repensarmos a vida. Este ano a Semana da Vida tem como lema “Dá mais vida à tua vida”, no sentido em que é preciso fazer um esforço para a Pastoral da Família e também realçar a importância das famílias na nossa sociedade que, com esta crise estão a ser tão afetadas. E portanto queremos redescobrir forças neste amor que nos une, das famílias, para que possamos transmitir uma mensagem mais positiva, um olhar mais positivo sobre a vida, e ter mais esperança, sobretudo porque |
estamos a celebrar o Ano da Fé, também quisemos ligar a isso. A renovação do Concílio, agora também a eleição do novo Papa, Francisco, há imensos motivos. Esta Semana da Vida tem caraterísticas muito especiais, porque é no mês de maio, porque está sempre ligada ao dia 15, que é o dia internacional das Famílias, mesmo no centro de um mês muito especial, mês de coração, mês de Maria, dias depois do 13 de maio, num quadro litúrgico muito importante que é a Páscoa, este ano começou no dia 12 da Ascensão e que vai terminar no dia 19, dia de Pentecostes.
AE – Acaba por ser um tempo de vida. LL – Exatamente. |
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AE – Esta semana nasceu, como disse, muito ligada à defesa da vida, no seu início e no seu fim. O contexto de crise, o contexto atual, faz com que esta dinâmica de defesa da vida tenha de incidir sobretudo em outros momentos da existência? LL – O aborto e a eutanásia continuam a ser problemas gravíssimos, mas hoje a questão da natalidade, o inverno da natalidade é muito preocupante, esta rutura da família tradicional, natural chamemos-lhe assim, para outras formas artificiais, e também esta cultura de morte onde vivemos, onde estão a pôr em perigo o futuro da humanidade. Temos de equacionar e também apresentar soluções, pela positiva, para esses problemas novos.
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AE - Esta inspiração num quadro litúrgico, num quadro de fé, ajuda a que alguns horizontes mais sombrios que possam existir para a vida, para a família, possam ser ultrapassados? Fátima Lopes (FL) – Penso que sim, porque a Semana da Vida realça as boas práticas das famílias e essa é a nossa intenção, dar a conhecer, mobilizar as famílias. Bento XVI dizia que as famílias tinham de se mobilizar numa cultura e numa política da família e que isto tinha de ser feito de uma forma organizada. O nosso pequeno contributo é de começar a organizar um bocadinho estas boas práticas. |
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AE – Quais são essas boas práticas, em que é que consistem? FL – Coisas muito simples, que as famílias fazem, rezar em família, terem um jantar de família, visitar os idosos. LL – Ou se não for visitar, contactar os idosos, porque há 80 por cento de idosos que estão em lares que não são visitados. Como dizia Jesus, temos de ir aos doentes, aos que estão na prisão, aqueles que estão cativos, os vizinhos em casa que não podem sair à rua, visitá - los, também a Semana da Vida é feita com estes gestos. |
FL – Essas boas práticas são um incentivo a outras famílias, coisas muito simples que muitas vezes fazem sair daquilo que é circunstancial. Nós muitas vezes, em termos das famílias, temos muitas preocupações, a educação dos filhos, as questões financeiras, económicas, que hoje estamos a passar. E isto dá um bocadinho de alternativa, é uma pequena luz para as pessoas poderem dizer: podemos celebrar as coisas de uma outra forma e dar um sentido à nossa vida – dar mais vida à nossa vida, isto é muito importante.
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AE – A temática da vida é proposta para que se reflita precisamente no espaço familiar? LL – Sim mas não só, é a primeira vez que, como responsáveis do departamento, estamos a levar isto para a frente, com uma enorme ajuda das dioceses e de muitos movimentos, e portanto nós quisemos tocar as várias dimensões. Dar mais vida à tua vida, ou seja, o indivíduo é fundamental nesta história da salvação, mas depois a família, depois a paróquia, os movimentos, as dioceses, há imensas iniciativas em todas as dioceses, em quase todas temos notícia de iniciativas, muitas paróquias estão a pegar nas sugestões que demos, o mês de maio também é o mês do rosário e portanto muitos grupos fazem a oração do terço. Podem aproveitar as sugestões que também damos no guião, que penso que está a ser noticiado. Esse guião está disponível na página da Conferência Episcopal e na do departamento.
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AE – São conteúdos que estão disponíveis no site www.leigos.pt LL – Exatamente. Portanto quisemos que todo o panorama da vida, desde o individual ao coletivo, ao comunitário, ao paroquial, fosse tocado.
AE – Que capacidade existe, com estas ou outras iniciativas, para intervir ou para transformar por exemplo famílias que estão no desemprego há muito tempo, que estão afetadas pelo contexto que vivemos, onde a sobrevivência acaba por ser a palavra de ordem? |
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LL – Creio que a fé move montanhas, portanto nós somos pessoas de fé, temos de fortalecer a nossa fé.
AE – Também ajuda a conquistar emprego… LL – Também e de facto temos de pedir muita ajuda a Deus para que nos ajude a encontrar outra luz para que possamos caminhar e desenvolver essa sensibilidade ao próximo, ao vizinho que está a passar por dificuldades, porque muitas das vezes essas dificuldades são envergonhadas. Nós apelamos nesta semana da vida |
sobretudo que olhem para essas situações, que as encontrem. É evidente que a solução não vem só dos responsáveis, muitas vezes nós confiamos demasiado nas instituições internacionais, muito grandes, a família pode encontrar boas soluções e entre as famílias podem - se encontrar boas soluções.Nós aqui também damos atenção à questão da prevenção e da formação dos noivos, dos namorados, e apelamos muito aos jovens, em colaboração com os departamentos da educação e da juventude. A Semana da Vida não é só uma questão da pastoral familiar, é uma questão para ser vivida por toda a Igreja, queremos que a Igreja seja uma família de famílias e que se reúna a celebrar esta Semana da Vida.
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FL – Parece-me que é importante sublinhar a experiência do voluntariado na família, que ela própria pode ser voluntária em pequenas experiências dessas, em que se conhece um ou outro casal que vive com dificuldades. Muitas vezes nós dizemos que há muita pobreza envergonhada, mas também há muita que é evidente e que nós não chegamos lá, ficamos indiferentes. E eu acho que é cada vez mais necessário envolver a família neste espirito voluntário em cadeia de fazer o bem uns aos outros, isso começa a ser fundamental porque é na medida em que damos aos outros que percebemos aqui o sentido da vida, a nossa vida ganha mais sentido.
