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Paulo Rocha |
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Foto de capa: Agência Ecclesia
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AGÊNCIA ECCLESIA Diretor: Paulo Rocha | Chefe de Redação: Octávio Carmo Redação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira, Luís Filipe Santos, Sónia Neves Grafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana Gomes Propriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais Diretor: Padre Américo Aguiar Pessoa Coletiva nº 500966575, NIB: 0018 0000 10124457001 82. Redação e Administração: Quinta do Cabeço, Porta D 1885-076 MOSCAVIDE. Tel.: 218855472; Fax: 218855473. agencia@ecclesia.pt; www.agencia.ecclesia.pt;
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A guerra (química) ainda dura muito tempo? |
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![]() Paulo Rocha Agência ECCLESIA |
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Os conflitos armados que martirizaram o século XX estão nuclearmente ligados à mensagem de Fátima. E as guerras que continuam a fazer mártires no século XXI parecem ainda mais relacionados aos acontecimentos de há cem anos, na Cova da Iria. Invocada como Rainha da Paz, Nossa Senhora pediu aos pastorinhos para rezarem o terço para que a Primeira Guerra Mundial, em curso na segunda década do século XX, terminasse. “Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra”. Pediu Maria às três crianças na primeira aparição, no dia 13 de maio de 1917, apelo que repetiu em julho, setembro e outubro. E, desde então, invocar a paz para o mundo, também a paz para o interior da comunidade crente, é uma insistência permanente no ambiente de Fátima e nos contextos em que se repete em torno da imagem da Senhora de Fátima. Infelizmente, o início do século XXI torna mais premente a invocação pela paz no mundo. Há muitos focos de conflito que teimam em permanecer. Há sobretudo um, a decorrer na Síria, que solicita todas as orações, também neste centenário, para que o sofrimento que atinge mulheres, homens e crianças não alastre sem escrúpulos. No dia 13 de maio de 1917, Lúcia perguntou a Nossa Senhora: “a guerra ainda dura muito tempo?” Hoje, é dever de todos os cidadãos do mundo perguntar: “a guerra química ainda dura muito tempo?”. O que aconteceu na Sírias nos últimos dias não pode deixar indiferente o mundo inteiro. Tem de chorar consternado pela morte sem escrúpulos provocada por ataques cobardes que matam pessoas indefesas, muitas delas crianças.
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Na I Guerra Mundial morreram 1,3 milhões de pessoas na Europa, 90 mil das quais vítimas de armas químicas. De acordo com a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), o conflito que decorreu entre 1914 e 1918 fica na história pelo uso em grande escala, pela primeira vez, de armas químicas. Que continuou, apesar de acordos que proibiam o seu uso, como o de Genebra, em 1925, ou a convenção de 1972 e 1993. Em 1997, o início de funções da Organização para a Proibição das Armas Químicas e a entrada em vigor da Convenção das Armas Químicas é um passo decisivo para a urgência do problema. Incapaz, no entanto, de proibir o seu uso efetivo. Em 2013, morreram perto de 1500 pessoas na Síria, vítimas de armas |
químicas. A imagens desse ato horrendo permanecem na memória trágica da humanidade, atenuada pela atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2013 à Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ). Em 2017, o território Sírio volta a ser atacado por estas armas mortíferas, vitimando mais de 80 pessoas e ferindo cerca de duas centenas. As consequências deste ataque foram mostradas em direto a todo o mundo, o que não chegou para quebrar a indiferença dos centros de poder e de decisão. Hoje é necessário perguntar: A guerra (química) ainda dura muito tempo? É um crime ficar indiferente... |
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A dimensão da tragédia é proporcional à coluna de fumo e de fogo. |
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“Anunciar a Páscoa neste nosso contexto, convidar pessoas para celebrarem a Morte e a Ressurreição de Jesus […] é quase como tentar vender roupas de verão no pico do inverno ou apregoar chapéus-de-chuva no deserto, onde não chove”. Mensagem de Páscoa de D. João Marcos, bispo de Beja
Os católicos no mundo são cerca de 1285 milhões, ou seja, 17,7 por cento da população mundial. Entre 2014 e 2015 houve um aumento de 13 milhões de batizados. Dados do ‘Annuarium Statisticum Ecclesiae’ 2015, publicado esta quinta-feira com o Anuário Pontifício 2017
“Tirem cinco minutos, dez minutos – sem rádio e televisão – para sentar e refletir sobre a vossa própria história; as bênção e dificuldades, tudo. As graças e os pecados, tudo. E verem aí a fidelidade de um Deus que não abandona o seu povo”. Papa Francisco na homilia da missa desta quinta-feira, na Casa de Santa Marta |
Bispo de Lamego lamenta «profundamente trágico acidente» em fábrica de pirotecnia
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O bispo de Lamego "lamentou profundamente o trágico acidente” desta terça-feira numa fábrica de pirotecnia que “ceifou a vida" de pelo menos "oito pessoas" e realçou que “não compete agora apenas dar condolências”. “Tenho de ir muito para além daquilo |
que são as meras condolências. Compete-me levar essa notícia do terceiro dia, da ressurreição, a esta família enlutada e muito entristecida”, disse D. António Couto enquanto se preparava para ir visitar os familiares dos donos da fábrica. Em declarações à Agência ECCLESIA, |
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o bispo de Lamego explicou que a Igreja, o Evangelho, existem para esse anúncio e para lembrar que “Jesus Cristo está vivo” e presente junto das pessoas. D. António Couto, que tem estado a receber informações sobre a fábrica de pirotecnia que ficou destruída esta terça-feira na sequência de várias explosões, disse que estão confirmados oito mortos. Nas explosões morreram seis pessoas da família que geria a fábrica há cerca de 10 anos e que vivia na Paróquia de Ferreiros, no Município de Lamego, sendo oriundas de Marco de Canaveses. Na referida tragédia faleceu também um senhor da Paróquia de Barrô e a oitava vítima é proveniente da área de Lousada. A fábrica de pirotecnia, localiza também o bispo diocesano, fica em Guediche, na Paróquia do Santíssimo Salvador de Penajóia. Numa mensagem enviada à Diocese de Lamego, D. António Couto desafiou as comunidades a levarem às famílias atingidas pela tragédia de Penajóia um a "abraço de ternura, de fé e de esperança”. “Todos os diocesanos de Lamego e o seu bispo misturam as suas lágrimas |
com as lágrimas de todos e de cada um dos queridos familiares destes nossos irmãos tragicamente falecidos, a quem envolvemos num abraço de profunda comunhão e de dorida e fecunda amizade e fraternidade”, escreve D. António Couto, num comunicado enviado esta quarta-feira à Agência ECCLESIA. Neste momento de luto, a diocese lamecense e o seu bispo “querem assumir o dever” de levar a essas famílias “o caudal da alegria do 3.º Dia de Cristo Ressuscitado” que “abraça e enlaça na sua Vida nova e perfumada”, refere o prelado. Nas atuais circunstâncias humanamente difíceis, D. António Couto sublinha que a Igreja Católica em Lamego professa a “fé em Cristo ressuscitado e vivo” no meio de todos, “única fonte de sentido e de esperança”. D. António Couto escreve ainda que quer que a força da “oração e comunhão” seja, nestas circunstâncias, “bem visível e por todos sentida”, e estende o seu “abraço” à Diocese do Porto e ao seu bispo (D. António Francisco dos Santos), onde têm “raízes muitos dos irmãos e irmãs” falecidos no acidente. |
“Sem Páscoa não há futuro” – Bispo de Beja
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O bispo de Beja disse que “sem Páscoa não há futuro” na sociedade atual, onde “parece que Deus sobra” numa mensagem à diocese onde convida a celebrar o novo tempo litúrgico a partir já do Domingo de Ramos. “Anunciar a Páscoa neste nosso contexto, convidar pessoas para celebrarem a Morte e a Ressurreição de Jesus […] é quase como tentar vender roupas de verão no pico do inverno ou apregoar chapéus-de-chuva no deserto, onde não chove”, escreve D. João Marcos. Na sua mensagem para a Páscoa, enviada à Agência ECCLESIA, D. João |
Marcos convida a dar importância “ao que é importante” e alerta para as “idolatrias de sempre” e para as “superstições de novo reabilitadas”. O bispo de Beja sublinha que a Páscoa é precisa para que “haja futuro” porque as pessoas anestesiadas não reparam nos “muitos sinais de desagregação do tecido social”, nem avaliam os custos criminosos e as consequências desastrosas da “embriaguez coletiva”. “Não digas que não tens tempo. Sê inteligente, não inventes desculpas, sê bom para ti mesmo! Vem celebrar a Páscoa connosco”, convida D. João Marcos. |
Clérigos ganha prémio de património «Europa Nostra» |
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O presidente da Irmandade dos Clérigos afirmo que a atribuição do prémio 'Europa Nostra 2017' ao projeto de reabilitação da igreja e Torre dos Clérigos é um “motivo de alegria”, tendo-o dedicado aos trabalhadores que devolveram “o edifício à cidade e ao mundo”. Em declarações à Agência ECCLESIA, o padre Américo Aguiar disse que vencer o prémio ‘Europa Nostra 2017’ é uma “homenagem ao bom trabalho que se faz em Portugal” na área da conservação e restauro. O sacerdote sublinha que a distinção anunciada hoje é motivo de “alegria para a cidade” do Porto e para Portugal, porque a defesa do património é algo que “deve preocupar”. A Igreja e Torre dos Clérigos foram premiadas na ‘Categoria Conservação’ da 'Europa ‘Nostra 2017’, por um projeto de “restauro abrangente” que, “desde a investigação preliminar à conclusão, foi realizado apenas em dois anos”, terminando em dezembro de 2014. A entrega dos prémios ‘Europa Nostra 2017’ vai decorrer na cidade de Turku, na Finlândia, a 15 de maio, onde vai ser também conhecido o Prémio do Público, escolhido por votação online entre os 29 candidatos. |
