04 - Editorial:

      João Aguiar Campos

06 - Foto da semana

07 - Citações

08 - Nacional

14 - Opinião

      D. Pio Alves de Sousa

16 - A semana de...

      Octávio Carmos

      Bento XVI

 

 

 

 

 

38 - Internacional

44 - Cinema

46 - Multimédia

48 - Estante

50 - Vaticano II

52 -  Agenda

54 - Por estes dias

56 - Programação Religiosa

57 - Minuto YouCat

58 - Liturgia

60 - Fundação AIS

62 - Aplicações Pastorais

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto da capa: D.R.

Foto da contracapa:  Agência Ecclesia

 

 

 

AGÊNCIA ECCLESIA 
Diretor: Paulo Rocha  | Chefe de Redação: Octávio Carmo
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Opinião

 

 

 

 

 

Mudança nas políticas laborais

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Mensagem do Papa para a Quaresma

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Aplicações pastorais: Pinterest

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D. Pio Alves|João Aguiar Campos|Guilherme d'Oliveira Martins | João Duque

 

 

 

 

Rescaldo de uma efeméride

João Aguiar Campos

 

Comemorou-se, no passado domingo, o Dia da Universidade Católica Portuguesa. Se aqui refiro, em jeito de rescaldo, o acontecimento é porque me senti verdadeiramente tocado pela mensagem da respectiva Reitora: um texto breve, de pés na terra quando exprime compromisso com presente e olhos erguidos no desejo de inspirar o futuro.

O espírito que anima o texto é mobilizador. Porque, se reconhece dificuldades que seria insensato ignorar, não encontra aí desculpas para escolher uma esquina por onde não passe o vento, em cujo sopro muita gente não encontra qualquer benefício: nem polinização, nem energia eólica, nem farinha da próxima fornada…

”Inspirar o futuro”. Eis um bom lema para quem não se queira prisioneiro de uma prudência que não passa de medo disfarçado, alergia ao risco e demissão perante a obrigação de abrir caminhos; para quem não queira ser desses treinadores do autocarro, que sobem ao relvado para empatar ou perder por poucos... Sim; as grandes equipas assumem outra postura: gostam de pisar o meio campo alheio, numa atracção assumida pela grande área e pela baliza – e perdoem-me a metáfora futebolística.

Quando, há dias, recebeu uma delegação da universidade norte-americana de Notre Dame, o Papa Francisco resumiu assim a missão de uma universidade católica: 

 

 

 

 

«mostrar a harmonia entre fé e razão» e «evidenciar a relevância da mensagem cristã para uma vida humana vivida em plenitude e autenticidade».

Sintonizada com esta perspectiva, em declarações à Ecclesia, a professora Maria da Glória Garcia defendeu a necessidade de contrariar o défice ético na formação académica, de modo que a componente humana não seja esquecida pelo acentuar das competências técnicas.

Há um esforço a levar por diante neste campo: «conduzir o homem para a transcendência», «ensinar-lhe a percorrer de novo o caminho que parte de sua experiência intelectual e humana, para desembocar no conhecimento do Criador, utilizando com sabedoria as melhores aquisições das ciências modernas, à luz da recta razão» - como pede o Conselho Pontifício da Cultura. É que, como o mesmo Conselho 

 

justifica, «embora a ciência, pelo seu prestígio, impregne fortemente a cultura contemporânea, ela não consegue apreender aquilo que constitui na sua substância a experiência humana, nem a realidade mais intrínseca das coisas».

Mais uma vez: este caminho não se percorre sem coragem, sem a capacidade profética de olhar à volta, ouvir as perguntas que as circunstâncias colocam e discernir linhas de água ainda porventura pouco notadas à superfície.

Também não se percorre sem o compromisso de mestres e discípulos a quem o sociólogo Victor Pérez Diaz, na festa de S. Tomás de Aquino na universidade espanhola de San Dámaso, pediu que se considerem «membros de uma comunidade de buscadores da verdade».

Indubitavelmente, uma nobre tarefa!

 

 

 

 

 

 

  A venda de um conjunto de obras do escultor e pintor surrealista catalão Joan Miró, que ficou nas mãos do Estado após a nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN), e que o Governo pretendia vender num leilão organizado pela Christie´s, em Londres, foi cancelada pela leiloeira.  

 

 

“O Papa é cool? Claro que é. Mas seria mais honesto dizer que muita gente andou distraída nos últimos anos; a necessitar de um bom tradutor como Jorge Bergoglio, para compreender a simplicidade desta mensagem: os tempos mudam e a igreja sempre soube mudar com o tempo. Por isso tem 2000 anos de vida e continua a mobilizar pessoas em todo o mundo. A 'benção' da Rolling Stone é também uma rendição”, Henrique Monteiro, in Expresso, 01.02.2014

 

 

“O jornalismo está a lidar com a tragédia do Meco produzindo mais e mais ruído. Corre, também aqui, o enorme risco de as pessoas começarem a preferir o seu silêncio”, José António Santos, Página 1, 03.02.2014

 

 

"Odeio esta e qualquer outra rede social. Todos os dias descubro mais vantagens em não estar lá, aquilo que ganho com isso é privacidade e tempo, dois luxos hoje em dia", Miguel Sousa Tavares, in Diário de Noticias, nos 10 anos do Facebook, 04.02.2014

 

 

 

“A mediatização do presente caso pelos media conduziu a sentimentos de autoestima reforçados pelos objetivos atingidos, demonstrando muita satisfação por ter aparecido na CNN Canadá. (…) se tornar conhecido, para se exibir, para que os factos que praticou fossem divulgados pela comunicação social e o tornassem o centro das atenções”, decisão do Tribunal de Família e Menores de Sintra sobre rapaz de 16 anos condenado a dois anos e meio de internamento num centro educativo por três crimes de homicídio qualificado na forma tentada e a um crime de detenção de arma proibida, in Público, 04.02.2014.

 

 

“Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha”, Papa Francisco, na mensagem para a Quaresma, divulgada a 04.02.2014

 

 

Patriarca de Lisboa destaca capacidade
do Papa em «colocar o dedo na ferida»

O patriarca de Lisboa sublinhou hoje que a atuação do Papa Francisco, ao longo deste primeiro ano de pontificado, tem ajudado a “colocar o dedo na ferida” de uma sociedade marcada sobretudo pela exclusão e desigualdade.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, no final de um debate sobre “a mensagem económica e social” de Jorge Mario Bergolgio, na Faculdade de Direito em Lisboa, D. Manuel Clemente destacou a forma clara como o Papa Francisco tem chamado a atenção para a necessidade de uma “viragem” no atual modelo económico.
Uma reflexão que, de acordo com o patriarca, ganhou novo fôlego através da publicação da exortação “Evangelii Gaudium”.
“Não é por acaso que esta exortação se chama ‘A alegria do Evangelho’, o Papa nota que esta sociedade e esta economia, pela falta de convivência e pela deriva negativa em termos de consumismo individual como objetivo do gosto e do sentimento, mata e entristece”, salientou.

 

Neste âmbito, D. Manuel Clemente recuperou um estudo recente feito pela Universidade Católica Portuguesa em parceria com o Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano, “acerca dos portugueses, das elites portuguesas, e dos gostos e desgostos dessas elites”.

Segundo aquela investigação, “os portugueses com mais habilitações e mais rendimentos são os que dão menos importância à solidariedade, à justiça e aos valores democráticos”.
Por outro lado, o estudo demonstra que “quem tem mais de 4 mil euros por mês é tão infeliz como quem tem menos de 500”.
Estes dados, apontou o patriarca de Lisboa, são “alarmantes” e vêm ao encontro das “interrogações” que o Papa tem colocado, da necessidade de uma nova ordem, uma vez que “quem alimenta esse tipo de economia negativa e excludente também não é feliz”.
A conferência na Faculdade de Direito, organizada pelo Centro de Investigação de Direito 

 

 

 

 

 

Europeu, Económico, Financeiro e Fiscal (CIDEEFF), contou com a participação de Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas, do político Francisco Louçã, do comentador Francisco Sarsfield Cabral.
Marcaram também presença o coordenador do CIDEEFF, Eduardo Paz Ferreira, e o investigador Eduardo Vera-Cruz Pinto, da Faculdade de Direito. 
 

 

Apesar de ainda ser cedo para tirar conclusões acerca da influência que o pensamento económico e social de Francisco tem tido, o patriarca de Lisboa acredita que a sua mensagem está a chegar às pessoas, inclusivamente a “intelectuais e analistas” que têm defendido as “virtualidades da sociedade liberal e até de um sentido positivo do individualismo”.

 

 

 

 

Parceria combate desemprego no Alentejo

As três Cáritas Diocesanas do Alentejo, Beja, Évora e Portalegre-Castelo Branco, assinaram um protocolo com o Governo no sentido de combater o desemprego na região e favorecer a integração mais rápida das pessoas no mercado de trabalho.

De acordo com o texto final da parceria, enviado à Agência ECCLESIA, a iniciativa nasceu “da recente criação da Plataforma Informática da Rede de Apoio Mútuo das Cáritas Diocesanas da Raia” e conta com o apoio do Instituto do Emprego e da Formação Profissional.