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Aquele caráter às vezes egoísta do voluntariado, em que nos sentimos tão bem que nos damos aos outros, é extremamente importante e a família pode fazer essa prática, se ajudar, como nós fazemos durante esta semana, a estabelecer estes laços entre as pessoas. Depois é para continuar.
AE – Esta iniciativa e outras que desenvolvem podem ajudar também a uma própria reorientação das prioridades no interior da família. O sentido que se pode dar à existência pode ser a grande mais-valia. LL – Exatamente, por isso mesmo estes materiais que fizemos, também é bom |
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dizê-lo, foram uma receita caseira, o cartaz, o guião, tudo nasceu da iniciativa dos elementos do departamento, com essa perspetiva e com a ajuda do Espirito Santo, claramente. Mas se dermos profundidade ao mais, à Cruz, percebemos que a vida também tem a ver com o pegarmos na nossa cruz e ajudarmos os outros a levarem a sua cruz.
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E portanto, é esse o convite que fazemos, de nos ajudarmos uns aos outros e buscarmos as receitas caseiras, não só para o jantar de dia 15, Dia Internacional da Família, mas também outras receitas caseiras para, na paróquia, nas famílias amigas, na sua própria família, não estarem à espera de receitas vindas do céu ou do governo ou de quem quer que seja. |
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AE – A semana termina na festa do Pentecostes. LL – Esperamos que de facto esta semana da vida também seja o arranque para uma caminhada de fé. Estamos no Ano da Fé e que temos como horizonte em outubro a peregrinação a Roma, porque as famílias de todo o mundo vão reunir-se em Roma com o Papa Francisco, a 26 e 27 de outubro, e estamos já a propor uma caminhada de fé para que as famílias continuem a aprofundar a sua fé. |
AE – Até que ponto é que estas iniciativas têm de ser vividas em ligação com o trabalho, com a escola. A família não é uma instância isolada, está em relacionamento com as estruturas do dia-a-dia, onde estão pais, filhos, avós, etc. Que mais valia é que estes contributos têm para a valorização da família? FL – Acho que é muito importante, até porque a família tem de aprender a educar-se, em todas as instâncias em que vive, em todas as dimensões, e |
sobretudo a família tem de começar a inquietar-se com a sociedade onde vive, nomeadamente as famílias cristãs, que muitas vezes reclamam, dizendo que a sociedade está desta ou daquela forma, é preciso começar a ser interveniente na sociedade. Os cristãos têm propostas, novas lógicas de humanidade, a Igreja em Portugal tem um sentido, uma prestação de serviço muito grande para a sociedade e os cristãos não podem silenciar este direito a viver com mais vida.
AE – É a luta contra a indiferença… FL – Lutar contra a indiferença e sobretudo afirmar aquilo em que acreditamos, porque é muito mau quando sabemos coisas que são muito importantes, que fazem as pessoas mais felizes, e não as divulgamos.
AE – No texto introdutório ao guião da semana fala-se de um quadro cultural que é reconhecidamente desfavorável a esta cultura da vida. Que radiografia é que fazem nesse sentido? LL – Já várias vezes dissemos que esta economia não é amiga da família. As pessoas andam preocupadas com outras coisas e às vezes esquecem o fundamental, a pedra angular.
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Realmente, a família precisa de condições, de um ambiente social favorável, de uma cultura de vida para poder ser estável, educar os seus filhos, ter uma certa estabilidade. Também é um dos temas que vamos continuar a trabalhar porque vem do encontro mundial de milão, dedicado à festa e ao trabalho, e nós no primeiro ano fizemos sobre a festa, sobre a eucaristia, e agora vamos sobre a dignidade do trabalho. Aqui nós temos de trabalhar quer profissionalmente mas também na educação dos filhos, trabalhar comunitariamente, pormo-nos a ajudar, a encontrar soluções e as tais receitas caseiras podem trazer muitas ajudas para estes tempos de crise. |
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A unidade familiar
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A crise que temos atravessado nos últimos anos é, além de uma crise económica, uma crise de desilusão e de justiça. É crise de desilusão porque tantas vezes fomos aliciados ou nos deixámos cair na ideia de que o futuro seria sempre promissor, com bem-estar garantido, um futuro no qual o desenvolvimento só nos poderia trazer um mundo cada vez melhor. É crise de justiça, também, porque a crise económica parece não atingir todos da mesma maneira, dando a sensação de que há aqueles que sofrem sempre e se encontram desprotegidos por contraposição a outros que, aconteça o que acontecer, parecem imunes às dificuldades. Sentimentos como a desilusão e a injustiça são, quando vividos individualmente, perigosos. Quanto mais isolados dos demais nos encontramos, maior é a sensação de isolamento, de deceção e de tristeza. As preocupações são tão maiores quanto nos distanciamos dos demais, parecendo que os nossos problemas são sempre mais profundos do que os daqueles que estão ao nosso lado. Há quase uma espécie de egoísmo quando nos isolamos nas nossas preocupações, por vezes ansiando a atenção dos outros sem a querer pedir, e simultaneamente procurando que essa atenção seja, apenas, uma forma de aumentar o nosso ego. A família, célula fundamental da sociedade, é uma criação natural de Deus, que nos fez homens e mulheres, também, por considerar não ser “bom que o homem esteja só”. |
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Desta vontade divina de nos criar homem e mulher, de nos constituir originalmente como família, deriva a força dos laços familiares, força essa que radica na entrega total e incondicional do marido à mulher e vice-versa. Essa doação transmite-se em família, primeiro pela entrega que os pais fazem de si mesmos aos filhos e, depois, pela retribuição destes quando lhes seja pedido que se entreguem aos seus pais. O combate à solidão faz-se, portanto, ao contrário daquele egoísmo que surge do isolamento, através da entrega ao outro, do viver para o outro e em função do outro. E essa primeira experiência de entrega é aquela que se aprende em família. Por essa razão, vencer a crise passa, em grande medida, por fortalecer os laços familiares. Como católicos, não podemos deixar de encontrar na família de Nazaré o melhor exemplo de superação de crises. Também a conceção de Jesus foi uma gravidez inesperada. Também aquela família teve que suportar |