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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt
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T-shirts, bonés e lenços, com o símbolo e o tema da peregrinação de 12 e 13 |
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Fernando Santos na Jornada Diocesa da Juventude, em Lisboa, para a oração do terço
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Papa apela ao fim da «inaceitável carnificina» na Síria
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O Papa exortou, hoje no Vaticano, as autoridades e lideres internacionais a colocarem um ponto final na guerra da Síria, na sequência de um alegado ataque com armas químicas que vitimou 72 pessoas, entre as quais 20 crianças. Durante a audiência pública desta manhã, na Praça de São Pedro, |
Francisco manifestou o seu “horror” por mais esta tragédia que se abateu sobre o povo sírio, que há mais de seis anos sofre as consequências de um conflito entre o governo de Bashar al-Assad e forças rebeldes contrárias ao regime. “Lamento profundamente a inaceitável carnificina que teve |
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lugar esta terça-feira na província de Idlib, onde uma multidão de pessoas indefesas, incluindo muitos meninos e meninas, foram mortos”, salientou. Uma comissão de inquérito da Organização das Nações Unidas já está a investigar o alegado ataque com armas químicas à localidade de Idlib, atualmente sob o domínio das forças rebeldes. Num comunicado, o grupo de especialistas da ONU já frisou que o uso de armas químicas será sempre considerado um crime de guerra e uma séria violação dos direitos humanos. Além do número de mortos já referido, o ataque de ontem provocou dezenas de feridos entre a população civil de Idlib, de onde chegam relatos também de um ataque que terá sido levado a cabo ao hospital que acolheu as vítimas. No seu encontro com os peregrinos, o Papa disse estar a rezar por todas as pessoas atingidas por este drama, em especial pelos que perderam a vida e pelas suas famílias. E apelou “à consciência daqueles que têm responsabilidades políticas, a nível local ou internacional, para que coloquem um fim a esta tragédia e que tragam alívio às populações que há |
tanto tempo - e tão duramente - têm vindo a ser testadas pela guerra” O Papa argentino deixou palavras de encorajamento para todos quantos, sem olharem à sua segurança, continuam todos os dias a trabalhar no apoio às populações sírias. Francisco não deixou ainda de recordar, durante a sua intervenção, as vítimas do atentado ocorrido na última segunda-feira em São Petersburgo, na Rússia, onde um homem suicida acionou uma bomba no metro da cidade, matando pelo menos 11 pessoas e ferindo outras 40. "O meu pensamento vai neste momento para o grave atentado de há dois dias em São Petersburgo", salientou o Papa, que lembrou na sua catequese que um conflito não se resolve “respondendo ao mal com o mal, mas perdoando, sem vingança”. |
“Entre irmãos, todos temos voz, todos devemos falar e escutar” – Papa Francisco |
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O Papa recebeu esta quarta-feira, na Aula Paulo VI, um grupo de líderes religiosos muçulmanos do Reino Unido, numa iniciativa promovida pelo arcebispo de Westminster, D. Vincent Nichols, após o recente ataque terrorista em Londres. De acordo com a Rádio Vaticano, durante o encontro, Francisco encorajou aqueles responsáveis a continuarem o seu trabalho, no diálogo com outros credos e culturas. “O trabalho mais importante que a humanidade pode fazer hoje é o trabalho de ouvido, de nos ouvirmos uns aos outros. Escutar, sem pressa de dar respostas. Acolher a palavra do irmão, da irmã, pensar, e depois dizer a minha. A capacidade de ouvir é muito importante”, salientou o Papa argentino. Desde o início do seu pontificado, o Papa Francisco tem feito do desenvolvimento do diálogo inter-religioso um dos seus grandes desígnios, sobretudo com o mundo islâmico. No ano passado, Francisco recebeu no Vaticano o grande imã de Al-Azhar (Egito), Ahmed Al-Tayyeb, que lidera a mais importante instituição do |
Islão sunita, sediada no Cairo. Um responsável que o Papa irá reencontrar em breve, no final de abril, quando visitar a mesquita de Al-Azhar numa iniciativa incluída no programa da sua viagem ao Egito, nos dias 28 e 29 deste mês. Em Roma, Francisco e Ahmed Al-Tayyeb conversaram essencialmente sobre o compromisso comum das autoridades e dos fiéis das grandes religiões pela paz no mundo, e sobre a recusa da violência e do terrorismo. O terrorismo que esteve mais uma vez em cima da mesa, nos últimos dias, com o atentado em São Petersburgo, na Rússia, e há duas semanas com o ataque levado a cabo em Londres, junto ao Parlamento britânico, que fez 5 vítimas incluindo o autor do atentado. |
Papa prestou homenagem a vítimas do sismo de 2012 |
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O Papa visitou a região italiana de Emília-Romanha, atingida pelos sismos de 2012. Francisco encontrou-se com as populações atingidas pelo terramoto, na praça que fica diante da Sé, após ter entrado na Catedral, ainda em obras, com um ramo de flores, que depositou junto ao altar, em memória dos que morreram. “Nesta cidade, que ainda carrega os visíveis sinais de uma provação tão dura, desejo abraçar-vos a vós e aos habitantes das outras localidades atingidas pelo terramoto de maio de 2012”, disse às centenas de pessoas que o acolheram. O Papa recordou a visita de Bento XVI à região da Emília-Romanha, poucas semanas após o sismo. A intervenção evocou a destruição |
do património humano e cultural da localidade, mas sobretudo as “feridas interiores”, o sofrimento de quem perdeu entes queridos ou de quem viu desaparecer os “sacrifícios de toda a vida”. Francisco elogiou o “espírito de esperança” e a coragem com que estas populações superaram momentos de dificuldade, sem deixar de sublinhar a necessidade de prosseguir os trabalhos de reconstrução, particularmente nos "centros históricos": “Diante da vossa catedral, lugar símbolo da fé e da tradição deste território, gravemente danificado pelo sismo, elevo convosco ao Senhor uma fervorosa oração pelas vítimas do terramoto, pelos seus familiares e pelos que ainda vivem em situações precárias”, declarou. |
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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial internacional nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt
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Papa denuncia tráfico de pessoas como «escravatura» contemporânea |
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Papa desafia jovens a serem «protagonistas da mudança» |
Pastoral Operária
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LOC/MTC Movimento de trabalhadores Cristãos |
O mundo operário continua a existir e a ser a realidade mais importante social e numericamente da nossa sociedade, ainda que essa realidade se encontre hoje em forte processo de transformação, se apresente diversificada, com perda significativa da sua consciência operária e no seu seio exista uma grande variedade de situações. A chamada classe operária ou mais simplesmente, os trabalhadores, é constituída por quem trabalha por conta de outrem, legalmente ou numa economia subterrânea e clandestina; por operários efetivos ou eventuais com contratos a termo certo ou incerto, a recibo verde e outras formas atípicas de relação laboral; por trabalhadores com elevada qualificação profissional e bem remunerados ou pouco qualificados e mal pagos. Fazem, ainda, parte deste mundo operário e popular os desempregados de longa duração, os jovens à procura do primeiro emprego, os sub-empregados ou trabalhadores por conta própria, os jovens estudantes ou já licenciados e as crianças, filhas de famílias operárias. Também os pequenos empresários incapazes de desenvolver a sua atividade num mercado concorrencial e competitivo se vêm a braços com a sobrevivência das suas empresas e vivem um processo de proletarização. Todos eles – crianças, jovens e adultos, trabalhadores no ativo ou reformados, bairros populares e degradados, famílias inteiras com elevado índice |
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de desemprego ou de baixos níveis de rendimentos, marcados pela precariedade, dependência e exploração – constituem a realidade inquestionável do mundo operário. Ainda que o rosto do mundo operário tenha mudado e o acesso à cultura e ao consumo se tenham mais generalizado, o posto que os trabalhadores ocupam no sistema de produção continua a ser basicamente o mesmo: estão dependentes e submetidos às exigências e estratégias do capital, (poder financeiro, multinacionais, mercado e decisões políticas) que é quem impõe e determina as condições de vida em função dos seus interesses. São permanentes as violações da dignidade da pessoa humana, as situações de injustiça, o empobrecimento de largas faixas da população trabalhadora. O crescimento da indiferença religiosa, o retorno religioso-cultual e o incremento de seitas religiosas constituem uma séria interpelação e um questionamento ao testemunho dos cristãos e às suas formas de evangelização. O drama da rotura entre a fé e a vida e a necessidade de maior apoio, |
estímulo e formação espiritual, bíblica, doutrinal e humanista dos militantes cristãos e dos trabalhadores cristãos em geral, são uma das necessidades mais sentidas. Tudo isto constitui para a igreja um enorme desafio para que ela seja verdadeiramente a “igreja dos pobres”, sinal de verificação da sua fidelidade a Cristo e possa ser “Luz das nações”.
