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Paulo Rocha
20 - Semana de...
Lígia Silveira
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D. José Traquina
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Foto de capa: Patriarcado de Lisboa
Foto da contracapa: DR
AGÊNCIA ECCLESIA Diretor: Paulo Rocha | Chefe de Redação: Octávio Carmo Redação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira, Luís Filipe Santos, Sónia Neves Grafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana Gomes Propriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais Diretor: Padre Américo Aguiar Pessoa Coletiva nº 500966575, NIB: 0018 0000 10124457001 82. Redação e Administração: Quinta do Bom Pastor Estrada da Buraca, 8-12 1549-025 LISBOA Tel.: 218855472; Fax: 215849514. agencia@ecclesia.pt; www.agencia.ecclesia.pt;
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Lideranças |
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![]() Paulo Rocha Agência ECCLESIA |
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As instituições surgem no debate público com frequentes marcas de fragilidade diante da valorização progressiva de determinadas individualidades, mulheres e homens que se afirmam mais pelo que são e fazem do que pela moldura histórica que possam ocupar. No mundo associativo, nas estruturas religiosas e de forma geral nas hierarquias que continuam a organizar a sociedade, é comum encontrar referências relevantes em torno de personalidades que conquistam espaço nos vários palcos sociais e, por isso, transformam-se em referências das instituições a que estão ligados, mesmo que as intervenções realizadas raramente se distanciem da opinião pessoal e só com esforço possam conquistar outros vínculos. A procura de uma voz que represente a instituição mostra que a sua propalada fragilidade nem sempre corresponde à realidade, o que ainda mais se verifica quando se escolhem as respetivas lideranças. É assim nos partidos políticos, nas associações representativas dos diferentes setores da sociedade, também o religioso. |
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Basta acompanhar os tempos que antecedem eleições ou nomeações, os jogos de bastidores que o marcam, as tentativas de conquista de votos e o esforço por tornar agradáveis perfis e ideias pessoais. Assim, as instituições continuam, por um lado, a ser requisitadas como referências essenciais da sociedade e persegue-as a necessidade de oferecer, em cada tempo e em todos os contextos, um contributo relevante para a coisa pública e o bem comum; por outro, as lideranças institucionais encontram no valor da pessoa que as assumem o ambiente indicado para lutar contra a irrelevância a que podem estar sujeitas na organização que representam. É comum dizer-se que a Europa tem falta de líderes, que escasseiam vozes de comando, |
com ideias e programas que persigam o bem comum e consigam contagiar grupos, comunidades, países… Um problema que se coloca em todos os setores sociais, também o religioso. E, na salvaguarda do princípio da subsidiariedade, também a este nível, torna-se cada vez mais urgente trabalhar pela relevância das instituições e das suas lideranças, tanto a nível global, como nacional ou local. No que diz respeito especificamente à Igreja Católica, sabemos e acreditamos que todos os acontecimentos, nomeadamente as escolhas de lideranças, devem ser lidos do fim para o princípio, a partir do dinamismo da ressurreição. De facto, o que acontece não tem nas capacidades e habilidades humanas o fator decisivo, mas na força criadora de Deus, pelo Espírito Santo. Mas essa certeza não dispensa cada um da parte que lhe toca. |
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Buscas pela tripulação do submarino desaparecido na Patagónia, Argentina.
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“Portugal está no bom caminho. É isso mesmo. Temos de continuar este caminho tendo presente que é o único caminho que serve os portugueses" Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa - Lisboa, 22.11.2017
“Cada um terá os seus planos muito bem feitos, muito detalhados. Mas falo de tendências gerais: penso que a ideia que preside à ação do Presidente da República é a ideia de um Bloco Central” Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, em entrevista à Renascença/Público - 23.11.2017
“A data fixada para a mudança é 1 de janeiro de 2019. Temos um ano para em conjunto com o Infarmed e a Câmara do Porto encontrar as melhores soluções que permitam que o Infarmed mantenha a sua atividade sem nenhum tipo de desarticulação” Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde - Lisboa, 21.11.2017
"É uma matéria em que nós, mais uma vez, vemos uma decisão isolada e um pouco errática por parte do Governo" Assunção Cristas, presidente do CDS-PP, comentando mudança do Infarmed para o Porto - Lisboa, 22.11.2017
“O Partido Socialista quis alimentar o equívoco de como o tempo de congelamento das progressões seria contado para futuro, apenas para não ter de clarificar que foi o próprio Governo socialista em 2010 que determinou no Orçamento do Estado que esse tempo não contaria para futuro, quando as progressões fossem retomadas” Pedro Passos Coelho, presidente do PSD - Lisboa, 21.11.2017 |
A enciclopédia do catolicismo contemporâneo em Portugal |
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O presidente da República apresentou em Lisboa a obra ‘Portugal Católico – A beleza na diversidade’, realçando o papel do Cristianismo na construção do país e na resposta às crises mais riquezas. Marcelo Rebelo Sousa afirmou que o “Estado e a nação que devem muitíssimo ao Portugal cristão, ao Portugal católica”. A intervenção decorreu diante de centenas de pessoas reunidas na apresentação do livro, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa. O chefe de Estado sublinhou a presença dos católicos “nos momentos mais difíceis” das crises mais recentes, em particular no campo social, evocando 900 anos de história nos quais se “confundiu tantas e tantas vezes” com a história do Cristianismo na sociedade portuguesa. Rebelo de Sousa convidou a superar “complexos” em relação a estas histórias, valorizando sobretudo os momentos positivos. O livro é apresentado pelos responsáveis por esta edição como uma ‘enciclopédia’ que retrata o catolicismo no país contemporâneo, ao longo de 14 capítulos e 800 |
páginas, com diversos temas e autores. O cardeal-patriarca de Lisboa interveio na apresentação da obra ‘Portugal Católico’, falando de um título que só “aparentemente” é difícil, em particular na sua “conjugação”. D. Manuel Clemente sublinhou a “tensão criativa” entre catolicismo e sociedade na história portuguesa. “Toda a tradição católica vive desta tensão, conhecendo sucessivos movimentos de reforma que lhe lembram um Reino que não é deste mundo, como o próprio Cristo acentuou, mas que nem por isso quis fora do mundo”, referiu, retomando a reflexão apresentada no prelúdio da obra. José Carlos Seabra Pereira, um dos diretores da publicação, disse por sua vez que a obra que é agora lançada surge sem “atitude defensiva” ou pretensões “triunfalistas”. O livro ‘Portugal Católico’, que conta com o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa, apresenta 204 textos-síntese, de 190 autores, com uma “forte componente imagética”, fotos (aéreas e terrestres), gravuras, |
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e poemas de diversos autores portugueses. A publicação tem 14 capítulos que, simbolicamente, representam as 14 estações da Via-Sacra e as 14 Obras de Misericórdia. O historiador José Eduardo Franco, codiretor da obra, declarou que há o risco de conhecer religiões e povos “superficialmente”, sem “compreender a complexidade das realidades”. A sessão contou com a atuação dos artistas Rão Kyao, Cuca Roseta e Teresa Salgueiro, além de intervenções de Paulo Oliveira, |
presidente do Conselho de Administração do Círculo de Leitores, e Paulo Dias, reitor da Universidade Aberta. O prefácio é da autoria do presidente da República Portuguesa; o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, escreveu um prelúdio e é publicado um limiar do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres. Novas sessões de apresentação vão decorrer a 28 de novembro, no Porto, no Palacete Araújo Porto, pelas 17h30, e em Braga no dia 30, no Museu Pio XII, a partir das 21h15.
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Instituições católicas juntas por política global de solidariedade |
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A Cáritas Portuguesa associou-se a várias instituições para assinalar hoje, em Lisboa, o primeiro Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco. O bispo emérito de Beja, D. António Vitalino, apelou, durante a celebração, a um compromisso comum pelos pobres e de luta pela “justiça social”. “Lembremos aos poderosos deste mundo que façam uma política global de solidariedade, sobretudo a partir dos mais pobres, pensando na casa comum, no planeta terra”, disse o vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, na homilia da Missa que assinalou a celebração do I Dia Mundial dos Pobres, na igreja de São Roque. A Eucaristia reuniu representantes e pessoas apoiadas por organizações católicas de solidariedade, bem como figuras da sociedade portuguesa que se quiseram associar à iniciativa, como o selecionador nacional, Fernando Santos. O bispo emérito de Beja convidou os participantes a alterar “estilos de vida”, para que todos sejam “mais sóbrios e solidários”. “Não |
abandonemos a esperança, a justiça, o amor aos mais necessitados”, apelou D. António Vitalino, que assinalou ainda o encerramento da Semana dos Seminários, em Portugal. Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, interveio no início da Missa para sublinhar a importância de promover, na Igreja e na sociedade, os ideais de “partilha, comparticipação e responsabilidade comum”. “Estamos aqui para dizer aos nossos irmãos e irmãs mais pobres e excluídos que queremos partilhar a viagem da vida, caminhando simbolicamente com eles por algumas ruas de Lisboa, partilhando alimentos e afetos”, assinalou o responsável. Depois da Missa, os participantes seguiram em cortejo até à Ribeira das Naus, vestindo a camisola da iniciativa ‘Partilhar a Viagem’, também associada aos mais necessitados. |
O tempo dos leigos |
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O IV Encontro Nacional de Leigos, que decorreu este sábado em Viseu, deixou propostas de contemplação do universo, descoberta da beleza e encontro com a esperança. Paolo Galardi, artista e conselheiro espiritual do atelier de Teologia do Centro Aletti, em Roma, disse que esperança “não é otimismo” e não consiste em “ter sucesso”. “Na Igreja continuamos a esperar o sucesso, os números, o fruto das nossas obras. Esperamos que as nossas associações cresçam, esperamos que o nome de Cristo seja reconhecido nos nossos ambientes de trabalho”, alertou. A cosmologista Marisa Cristina March propôs uma redescoberta do universo a partir do significado que Deus lhe dá. “Nós não vivemos num universo estéril, vazio, solitário, vivemos num universo em que Deus entrou, em que Deus montou a Sua tenda connosco”. Para Cristina March, o universo “encontra o seu significado só em Deus” e cada pessoa encontra o seu “verdadeiro sentido e identidade em Deus”. O IV Encontro Nacional de Leigos decorreu em torno do tema “Este é o tempo”. O historiador e ensaísta |
francês François Huguenin afirmou no IV Encontro Nacional de Leigos, que decorreu em Viseu, que o cristão “não deve idolatrar nem desertar da política”, mas afirmar a possibilidade da dignidade humana para todos. François Huguenin participou num painel sobre o tema “O trabalho pela justiça e pela paz”, analisando o compromisso político que é pedido a todos os cristãos. Para o historiador, o cristianismo “inverte as posturas políticas de dominação” e não se afirma “contra a política no sentido em que reconhece o benefício da vida social e a necessidade de procurar um bem comum”. O ensaísta francês referiu-se também à "opção preferencial pelos pobres”, como definidora da das políticas do estado e dos “comportamentos dos cidadãos”, à defesa da vida, “quaisquer que sejam as condições da conceção”.
