04 - Editorial:

       Sandra Costa Saldanha

06 - Foto da semana

07 - Citações

08 - Nacional

14 - Opinião

        D. António Marcelino

18 - A semana de

        José Carlos Patrício

20- Dossier

        "Ide e anunciai"

28 - Entrevista

        D. António Couto

 

 

 

34 - Espaço ECCLESIA

36 - Internacional

42- Cinema

44 - Multimédia

46 - Estante

48 - Vaticano II

50 -  Agenda

52 - Liturgia

54 - Programação Religiosa

55 - Por estes dias

56 - Fundação AIS

58  - Apostolado de Oração

        Elias Couto

 

 

Foto da capa: SNPS
Foto da contracapa:  Agência Ecclesia

 

 

AGÊNCIA ECCLESIA 
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Opinião 

 

 

 

 

 

Autárquicas: Bispos apelam ao voto

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Urgência da Caridade

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Perdão, diálogo e reconciliação para a Síria

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D. António Marcelino|Sandra Costa Saldanha | Elias Couto

 

As riquezas da Igreja

Uma questão fracturante, a que muitos cristãos
não sabem responder

Sandra Costa Saldanha
 

Com um valioso património histórico e artístico, muitos são os que questionam a “riqueza” dos bens da Igreja, os templos grandiosos, as alfaias preciosas. Evocando a pobreza de Jesus, ou os gestos despojados de figuras históricas, advogam a renúncia desses bens. Baluarte na missão para que está vocacionada, na caridade e na solidariedade, compete à Igreja potenciar pastoralmente esse legado, protegê-lo e estimá-lo. Do mesmo modo, não seria concebível que, invocando a miséria no mundo, se vendessem as obras de arte dos grandes museus ou aniquilasse o património dos Estados.

Bens que são, em muitos casos, património classificado e da humanidade, resultam de doações feitas ao longo dos tempos, por cristãos e comunidades de fiéis. Constituem, portanto, uma herança legítima, que a Igreja perpetua, como qualquer instituição, para servir os seus fins: o culto, a evangelização e o serviço da comunidade.

Património inalienável, aceites os imperativos legais, duvida-se também da necessidade de o administrar. Podiam utilizar alfaias mais simples. E de facto, exceptuando os casos de flagrante mau gosto, procuram-se ainda hoje obras de arte de qualidade, capazes de cumprir com dignidade a sua missão e traduzir

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

a grandeza da fé. Já sem a ostentação de outros tempos, mas não descurando a beleza como meio de potenciar a sua função, não se cultiva, evidentemente, a ideia do bem precioso para mera fruição estética.

As do passado, aquelas que herdámos, as que preenchem as nossas igrejas, reflectindo os gostos e as circunstâncias históricas de cada tempo, constituem o melhor testemunho da fé das comunidades que as materializaram, assumindo, por isso, um valor insubstituível para os cristãos.

   
 

 

 

 

   
Mais de 100 mil pessoas juntaram-se ao Papa Francisco
na Praça de São Pedro, no Vaticano, para uma vigília pela paz na Síria
e em todo o mundo

 

 

 

 

“Ainda hoje continuamos esta história de confronto com os irmãos, levantamos a mãos e deixamo-nos guiar pelos ídolos e interesses. Aperfeiçoamos as armas, a nossa consciência adormeceu, como se fosse normal, continuamos a semear, dor e morte”. Papa Francisco, vigília de oração pela paz na Síria e no mundo (07.09.13)

 

“A todo o cidadão pertence oferecer a sua ativa colaboração, especialmente quando é convocado para votar. A abstenção acaba sempre no beco sem saída da desistência de contribuir para melhorar a vida da comunidade”. Mensagem do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa para as eleições autárquicas (10.09.13)

 


 

 

 

“Urge apostar na pastoral do acolhimento, que não se cumpre em cartórios resmungados, onde os olhares ou as respostas, muitas vezes, parecem caçadeiras de canos serrados. E por isso dizemos: ‘passe lá pelo meu despacho’. A prioridade é despachar a pessoa”. Cónego João Aguiar no 28.º Encontro da Pastoral Social, em Fátima (Rádio Renascença, 11.09.13)

 

 

“Temos consciência que é um tema importante que vai gerar profundo debate sobre o sistema de pensões em Portugal. O Governo pretende apoiar e participar nesse debate, e canalizar toda a informação que for necessária para um debate profundo, sério e informado”. Hélder Rosalino, secretário de Estado da Administração Pública, depois da decisão do Governo em cortar 10 por cento nas pensões da função pública acima dos 600 euros (TVI24, 12.09.13)

 

 

Autárquicas: Bispos apelam ao voto

O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) apelou à responsabilidade cívica e ao voto das populações nas eleições autárquicas marcadas para 29 de setembro.

No documento, aprovado na última reunião do Conselho Permanente, afirma-se que “a todo o cidadão pertence oferecer a sua ativa colaboração, especialmente quando é convocado para votar”.

“A abstenção acaba sempre no beco sem saída da desistência de contribuir para melhorar a vida da comunidade”, apontam os bispos que integram o Conselho Permanente da CEP.

Os responsáveis católicos, que reuniram esta terça-feira em Fátima, exortam as comunidades a cumprirem o “direito e dever de participar na vida democrática do país, votando naqueles que em consciência cada um julgar serem os mais aptos para servir o povo nos respetivos municípios e freguesias”.

Recordam ainda as palavras que o Papa Francisco dirigiu aos cristãos, desafiando-os a participar ativamente na vida política

 

e a trabalharem pelo “bem comum”.

Dirigindo-se depois aos “profissionais da política” que se preparam para concorrer ao sufrágio de setembro, os bispos pedem-lhes que privilegiem a “honestidade, competência e espírito de serviço”.

“Mais do que fazer prevalecer uma determinada cor política e partidária, está em jogo a capacidade dos candidatos servirem o povo da sua zona”, sublinha o organismo.

O Conselho Permanente é um órgão delegado da assembleia dos bispos católicos em Portugal, com funções de preparar os seus trabalhos e dar seguimento às suas resoluções, reunindo ordinariamente todos os meses.

Na reunião do Conselho Permanente da CEP foi também decidido apresentar uma mensagem sobre o mundo do trabalho, no contexto da crise socioeconómica e do desemprego que atinge o país, na Assembleia Plenária da CEP, em novembro.

Nesta reunião, foi ainda destacado «heroísmo» dos bombeiros

 

 

 

 

e manifestado o apoio à petição europeia “Um de nós”, iniciativa da sociedade civil em nome da promoção e defesa da vida, e à Caminhada Pela Vida, no dia 5 de outubro em Lisboa, a partir das 15h00,

O organismo é atualmente constituído por D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa (presidente da CEP); D. António Marto (vice-presidente), bispo

 

de Leiria – Fátima; D. Jorge Ortiga (vogal), arcebispo de Braga; D. Gilberto Canavarro Reis (vogal), bispo de Setúbal; D. António Francisco dos Santos (vogal), bispo de Aveiro; D. Manuel Quintas (vogal), bispo do Algarve; D. António Couto, bispo de Lamego; padre Manuel Morujão (secretário).

 

 

Um Observatório Social
para melhorar respostas

O Observatório Social, proposto pela Conferência Episcopal Portuguesa, é um “desejo antigo” prestes a “concretizar-se”, explica o cónego Roberto Mariz, responsável pela pastoral social da diocese de Braga.

Este projeto, que pretende ser alargado ao território nacional, será “executado” pela Universidade Católica Portuguesa, concretamente pelo polos de Braga e do Porto, em parceria com a Caritas Portuguesa e a União das Misericórdias Portuguesas.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o cónego Roberto Mariz explica que o “objetivo principal” é dinamizar as “respostas” às necessidades da população, notando que, “ao contrário do desejado”, não tem havido cooperação suficiente entre as dioceses.

Para o sacerdote, a “articulação e a cooperação” entre as dioceses e os vários órgãos da Igreja pode ser “muito vantajoso” para as

 

 

 

 

pessoas a quem irão “prestar serviço”.