A Pastoral Operária continua a ser uma necessidade permanente pois torna-se imperativo “modificar pela força do evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus”, (EN 19) especialmente no mundo do trabalho, caracterizado por uma cultura contrária à solidariedade. LOC/MTC |
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Voltar às raízes |
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Octávio Carmo |
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“A nossa alma, criada para a vida, sofre sentindo por sentir que a sua sede de eterno bem é oprimida por um mal antigo e obscuro” A visita do Papa à localidade de Carpi, no domingo, absorveu boa parte das minhas atenções numa semana de trabalho diferente – já explico o motivo. A homilia que Francisco proferiu diante da renascida Catedral de Carpi, perante familiares de vítimas dos sismos de 2012, que suportaram esses e muitos outros sofrimentos, foi das mais bonitas do atual pontificado. Uma intervenção poética, profundamente marcada pela reflexão teológica e antropológica de Jorge Mario Bergoglio que, muitas vezes, é apenas e injustamente reduzido à figura de um bonacheirão que não se preocupa demasiado com a doutrina e quer é que as pessoas sejam felizes. Vale a pena parar um pouco e ler com atenção. Para já ainda está só em italiano, mas as traduções da Rádio Vaticano ajudam:
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Esta semana tenho a oportunidade de voltar por uns dias à minha na terra, nas serras da Madeira. O regresso às raízes é sempre uma lição, a começar pela necessidade de aprender que as férias não servem apenas para “fazer coisas”. Muitas vezes basta estar. Para um filho, aliás, é fundamental ter a humildade de deixar os pais serem pais, sem colocar obstáculos. A questão das raízes parece ser um tema sensível na nossa sociedade. Estamos muito preocupados em uniformizar flores em frutos, a proteger todas as espécies, e esquecemo-nos de cuidar do solo que as alimenta. Sem um solo comum de valores e de aspirações, a sociedade torna-se cada vez fragmentada, particularizada, dividida em nichos |
reivindicativos que concorrem, até de forma agressiva, em busca de protagonismo, arvorando-se em referências morais e jurídicas. O problema é sério, porque não se trata apenas de uma espécie de cegueira coletiva em relação ao substrato histórico que define as sociedades ocidentais. Há uma atitude assumidamente contrária a tudo o que ajudou as nossas comunidades a serem o que são, como se só o novo pudesse definir a identidade coletiva. Lembro-me de Bento XVI, cujo livro-entrevista me acompanha por estes dias, e dos seus muitos alertas. De facto, hoje a sociedade ocidental parece até festejar o facto de ter ficado prisioneira de uma profunda desorientação. Esperemos que seja capaz de voltar às suas raízes. |
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À espera do Papa Há muito tempo que a presença do Papa Francisco em Fátima era previsível. A confirmação da sua visita ao Santuário da Cova da Iria, como peregrino, aconteceu há poucas semanas e, desde essa ocasião, é visíveis a preparação em curso para receber o Papa e sobretudo os muitos peregrinos que com Francisco querem celebrar o centenário das Aparições. Nesta edição, informamos sobre o que tem de saber para estar em Fátima nos dias 12 e 13 de maio.
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Fátima a postos para receber o Papa
O reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, assumiu a responsabilidade de coordenar a visita do Papa Francisco à Cova da Iria, pelo Centenário das Aparições. Um trabalho que procura valorizar a dimensão festiva de um acontecimento único que não se esgota em 2017.
Entrevista conduzida por Henrique Matos
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Agência ECCLESIA (AE) - Podemos dizer que Fátima está a postos para receber o Papa Francisco? Pe. Carlos Cabecinhas (CC) - Sem dúvida, Fátima está a postos. Aliás, esta era a expectativa que tínhamos há muito tempo, embora o anúncio oficial da visita fosse há menos tempo, pelo que os preparativos para acolher o Papa e os peregrinos que vêm para estar com o Papa, dando a graças a Deus pelos 100 anos de Fátima, há muito que esses preparativos se vinham a fazer. Podemos dizer que estamos na reta final de preparação, a ultimar tudo para que seja um momento particularmente festivo aqui, no Santuário de Fátima.
AE - Já admitiu que este recinto poderá ser pequeno… CC - O recinto do Santuário tem limites, como qualquer espaço físico, e os limites são estes: são os limites |
físicos. A nossa expectativa é que, de facto, a afluência de peregrinos possa tornar insuficiente o espaço do recinto de oração. Não é uma situação dramática, pelo contrário, e aquilo que será a nossa preocupação é proporcionar, mesmo aos peregrinos que não vão poder aceder ao recinto, boas condições para acompanhar as celebrações e também boas oportunidades para poder, se possível, ver o Papa de perto.
AE - Por esses dias os peregrinos vão ter algumas ferramentas especiais, até interativas, para os ajudar na mobilidade dentro de Fátima? CC - Estamos a articular toda a nossa ação com as autoridades para facilitar e permitir que todo o peregrino que venha a Fátima possa descobrir a melhor forma de chegar ao Santuário com o mínimo de constrangimentos possível. Por outro lado, da nossa |
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parte, estamos a estudar a possibilidade de estender alguns meios que facilitem a participação, concretamente com a colocação de ecrãs gigantes e a difusão sonora de tudo o que acontece no recinto de oração, para que quem não consiga aceder ao espaço possa sentir-se envolvido no conjunto celebrativo e festivo deste dia tão importante.
AE - O programa do Papa não inclui encontros com ‘periferias’… CC - O anúncio que foi feito pelo Vaticano para caraterizar esta visita do Papa era muito claro, dizendo: o Papa vem como peregrino, para rezar com os peregrinos. Isto significa que não estão previstas, efetivamente, audiências ou encontros particulares com nenhum grupo. Isso não implica uma menor atenção do Papa às periferias que ele tanto ama e a quem tanta atenção tem dedicado. Significa que, numa visita que será necessariamente muito curta, não há possibilidade de inserir outros elementos nesse programa.
AE - Desde Paulo VI que os Papas têm vindo a Fátima, tornou-se frequente a |
sua presença neste Santuário. Fátima impôs-se aos Papas? CC - Não tenho dúvidas de que a Mensagem de Fátima teve esse condão de tocar também a Igreja na pessoa do Santo Padre. Esta é uma mensagem com dimensão universal e, nesse aspeto, foi atingindo progressivamente toda a Igreja e foi atingindo também a cabeça visível da Igreja, o seu sinal visível de unidade, que é o Santo Padre. Nós vimos no Cinquentenário das Aparições essa peregrinação do Papa Paulo VI; tivemos depois no Papa João Paulo o grande Papa de Fátima, aquele que se sentiu pessoalmente ligado à Mensagem de Fátima e, por isso, se fez peregrino três vezes a este Santuário; tivemos a presença do Papa Bento XVI no 10.º aniversário da beatificação dos Pastorinhos; e temos agora o Papa Francisco no Centenário das Aparições. Tudo isto é sinal, por um lado, do impacto universal da mensagem; por outro lado, mostra quanto a Mensagem de Fátima mantém ainda hoje, 100 anos depois, toda a sua atualidade e capacidade de intervir naquilo que é a vida da Igreja e do mundo. |
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AE - O Papa Francisco contagiou muita gente fora da Igreja. Esta vinda a Fátima poderá ser a ponte para que o Santuário chegue de forma mais efetiva a esta gente? CC - A presença do Papa Francisco, em concreto, pode ajudar também pessoas que habitualmente não olhavam para a Fátima a olhar agora com uma nova perspetiva para a Mensagem, para o Santuário de Fátima. Devo dizer também que os dados que temos apontam que Fátima tem sido motivo de interesse para muitas outras pessoas, para além da |
Igreja Católica. Estou a pensar noutras confissões cristãs, noutras religiões, que embora de forma residual, do ponto de vista quantitativo, não deixavam de visitar Fátima e marcavam presença. Há também todo um público, que eu diria menos vinculado ao fenómeno religioso, que nos últimos tempos tem procurado Fátima, sobretudo pela via cultural. Penso que a vinda do Papa pode potenciar essa aproximação entre Fátima e essas franjas menos sensíveis à temática da Mensagem deste lugar. |
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AE - Foi difícil assegurar do Papa este compromisso de vir a Fátima? CC - Eu creio que as reticências do Papa tiveram a ver, sobretudo, com a consciência da sua frágil condição. O Sumo Pontífice, como sabemos, embora vá acumulando juventude, tem também todas as dificuldades próprias de alguém que sente o peso dos anos. Parece-me que a grande dificuldade do Papa nesta confirmação da presença ou não tinha a ver precisamente com o não saber as suas condições efetivas de saúde e disponibilidade física para se poder fazer presente. A nível mais particular, mais privado, o Papa desde o início manifestou a boa vontade e a disponibilidade para estar presente, se tivesse vida e saúde. Aliás, recordo que a primeira confirmação foi dada pelo próprio ao bispo desta diocese, D. António Marto, dizendo-lhe: “Se Deus me
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der vida e saúde, estarei em Fátima a 13 de maio de 2017”.