uma emigração forçada, causada pela perseguição levada a cabo por Herodes. Também aqueles pais sofreram quando perderam o filho durante a peregrinação a Jerusalém. Também Jesus e Sua Mãe terão vivido um terrível momento de dor quando S. José faleceu. Do pouco que sabemos da infância e da juventude de Jesus, há algo que, definitivamente, sabemos: os maus momentos foram passados em família. Aprendendo, pois, com o exemplo da Sagrada Família, devemos fazer deste tempo de crise um motivo para nos unirmos mais como família, para nos entregarmos e nos apoiarmos mais uns aos outros. A unidade familiar, ainda que não possa acabar magicamente com os maus momentos, é um amparo que permite que a força do seu impacto seja menor. Possibilita, ainda, que, com verdadeiro sentido de gratuidade, possamos acudir àqueles que estão a passar por situações mais críticas do que a nossa. Pamela e Francisco Faure |
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Dar resposta às famílias |
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Alexandra e Jorge Teixeira Pastoral da Família de Braga |
Ontem comemorou-se o Dia Internacional da Família. Talvez nunca nas últimas décadas Portugal tenha precisado de celebrar com reflexão e consciência este dia como no presente ano. Veja-se a situação das famílias em Portugal com um olhar genérico mas muito realista. O desincentivo à maternidade, a falta de estrutura de apoio à vida nascente, aos mais idosos e mais vulneráveis, o desemprego que arrasta consigo famílias inteiras com a cumplicidade de grande parte dos poderes políticos, a carga fiscal e os encargos que pesam sobre as famílias… Em Portugal conseguiu-se encobrir a situação dramática em que muitas famílias viviam .... a pobreza envergonhava-se e poucos davam a cara, pedia-se às escondidas, a família ia cobrindo com discrição a necessidade dos seus filhos, dos seus netos. Hoje a corda está a rebentar. Quem ajudava agora também precisa de ser ajudado, já não há maneiras de encobrir a necessidade, a fome, as rendas por pagar... A crise material que atravessamos só veio comprovar o que já se sabia. Que eram as famílias que se ajudavam entre si e umas às outras. Ao serem agravadas de impostos, descontos e outras medidas de austeridade, deixam de ter capacidade real de serem um meio de ajuda para os seus membros. |
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A conferência episcopal preocupada publicou uma nota sobre a família...quem está no terreno diz que faltam meios, que as palavras não chegam aos governantes nem a quem está no limite da sobrevivência e da dignidade. Quem nas Igrejas, Conferências, Instituições dá coração e apoio angustia-se perante tantos dramas que não se conseguem resolver.... Gostávamos de ter uma palavra de esperança e de incentivo para as famílias que neste momento estão a viver com dificuldades. Conhecemos algumas. Sofremos com situações que conhecemos e nos vão chegando em pedidos de ajuda e para os quais também não temos solução. Continuamos a acreditar na Família, temos a certeza que é através dela que se terão de operar as grandes transformações que a nossa sociedade e o nosso país precisam. Mas as famílias não se fazem sozinhas, não se dinamizam sozinhas, não têm sozinhas capacidade elástica de |
resolver problemas tão graves e que não lhes competem só a elas resolver. Pedimos a todos os que têm poder de decisão que olhem com olhar realista e isento para as famílias portuguesas, que pensem as políticas sociais de modo a protege-las e a dotá-las de meios mínimos para que possam continuar a ser a grande Instituição que vai dando estabilidade ao país. Pedimos a todos os que são Igreja que dilatem o coração de forma a poder dar às famílias o conforto e a atenção, as respostas e os apoios materiais e humanos de que estão a necessitar. Pedimos aos nossos Bispos e aos nossos sacerdotes que continuem a colocar-se com coragem ao lado das famílias portuguesas, que dediquem tempo para falar com as famílias, que para elas encontrem formas inovadoras de encontro e de atenção. Talvez assim no próximo ano consigamos uma celebração mais alegre e otimista do Dia Internacional da Família. |
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O Papel da família no contexto da crise |
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Ana e Fernando Neves |
Nunca a sociedade esteve tão fragilizada como agora! Os actuais problemas económicos, em que o flagelo do desemprego aparece em destaque, estão a provocar a derrocada de toda a estrutura em que a sociedade tal como a conhecíamos assentava e estes efeitos notam-se na célula principal e estruturante que é a Família. As dificuldades económicas do Pais repercutiram-se 'com estrondo' e de forma devastadora, no dia-a-dia de todos nós. O tecido empresarial na sua maioria baseado em pequenas e médias empresas começou de repente a mostrar as suas enormes fragilidades e dificuldades em subsistir e manter-se produtivo, pois o consumo das famílias baixou abruptamente e a capacidade produtiva instalada começou a revelar-se assim, muito superior á necessidade, provocando enormes custos financeiros, insuportáveis na maioria dos casos, tendo a falência de muitas empresas surgido como inevitável. Quer pelo fecho destas quer por reestruturações internas, como último esforço de manutenção da laboração, o número de trabalhadores despedidos é enorme, e a possibilidade de encontrarem outra alternativa de trabalho é praticamente inexistente. O sustento das famílias, em alguns casos dos dois elementos do casal é posto de repente em causa! O orçamento familiar, também este em muitos casos, gerido já com muitas dificuldades, revela-se agora impossível de cumprir! Eventuais dividas\compromissos financeiros |
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assumidos e baseados em pressupostos que deixaram de existir, surgem como problemas de impossível resolução imediata, levando estes casais a suspender o respectivo projecto de vida familiar e em alguns casos a retornarem às casas de origem familiar.
Mas quer por este movimento de retorno quase imposto, quer quando este não é necessário, mas em que a vivência da família se reveste de grandes dificuldades, verifica-se que o apoio das famílias de origem é fundamental. Como em tudo na vida e também na vida familiar pode haver leituras e comportamentos distintos consoante a capacidade intrínseca de resposta às dificuldades que a família celular ou alargada tenha.