Este observatório social irá

permitir a ação em situações “concretas” e não apenas a realização de “projetos” sem determinação de objetivo, afirma o cónego, notando que, com esta iniciativa, a Igreja irá ter uma maior perceção da “real dimensão” das ajudas que tem prestado.

 

 

 

Urgência da Caridade

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa sublinhou, esta terça-feira, em Fátima, no encontro da pastoral social, que os tempos atuais são “muito complexos” e que se vive uma «autêntica mudança de época”.

D. Manuel Clemente disse aos participantes do encontro subordinado ao tema «Testemunhar a Caridade no Ano da Fé» que a humanidade “está disponível e desperta para uma atitude verdadeiramente cristã”.

Na sessão de abertura, o presidente da CEP referiu que a prática da caridade “é urgente” nos tempos que correm e os cristãos devem “estar na primeira linha”.

 

 

No encontro a decorrer em Fátima, Centro Pastoral Paulo VI, até hoje quinta-feira, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. Jorge Ortiga, realçou também que na sociedade hodierna “as coisas confundem-se com relativa facilidade” e “muitas vezes procura-se camuflar a verdadeira identidade com uma ambiguidade que às vezes pode ser preocupante”.

Segundo D. Jorge Ortiga, “o medo impôs-se com os seus variadíssimos tentáculos” e “nem sempre há uma preocupação por um encontro com os verdadeiros conteúdos”.

 

Aveiro: Missão Jubilar
assinala dia e mês da família

 

A Diocese de Aveiro assinalou esta quarta-feira, dia 11, o Dia da Família com a proposta de que uma refeição seja feita com a "televisão desligada" e, ao longo de todo o mês, os laços familiares sejam fortalecidos.

D. António Francisco dos Santos, bispo de Aveiro, assinala numa mensagem que dirigiu à diocese, que “ser família” exige tempo “para escutar e ser escutado, para ajudar e ser ajudado, para ser com os outros e para os outros, para amar e ser amado”.

No início de uma “nova fase” da Missão Jubilar, o bispo diocesano convida “cada família da Diocese” a

 

“encontrar, ao longo deste mês, mais tempo” para que se fortaleçam laços e se promovam “oportunidades de diálogo frutuoso” com “disponibilidade e criatividade”.

Nesta quarta-feira, a Missão Jubilar desafiou as famílias da diocese a que “pelo menos” uma refeição “aconteça coma tv desligada”.

A proposta é transmitida no material de apoio para este mês, onde uma casa em papel a ser concluída por cada família contem a mensagem essencial deste Dia da Família e o calendário da Missão para o mês de setembro.

 

 

 

Porto inicia novo ano pastoral

D. Pio Alves, administrador apostólico da Diocese do Porto, presidiu esta segunda-feira ao início do ano pastoral afirmando a “expetativa da nomeação” de um novo bispo diocesano e sugerindo o “horizonte vicarial” para a realização dos projetos pastorais.

Na homilia da missa da solenidade da dedicação da Catedral, D. Pio Alves assinalou a “importante particularidade” em que acontece o “início formal” de um novo ano de atividades, que espera ver ultrapassada “num tempo tão breve quanto possível”.

 

 

D. Pio Alves recordou a realização da “Missão2010” como oportunidade de afirmação da “unidade da Diocese na sua diversidade” e o Ano da Fé, assinalado com celebrações nas diferentes nas vigararias, uma “realidade sociológica e pastoral cujas potencialidades têm que ser mais e melhor aproveitadas”.

Para o administrador apostólico da Diocese do Porto, “todas as necessidades e projetos pastorais deverão ser olhados, cada vez mais, com ousada prudência, num horizonte mais amplo, mormente no horizonte vicarial”.

 

Critérios para uma renovação desejada

D. António Marcelino
bispo emérito de Aveiro

 

Não são gestos espetaculares que levam  à renovação da Igreja. O Vaticano II deu critérios evangélicos, enunciou princípios, sublinhou valores. Muitos ainda o não entenderam. Interesses  e privilégios que a história canonizou  isso impedem.  O Papa Francisco, com gestos e palavras, é testemunha e apelo da renovação que urge.

Há meses chamou a Roma os núncios apostólicos , gente já contestada no Concilio, que, afinal, foi ganhando poder para além do que seria de esperar. Fruto de uma pressão romana centralizadora, à custa da missão dos bispos, como  membros do Colégio Apostólico desde a ordenação episcopal. Um facto que confunde conceitos teológicos e mantem uma linguagem inadequada. Os núncios são diplomatas de carreira que garantem, por delegação romana, a ligação do Vaticano com os poderes civis, quando entre as partes há valores a promover e a salvaguardar. Tempos atrás, pela dificuldade de comunicação com a Cúria Romana, foram-lhes confiados vários serviços de mediação. A mala diplomática facilitava. A vida mudou, as comunicações facilitaram-se, o Concilio sublinhou a missão de todos bispos e criou as conferências episcopais. Parece que nada mudou e os problemas aumentaram. Quem garante, na Igreja, a verdadeira ligação com o Papa e o ministério  comum ao serviço do Povo de Deus, são os bispos, não são os diplomatas

 

 

 

romanos, ainda que sejam  arcebispos de carreira. Tentar de outro modo é subverter a teologia do episcopado, pondo a diplomacia, uma estrutura humana, acima da hierarquia da Igreja, que, por sua natureza e vontade do próprio Jesus Cristo, é de instituição divina. Assim o recorda, a esquecidos ou ignorantes, o Vaticano II.

O centralismo romano mantém nas mãos dos núncios, uma missão, tão difícil como importante, para a renovação: a organização do processo

 

 

de  nomeação de novos bispos e da sua transferência, quando justificada. Vem ao de cima que esta tarefa não aparece, por esse mundo fora, sempre isenta de suspeita, por interesses, favores e compromissos. Assim se vem dizendo, sem medos nem reservas. O conhecimento da vida da Igreja, da história das dioceses, das capacidades de quem as serve e poderá vir a servir, dos caminhos andados e desafios em aberto, não se adquire de um momento para o outro, nem por via de informadores restritos. Pode haver

 

 

 

 

necessidade de dar, sem delongas, a uma diocese vaga o seu bispo. Os bispos, nem todos, só intervêm de modo lateral. O núncio faz consultas , sempre  secretas.Não se sabe quem foi ouvido e quem sugeriu os nomes, embora, haja normas claras neste sentido, facilmente esquecidas ou ladeadas. Os bispos da Argentina, com o cardeal Bergoglio, hoje Papa , levaram a Roma o seu protesto por estarem a ser nomeados novos bispos no país, à revelia dos bispos locais… Quem conhece o palco de atuação e o pano que o oculta e só se abre no momento do espetáculo, não tem dificuldade em perceber o que se passa.

Os novos bispos não são bispos do senhor núncio, mas da comunidade cristã, chamados a servi-la, sem condições nem dependências. Nem são bispos de outro bispo que quer uma folha de benemerências pelo número dos bispos que promoveu…

O Papa Francisco  tem condenado o carreirismo na Igreja, uma “lepra” lhe chamou, e  a ânsia de promoção nos cargos eclesiásticos. Sublinhou,

   
 

 

 

 

 

 

como critério a ter presente, o perfil do bispo pastor. Para além do que se deve esperar de quem é proposto para o episcopado, disse que os que querem ser bispos e tudo fazem nesse sentido, por si ou por mediadores, a decisão da Igreja é de não os querer. Usou então uma palavra muito forte: “Aos que querem, não os quer a Igreja”. E disse ainda que um bispo, dado a uma diocese discreta, não deve pensar que está aí de passagem para outra mais importante e vistosa. O carreirismo, que afeta, diz o Papa, muitos núncios, por influência destes, vai atingindo novos sonhadores de honras e poder. Esta preocupação  parece dizer que as coisas vêm  piorando.

“O poder na Igreja é serviço” disse o Papa. E o Geral dos Jesuítas afirmou  que “ O poder na Igreja não tem valor cristão”. O que por aí se diz  e faz  que toca com a vida dos bispos, ajuda a ver que o Vaticano II está por realizar.   A  vontade de não clarificar impede que se limpe o rosto da Igreja.  Se as coisas não mudarem, com a pressa desejada, a Igreja irá perdendo a identidade e ficará mais à margem do Evangelho e da vida.