AE - A decisão de vir apenas a Fátima, como o Papa referiu, não deixa Portugal, o país, fora da visita? CC - Diria que de forma alguma Portugal fica fora da visita. A viagem é uma visita à Igreja portuguesa, centrada em Fátima por ocasião do Centenário das Aparições. Creio que aqui temos de alargar os nossos horizontes e perceber que esta é uma opção do pontificado, o Papa Francisco não tem visitados outros países europeus, outras capitais, tem dado uma particular atenção às periferias e, em relação à Europa, tem feito sempre visitas muito cirúrgicas, orientadas para um ou outro lugar. |
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Fátima… eu diria Portugal e Fátima não são exceção, no sentido de que o Papa vem, vem estar com a Igreja portuguesa, vem com a Igreja portuguesa celebrar o Centenário das Aparições, mas quis vir apenas a Fátima e não propriamente alargar a sua visita pastoral, na continuidade daquilo que tem sido a sua opção deste pontificado. O Papa Francisco traz sempre novidade, até pelos seus discursos, pelos desafios que nos deixa.
AE - Não teme que o facto de aterrar em Monte Real traga à memória tensões do passado? CC - Não, não creio que, do ponto de vista político, haja neste momento qualquer perigo de reavivar esse tipo |
de tensões do passado, as tensões que estiveram presentes quando o Papa Paulo VI veio, para o Cinquentenário das Aparições. Parece-me que é necessário sublinhar, pelo contrário, que da parte do Estado português, da parte da Presidência, em primeiro lugar - porque o convite foi dirigido também, depois dos bispos portugueses, pelo presidente da República -, do Governo português temos tido sempre toda a possibilidade de colaboração para preparar da melhor forma esta visita. |
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AE - É importante a Canonização dos Pastorinhos neste ano de Centenário? Qual seria a data preferível? CC - Eu diria que, qualquer que seja a data - 13 de maio, 13 de outubro, 13 de agosto - qualquer que seja a data, tratando-se da Canonização dos Pastorinhos é muito bem-vinda, por um motivo simples: esta canonização é muito significativa para Fátima, para os devotos de Fátima, para o próprio Santuário. Para nós seria particularmente significativo se a canonização ficasse ligada à celebração do Centenário, mas não depende disso.
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AE - Como avalia a especulação económica associada aos valores das dormidas, por ocasião da vinda do Papa, ou a exploração de produtos que se associam ao nome do Centenário? CC - O Santuário olha com alguma surpresa para aquilo que são os desvios e os abusos. Estas ocasiões proporcionam sempre alguma tentativa de aproveitamento e para nós isso é particularmente doloroso, porque nos parece indevido que haja algum tipo de aproveitamento comercial de uma ocasião como esta, do Centenário, da vinda do Papa. Também me parece, por outro lado, |
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que o destaque dado a situações excecionais de abuso pode ajudar a generalizar - e esse é um lamento que vou ouvindo - e a criar a ideia de que todos fazem assim, o que não corresponde à verdade. Vemos com pena que algumas pessoas façam aproveitamento indevido destas ocasiões, mas temos o conforto de achar e de ter a perceção de que há muita gente que não procurar aproveitar estas ocasiões para explorar seja quem for, procura de facto, da forma mais legítimas possível, assegurar aquilo que são os serviços aos peregrinos que vêm. Há sempre alguma inflação nos preços, tratando-se destes momentos especiais, e o comentário que o Santuário tem a fazer é que, em relação aos preços que praticamos, |
este ano decidimos não fazer qualquer atualização nos preços de alojamento e nos preços das lojas, como um sinal. O que queremos é que os peregrinos venham e se sintam bem aqui em Fátima.
AE - Que recomendação se pode dar aos peregrinos para que não se exponham a estas situações abusivas? CC - A grande recomendação a dar é que venham a Fátima, sem medo de serem explorados, porque não haverá propriamente uma estrutura de exploração sistemática dos peregrinos. Que estejam atentos ao que lhes é proposto, com a prudência necessária para perceber o que é justo, o que é razoável, e o que ultrapassa o razoável… |
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AE - Fátima mudou ao longo destes 100 anos? CC - Eu diria que, em 100 anos, Fátima como lugar mudou muito. Houve uma evolução, o próprio Santuário cresceu, foi criando a sua estrutura, também física, para acolher peregrinos, e ouço com muita frequência esse testemunho, de quem há muito tempo vem a Fátima, dizendo que agora é muito diferente.
AE - Dizem isso em tom descontente? CC - Não, não, não, dizem isso como uma constatação, uma constatação |
feliz de quem percebe que o Santuário se foi adequando à necessidade de acolher os peregrinos e de os acolher da melhor forma. Já a Mensagem não mudou. Mas é verdade que, a esse nível, foi mudando o nosso aprofundamento e o nosso conhecimento. Se a Mensagem mantém toda a sua atualidade, mantém-se também todo o desafio de percebermos a aprofundarmos o seu conteúdo. Também aqui as coisas têm mudado, no sentido de que não paramos este esforço de conhecer mais, melhor, de procurar aprofundar as consequências desta mensagem. |
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AE - Há vontade de explorar campos novos, novas áreas de incidência onde se pode encontrar relacionamento com a Mensagem de Fátima? CC - Essa tem sido sempre uma vontade que nos tem acompanhado, isto é, refletir sobre a Mensagem de Fátima, sobretudo ir percebendo que esta mensagem é importante, significativa para nós, hoje. Isto implica sempre descobrir novas dimensões, novos desafios da própria mensagem, por exemplo o convite a uma espiritualidade em Igreja. Eu creio que esse é, no momento atual, um dos desafios também ao próprio Santuário de Fátima, no sentido de percebermos que a Mensagem de Fátima tem em si um conjunto de elementos de uma espiritualidade que nos desafia para a nossa vivência cristã hoje.
AE - Fátima tem sublinhado mais uma dimensão intelectual? CC - Nós nunca abandonamos a dimensão da Fátima popular, no sentido que o peregrino é o grande protagonista de Fátima. Por isso, essa dimensão popular esteve sempre presente e tem acompanhado o |
Santuário, acompanha-nos hoje nas nossas preocupações. Nós procuramos ir ao encontro desse peregrino que vem. A verdade é, também, que procuramos ir sempre mais além. Percebemos, por exemplo, que a nível intelectual, a nível cultural, há ainda uma certa resistência a Fátima. Por isso, temos trabalhado essa dimensão, temos procurado que a nossa reflexão, que a nossa oferta, procure também atingir outras dimensões que habitualmente não estão contempladas. Nesse sentido, temos procurado alargar o nosso horizonte, que Fátima tenha também essa dimensão, essa vertente cultural que era menos valorizado.
Nós nunca abandonamos a dimensão da Fátima popular, no sentido que o peregrino é o grande protagonista de Fátima. |
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AE - A dimensão estética tem sido importante… CC - A dimensão estética tem sido uma área preferencial de atuação. Por um lado, porque há toda a importância iconográfica, todo o simbolismo ligado ao que nós bebemos e sentimos, do ponto de vista estético. Por outro lado, essa dimensão da arte é significativa quer na dimensão de Fátima quer na dimensão mais cultural de que agora falávamos.
AE - Há que potenciar também um espaço como os Valinhos? CC - Esse é um espaço que esteve |
sempre presente, que o Santuário tem procurado valorizar e que pouco a pouco vai sendo descoberto. Já são muitos os peregrinos que procuram fazer o caminho dos peregrinos, o percurso da Via-Sacra, que procuram os Valinhos, que visitam Aljustrel. Eles mesmo vão descobrindo essa outra dimensão. Da nossa parte, como Santuário, a preocupação tem sido não apenas criar boas condições físicas mas também, tanto quanto possível, divulgar esses espaços como espaços complementares, de contacto com a natureza, como espaços de silêncio, para uma outra experiência de Fátima.
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AE - Que desafios se colocam para o pós-centenário? CC - A nossa grande preocupação em relação ao pós-centenário, ou melhor, ao pós-2017, é continuarmos esta dinâmica que iniciamos nestes 7 anos de preparação e vivência do Centenário das Aparições. Quer isto dizer que pretendemos valorizar o facto do Centenário - por isso é que tenho dificuldades em falar num pós-centenário. A partir daqui, nós vamos estar a festejar o centenário de uma série |
de outros acontecimentos, vamos estar ainda em ambiente festivo de centenário. Pretendemos, antes de mais, prolongar a festa, prolongar esta dinâmica de vivência festiva do Centenário das Aparições. Neste sentido, queremos aproveitar o dinamismo destes anos, prolongando algumas das suas ações, mas também fazendo novas propostas, que ainda estão a ser trabalhadas, para que a vinda a Fátima tenha sempre aspeto de novidade, tenha sempre algo novo a oferecer. |
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Casa Nossa Senhora do CarmoA noite do dia 12 marca a primeira intervenção pública do Papa que dirige uma saudação aos peregrinos pelas 21h30. Será pouco antes da bênção das velas, na Capelinha das Aparições, à qual se segue a recitação do Rosário. A Casa de Nossa Senhora do Carmo volta a acolher um Papa, depois de Paulo VI, João Paulo II e de Bento XVI, também Francisco ali irá repousar na noite de 12 para 13.