Em representação das três instituições sociocaritativas da Igreja Católica, o presidente da Cáritas de Portalegre-Castelo Branco sublinhou a pertinência do projeto numa altura em que “muitas pessoas vivem na margem da dignidade” e “às quais é urgente ajudar na sua promoção humana e social”.

Para Elicídio Bilé, “as elevadas taxas de desemprego no interior do Alentejo, nomeadamente na Raia, e os problemas de natureza social inerentes” pedem “programas sociais que 

 

 

combatam os diversos rostos da pobreza”. Aquele responsável chamou a atenção para a importância do papel da Igreja Católica e das suas instituições sociais e solidárias: elas “têm um papel próprio, importante e subsidiário na ajuda ao desenvolvimento, à promoção e à ajuda de emergência às famílias mais afetadas”, apontou.

Do lado do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, o delegado regional do Alentejo destacou o “excelente trabalho de cooperação” que tem sido mantido a partir da criação da Plataforma Informática da Rede de Apoio Mútuo das Cáritas Diocesanas da Raia. Um dos exemplos dessa parceria foi a criação de um curso de “Operador Agrícola”.

 

 

 

LOC/MTC e homóloga espanhola defendem mudança nas políticas laborais

Os representantes do Movimento de Trabalhadores Cristãos de Portugal (LOC/MTC) e a sua homóloga espanhola HOAC estiveram reunidos para definir estratégias para combater a crise social e económica que se vive nos dois países. “Os salários injustos, muitas vezes de miséria, estão a levar muitos trabalhadores para situações de pobreza, apesar de terem trabalho, o que os obriga a renunciar a níveis de vida minimamente dignos”, alerta o comunicado conclusivo do encontro, publicado esta quarta-feira após três dias de encontro em Alfragide, arredores de Lisboa.

As organizações defendem que “só a participação e a cidadania ativa dos trabalhadores podem forçar os governantes a mudar as suas políticas que são erradas, não levam ao desenvolvimento e a uma vida digna dos trabalhadores”, disse à Agência ECCLESIA José Paixão, coordenador da LOC/MTC.

“As medidas do governo têm de ir de encontro à dignificação da pessoa humana, devem proteger o trabalho, os trabalhadores

 

e a sua pessoa”, sublinhou o responsável.

Segundo José Paixão, os problemas dos trabalhadores em Portugal e em Espanha “são muito semelhantes” como se percebe pelo facto, por exemplo, de “a taxa de desemprego ser elevadíssima nos dois países” e de terem em comum também “os cortes salariais e a precariedade”.

Outro dado alarmante diz respeito “ao crescente número de trabalhadores desempregados que em ambos os países não têm acesso aos subsídios o que agrava o nível da pobreza”, explica.

A equipa executiva nacional da LOC/MTC e a Comissão Permanente HOAC de Espanha estiveram reunidas para debater conjuntamente a situação do mundo do trabalho e da Igreja. 

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Diocese de Aveiro propõe a uma caminhada para o tempo da Quaresma

 

 

 

Conversas na Ecclesia com padre José Luis Borga

 

Natalidade

+Pio Alves

Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais

 

As estatísticas sobre a natalidade no nosso País oferecem dados extremamente preocupantes. Ano a ano, de um modo quase constante, descemos de 213.895 nascimentos, em 1960, para 89.841, em 2012 (fonte: Pordata). Esta alarmante situação é bem mais grave que a grave situação financeira que o País atravessa. Quando se corrigir, a atual situação deixou já deixou marcas que durarão por gerações.

As causas são, certamente, variadas: desde a quebra da imigração e o seu retorno à emigração jovem; desde a rarefação dos valores familiares ao, muitas vezes, disparatado enquadramento legal e fiscal da família; a difícil situação financeira das famílias é, em muitos casos, o motivo imediato que desmobiliza a generosa fecundidade.

Numa matéria tão importante e tão delicada não cabem os juízos sobre as decisões que só aos pais correspondem. Mas cabe à Sociedade, e a todos na Sociedade, ajudar a criar condições para inverter a situação. A Igreja, certamente, tem um papel importante na sensibilização da população. Mas cabe, a todos – ao Estado, ao Governo, a cada um (pessoas, empresas e instituições) – olhar para as condicionantes que arrastaram o País e as famílias para esta situação.

O mundo da política vai deixando, de vez em quando, sinais de que conhece a situação

 

 

e reconhece a sua gravidade. Mas, depois, a prática acaba por ficar, sistematicamente, muito aquém das promessas. Veremos, por exemplo, o que fará o Dirigente do partido maioritário com a promessa de que "liderará um profundo e alargado debate na sociedade portuguesa na busca de respostas sistémicas e eficazes capazes de inverter o ciclo de declínio demográfico". E aponta também a demografia como um problema que deve ser considerado "questão estratégica nacional". Veremos (ou não veremos)!

Não podemos esperar mais. A Sociedade, todos na Sociedade, temos obrigação de ajudar a criar condições para que as famílias respondam com generosa 

 

responsabilidade a esta verdadeira emergência nacional.

Vão surgindo, aqui e ali, sinais efetivos desta consciência. O JN dedicou há dias (19.01.14) uma página a um empresário do Norte, com provas dadas de responsabilidade social, que decidiu pagar integralmente as mensalidades das creches dos filhos dos seus colaboradores. Mas, ao que conta, não foi fácil: teve que superar barreiras burocráticas que penalizariam este gesto.

Urge que se multipliquem os sinais efetivos de cooperação com as famílias. Urge recriar um ambiente propício à vida familiar, que ajude a superar dificuldades objetivas, a vencer o medo à incerteza.

 
 

 

Um pontificado de silêncio

Octávio Carmo,

Agência ECCLESIA

 

A última semana de trabalho foi marcada por uma data: 11 de fevereiro de 2013. No Vaticano, Bento XVI reunia-se com várias dezenas de cardeais para dar luz verde à canonização de três beatos, um encontro de trabalho habitual que começou a ganhar contornos inéditos quando o Papa afirmou, em latim, que as suas forças devido à idade avançada, já não eram idóneas para exercer adequadamente o seu ministério.

A renúncia ao pontificado era uma decisão sem precedentes: nos últimos 600 anos nenhum Papa tinha resignado e a reconstrução histórica dos raros casos em que um pontificado foi interrompido antes da morte do pontífice não era comparável ao momento atual, sem qualquer contestação da legitimidade papal.

Os últimos 12 meses têm mostrado que ninguém melhor do que Bento XVI estaria preparado para semelhante decisão e que a Igreja Católica não poderia ter desejado ninguém melhor do que este Papa para enfrentar a situação inédita de ver chegar um novo pontífice antes da morte do seu predecessor.

Desde que regressou ao Vaticano, a 2 de maio, Bento XVI tem-se mantido recolhido na maior discrição, acompanhado pelas quatro leigas consagradas que o serviram durante o pontificado e pelo seu secretário particular, D. Georg Gaenswein, o atual prefeito da Casa 

 

 

 

 

Pontifícia. O silêncio, assumido, faz dele um alvo fácil de comparações superficiais e análises injustas, que só na aparência servem para elogiar o seu sucessor, Francisco.

O afastamento voluntário do palco mediático coroa um magistério que fez frente a “tempos modernos” que questionam a fé como algo do passado, limitando o alcance da existência humana.

O silêncio é uma realidade central da espiritualidade cristã e esteve sempre presente no magistério do Papa emérito.

O silêncio de Bento XVI é a sua 

 

última lição. O Papa alemão convidou sem cessar, ao longo do seu pontificado, ao encontro com Jesus Cristo, à centralidade da fé na vida de todos os dias, ao regresso às origens para enfrentar os desafios do mundo de hoje, com a ajuda da oração e do silêncio. As opiniões humanas, dizia, vão e voltam: O que hoje é muito moderno, amanhã será velho.

À Igreja cabe manter o respeito e compreensão que o Papa emérito agradeceu, antes de se despedir, prometendo acompanhar o caminho da Igreja, através da oração e da reflexão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Decisão Profética

Quando, em 11 de fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI anunciou a sua intenção de resignar, abriu um capítulo novo na história da Igreja Católica. Com efeito, a decisão não teve paralelo em momentos anteriores, uma vez que se tratou de uma opção ponderada e voluntária, que pretendeu abrir caminho à renovação na vida da Igreja, procurando garantir o exercício de um novo pontificado nas melhores condições físicas e psíquicas para o Papa. Um ano depois desse momento crucial, podemos dizer que a decisão do Papa Emérito foi profética e tem permitido uma evolução positiva no corpo místico e na instituição eclesial.