 

 

 

Regresso às aulas

Margarida Duarte

Agência ECCLESIA

 

Para muitas crianças e jovens hoje é dia de começar ou regressar às aulas.

O primeiro dia de escola é sempre inesquecível. De mala às costas carregada com os livros ainda por descobrir, os cadernos a cheirar a novos e o estojo cheio de lápis.  Um misto de entusiasmo e nervosismo por reencontrar e conhecer novos colegas e o professor.

Há 18 anos atrás lá estava eu, sentada na minha mesa na escola primária de Idanha-a-Nova. Lembro-me que ir à escola nunca foi uma obrigação mas sim uma alegria. Matemática, Língua Portuguesa e Estudo do Meio, de todas gostava. Lembro-me sempre com carinho da minha professora Filomena que durante os 4 anos do primeiro ciclo me viu crescer. E mesmo depois no segundo ciclo e no secundário sempre me lembro de adorar ir para a escola, de brincar nos recreios, de fazer novos amigos e de descobrir todos os dias um mundo novo.

Hoje partilho com os meus sobrinhos o entusiasmo deles por regressarem à escola para junto dos amigos e das suas professoras. As malas estão prontas e o mais importante, pelo menos para o meu sobrinho Lourenço o estojo já está cheio com lápis de todas as  cores para pintar os desenhos! A partir de hoje todos os dias vão ter novidades

para me dar: o Lourenço a cada dia que passar vai ler melhor e a Francisca cada vez fará

 

 

 

problemas mais difíceis e composições cada vez mais completas!
Mas hoje vivo também o primeiro dia de aulas pelos olhos de uma das muitas pessoas que recebem de braços abertos os alunos. A minha mãe, professora primária há 32 anos. Há semanas que prepara afincadamente o regresso às aulas, fala-me entusiasmada e ansiosa por receber os “seus meninos” que pela primeira vez chegam à escola do primeiro ciclo. Vive o entusiasmo e o nervosismo destas 17 crianças como se fosse também ela dar aulas pela primeira vez.

Está longe de ser a primeira vez mas o amor ao ensino não cede à monotonia e todos os anos também a minha mãe

 

chega à escola com a alegria e o nervosismo típicos do primeiro dia de aulas. Que o primeiro dia de aulas seja para todos as crianças e jovens o inicio de uma caminhada de sucesso, de aprendizagem e de grandes amizades.

Noutros países, infelizmente, nem todas as crianças têm a sorte de poder ir à escola, de aprender a ler e escrever. No Quénia, por exemplo, a corrupção chega até às escolas e prejudica os mais de dois milhões de crianças que vivem na maior favela do mundo, Kibera. Uma notícia que só chegou até nós graças à coragem de uma portuguesa, Marta Baeta, que denunciou um caso de corrupção ás autoridades pondo em risco a sua própria segurança.

 

 

Jornadas missionárias 2013

Padre António Lopes

 

Missão @dgentes – Ide e anunciai! é o tema das próximas Jornadas missionárias que terão lugar no Centro Paulo VI em Fátima nos dias 20 a 22 de setembro.

A grande novidade deste ano é que as Jornadas se realizam em conjunto com as II Jornadas Nacionais da Pastoral juvenil. Esta feliz coincidência é impregnada das palavras do Papa Francisco: “ Queridos jovens, imagino-vos fazendo festa ao redor de Jesus… imagino-vos gritando o seu nome e expressando a vossa alegria por estardes com Ele! Vós tendes uma parte importante na festa da fé! Vós trazei-nos a alegria da fé e dizeis-nos que devemos viver a fé com um coração jovem, sempre: um coração jovem, mesmo aos setenta, oitenta anos! Coração Jovem! Com Cristo, o coração nunca envelhece”.

Nestas Jornadas missionárias, queremos refrescar o nosso coração. Viver esses dias de modo diferente. Para isso muito nos ajudarão as conferências a que assistiremos com agrado e emoção assim como nos workshops em que participaremos de uma maneira ativa: Missão e economia. Juventude e Família. Juventude e cultura. Ecos dos JMJ do Rio de Janeiro.

Sabemos que a Missão está sempre fora de nós, exigindo um movimento para o exterior,

 

 

 

 

 

saindo da própria casa e partindo, não se acomoda ao já alcançado mas é capaz de deixar estruturas e situações para iniciar projetos novos em situações que requerem o primeiro anúncio do Evangelho e revitalizando de maneira criativa o que já existe. Ai de nós se ficássemos agarrados ao contentamento do já feito!

A Missão é sempre jovem. O bem-aventurado João Paulo II dizia que “ a Missão de Cristo Redentor, confiada à Igreja, está ainda bem longe do seu pleno cumprimento…. está ainda no começo, e que devemos empenhar-nos com todas as forças no seu serviço”.  Por isso ele chamava os

jovens de “sentinelas da manhã, afirmando que é seu dever anunciar a chegada do sol que é Cristo ressuscitado”. Sentinela é aquele que tem a função de vigiar, preservar, é aquele que vela por alguma coisa. Nós temos a missão de guardar: a Igreja, os tesouros da fé, as riquezas do evangelho, e ainda zelar pela dignidade humana e denunciar o que vai contra essa mesma dignidade. A

 

sentinela tem como função anunciar que depois da noite vem a manhã, vem o alvorecer, o alvorecer de um novo tempo, de uma nova criação, o alvorecer do Reino de Deus que se expande aqui na terra. Contudo, quando olhamos para o nosso mundo vemos que ainda é noite, ainda existem trevas, milhões de pessoas que não conhecem Deus. Mas o dia vem! O sol vem: Cristo nossa luz que dissipa as trevas do mundo. Missão é fazer com que o sol da manhã – Jesus Cristo – chegue a todos os cantos do mundo. É por isso que o papa Francisco pedia aos jovens para dizerem ao mundo: “ é bom seguir Jesus; é bom andar com Jesus; é boa a mensagem de Jesus; é bom sair de nós mesmos para levar Jesus às periferias do mundo e da existência”.

Oxalá estas Jornadas despertem em todos nós a vontade de continuar a ser no mundo a “alegria suave e consoladora da evangelização” como dizia o Papa Paulo VI.  

Participa!

 

 

 

 
 

 

 

 

 

 

Sexta-feira | Dia 20

 

17:00h Acolhimento | Abertura do Secretariado (Paulo VI)
Haverá Eucaristia (Capela da Boa Morte) para quem o desejar às 19:00h

20:00h Jantar
21:15h Sessão de Abertura
21:30h Conferência
“As culturas juvenis frente ao fenómeno religioso” – Doutora Teresa Messias
23:15h “Acordes de Fé”


Sábado | Dia 21
 

09:00h Eucaristia
10:00h 1ª Conferência:
Culturas Juvenis Emergentes - Pe. Rui Alberto
11:00h Pausa
11:30h 2ª Conferencia:
A missão – D. António Couto
13:00h Almoço
15: 00h Workshops
  1. Missão e Economia
  2. Juventude e Família (Felix Lungu e Rita)
  3. Juventude e Cultura (Actores Ruy de Carvalho e João Carvalho)
  4. Ecos da JMJ Rio 2013 (Jovens de Viana do Castelo)

 

 

  5. Bioética para Jovens (Dr. Luís Marques)
  6. Chiara Luce: Testemunho de fé (Mariagrazia Magrini e Bispo emérito D. Livio Maritano)

16:30h Plenário
18:00h 3ª Conferência:
Imaginar a vida a partir da fé - os jovens como lugar de missão - Pe. José Frazão SJ
19:00h Apresentação do livro de Chiara Luce pela Vice Postuladora Mariagrazia Magrini e Bispo emérito D. Livio Maritano
Apresentação do livro YOUCAT - crisma pela Paulus Editora
20:00h Jantar
21h30h Sessão cultur@l: Projecto Buganvília João Afonso e Rogério Pires (Auditório Bom Pastor)


Domingo | Dia 22
10:30h Rosário (Capelinha)
11:00h Eucaristia e envio (no recinto do Santuário)
13:00h Almoço
15:00h Mesa Redonda: Eugénio Fonseca – Bernardino Silva – Sara Vidal
16:00h Envio e conclusões

 

 

Momentos da JMJ

Fotos João Cláudio/OPM/DNPJ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ide e anunciai

 

D. António Couto, presidente da Comissão Episcopal das Missões e da Nova Evangelização apresenta o tema das Jornadas Missionárias, que este ano são também Jornadas da Pastoral Juvenil. O dinamismo missionário da Jornada Mundial da Juventude será recordado e apresentado nos dias 20 a 22, em Fátima, onde os jovens terão uma participação relevante

 

 

 

 

Agência ECCLESIA (AE): " Missão @dgentes - Ide e anunciai" é o tema das próximas Jornadas Missionárias. Com que novidade o mandato de há dois mil anos será analisado?
D. António Couto (AC): A escolha é claramente por causa do tema da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro (Brasil), porque ainda estamos no ano das jornadas e porque a juventude também vai participar. A nossa organização juvenil das JMJ também vai estar presente nestas Jornadas Missionárias.