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Existem fenómenos que nos têm vindo a preocupar como sociedade e em especial sobre o futuro desta, e para os quais temos assistido a variadíssimos debates, sem no entanto ter surgido algo de implementação\transformação efectiva. São eles: - O acompanhamento das crianças - O acompanhamento dos idosos - A desertificação de algumas zonas do país - A fraca natalidade Ora este ‘regresso’ às origens, dando relevo aos valores fundamentais da família pode ser a oportunidade para que a sociedade se reconstrua e reinvente de modo mais sustentado, mais solidário, mais coerente com as reais capacidades das famílias e que o faça de preferência baseada nos verdadeiros valores cristãos. |
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Ao longo desta semana, o Programa ECCLESIA na Antena 1 tem apresentado histórias ligadas à Semana da Vida e Pastoral da Família. Para ouvir, de segunda a sexta, às 22h45, e em www.ecclesia.pt/radio/ |
A Família num Novo Ciclo
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Luís Reis Lopes, Departamento Nacional da Pastoral Familiar |
Vivemos tempos muito especiais, marcados por importantes mudanças ou ambientes, que exigem grandes alterações a nível social, económico e politico. Apesar do esforço que a humanidade tem feito para se libertar dos constrangimentos provocados pela natureza, continuamos muito influenciados por ela. Não somos indiferentes aos ciclos, aos aniversários, aos ritmos, daí a importância de percebermos que estamos no final de um ciclo civilizacional e no início de um novo ciclo marcado por certos valores e vetores. Ao fim de 12 meses dizemos que temos um novo ano. Porque não dizer que ao fim de 12 anos temos um novo ciclo? Neste ano de 2013 temos razões mais fortes para o afirmar. Sempre associámos o 13 à sorte ou ao azar mas, considero mais correto associá-lo à mudança. Mudança que pode ser boa ou má, positiva ou negativa, mais libertadora ou escravizante. No que toca à família vivemos tempos muito difíceis, em que a família foi e é muito atacada. O número de divórcios é enorme, os nascimentos fora do casamento também, os conflitos e a violência doméstica a mesma coisa e por fim as agressões aos menores, um verdadeiro escândalo. É difícil imaginar pior cenário e por isso |
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Finanças: Pessoas em vez de mercados |
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O Papa Francisco lançou hoje no Vaticano várias críticas ao atual sistema financeiro, num discurso com alertas para o perigo de uma economia “sem rosto” que esquece as pessoas e agrava as desigualdades. “Enquanto o rendimento de uma minoria cresce de forma exponencial, o da maioria diminui: este desequilíbrio deriva de ideologias que promovem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira”, declarou, numa intervenção dirigida a um grupo de novos embaixadores na Santa Sé. Segundo o Papa, é preciso que os Estados tenham capacidade de controlar estes mercados, caso contrário “instaura-se uma nova tirania invisível, por vezes virtual, que impõe unilateralmente as suas leis e as suas regras”. Para Francisco, a crise mundial veio mostrar “a deformidade” e a “grave falta de perspetiva antropológica” das finanças e da economia que “reduzem o homem a apenas uma das suas exigências, o consumo”. |
“Pior ainda, o ser humano é ele mesmo considerado como um bem de consumo que se pode usar e deitar fora”, advertiu. O Papa disse que a solidariedade, “tesouro dos pobres”, passou a ser considerada como “contraproducente”, contrária à “racionalidade financeira e económica” e que o endividamento tem afastado os países “da sua economia real”. A tudo isto, acrescentou, soma-se “uma corrupção tentacular e uma evasão fiscal egoísta que assumiram dimensões mundiais”.“Criamos novos ídolos, a adoração do antigo bezerro de ouro encontrou uma nova e inesperada imagem no fetichismo do dinheiro e na ditadura da economia sem rosto nem objetivo verdadeiramente humano”, observou. Francisco lamentou que apesar de todos os progressos registados nas últimas décadas, a maior parte da humanidade continue a viver “numa precariedade quotidiana” com consequências "nefastas", |
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consequências “funestas”, como o aumento da violência e da pobreza ou a perda da “alegria de viver”. O Papa colocou como causa da crise a “recusa da ética, a recusa de Deus” e a divinização do dinheiro e do poder. Neste sentido, convidou os políticos a entender que |
“o dinheiro deve servir e não governar, exortando ao “regresso da ética em favor do homem na realidade financeira e económica”. |
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Jornada mundial
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Cerca de 120 mil representantes de movimentos e associações de leigos ligados à Igreja Católica vão encontrar-se este sábado e domingo com o Papa Francisco, no Vaticano, no âmbito do Ano da Fé. De acordo com as últimas indicações do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização (CPNE), veiculadas pela Sala de Imprensa da Santa Sé, a iniciativa intitulada “Eu creio, mas aumenta a nossa fé” contará com a participação de elementos integrados em “150 movimentos” laicais. O presidente do CPNE, D. Rino Fisichella, destacou a importância que assumem hoje grupos laicais e eclesiais como o Movimento dos Focolares, a Comunidade Neocatecumenal e a Comunhão e Libertação. “Muitos jovens, homens e mulheres redescobriram nesses grupos não só a fé que perderam algures no caminho ou a crença que se tinha tornado estéril e indiferente, mas o caminho para a verdadeira conversão de vida”, salientou. |
O programa da iniciativa prevê no sábado de manhã uma peregrinação ao túmulo de São Pedro e à tarde um encontro com o Papa, na Praça de São Pedro, a partir das 15h00 (menos uma em Lisboa). À noite, durante a Vigília de Pentecostes, Francisco vai rezar diante da imagem da Virgem Maria (Salus Popoli Romani), protetora do povo de Roma, e vai estar à disposição dos participantes para responder a algumas perguntas. Num momento direcionado para a apresentação de testemunhos e reflexões, o escritor e editor irlandês John Waters e o cirurgião paquistanês Paul Batthi, irmão do Ministro para as Minorias daquele país, assassinado em março de 2011, vão partilhar com os grupos algumas das suas experiências de vida, relacionadas com a evangelização. |
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Papa renova apelo em defesa da vida |