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Altar do recinto de oraçãoNo dia 13, Francisco começa o dia na Casa de Nossa Senhora do Carmo com uma receção ao primeiro ministro português António Costa. Depois dirige-se para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário para visitar os túmulos dos videntes das aparições. A Eucaristia decorre no altar do recinto, um espaço agora renovado.
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Fátima 2017: Santuário preparado para acolher «em segurança» um milhão de pessoas |
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O reitor do Santuário de Fátima disse hoje que tudo está preparado para acolher “em segurança” o Papa Francisco, nos dias 12 e 13 de maio, por ocasião da comemoração do Centenário das Aparições. Numa conferência de imprensa, o padre Carlos Cabecinhas fez |
o ponto da situação, a cerca de um mês da peregrinação de 12 e 13 de maio, e salientou que estão reunidas as condições para dizer que “Fátima é um local seguro” e “uma cidade de paz”. As informações sobre a preparação em curso para a celebração do |
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Centenário das Aparições com a presença do Papa Francisco, em maio, foram prestadas pelo reitor do Santuário de Fátima, o presidente da Câmara Municipal de Ourem, Paulo Fonseca, major Bruno Marques, porta-voz da Guarda Nacional Republicana, e o coronel Albino Tavares, da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Na sessão no Centro Pastoral Paulo VI, o presidente da Câmara Municipal de Ourém frisou que “tudo está garantido, do ponto de vista da segurança e da proteção civil, do acolhimento” e disse estar empenhado em “mostrar ao mundo uma imagem positiva e de qualidade de Fátima, da região e do país”, e ao mesmo tempo contribuir para a difusão da “mensagem de Fátima”. Paulo Fonseca adiantou que os peregrinos vão ter à sua disposição um “gabinete de apoio ao peregrino”, que funcionará junto ao posto de turismo de Fátima, e um espaço para acolher os campistas que queiram montar as suas tendas na Cova da Iria, que ficará localizado junto ao campo de jogos do Grupo Desportivo de Fátima. Os campistas terão acesso a casas de banho móveis, a chuveiros e a apoio de segurança por parte da GNR. A Guarda Nacional Republicana, |
através do major Bruno Marques, e a Autoridade Nacional de Proteção Civil, pelo coronel Albino Tavares, destacaram uma “operação de larga escala”, envolvendo a segurança do Papa Francisco, dos peregrinos e demais habitantes da região, e que se estenderá a distritos como Lisboa, Coimbra, Castelo Branco e Santarém. De acordo com o major Bruno Marques, estará no terreno “uma força multidisciplinar capaz de prevenir ou cessar qualquer atividade ilícita” e ao mesmo tempo preparada para prestar auxílio a quem mais precise. O dispositivo da GNR estará a trabalhar de forma mais efetiva no terreno entre os dias 1 e 14 de maio, nomeadamente na atenção aos peregrinos a pé, com ações de sensibilizarão e apoio. O major Bruno Marques realçou a importância dos peregrinos a pé “evitarem estradas mais movimentadas e apostarem nos percursos pedestres, usarem roupas claras, coletes refletores e caminharem em fila indiana”. Uma vez dentro do recinto, os peregrinos são aconselhados a não deixarem objetos de valor dentro das viaturas nem os levarem consigo para dentro do recinto, por motivos de segurança. |
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Fátima 2017: Câmara prepara 20 bolsas de estacionamento em zonas próximas do Santuário |
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O presidente da Câmara Municipal de Ourém disse hoje, em Fátima, que vão estar disponíveis 20 bolsas de estacionamento para os peregrinos que se desloquem de carro para a peregrinação de 12 e 13 de maio. Paulo Fonseca referiu em conferência de imprensa que os locais para |
parquear os carros ligeiros estão localizados nas zonas limítrofes do Santuário de Fátima, representam um acréscimo de cerca de 18 mil lugares e o transporte dos peregrinos dos estacionamentos para o recinto de oração é assegurado por uma rede autocarros. De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Ourém, vão |
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estar à disposição das pessoas que deixarem os carros nas 20 bolsas de estacionamento 75 autocarros “a funcionar em permanência”, durante a duração das comemorações, inclusivamente para quem chegar de transportes públicos, através da CP ou da Rodoviária Nacional. “Cada automobilista receberá uma senha com a cor da sua linha e o número da bolsa de estacionamento onde deixou a viatura”, salientou Paulo Fonseca, acrescentando que o “mapa” com todas essas indicações será divulgado em breve, através de flyers e de várias ferramentas online. Uma das bolsas, que terá o número 12 e ficará situada ao lado do Centro Paulo VI, junto ao recinto do |
Santuário, será reservada para viaturas de pessoas com mobilidade reduzida. Vão ser ainda disponibilizados outros três parques reservados exclusivamente para viaturas pesadas, nomeadamente autocarros. A preparação da peregrinação de 12 e 13 de maio, que celebra o Centenário das Aparições de Fátima com a presença do Papa Francisco, está a ser desenvolvida pela Autoridade Nacional da Proteção Civil, a Câmara Municipal de Ourém, a Guarda Nacional Republicana e o Santuário de Fátima, que hoje apresentaram os trabalhos em curso, em conferência de imprensa realizada no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima. |
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Fátima 2017: Festa do centenário ultrapassa o recinto de oração do Santuário |
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O reitor do Santuário de Fátima afirmou hoje que a festa do centenário das aparições nos dias 12 e 13 de maio, com a presença do Papa Francisco, vai ultrapassar o do recinto da Cova da Iria. “Na chegada do Papa, na tarde do dia 12 de maio, todos o que o desejarem são convidados a saudar o Papa, num gesto de acolhimento festivo, no percurso do Estádio Municipal ao Santuário”, disse o padre Carlos Cabecinhas. “Do mesmo modo, no início da tarde do dia 13, todos os que o desejarem terão oportunidade de se despedir do Papa que atravessará em veículo aberto a Avenida D. José Alves Correia da Silva, do Santuário para a rotunda norte”. A chegada do Papa está prevista para as 16h20 do dia 12 de maio, sendo esse também o início de todo o programa do Centenário. O reitor do Santuário de Fátima apresentou hoje em conferência de imprensa a preparação da peregrinação de 12 e 13 de maio, juntamente com a Autoridade |
Nacional da Proteção Civil, a Câmara Municipal de Ourém e a Guarda Nacional Republicana, responsáveis pela ‘Operação Fátima 2017’. Em declarações à comunicação social, o reitor do Santuário disse que “o recinto estará sempre aberto aos peregrinos, não fecha, não encerra, sendo sempre possível entrar e sair”. No entanto, referiu o padre Carlos Cabecinhas, “nem todos os peregrinos conseguirão entrar”, sendo que está prevista a presença de cerca de “um milhão de pessoas”. Para permitir uma participação aos peregrinos que não consigam estar no recindo do Santuário de Fátima, vão estar disponíveis vários ecrãs gigantes para acompanharem as celebrações. Dois desses ecrãs estarão localizados na Avenida D. José Alves Correia da Silva, um de cada lado da Basílica da Santíssima Trindade e outros dois ficarão instalados na Praça Padre Kondor e na Rua Francisco Marto, em Fátima De acordo com o presidente da CM de Ourém, brevemente vão ser divulgadas mais informações |
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relacionadas com a operação prevista para a comemoração do Centenário das Aparições de Fátima, estando a ser preparado também o lançamento de uma aplicação móvel que vai permitir o acesso a mais conteúdos |
relacionados com todo o evento. A celebração do Centenário das Aparições de Fátima vai decorrer no Santuário da Cova da Iria nos dias 12 e 13 de maio, com a presença do Papa Francisco. |
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Santuário lança linha de artigos
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O Santuário de Fátima desenvolveu uma linha de artigos, como t-shirts, bonés e lenços, com o símbolo e o tema da peregrinação de 12 e 13 de maio, que vai ser presidida pelo Papa Francisco no Centenário das Aparições na Cova da Iria. São t-shirts, bonés, panamás, lenços para os ombros e outros mais pequenos, para o “adeus à Virgem” |
na procissão final, que o Santuário de Fátima preparou para o Centenário das Aparições de Nossa Senhora, com o símbolo e o tema da peregrinação de 12 e 13 de maio. O sítio da internet do Santuário de Fátima dedicado à visita do Papa Francisco informa que a nova linha de produtos surgiu do “interesse manifestado” por peregrinos, |
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paróquias e várias instituições. As peças são todas de cor branca e já estão disponíveis na loja de artigos religiosos do santuário. As t-shirts têm na frente o símbolo da visita Papal e do centenário e nas costas o tema da peregrinação ‘Com Maria, Peregrino na Esperança e na Paz’. O lenço para ser usado nos ombros tem uma forma triangular e o mais pequeno para o “adeus” é quadrado, adianta ainda o sítio online do Santuário de Fátima dedicado |