Vamos pela primeira vez ter uma espécie de fusão entre aquilo que é a organização das jornadas

 

 

 

propriamente missionárias e também das JMJ. Eles vão estar presentes e portanto vai haver uma simbiose muito jovem. Serão umas jornadas muito jovens com teor missionário. O “Ide” significa não ficar aqui, nem ali e não ficar assim. Implica mudar. Por isso vamos tentar imprimir este “Ide” no coração e na alma de cada participante e também daqueles que tiverem acesso através de outros meios, por exemplo da comunicação social, a estas jornadas. Como referi, elas vão ter um teor particular porque a juventude das JMJ também vai ter vez e voz nestas jornadas missionárias.

 

 

 
     
 

 

 

AE: As palavras do Papa Francisco e o ambiente da JMJ estarão presentes? O encontro foi um momento novo de evangelização?

AC: Sim, estará presente. Os jovens encarregar-se-ão desse colorido e desse tom, não só naturalmente mas também com expressões que eles acharem mais oportunas, como o canto, a dança, a oração… E, vai estar presente, sim, o estilo do Papa Francisco. Hoje, não há outra maneira de vermos a Igreja de uma forma simples, alegre, dedicada e apaixonada mas completamente simples, dedicados aos outros.

É esse o caminho por onde temos de ir. É esse o caminho que temos de abrir porque ele não está aberto de todo. Ainda estamos longe de o ter bem aberto. Isto são lampejos que estão a surgir… É esse o caminho que nos pode unir e reunir a todos e que também nos pode ajudar porque quando nós estamos unidos juntos conseguimos ultrapassar qualquer crise. Portanto, pode-nos ajudar nomeadamente a ultrapassar as crises mais diversas em que estamos envolvidos.

 

AE: A Jornada Mundial da Juventude foi uma oportunidade de evangelizar aqueles que podiam estar mais distraídos?

AC: Sim, houve com certeza muita juventude que foi ao Rio de Janeiro não tanto por causa do Papa Francisco, nem por serem as JMJ, mas para verem o espetáculo que ia acontecer. Mas além do espetáculo temos de lhes dizer que há outra teoria, outro espetáculo que acontece dentro de nós. É para aí que temos de apontar.

Penso que muitas pessoas foram ao Rio de Janeiro devido à imensa multidão de jovens e nós sabemos todos que os jovens adoram ver grandes multidões. Um jovem sozinho não faz nada, mas uma multidão de milhões é excecional. Depois, cada um há sua maneira foi tocado no seu coração, não só pelas palavras do Papa Francisco mas também pelos testemunhos dos outros jovens e é isso que nós também queremos fazer nas nossas Jornadas Missionárias e que vão ter a clara participação da JMJ.

Penso que nos devemos preocupar

 

 

 

 

 

 

por tocar as “cordazinhas” mais finas do coração das pessoas, que se calhar já não tocam há muito tempo. Nós tocamos as mais grossas, mas as fininhas quase nunca são tocadas e são é essas cordinhas fininhas que temos de por a tocar. Isso é, sem dúvida, a nova evangelização, ainda que seja claro que não são tanto novos métodos, nem novas estratégias, nem

 

novos andaimes, é sobretudo uma fidelidade nova, mais intensa para com o Senhor Jesus. Nós não podemos fazer sozinhos uma evangelização nova. Temos de fazer sentir aos jovens e aos menos jovens, a todos, que na minha vida Cristo está comigo, na tua vida Cristo está contigo e que na nossa vida Cristo está connosco e no meio de nós, isso é a nova evangelização.

 

 

FEC envia técnicos educacionais para Guiné

A Fundação Fé e Cooperação (FEC), Organização Não-Governamental católica para o Desenvolvimento, inserida na Conferência Episcopal Portuguesa, enviou 10 técnicos para a Guiné Bissau para participarem no desenvolvimento e promoção da educação naquele país.

Infância, ensino básico, com “intervenção na formação de professores”, administração e gestão escolar são as quatro áreas de intervenção abrangidas pelo programa Ensino de Qualidade em Português, explicados por Sofia Alves, Coordenadora do Programa da FEC na Guiné Bissau.

Durante o período de formação, a FEC apostou no enquadramento do trabalho que está a ser desenvolvido no terreno, bem como no conhecimento da organização e construção da equipa.

O objetivo foi “desconstruir alguns paradigmas e, eventualmente, preconceitos” que os técnicos pudessem ter, assinala Sofia Alves.

D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, presidiu à missa de envio,

 

esta quarta-feira, e revelou que “servir”, independentemente do local, “é um sinal de salvação em Jesus Cristo”.

Esta salvação concretiza-se pelo serviço a que os técnicos se disponibilizaram e se prepararam para fazer, seja em atividades “mais confecionais, sociais, educativas ou sanitárias”, explicou.

O Evangelho inspira esta ação porque, segundo D. Manuel Clemente, “é a atitude cristã de resposta aos problemas humanos”.

“É muito interessante reconhecermos que a aventura evangélica, que começou há dois mil anos, contínua, agora, com estes protagonistas”.

Susana Silva já teve uma experiência de voluntariado «ad gentes» e, aos 51 anos, parte pela primeira vez, num programa da FEC.

Com um doutoramento em educação e formação na área de adultos, trabalhar na educação de infância vai ser “interessante” pela “riqueza” que proporciona, assinala Susana Silva.

Esta técnica decidiu candidatar-se

 

 

 

 

ao trabalho na Guiné porque considera ter conhecimentos a partilhar e também deseja “aprender como se trabalha em países com mais dificuldades”, acrescenta.

Mónica Pacheco, com 29 anos e formação em Serviço Social, reafirma pelo terceiro ano letivo a vontade de trabalhar com a FEC.

Este é o trabalho que a técnica quer continuar a realizar porque acredita no projeto: “apesar de todos os

 

problemas há mais coisas positivas”, nomeadamente a envolvência cultural, “o acolhimento das pessoas e a própria vivência”, sublinha.

Para além das áreas de intervenção de cada técnico, é esperado que estes “desenvolvam e promovam o desenvolvimento humano”, conclui Sofia Alves, a coordenadora do programa da FECD na Guiné-Bissau.

 

 

Educação: Investir na formação
integral da pessoa

Os problemas da criação de mega-agrupamentos de escolas, os efeitos negativos do excesso de alunos por turma, a responsabilidade dos professores e dos pais na educação são temas que percorrem a investigação de António Estanqueiro, professor de Filosofia e Psicologia, há mais de 35 anos, formador de professores e pais, com vários livros editados, entre os quais se destacam os dois mais recentes: Boas Práticas na Educação e Comunicar com os Filhos.

Em cada ano letivo, surgem novas medidas dos governos no plano educativo. A criação de mega-agrupamentos, por todo o país, é uma decisão política e económica, que “degrada” a qualidade do ensino. Para António Estanqueiro, “a gestão de proximidade é preferível”. Outros países europeus compreenderam as vantagens dessa proximidade e estão a apostar em escolas de menor dimensão.

O aumento do número de alunos por turma, apenas por razões financeiras,

 

 

é outra alteração que traz dificuldades ao ensino e à aprendizagem. Se os professores têm demasiados alunos numa turma, não conseguem dedicar a cada aluno a “atenção individual” de que ele necessita. “O futuro tem de ser pensado, porque quem não investe na educação

 

 

 

 

 

não colhe frutos ou colhe os do mau investimento”, explica o professor.