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O Papa Francisco renovou esta quarta-feira no Vaticano a apelo que tinha lançado este domingo em defesa da vida desde a sua conceção, manifestado o seu apoio a uma manifestação pública promovida por católicos da Polónia. “Esta iniciativa recorda a todos a necessidade de promover e defender a vida humana desde a conceção ao seu declínio natural”, declarou, na audiência pública semanal que reuniu dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro. Francisco voltaria ao tema numa mensagem dirigida aos seus mais de seis milhões de seguidores na rede social Twitter. "É Deus que dá a vida. Respeitemos e amemos a vida humana, especialmente a vida indefesa no ventre de sua mãe", pediu, num texto divulgado em nove línguas, incluindo o português. |
O Papa referiu que “a verdade de Cristo”, oferecida pelo Espírito, diz respeito “para sempre e totalmente” à vida quotidiana. A catequese recuperou as preocupações manifestadas por Bento XVI sobre o “relativismo” e o “ceticismo” da sociedade atual, a tendência de se entender que “não há nada de definitiva” e que a verdade chega por “consenso”. |
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República de Mininus |
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Num futuro incerto, algures em África, uma reunião do conselho de presidência é subitamente interrompido por um forte tremor de terra. Cada um procura salvar a sua pele, mas o que resta de um cenário apocalíptico de decadência é um bando de meninos deixado à sua sorte. Reféns de um menino soldado, que subjuga os demais à sua vontade, o restante grupo consegue organizar-se para finalmente se libertar da sua prepotência e da ameaça da arma que aquele empunhava. Juntos, seguem um caminho incerto até chegarem a uma cidade inteiramente governada por crianças. Aqui, reinam a paz e a concórdia, com cada um a desempenhar uma tarefa específica em prol de todos. Exausto, o bando errante é bem acolhido e tratado, mas para poder permanecer, além dos três dias de tolerância concedido a forasteiros, os seus membros devem provar que aprenderam a viver sob a lei do bem comum: cuidar de si e dos outros e manterem-se unidos, como um só. |
O mais reconhecido cineasta guineense, Flora Gomes está de volta com esta sua ‘República de Mininus’, dois anos após termos podido aceder, ainda que apenas no circuito cultural em sala e na RTP, ao documentário ‘As Duas Faces da Guerra’ - co-realizado com Diana Adringa sobre duas perspetivas, a de luta de libertação para uns, guerra colonial para outros, de uma mesma guerra. ‘República de Mininus’ é um conto de uma ingenuidade tocante que, mesmo aquém do domínio estético de ‘A Minha Voz’ (Prémios Signis, Cidade de Amiens e Lanterna Mágica em Veneza), da força simbólica de ‘Pau de Sangue’ ou da agilidade de ‘Os Olhos Azuis de Yonta’, carrega em si a simplicidade e profundidade de uma mensagem de esperança para África e para o Mundo colocada nas mãos da geração do futuro. Aquela a que se não faltassem, ao cabo de um percurso de experiência e conhecimento feito, o ímpeto, a pureza e a simplicidade da infância, seria capaz de renovar a face |
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da terra, aplicando com extraordinária facilidade, por meio de um conjunto de regras que observassem o princípio do bem comum, justiça e equidade comunitárias. Em parte, essa ausência de experiência e domínio cinematográfico já comprovado, poderia ser justificado pelo eventual propósito de conceber uma obra quase ‘de crianças para crianças’, o que não deixando de o ser, desde já recomendado pelo seu caráter pedagógico, |
não se excluiigualmente como cumprimento de um cinema para adultos.
Um cinema que não encherá o olho pela sua vertente técnica mas capaz de evocar um tempo e um espaço em que nós, agora ‘demasiado crescidos’ e presos à complexidade dos nossos impossíveis, resolvíamos os males do (nosso) mundo de forma extraordinariamente fácil, possível... e real. Margarida Ataíde |
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Apostolado Mundial de Fátima |
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Na semana em que o santuário de Fátima vive um dos seus momentos altos do ano e em pleno mês de maio, sugerimos uma visita ao sítio do Apostolado Mundial de Fátima (AMF). Esta associação Católica internacional de direito pontifício, fundada em 1947, “nos Estados Unidos da América, pelas mãos do Padre Harold Colgan e do Sr. John Haffert, cresceu rapidamente e instalou-se pelo mundo inteiro, transformando-se num grande movimento internacional”, que conta atualmente com milhões de membros e vários centros nacionais. Os seus objetivos principais passam pela “promoção da autêntica doutrina da Igreja Católica, a adesão aos princípios básicos do Evangelho; a santificação pessoal dos membros através do fiel cumprimento da mensagem de Nossa Senhora de Fátima e a promoção do bem comum, através da difusão desta mesma mensagem”. Ao digitarmos o endereço www.worldfatima.com entramos num espaço onde os conteúdos informativos são o foco mais forte que ilumina este sítio. Na página principal encontramos os habituais destaques, dando naturalmente maior ênfase à peregrinação internacional anual de 12 e 13 de maio, bem como à consagração do pontificado do Papa Francisco à Nossa Senhora de Fátima. Na opção “quem somos”, encontramos uma breve explicação sobre este movimento, a sua história, |
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missão, equipa e ainda o documento pontifício datado de 7 de outubro de 2010, onde se confirma o AMF como associação pública internacional de fiéis, com personalidade jurídica. Em “grupos de oração”, dispomos de informações sobre este gesto concreto associado a este movimento, que pretende ser “um encontro espiritual que se realiza normalmente uma vez por semana, em frente do Santíssimo Sacramento ou em casa de um dos membros”. Caso pretenda conhecer mais sobre a mensagem de Fátima e sobre temáticas fortemente ligadas a este tipo de apostolado que podem servir para melhor conhecer o sentido da sua missão, basta clicar em formação. Em “centros regionais”, facilmente percebe que nos cinco continentes já |
se encontra alguma representação deste movimento, pois “cada continente tem um ou mais centros regionais, os quais servem como ponto de referência para o grupo de países que a ele pertencem”. Por último destacamos apenas as ferramentas multimédia que se encontram presentes neste espaço virtual. Seja através da disponibilização de fotos e vídeos que mostram a diversidade do trabalho feito pela AMF, bem como pela existência de um canal de TV online disponível em www.worldfatimatv.com que pretende, acima de tudo, divulgar a mensagem de Nossa Senhora de Fátima.