Bento XVI compreendeu que era indispensável pôr a Barca da Igreja a salvo de algumas ameaças graves que exigiam o ministério de um Sumo Pontífice com energia e capacidade de ação suscetíveis de reforçar o caminho de consolidação e de renovação do Povo de Deus. Ao ter aberto a porta para a eleição do Papa Francisco, Bento XVI 

 

 

 

 

 

contribuiu com o seu gesto para afirmar a todas as pessoas de boa vontade, cristãos e não cristãos, que a Igreja Católica estava apta a não se deixar aprisionar por alguns sinais preocupantes, que se agravariam se não houvesse uma determinação renovadora. Se as Encíclicas de Bento XVI se singularizaram por serem uma

 

 lufada de ar fresco na resposta aos desafios do mundo contemporâneo, a partir da fé e da razão, da esperança e da caridade, e de uma resposta assente na verdade e na justiça relativamente aos efeitos da crise financeira, assim, a «Exortação Apostólica» do Papa Francisco, em articulação com a sua prática e com a aproximação às pessoas concretas, ou com o apelo à colegialidade e à reflexão teológica sobre o papel da mulher no seio da Igreja, bem como a renovação da cúria e a demarcação relativamente a diversas incertezas e fragilidades, têm contribuído decisivamente para dar resposta aos desafios colocados pela sociedade, em nome da justiça e da paz. O caminho está iniciado, importa assumi-lo!

 

Guilherme d'Oliveira Martins

Presidente do Centro Nacional de Cultura

 

 

Serviço à frente da autoridade

António Matos Ferreira, diretor do Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) da Universidade Católica Portuguesa, afirma que a renúncia de Bento XVI vincou que a função de um Papa, de um líder, da hierarquia, é estar ao “serviço” dos outros, mesmo que isso implique “dar lugar” a outra figura, “mais adequada”.

“O gesto talvez possa ser lido como um ato de conversão, de alguém que estando à frente, tendo tanto poder e autoridade, acaba por se converter no sentido de aceitar as suas limitações, e 

 

 

aceitar as limitações não é fácil”, salienta.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o docente universitário realça que o gesto do agora Papa emérito surgiu no contexto de um líder que teve “de lidar” com problemas de grande “complexidade”, 

 

 

 

como as “questões no âmbito da sexualidade” que envolveram a Igreja Católica e “a desordem económica internacional”.

Bento XVI foi eleito a 19 de abril de 2005, sucedendo a João Paulo II que governou os destinos das comunidades católicas durante cerca de 27 anos.

A escolha do então cardeal alemão deveu-se em primeiro lugar, na opinião de António Matos Ferreira, ao “reconhecimento da sua capacidade como teólogo”, num período da história em que as mudanças sucediam a um ritmo “muito rápido”.

“Havia a perspetiva de uma manutenção ou consolidação do pensamento teológico que de alguma maneira dava garantias, era interpretado como uma continuidade”, recorda o diretor do CEHR, destacando a trilogia que o Papa alemão dedicou a Jesus de Nazaré.

“Na produção teológica de Bento XVI vê-se a necessidade dessa constante consciência dos cristãos se confrontarem com a pessoa de Jesus, que não é uma realidade histórica, é viva, atual, presente”, salienta.

Essa aura de estudioso, de 

 

investigador, de alguém que tinha a capacidade de falar ao mundo intelectual, criava ao mesmo tempo a ideia de uma certa “distância” com as pessoas.

O diretor do CEHR recorda, no entanto, que o Papa alemão procurou sempre “ir ao encontro das pessoas” e que foi com ele que “se acelerou a utilização na governação pontifícia da tecnologia moderna, do Twitter, da presença nos novos meios de comunicação”.

Por outro lado, a sua reflexão escrita, especialmente as encíclicas sobre o Amor, a Esperança e a Caridade, reforçou a abertura e a atenção de Bento XVI a um “mundo onde há diferenças” e onde “os cristãos muitas vezes” têm responsabilidade nesses “desajustes de natureza social”.

 “Esse foi todo um trabalho que Bento XVI conseguiu, o apelo às novas gerações, da responsabilidade que têm de construir um mundo que não basta ser justificado por ideologias”, conclui António Matos Ferreira.

 

 

 

 

Um gesto profético

O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), padre José Tolentino Mendonça, define a renúncia de Bento XVI ao pontificado como “um gesto profético” fruto de “uma grande sabedoria espiritual”.

“É um grande gesto profético porque mostra que a vida não acaba com a chamada vida ativa em que fazemos, produzimos, construímos mas que a vida humana também precisa de outras dimensões e nesse sentido o testemunho de Bento XVI é um testemunho de humildade, de desprendimento mas de uma grande sabedoria espiritual”, disse o sacerdote e poeta, em declarações à Agência ECCLESIA.

A 11 de fevereiro de 2013, Bento XVI anunciou a sua resignação, em latim, durante um encontro com cardeais que tinha sido convocado para decidir três causas de canonização, passando com esta atitude um “testemunho a todos os cristãos porque o silêncio e a discrição da sua própria imagem, essa relativização de si que está nos seus gestos por exemplo, são património de futuro que fala 

 

muito ao coração de cada cristão”.

Há quase um ano que Bento XVI se dedicou à oração e se mantêm em silêncio, algo que “é uma realidade central da espiritualidade cristã, algo muito significativo” porque “o silêncio não é uma forma de ausência é uma forma de presença”, considera o vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa.

 Na opinião do padre José Tolentino Mendonça, Bento XVI marca agora a Igreja Católica com “uma outra presença onde a dimensão espiritual porventura encontra espaço para uma expressão mais plena, mais total”.

“O Papa Bento XVI quando resignou disse que queria retirar-se também para rezar, para refletir” por isso “esta retirada coloca-o de fato num lugar muito especial no coração da Igreja e certamente a sua presença no silêncio faz sentir uma comunhão espiritual muito grande”, acrescenta.

“É um recolhimento verdadeiro, não é uma retirada mas sim uma outra maneira de seguir Jesus e de continuar a sua missão até ao fim”, conclui o diretor do SNPC.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Novo paradigma de sucessão papal

O jornalista José Manuel Fernandes considera que a renúncia de Bento XVI, decisão anunciada a 11 de fevereiro de 2013, abriu espaço para “um novo paradigma” na instituição do papado e no seu processo de sucessão.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o antigo diretor do jornal ‘Público’ salienta que aquilo que até agora obedecia, salvo “raríssimas” exceções, à “ordem natural das coisas” ganhou novos contornos com a renúncia de Bento XVI, uma “decisão individual”, feita em nome da “reforma” da Igreja Católica.

“Talvez daqui a uns tempos, possamos avaliar melhor se o ato de renúncia foi ou não revolucionário”, aponta José Manuel Fernandes, aprofundando depois o alcance que o gesto de Bento XVI teve.

O atual responsável pela revista ‘XXI, Ter Opinião’, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, recorda que a resignação do agora Papa emérito surgiu numa altura em que a Igreja Católica procurava responder a uma “frente muito delicada”.

 
 

Bento XVI estava a lidar com casos de pedofilia e abusos sexuais que envolviam membros do clero, com lutas de poder na Cúria Romana e com suspeitas de corrupção em instituições como o Banco do Vaticano.

Neste contexto, “ele deve ter tido a noção de que já não tinha a energia necessária para fazer as reformas” adequadas numa instituição tão “burocrática” como a Igreja Católica e que “não era possível esperar até que, pela ordem natural, fosse substituído”, realça José Manuel Fernandes.

No entanto, antes de renunciar ao seu pontificado, o Papa alemão conseguiu atender ao problema da pedofilia e dos abusos de uma maneira “muito mais determinada, muito mais dura do que tinha acontecido até essa altura”.

“Se há algo que marcou o apostolado de Bento XVI”, frisa o comunicador, “foi a forma como ele enfrentou isso, as medidas tomadas, as expulsões que vieram a ocorrer foram desencadeadas no seu mandato”.

 

 

 

 

 

Olhando depois para aquilo que a sucessão de Joseph Ratzinger para Jorge Mario Bergoglio representou em termos de modelo de liderança para a Igreja Católica, José Manuel Fernandes defende que, ao contrário daquilo que “a comunicação social quer fazer crer”, as duas figuras “não estão assim tão separadas uma da outra”.

O jornalista dá como exemplo a forma como os dois últimos Papas refletiram sobre a crise socioeconómica, nas suas encíclicas e mensagens.

 

 

“Aquilo que o Papa Francisco diz de uma forma muito terra-a-terra, pela qual às vezes o acusam de ser populista, não é muito diferente do que já estava na encíclica sobre a Caridade ou na intervenção de Ano Novo de 2013 de Bento XVI”, sustenta José Manuel Fernandes.

O que está em causa é sobretudo a forma como os dois líderes católicos foram recebidos pelo “ambiente mediático”, conclui.

 

 

 

 

Um homem de olhar no futuro

A diretora do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional de Aveiro diz que a renúncia do Papa Bento XVI foi um gesto natural para um homem que sempre teve o «olhar colocado no futuro”.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, a respeito do primeiro aniversário do anúncio da resignação (11 de fevereiro), Ondina Matos destaca alguns dos “momentos mais marcantes” do pontificado de Joseph Ratzinger,

a começar pelas três

jornadas mundiais

passadas com

os jovens.

 

 

A jornada mundial de Colónia, na Alemanha em 2005, foi a primeira celebrada com Bento XVI, “depois de um longo período com o Papa João Paulo II”.

De acordo com Ondina Matos, “pouca gente estava à espera de sentir um Papa chegar de forma tão sorridente e acolhedora” e começou ali desde logo “um caminho de proximidade”

            com os jovens.

 

 

 

 

Um percurso que continuou em Sidnei, na Austrália em 2008, e prosseguiu em Madrid, três anos depois, naquela que viria a ser a última JMJ de Bento XVI.