A escola serve para instruir e educar, “não pode deixar de educar em valores”, afirma António Estanqueiro. Segundo o docente, “sempre que se transmite um conteúdo, transmitem-se valores” e estes são uma “bússola” que ajuda o aluno a crescer. É fundamental promover a formação integral da pessoa, desenvolver o aluno em todas as dimensões: “física, cognitiva, ética, estética e espiritual”.

Para o novo ano letivo, António

 

Estanqueiro espera que os valores não sejam esquecidos, que a vida seja encarada com “otimismo e esperança, apesar das dificuldades” e que todos

os educadores, quando olham para os alunos, se vejam a “construir catedrais”.

Professores e pais devem cooperar, tendo em vista um objetivo comum: “fazer cidadãos ativos, formar pessoas

completas e preparadas para o futuro”, afirma António Estanqueiro.

A receção aos alunos e o início das aulas começa hoje (dia 12) até ao dia 16 de setembro.

 

 

 

 

Perdão, diálogo e reconciliação para a Síria

O Papa Francisco disse que o perdão, o diálogo e a reconciliação são as palavras da paz, apelando a todos os homens de boa vontade para serem portadores de união e pacificação.

“Na amada nação Síria, no Médio Oriente, em todo o mundo, rezemos esta noite pela reconciliação e pela paz, trabalhemos pela reconciliação e pela paz, e tornemo-nos homens e mulheres de reconciliação e de paz”, disse o Papa durante a sua meditação na jornada de jejum e oração a que presidiu na Praça de São Pedro, no Vaticano, no sábado dia 7 de setembro.

Francisco pediu “a todos, nos quatro cantos do mundo, desde o mais pequeno aos maiores que governam as nações”, que gritassem que a paz “ é possível”.

“Queria pedir que os cristãos, irmãos de outras religiões, os irmãos de boa vontade”, que “deixem os seus interesses e se abram ao diálogo e à reconciliação”, pediu Francisco, dizendo que o ser humano é chamado a “guardar o seu irmão”.

 

“Olha para a dor do teu irmão”, sublinhou o Papa, perante a Praça de São Pedro, que pontuava as suas palavras com palmas e onde se avistavam algumas bandeiras sírias.

“Que acabe o barulho das armas, a guerra significa sempre o fracasso da paz, é uma derrota para a humanidade”.

“Ainda hoje continuamos esta história de confronto com os irmãos, levantamos a mãos e deixamo-nos guiar pelos ídolos e interesses. Aperfeiçoamos as armas, a nossa consciência adormeceu, como se fosse normal, continuamos a semear, dor e morte”.

Francisco relembrou a leitura do Génesis, que refere que todos os “seres humanos, criados à imagem de Deus”, formam uma única família, “onde as relações estão marcadas por uma fraternidade real”, mas, por vezes, o homem afasta-se do “horizonte da bondade e da beleza”, e fecha-se “em si mesmo, nos seus

 

 

 

 

 

 

próprios interesses”, “deixa-se fascinar pelos ídolos do poder e coloca-se no lugar de Deus”.

O Papa lembrou que “o mundo de Deus, é o mundo onde cada um se sente responsável pelo outro”.

No domingo, Papa renovou no Vaticano os seus apelos pelo fim do conflito “fratricida” na Síria, após uma vigília de oração por esta causa, e criticou as guerras “comerciais”, que

 

considera destinadas à venda de armas.

“Convido-vos a continuarem a rezar para que cessem rapidamente a violência e a devastação na Síria e se trabalhe com renovado empenho por uma solução justa para o conflito fratricida”, disse, após a recitação da oração do Angelus, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

 

 

Agenda do Papa até ao final do Ano da Fé

O Vaticano divulgou hoje a agenda do Papa para os próximos três meses, com destaque para o dia 30 de setembro, em que Francisco deverá anunciar a data da cerimónia de canonização de João Paulo II e João XXIII.

Nessa ocasião, recorda a sala de imprensa da Santa Sé, o Papa vai presidir a partir das 10h00 (menos uma hora em Lisboa) a um “Consistório para a causa de alguns santos”.

Ainda este mês, no dia 22, Francisco vai realizar uma visita pastoral à cidade italiana de Cagliari, capital da ilha da Sardenha, onde irá encontrar-se com diversos representantes do mundo do trabalho e da cultura, e deixar também uma mensagem especial para os doentes, os presos e os jovens.

Esta viagem tem a particularidade de incluir uma passagem pelo Santuário de Nossa Senhora de Bonária (dos Bons Ares), culto bastante ligado à colonização da Argentina e que inspirou o nome da terra natal do Papa, Buenos Aires.

 

 

 

 

A agenda de setembro prevê também a celebração de uma eucaristia com a presença de catequistas de todo o mundo, no dia 29 às 10h30, por ocasião da Jornada Internacional dos Catequistas, incluída no programa do Ano da Fé.

Em outubro, destaque para uma jornada de oração a Nossa Senhora, nos dias 12 e 13, com a presença da imagem que é venerada na Capelinha das Aparições do Santuário de Fátima, em Portugal.

 

 

 

 

 

 

Numa iniciativa que coincidirá com a peregrinação aniversária ao santuário português, Francisco vai presidir no sábado (dia 12) a um momento de oração mariana, pelas 17h00 na Praça de São Pedro, e no domingo (dia 13) a uma eucaristia no mesmo local, a partir das 10h30.

Antes deste evento, o Papa vai realizar no dia 4 de outubro uma visita pastoral a Assis onde, entre outras iniciativas, irá ao encontro da comunidade franciscana e do clero local, privar com crianças desfavorecidas e portadoras

de deficiência e rezar na cela de São Francisco.

Mais à frente, no dia 27 de outubro, estará na Praça de São Pedro às 10h30 para uma missa com os participantes

da Jornada Mundial das Famílias, que deverá levar a Roma cerca de 150 mil pessoas.

Em novembro, o ponto mais alto do calendário está reservado para o dia 24, domingo da festa do Cristo Rei, em que Francisco vai presidir à celebração de encerramento do Ano

 

 

 

 

 

da Fé. As cerimónias litúrgicas desse mês, muito ligado à recordação dos fiéis defuntos e à celebração dos santos, vão ser particularmente dedicadas à memória de todos os Papas da história da Igreja Católica e de todos os cardeais e bispos falecidos durante este ano.

 

 

Crianças vão desenhar família para o Papa

Um concurso lançado pelo Conselho Pontifício para a Família (CPF) vai possibilitar a crianças de todo o mundo que apresentem a sua família ao Papa.

De acordo com a página daquele organismo na internet, os mais novos só têm de “desenhar as suas famílias e depois enviar os trabalhos a Francisco”.

A iniciativa, para crianças dos 3 aos 11 anos, está relacionada com a peregrinação das Famílias a Roma que o CPF vai promover entre 26 e 27 de outubro.

O envio dos desenhos, digitalizados em tamanho A4 com indicação

 

 

do nome, da idade e lugar de proveniência, deve ser feito até dia 30 de setembro para o correio electrónico roma2013@family.va.

“Os desenhos vencedores serão apresentados ao Papa durante a peregrinação”, que deverá contar este ano com a participação de mais de 150 mil pessoas.

O Conselho Pontifício para a Família adianta ainda que os “retratos de família” mais bem conseguidos “também serão publicados em jornais locais como Il Giornalino e G-Beby e projetados no decurso das atividades” da romaria internacional de outubro.

 

 

Trabalhadores cristãos incentivados a denunciar situações de «imoralidade, injustiça e subserviência»

A Liga Operária Católica /Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) de Portugal promoveu entre quinta e domingo um seminário internacional sobre “o passado e o futuro do trabalho”, em Aachen, na Alemanha.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o organismo realça que no “diagnóstico” realizado durante a iniciativa, constatou-se “mais uma vez a influência do modelo ideológico neoliberal na origem da crise económica e financeira de 2007 e na destruição de tantos postos de trabalho”.

A análise, baseada na realidade atual de Portugal, Alemanha e Inglaterra, permitiu comprovar “a imoralidade, a injustiça e a subserviência que predominam nos novos contratos de trabalho”.