à visita do Papa Francisco que divulga mais informações sobre tamanhos, preços e encomendas. O pontífice argentino preside à primeira Peregrinação Internacional do Centenário das Aparições, nos dias 12 e 13 de maio no Santuário de Fátima, onde irá como peregrino. Segundo o programa, o Papa Francisco vai passar 22 horas em Portugal, com três celebrações na Cova da Iria, encontros privados com autoridades políticas e bispos católicos |
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Hino da visita do Papa
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O hino da visita do Papa Francisco a Portugal, a 12 e 13 de maio, conta com mais de um milhão de visualizações na página do Santuário de Fátima na rede social Facebook, informou a instituição. O Santuário de Fátima divulga que |
para além das visualizações nas redes sociais, o hino ‘Deus em mim’, para a visita do Papa, tem mais de “20 500 visualizações” no site dedicado à visita de Francisco à Cova da Iria. O destaque para o maior número |
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de observações foi no dia seguinte à divulgação e quando foi anunciado o programa da visita, respetivamente dias 13 e 20 de março, com 3193 visualizações e 3132. O hino foi lançado no dia 12 de março, a dois meses da chegada do pontífice, e desde essa data teve “mais de um milhão de visualizações” na página do Santuário de Fátima na rede social Facebook. Já no canal do santuário mariano no Youtube, o vídeo do hino foi visto cerca de 14 mil e 100 vezes; no canal da Agência ECCLESIA, o mesmo vídeo foi visto por 41 mil vezes. ‘Deus em mim’ criado especialmente para a Peregrinação do Papa Francisco a Fátima nos dias 12 e 13 de maio e a letra é da autoria do padre José |
Tolentino Mendonça. O hino foi musicado por João Gil que escolheu o grupo de jovens ‘Vocal Emotion’ para a interpretação, informa o Santuário de Fátima. O videoclipe do tema divulgado a 12 de março foi filmado no ambiente de Fátima e produzido pela Agência ECCLESIA. ‘Com Maria peregrino na esperança e na paz’ é o lema da visita do pontífice argentino ao Santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 de maio, pelo Centenário das Aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos. Segundo o programa da viagem, o Papa Francisco vai passar cerca de 23 horas em Portugal, com três celebrações na Cova da Iria, encontros privados com autoridades políticas e bispos católicos |
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Consolata Museu desafia visitantes
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O Consolata Museu - Arte Sacra e Etnologia (MASE), em Fátima, está a desafiar os visitantes a escreverem uma mensagem ao Papa Francisco, no contexto da sua vinda a Portugal, por ocasião do Centenário das Aparições. Em entrevista à Agência ECCLESIA, o diretor do MASE, Gonçalo Cardoso, explicou que “a ideia surgiu do Instituto Missionário da Consolata, do qual o museu depende” e já atraiu a participação de inúmeros visitantes, “de várias partes do mundo”. Na capela do centro missionário Allamano, situada no fim do percurso temático do museu, estão três painéis em linho onde as pessoas podem escrever uma saudação especial ao Papa Francisco. Nos referidos painéis estão saudações em português e também nas mais variadas línguas, de visitantes provenientes de todos os continentes, com destaque para África (Quénia, por exemplo), Ásia (Indonésia) e América. Quanto ao território americano, encontramos não só saudações da terra natal do Papa Francisco, a |
Argentina, mas também da Colômbia, da Costa Rica, do Peru e do Brasil. “São mensagens que mostram a proximidade e a empatia q eu o Papa Francisco tem com as pessoas”, realçou Gonçalo Cardoso. Os painéis preenchidos pelos visitantes do MASE vão ser depois entregues ao Papa argentino durante a sua presença em Portugal, entre os dias 12 e 13 de maio, para presidir às celebrações do Centenário das Aparições, no Santuário de Fátima. “Os pormenores da entrega estão a ser tratados com a tutela dos Missionários da Consolata”, que determinarão qual o melhor “momento”, salientou o diretor do Consolata Museu - Arte Sacra e Etnologia. |
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Diocese de Leiria-Fátima publica livro sobre as Aparições e a vida dos Pastorinhos |
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A Diocese de Leiria-Fátima publicou um livro sobre as Aparições de Fátima e a vida dos três pastorinhos, Francisco, Jacinta e Lúcia, no contexto do Centenário que vai ser assinalado nos dias 12 e 13 de maio. De acordo com o jornal diocesano ‘Presente’, a obra “reúne as narrativas dos três ciclos das Aparições de Fátima”. Desde “as aparições do anjo, em 1916”, as de “Nossa Senhora aos três Pastorinhos”, entre maio e outubro de 1917, e as que foram posteriormente relatadas “pela Irmã Lúcia em Espanha (Pontevedra e Tuy), em 1925, 1926 e 1929”. O livro editado agora pela Diocese de Leiria inclui também “textos sobre a vida e a espiritualidade” de Francisco, Jacinta e Lúcia. Recorde-se que os dois primeiros pastorinhos e videntes de Fátima, dois irmãos, primos de Lúcia, que faleceram poucos anos depois das aparições na Cova da Iria, vão ser canonizados em breve pela Igreja Católica. No mês de março, o Papa Francisco aprovou o milagre que era necessário para a canonização das duas crianças, que já haviam sido beatificadas a 13 |
de maio de 2000, por João Paulo II. Esta edição do livro ‘As aparições de Fátima e a vida dos pastorinhos’ conta para já com cerca de 40 mil exemplares, “que serão oferecidos em muitas paróquias na próxima visita pascal”, refere o jornal ‘Presente’. Quem quiser poderá ainda “adquirir este livrinho, ao preço de 50 cêntimos, na Gráfica de Leiria ou na Livraria do Santuário de Fátima”. |
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D. Carlos Azevedo escreve livro sobre Fátima com informações do Arquivo Secreto do Vaticano |
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D. Carlos Azevedo, delegado do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé), vai apresentar o seu livro ‘Fátima - das Visões dos Pastorinhos à Visão Cristã’, que tem “informação inédita” |
do Arquivo Secreto do Vaticano, às 18h30 de 18 de abril, no Porto. No comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a editora Esfera dos Livros informa que o bispo português |
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revela em ‘Fátima - das Visões dos Pastorinhos à Visão Cristã’ o “processo da escolha do primeiro bispo da diocese de Leiria” e apresenta “novos dados” sobre a política portuguesa entre 1917 e 1930. D. Carlos Azevedo é delegado do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé) e vive em Roma onde aproveitou para fazer uma “importante consulta” no Archivio Segreto Vaticano. O coordenador do Departamento dos Bens Culturais, no Vaticano, escreve sobre personagens essenciais a Fátima, nomeadamente os três pastorinhos, o padre Manuel Formigão e o D. José Correia da Silva. Segundo a editora, a nova publicação é uma “releitura crítica” sobre o fenómeno das aparições na Cova da Iria, de que se celebram 100 anos nos próximos 12 e 13 de maio, a partir da situação sociocultural de Portugal e da Europa e da “realidade familiar e psicológica das personalidades envolvidas”. A obra agora publicada é proposta de leitura que “une o conhecimento das fontes com uma visão cristã” de um fenómeno religioso de origem popular, “sucessivamente apropriado e relido, reinterpretado ao compasso da história e sempre aberto no horizonte do futuro”, explica a Esfera dos Livros. |
‘Fátima - das Visões dos Pastorinhos à Visão Cristã’ vai ser apresentado pelo diretor-adjunto da Faculdade de Teologia – Porto, da Universidade Católica Portuguesa, o padre Adélio Abreu, a partir das 18h30, de 18 de abril, no auditório da igreja de Nossa Senhora da Conceição, na cidade do Porto. A editora Esfera dos Livros destaca ainda que 100 anos depois, Fátima “mantém um notável impacto”, não só devido à autenticidade simples e infantil dos seus inícios, mas “à capacidade que tiveram os mediadores dos factos e da mensagem”. |
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O Desafio do Desenvolvimento |
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A luta e o combate à pobreza são uma das primordiais tarefas que os denominados países desenvolvidos devem colocar nas suas agendas. É através de políticas de desenvolvimento sustentável, mesmo em tempos de crise económica, que as referidas nações têm uma responsabilidade enorme para contribuir com atos concretos e medidas pró-ativas de erradicação da pobreza a nível mundial. É com este mote que esta semana apresento um projeto que atua precisamente no sentido de promover a “coerência das políticas para o desenvolvimento através da sensibilização e mobilização de decisores políticos, funcionários públicos, ONGD e público em geral”. Com o objetivo de “promover a melhoria da eficiência, da coerência e da visibilidade das políticas externas dos governos e da União Europeia, pretende-se (…), denunciar as incoerências das políticas e propor alternativas de ação, de modo a contribuir para as metas estabelecidas nos Objetivos de Desenvolvimento do |
Milénio (…) com o fim último de reduzir a pobreza mundial.” Ao digitarmos o endereço www.coerencia.pt, abrimos um ambiente virtual graficamente bem produzido e que pretende, acima de tudo, informar quem por lá passa. Em “sobre nós” fica a conhecer um pouco melhor todos os aspetos que compõem este projeto. Quem são os órgãos sociais que o compõem, qual o plano estratégico, quais os seus estatutos, quem são os parceiros de desenvolvimento, qual a sua missão e valores e ainda consultar os relatórios e modelos de gestão. Quando clicamos em “O nosso trabalho” percebemos facilmente a riqueza e as potencialidades adjacentes a este projeto. Primeiro identifica-se o caracter inovador presente. Pois foi criada uma série de desenhos animados intitulada “Tenho direitos! Dás-me direitos?”, foi produzido um caderno sobre políticas de saúde em Angola, foi ainda realizado um conjunto de formações em pedagogia de Educação de Infância na província do Niassa, entre outras ideias que pode facilmente consultar. |