A responsável pela pastoral juvenil da Diocese de Aveiro guarda no coração o empenho com que o agora Papa emérito viveu o evento, na capital espanhola, e sublinha a “ligação muito forte” que estabeleceu com os jovens.

O encerramento da jornada, no aeródromo de Cuatro Vientos, foi marcado por uma grande tempestade mas, mesmo assim, Bento XVI insistiu junto dos sacerdotes que o acompanhavam para “voltar e concluir a celebração”, realça Ondina Matos.

“E depois teve aquela frase absolutamente estrondosa: ‘vivemos esta aventura juntos, isto foi uma aventura para vocês e para mim’”, acrescenta.

A criação da primeira conta de um Papa no Twitter, em 2012, e os anos pastorais dedicados a 

 

São Paulo, aos Sacerdotes e à Fé, entre 2008 e 2012, foram outros momentos importantes na missão do agora Papa emérito.

Para Ondina Matos, a adesão às redes sociais mostrou ao mundo um Papa atento à evolução dos tempos, que encarava a comunicação “como uma ferramenta essencial para a proximidade com as pessoas”.

“Esta criação da conta, não muito antes de ter resignado, era já um olhar colocado no futuro”, reforça a responsável pastoral.

Por outro lado, a promoção do Ano Paulino, do Ano Sacerdotal e do Ano da Fé surgiram no contexto de “preocupações muito concretas” da Igreja Católica e “fizeram despertar” as Igrejas locais para essas temáticas.

“Se calhar é a marca mais importante destes anos, fazer estas temáticas chegarem às Igrejas locais e serem refletidas e vividas mais profundamente”, aponta Ondina Matos.

 

 

 

 

Recolhimento e silêncio
são exemplo para o mundo atual

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), o padre Manuel Morujão considera que o recolhimento a que Bento XVI se entregou há quase um ano tem, “um significado profundo e exemplar que contrasta com o mundo atual”.

“Este recolhimento tem um significado profundo e exemplar que contrasta com o mundo atual onde se vive no ruído, num rodopio mostrando que é preciso saber viver a dimensão profunda de cada um”, disse o padre Manuel Morujão em entrevista à Agência ECCLESIA.

“Saber guardar silêncio e não interferir na ingerência do seu sucessor é um grande

testemunho e purifica

a ação de cada um,

é saber entrar no

palco mas

também

 

cada um, é saber entrar no palco mas também sair”, mostrando que “quem não sabe guardar silêncio não sabe comunicar”, sublinha.

“A renúncia de Bento XVI foi um momento de lucidez e de grande coragem” sendo este gesto “um exemplo para todas as pessoas que se encontram em cargos de chefia para que se perceba que o poder é para servir e não para se servir dele”, considera o porta-voz da CEP.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, a respeito do primeiro aniversário  do anúncio da resignação (11 de fevereiro) o padre Manuel 

 

 

 

Morujão considera que “a liberdade interior que Bento XVI mostrou ao se afastar é digna de todo o aplauso sendo que esse gesto trouxe-nos a bênção do atual Papa”.

“Bento XVI é um homem de estudo, um homem profundo, de temperamento tímido que não quis nunca ser protagonista da Igreja, sempre quis que fosse Jesus Cristo o protagonista”.

A encíclica Caritas in Veritate contém “conceitos e linhas de ação de grande utilidade não apenas para o agir da Igreja mas para todas as pessoas que se abrem à boa notícia do Evangelho que nesta encíclica está traduzido de uma maneira admirável, no que diz respeito questões como a ecologia e a vida laboral e social”, acrescenta.

 

 

Quanto à visita de Bento XVI a Portugal em maio de 2010 o porta-voz da CEP lembra a “onda que se gerou no país de entusiasmo, acolhimento e respeito” para com “um homem que trazia mensagens de paz, de harmonia social e progresso”.

O encontro de Bento XVI com as pessoas da cultura no Centro Cultural de Belém demonstrou, na opinião do padre Manuel Morujão, “que houve uma vibração da fé que não ficou a pairar nas nuvens encarnando no mundo dos artistas, dos pensadores e dos que promovem a cultura”.

Ao longo do seu pontificado Bento XVI enfrentou casos de pedofilia e abusos sexuais que envolviam membros do clero, com lutas de poder na Cúria Romana e com suspeitas de corrupção em instituições como o Banco do Vaticano, “lidando com tudo de uma forma muito corajosa, atuado com firmeza e clareza”.

A trilogia “Jesus de Nazaré” escrita por Bento XVI é outro dos legados que o Papa Emérito deixa à Igreja Católica, ele que “é um grande teólogo e um grande intelectual”, considera o porta-voz da CEP.

 

 

 

Um silêncio que fala

 

 
Rita Figueiras, professora e investigadora da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, destaca a opção de Bento XVI de abdicar por completo de qualquer espaço no palco mediático, após a eleição do Papa Francisco, sem que isso signifique uma perda de relevância na mensagem que é transmitida.
“Como sabemos, a figura do Papa é única e há necessidade de deixar o lugar, implicando necessariamente uma ausência, uma retirada de cena, 

 

 

digamos assim, se pensarmos no palco mediático. Por um lado, isso decorre da decisão tomada e da aceitação de que o novo Papa viria e que o palco não era para ser partilhado, digamos assim”, refere à Agência ECCLESIA.

“Por outro lado, há aqui um efeito poderoso do silêncio, também, porque tal como dizia, no momento em que todas as pessoas podem ter acesso ao espaço público – é fácil, hoje em dia, quer através da televisão, que através das redes sociais -, em que é extremamente acessível mostrar uma imagem ou uma opinião, o que é mais significativo é a opção de não o fazer”, acrescenta.

Segundo a especialista, aqui o silêncio é “simbólico”, não é uma manifestação de poder, antes pelo contrário.

“Pode dizer-se muito não aparecendo, não aparecendo também se comunica. Portanto,  nesse aspeto há aqui um uso estratégico do poder, que é o direito e a escolha de não 

 

aparecer. Podemos ver que o silêncio tem qualquer coisa de poderoso e de significativo e não o seu contrário, como à primeira vista poderia parecer, o não ter visibilidade como uma ausência de relevância”, precisa.

Apesar do pontificado de Bento XVI se ter concluído há quase um ano, as redes sociais e algumas publicações continuam a usar a figura do Papa emérito como símbolo do que identificam como errado no seio da Igreja, num ataque indireto que só na aparência procura valorizar a mensagem e a atitude do seu sucessor, Francisco. O silêncio de Bento XVI torna-o um alvo fácil.

“Claro que esse vazio abre espaço a que da própria parte dos media haja uma utilização desse mesmo vazio, para fazer esse contraponto. Aí podemos pensar que decorre mais da própria lógica dos media, que sentem a necessidade de definir alguém pela diferença que tem face ao antecessor, para marcar uma mudança”, assinala Rita Figueiras.

 

 

Resignação De Bento XVI

Gostaria de começar este breve comentário com a afirmação de certa estranheza: precisamente a de que se ache estranho que um Papa resigne. Compreendo que, por razões históricas, se estranhe essa atitude, uma vez que tem sido raríssima. Mas, sendo habitual a resignação dos bispos, a partir dos 75 anos de idade,

 

 do ponto de vista eclesial o Papa é antes de tudo e na base o bispo de Roma, que pode e deve ser enquadrado no conjunto do colégio episcopal, mesmo que desempenhe um ministério específico no interior desse colégio.

Sendo assim, eu preferia deslocar a questão, antes de tudo, para a própria resignação episcopal. Tendo em conta que o ministério episcopal – como aliás, já o ministério presbiteral – não é puro exercício de uma profissão, com legítimo direito a aposentação para descanso e usufruto do contributo dado durante a fase “ativa” da vida, um bispo (e um padre) não se reforma propriamente. É compreensível que, do ponto de vista prático, em muitos casos não seja aconselhável a permanência no “governo” de uma diocese depois de determinada idade. Mas as razões que fundamentam essa conveniência não permitem fixar uma idade, pois certamente haverá muitos casos em que se deveria abandonar a tarefa antes do 75 anos e outros que poderia

 

 

 

 e deveria perfeitamente permanecer depois dessa idade.

O caso do bispo de Roma vem, aliás, confirmar esta ideia. Se se seguisse com rigor a regra das resignações episcopais, os dois mais recentes Papas já nem teriam sido eleitos Papas, mas apenas encaminhados para a “merecida” reforma. Que não tenhamos estranhado a sua eleição, é já algo revelador de que a resignação episcopal poderá vir a ser encarada de modo muito menos radical do que tem sido recentemente.

Ora isso conduz-nos de novo à questão inicial: se consideramos normal a nomeação de um bispo de Roma depois da idade de resignação, o que pode significar a sua resignação, posteriormente, quando habitualmente se têm mantido no ministério até à morte?