Perante este cenário, a LOC-MTC destaca a importância das pessoas estarem “a reagir dizendo que têm um papel a desempenhar na mudança, o

 

 

 

que representa um sinal de esperança”.

Os trabalhadores cristãos devem sentir-se “especialmente interpelados” a participar, “fomentando o compromisso nos sindicatos, nos partidos políticos e em outras plataformas”, enquanto “espaços de uma missão evangelizadora”, sustenta a organização.

 

 

BLUE JASMINE

Com o seu sentido de humor bem próprio, aliando sarcasmo e inteligência, Woody Allen há muito que nos habituou também a olhar de forma crítica, por vezes pouco caridosa, para uma sociedade nos alicerces da relação entre o real e o imaginado: os conceitos de felicidade que a sustentam ou destróem, o peso da aparência,  a legitimidade do sonho ou da ambição.

Desde ‘Match Point’, estendeu essa crítica social além fronteiras dos Estados Unidos, tocando, de forma nada condescendente e quase sempre no seu limite, características essenciais de modos de ser europeus, com incursões a Londres, Barcelona, Paris, Roma... Na maioria das vezes,

Estamos agora de regresso à América, e Jasmine, orfã, é uma mulher de origem simples que fabricou cuidadosamente o seu nome, a sua imagem e o seu elevado estatuto social com sucesso. Até ao dia em que o marido, um homem nada escrupuloso de negócios

 

maioritariamente ilícitos, é preso por delitos financeiros vários.

Despojada de tudo o que tinha e psicologicamente debilitada, não resta a Jasmine senão partir para São Francisco e recorrer ao apoio da irmã, Ginger. A diferença entre ambas é abismal, com Ginger satisfeita com o modo simples como sempre encarou a vida e por momentos a relação entre ambas parece augurar uma benéfica influência mútua. No limite, é a opção de vida de cada uma que determina se esse vislumbre de transformação se torna ou não realidade...

Dois significativos retratos psicológicos de uma sociedade contemporânea real, não limitada ao contexto americano em que formalmente se inscreve, dolorosamente real no caso de Jasmine e magnificamente interpretado por Cate Blanchett, põem a crú diferentes modos e perspetivas de vida.

Mas sobretudo a condição humana no limite da sua força e debilidade. Com uma particular e inteligente

 

 

 

 

 

 

interrogação sobre o grau de consciência com que é gerida a capacidade de escolha, implicando fatores genéticos, psicológicos, afetivos, culturais e sociais: a capacidade de resiliência, de superação da adversidade e  nestas a influência do amor/desamor precoce, o impacto no amor próprio, na relação com os outros e com as coisas; as opções pela vida real ou efabulada, com modos de fuga provavelmente mais imprescindíveis a quem é/está psicologicamente mais debilitado, ou espiritualmente menos capacitado; o modo como se perdem e agarram as

oportunidades de transformação que surgem ao longo da vida, pelos próximos e pelas circunstâncias; ... entre tantos outros.

Um filme bem realizado, sólido e nada leve, com uma história do nosso

  tempo que mesmo ‘mascarada’ por um aparente simples caso de debilidade psicológica vs saúde mental, encarnado na oposição entre as duas irmãs,  nos dá algo de substancial a pensar sobre o livre arbítrio...

 

Margarida Ataíde   

 

 

Apps pastorais

Livro eletrónico: “Documentos do Concílio Vaticano II”

Por ocasião do Ano da fé, convocado para comemorar os 50 anos do início do Concílio Vaticano II, o Gabinete de Informação do Opus Dei preparou uma edição eletrónica com todos os documentos conciliares. Pode ser descarregado gratuitamente a partir da loja de livros da Apple ou nos formatos ePub e Mobi.

 

A leitura dos documentos conciliares durante este Ano da fé tem especial importância, já que, como disse o Santo Padre, «os documentos conciliares são uma bússola que permite à barca da Igreja navegar em mar aberto, no meio das tempestades ou da calmaria, para chegar à meta». (Bento XVI, Catequese de 10-X-2012).

 

Aproximamo-nos do fim o Ano da Fé. É de extrema importância a leitura e consulta dos documentos conciliares nas nossas atividades pastorais.

 

Esta edição electrónica permite-nos em qualquer momento e em qualquer lugar consultar, ler, meditar sobre os documentos conciliares.

 

Pensamos que esta partilha feita pelo site http://www.opusdei.pt/ é de enorme relevância e importância pastoral.

 

Boas leituras.

 

Links

Livro disponível gratuitamente na loja iBooks da Apple

Versão ePub (para tablets e smartphones)

Versão Mobi (para dispositivos Kindle)

Bento Oliveira

@iMissio

http://www.imissio.net

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Identidade cristã nas instituições da Igreja

As instituições Sociais da Igreja têm de elaborar projetos educativos que traduzam no “agir quotidiano” a sua identidade cristã, defende Isabel Martins, autora do livro “Identidade Cristã & Projeto Educativo das Instituições Sociais da Igreja”.

Com este livro, a autora, da congregação das Serva de Nossa Senhora de Fátima, propõe “pistas” para que nos Centros Sociais Paroquia se afirme a identidade cristã das instituições no agir quotidiano e para que a Doutrina Social da Igreja (DSI) não seja apenas enunciada nos “princípios básicos”.

“A doutrina Social da Igreja está enunciada nos princípios básicos das instituições, mas depois dilui-se ao longo do documento. Se um projeto educativo se destina a organizar e a estruturar a ação da instituição relativamente aos utentes, se este elemento se dilui também correremos o risco que a identidade cristã da instituição se dilua na sua ação concreta quotidianamente”, afirmou à Agência Ecclesia a Irmã Isabel Martins.

 

O livro agora publicado pela Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã resulta da análise a um conjunto de projetos educativos de muitas instituições do Patriarcado de Lisboa, nomeadamente Centros Sociais Paroquiais, que trabalham na educação de crianças e no cuidado de idosos.

É a partir da realidade que a autora sugere pistas para que os princípios da DSI cheguem, por exemplo, à “ação de uma assistente social ou de uma educadora da infância” e estejam presentes na “prática global da instituição”.

“O livro tem pistas para a instituição, uma proposta de matriz para projetos educativos e também para os projetos das respostas sociais e de sala e ainda uma proposta de um plano pastoral para a instituição, que aparece como fundamental para alimentar a identidade cristã”, afirmou a Irmã Isabel Martins.

Para a religiosa, a formação dos colaboradores é “basilar”: “Caso não tenhamos um plano de formação

 

 

 

.

 

 

para os nossos colaboradores, dificilmente a nossa instituição será cristã”, sublinhou.

Para a irmã Isabel Martins, a missão educativa da instituição “enquadra-se no desenvolvimento global da pessoa, seja a criança seja o idoso” e tem de incluir a dimensão espiritual.

“Se a dimensão espiritual faz parte integrante da pessoa não podemos atender só ao desenvolvimento da sua inteligência ou o desenvolvimento motor. Teremos de atender também ao desenvolvimento espiritual”, afirmou.

O livro “Identidade Cristã & Projeto Educativo das Instituições Sociais da Igreja”, de Isabel Martins, é publicado pela Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã e foi apresentado esta terça-feira no Encontro Nacional de Pastoral Social, que hoje terminou em Fátima.

 


 

 

Paulo VI nomeia quatro
novos cardeais delegados do concílio

 

Depois da clausura da primeira etapa conciliar (08 dezembro de 1962) - sem promulgação de nenhum documento - em setembro de 1963 os participantes desta assembleia magna voltam novamente ao Vaticano para dar início à segunda etapa. A 14 do mesmo mês, o Papa Paulo VI nomeia quatro cardeais delegados encarregados de dirigir os trabalhos do concílio: Agagianian; Lercaro; Doepfner e Suenens.

Este tempo de interregno foi um continuar das reflexões feitas na primeira sessão conciliar. Segundo Henri Fesquet na obra «O Diário do Concílio – volume 1», a primeira sessão do concílio convocado pelo Papa João XXIII pôs em evidência três fenómenos: “uma incompatibilidade entre as tendências dos esquemas doutrinais e as aspirações da maioria dos bispos”; “a carência de uma ideia directiva em volta da qual pudessem agrupar-se os assuntos da ordem do dia” e, finalmente, “algumas lacunas de um regulamento que não impediu o concílio de se envolver em repetições ou homilias sem alcance real”.