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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt
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Indiferença é o grande pecado
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O Papa Francisco denunciou no Vaticano a “indiferença” perante os problemas dos mais necessitados, considerando que esta omissão é “o grande pecado contra os pobres”. “É dizer: ‘Não me diz respeito, não é problema meu, é culpa da sociedade’. É passar ao largo quando o irmão está em necessidade, é mudar de canal, logo que um problema sério nos |
indispõe, é também indignar-se com o mal mas sem fazer nada. Deus, porém, não nos perguntará se sentimos justa indignação, mas se fizemos o bem”, advertiu, na homilia da Missa a que preside na Basílica de São Pedro, com milhares de pessoas necessitadas. Assinalando o I Dia Mundial dos Pobres, o Papa apelou à ação concreta em favor dos “irmãos mais |
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pequeninos”, dos que têm fome, os doentes, os estrangeiros, os presos, os necessitados e abandonados. “Nos seus rostos, podemos imaginar impresso o Seu rosto [de Jesus]; nos seus lábios, mesmo se fechados pela dor, as Suas palavras: «Isto é o meu corpo»”, acrescentou. Francisco começou por sublinhar a dimensão espiritual desta celebração, realçando que todos têm algo para dar e para receber. “Todos somos mendigos do essencial, do amor de Deus, que nos dá o sentido da vida e uma vida sem fim”, observou. O Papa desafiou os católicos a viver à imagem de Jesus Cristo, que “arrisca por amor, joga a vida pelos outros, não aceita deixar tudo como está”. A intervenção apresentou como “dever evangélico” cuidar dos pobres, o que significa “lutar contra todas as pobrezas, espirituais e materiais”. “Abeirar-nos de quem é mais pobre do que nós, tocará a nossa vida. Lembrar-nos-á aquilo que conta verdadeiramente: amar a Deus e ao próximo. Só isto dura para sempre, tudo o resto passa; por isso, o que investimos em amor permanece, o |
resto desaparece”, disse Francisco. O Papa afirmou ainda que, para o Céu, “não vale o que se tem, mas o que se dá”. “Que o Senhor, que tem compaixão das nossas pobrezas e nos reveste dos seus talentos, nos conceda a sabedoria de procurar o que conta e a coragem de amar, não com palavras, mas com obras”, concluiu. Na Basílica de São Pedro estiveram 4 mil pessoas pobres de Roma e de outras dioceses do mundo. Após a recitação do ângelus, pelo meio-dia da capital italiana, 1500 pessoas almoçaram com o Papa na sala Paulo VI e as outras 2500 foram acolhidas por refeitórios sociais, seminários e colégios da Igreja Católica de Roma para uma “almoço festivo”. |
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Papa aborda crise dos rohingya no Bangladesh e Mianmar
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O Papa Francisco vai reunir-se em privado com o comandante do Exército de Mianmar e com refugiados rohingya, no Bangladesh, anunciou o porta-voz do Vaticano. Greg Burke, diretor da sala de imprensa da Santa Sé, apresentou aos jornalistas o programa atualizado da viagem, que vai decorrer entre 26 de novembro e 2 de dezembro. Francisco vai reunir-se a 30 de novembro com o comandante do Exército, general Min Aung Hlaing, em Rangum. Um "pequeno grupo" de refugiados rohingya vai estar presente num encontro inter-religioso pela paz na capital de Bangladesh, Daca, na tarde de 1 de dezembro. O porta-voz do Vaticano adiantou que o Papa vai deslocar-se em carro fechado, não-blindado, nas suas deslocações nestes países, onde os cristãos são uma minoria (1,27% da população em Mianmar, 0,24% no Bangladesh). De acordo com o Alto Comissariado da ONU para os refugiados, cerca de 650 mil refugiados rohingya do Estado Rakhine, em Mianmar, fugiram para Bangladesh nos últimos meses. As duas nações estão no centro da |
crise humana que atinge a minoria rohingya, vistos pela população maioritariamente budista de Mianmar como imigrantes ilegais do Bangladesh, não lhes sendo reconhecida a cidadania. Francisco será o primeiro Pontífice a visitar o Mianmar e o segundo no Bangladesh, num regresso à Ásia, quase três anos depois. O Papa vai percorrer mais de 17 mil quilómetros, numa agenda que inclui encontros com a antiga Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, responsáveis políticos, líderes católicos e com o Conselho Supremo dos Monges Budistas de Mianmar. No Bangladesh, o Papa Francisco vai visitar o memorial nacional aos mártires de Savar, falando a autoridades políticas e religiosas. O programa inclui um momento inter-religioso de oração pela paz. O Papa fez até hoje 20 viagens internacionais. |
Oração pela paz no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo |
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O Papa Francisco presidiu no Vaticano a uma oração pela paz no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo, durante a qual denunciou os “massacres” de mulheres e crianças por causa da guerra. “[Deus] Salve as crianças que sofrem por causa de conflitos, a que são alheias mas que roubam a sua infância e, às vezes, a própria vida. Que grande hipocrisia é negar os massacres de mulheres e crianças! Nisto se mostra o rosto mais horrível da guerra”, declarou, na homilia que proferiu na Basílica de São Pedro. A oração quis ser um momento de lançar “sementes de paz” no Sudão do Sul, República Democrática do Congo e “todas as terras feridas pela guerra”. Quanto ao Sudão do Sul, o Papa revelou que tinha “decidido fazer-lhe uma visita”, o que acabou por não ser possível face ao clima de violência e à crise humana no país africano. Francisco apontou o dedo aos “pecados que geram e fomentam as guerras”, como “o orgulho, a avareza, a ganância do poder, a mentira”. “Que o Senhor Ressuscitado derrube os muros da inimizade que hoje dividem os irmãos, especialmente no Sudão |
do Sul e na República Democrática do Congo. Socorra as mulheres vítimas de violência, nas zonas de guerra e em todas as partes do mundo”, rezou. O Papa apelou ao diálogo e negociação, pedindo às comunidades em causa que promovam “gestos e palavras de fraternidade, respeito, encontro, solidariedade”. No mês de setembro, os bispos do Sudão do Sul afirmam que a guerra civil que prossegue no país mostra um “total desprezo pela vida humana”. Na mesma altura, a “deterioração da situação humana” e as “violações aos direitos humanos” em curso na República Democrática do Congo motivaram um pronunciamento do observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, durante uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU. |
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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial internacional nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt
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Celebração do I Dia Mundial dos Pobres no Vaticano
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Ainda os pobres |
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Lígia Silveira |
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Retrocedo a 19 de novembro para que este dia não cesse. As 24 horas passaram, a data foi assinalada com diferentes iniciativas e palavras e, encerrado o dia, espera-se a próxima efeméride a marcar o ritmo da vida eclesial. O I Dia Mundial dos Pobres, não da pobreza ou pela pobreza, foi assim designado como um convite a identificar rostos, histórias e percursos que a estatística ou a análise social tendencialmente esconde. E eu regresso a este dia pelos rostos marcados que me mostram o que é a pobreza. Escrevo a pensar em alguns, concretos, que me deixaram tocar as suas vidas na esperança de que o seu testemunho possa ajudar outros, deixando a mensagem de que foram ajudados quando se deixaram ajudar. Escrevo a pensar em alguns que escolhem caminhar lado a lado, fazendo deste percurso também o seu trajeto de transformação. Escrevo a pensar no que encontrei no Centro Social São Francisco Xavier, ligado à Cáritas diocesana de Setúbal. Numa sala do Centro monta-se um órgão e ajeitam-se cadeiras em círculo. Aos poucos os lugares vão sendo ocupados ao ritmo do som que o professor Carlos Xavier vai soltando do teclado. Não se procuram talentos ou vozes especialmente afinadas – ali resgatam-se histórias de vida, inicialmente partilhadas em forma de memórias musicais. E assim acontece há dois anos num projeto inédito que convida, indiretamente, à inserção e à validação de cada história de vida. |
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Mas como se isto não bastasse, há mais. Ali o discurso técnico tem a prática de um abraço que se dá, de uma dança partilhada onde utentes e funcionários se confundem e ainda bem. Ali a conversão aguarda o tempo que for preciso para que a cabeça se levante e a certeza da dignidade adquirida peça para tomar banho ou para cortar o cabelo. Neste espaço o resgate não se mede pelo contributo que cada pessoa passa a dar para o Produto Interno Bruto mas quando se olha ao espelho e se acredita «eu valho mais e quero mais». E ali o desafio do Papa Francisco concretiza-se: “Não pensemos nos |
pobres apenas como destinatários duma boa obra de voluntariado, que se pratica uma vez por semana, ou, menos ainda, de gestos improvisados de boa vontade para pôr a consciência em paz. Estas experiências, embora válidas e úteis a fim de sensibilizar para as necessidades de tantos irmãos e para as injustiças que frequentemente são a sua causa, deveriam abrir a um verdadeiro encontro com os pobres e dar lugar a uma partilha que se torne estilo de vida”. «Uma partilha que se torne estilo de vida». Não são os gestos que convertem?
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D. José Traquina, até agora auxiliar do Patriarcado de Lisboa, é o novo bispo de Santarém, sucedendo a D. Manuel Pelino. O Semanário ECCLESIA apresenta um dossier dedicado a esta nova fase na vida da diocese escalabitana, que acolhe solenemente o seu bispo, este domingo, pelas 16h00, na Igreja de Santa Clara. D. José Augusto Traquina Maria, de 63 anos, nasceu a 21 de janeiro de 1954 em Évora de Alcobaça, (Patriarcado de Lisboa), e foi ordenado padre a 30 de junho de 1985; a 17 de abril de 2014 foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa, pelo Papa Francisco, e ordenado bispo a 1 de junho desse mesmo ano, numa celebração presidida pelo cardeal-patriarca, D. Manuel Clemente. Mestre em Teologia Pastoral pela Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, o terceiro bispo da Diocese de Santarém esteve vários anos ligado à preparação dos candidatos ao sacerdócio, tendo feito parte da equipa formadora do Seminário de Almada e do Pré-Seminário de Lisboa. O novo bispo foi responsável máximo da Vigararia Cadaval-Bombarral, em três mandatos diferentes (1993,1996 e 2001), no ano seguinte integrou o Secretariado de Ação Pastoral do Patriarcado de Lisboa, e em 2003 foi nomeado Assistente do Núcleo do Oeste do Corpo Nacional de Escutas e mais tarde Cónego da Sé Patriarcal de Lisboa Após ter assumido a sua missão pastoral à frente da comunidade católica de Nossa Senhora do Amparo, em Benfica, D. José Augusto Traquina foi designado Vigário da Vara da Vigararia III da cidade de Lisboa, em 2011, cargo que acumulou com o trabalho de diretor espiritual do Seminário Maior de Cristo Rei do Olivais e com a coordenação do Conselho Presbiteral de Lisboa. Na Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Traquina é o novo presidente da Comissão da Pastoral Social e da Mobilidade Humana. |
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D. José Traquina, um bispo que toca viola e gosta de rezar o terço na rua
O novo bispo da Diocese de Santarém conversou longamente com a Agência ECCLESIA, numa entrevista em que se fala da infância, da família, da descoberta da vocação, do seu percurso sacerdotal e episcopal, bem como desafios que se colocam à Igreja Católica num mundo em mudança. Uma espécie “retrato” de D. José Traquina, que se apresta a suceder a D. Manuel Pelino.