Fernando Cassola Marques |
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Visitas Pastorais de D. Maurílio de Gouveia |
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Um livro assinado pelo cónego Francisco Senra Coelho, historiador do Instituto Superior de Teologia de Évora, está a dar a conhecer o trabalho que D. Maurílio de Gouveia realizou junto das comunidades católicas da arquidiocese, entre 1981 e 2008. Segundo o prelado, tratou-se de “uma experiência muito rica” que ajudou à criação de “laços de amizade” com as pessoas e à transmissão da mensagem do Evangelho. Com o título ‘Visitas Pastorais e Nova Evangelização’, a obra foi desenvolvida com o apoio do cónego Mário Tavares, do padre Ricardo Lameira e de Luís Simões. As narrativas e descrições contidas na publicação são complementadas com fotografias ilustrativas de vários momentos que compuseram as visitas de um arcebispo que sempre se mostrou comprometido com a Nova Evangelização. “Uma das grandes tarefas da Igreja tem sido renovar e incentivar a visita pastoral e o Concílio Vaticano II lembrou novamente essa importância. |
A D. Maurílio coube-lhe viver na Arquidiocese de Évora a implementação do Concílio, entrando a 8 de dezembro de 1981”, recorda o cónego Senra Coelho. O lançamento da obra, com a chancela da editora Principia, surge numa altura em que passam 30 anos da primeira visita pastoral do arcebispo emérito, na Vigararia de Alcácer do Sal. D. Manuel Clemente, bispo do Porto e historiador, apresentou a obra em Évora e destacou o impacto que as visitas pastorais provocaram junto das populações alentejanas, sobretudo numa altura marcada por várias “convulsões” sociais e políticas, nos anos posteriores à revolução de 25 de abril de 1974. |
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O silêncio de Maria |
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«Maria tinha vivido, na vertical, uma intimidade sem precedentes com Deus. Essa intimidade vai abri-la para uma comunhão, também sem precedentes, com todos nós». «Mãe do Silêncio e da Humanidade, tu vives perdida e encontrada, no mar sem fundo do mistério do Senhor. Faz-nos compreender que o silêncio não é desinteresse pelos irmãos, mas fonte de energia e irradiação; não é encolhimento mas projeção. Faz-nos compreender que, para derramar, é preciso encher-se. Envolve-nos no teu manto de silêncio e comunica-nos a fortaleza da tua fé».
Título: O Silêncio de Maria. Conhecer de perto, amar melhor Autor: Ignacio Larrañaga Editora: Paulinas Editora Coleção: Mariologia Páginas: 264 Formato: 14x2x21 PVP: € 12,00 |
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Do imperador Constantino
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O Papa Francisco apelou, dia 15 de maio, ao respeito pelo direito à “expressão pública” da fé de cada pessoa, numa mensagem que assinalou o 1700.º aniversário do Édito de Milão, que trouxe liberdade religiosa aos cristãos. Num texto dirigido ao cardeal Angelo Scola, arcebispo de Milão (Itália), o Papa argentino pediu para que seja respeitado “em todos os lugares o direito à expressão pública da própria fé e seja acolhido sem preconceitos o contributo que o Cristianismo continua a oferecer à cultura e à sociedade do nosso tempo”, lê-se no texto que o Papa eleito, no último mês de março, escreveu ao arcebispo milanês. O édito que decretou a “liberdade religiosa para os cristãos” foi assinado pelo imperador romano Constantino, que nasceu em 274 e faleceu em 337. Quando teve o seu início, em outubro de 1962, o II Concilio do Vaticano foi saudado como o fim da época constantiniana. Para o teólogo Chenu este era um objetivo do concílio, formulado em conferência das jornadas de estudo das «Informations Catholiques», de 1961. (Ver: CONGAR, Y. – Un Concile pour notre temps. Paris : Cerf, 1961, 59.) O cardeal e teólogo Walter Kasper, no seu recente tratado de eclesiologia, antecipa esse declínio, ao afirmar: “a longa época constantiniana (IV-XVIII) |
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e os efeitos produzidos na época burguesa, […] acabaram com a primeira e depois, em medida completa, com a segunda Guerra mundial. Acaba assim também a época “cristã” da Europa. O fim da época constantiniana significa o fim do Corpus Christianum, da época na qual o cristianismo era claramente maioritário na Europa, podia contar com o poder político como braço secular e podia influenciar em larga medida a vida social”. Considera Kasper que a Igreja de velho estilo está definitivamente no passado, com o “fim da era constantiniana”. Numa conferência proferida na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, o bispo e historiador português, D. Carlos Azevedo, sublinhou que o II Concilio do Vaticano é, “depois do pré-primeiro aberto por são Pedro, de facto o primeiro concilio fora do ritmo constantiniano, pois o Papa do tempo do I Concilio do Vaticano ainda dependeu, na sua eleição, do veto das potências”. Um observador “atento do processo conciliar”, como |
D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto e um dos padres conciliares, comentava, nos anos 60, que “os progressistas podiam ser acusados de querer matar a idade constantiniana da cristandade. Mas não. Apenas verificam que essa morte aconteceu, “superficialmente contra a Igreja «encarnada», mas sem grande pena nem glória do cristianismo”. (Ver: «Pareceu ao Espírito Santo… e a nós?!» Porto, Fundação Spes, 2000.) “Apesar da certidão de óbito passada pelo Concílio, o modelo da cristandade constantiniana é como ente querido, que, mesmo morto, alguns guardam no coração. Mas o que é doentio é querer ressuscitá-lo para morrer de susto, definitivamente”, disse D. Carlos Azevedo na sua intervenção sobre «Constantino: persistência de um paradigma na Igreja de hoje» na UCP a 11 de maio de 2012. A mensagem do Papa Francisco fala numa “decisão histórica” (o Édito de Milão) que abriu caminho “de forma decisiva ao nascimento da civilização europeia”. |
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maio 2013 |
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Dia 18
* Braga - Salão São Frutuoso - Encontro arquidiocesano de movimentos laicais.
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* Fátima - Museu de Arte Sacra e Etnologia - Inauguração da exposição temporária «Sentir, Pensar e Criar...» integrada no Dia Internacional dos Museus. * Funchal - Escola APEL - Jornada diocesana da família com o tema «Viver e transmitir a fé na família». * Coimbra - Convento de Santa Teresa - Exibição da peça «Irmã Lúcia - uma oração». * Lisboa - Sé (21h30m) - Vigília de Pentecostes promovida Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa. * Lisboa - Salão paroquial da Igreja de Nossa Senhora do Cabo (20h00m) - Noite de fados solidária para ajudar famílias e crianças carenciadas. * Aveiro - Encontro anual da associação dos antigos alunos do Seminário de Aveiro. * Aveiro - Sever do Vouga (Auditório do Centro das Artes do Espetáculo) - Iniciativa «Dia da Vida» integrada na Missão Jubilar.