Para que tal não acontecesse na segunda sessão – teve o seu início a 29 de setembro de 1963 – o Papa Paulo VI rodeou-se de colaboradores: Agagianian (Igreja Oriental e da Cúria Romana) Lercaro (pregava e vivia uma pastoral muito clarividente e que não tinha nenhum cargo de responsabilidade notável nas anteriores

 

 

 

 

 

comissões conciliares);  Doepfner (um dos responsáveis pela mentalização reformadora do episcopado alemão e europeu) e Suenens (conhecido pela oportunidade e clareza das suas intervenções).

Com estas nomeações, foi abolido o Secretariado para os Assuntos Extraordinários que “deixou de ter razão de ser, uma vez que esses assuntos passam a ser resolvidos pelos moderadores” (cf. Boletim de Informação Pastoral; nº 26; setembro-outubro de 1963).

Como escreveu Henri Fesquet, esta comissão parece apta a reduzir os obstáculos com que se debatera a primeira sessão (Cf. «O Diário do Concílio – volume 1», pág 142.

Numa exortação apostólica dirigida a todos os bispos nas vésperas da segunda etapa conciliar, o Papa Montini faz referência às obras de penitência que os cristãos podem realizar em união com o II Concílio do Vaticano. Para além do jejum, Paulo VI

 

sugere também a abstenção de espectáculos, o perdão das ofensas – “o perdão espontâneo extingue as más chamas da discórdia” -, uma manutenção das iniciativas de caridade pública, a oração e as palavras de consolação.

“O lugar de toda a Igreja é de construir uma comunidade de caridade viva em torno do concílio. Daí que as obras sugeridas se orientem para o aumento da caridade, para a actualização da vida da Igreja”, escreveu o Papa Paulo V na exortação apostólica.

D. Sebastião Soares de Resende, na altura bispo da Beira (Moçambique) e um dos padres conciliares portugueses, também escreveu uma nota pastoral aos seus diocesanos onde lhes pede para que rezem pelo concílio “a fim de que as suas decisões correspondam às múltiplas necessidades do mundo actual”.

 

 

setembro 2013

Dia 13

* Braga - Museu Pio XII - Inauguração da exposição «Nossa Senhora da Torre»
* Lisboa - Biblioteca Nacional de Portugal - Encerramento (início a 22 de julho) da mostra «300 anos do Real Seminário de Música da Patriarcal».
* Coimbra - entrada principal do Carmelo - Inauguração de uma estátua da Irmã Lúcia
* Beja - Teatro Municipal Pax Julia - Espetáculo solidário «É Tempo de Atuar».
* Lisboa - Liceu Pedro Nunes - Encontro “Presente no Futuro” promovido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e com a presença de D. Manuel Clemente. (13 e 14)
* Braga - Museu Pio XII - Exposição «Floreiras de Altar».  (13 a 03 de novembro)

 

 
Dia 14

* Porto (Malta, Vairão, Azurara, Castro de S. Paio) - Iniciativa «Viagens com alma» sobre «Cluny e os caminhos de S. Tiago» promovido pelo Departamento de Bens Culturais da Diocese do Porto
* Portalegre - Alcains - Dia diocesano do Movimento da Mensagem de Fátima.
* Braga - Dia do catequista com um encontro de “Celebração da Fé”
* Coimbra - Campanha de recolha de material escolar promovida pela Cáritas de Coimbra.  (14 e 15) 

 

Dia 15

* Brasil - Rio de Janeiro (Museu nacional de Belas Artes) -Encerramento (início a 11 de junho) da exposição, integrada na JMJ, sobre «Ide e fazei discípulos entre todas as nações».   
* Portimão - Museu de Portimão - Encerramento (início a 25 de maio) da exposição de arte sacra intitulada «Creio» para assinalar o Ano da Fé e o jubileu dos 25 anos da ordenação episcopal de D. Manuel Madureira Dias

 

 

 

 

* Braga - Santuário de Nossa Senhora da Abadia - Momento de oração com a presença de D. Jorge Ortiga e monges cistercienses de Espanha
* Braga - Museu Pio XII - Encerramento (início a 21 de junho) da exposição «Reliquiae Corporis Sanctorum». 
* Setúbal -  Capela de Santo António e Casa do Corpo Santo / Museu do Barroco - Exposição sobre “Visão do Infinito – Testemunhos de Fé na Arte Sacra da Diocese de Setúbal”. (15 a 24 de novembro)

 

Dia 17

* Lisboa - Sede do Centro de Reflexão Cristã - Colóquio sobre «A luz da fé e os desafios das periferias» com Eduardo Lourenço e o padre Tolentino Mendonça
* Lisboa - Auditório do Montepio Geral - Apresentação do documento «A vocação do líder empresarial» publicado pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz.  
* Lisboa - UCP - Sessão do seminário de «História Religiosa - Época Moderna» sobre a «Trento e o clero secular nas ilhas atlânticas»
* Coimbra - Seminário Maior - Jornadas de Pastoral do Clero.  (17 e 18)

 

 
Dia 18

* Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa - João Miguel Almeida, membro do Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) da UCP, defende a tese de doutoramento em História intitulada «Católicos e política na crise do Liberalismo: o percurso de António Lino Neto (1873-1934)».
* Coimbra - Seminário Maior de Coimbra - Apresentação do plano pastoral 2013/2016.
* Lisboa - Convento de São Domingos - Iniciativa «Tardes de Setembro» com o tema «A responsabilidade da fé» e promovidas pelo Instituto São Tomás de Aquino. (18 a 20)

 

Dia 19

* Évora - Convento de S. Bento de Cástris - Encontro científico sobre «Residência Cisterciense em S. Bento de Cástris - o Silêncio». (19 a 21)

 

Dia 20

* Porto - UCP - Início do curso de formação para a missão sobre «(Re)introdução à realidade portuguesa»

 

 

Ano C - 24º domingo do Tempo Comum

 
 
 
Entrar na alegria de Deus, voltar à vida
 

A liturgia deste vigésimo quarto domingo do tempo comum centra a nossa reflexão no amor de Deus: Deus ama-nos infinitamente; nem o pecado nos afasta desse amor.

Na primeira leitura vemos a atitude misericordiosa de Deus face à infidelidade do Povo, no Sinai; deixa que o amor se sobreponha sempre à vontade de punir o pecador.

Na segunda leitura, Paulo recorda o amor de Deus manifestado em Jesus Cristo e derramado incondicionalmente sobre os pecadores, transformando-os em pessoas novas.

O Evangelho apresenta-nos Deus que ama todos os homens e que Se preocupa de forma especial com os pecadores, os excluídos, os marginalizados. A parábola do filho pródigo apresenta Deus como um pai que espera ansiosamente o regresso do filho rebelde, que o abraça quando o avista, que o faz reentrar em sua casa e que faz uma grande festa para celebrar o reencontro.

Esta parábola é a mais conhecida das três parábolas da misericórdia. Mas as outras duas, a ovelha perdida e a dracma perdida, dão-nos também uma grande luz sobre o amor e a ternura de Deus.

Sabemos da grande importância que as ovelhas tinham para o pastor. Não podia perder nenhuma. Quanto à dracma, era uma soma importante. Basta pensar que uma família inteira podia viver um dia com duas dessas moedas. Compreende-se que a mulher que a perdeu, tudo faça para a encontrar.

 

 

 

Jesus acentua que o pastor procura a sua ovelha perdida “até a encontrar”; a mulher procura a dracma perdida “até a encontrar”. Através destas duas personagens, Jesus mostra-nos o amor do Pai: diante daqueles que se afastam d’Ele, que vão por caminhos de perdição, Ele parte à sua procura e nunca para esta procura.

Quando há um naufrágio, efetuam-se buscas para encontrar as vítimas. Mas, ao fim de um certo tempo, as buscam terminam: já não há mais esperança! Em Deus não é assim. Ele vai até ao fim, Ele encontrará de qualquer modo a sua criatura perdida. Quando encontra a ovelha perdida, Jesus transporta-a aos ombros, leva-a no coração.