Entrevista conduzida por José Carlos Patrício |
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Agência ECCLESIA (AE) – De onde começou por beber a fé cristã. Quem é que, desde pequeno, mais o introduziu nesta caminhada da fé que o trouxe até aqui hoje? D. José Traquina (JT) – Fiz uma experiência infantil na família e na Paróquia de Évora de Alcobaça (Patriarcado de Lisboa) como outras crianças fiz um percurso normal daquilo, catequese, escola primária, Primeira Comunhão, Profissão de fé. Aos 12 anos já estava a trabalhar no comércio e fui estudar à noite aos 14 anos em pós-laboral. Fiz essa experiência de trabalhar e estudar ao mesmo tempo e fui-me interessando, mantendo sempre no dinamismo da fé, ia à Missa ao domingo, confessar-me. Preparei-me na paróquia para |
o Crisma. Fiz o Crisma aos 16 anos, o meu professor primário foi o meu padrinho de Crisma, ainda recordo. Pelos 18 anos aparece um sacerdote do seminário em Alcobaça e pede aos padres da vigararia que lhes indiquem dois jovens de cada paróquia para se reunir. Começa aí um momento curioso da minha história: o meu prior convidou-me, e a outro rapaz, para irmos a esse encontro. Esse padre (Joaquim Duarte, do Seminário de Almada) passou a encontrar-se connosco todos os meses. Começa uma reflexão adulta, uma juventude mais madura, com a Palavra de Deus, com o Evangelho na mão e a ler a realidade da vida, a realidade da sociedade, do mundo, das famílias, com tudo o que tinha de desafiante. |
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O meio ambiente em que vivíamos e depois iluminar, interpretar, segundo o texto que íamos lendo. É muito curioso a pedagogia que o padre tinha de nos desafiar a comentar a realidade, mas com o Evangelho. Isso foi criando maturidade cristã, fui assumindo uma experiência cristã que não era apenas a tradição popular do ritmo das festas, das coisas bonitas que fazíamos. Agora era uma fé cristã que interpelava uma leitura da realidade e isso fez a diferença. Cresci com 18, 19, 20 anos, com a luz nova que é a nossa existência cristã é para fazer este mundo mais belo, com sentido, mais justo, onde haja verdade, dê gosto viver. Onde se construa e edifique fraternidade. E, portanto, não podia ser uma coisa para entreter. Isso já era preocupação. Era um dos interessados e o padre convidou-me para ir para o seminário. Achava que devia aprofundar a minha vocação. Na altura disse-lhe que não porque projetava a minha vida de outra maneira, projetava constituir família.
JT - Passou um ano e o assunto não desapareceu da minha mente. |
Quando vou cumprir o serviço militar, em Santarém, não tinha a minha família, amigos, e fui à procura de pessoas cristã na cidade. Depois do tempo do quartel militar, ia conviver com os padres que estavam naquele seminário, numa paróquia ia à Missa ao final da tarde, a um grupo de oração nas Irmãs Servas de Fátima, onde havia um grupo de oração do Renovamento Carismático. E por ali andava, um jovem na oração e o assunto da vocação mantinha-se. Nessa altura, com 22 anos, em abril de 1976, procurei o padre do seminário: “Lembra-se da conversa que me fez há dois anos? Agora estou disposto a retomar esse assunto para o aprofundar”. Entrei para o Seminário de Almada em outubro de 1976. Então fiz um percurso normalíssimo, tive de terminar o liceu, porque o curso comercial da noite não correspondia, e depois fazer o percurso de Teologia e Filosofia na Universidade Católica até chegar à ordenação de Diácono e Presbítero.
AE – Há uma história curiosa porque no serviço militar foi desafiado também para fazer carreira militar? JT – Sim, estava a cumprir o Serviço |
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Militar na Escola Prática de Cavalaria em Santarém e o meu comandante de Esquadrão convidou-me para ir para a academia. Simpatizou comigo, não tinha muita confiança, mas lá tinha referências. Já tinha decidido ir para o seminário e ele ficou muito escandalizado com a minha opção e ainda tentou desviar-me dessa ideia. Depois tive outro capitão, noutro serviço, que também insistiu para ir para a academia. Quando fui ordenado, mandei-lhe um cartão a informar que a minha opção se tinha confirmado e ia ser mesmo padre. Posso dizer que tenho tido alguma felicidade por onde tenho passado. Estava no quartel militar e a casa onde trabalhava continuava à minha espera quando acabasse o serviço militar. Também tive de dizer que não voltava e ia para o seminário. Fiz uma aventura, porque obviamente entrar no seminário é para aprofundar, custou no princípio estar a pegar nos estudos com a profundidade que se pedia. Para quem não está habituado, é mais exigente. É preciso fazer uma ginástica intelectual maior, mas ao fim de três anos e meio fiz uma conclusão de percurso. Não tinha a certeza do que os padres avaliavam, mas |
a minha experiência de caminhada de seminário tinha sido muito boa e estava decidido a uma consagração ao Senhor. Ou seja, era a descoberta que a vida cristã tinha uma beleza de tal maneira que me dispunha a uma consagração mesmo que não servisse para ser padre, podia acontecer, mas uma vida consagrada é possível. Estava nessa disposição porque a descoberta tinha sido muito boa nos primeiros três anos. ![]() |
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AE – Foi ordenado sacerdote com 31 anos. De que forma a experiência que no mercado de trabalho e no serviço militar marcou o homem e o sacerdote que é? O que trouxe dessas experiências e como o têm ajudado? JT – Marcou pelo conhecimento que tive de pessoas, e pela influência que os ritmos de trabalho têm. Sei o que é ter um horário de trabalho, obedecer a uma equipa de trabalho. Aprendi o que é respeitar uma formatura militar, o que é um compromisso que têm |
decisões que não dependem de mim mas estou comprometido a estar atento para quando é necessário corresponder. Há um conjunto de aprendizagens que nos amadurecem na caminhada que a sociedade, o mundo no oferece e ficamos a saber. Quando falo com pessoas que trabalham, que têm um emprego, que têm de fazer um percurso para a escola-emprego, sei o que é isso. Há dias visitei uma sede da UGT |
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numa visita pastoral e com o diretor dos serviços lembrei-me de dizer que com 12 anos tinha o cartão de comércio da caixa sindical. Hoje é proibidíssimo. Essas experiências contam na nossa vida: o que é o mundo do trabalho; o que é a luta pelos direitos, discutirem-se horários. Tudo isso faz parte da nossa história e enriquece-nos, obviamente, e quando as coisas passam no mundo não sou indiferente a essa realidade. No que diz respeito ao serviço militar, honra seja feita à arma de cavalaria que estava em Santarém, aprendi imenso com os militares. Havia, sobretudo entre os oficiais, um nível elevado, era mesmo muito digno a postura daqueles com quem convívio a quem gostava de ouvir. Estava ainda na fase de instruendo, fui como furriel miliciano, e o trato era de uma elevação que ficava espantado; depois no percurso das pessoas com quem convivi na classe de oficiais era de uma elevação muito grande. Ainda bem que fiz ali aquela experiência.
AE – Essa disciplina, esse trato, essa elevação é algo que traz consigo mesmo com os seus colegas bispos? A nível pessoal é isso que traz? JT – Na cavalaria dizia-se “trabalho |
é trabalho, conhaque é conhaque”. Nós precisamos de momentos de brincar, diversão, convívio, de momentos de passeio, mas precisamos de momentos em que é para trabalhar, de corresponsabilidade. É para assegurar o trabalho, fazer e acabá-lo. E pôr a maior perfeição no que se está a fazer. Isto aprende-se na Igreja, mas também se aprende lá. Há aspetos de uma profissão que nem na Igreja se ensina mas o mundo também tem isso. A perfeição profissional, o fazer bem-feito não é só uma exigência de uma empresa, mas mexe também com a qualidade humana de uma pessoas. A pessoa valoriza-se se fizer bem feito o que tem para fazer, todo e qualquer profissional. Mais apto ficará para fazer mais coisas que lhe sejam pedidas no percurso da vida. Nesse aspeto o serviço militar foi para mim uma boa experiência, embora tivesse alguns serviços a pessoa estar em serviço pleno 24 horas, quatro dias seguidos, chegou-me a acontecer. Quando fui promovido éramos só seis furriéis da minha especialidade e tínhamos na escala de serviço muitas vezes estar 24h00. |
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AE – Ir para a Diocese de Santarém é um momento especial neste percurso? JT – É e direi à luz da fé como Deus é surpreendente. Em Santarém, quando o senhor bispo D. António Francisco Marques tomou conta daquela diocese, como primeiro bispo, fui cumprimentá-lo nas semanas a seguir. Era impensável, não podia imaginar que alguma vez iria para aquela diocese como terceiro bispo, não podia imaginar tal coisa. Como Deus é surpreendente! Ao mesmo tempo familiar, porque me fez bem conhecer aquele senhor, ter conhecido os padres que me receberam quando fiz 20 anos e estão lá ainda. Eles e eu com mais idade, mas estão lá ainda, a maioria desses padres que me receberam quando ia lá ao final do dia. Vou para uma casa, para uma diocese, que me é familiar, neste sentido, que me tocou num momento juvenil. Vou com agrado. É diferente de ir para um sítio onde não se conhece absolutamente nada. Sinto essa descontração, isto em relação a algumas pessoas e um espaço. Em relação à diocese toda vamos mais devagar. |
Conheço Santarém, mas há mais cidade que hei de conhecer, paróquias, sacerdotes que irei conviver, aproximar-me e estar de perto. A estima que temos pelas pessoas cresce quando nos aproximamos. Temos de nos aproximar para conhecer as pessoas e criar relação.
AE – A seguir à ordenação até hoje teve experiências na cidade e em meio rural. Que desafios e diferenças encontrou que vai levar para a Diocese de Santarém? JT – Há diferenças, embora a postura de um sacerdote tenha aspetos semelhantes porque o que se pede a um padre é que seja padre, um pai, um irmão, um amigo. Que esteja ali - mas se estamos responsáveis por três paróquias não é mesma que estar numa. A presença não é a mesma. Estando na província, como estive na zona do Bombarral, cheguei a ter três paróquias, tinha um coadjutor e houve um momento em que tive de socorrer a mais três paróquias porque faleceu o sacerdote. O senhor patriarca chamou-me: “Tens de dar ali uma ajuda porque não há solução. Vamos tentar dar assistência às pessoas para que possam ter Eucaristia, uma |
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resposta pontual”. A experiência foi muito boa, tinha leigos muito compreensivos que deram muito bons testemunhos. Bombarral, Vale Covo, Roliça são paróquias de referência na minha história onde tive gente muito boa. Leigos que me deram testemunho |
notável do que é estar na Igreja, no mundo pacientemente à procura das melhores soluções, dispostos a reunir e a trocar impressões. Dão o seu parecer respeitando o pároco. Eles compreendiam que não podia estar sempre no mesmo sítio. |
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AE – Agora como bispo de Santarém, depois da experiência em Lisboa, que estilo vai querer adotar enquanto pastor daquela comunidade? JT – Fez-me muito bem estes três anos como bispo auxiliar de Lisboa para entender da minha possibilidade de exercer este ministério. Já percebi que a primeira atenção que é preciso ter é a proximidade com os padres. Fi-lo sem dificuldade com os padres com quem estive. Só eles é que poderão dizer da utilidade que teve ou não a minha presença. Não vou avaliar da parte deles se foi muito vantajosa ou não. |
Senti-me bem na proximidade com os colegas padres nas vigararias que acompanhei, na zona Oeste. Sentia-me corresponsável na missão que era deles e que era minha também. Ao colaborar com eles, senti que estava a cumprir a minha missão e que estava a corroborar a missão que era deles. Essa proximidade com os padres fez-me sentir bem, porque precisamos sentir uma real e concreta fraternidade sacerdotal, precisamos sentir isso, viver. Celebrar juntos, rezar juntos, comer juntos, brincar, estarmos juntos. Isso faz-nos falta. O ser consagrado em ritmo diocesano
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tem de ter isso. Se não fazemos isso uns com os outros, não sabemos estar com o povo de Deus. Faz-nos falta essa alegria, essa maneira de estar. Há momentos para rezar, claro. Estamos em retiro, numa recoleção, fazemos oração antes de tratar dos assuntos pastorais e depois convivemos. Tratamos dos assuntos com seriedade e depois vamos almoçar juntos, vamos conviver. Essa experiência na zona Oeste, nas quatro vigararias que estive a acompanhar, foi muito boa. Esta experiência para Santarém conta. Enquanto padre, senti-me bem com a presença do bispo. Penso que todo o padre em consciência da sua missão se sentirá bem quando o bispo se aproxima, não como fiscal mas como pastor, para estar com ele na missão. Essa proximidade não tenho dificuldade em estabelecer, do ponto de vista humano não tenho dificuldade e vai acontecer com relativa facilidade.