O bispo de Roma, como sabemos, na estrutura atual da Igreja Católica – acentuadamente nos últimos dois séculos – ocupa um lugar saliente, seja do ponto de vista simbólico, seja do ponto de vista governativo. O primeiro aspeto – acentuado pela 

 

mediatização recente – exige certo modo de presença da pessoa que exerce esse ministério; o segundo, exige uma capacidade administrativa muito própria. Na racional lucidez que sempre marcou Bento XVI, este ter-se-á apercebido que já não poderia desempenhar estas tarefas de modo pleno, podendo com isso prejudicar a Igreja, e como tal, considerou oportuno que fosse outra pessoa a assumir esse papel. Parece-me uma decisão sábia, adequada e que revela, antes de tudo, uma perfeita consciência do significado do seu ministério, muito mais importante do que a pessoa que o exerce. Para mim, terá sido um ato culminante de uma personalidade grande, precisamente porque humilde e consciente de que a Igreja é muito maior que cada um dos seus membros – mesmo que seja o Papa.

 

João Manuel Duque

Presidente do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa

 

 

Uma lição de humildade

 

 

A reitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP), Maria da Glória Garcia considera que Bento XVI deu  “uma lição de humildade” ao renunciar ao pontificado, algo “que é muito difícil de ter para quem detêm o poder”.

“É uma lição de humildade que é muito difícil de ter para quem detêm o poder porque quem tem o poder gosta de o exercer até ao fim”, disse a reitora da UCP em declarações à Agência ECCLESIA.

“Quem detêm o poder deve ver neste ato algo de muito importante porque o poder é serviço, não nos pertence, é qualquer coisa que se exerce num quadro de liberdade e 

 

 

 

 

 

de responsabilidade até ao momento em que se compreende quais são os limites dessa mesma responsabilidade e dessa mesma liberdade”, refere Maria da Glória Garcia.

A reitora da UCP lembra o momento em que soube da renúncia do Papa, algo que causou uma “enorme surpresa porque ninguém estava à espera, colheu toda a gente com surpresa, cum uma grande incredibilidade”.

Mas depois da surpresa inicial “veio um segundo momento em que se procurou compreender àquela decisão que deve ter sido tão difícil e empreendido no mais fundo de si para consigo e para com Deus”, refere.

Nesta decisão “encontra-se uma grande humildade, uma reflexão sobre o poder e o seu exercício e a forma como este deve ser exercido e ainda a forma como Bento XVI “em liberdade renuncia a esse mesmo exercício do poder e tudo num quadro de uma enorme solidão, em termos pessoais 

 

obviamente mas de diálogo permanente com Deus.”

O próximo dia 11 vai marcar a passagem de um ano sobre o anúncio da renúncia de Bento XVI ao seu pontificado e desde então o Papa Emérito optou pelo silêncio.

“Não sabemos se esse silêncio no final nos vai deixar obra escrita para ser meditada ou se pura e simplesmente é um silêncio de reflexão pessoal e de diálogo interior, não sabemos e por isso o melhor é não especular e respeitar apenas a sua decisão”, sublinha a reitora da UCP.

“Respeitemos o homem, ia pessoa que ele foi e as lições que ele nos tem dado e seguramente que vai continuar a dar” sendo que esta lição “do silêncio é uma muito bonita” visto que acontece “num período mediático, onde toda a gente se coloca em bicos de pés para ser vista e este é o caso de alguém que escolheu o silêncio, não querendo ser visto ou ouvido”, concluiu.

 

 

Papa escreve aos jovens de todo o mundo

O Papa Francisco incitou os jovens a rejeitar as “ofertas de baixo preço” e a preferir rumar “à verdadeira felicidade” em Jesus Cristo, na mensagem para o Dia Mundial da Juventude que se celebra a 13 de abril. “Jesus interpela-nos para que respondamos à sua proposta de vida, para que decidamos qual estrada queremos seguir a fim de chegar à verdadeira alegria, trata-se dum grande desafio de fé”, escreve o Papa, num texto divulgado hoje pelo Vaticano.

Francisco desafia os jovens a ter “coragem de ir contra a corrente” para não procurar “o sucesso, o prazer, a riqueza de modo egoísta e idolatrando-os”.

“Podemos experimentar momentos de inebriamento, uma falsa sensação de satisfação, mas, no fim de contas, tornamo-nos escravos, nunca estamos satisfeitos, sentimo-nos impelidos a buscar sempre mais e é muito triste ver uma juventude saciada, mas fraca”, acrescenta a mensagem que tem como tema a passagem das Bem-aventuranças, ‘Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu’.

 
 

O Papa sublinha ainda que os jovens devem colocar “Jesus em primeiro lugar” sendo para isso necessário aprenderem a despojar-se “de coisas supérfluas e inúteis” como “a ambição de possuir, do dinheiro idolatrado e depois esbanjado”.

“Dizei não à cultura do provisório, da superficialidade e do descartável, que não vos considera capazes de assumir responsabilidades e enfrentar os grandes desafios da vida, procurai ser livres em relação às coisas”, precisa.

Francisco pede uma especial atenção para os pobres, com quem os jovens “podem aprender muito”.

“Os pobres ensinam-nos que uma pessoa não vale por aquilo que possui, pelo montante que tem na conta bancária, um pobre, uma pessoa sem bens materiais, conserva sempre a sua dignidade”, explica.

O Papa recorda o 30.º aniversário da entrega aos jovens da Cruz do Jubileu da Redenção, que acontecerá no próximo dia 22 de abril, um “ato simbólico de 

 

 

 

 

 

 

 

 

João Paulo II que principiou a grande peregrinação juvenil que, desde então, continua a atravessar os cinco continentes".

Nesse sentido, anuncia aos jovens que após a canonização do Papa polaco, João Paulo II será “o grande patrono das Jornadas Mundiais da Juventude, de que foi o iniciador e impulsionador".

 

 

Até 2016, quando as Jornadas Mundiais da Juventude vão decorrer em Cracóvia, Polónia, Francisco desafia os jovens a refletirem sobre as Bem-aventuranças. O Dia Mundial da Juventude celebra-se este ano a nível diocesano, a 13 de abril, Domingo de Ramos.

 

 

Vaticano reage a críticas da ONU

A Comissão das Nações Unidas para os Direitos da Criança, que a 16 de janeiro ouviu uma delegação da Santa Sé, publicou esta quarta-feira um conjunto de recomendações com críticas ao tratamento de abusos sexuais na Igreja Católica. “O comité está profundamente preocupado pelo facto de a Santa Sé não ter reconhecido a extensão dos crimes cometidos, não ter tomado as medidas necessárias para lidar com os casos de abuso sexual e proteger as crianças e por ter adotado medidas e práticas que levaram à continuação dos abusos e à impunidade dos abusadores”, lê-se no relatório.

O texto aponta o dedo a um alegado “código de silêncio” sobre estes casos ou à prática de transferir párocos suspeitos de abusos. Nesse sentido, sugere-se que os abusadores sejam “imediatamente removidos” das suas funções e denunciados às autoridades civis.

A sala de imprensa da Santa Sé emitiu um comunicado, após a publicação do relatório, anunciando que as observações serão “sujeitas a minucioso 

 

estudo e exame”. “A Santa Sé reitera o seu compromisso na defesa e proteção dos direitos das crianças, em linha com os princípios promovidos pela Convenção para os Direitos da Criança e segundo os valores morais e religiosos oferecidos pela doutrina católica”.

O relatório vai além das questões ligadas aos direitos das crianças e critica as posições da Igreja em temas como a homossexualidade, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo ou a contraceção. Segundo o comunicado da Santa Sé, alguns pontos deste documento são “uma tentativa de interferir no ensinamento da Igreja Católica sobre a dignidade da pessoa humana e no exercício da liberdade religiosa”.

 

 

 

 

Quaresma atenta às misérias
que afetam humanidade

O Papa dedicou a sua primeira mensagem da Quaresma ao tema da pobreza, apresentando a luta contra a miséria “material, moral e espiritual” como campo prioritário da ação da Igreja Católica, para curar as “chagas que deturpam o rosto da humanidade”. “Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha”, refere o texto, divulgado pelo Vaticano, com o título ‘Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza’, inspirado numa passagem da segunda carta de São Paulo aos Coríntios.

O documento sublinha que a miséria “não coincide com a pobreza”, mas é “a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança”. “Quantas pessoas se veem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade 

 

nos direitos à educação e à saúde”, lamenta o Papa.

Francisco recorda todos os que vivem “numa condição indigna da pessoa”, privados de direitos fundamentais e bens de primeira necessidade como “o alimento, a água, as condições higiénicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural”.

“O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria”, acrescenta Francisco.

A mensagem assinala que “não menos preocupante” é a miséria moral, apresentada como uma escravatura “do vício e do pecado”.

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial a nível internacional, nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rainha Isabel II de Inglaterra vai visitar Francisco

 

 

 

Audiência Geral do Papa Francisco. 05 de fevereiro de 2014

 

 

Filomena

Na Irlanda de 1952, Philomena Lee, dezoito anos, nascida no seio de uma família e comunidade profundamente católicas, órfã de mãe e educada na escola de um convento num regime alheado do mundo fora dos seus limites geográficos, espirituais e afetivos, conhece um rapaz numa feira local. Uma maçã e uns caramelos são o bastante para que Philomena creia que este é capaz de lhe oferecer tudo o que deseja da vida e a paixão consuma-se, resultando na sua gravidez.