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* Porto - Senhora da Boa Hora (Refugio do Peregrino) (14h00m) - Delegação do Porto da «Associação Espaço Jacobeus» organiza a iniciativa «Os Caminhos de Santiago de Compostela» (exposição de artesanato, uma queimada jacobeia, uma palestra e uma sessão de autógrafos com o jornalista Carlos Ferreira, autor do livro “Alguma dor cura a alma”). |
* Fátima - Peregrinação da Família Salesiana ao Santuário de Fátima com a presença do reitor-mor dos Salesianos, padre Pascoal Chávez. (18 e 19) * Vaticano - Praça de São Pedro - Jornada mundial dos movimentos e associações laicais. (18 e 19) *Setúbal - Almada (Galeria Municipal de Arte) - Exposição coletiva de artes visuais «Visão do Infinito – Os Artistas e a Fé». (18 a 27 de julho)
Dia 19
* Porto - Regiões pastorais da diocese - Peregrinação dos frágeis. |
Ano C – Solenidade de Pentecostes |
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Obrigado, Senhor, pelo teu Espírito |
Neste domingo da Solenidade do Pentecostes, obrigado, Senhor, pelo teu Espírito, que é Santo. Estamos juntos, na Igreja que geraste. Hoje cumpres a promessa de ficar em nós no teu Espírito, que nos renova e nos transforma em discípulos teus. Os símbolos do vento e do fogo manifestam a tua obra em nós e também o que Tu desejas fazer em nós.
O teu Espírito soprou sobre os apóstolos, varrendo o seu medo e abrindo as portas da casa e do seu coração. O medo mantinha-os escondidos, mas com o teu sopro começaram a falar. Dirigiram-se à multidão vinda a Jerusalém de todas as nações. Como um fogo que ilumina, aquece e se espalha, o teu Espírito fez com que eles proclamassem as tuas maravilhas. Com a tua força, acenderam em todos os corações o fogo do teu amor neles derramado pelo teu Espírito. O teu Espírito levou-os a fazerem-se entender em todas as línguas. |
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Envia-nos o teu Espírito, Senhor! Renova o Pentecostes na tua Igreja para a salvação do mundo! Como um vento, que o teu Espírito varra tudo o que nos impede de fazer a tua vontade. Que Ele aja e mantenha abertos os nossos corações, tantas vezes fechados em si mesmos e fechados aos outros e também a Ti, Senhor! Como uma língua de fogo, que o teu Espírito nos cure dos nossos mutismos e estagnações. Ensina-nos a rezar, a falar, a conversar contigo, ao jeito de uma criança com o seu pai, de um amigo com o seu amigo. Dá-nos a linguagem do amor fraterno com todos, a linguagem do coração que ultrapassa o obstáculo das línguas, a tal linguagem em que o acolhimento e a atenção ao outro dizem mais do que mil palavras.
Senhor, envia-nos o teu Espírito para renovar a face da terra e o mais profundo das nossas vidas, para nos purificar dos pecados que cometemos na tua Igreja, para provocar em nós renovados encontros e novas visitações, levados pelo exemplo de Maria, tua e nossa Mãe. Com o teu Espírito em nós, as portas abrem-se, os medos transformam-se em audácias, as línguas proclamam as maravilhas de Deus! Senhor, ilumina-nos para encontrarmos a porta a abrir para sairmos de nós mesmos ao encontro dos outros, na família e na comunidade, no trabalho e na escola, no bairro e na cidade, em tantos espaços que habitamos. Ajuda-nos a ultrapassar o medo e o marasmo, para servir a Igreja e a sociedade com ousadia e entusiasmo. Mantém-nos sempre na escuta do teu Espírito e na procura de respostas aos desafios de hoje, que só podem acontecer em Igreja, em comunidade. Obrigado, Senhor, pelo teu Espírito, que é Santo. Manuel Barbosa, scj |
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Programação religiosa nos media |
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Antena 1, 8h00 RTP1, 10h00 Transmissão da missa dominical
11h00 - Transmissão missa
12h15 - Oitavo Dia
Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã; 12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida. |
RTP2, 11h30
RTP2, 18h00
Terça-feira, dia 21 - Informação e rubrica sobre o Concílio Vaticano II com José Eduardo Borges de Pinho;
Quarta-feira, dia 22 - Informação e rubrica sobre Doutrina Social da Igreja, com Acácio Catarino;
Quinta-feira, dia 23 - Preparar uma peregrinação a Fátima. Rubrica "O Passado do Presente", com D. Manuel Clemente
Sexta-feira, dia 24 - Apresentação da liturgia dominical pelo padre Armindo Vaz e frei José Nunes.
Antena 1 Domingo, dia 19, 06h00 - Neste domingo de Pentecostes o programa Ecclesia dá a conhecer mais sobre o sacramento da confirmação e olha para o testemunho de quem o recebeu há pouco tempo.
Segunda a sexta-feira, dias 20 a 24, 22h45 - Iniciativas em torno do Concílio Vaticano II neste ano pastoral.
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120 mil pessoas são esperadas no Vaticano, entre sábado e domingo, para celebrarem com o Papa Francisco um Pentecostes especial, marcado pelo encontro mundial dos movimentos e associações católicas, principalmente direcionadas para a intervenção dos leigos, nos cinco continentes.
A Paróquia do Campo Grande acolhe na sexta-feira a conferência ‘A cultura da violência e o estilo de vida urbano - os conteúdos de jogos e programas televisivos infantis; o papel dos media’, promovida Observatório Permanente sobre a Produção, Comércio e Proliferação das Armas Ligeiras.
A Igreja Católica nos Açores promove em Ponta Delgada, São Miguel, dois dias de trabalho sobre o tema ‘Resposta à Crise à Luz da Doutrina Social da Igreja’, que reúne vários especialistas convidados pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Social e da Mobilidade Humana.