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AE – Tem a mais-valia de ter estado no seminário como formador, inserido numa equipa. É para si natural esta necessidade de proximidade, de falar e entender os problemas, as alegrias? JT – A experiência do seminário foi boa também. Foram sete anos como padre no Seminário Vocacional de Almada, só sai de lá porque houve uma reforma no seminário. O ano académico que acompanhava, o 12.º ano, mudou-se para outro seminário. O senhor patriarca não me mudou, deixou-me ficar, houve ali um vazio de um ano, e mandou-me para o Bombarral que foi o melhor. Sobre essa experiência, ajudou-me o trabalhar em equipa. No meu caso foi uma boa experiência, tive padres muito bons, com muita seriedade, e foi uma grande aprendizagem em trabalho em equipa. Não estávamos a brincar, mas a acompanhar candidatos ao sacerdócio que estavam a aprofundar a sua vocação. |
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Penso que todo o padre em consciência da sua missão se sentirá bem quando o bispo se aproxima, não como fiscal mas como pastor, para estar com ele na missão. |
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AE –Muitas vezes a realidade numa paróquia é de um padre só com os seus problemas, desafios, trabalho. Sente que é importante os sacerdotes sejam cada vez mais acompanhados? JT – É verdade que o acompanhamento e convívio é necessário, mas não é suficiente. Pede-se que cada padre seja muito colaborador de si mesmo se quer edificar-se com muita harmonia, não tenha medo de arranjar um amigo fiel, um padre, um colega mais velho com quem possa conversar sobre a sua vida. A sensação que tenho é que a certa altura o padre convive, mas cultiva o isolamento, e qualquer pessoa pode fazer, mas é a história dos dois mundos: a pessoa parece uma coisa mas no núcleo interior é outra pessoa. Num padre não deve acontece, aquilo que transparece, é. A história de “quem vê caras, não vê corações” não pode ser. Aquilo que é a vivência do padre, a cara que é, o que faz haver harmonia na pessoa. E sabemos que há padres que vivem sozinhos e conseguem essa harmonia e padres que vivem acompanhados e não conseguem. Significa que é um cuidado do |
próprio padre que é formador de si mesmo neste cuidado. Um padre pode viver sozinho numa casa, mas convive, encontra-se, fala, reza, gera harmonia, equilíbrio e a sua afetividade passa. A afetividade é partilhada de forma alargada. Está com crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, com doentes, entrega-se, doa-se. Se vive numa casa com outros, mas tem uma afetividade reservada, mal resolvida, porque não está a distribuir capazmente, pode gerar problemas. É um assunto que começa cedo em termos de experiência e pede-se a um seminarista ou padre jovem que seja muito íntegro e muito harmonioso, e faça a experiência do que é essa harmonia. Aquilo que pensa, aquilo que faz, aquilo que diz, tudo faça harmonia em si. É isto que vemos na pessoa de Jesus Cristo, de quem as pessoas diziam ‘Aquele fala como quem tem autoridade’. Autoridade é isto, aquilo que diz, vemos a realidade na pessoa, condiz com a pessoa. Há uma vigilância que a pessoa tem de ter de si mesmo. A vigilância evangélica não é só para fora: estou a fazer bem, a edificar-me bem, |
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a deixar-me atingir por alguma coisa que me faça estremecer. Ter outra pessoa com quem conversa da sua via, da sua confiança. Um padre que compreende o que é o ministério, o que é este desafio pastoral, é bom e faz muito bem.
AE – Em que medida no seminário é preciso trabalhar mais essa consciência do compromisso, aquilo que se assume, e não ter duas faces? JT – O seminário pode se estiver atento a cada um dos rapazes e se cada um, é uma coisa que se pede, estiver nesse desafio de verdade de si mesmo. Pode acontecer que alguém |
no próprio seminário faça uma opção estranha, que não fica bem a ninguém, que é estar a fazer um percurso para se adaptar a uma situação que não é a que quer. Uma pessoa que faz um curso de habilitação mas no fundo não quer aquilo. É estranho uma pessoa estar a fazer um caminho para um determinado compromisso que não quer. Quando a pessoa falha então vamos conversar e pede-se que assuma uma coerência. Sabemos quais são as regras do jogo. Não faz sentido que um jogador seja selecionado para um jogo de futebol, entra no campo e diz “não estou disposto a aceitar as regras”. |
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AE - D. Manuel Pelino, seu antecessor, falou na importância de tentar chamar mais os leigos à participação, dos jovens, fazer com que a Igreja seja cada vez menos piramidal… JT - Estamos em perfeita sintonia. Os leigos, de facto, são chamados a participar, na Igreja. É o princípio da sinodalidade. Quando nós participamos nas decisões e nas execuções, isso envolve-nos, crescemos, testemunhamos porque estamos |
envolvidos. O sentido da sinodalidade é o sentido da participação que gera maior envolvência e maior testemunho, porque a pessoa fica mais motivada e disposta a uma missão. Além disso, ajuda o bispo, o padre, a estrutura eclesial, a conhecer melhor, a reconhecer como Deus fala do outro lado. Vemos pessoas que têm fogo dentro delas, de entusiasmo pelas coisas, mesmo quando não era expectável e isso motiva-nos. Em termos juvenis, isso ajuda
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os jovens a crescer, a integrá-los na vida adulta. A comunidade cristã deve dar lugar aos jovens para que eles se pronunciem, também, com escutas de parte a parte, a nível da família, da pastoral juvenil, dos leigos. É uma metodologia exigente, sobretudo para os padres, porque lhes pede tempo e, às vezes, nós queremos decidir depressa. É preciso tempo para ouvir as pessoas, paciência, promover essa sinodalidade. D. Manuel Pelino começou por afirmar o princípio do “encontro com Cristo”, uma chave que o Papa Francisco nos deixou, para a Igreja. É um testemunho que resulta de uma experiência de fé, não é folclore religioso: de facto, Cristo ressuscitou, nós entramo-nos com Ele e Ele encontrou-se connosco. A partir desse encontro de fé, que é explosivo, é que o Espírito Santo atua.
AE - O seu lema episcopal é «Alegrai-vos sempre no Senhor». A Igreja precisa de pessoas capazes de transmitir essa alegria de ser cristão? JT - Há duas dimensões desta alegria, digamos assim: a alegria que se expressa em convívio, em gosto de estar uns com os outros, do sorriso; e outra dimensão, necessária para que |
esta exista, que é uma vida confiante. Podemos andar sérios, até preocupados, mas há uma alegria que nos amina, que vai por dentro, que é o facto de acreditarmos. Essa é que nos sustenta, por dentro. À luz da fé, quando a gente acredita numa amizade que não desaparece, que é fiel, isso alegra-nos por dentro. Portanto, o lema ‘Alegrai-vos sempre no Senhor’ é sobre uma alegria que não desaparece. Se for uma alegria só de ir beber um copo, passa depressa. Isso tem de ser integrado numa outra disposição de alegria na vida, que é o resultado do Espírito Santo na nossa existência. Toda a pastoral deve encaminhar-nos para a dimensão da alegria, isto é, para a dimensão da festa, que Deus quer, que acontece quando há fraternidade, trabalho, perdão, justiça, verdade. Este é o ideal.
Toda a pastoral deve encaminhar-nos para a dimensão da alegria, isto é, para a dimensão da festa, que Deus quer, que acontece quando há fraternidade, trabalho, perdão, justiça, verdade. Este é o ideal. |
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AE - A Diocese de Santarém convive com a realidade de falta de vocações sacerdotais. Que tipo de soluções imagina para as comunidades católicas? JT - É uma área a que vamos estar atentos e eu estou muito sensível a essa preocupação, porque é uma preocupação da Igreja. Estou convencido de que Deus continua a chamar, os jovens é que não sabem: eu, se não me tivessem dito que deveria pensar nesta vocação, não seria padre. Mas isso tocou-me e eu resolvi aprofundar, isso poderia acontecer a qualquer um a que Deus queira chamar. Como é que Deus chama? Chama através de alguém, não é uma luzinha que aparece na cabeça de cada um. Numa diocese é preciso rezar e é preciso quem observe e proponha. Quem é que pode olhar e propor? Pode olhar um padre, um catequista. Para olhar e propor, é preciso acreditar que ser padre é uma coisa boa, feliz, realizadora. É preciso promover uma cultura vocacional, acreditar que aquele a quem tratamos por padre é um homem realizado. Nós precisamos de testemunhos e |
desejo que, na diocese, se cultive isto, o mais possível, porque será bom para todos: os jovens, os padres, os catequistas, as comunidades.
AE - É um tema a que vai ser dada particular atenção no Sínodo dos Bispos de 2018. JT - O Sínodo da Juventude vai nesta perspetiva, é uma juventude que tem vocação, que é chamada. A própria vocação matrimonial pode e deve ser interpretada nesta chave. Para quem casou, do ponto de vista da fé, significa que é com aquela pessoa que Deus quer ele alguém esteja casado. Isso vai iluminar muitas situações, temos testemunhos de muitos casais que resolveram problemas na sua vida porque assumiram que a vontade de Deus estava ali. Então, pararam para aprofundar a sua situação, recomeçaram e são casais felizes. Isso também pode acontecer na vida de um padre, estar num momento difícil, de crise, e perceber que não está ali apenas por iniciativa própria, mas porque Deus o chamou e há de ajudar a resolver o problema. É a luz da fé. É bom ter uma cultura vocacional alargada.