Isso acontece de modo pleno na cruz, onde Jesus encontra a humanidade perdida. Como dizer mais explicitamente a gratuidade da salvação que Ele nos vem trazer? É a mesma luz do Pai que acolhe o seu filho sem nada lhe pedir, que lhe dá gratuitamente a sua dignidade de homem livre, o seu lugar de filho, como se nada se tivesse passado. Como não transbordar de alegria diante de um Deus assim?

 

Deixemo-nos levar pela Palavra, entremos na alegria de Deus e voltemos à vida, sempre com um coração puro e um espírito firme.

Manuel Barbosa, scj

www.dehonianos.org

 

 

Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00

RTP1, 10h00

Transmissão da missa dominical

 

11h00 - Transmissão missa

 

12h15 - Oitavo Dia

 

Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã;  12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida.

 
RTP2, 11h30

Domingo, dia 15 - Acampamento Regional de Escuteiros de Leiria. Lema: “São Nuno - em nome do Reino” 

 

RTP2, 18h00

Segunda-feira, dia 16 - Entrevista a Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas.

Terça-feira, dia 17 - Informação e análise sobre o início do ano escolar com João Muñoz;

Quarta-feira, dia 18 - Informação e análise sobre o início do ano escolar com Rogério Frazão;
Quinta-feira, dia 19 - Informação e análise sobre o início do ano escolar com Ricardo Homem.
Sexta-feira, dia 20 - Apresentação da liturgia dominical pelo padre João Lourenço e Juan Ambrosio.
 

Antena 1

Domingo, dia 15 de setembro,  06h00.

 

Segunda a sexta-feira, dias 16 a 20 de setembro, 22h45. 

 

 

 

 

- O Conservatório de Música e Dança de Bragança promove o I ciclo de Música Sacra no seminário de São José, entre os dias 12 a 15 de setembro. O Secretariado Diocesano de Liturgia e Espiritualidade une-se a esta iniciativa, valorizando o “crescimento” para quem anima musicalmente as celebrações.

 

- A arquidiocese de Braga assinala o dia do catequista, no próximo domingo, com um encontro de “Celebração da Fé” com momentos de oração, formação e convívio no santuário do Sameiro.

 

- A Confederação Portuguesa do Voluntariado está a receber inscrições para o concurso «Troféu português de voluntariado», que pretende incentivar o trabalho e a prática no setor. As inscrições terminam no dia 15.

 

- «A Luz da da Fé e os Desafios das Periferias» vai juntar, no final da tarde do dia 17, Eduardo Lourenço e o padre Tolentino Mendonça. A iniciativa é do Centro de Reflexão Cristã.

 

- Tem início, no dia 18, as «tardes de Setembro» no Convento dos Dominicanos, em Lisboa. «A responsabilidade da fé» é o tema que conduz esta iniciativa que se prolonga nos dias 19 e 20 e muda-se, no final do mês, para o Porto.

 

 

O sofrimento das minorias cristãs no Médio Oriente

Orações aflitas pela paz

Mortos, perseguidos, ameaçados. Em fuga. No Egito, Iraque, Síria, Irão… há uma palavra comum aos Cristãos: medo. A primavera Árabe transformou-se num verdadeiro inferno.

Os Cristãos estão a viver dias de angústia no Médio Oriente. Depois de décadas de opressão de regimes ditatoriais, a primavera Árabe que sacudiu o Norte de África e o Médio Oriente em 2011 parecia o início de um tempo novo.

Ao poder corrupto, sustentado essencialmente nas riquezas do subsolo destes países,
 

contrapunha-se, então, um legítimo desejo de liberdade. Nada disso, porém, se confirmou.

Hoje, no meio do caos em que se tornou esta região, os Cristãos estão ainda mais fragilizados, “vivem no medo e ninguém parece poder ajudá-los”, como sublinha Marc Fromager, especialista em assuntos do Médio Oriente.

“Para as minorias” - acrescenta Fromager, responsável pela delegação


 

 

 

francesa da Fundação AIS – “esta situação tem vindo a agravar-se ainda mais”.

A situação revela-se muito complexa e tensa no que diz respeito aos cristãos. Eles são ultraminoritários e quase todos estrangeiros na Tunísia e Líbia, enquanto que no Egito e Síria representam uma minoria já

 

considerável, entre os 8 e os 10 % da população.

“Em ambos os países, pode dizer-se que a primavera Árabe se tornou no inverno islâmico”, afirma Fromager. Na Síria, a braços com uma tenebrosa guerra civil, a situação revelou-se “catastrófica” para a comunidade cristã, que “teme a repetição do cenário iraquiano”, observa este especialista da Fundação AIS.

Do Médio Oriente continuam a chegar-nos gritos de ajuda, lágrimas de desespero, orações aflitas. Depois de o Papa Francisco ter convocado o mundo para uma jornada de jejum e oração pela paz na Síria, é a nossa vez de mantermos essa chama bem acesa. Quando as armas teimosamente não se calam, resta sempre a oração.

 

Saiba mais em www.fundacao-ais.pt

 

 

aPOSTOLADO DE ORAÇÃO

Dar tempo aos outros

 
Para que os homens e mulheres do nosso tempo, tantas vezes mergulhados num ritmo frenético de vida, redescubram o valor do silêncio e saibam escutar Deus e os irmãos.
[Intenção do Santo Padre para o mês de SETEMBRO]
 

Escutar os outros é essencial para uma vida boa e realizada. Para isso, é preciso respeitar o que têm para dizer, mesmo quando não se concorda. Hoje é muito fácil não concordar, sobretudo quando se cultiva o relativismo dos valores e não se pensa nas consequências das opções quotidianas; mas também é muito fácil concordar, porque, diga o outro o que disser, ele pensa assim e «qual é o mal?». Cultivar o silêncio é o primeiro passo para sair desta indiferença interesseira. Silêncio que, de início, pode aparecer como vazio. Persistindo nele, porém, aquele que o cultiva acaba descobrindo a riqueza da sua vida interior – a vida verdadeira –, riqueza que permite estruturar valores e amadurecer opções. E assim começa a desenvolver-se a possibilidade de relações a sério: com os outros e, quem sabe?, com Deus.

Escutar é dar tempo aos outros, é ouvi-los como quem dispõe de todo o tempo do mundo, rejeitando a ditadura da pressa, do estar sempre a partir para sensações novas, sem nunca ter a coragem de chegar ao fundo de uma frase, um texto, um argumento. Escutar Deus só pode ser assim. Deus não é fácil, a sua Palavra é exigente, muitas vezes contradiz os nossos impulsos mais básicos – é preciso coragem para a escutar e pôr em prática. Estou a falar do Deus verdadeiro, o Deus revelado em Jesus Cristo. Para deuses fáceis é preciso bater a outras portas, largas, espaçosas, por onde cada um passa com tudo quanto deseja levar. O Deus verdadeiro não passa por aí: manda o «amor aos inimigos», o «perdoar setenta vezes

 

sete», o «não matarás», o «sede santos como Eu, o Senhor, sou santo» e, até, o «amai-vos como Eu vos amei», ou seja, até à morte e morte de cruz. Este não é um Deus de facilidades, mas é o Deus da felicidade. Este é o Deus que
importa escutar,

 

porque é o único verdadeiro. Para O escutar, porém, o silêncio é essencial, pois no meio do ruído, o Amor não consegue fazer-se ouvir. E este Deus é Amor.

 

Elias Couto

 

 

 

O anúncio do Evangelho faz parte do ser discípulo de Cristo e é um empenho constante que anima toda a vida da Igreja. “O impulso missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial” (Bento XVI, Exort. Ap. Verbum Domini, 95). Cada comunidade torna-se “adulta” quando professa a fé, a celebra com alegria na liturgia, vive a caridade e anuncia sem cessar a Palavra de Deus, saindo do seu próprio espaço fechado para levá-la também à “periferia”, sobretudo a quem ainda não teve a oportunidade de conhecer Cristo.

 

(da Mensagem para o Dia Mundial das Missões/2013)