Insustentável aos olhos da família, não haverá projeto de maternidade para esta rapariga que é mandada para longe e forçada a entregar o filho para adoção. Uma forma de manter a maternidade em segredo, esconder a vergonha, redimir-se por ter sucumbido à tentação e expiar o pecado de ter um filho fora do casamento. Um passo então considerado benéfico para a reconciliação com Deus.

Em vez de reconciliada, Philomena viverá cinquenta anos atormentada por uma culpa abafada em segredo somando,

 

 à ideia de pecado, o enorme peso de se ver obrigada a rejeitar o maior dom que Deus lhe havia concedido, o de gerar vida.

É ao fim deste tempo que conhece Martin Smith, um jornalista que, intrigado pela sua história, a encoraja a procurar o filho e assim reconciliar-se genuinamente consigo, com aquele e com Deus.

Publicado em 2009, ‘The Lost Child of Philomena Lee’ (‘O Filho Perdido de Philomena Lee’) foi o êxito de vendas que contou, em primeira mão, a verdadeira história de uma das muitas mulheres forçadas, ao longo de anos, a rejeitar a maternidade por imposição de princípios morais não exclusivamente adotados em contextos católicos. Serviu, como é possível que sirva agora esta adaptação ao cinema, para trazer à tona uma quantidade substancial de casos semelhantes, onde uma quantidade de mulheres que passaram pela mesma experiência se sentiram encorajadas não apenas a contar a sua história mas a reencontrar-se consigo e os seus filhos, retomando a possibilidade 

 

 

 

 

de um laço de amor precoce essencial para ambos e de outra forma, pelo menos, difícil.

O filme, bem construído e gerido, contando já com uma enorme popularidade e um palmarés assinalável de que se destaca o Prémio Signis em Veneza, beneficia enormemente da interpretação de Judi Dench, que dá à protagonista a profunda dimensão dramática da sua história.

Para além da questão concreta da maternidade fora do matrimónio, que desejavelmente nos fará a todos refletir sobre a diversidade de contextos que a propiciam, as implicações que traz para os envolvidos - filhos sempre em primeiro lugar – e o que nos cabe como católicos praticantes para assegurar o amor e a caridade 

 

que, igualmente a todos, é devido, eis mais um filme que não se esgota nem no tema, nem na época, nem do contexto geográfico que aborda.

Na verdade, se para tal tivermos disposição e até generosidade, emprestando ao cinema e à sua capacidade de nos levar adiante o nosso dom de escuta, podemos fazer da história de ‘Filomena’ um bom pretexto para aprofundar e debater onde e como se aplica a lei fundadora do amor de Deus e como, a título de Seus testemunhos, olhamos os outros e os aproximamos de Si. Os outros, na sua identidade, no uso da sua liberdade, nas escolhas, no erro e no pecado, contextualizados neste tempo que vivemos.

 

Margarida Ataíde

 

 

 

 

Conferência dos Institutos Religiosos
de Portugal Online

http://www.cirp.pt/

 

No passado domingo, 2 de fevereiro, celebrou-se o dia internacional da vida consagrada, sendo também o culminar da semana do consagrado. Assim esta semana propomos uma visita ao sítio da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP). A CIRP “é um Organismo de direito pontifício, com personalidade jurídica canónica e civil, sem fins lucrativos. Foi instituída por decreto da Sé Apostólica a 16 de Abril de 2005. Resulta da fusão da Conferência Nacional dos Superiores Maiores dos Institutos Religiosos (CNIR) e da Federação Nacional das Superioras Maiores dos Institutos Religiosos (FNIRF). Tem como objetivo principal realizar um trabalho de coordenação e auxílio mútuo entre os diversos Institutos”.

Ao digitarmos o endereço www.cirp.pt entramos num espaço eminentemente informativo onde, apesar de simples, a sua 

 

apresentação torna a navegação bastante facilitada. Na página principal além das várias opções encontra-se em destaque a semana do consagrado 2014 que este ano tem como tema “Transformados na alegria do evangelho”.

Em “missão” somos convidados a ler quais são as linhas orientadoras deste organismo que procura “Intensificar a “visibilidade” profética da Vida Religiosa em Portugal”. Por outro lado em “notícias”, encontramos as principais novidades dos institutos religiosos em Portugal e no mundo.

Na opção “parcerias” poderá obter a lista dos vários organismos e instituições eclesiais, nas quais a CIRP tem delegados. Ela “participa, por inerência ou por convite, em instâncias relevantes para a vida da sociedade portuguesa e da Igreja”.

Um espaço bastante interessante encontra-se em “institutos religiosos”, aí pode ficar a conhecer todas as instituições 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

que compõem a CIRP. Nomeadamente é possível, clicando em cada instituto, obter um resumo com informações relevantes (fundador(a), carisma, endereços, data da fundação, etc.).

Por último em “comissões nacionais” somos informados acerca dos diferentes grupos de trabalho que, entre outras coisas, promovem “o estudo, a reflexão, a consulta, a prospeção de problemas e propostas de solução, bem como outras atividades e iniciativas concretas que entrem no âmbito dos respetivos sectores”.

Fica então lançado o repto de conhecerem melhor a CIRP 

 

porque, “no silêncio dos mosteiros, orando, ou na agitação das ruas, ajudando os mais necessitados, os religiosos são, seguramente, o rosto mais visível da Igreja, oferecendo desinteressadamente os outros, os mais fragilizados, os mais pobres dos pobres, sejam eles crianças ou idosos, órfãos, doentes ou até moribundos, traumatizados, pessoas que desistiram da vida ou que ainda buscam um sentido para os seus dias”.

 

Fernando Cassola Marques

 

 

 

 

Revista Pastoral Catequética
é dedicada à Beleza da Fé

O Secretariado Nacional de Educação Cristã (SNEC) lançou o número 27 da revista quadrimestral Pastoral Catequética dedicada ao tema da “Beleza da Fé”.

A revista de catequese e educação apresenta um conjunto de textos “que reproduzem outras tantas conferências pronunciadas em contextos diferentes” mas que remetem todos “para o sentido da beleza encarnada que subjaz à vivência, à celebração e ao testemunho da fé cristã e que deve caraterizar todas as dimensões educativas dessa mesma fé, nas famílias cristãs, na catequese e nas escolas católicas”, pode ler-se no editorial.

“Celebrar a beleza de Deus” é o primeiro texto, a cargo do padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, que tenta responder à questão: “porque é bela a liturgia?”.

“A resposta do autor é clara: porque o ato de celebrar, ainda que realmente humano, não 

 

celebra a ação do homem mas a ação de Deus”, escreve o diácono Acácio Lopes, diretor do SNEC no editorial da revista Pastoral Catequética.

No segundo texto, intitulado “Professar, celebrar e viver a fé – liturgia e ética: da celebração da fé à vida moral do crente” o padre Vítor Coutinho aborda os fundamentos da moral cristã afirmando que “a fé cristã, bem como a forma que esta se professa e celebra, marca indelevelmente a vida moral do cristão e, necessariamente, toda a sua reflexão ética e os critérios de discernimento da bondade e da maldade das ações humanas”.

“A Igreja em defesa da escola” do cardeal Angelo Bagnasco e “As perspetivas da Educação Cristã na Europa” de Etienne Verack são dois dos textos disponíveis na revista Pastoral Catequética sendo que o primeiro aborda “a defesa da liberdade de opção educativa na escolha da escola por parte das famílias” e o segundo “apresenta uma panorâmica 

 

 

 

 

 

 

da situação da escola católica na Europa”.

A questão da formação e missão dos educadores cristãos nos dias de hoje são abordados nos textos “Que formação cristã para o corpo docente? Que competências a ter em vista?” de André Fossion e “A missão dos educadores cristãos: caminhar como árvores” de Etienne Verack.

O diácono Acácio Lopes, diretor do SNEC termina o editorial da revista Pastoral Catequética deixando o desejo de que a leitura da revista “ajude os nossos leitores a um maior envolvimento na beleza da fé cristã e a vivam, celebrem e testemunhem na sua autenticidade e verdade”. 

 

 
 

 

 

D. António Ferreira Gomes:
Um bispo conciliar no exílio III

 

O padre e investigador português, Nuno Vieira, em entrevista à Agência ECCLESIA sublinha que durante o período em que D. António Ferreira Gomes esteve em Valência (Espanha) “a polícia espanhola controlava-o” e passava informações à congénere portuguesa. Depois da primeira e segunda parte, Nuno Vieira relata episódios do exílio do bispo do Porto.

 

AE – Ele sabia que estava controlado pela polícia política de Portugal e Espanha?

NV – Não há conhecimento de agentes da PIDE na diocese de Valência, mas sabe-se que a polícia espanhola passava informações à polícia portuguesa. A polícia espanhola controlava-o.

 

AE – Mesmo nas visitas pastorais?

NV – Algumas sim.

 

AE – Alguns discursos dele eram proferidos na língua de Camões com receio de ser mal entendido em castelhano. Ele dominava a língua de Cervantes?

NV – Ele dominava o castelhano, mas sentia-se mais à vontade a falar português. As testemunhas da época dizem que ele falava um «portunhol», por outro lado seria também uma desculpa para não entrar em determinados temas.