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AE - E em relação à organização das comunidades católicas, prevê apostar nas unidades pastorais? JT - As unidades pastorais - já há outros nomes e há aspetos canónicos por resolver - são uma ideia que não surge apenas para resolver o problema da falta de padres. É um dinamismo que se pode criar entre 3, 4 paróquias, ou mais, em que os leigos envolvidos interagem em colaboração. Em de estar uma paróquia sozinha a |
resolver a sua dinâmica pastoral de evangelização e de formação, juntam-se as pessoas, os agentes pastorais, e fazem missão. Amplia-se o dinamismo das pessoas envolvidas e há um enriquecimento mútuo. Há soluções e há um enriquecimento que se pode fazer. Mas isto entra em choque com o que se chama o bairrismo: há pessoas que não querem sair da sua terra. Temos de ajudar a pôr um ponto final nesta situação. |
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JT - A ajuda mútua não fragiliza o amor à terra, pelo contrário, o isolamento não desenvolve nenhuma terra, só uns com os outros. Com todo o respeito pela tradição local, não podemos defender que o isolamento seja uma coisa aconselhável. A Unidade Pastoral prevê esta cultura de interajuda: porque é que um padre não pode juntar numa reunião os catequistas de quatro paróquias, em vez de estar a fazer quatro reuniões? É muito interessante, sobretudo em terras onde há menos pessoas, isto é mais necessário, é bom que haja esta dinâmica. Na cidade é diferente, a preocupação é conseguir que haja forma, dentro da própria paróquia, de conseguir juntar os agentes pastorais, porque a certa
A paróquia amiga das famílias é uma paróquia que apoia, defende, valoriza a dimensão familiar. É necessário reafirmá-lo e concretizá-lo. |
altura a dimensão é de tal ordem que os próprios organismos não se conhecem. As pessoas não se encontram. AE - Como é que a Igreja deve trabalhar para estar cada vez mais próxima das famílias, incluindo as que têm mais problemas, como o Papa pede? JT - A paróquia amiga das famílias é Hoje é necessário começar logo aí, com a ajuda de casais mais experientes, ajudar os mais novos a pôr essa hipótese e como é que esse sonho se pode concretizar. O que é hoje oferecido pode não ser compaginável com a constituição de uma família feliz, há ajudas e testemunhos que podem ser dados aos mais novos. Na preparação próxima para o Matrimónio, depois, já existem propostas, mas é óbvio que ninguém está a pensar que se trata de preparar a celebração litúrgica. A nossa preocupação não é uma hora na vida do casal. O importante a vida, a vida toda que têm para viver, isso é que está em jogo. |
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Então, é preciso que haja uma proposta para os casais novos. Ajudar a formar equipas, a encontrar-se. É necessário. E com os pais da catequese, não é possível fazer mais? E os pais dos escuteiros, não seria possível promover em paralelo uma formação para os pais, uma participação nalgum evento de que eles gostassem? Também é necessária uma estrutura de atendimento para os casais com problemas, de tal modo que quando um pároco souber destas situações, tenha uma equipa especializada.
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Uma coisa é certa: a sociedade não fica melhor sem a família. A família é um grande bem para a sociedade, para que a pessoa seja harmoniosa, para que possa crescer no amor puro, sendo tratada com dignidade. É uma referência fundamental. Uma família que toma conta das suas crianças, que as ajuda a crescer em amor e harmonia, não está apenas a tratar dos seus filhos, está a formar um cidadão da sociedade e do seu país. É um grande bem para a sociedade termos famílias estáveis. Merecem maior consideração, um maior apoio. |
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AE - E como é que considera que a Igreja se deve colocar perante o surgimento de novos modelos familiares? JT - A Igreja tem um modelo de família que resulta da Sagrada Escritura, resulta do que Deus nos diz pela sua Palavra. Estamos convencidos de que isso corresponde à natureza, é harmonioso. Uma família parte do casal, um homem e uma mulher. Quando surgem outras situações e está em causa uma criança, o que pudermos fazer para o seu acolhimento é outra história, não se deixa de atender. Ela não tem culpa das opções dos adultos. Estamos neste momento, do ponto de vista do atendimento, ainda a refletir sobre como agir nos nossos próprios registos, que não preveem que uma criança tenha duas mães ou dois pais.
AE - Há alguma coisa que leve sempre consigo, de que nunca se separe? O que é gosta de ler? JT - Levo sempre comigo, para qualquer lado, a minha Liturgia das Horas. E tenho uma Bíblia que me acompanha desde a juventude. Tenho várias, claro, mas há uma que está comigo há 40 e tal anos, com |
Há um instrumento que tenho em Alcobaça, mais do que um até, porque faz parte dos meus afetos: a viola.
sublinhados daquele tempo. É um instrumento, através do qual Deus me falou. Há um instrumento que tenho em Alcobaça, mais do que um até, porque faz parte dos meus afetos: a viola. Agora não utilizo tanto, mas faz parte das minhas memórias e tem um efeito libertador, num momento de cansaço. A música serena, ajuda. Ao final do dia também faço sempre a oração com Nossa Senhora. O terço, é a oração que faço à noite e até gosto de a fazer na rua, quando o tempo está bom. Quando estava em Benfica, cheguei a convidar colegas a ir para a rua, porque a paróquia era serena, à noite. Aqui [Santarém] tenho jardim, há espaço. É uma experiência que faço, para ter serenidade. A oração dá-nos descanso. Quando, a certa altura, |
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há um cansaço exagerado, interrogo-me sobre se estou a rezar bem, a oração permite uma descontração especial. Gostei sempre também de ler e de aprender com os documentos da Igreja, as encíclicas. Alguns estão esquecidos, porventura, ao longo dos anos não tem sido suficientemente aproveitado o ensinamento da Igreja em relação a muitos temas. Também |
gostei de ler livros do G. K. Chesterton, que é uma pessoa muito inteligente, muito bem disposto no que escreve, que abre perspetivas. Não posso deixar de sublinhar os escritos do Papa Bento XVI, que é luminoso naquilo que escreveu. Penso que é mesmo um doutor da Igreja, digamos assim, em termos de ensinamento, de sabedoria. |
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Saudação à Diocese de Santarém |
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Ao tornar-se pública a minha nomeação para Bispo da Diocese de Santarém, no dia de Nossa Senhora do Rosário, saúdo-vos com fé e esperança. Saúdo o Senhor Bispo D. Manuel Pelino, a quem agradeço o testemunho e a dedicação e agora, por estes dias, todo o acolhimento manifestado. Saúdo os Sacerdotes e Diáconos, membros da hierarquia de serviço do Povo de Deus, de quem espero a melhor vontade para juntos trilharmos caminhos de fidelidade vocacional. Saúdo os Irmãos e Irmãs Religiosas de vida Consagrada, os Seminaristas, os que se dedicam à causa da evangelização na Catequese, na Pastoral Juvenil, no Escutismo, na Pastoral da Família, nos diversos serviços da Liturgia, na Pastoral Social e ainda os que assumem especiais responsabilidades nas Paróquias e outras Instituições eclesiais. Saúdo as Comunidades Paroquiais, os Movimentos de apostolado, os jovens, os adultos, os mais idosos, os doentes e os irmãos com deficiência. A todos sugiro que nos unamos em oração, pedindo a Cristo Bom Pastor que nos faça crescer no seu amor generoso, perdoe as nossas faltas e nos renove na alegria da Fé, de modo a |
podermos testemunhar, com verdade, como é bom pertencer à sua Família. Saúdo os autarcas dos Municípios e Freguesias da área geográfica da Diocese, as autoridades académicas e de segurança. A minha saudação é extensiva a toda a sociedade civil onde as comunidades cristãs da Diocese existem e onde todos somos chamados a ser promotores do bem comum. Preparando-me agora para deixar a Diocese mãe onde nasci como filho de Deus e fiz toda a minha caminhada de Fé, o Patriarcado de Lisboa, quero manifestar a minha profunda gratidão ao Senhor Cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente, aos Senhores Bispos Auxiliares, D. Joaquim Mendes e D. Nuno Brás, e extensivamente a todos os Sacerdotes da Diocese, Diáconos e todos os cristãos que ao longo de tantos anos foram uma graça de Deus para me ajudarem a ser melhor pastor. Uma referência particular para os Seminários Diocesanos e para a zona pastoral do Oeste do Patriarcado onde nos últimos três anos fiz a feliz experiência de dedicação como bispo auxiliar. Muito obrigado. Quanto à nova missão, tenho presente a necessária atenção aos pastores |
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presbíteros, à pastoral vocacional, os jovens, os casais novos, as famílias, os pobres e os que andam mais afastados ou indiferentes, desconhecendo que são muito amados por Deus. Num tempo com tantas mudanças socioculturais em toda a Europa, os meios tradicionais para a transmissão da Fé, em família, são insuficientes. É necessário propor o Evangelho com testemunho e criatividade pastoral. Assim, na sequência do caminho percorrido, será em união com Cristo e no Espírito Santo, alma da Igreja apostólica e missionária, que havemos de discernir o caminho a seguir, “com Maria, missão de paz”, em amor, dedicação, alegria e em comunhão com o Papa e com as outras Igrejas
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Diocesanas, particularmente as que são do nosso país. Caros Diocesanos de Santarém, “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fil 4,4), foi o lema que escolhi há três anos aquando da minha Ordenação episcopal. Não nos falte este bom fruto do Espírito Santo. Peço-vos agora a vossa oração pelos sacerdotes, especialmente por aqueles que nesta altura assumem novas responsabilidades pastorais; nessa prece, incluí este vosso bispo agora nomeado. Com afeto, contando com a intercessão de Nossa Senhora do Sim e de São José, para todos rogo a Bênção de Deus. D. José Traquina, bispo eleito de Santarém |
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Saudação ao novo bispo de Santarém |
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Damos graças a Deus pela nomeação do novo bispo de Santarém, Dom José Augusto Traquina Maria. Recebemo-lo com muita alegria pois vem em nome do Senhor e com a força do Espírito Santo para servir o povo de Deus que forma a diocese. Agradecemos ao Papa Francisco por nos enviar um continuador da missão dos Apóstolos, depois de consultar o povo de Deus. Dom José Augusto é conhecido por muitos féis desta diocese e muito estimado pela proximidade, relação cordial e humildade. Possui uma experiência pastoral muito vasta e rica e espírito de serviço dedicado à Igreja. Recebemo-lo como representante de Cristo Bom Pastor que vem congregar os fiéis na comunhão eclesial e promover a corresponsabilidade pela missão. Acreditamos verdadeiramente que é o próprio Jesus Cristo, que, através da Igreja, o coloca à frente deste rebanho para que cuide das suas ovelhas conhecendo e amando cada uma com amor de pai. Damos-lhe as boas vindas e desejamos que se sinta na diocese como em casa de família. Recebemos a notícia da sua nomeação na memória de Nossa Senhora do Rosário que nos ajuda a |
contemplar os mistérios de Cristo na companhia e inspiração da Virgem Nossa Mãe do Céu. É um convite a entregarmos à graça do Senhor e à proteção da Senhora da Conceição Imaculada, padroeira desta Igreja local, o ministério do novo bispo de Santarém. Acompanhamo-lo com a nossa oração e declaramos também a nossa colaboração leal. Que Deus o proteja e faça frutificar a sua obra de evangelização. Entrará solenemente na Diocese a 26 de novembro de 2017, festa de Cristo Rei, pelas 16.00, na Igreja de Santa Clara. Convidamos todos os fiéis, presbíteros, diáconos permanentes, religiosos (as) e leigos para participarem na celebração solene da sua entrada.
D. Manuel Pelino Domingues
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Damos graças a Deus pela nomeação do novo bispo de Santarém, Dom José Augusto Traquina Maria. Recebemo-lo com muita alegria pois vem em nome do Senhor e com a força do Espírito Santo para servir o povo de Deus que forma a diocese. Agradecemos ao Papa Francisco por nos enviar um continuador da missão dos Apóstolos, depois de consultar o povo de Deus.
Dom José Augusto é conhecido por muitos féis desta diocese e muito estimado pela proximidade, relação cordial e humildade. Possui uma experiência pastoral muito vasta e rica e espírito de serviço dedicado à Igreja. Recebemo-lo como representante de Cristo Bom Pastor que vem congregar os fiéis na comunhão eclesial e promover a corresponsabilidade pela missão. Acreditamos verdadeiramente que é o próprio Jesus Cristo, que, através da Igreja, o coloca à frente deste rebanho para que cuide das suas ovelhas conhecendo e amando cada uma com amor de pai. Damos-lhe as boas vindas e desejamos que se sinta na diocese como em casa de família.