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Por outro lado, pode ainda descobrir que em Angola foram formados 500 líderes para documentarem e monitorizarem violações de Direitos Humanos, na Guiné-Bissau 637 professores do 3º ciclo e do Ensino Básico e Secundário realizaram formação, em Moçambique 220 jovens foram formados em desenvolvimento humano integral e em empreendedorismo e também em Portugal formaram-se 63 voluntários antes da partida em missão. Na opção recursos dispomos de várias opções que nos orientam melhor na senda da descoberta deste projeto. É então que podemos aceder aos |
recursos pedagógicos, com manuais, kits e outros conteúdos, podemos também consultar os diversos estudos que foram produzidos nos mais variados países lusófonos. Os documentários que aí estão disponíveis são também outra forma de nos inteirarmos melhor. Por último em “tempos litúrgicos”, são sugeridas várias propostas de caminhadas para os diversos ritmos da nossa liturgia. Aqui fica então a sugestão pois aqui encontramos “uma boa oportunidade de pormos coerentemente em prática a nossa cidadania participativa”. Fernando Cassola Marques |
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TEDx Talks |
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Há ideias que são para ser disseminadas, partilhadas. Uma boa ideia partilhada pode mudar a vida de muita gente. Hoje trago uma plataforma de vídeos que inspiram milhares e milhares de pessoas: o TED.COM! TED, sigla de Technology, Entertainment, Design; em português: Tecnologia, Entretenimento, Design. TED é uma organização sem fins lucrativos dedicada ao tema ‘Ideas Worth Spreading’ (ideias que vale a pena partilhar). Teve o seu início na Califórnia há 30 anos como um ciclo de conferências de quatro dias, da responsabilidade da fundação Sapling. As conferências tinham e têm a duração de 18 minutos ou menos, havendo algumas exceções. Inicialmente os temas abordamos era sobre tecnologia, entretenimento e design. Nos dias de hoje não se restringe aos temas inicialmente propostos. Hoje tem como objetivo servir como um grande fomentador de ideias e soluções para a sociedade mundial. A maioria destas apresentações são disponibilizadas gratuitamente online, em TED.com. |
As conferências podem ser assistidas online ou podemos fazer o download, legendadas, em português inclusivé. Para ganhar mais visibilidade e alcançar um público maior o TED foi desmembrado em quatro ações: TED Conference, TED Prize, TED Talks e TEDx. No espírito das ideias que vale a pena partilhar, TEDx é um programa de eventos locais e auto-organizados que reúnem pessoas para partilhar uma experiência semelhante ao TED. Estes eventos auto-organizados são denominados TEDx, onde x = evento TED organizado de forma independente. A Conferência TED providencia apoio geral ao programa TEDx mas os eventos TEDx são auto-organizados (sujeitos a certas regras e regulamentos). O primeiro TEDx organizado na língua portuguesa foi o TEDxEdges a 18 |
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de setembro de 2009, em Lisboa. Tendo sido das primeiras conferências TED na Europa, o nome derivou do facto de Portugal ser um país periférico da Europa (“at the Edge of Europe”). Desde então, a experiência TED tem sido promovida de forma crescente nas várias cidades portuguesas. Partilho um TED sobre a educação. Estar atento ao indivíduo, ao aluno, às suas necessidades, intitulado “Toda criança precisa de um campeão”, de Rita Pierson. |
Interpelar para ser interpelados. Disseminar para contagiar. Contagiar com ideias que valem a pena ser partilhadas.
Uma Santa Páscoa!
Bento Oliveira http://www.imissio.net |
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Abril 2017 |
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Dia 07 de abril- Évora: Dia Diocesano da Juventude;
- Santarém: Conferência sobre «E agora... a Pobreza»
- Apresentação da obra «Peregrinos»,
- Santarém: Conferência sobre «A iconografia da Virgem de Fátima»
- Seia: Conferência sobre «Viver a arriscar a vida - Perder para ganhar»
Dia 08 de abril- Conferência sobre «Esta certeza de que somos filhos» pelo padre jesuíta José Frazão nas Monjas Dominicanas no Lumiar, em Lisboa; |
- Porto Dia Diocesano da Juventude com peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Santo Tirso; - Braga: Campanha solidária de angariação de bens da Pastoral Universitária para apoiar os estudantes universitários abrangidos pelo «Projeto Mais Integração»; - Braga: Encenação da «Paixão de Cristo em Tadim, 21h30;
Dia 09 de abril
- Conferência sobre «Maria, Estrela da Evangelização»
- Jornada Mundial da Juventude (nível diocesano)
- Celebrações dominicais regressam ao Altar do Recinto em Fátima
- Apresentação do primeiro volume da coleção «A Bíblia em verso» |
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- Encenação da «Paixão de Jesus segundo São Mateus» a partir das 21h00, na cidade da Guarda;
- Braga: Meditação sobre «As 7 Últimas Palavras de Cristo na Cruz» - Encontro Nacional de Catequese em Santarém com o tema «Família - sujeito ativo de Catequese», até 12 de abril;
Dia 10 de abril- Media: Rádio Renascença comemora 80 anos; - Sessão do curso «grandes correntes da ética ocidental» às 18h15na Capela do Rato, em Lisboa; - Tertúlia sobre «superar as crises na família com amor» às 21h30, na Paróquia Nossa Senhora da Areosa, no Porto; - Braga: Peregrinação da Semana Santa a Santiago de Compostela promovida pela Pastoral Universitária, até 15 de abril;
Dia 11 de abril- Porto: Inauguração da capela do Colégio de Gaia por D. António Francisco Santos, às 11h00; |
- Aveiro: Município dinamiza visita ao «Crucifixo de Cristo» que muda de expressão, às 18h30, no Museu de Aveiro/Santa Joana; - Funchal: Conferência sobre «Quem é a Igreja?» pelo padre Toni Sousa, às 19h30, na Escola Teológica;
Dia 12 de abril- Leiria: Exibição do musical «Jesus Christ Super Star», no Auditório Paroquial de Santa Eufémia, até 14 de abril;
Dia 13 de abril- Papa vai presidir a «lava-pés» de Quinta-feira Santa num centro de detenção italiano, na Casa de Reclusão de Paliano, na Província de Frosinone e Diocese de Palestrina; - Bragança-Miranda: Pastoral Juvenil e Vocacional propõe «uma direta com Deus» atividade nas comunidades até 14 de abril; |
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- Este sábado, dia 8, assinala-se o 32.º Dia Mundial da Juventude, com um conjunto de iniciativas quer no Vaticano quer nas dioceses de todo o mundo. Évora e Porto são apenas alguns exemplos dos locais onde os jovens se vão juntar. Em Roma, o Papa Francisco vai rezar com os mais novos numa vigília na Basílica de Santa Maria Maior.
- A Diocese da Guarda acolhe no dia 9 de abril, a partir das 21h00, uma encenação da ‘Paixão de Jesus’ em cinco espaços da cidade, entre a Sé e a Torre de Menagem. Uma iniciativa que contará com a participação de cerca de 250 atores amadores “trajados à época”.
- A Rádio Renascença assinala 80 anos de emissões, no dia 10 de abril, um projeto desencadeado por iniciativa do monsenhor Lopes da Cruz e com o apoio do então cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira.
- No dia 13 o Papa Francisco preside à celebração de «lava-pés» com alguns presos na Casa de Reclusão de Paliano. Esta cerimónia marca a quinta-feira santa e dá início às celebrações do Tríduo pascal. Esta vai ser a terceira vez que Francisco celebra este rito com presos, depois da cerimónia na igreja do complexo prisional de Redibia, em 2015, em Roma, onde lavou os pés a 12 pessoas - seis homens e seis mulheres - e também a uma criança que estava no colo da mãe. |
Programação religiosa nos media |
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Antena 1, 8h00 RTP1, 10h30 Transmissão da missa dominical
11h00 - Transmissão missa
Domingo: 10h00 - Porta Aberta; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Entrevista de Aura Miguel
Segunda-feira: 12h00 - Informação religiosa
Diariamente 18h30 - Terço
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![]() RTP2, 13h00Domingo, 09 de abril, 13h30 - Escutar, acolher e acompanhar: três verbos a conjugar com os jovens
Segunda-feira, dia 10, 15h00 - Entrevista ao padre Américo Aguiar, sobre os 80 anos da Rádio Renascença.
Terça-feira, dia 11, 15h00 - Informação e entrevista a Ana Catarina André e Sara Capelo sobre o livro Peregrinos.
Quarta-feira, dia 12, 15h00 - Informação e entrevista a José Manuel Pimenta, sobre o turismo religioso em Lisboa.
Quinta-feira, dia 13, 15h00 - Informação e entrevista sobre o Tríduo Pascal
Sexta-feira, dia 14, 15h00 - Entrevista sobre o sentido da cruz.
Antena 1
Domingo, 9 de abril - Por ocasião de um ano da carta apostólica «A Alegria do Amor», escrita pelo Papa Francisco, olhamos para os desafios pastorais com a ajuda do sacerdote jesuíta Miguel Almeida.
Segunda a Sexta-feira, 10 a 14 de abril – Tradições e propostas para a Semana Santa no Sardoal; com o grupo Gólgota em Santa Maria da Feira, Missão Páscoa + Jovem com as Irmãs Doroteias, os cânticos da Amentação das Almas em Seia e encenações em Idanha.