 

AE – Existe alguma razão específica para que D. António Ferreira Gomes tenha ido viver 

 

 

para uma casa de religiosas e não para a casa episcopal?

NV – Não há tradição em Valência que o bispo titular viva com os seus auxiliares. D. Marcelino Olaechea vivia no Paço Episcopal e o seu auxiliar, D. Rafael González Moralejo, vivia noutra residência. O bispo titular tinha uma vida autónoma.

 

AE – Apesar de exilado, D. António Ferreira Gomes escreve uma missiva [datada de 27 de novembro de 1961] a Guilherme Braga da Cruz onde sublinha que “afinal o desterro é a liberdade e alguma possível aspiração de verticalidade”.

NV – Era liberdade porque lutava pela causa da liberdade. Ele continuava a pensar que era possível a liberdade. Foi um homem com grande liberdade interior e isso ficou demonstrado quando ele voltou a Portugal.

 

AE – Os discursos feitos em Valência não tinham o mesmo teor daqueles que fazia no Porto.

NV – Não podia fazê-los. Primeiro por cortesia com o arcebispo que o recebeu, por outro lado ele também sabia a situação delicada em que se encontrava. Teve de ser muito prudente para chegar ao fim.

 

AE – D. António Ferreira Gomes nunca pensou em fixar-se, definitivamente, em Valência?

NV – Suponho que não. Apesar do sucesso que teve e de ser reconhecido – foi convidado para os grandes actos sociais - sempre desejou, até pelo seu temperamento, voltar ao Porto. Foi homem muito empenhado na diocese – fazia cerca de 60 visitas pastorais por ano – mas também dedicou muito do seu tempo a preparar as sessões do II Concílio do Vaticano.

 

AE – No início, devido à situação deliciada esteve ausente dos media. Depois, no fim de mostrar o seu valor e de ser conhecido, deu alguma entrevista a algum órgão de comunicação social?

NV – Não existe nenhuma entrevista de D. António Ferreira Gomes. Nas consultas feitas, todos são unânimes: o bispo do Porto era um homem muito reservado.

 

AE – Mas em Portugal concedeu entrevistas.

NV – Em Valência, a situação era muito comprometedora. Apesar de se considerar livre interiormente, D. António Ferreira Gomes estava muito condicionado na acção.

 

(Continua na próxima semana)

 

 

fevereiro 2014

Dia 07

* Évora - Encontro dos Diáconos Permanentes com D. José Alves.
* Fátima - Reunião da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa.
* Leiria - Batalha - Conferência de D. António Marto sobre «Amor conjugal» integrado no encontro vicarial da Batalha.
* Lisboa - Vila Franca de Xira (21h30) - Encontro de D. Manuel Clemente com as forças autárquicas locais.
* Braga - Barcelos - Encontro de formação para confrarias.
* Setúbal - Cova da Piedade - III Conferência do Ciclo de Estudos Históricos e Religiosos sobre “O estudo das Confrarias Eclesiásticas nos Concelhos de Almada e Seixal- uma perspetiva histórica, artística e documental, séc. XV a XIX” orientado por Rui Mendes
* Lamego - Seminário de Resende - Curso de animadores juvenis.  (07 a 09)
* Évora - Reguengos de Monsaraz - Actividades promovidas por alunos do Colégio de São João de Brito (Lisboa) onde está incluído um concerto de rock. (07 a 09)

 
Dia 08

* Évora - Encontro dos professores de EMRC com D. José Alves.
* Cuba - Encerramento do seminário sobre a comunicação, tendo como fio condutor a mensagem do Papa Francisco para o 48.º Dia Mundial das Comunicações Sociais e promovido pelo Conselho Pontifício das Comunicações Sociais.
* Fátima - Reunião nacional das Filhas de Maria Auxiliadora.
* Setúbal - Cova da Piedade - Vigília de oração pelas vocações consagradas e de acção de graças pelos 25 anos de ordenação episcopal de D. Gilberto Reis.
* Faro - Tavira (Igreja de São Francisco) (18h00m) - Concerto do ciclo «Música nas Igrejas» com a fadista Sara Gonçalves,
* Beja - Centro Pastoral Diocesano - Acção de formação da Cáritas sobre o projecto «+ Próximo».
* Lisboa - Óbidos (Convento de São Miguel das Gaeiras) (10h30m) - Conferência de D. Manuel Clemente para a Associação Portuguesa de Certificação. 
* Viseu - Início da nova fase do Sínodo diocesano

 

 

 

 

* Santarém - Sala dos Atos do Seminário de Santarém - Encontro Diocesano de Liturgia
* Aveiro - Museu de Aveiro (15h00m) - Cerimónia de apresentação pública e de doacção da pintura da Princesa Santa Joana
* Aveiro - Seminário de Santa Joana Princesa (ISCRA) - Início da acção de formação sobre «A dimensão religiosa na educação da pessoa com deficiência» orientada por Laurinda Faria.
* Fátima - Encontro para jovens intitulado “O que procuras?” e promovido Serviço de Animação Vocacional (SAV) da Diocese de Leiria-Fátima
* Leiria - Sede da Cáritas Diocesana de Leiria - Feira Solidária.
* Coimbra - Assembleia geral da Confederação Nacional dos Institutos Seculares de Portugal
* Braga - Famalicão - IX Jornada da Família sobre «Nas periferias da família».
* Leiria – Ourém (Olival) – Encontro de jovens sobre «Curtir?! 2+1=1 é melhor» promovido pela equipa vicarial.

 

* Lisboa – Mosteiro das Dominicanas do Lumiar – Conferência «A errante sonoridade de Deus: revisitando José Augusto Mourão» por Alfredo Teixeira.
* Lisboa - Peniche (Pavilhão Polivalente) - 1º Festival de Sopas promovido pela Paróquia de Peniche com objectivo de angariar fundos para as obras da Igreja de São Pedro.  (08 e 09)
* Algarve - faro (Carmelo do Patacão) - Encontro de espiritualidade sobre «Encontrar-se consigo mesmo» e orientado pelo padre Agostinho Leal. (08 e 09)

 

Dia 09

* Porto - Igreja da Lapa (16h00m) - Concerto de trompetes e órgão pelo Ensemble de Trompetes da Escola Superior de Música de Munique (Alemanha).
* Setúbal - Auditório da Cúria Diocesana - VI Encontro diocesano dos Núcleos Paroquiais da Pastoral da Saúde, com o tema: “Também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1 Jo 3, 16).

 

 

 

 

 

- “Nas periferias da família”. É na paróquia de Vila Nova de Famalicão que, no dia 8 de fevereiro, acontece a nona jornada da pastoral familiar. Uma circunstância muito positiva, porque é em iniciativas cada vez mais próximas da família que interessa falar sobre a realidade familiar: histórias muito concretas, onde emergem como ajuda os princípios teóricos e gerais.

 

- O clero da Diocese de Aveiro vai iniciar no próximo dia 10, em Albergaria-a-Velha, uma jornada de quatro dias de formação sobre os desafios da Missão e da Evangelização. “Da Missão à Evangelização e da Evangelização à Missão – Itinerários de Fé” é o tema em análise durante quatro dias, que denuncia - e bem - forte ligação a uma experiência vivida por toda a diocese: a Missão Jubilar. 

 

- Dia 11 de fevereiro assinala-se o primeiro aniversário da renúncia ao pontificado de Bento XVI. Uma decisão histórica, como se comprova pelo dossier deste semanário

 

- D. Gilberto Canavarro Reis celebra no dia 12 de fevereiro 25 anos de ordenação episcopal. Não se trata de um acontecimento só pessoal, mas sobretudo eclesial. E a celebração necessariamente inclui todo o contexto que carateriza a realização da experiência crente na diocese, a situação social e as necessárias respostas que se procuram também às portas das comunidades cristãs

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00

RTP1, 10h00

Transmissão da missa dominical

 

11h00 - Transmissão missa

 

12h15 - Oitavo Dia

 

Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã;  12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida.

 
RTP2, 11h22

Domingo, dia 09 - O pontificado do silêncio: um ano após a renúncia de Bento XVI.

 

RTP2, 18h00

Segunda-feira, dia 10 - Entrevista ao monsenhor Vitor Feytor Pinto, antigo coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde;

Terça-feira, dia 11 - Informação e entrevista ao padre Fernando Sampaio sobre o Dia Mundial do Doente;

Quarta-feira, dia 12 - Informação e entrevista a Jorge Cotovio sobre o ensino particular e cooperativo;

Quinta-feira, dia 13 - Informação e entrevista ao padre Rui Pedro, do Patriarcado de Lisboa, sobre o inquérito preparatório do Sínodo da Família

Sexta-feira, dia 14 - Apresentação da liturgia dominical pelo padre João Lourenço e Juan Ambrosio.

 

 

Antena 1

Domingo, dia 09 de fevereiro,  06h00 - Entrevista a D. Gilberto Reis nos contexto da celebração de 25 anos de ordenação episcopal.

 

Segunda a sexta-feira, dias 10 a 14 de fevereiro, 22h45 - O que mudou com o Papa Francisco? Os pontos de vista de Octávio Carmo, jornalista vaticanista da Agência ECCLESIA, partilhados a cada noite.

 

 

Jesus operou mesmo milagres
ou são lendas?