Recebemos a notícia da sua nomeação na memória de Nossa Senhora do Rosário que nos ajuda a contemplar os mistérios de Cristo na companhia e inspiração da Virgem Nossa Mãe do Céu. É um convite a entregarmos à graça do Senhor e à proteção da Senhora da Conceição Imaculada, padroeira desta Igreja local, o ministério do novo bispo de Santarém. Acompanhamo-lo com a nossa oração e declaramos também a nossa colaboração leal. Que Deus o proteja e faça frutificar a sua obra de evangelização. Entrará solenemente na Diocese a 26 de novembro de 2017, festa de Cristo Rei, pelas 16.00, na Igreja de Santa Clara. Convidamos todos os fiéis, presbíteros, diáconos permanentes, religiosos (as) e leigos para participarem na celebração solene da sua entrada.
D. Manuel Pelino Domingues
Adeus a D. Manuel Pelino
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A 7 de outubro, o Papa Francisco aceitou a renúncia de D. Manuel Pelino, de 76 anos, bispo de Santarém desde janeiro de 1998 e segundo responsável por este território diocesano, criado em 1975 pelo Papa Paulo VI. Manuel Pelino Domingues nasceu a 7 de outubro de 1941, na Lentisqueira (Diocese de Coimbra), e foi ordenado padre a 15 de agosto de 1965. João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar do Porto em dezembro de 1987; a ordenação episcopal aconteceu a 13 de março de 1988. |
A 5 de novembro, a comunidade diocesano reuniu-se para agradecer o percurso do bispo. “Sinto-me em Acão de Graças. De graças por vós, assembleia, que representas para mim muitas das assembleias congregadas ao longo dos anos, à volta do altar do Senhor, e agradeço-vos a amizade e apoio que sempre me tendes dado”, disse D. Manuel Pelino, durante a celebração, na qual pediu “compreensão e desculpa” pelas suas fragilidades. O responsável agradeceu a oportunidade de “ter aprofundado |
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a teologia do Vaticano II”, que classificou como “uma riqueza tão antiga, mas sempre nova”, e falou da responsabilidade de ser bispo, “ao encontro das comunidades”. A esse respeito, falou das visitas pastorais como momentos de “grande importância e riqueza espiritual”. “Sempre encontrei um acolhimento familiar e em todas as paróquias encontrei pessoas dedicadas”. |
A cerimónia contou ainda com a edição das cartas pastorais de D. Manuel Pelino. “Senti que as pessoas agradeciam as cartas. Depois da primeira, veio a segunda e teve o mesmo acolhimento, sendo incentivado a escrever a próxima”, recordou. A carta anual correspondia à visão do bispo e tornou-se um meio de chegar às pessoas. |
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Diocese à espera do novo BispoO território que constitui a diocese escalabitana foi separado do Patriarcado de Lisboa, onde formava, desde 29 de maio de 1966, a Região Pastoral de Santarém. Esta diocese foi criada a 16 de julho de 1975, pela Bula ‘Apostolicae Sedis Consuetudinem’ do Papa Paulo VI, que, no mesmo dia, nomeou para seu primeiro bispo D. António Francisco Marques, falecido em 28 de agosto de 1997, antecessor de D. Manuel Pelino. A Diocese de Santarém tem cerca de 3 mil quilómetros quadrados, e abrange 13 dos 21 concelhos do distrito, num total de 7 vigararias e 113 paróquias.
Padre Joaquim Ganhão - Chefe de gabinete de D Manuel Pelino
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Padre Francisco Ruivo - Vigário da Pastoral da Diocese de Santarém
João Ramalho - Seminarista
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João Ramalho - Seminarista
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https://www.youtube.com/watch?v=seENmssY9Ig
https://www.youtube.com/watch?v=D_3-OwRHDKM
Lisboa agradeceu serviço de D. José Traquina
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O Seminário dos Olivais acolheu uma celebração de “agradecimento pela nomeação” de D. José Traquina como bispo de Santarém, que depois de várias décadas de missão no Patriarcado de Lisboa. Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. José Traquina começou por devolver esse “reconhecimento” a todos quantos partilharam consigo uma história de vida np Patriarcado de Lisboa. D. José Traquina integrou a equipa do Pré-Seminário de Lisboa, entre 1995 e 1997, e foi também diretor espiritual |
do Seminário dos Olivais, entre 2012 e 2014. A Missa foi presidida pelo cardeal-patriarca, que falou de D. José Traquina como "um homem de Deus para o povo". "Vai ser muito bom em Santarém como tem sido muito bom em Lisboa”, salientou D. Manuel Clemente, que destacou as qualidades humanas e espirituais do novo bispo de Santarém, “um grande dom de Deus à Igreja”. D. Manuel Clemente realçou ainda que a ida de D. José Traquina para a |
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“diocese irmã” de Santarém é uma expressão da “fecundidade” que tem caraterizado a comunidade católica de Lisboa, de onde “nos últimos 10 anos saíram quatro bispos” em missão para outros territórios do país. “É um sinal de que a graça de Deus aqui também trabalha e que assim como recebemos também damos. É a vida da Igreja”, completou. Aquando do anúncio da nomeação, o cardeal-patriarca manifestou “ação de graças a Deus pela vida e ministério do Senhor D. José Traquina” no Patriarcado, “onde nasceu e cresceu, onde foi Sacerdote e Bispo, com tanta generosidade, piedade e acerto pastoral”. Para o cardeal-patriarca, “as qualidades sempre demonstradas” |
por D. José Traquina “fazem dele um autêntico sacramento de Cristo Pastor no meio do seu povo”. “Muito aproveitámos nós no Patriarcado e muito aproveitarão os seus novos diocesanos”, refere D. Manuel Clemente. “Na continuidade do fecundo trabalho dos Senhores D. António Francisco Marques e D. Manuel Pelino Domingues, D. José Traquina saberá corresponder inteiramente às necessidades e expetativas dos seus novos diocesanos”, acrescentou. “Rezemos por ele e rezemos por todos, confiantes em Cristo e na Mãe da Igreja!”, conclui a mensagem publicada na página da internet do Patriarcado de Lisboa. |
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Para o cardeal-patriarca, “as qualidades sempre demonstradas” por D. José Traquina “fazem dele um autêntico sacramento de Cristo Pastor no meio do seu povo”. “Muito aproveitámos nós no Patriarcado e muito aproveitarão os seus novos diocesanos”, refere D. Manuel Clemente.
“Na continuidade do fecundo trabalho dos Senhores D. António Francisco Marques e D. Manuel Pelino Domingues, D. José Traquina saberá corresponder inteiramente às necessidades e expetativas dos seus novos diocesanos”, acrescentou.
“Rezemos por ele e rezemos por todos, confiantes em Cristo e na Mãe da Igreja!”, conclui a mensagem publicada na página da internet do Patriarcado de Lisboa.
Comunhão e obediência filiais |
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O Colégio dos Consultores de Santarém enviou uma mensagem de saudação ao novo bispo diocesano, D. José Traquina, em nome do clero e das comunidades católicas locais. “As terras da beira Tejo, desejam ser o terreno fértil onde o seu ministério pastoral pode agora continuar a mesma missão iniciada pelo nosso primeiro Bispo, D. António Francisco Marques, e continuada nos últimos dezanove anos por D. Manuel Pelino”, refere o texto. “Asseguramos-lhe a nossa comunhão e obediência filiais bem como a nossa oração perseverante”, acrescenta o Colégio dos Consultores da Diocese de Santarém. O organismo consultivo manifesta a intenção de, com o novo bispo, crescer “como Igreja viva, abertos aos tempos novos”, com “ousadia evangélica e criatividade pastoral”. “Recebemos o nosso Bispo na alegria e na esperança, de coração disponível para a necessária conversão que nos permitirá sonhar e construir a Igreja que Deus quer e o mundo precisa”, acrescenta o texto da saudação. |
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Conferência Episcopal Portuguesa Online |
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A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) inaugurou na passada semana as suas novas instalações dos serviços ligados ao episcopado católico, situadas na Quinta do Bom Pastor, em Lisboa. Fruto dessa abertura esta semana decidi olhar para o seu sítio na internet. Ao digitarmos o endereço www.conferenciaepiscopal.pt percebemos rapidamente que entramos num espaço eminentemente informativo onde, além do habitual menu, encontramos as mais recentes notícias da Igreja que de alguma forma se relacionam com o episcopado. Além disso temos também presente quatro importantes ligações para ferramentas externas (Anuário Católico, Catecismo, Enciclopédia católica e Doutrina Social da Igreja) que por si só merecem especial e cuidada atenção. A opção Conferência Episcopal encerra tudo aquilo que se relaciona com esta “entidade representativa da Igreja Católica em Portugal” (art.1º, n.º 2 dos estatutos). Em estrutura e funcionamento podemos perceber como funciona |
este organismo que é “uma das conferências mais antigas, atuando regularmente como tal desde os anos 30 do século XX, embora só em 1967 tivesse os primeiros estatutos”. Caso pretenda saber quem são os membros que compõem a conferência, basta que aceda ao item “membros”. Aí encontra a lista completa dos bispos diocesanos, auxiliares, eméritos e do ordinário castrense. Na opção “órgãos” somos informados acerca de quem são os membros que compõem os órgãos que compõem a assembleia plenária para o triénio 2017/2020. Temos também uma lista completa de todas as comissões episcopais com os respetivos presidentes, vogais e secretários. Ao nível dos secretariados nacionais dispomos de um espaço próprio com a indicação de quem é a pessoa responsável, quais os serviços que engloba e ainda ligação para a sua presença na internet. Se o seu objetivo passa por saber quem são os delegados da CEP basta que clique na opção com o mesmo nome. Existe uma área inteiramente dedicada a uma componente mais histórica. Em “presidência ao longo da história” poderemos descobrir como foram |
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compostos os órgãos da conferência episcopal desde 2005 até aos dias de hoje. No item “documentos” poderemos consultar todos os comunicados, discursos, mensagens, cartas e demais textos que foram emitidos pela CEP. Como sabemos a “a Igreja em Portugal abrange 20 dioceses agrupadas em três províncias eclesiásticas e o Ordinariato |
Castrense (Diocese das Forças Armadas e de Segurança)” assim em dioceses somos convidados a conhecer melhor cada uma, nomeadamente a morada e claro o endereço eletrónico e o sítio que nos remete para a presença na internet.