A 18 de maio celebra-se anualmente o Dia Internacional dos Museus, aque em 2013 tem como tema ‘Memória + Criatividade = mudança social’. O património que os museus exibem e protegem está associado à inventividade e vitalidade que têm caraterizado o setor nos últimos anos
D. Gregório Rosa, amigo de Óscar Romero e bispo auxiliar de San Salvador, vai estar em Lisboa, Porto, Braga e Fátima, de 19 a 26 deste mês, para falar sobre o pensamento e a espiritualidade do arcebispo assassinado há 33 anos. |
Conhecer (ou não) as histórias da Igreja que SofreO poder da denúncia |
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A palavra também constrói comunidade. Gritar ao mundo as histórias da Igreja perseguida é mais do que escrever artigos ou publicar notícias. É evangelizar pelo exemplo.
O Padre Werenfried van Straaten, fundador da AIS, foi exemplo de como a palavra pode denunciar, de como a denúncia pode comover, e de como a comoção pode transformar o coração. Intuitivo, fez do poder da palavra a |
força da sua obra. A força da Fundação AIS. Afinal, não descobriu nada de novo… “Olhos que não vêem, coração que não sente.” O povo, na sua imensa sabedoria, explica nesta frase a importância dos Meios de Comunicação Social para o trabalho de evangelização da Igreja. Todos os dias existem, infelizmente, histórias de martírio, de medo, de perseguição. Histórias da Igreja que sofre. |
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Cristãos que não desistem Hoje, agora, neste instante, alguém poderá ser preso por estar a rezar, por ter uma Bíblia consigo, por ser sacerdote, por ter aulas de catequese, por… Neste instante, alguém poderá ser atirado para o chão de uma cela, poderá ser interrogado, poderá ser alvo de tortura. Não se escutam os seus gritos, ninguém ouve o choro escondido nas suas lágrimas. Mas gritam, choram. Rezam. E até têm medo. São pessoas como nós. Comuns. Mas são cristãos que não desistem de o ser apesar das adversidades, das perseguições, do sofrimento. |
Sementes de fé Para a Fundação AIS, estes cristãos são semente de fé, a razão de ser da Instituição. São tudo. É por eles que a Fundação existe. Apoiar os Meios de Comunicação Social da Igreja é mais do que publicar jornais, emitir programas de rádio ou de TV. É mais do que ter uma página na Internet. É dizer aos cristãos perseguidos que eles nunca estão sós, mesmo quando julgam que ninguém sabe das lágrimas que escorrem nos seus rostos quando estão fechados nas celas das prisões.
Saiba mais em |
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LusofoniasO belo e o trágico em fotos |
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Tony Neves
“Pode ouvir o programa Luso Fonias na rádio SIM, sábados às 14h00, ou em www.fecongd.org. O programa Luso Fonias é produzido pela FEC – Fundação Fé e Cooperação, ONGD da Conferência Episcopal Portuguesa.” |
A celebração do Dia Internacional dos Museus atirou-me para o Museu da Electricidade, em Belém, junto ao Tejo. Lá está, até 26 de Maio, a ‘World Press Photo 13’, uma exposição que percorre o mundo mostrando as fotografias escolhidas por um júri mundial que olhou para revistas e jornais. Visita-la, olhar com o coração uma a uma, ler as legendas que explicam cada foto, leva-nos a viver por dentro o melhor e o pior que os fotógrafos gravaram nas suas máquinas. Aperta o coração olhar para a foto premiada: mostra com crueldade pessoas a caminhar com duas crianças mortas, numa manifestação de repúdio contra os ataques aéreos de Israel na Faixa de Gaza. No mesmo bombardeamento, morreram o pai e dois filhos menores. A guerra entre israelitas e palestinianos tem direito a oito fotos de terror. A Síria também é contemplada com muitas fotografias da guerra feroz que lá continua a matar: são doze, a mostrar mortos, feridos e muita destruição. Do Afeganistão chegaram imagens da miséria e falta de futuro que a guerra e a prolongada ocupação estrangeira ali geraram. Do Irão, há fotos de uma mulher e filhos com rostos desfigurados por ácido atirado pelo marido e pai. Da América há imagens de bairros negros das periferias de Nova Iorque onde a violência é fruto da pobreza e exclusão social que ali se vive. A droga e a morte tomaram conta das favelas do Rio de |
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Janeiro, cidade que vai acolher a Jornada Mundial da Juventude (2013), o Mundial de Futebol (2014) e os Jogos Olímpicos (2016). O extremo oriente oferece imagens de crianças a ter como escola a proteção dos pilares de uma ponte em Nova Dehli, bem como as que os avós têm de cuidar nas aldeias chinesas, quando os cerca de 220 milhões de deslocados por causa do trabalho ali as abandonam. A África mostra os catadores na lixeira de Nairobi, onde dez mil pessoas vivem á custa do lixo. Há também fotos de soldados mortos no Sudão, na guerra pelo petróleo que tem gerado confrontos sangrentos entre os do norte e os do sul. Mostra ainda mulheres da Somália a jogar basquete, correndo o risco de, como castigo, lhe cortarem as mãos ou os pés. A Itália e a Dinamarca têm direito a |
fotos da prostituição que ali se pratica. Mas há também fotos positivas: sobre o trabalho que as Conferências de S. Vicente de Paulo fazem com os sem abrigo nos EUA, bem como uma reportagem de Roma sobre uma mulher que acompanhou até ao fim o marido com Alzheimer. Há fotos belas da natureza e do desporto. Queria deixar para o fim a foto que ganhou o concurso português: jovens jogam á bola, descalços, no meio da poeira, na Guiné-Bissau. É bela porque os rostos transmitem uma felicidade que garante futuro, apesar dos tempos de pobreza e instabilidade que o país atravessa. Um Museu pode ser um espaço interessante por onde passam muitas vidas e muitas histórias. É o caso do Museu da Electricidade que aconselho a visitar. |
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«Mesmo por entre dificuldades e incertezas, todo o homem sinceramente aberto à verdade e ao bem pode, pela luz da razão e com o secreto influxo da graça, chegar a reconhecer, na lei natural inscrita no coração (cf. Rm 2, 14-15), o valor sagrado da vida humana desde o seu início até ao seu termo, e afirmar o direito que todo o ser humano tem de ver plenamente respeitado este seu bem primário. Sobre o reconhecimento de tal direito é que se funda a convivência humana e a própria comunidade política» (João Paulo II, in Evangelho da Vida) |
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