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Ano A – Domingo de Ramos |
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Apaixonados pela Cruz de Cristo |
A liturgia deste último domingo da Quaresma, Domingo de Ramos, convida-nos a contemplar Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, Se fez servo dos homens, Se deixou morrer para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A Cruz está no centro da liturgia deste domingo; apresenta-nos a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor. As celebrações deste dia estão plenas de simbolismo, mas é sobretudo a Palavra de Deus que deve marcar o andamento do nosso celebrar, em particular o longo texto do Evangelho da Paixão. Aí somos convidados a contemplar a Paixão e Morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na Cruz, revela-se o amor de Deus, esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total. Jesus quis repartir connosco essa vida plena até ao fim dos tempos: eis a mais espantosa história de amor que é possível contar, a boa notícia que enche de alegria o coração dos crentes. Contemplar a Cruz significa assumir a mesma entrega de Jesus e solidarizar-se com aqueles que são crucificados neste mundo: os que sofrem violência, os que são explorados, os que são excluídos e descartados, os que são privados de direitos e de dignidade. Olhar a Cruz de Jesus significa denunciar tudo o que gera ódio, divisão, medo, em termos de estruturas, valores, práticas, ideologias; significa evitar que os homens continuem a crucificar outros homens; significa |
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aprender com Jesus a entregar a vida por amor. Viver deste modo pode conduzir à morte, mas o cristão sabe que amar como Jesus é viver a partir de uma dinâmica que a morte não pode vencer: o amor gera vida nova e introduz na nossa carne os dinamismos da ressurreição. A Cruz é símbolo da vida como paixão. Jesus foi um apaixonado. Uma só coisa contava para Ele: salvar a humanidade, arrancando-a do egoísmo, da violência, do orgulho, da riqueza, da idolatria, de tudo o que leva à morte e à infelicidade, para |
lhe propor o serviço, o acolhimento, o perdão, tudo o que leva à vida e à felicidade, em suma, ao Amor. Durante a Semana Santa, ergamos os olhos para Cristo na sua Paixão por Deus seu Pai, na sua paixão pela Humanidade, para que nós sejamos também apaixonados pela Cruz de Cristo, na plenitude do Amor de Deus. Conduzidos pela Palavra, vivamos a Semana Santa como Santa Semana do Amor de Deus por nós. Aí está a essência da vida cristã.
Manuel Barbosa, scj www.dehonianos.org |
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Falta de água está a provocar uma crise terrível na EtiópiaMorrer de fome |
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Milhões de pessoas estão em risco na Etiópia. A falta de água está a matar este país. Apesar de todos os avisos, de todos os alertas, a comunidade internacional parece desinteressar-se pelo drama de tantos homens, mulheres e crianças. A Fundação AIS lançou uma campanha, nesta Quaresma, em favor de África. Para a Etiópia, para a Igreja na Etiópia, essa ajuda pode significar a diferença entre a vida e a morte… Na Etiópia, os poços estão secos, os riachos transformaram-se em riscos sinuosos de terra encarquilhada e as torneiras há muito que são desnecessárias. Há muitos anos que não se via algo assim. Só os mais velhos é que se lembram da temível seca que varreu o país em 1984, provocando a morte a mais de um milhão de pessoas. Três décadas depois, os etíopes voltam a viver o mesmo drama. A fome é uma ameaça concreta para 10 milhões de pessoas. Mais de 400 mil crianças e jovens estão já gravemente subnutridos e precisam de tratamento médico urgente. Cada dia que passa, a ameaça é maior. O padre Christopher Hartley vive desde 2008 em Gode, |
numa vasta região entre a Etiópia e a Somália. Em Março, este missionário espanhol promoveu uma jornada de oração em favor das populações flageladas pela seca, ameaçadas pela fome. Na ocasião, este sacerdote lembrou, a nós, que “temos água, remédios, alimentos”, que ali, na Etiópia, “milhares de pessoas morrem porque não têm sequer um copo de água”. É difícil imaginar um país assim tolhido pela seca, com uma paisagem tão dura, com animais mortos ao longo das estradas, campos ressequidos e pessoas que não resistem à fome nem às doenças. Luta contra o tempo Há cada vez mais notícias de crianças que tiveram até de deixar a escola pois estão tão fracas que não conseguem fazer-se ao caminho para lá chegar. Hagosa Gebru tem nove filhos. A comida, lá em casa, está a ser racionada e um dos seus filhos deixou também de ir à escola. “Ele já não aguenta fazer um caminho tão longo”, desabafa esta mãe que se diz impotente perante uma tragédia desta dimensão. Que pode ela fazer? Tsega Aregawi tem oito filhos. Um deles é ainda bebé. “Nunca vi uma seca |
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como esta em dias da minha vida. Até agora, conseguimos sobreviver comendo cactos selvagens. Mas agora também esta comida secou. Tenho medo do que possa acontecer se o governo e as agências de socorro não nos ajudarem.” Ajudar é a palavra de ordem. A Igreja concebeu já um plano de emergência. Mas a própria vida da igreja tem vindo a ser afectada pela seca. Não foram apenas as escolas que passaram a ficar longe de mais das crianças. Também muitos fiéis deixaram de assistir à missa aos domingos, pois tornou-se impossível fazerem caminhadas de três ou |
quatro horas até à igreja mais próxima. Estão todos cada vez mais fracos, mais doentes. Esta é uma luta contra o tempo. Na Etiópia, a seca extrema está a conduzir o país para a mais absoluta pobreza. Hagosa Gebru e Tsega Aregawi são duas mães desesperadas, de mãos vazias, que não sabem mais como calar o choro dos seus filhos. “Tinha fome, e deste-me de comer. Tinha sede e deste-me de beber…” Nesta Quaresma, a Fundação AIS lançou uma campanha de emergência para África. Vamos ajudar? Paulo Aido | www.fundacao-ais.pt |
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Às portas da Visita do Papa Francisco, Regresso á ‘Laudato Si’ |
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Tony Neves |
O Papa Francisco brinda Fátima com uma visita Pastoral a 12 e 13 de Maio. Uma das imagens de marca é a sua perspetiva de ecologia integral gravada nas páginas densas e intensas da encíclica ‘Laudato Si’, publicada no dia de Pentecostes de 2015. Vou limitar-me a fazer alguns recortes onde destaco o que de mais corajoso e inovador propõe o Papa. É um documento que pretende abrir um diálogo alargado sobre a urgência de amar e cuidar da casa comum que é a Terra. Diz: ‘Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou’ (nº2). Há eixos que atravessam toda a encíclica: ‘a relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta, a convicção de que tudo está estreitamente interligado no mundo, a crítica do novo paradigma e das formas de poder que derivam da tecnologia, o convite a procurar outras maneiras de entender a economia e o progresso, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a necessidade de debates sinceros e honestos, a grave responsabilidade da política internacional e local, a cultura do descartável e a proposta de um novo estilo de vida’ (nº 16). Contra a indiferença, Francisco quer dirigir-se a cada pessoa do planeta para entrar em diálogo com todos acerca desta casa comum. É urgente fazer uma mudança radical de comportamento, uma conversão ecológica global. Exigem-se ‘mudanças profundas nos estilos, nos modelos de produção |
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e consumo, nas estruturas consolidadas de poder, que hoje regem as sociedades’ (nº5). A preocupação ecológica é comum a todos, incluindo cientistas, filósofos, teólogos e organizações sociais. Há que proteger a Terra e unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral. O diálogo ajudará a encontrar caminhos. O Papa está preocupado com a fraqueza da reacção política internacional: ‘ a submissão da política à tecnologia e à finança demonstra-se na falência das cimeiras mundiais sobre o meio ambiente. Há demasiados interesses particulares e, com muita facilidade, o interesse económico chega a prevalecer sobre o bem comum’ (nº53). Francisco propõe uma ecologia integral que inclua claramente as dimensões humanas e sociais: ‘a imposição dum estilo hegemónico de vida ligado a um modo de produção pode ser tão nocivo como a alteração dos ecossistemas’ (nº144). Há que proteger as comunidades aborígenes. A falta de habitação é grave. Os fracos transportes públicos também |
prejudicam os mais pobres. O princípio do bem comum devia ser sempre respeitado, como forma de combate às desigualdades e à exclusão social que vitima milhões de pessoas. Há ainda a urgência de olhar para as gerações seguintes, pois a terra que recebemos pertence também áqueles que hão-de vir. O Papa cita os Bispos de Portugal: ‘o ambiente situa-se na lógica da recepção. É um empréstimo que cada geração recebe e deve transmitir à geração seguinte’ (nº159). Há que mudar o atual estilo de vida para um mais simples, mais fraterno. Não queremos ficar para a história como uma geração irresponsável, mas antes generosa e ecológica. Há que credibilizar a política. Caso contrário, ninguém confia em práticas políticas marcadas pela corrupção e falta de boas políticas públicas. O mundo precisa de mudar, abandonar o consumismo excessivo. A ecologia integral proposta pelo Papa ‘é feita de simples gestos quotidianos, pelos quais quebramos a lógica da violência, da exploração e do egoísmo’ (nº 230). Ao referir a civilização do amor, Francisco diz que o amor social é a chave para um desenvolvimento autêntico. |
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