Fernando Cassola Marques |
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«Communio» dedica número ao Centenário das Aparições de Fátima
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A Revista Internacional Católica ‘Communio’ dedica o seu mais recente número ao Centenário das Aparições em Fátima, para refletir sobre o seu “significado, alcance e atualidade”. Na revista enviada à Agência ECCLESIA, os responsáveis |
pela publicação internacional começam por explicar que esta “não podia deixar de se associar à celebração” e reflexão dos 100 anos das aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria. O bispo de Leiria-Fátima, D. António |
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Marto, escreve um artigo sobre atualidade e mensagem em ‘Fátima hoje’ onde enumera características que interpelam a Igreja e o mundo. O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente assina o estudo de Teologia Histórica sobre ‘Fátima no contexto do catolicismo contemporâneo’. O número tem também dois artigos do então diretor da revista, padre Henrique de Noronha Galvão, que faleceu no passado dia 24 de outubro: ‘Para uma teologia de Fátima. Cem anos depois’ analisa as “grandes linhas do apelo à fé”; ‘O Rosário Revisitado’ propõe uma “nova maneira de distribuir e meditar os mistérios de Jesus Cristo. Já D. Carlos Azevedo, delegado do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé), escreve sobre o contexto histórico, nacional e internacional em ‘as condições históricas das visões de Fátima e a afirmação da religiosidade popular (1917-1942)’. ‘Os media geradores de santuários. Amplificação de Fátima pela comunicação social?’ é o artigo do sacerdote e jornalista António Rego, enquanto o jornalista Paulo Rocha, diretor da Agência ECCLESIA, |
apresenta o santuário da Cova da Iria como ‘um lugar para quem tem saudades de Deus’. Em ‘Depoimentos’ são apresentados quatro textos que são testemunhos a partir de diferentes experiências: o servita Francisco Noronha de Andrade; a professora universitária jubilada Maria Manuela de Carvalho; o economista José Miguel Moser e a encenadora Matilde Trocato. A Revista Internacional Católica ‘Communio’, na seção final ‘Perspectivas’, publica um artigo do padre e teólogo Réal Tremblay que apresenta natividade de Jesus através da música sacra de Sebastian Bach, mais concretamente a “Cantata BWV40” que “foi escrita para o segundo dia depois do Natal”. No contexto do centenário das aparições, que o Santuário de Fátima vai promover este domingo, dia 26 de novembro, a jornada de encerramento do Ano Jubilar, entre as 10h00 e as 17h30.
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novembro 2017 |
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25 de novembro. Setúbal - Lançamento do livro sobre o cardeal Cardijn
. Évora - Jornada diocesana de Liturgia
. Leiria - Seminário de Leiria - Encontro de namorados para refletir sobre as "novas tecnologias e a forma como elas definem largamente a nossa comunicação" e promovido pela Equipa 3XSim da Pastoral Pré-Matrimonial da Diocese de Leiria-Fátima.
. Braga – Fafe - «Hi-God um dia com Deus» realiza-se em Fafe e é promovido pelo «Grupo Peregrinos». . Lisboa - Colégio São João de Brito - Primeiras Jornadas da Escola Católica com o tema «Um presente com futuro».
. Lisboa - Externato Marista, 09h15 - II Encontro Ecuménico do movimento Fraternitas (núcleo de Lisboa) que aborda o tema «Solidariedade para com os pobres» e «Libertação da pobreza».
. Lisboa - Centro Cultural Franciscano, 10h00 - A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNPJ) vai promover a sua |
conferência anual subordinada ao tema «Muros e pontes: Europa, Migrações e Diálogo de Culturas», no Centro Cultural Franciscano, em Lisboa.
. Fátima - Hotel Essence Inn Marianos, 10h00 - Encontro dos responsáveis diocesanos da Pastoral Juvenil e apresentação do novo diretor nacional da Pastoral Juvenil, padre Filipe José Diniz.
. Lisboa - El Corte Inglés, 10h00 - Cáritas Diocesana de Lisboa promove «luz que brilha sobre a cidade».
. Porto - Fundação Eng. António de Almeida, 11h30 - Lançamento da obra «Reanimar? - Histórias de Bioética em Cuidados Intensivos» da autoria do médico António Maia Gonçalves
. Lisboa - Igreja de São João de Deus, 17h00 - Lançamento da obra «Acompanhar, discernir, integrar» da autoria de José Granados e com apresentação de D. Nuno Brás, bispo auxiliar de Lisboa.
. Porto - Igreja de Nossa Senhora do Carmo, 21h30 - Concerto na Igreja de Nossa Senhora do Carmo (Porto) |
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26 de novembro. Évora – Sé - Entrega da luz da paz na catedral
. Fátima - Santuário de Fátima encerra Ano Jubilar do Centenário das Aparições
. Santarém - Igreja de Santa Clara, 16h00 - Entrada solene de D. José Traquina na diocese de Santarém
. Bragança – Sé, 18h00 - No encerramento do ano pastoral, o bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, vai ordenar cinco diáconos permanentes.
27 de novembro. Myanmar e Bangladesh - O Papa Francisco vai realizar ainda este ano uma visita apostólica a Myanmar, a antiga Birmânia, e ao Bangladesh, entre os dias 27 de novembro e 02 de dezembro.
. Fátima - Espectáculos do grupo «Gen Rosso».
. Lisboa - UCP (Auditório padre José Bacelar e Oliveira), 17h00 - Workshop sobre «A instrumentalidade sócio-política de Fátima» com Luís Salgado de Matos e Sérgio Ribeiro Pinto. |
28 de novembro. Coimbra - Convento de São Francisco - No dia 28 de novembro vai realizar-se o 5º congresso regional sobre «Envelhecimento Ativo e Saudável» promovido pelo consórcio Ageing@Coimbra, do qual a Cáritas Diocesana de Coimbra é parceira.. Porto - Palacete Araújo Porto, 17h30 - Apresentação da obra «Portugal Católico» no Porto.
29 de novembro. Costa Rica - Congresso internacional sobre a biodiversidade centrado na encíclica «Laudato Si» e promovido pela Fundação «Joseph Ratzinger-Bento XVI». (Até 01 de dezembro)
. Évora - Reunião dos responsáveis dos departamentos da pastoral da Diocese de Évora
30 de novembro. Fátima - Domus Carmeli - Seminário sobre «Envelhecimento e espiritualidade» promovido pelas capelanias hospitalares. (termina a 01 de dezembro)
. Braga - Museu Pio XII - Apresentação da obra «Portugal Católico» em Braga. |
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II Concílio do Vaticano: João XXIII sacudiu a poeira do trono de São Pedro |
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Já se completaram 50 anos da morte do Papa que convocou o II Concílio do Vaticano, João XXIII. É oportuno recordar alguns pensamentos/frases dos últimos dias de vida terrena do Papa Roncalli. A 31 de maio de 1963 (3 dias antes de falecer), João XXIII confessa que nas suas vigílias noturnas tem “sempre” diante dele “Jesus crucificado, com os braços estendidos para abarcar o mundo inteiro” e acrescenta: “Estou pronto a ir onde o Senhor me chamar. Desejo desaparecer e encontrar-me em Cristo” (Cf. Fesquet, Henri – Fioretti do Bom Papa João. Lisboa: Livraria Morais Editora, 1964). No primeiro dia de junho do mesmo ano, João XXIII solicita que lhe recitem o Magnificat. Aos mais próximos, o Papa diz-lhes: “Então, coragem! Não é momento de chorar, é um momento de alegria e glória”. Depois, de recitado o Magnificat, o Papa que convocou o II Concílio do Vaticano pede ao cardeal Gustavo Testa que “fique um pouco mais” e ao professor Gasparrini roga para que não fique inquieto porque “as malas estão sempre feitas. Quando soar o momento da partida”, não perderá tempo. Estas palavras significativas e vivenciais de João XXIII mostram que sentia os últimos momentos da sua vida terrena. No dia de Pentecostes de 1963 (02 de junho), o Papa Roncalli dá a última bênção ao mundo e, às 19h45 do dia seguinte, depois de dizer «Mater mea, fiducia mea» (Minha mãe, minha confiança) João XXIII fechou os olhos. (Cf. Fesquet, Henri – Fioretti do Bom Papa João. Lisboa: Livraria Morais Editora, 1964, Pág 164). Nascido no dia 25 de novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e província de Bérgamo (Itália), |
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e nesse mesmo dia foi batizado com o nome de Angelo Giuseppe; foi o quarto de treze irmãos, nascidos numa família de camponeses e de tipo patriarcal. Ao seu tio Xavier, ele mesmo atribuirá a sua primeira e fundamental formação religiosa. O clima religioso da família e a fervorosa vida paroquial foram a primeira escola de vida cristã, que marcou a sua fisionomia espiritual. Depois da morte de Pio XII, foi eleito Papa a 28 de outubro de 1958 e assumiu o nome de João XXIII. O seu pontificado, que durou menos de cinco anos, apresentou-o ao mundo como uma autêntica imagem de bom Pastor. Manso e atento, empreendedor e corajoso, simples e cordial, praticou cristãmente as obras de misericórdia corporais e espirituais, visitando os encarcerados e os doentes, recebendo homens de todas as nações e crenças e cultivando |
um extraordinário sentimento de paternidade para com todos. O seu magistério foi muito apreciado, sobretudo com as Encíclicas «Pacem in terris» e «Mater et magistra». Convocou o Sínodo romano, instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canónico e convocou o Concílio Ecuménico Vaticano II. A ideia do concílio não amadureceu nele como “o fruto de uma demorada meditação, mas como a flor espontânea de uma inesperada Primavera”, referiu um dia. Numa conversa com um embaixador, o Papa João XXIII disse-lhe o que esperava desta assembleia magna que teve o seu início em outubro de 1962: “Espero que traga um pouco de ar puro… Há que sacudir a poeira que, desde Constantino, se vem acumulando no trono de São Pedro”. |
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Este sábado em Lisboa, no Colégio de São João de Brito, têm lugar as primeiras Jornadas da Escola Católica. ‘Um presente com futuro’ é o tema que enquadra esta iniciativa que pretende promover a identidade da escola católica no seio da sociedade e da própria Igreja.
«Muros e pontes: Europa, Migrações e Diálogo de Culturas» é o tema da Conferência anual da Comissão Nacional Justiça e Paz que este sábado, leva ao Centro Cultural Franciscano, em Lisboa, diversos oradores em torno da problemática do diálogo entre culturas e do fenómeno migratório.
Domingo dia 26, entrada solene de D. José Traquina na Diocese de Santarém. Será pelas 16h00, na Igreja de Santa Clara. D. José Traquina, até agora auxiliar do Patriarcado de Lisboa, é o novo bispo de Santarém, sucedendo a D. Manuel Pelino.
Neste dia, o Santuário de Fátima, encerra o Ano Jubilar do Centenário das Aparições. O programa tem inicio às 10h00 com a oração do rosário, na Capelinha das Aparições, seguida de Missa, na Basílica da Santíssima Trindade pelas 11h00, com a presidência de D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima; no final da Missa há uma procissão até à Capelinha, onde será feita uma consagração a Nossa Senhora. |
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Programação religiosa nos media |
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Antena 1, 8h00 RTP1, 10h30 Transmissão da missa dominical
11h00 - Transmissão missa
Domingo: 10h00 - Porta Aberta; 11h00 - Eucaristia;
Segunda-feira: 12h00 - Informação religiosa
Diariamente 18h30 - Terço
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![]() RTP2, 13h00Domingo, 26 de novembro - D. José Traquina, novo bispo de Santarém
Segunda-feira, dia 27 novembro, 15h00 - Entrevista ao novo diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, padre Filipe Diniz.
Terça-feira, dia 28 novembro, 15h00 - Informação e entrevista a Adré Costa Jorge sobre a visita do Papa a Mianmar e Bangladesh
Quarta-feira, dia 29 novembro, 15h00 - Informação e entrevista a Emanuel Soeiro sobre a campanha "Presentes Solidários.
Quinta-feira, dia 30 novembro, 15h00 - Informação e comentário à atualidade
Sexta-feira, dia 01 de dezembro, 15h00 - Entrevista. Comentário à liturgia do domingo.