 

 

 

 

 

 

 

 

Ano A -  5º Domingo do Tempo Comum

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Iluminar a vida com sabor
  A Palavra de Deus deste 5.º Domingo do Tempo Comum convida-nos a refletir sobre o compromisso cristão para a transformação do mundo, de ser luz que brilha na noite do mundo e que aponta no sentido da plenitude de Deus entre nós.

No Evangelho, Jesus exorta os seus discípulos a não se instalarem na mediocridade, no comodismo, no “deixa andar”; e pede-lhes que sejam o sal que dá sabor ao mundo e que testemunha a perenidade e a eternidade do projeto salvador de Deus; também os exorta a serem uma luz que aponta no sentido das realidades eternas, que vence a escuridão do sofrimento, do egoísmo, do medo e que conduz ao encontro de um Reino de liberdade e de esperança.

A segunda leitura avisa que ser luz não é colocar a esperança de salvação em esquemas humanos de sabedoria, mas é identificar-se com Cristo e interiorizar a loucura da cruz que é dom da vida.

A primeira leitura apresenta as condições necessárias para sermos luz. Vale a pena reler Isaías: «reparte o teu pão com o faminto, dá pousada aos pobres sem abrigo, leva roupa ao que não tem que vestir e não voltes as costas ao teu semelhante». Seremos autêntica luz da paixão do meio-dia, luz a brilhar nas trevas, luz a iluminar o mundo, se levarmos a peito estes apelos tão exigentes e atuais do profeta Isaías.

O profeta dá-nos indicações muito práticas para responder à questão essencial: como é que 

 

 

 

 

podemos ser uma luz que acende a esperança no mundo e aponta no sentido de uma nova terra, plena de felicidade?

Não é com liturgias solenes ou com vistosos ritos litúrgicos, muitas vezes estéreis e vazios; mas é com uma vida onde o amor a Deus se traduz no amor ao irmão e se manifesta em gestos de partilha e fraternidade, de libertação e esperança, de justiça e paz.

Não se diz aqui que os momentos de oração e de encontro pessoal com Deus sejam supérfluos, inúteis e desnecessários; o que se diz aqui é que os ritos em si nada significam, se não correspondem a uma vivência interior que se traduz em gestos concretos de compromisso com  Deus e com os seus valores. A multiplicidade de ritos, orações solenes e celebrações por si só nada vale, se não tem a devida correspondência na vida de relação com os irmãos.

Em mais uma semana, como vamos dar sabor e iluminar as nossas vidas partilhadas com os irmãos e os próximos do nosso caminhar? O gosto da partilha, do acolhimento, da misericórdia 

 

e da caridade, como nos convida Isaías, têm o sabor de Cristo ressuscitado?

Oxalá que sim, para que nos tornemos “Luz diante dos homens” e iluminemos a vida com o sabor de Cristo em nós.

 

Manuel Barbosa, scj

www.dehonianos.org

 

 

Haiti: Terramoto de 2010 ainda provoca muitas lágrimas

Vidas em ruína

Quatro anos depois, os prédios por reconstruir não permitem que se esqueça a tragédia de Janeiro de 2010. Quatro anos depois, milhares de pessoas continuam a precisar de ajuda para sobreviverem. Mas nem tudo é trágico: quatro anos depois, há cada vez mais candidatos ao sacerdócio.

 

Faltavam poucos minutos para as 5 da tarde do dia 12 de Janeiro de 2010. A terra sacudiu com uma violência tal que muitos se recordam de ter dito, então, “que se estava a assistir ao fim

 

do mundo”. Os que sobreviveram jamais se esquecerão do medo e da impotência que sentiram nos instantes terríveis do forte abalo sísmico e do pânico que se gerou depois, quando a terra voltou a ser sacudida por violentas réplicas.

Os números ainda hoje chocam. Cerca de 300 mil mortos, 105 mil casas completamente destruídas, mais de 200 mil seriamente danificadas. Quase dois milhões e meio de haitianos ficaram, de um momento para o outro, sem tecto, entre ruínas. Ainda hoje, quatro anos depois, os efeitos do sismo fazem-se sentir. Mais de 170 mil pessoas continuam a viver em acampamentos provisórios no Haiti.

 

 

 

 

A reconstrução tem sido muito lenta. Apesar da enorme ajuda internacional, ainda há muito por fazer no Haiti, principalmente porque quase tudo o que havia ficou destroçado. Escolas, hospitais, edifícios públicos. Quase nada resistiu ao abalo sísmico.

 

Ao todo, ainda existem 271 campos de refugiados, mas, mesmo nas zonas onde a reconstrução foi mais célere, subsistem variadíssimos problemas. Há interrupções constantes no abastecimento de água e de luz, os casos de cólera – cerca de 50 mil novas infecções em cada ano - continuam a ser considerados como muito graves, e persistem também inúmeros relatos de violência que ensombram o quotidiano do Haiti.

 

Novos seminaristas

A Igreja Católica tem estado na linha da frente do enorme esforço de reconstrução nacional. Mas também ela enfrenta tremendas dificuldades. O Seminário Maior do Haiti ruiu e 30 seminaristas 

 

perderam a vida, assim como o bispo da diocese e numerosos sacerdotes e religiosas. Desde então, o seminário foi transferido para um campo de tendas.

Da Igreja do Haiti chegam-nos sucessivos pedidos de ajuda.

O país é muito pobre e falta quase tudo. As 80 paróquias da Arquidiocese de Port-au-Prince continuam com marcas bem visíveis do terramoto de 2010. Quase todas as 320 capelas ficaram destruídas, bem como orfanatos, escolas, creches, centros paroquiais. Milhares de pessoas procuram viver uma impossível normalidade num país ainda destroçado pelo abalo sísmico. Mas todos os dias, mesmo em tendas improvisadas, os fiéis reúnem-se em oração agradecendo o dom da vida. Curiosamente, todos os anos tem crescido no Haiti o número de candidatos ao sacerdócio. E não será, seguramente, por causa das condições actuais do seminário…


Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

 

 

 

 

APLICAÇÕES PASTORAIS

Pinterest

Nas últimas semanas têm surgido alguns dados sobre o uso das Redes Sociais em Portugal, revelando as mais usadas, as que estão a perder usuários e as que apresentam maior crescimento em Portugal. O Instagram, já apresentado numa edição passada do Semanário Ecclesia, e o Pinterest são as redes sociais que mais crescem em Portugal, segundo o estudo Os portugueses e as Redes Sociais, da Marktest.

 

O Pinterest bem podia ser apresentado como uma rede social inspirada nos quadros de cortiça das nossas paróquias. O Pinterest é um mural virtual que permite organizar e partilhar, através de uma marcação com Pins (alfinetes), imagens, vídeos, áudio que encontramos na internet e que gostamos de colecionar, guardar, que poderão ser usados mais tarde e/ou servir de fonte de inspiração para os nossos trabalhos.

A atividade dos usuários, com cerca de 100 milhões de usuários, expressa-se através de fotos, imagens, vídeos significativas; 

 

partilha e recomendação a outros usuários de coisas que poderão interessar; exploração de novos tópicos; busca de ideias para inspirar, fazer, comprar, ver, ler, etc.

As categorias presentes vão desde a moda e beleza, à culinária, cinema, desporto, viagens, educação, passando pelos filmes, músicas, fotografias, livros, ilustrações e posters, citações.

 

Como usar Pinterest

A conta pode ser criada através do Facebook ou através de formulário. Feito o registo, surgem 5 painéis para começar, que podem ser expandidos. Como é prática correntes das Redes Sociais podemos ligar a nossa conta de Pinterest à conta do Facebook e Twitter nas configurações.

Para adicionar conteúdo à nossa página podemos fazer upload través de carregar pin ou diretamente de qualquer site. Os pins poderão ser repins, isto é, fazer repin significa publicar/guardar na nossa 

 

 

 

página o que outros usuários partilharam, não sendo necessário seguir esse usuário.

Como forma de organizarmos a informação podemos criar álbuns. Para cada álbum definimos um nome, uma descrição curta sobre o assunto do álbum, adicionamos a uma categoria, definimos se é ou não secreto e ainda podemos adicionar a geolocalização.

A interação com cada pin permite marcar com eu gosto, adicioná-lo aos favoritos e deixar comentário. Podemos partilhar os nossos pins  com outras pessoas que não estejam nesta rede social através do enviar pin a....

 

O Pinterest é uma excelente forma de organizarmos e dinamizarmos a comunicação da Igreja: quer dando a conhecer o que se faz, quer observando/inspirando-se no que outros fazem.

Boas partilhas

 

Links

iPhone iPad | Androide

 

 

Bento Oliveira

@iMissio

http://www.imissio.net

 

 

 

 

O Senhor chama-me a «subir ao monte», a dedicar-me ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja; aliás, se Deus me pede isto é precisamente para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e com o mesmo amor com que procurei fazê-lo até agora, mas de uma forma mais adequada à minha idade e às minhas forças. Invoquemos a intercessão da Virgem Maria: Ela ajude todos nós a seguir sempre o Senhor Jesus, na oração e na caridade activa.

(Bento XVI, Angelus, 24 Fevereiro 2013)