Antena 1 Domingo, 26 de novembro, 06h00 - Perfil do novo bispo de Santarém, D. José Traquina
Segunda a sexta, 27 de novembro a 01 dezembro, 22h45 - Diocese de Bragança: Juventude, Departamento de Conservação e Restauro, Turismo regilioso, Monjas Trapistas e Projeto Pastoral para a diocese.
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Ano A – 34.º Domingo Do Tempo ComumSolenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo |
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Entrar na ternura do Rei de Amor |
Neste 34.º Domingo do Tempo Comum, que termina o Ano A da liturgia, celebramos a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Este rei não é como os outros: o seu Reino não é deste mundo, a sua coroa é de espinhos, o seu trono é uma cruz, o seu poder é diferente do poder do mundo, o seu exército é composto por homens desarmados, a sua lei são as bem-aventuranças e o amor, o seu Reino é um mundo de paz. A primeira leitura de Ezequiel utiliza a imagem do Bom Pastor para apresentar Deus e para definir a sua relação de carinho, ternura e amor pelo seu povo. Um belíssimo texto sobre o cuidado extremo de Deus para connosco, que importa reler com toda a atenção. Na segunda leitura, Paulo lembra aos cristãos que o fim último da caminhada do crente é a participação nesse Reino de Deus de vida plena, para o qual Cristo nos conduz. A parábola do juízo final no Evangelho impressiona pela sua simplicidade e provocação: apresenta o Filho do Homem sentado no seu trono, a separar as pessoas umas das outras “como o pastor separa as ovelhas dos cabritos”. No primeiro diálogo, o rei acolhe as ovelhas e convida-as a tomar posse da herança do Reino. No segundo, o rei afasta os cabritos e impede-os de tomar posse dessa herança. Qual é o critério que o rei utiliza para acolher uns e rejeitar outros? A questão decisiva está na atitude de amor ou de indiferença para com os irmãos que se encontram |
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em situações dramáticas de necessidade, os que têm fome, os que têm sede, os peregrinos, os que não têm que vestir, os que estão doentes, os que estão na prisão. Jesus identifica-Se com os pequenos, os pobres, os débeis, os marginalizados, os descartados da sociedade. Manifestar amor e solidariedade para com o pobre é fazê-lo ao próprio Jesus; manifestar egoísmo e indiferença para com o pobre é fazê-lo também ao próprio Jesus. À luz da cena apresentada por Mateus, as parábolas dos domingos anteriores ganham nova força. “Estar vigilantes e preparados” consiste, principalmente, em viver o amor e a solidariedade para com os pobres, os pequenos, os desprotegidos, os marginalizados. Os egoístas e os |
indiferentes não têm lugar no Reino de Deus. Não esqueçamos nunca este facto essencial: o Reino de Deus está no meio de nós. Depende de nós fazer com que esse Reino deixe de ser uma miragem, para passar a ser uma realidade a crescer e a transformar o mundo e a vida das pessoas. Empenhemo-nos nesta semana em dar, em nome do Senhor, ternura e reconforto aos pequenos até aqui ignorados e tão próximos de nós, no nosso prédio, bairro e cidade e, quem sabe, até na nossa casa, na comunidade cristã, na comunidade religiosa. Entremos na ternura do Rei de Amor.
Manuel Barbosa, scj www.dehonianos.org |
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A questão decisiva está na atitude de amor ou de indiferença para com os irmãos que se encontram em situações dramáticas de necessidade, os que têm fome, os que têm sede, os peregrinos, os que não têm que vestir, os que estão doentes, os que estão na prisão. Jesus identifica-Se com os pequenos, os pobres, os débeis, os marginalizados, os descartados da sociedade. Manifestar amor e solidariedade para com o pobre é fazê-lo ao próprio Jesus; manifestar egoísmo e indiferença para com o pobre é fazê-lo também ao próprio Jesus.
À luz da cena apresentada por Mateus, as parábolas dos domingos anteriores ganham nova força. “Estar vigilantes e preparados” consiste, principalmente, em viver o amor e a solidariedade para com os pobres, os pequenos, os desprotegidos, os marginalizados. Os egoístas e os indiferentes não têm lugar no Reino de Deus.
Não esqueçamos nunca este facto essencial: o Reino de Deus está no meio de nós. Depende de nós fazer com que esse Reino deixe de ser uma miragem, para passar a ser uma realidade a crescer e a transformar o mundo e a vida das pessoas.
Empenhemo-nos nesta semana em dar, em nome do Senhor, ternura e reconforto aos pequenos até aqui ignorados e tão próximos de nós, no nosso prédio, bairro e cidade e, quem sabe, até na nossa casa, na comunidade cristã, na comunidade religiosa. Entremos na ternura do Rei de Amor.
Manuel Barbosa, scj
www.dehonianos.org
Iraque: campanha regresso dos cristãos à planície de NíniveUma prenda de Natal |
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Foi com lágrimas, mas também com alegria, que a Irmã Ilham regressou ao convento de Teleskuf. Não é possível esquecer o passado, os dias de fuga, o medo. Mas, para a irmã, o importante, agora, é o futuro. Como ela, muitos começam a regressar a casa. É por isso que as obras no convento são tão importantes. O convento é o coração da aldeia. É o porto de abrigo dos Cristãos
Quando foi obrigada a fugir de Teleskuf, a irmã Ilham não ousou olhar para trás. De qualquer forma, se o tentasse fazer, muito provavelmente as lágrimas toldar-lhe-iam o olhar. Foi em Agosto de 2014 que a irmã dominicana teve de partir, deixando o convento, largando tudo, perante uma tempestade que se anunciava. Ali, naquela aldeia e em toda a Planície de Nínive, a tempestade veio sob a forma de colunas de homens vestidos de negro, com bandeiras ondulantes e ódio na ponta das metralhadoras. Ninguém teve alternativa. “Tivemos de salvar as nossas vidas e fugir.” Tinha 57 anos. Entretanto, os jihadistas foram derrotados, mas a memória desses meses de
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desassossego ficou bem presente nas ruínas das casas, nas igrejas profanadas, nos escombros de um tempo que nunca mais voltará a ser o mesmo. Quando regressou, esta irmã dominicana trazia já os olhos enevoados de lágrimas. O convento lá estava, mas era impossível não reparar na destruição, não escutar ainda os ruídos das botas dos jihadistas, as gargalhadas de desprezo, a violência com que as imagens foram destruídas, o escárnio das ofensas escritas nas paredes. Era impossível não reparar nas portas arrombadas e em tudo o que fora roubado. Era preciso limpar a casa. Era preciso, mais do que tudo, voltar a abrir as portas do convento para que a comunidade sentisse o abraço fraterno, o sorriso gratuito das irmãs. O aconchego do amor. Principalmente isso: o aconchego do amor.
Salvar as criançasPor ali, em Teleskuf, as pessoas começam já a regressar, aos poucos, e todos trazem o rosto carregado de medo e de incerteza. Ninguém sabe |
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como vai ser o dia de amanhã. Todos têm receio que a tempestade regresse ainda mais violenta, ainda mais impiedosa. Por isso, o sorriso e a ternura das irmãs são um conforto único que não se traduz sequer por palavras. Que não tem preço. É preciso dar atenção a todos. A todos os que vão regressando. “Nós visitamos as pessoas em suas casas e damos catequese”, diz a irmã. Parece estranho falar em catequese quando a maior parte das pessoas está mais preocupada em arranjar telhados, reerguer paredes, consertar portas e janelas. Mas se apenas houver a preocupação com os edifícios, se ninguém se inquietar com as pessoas, que vai ser da comunidade cristã? |
Antes da tempestade jihadista, o convento de Teleskuf tinha cinco irmãs. Agora, são apenas duas. Mas isso não preocupa a irmã Ilham. A Irmã Ilham não tem medo do futuro. Tem apenas receio de não conseguir acolher todas as pessoas da aldeia, de não conseguir apagar das suas memórias os dias, os meses, em que viveram tolhidos de medo, sem compreenderem como poderia havera tanto ódio, tanta maldade nos homens. A Irmã Ilham só pede a nossa ajuda para que o convento seja reparado. Não é por ela. É pelas crianças e pelos seus pais. Pelos Cristãos de Teleskuf. Vamos dar-lhe esta prenda de Natal? Paulo Aido | www.fundacao-ais.pt |
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Pobreza? Só a evangélica! |
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Tony Neves |
Combater a miséria, com todos os meios disponíveis, é proposta do Papa Francisco que não se tem cansado de chamar a atenção para as periferias e margens da nossa história. O Dia Mundial dos Pobres não pode ser apenas mais um que se celebra e se põe na gaveta no dia seguinte. O Jubileu da Misericórdia ‘obrigou’ o Papa a prolongar o que se reflectiu, rezou e viveu nesse ano tão marcante para a história da Igreja. A criação deste Dia Mundial, celebrado a 19 de Novembro, traz responsabilidades acrescidas à Igreja. É urgente arregaçar as mangas e fazer tudo o que se puder para que haja mais justiça e paz. É imperioso reconhecer que há economias que matam e que a indiferença – disse o Papa neste dia em Roma – é a arma mais letal que as pessoas dispõem e usam diariamente. O almoço de Francisco com muitas centenas de pobres no Vaticano é mais um gesto profético que mostra quanto os mais pobres devem ter lugar no coração da Igreja e nas preocupações dos governantes do mundo inteiro. As voltas que tenho dado ao mundo provam-me que a pobreza é geral e não há razões para nos orgulharmos do estado a que as vidas de muitas pessoas foram condenadas. É duro ver tantas crianças de rua a deambular pelo mercado abastecedor de Assunção, no Paraguai, como é duríssimo conhecer as vidas sofridas dos mais de cinco mil reclusos na prisão de Palmasola, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. E falo apenas de pessoas com quem os Missionários Espiritanos partilham vida e preocupação pastoral. |
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Volto à primeira mensagem que o Papa Francisco escreveu para este Dia Mundial: ‘Nestes dois mil anos, quantas páginas de história foram escritas por cristãos que, com toda a simplicidade e humildade, serviram os seus irmãos mais pobres, animados por uma generosa fantasia da caridade!’; ‘Somos chamados a estender a mão aos pobres, a encontrá-los, fixá-los nos olhos, abraça-los, para lhes fazer sentir o calor do amor que rompe o círculo da solidão’; ‘a pobreza tem o rosto de mulheres, homens e crianças explorados para vis interesses, espezinhados pelas lógicas perversas do poder e do dinheiro’; ‘benditas as mãos que se abrem sem pedir nada em troca, sem ‘se’ nem ‘mas’ nem ‘talvez’: são mãos que fazer descer sobre os irmãos a bênção de Deus’. O mundo tem de mudar. Como permitir que se deite fora comida e |
haja milhões com fome? Como aceitar que haja tanta terra sem gente e tanta gente sem terra? Como se explica que haja tanta escola vazia e tanta criança sem escola? E há ainda a urgência de combater a falta de esperança no futuro que vitima milhões de pessoas que não esperam nada do amanhã. A pobreza miserável faz razias por esse mundo além. Há que a combater com todas as forças. Salvemos a pobreza evangélica que propõe vidas simples, orantes, despojadas e dedicadas aos outros. Trabalhemos para erradicar todas as formas de pobreza que esmagam, humilham e matam. Este Dia Mundial dos Pobres vai abrir uma brecha nas nossas muralhas de cristãos que pouco fazemos para que o Evangelho rasgue caminhos de justiça, paz e fraternidade. Dêmo-nos as mãos e os corações para que o Evangelho tome conta de nós e transforme o mundo. |
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