04 - Editorial: padre João Aguiar

06 - Foto da semana

07 - Citações

08 - Nacional

12 - Igreja Local

14- Opinião:

       D. Pio Alves

16 - Opinião

        Maria da Glória Garcia

18 - Espaço Ecclesia:

        Também há alegrias no hospital

20 - A semana de...

         Paulo Rocha

22 - Internacional

 

26 - JMJ Rio 2013

27  - Por estes dias

28-41 - Dossier: Felicidade

34- Entrevista:

       Jacinto Jardim

42 - história

44 - 50 Anos do Vaticano II

46 - Estante

48 - Liturgia

50 - Fundação AIS

52 - Agenda

54 - Cinema

56 - Multimédia

58- Ecclesia nos Media

59 - Aplicações Móveis

Foto da capa: DR
Foto da contra-capa: 
João Aguiar

 

AGÊNCIA ECCLESIA 
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Em tempos de crise, crie!

Entrevista ao autor do livro «10 competências rumo á felicidade», Jacinto Jardim

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Culturas juvenis emergentes 

Bento XVI recebeu os participantes na assembleia plenária anual do Conselho Pontifício para a Cultura.
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UCP

Opinião de D. Pio Alves, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais [ver+]

 

Alegres na esperança

João Aguiar Campos

 

“Sede alegres na esperança, pacientes na aflição, perseverantes na oração”.

Esta exortação do Apóstolo Paulo aos cristãos de Roma (Rom. 12, 12) atingiu-me, há dias, em cheio, quando me pediram para escrever sobre a alegria. Estava então em Fátima, sob uma acesa tempestade que derrubou árvores, afugentou pessoas e lavou o largo terreiro com vigorosas bátegas de água. Mas foi precisamente ali, e nas circunstâncias telegraficamente descritas, que o essencial da reflexão nasceu.

Confirmei, dias depois, a atualidade do tema quando os olhos poisaram num artigo da newsletter do portal Ver, intitulado “Fomos feitos para sorrir”.

Nele ressaltam conclusões de um estudo do Laboratório de Expressão Facial da Emoção, dando conta de que, em 2012, houve uma “diminuição relevantíssima na frequência e intensidade do sorriso” dos portugueses, acentuando uma tendência que vem em crescendo desde 2003.

Esta tendência para o rosto fechado ou “a face neutra da expressão”, revela quanto a situação que o país vive incide sobre os sinais de esperança. Mas importa contrariar uma tal ausência de alma…

 

1. “Alegres na esperança” - eis um lema que seria bom ver impresso na vida de cada homem e


 

 

 

 

mulher deste tempo atormentado; mas, ainda com mais obrigação e urgência, na vida de cada crente.

É, de facto, em momentos de acentuada neblina que mais indispensável se torna quem sabe o caminho. Ora os crentes devem ser “apóstolos esperançosos, que confiem com alegria nas promessas de Deus” - como lembrou o Papa Bento XVI quando, em 23 de setembro de 2005, recebeu, em visita ad limina, o terceiro grupo de bispos do México.

Viver e propor a esperança não é, evidentemente, iludir a fragilidade humana ou camuflar a presença do mal e da dor. Também não é cultivar ou confessar um mero otimismo.

Viver e propor a esperança é estar seguro da bondade e benevolência de Deus: “a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rom. 5,5).

 

2. “Viver de esperança, não é viver à espera”, mas partir e testemunhar até aos confins da terra (Act 1,8). É compreender que a virtude comporta

  “o compromisso de transformação do mundo à luz do Evangelho e tem, como único manancial, o Espírito Santo” - como afirmou João Paulo II.

Quem viva alegre na esperança levará ao mundo o “óleo da alegria”, convicto de que o mesmo mundo, apesar das suas feridas, merece ser amado, pois que também Deus o amou ao ponto de lhe entregar o Seu próprio Filho. Em Jesus, de facto, “apareceu a bondade de Deus” (Tit 3,4).

É verdade que ninguém deve ser pateta alegre ou vestir uma permanente máscara de carnaval; mas não deixa de ser doentio o pessimismo impede de levantar os olhos e ver “os campos que estão doirados para a colheita” (Jo 4,35).

 

Para muitos já vai demasiado longe o Ano Paulino… Mas está na hora de recordar que perante os Coríntios, “firmes na fé”, o Apóstolo se apresentou como servidor da sua alegria (2 Cor 1,24).

Entendo que só corações enamorados revelam, sem rugas nem distorções de vidro embaciado, o rosto de Cristo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bento XVI e o
presidente italiano
Giorgio Napolitano

Vaticano, 04.02.2013
REUTERS/L'Osservatore Romano

 

 

 

“Às vezes, quando as coisas que são boas se recomendam, o melhor que podemos fazer é ficarmos calados e indicarmos, com uma suave cotovelada, que a felicidade, apanhada numa obra de arte, existe”

Miguel Esteves Cardoso, “Público”, 04.02.2013

 

“Vivemos numa sociedade de bolhas. Grandes ou pequenas, fugazes ou persistentes, inócuas ou danosas, as bolhas são novelos de ilusões sobre o valor de ações, de bens ou de pessoas, que são criadas e alimentadas através dos media, e que crescem sem verdadeira correspondência com a realidade”

Manuel Maria Carrilho, “DN”, 07.02.2013

 

“A sociedade portuguesa tem mais continuidades do que aquelas que nós, crentes na democracia, estamos dispostos a ver. E, quando recusamos ver essas continuidades, acabamos por trair a geração que começou a fazer a mudança”

Henrique Raposo, “Expresso”, 07.02.2013

 

 


“Frequentemente dizemos ‘a língua de Camões’, mas, para sermos totalmente honestos, ninguém a dignificou mais, ninguém a usou e engrandeceu mais do que [o Padre António] Vieira. (…) Um país que tem à sua disposição um criador como Vieira devia proteger a língua em que ele escreveu e divulgá-lo mais junto dos seus. Talvez, mesmo, seguir um pouco do seu exemplo (tolerância, ironia e coragem).

Francisco José Viegas, “Correio
da Manhã”, 06.02.2013

 

“As demonstrações infindáveis
de estupidez, compõem uma
verdadeira enciclopédia,
enriquecida diariamente.
Às vezes tais expressões de
verdadeira idiotice fazem-nos
duvidar da capacidade racional
da raça humana”

D. Aloísio Roque Oppermann,
arcebispo emérito de Uberaba,
Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil, 05.02.2013

 

 

 

 

Catolicismo só sobreviverá se for
«evangelizador e missionário»

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

O bispo do Porto sustenta que o catolicismo europeu só sobreviverá se conseguir ser “declaradamente evangelizador e missionário” no ambiente globalizado e secularista que carateriza a sociedade atual.

Numa mensagem deixada durante a última assembleia dos Párocos Dehonianos, que terminou esta quarta-feira no Seminário de Alfragide, em Lisboa, D. Manuel Clemente sublinha a urgência de anunciar a mensagem de Cristo “começando na gentilidade do próprio bairro, escola ou hospital, quando não na própria casa e família de cada um”.

“O que noutros tempos pôde ser uma geografia, é agora e prevalentemente uma atitude, mesmo sem sair da mesma terra, mas ganhando com o que se acompanhar, direta ou indiretamente, nas outras todas, perto ou longe”, sustenta o prelado, citado pela página da Diocese do Porto na internet.

Para o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, o sucesso da Nova Evangelização depende muito também da capacidade que a Igreja Católica terá em “compreender a metamorfose social e cultural” que se está a verificar.

De acordo com aquele responsável, “a crise deste ano ou fase da vida coletiva, a que a fé tem de

 

 

 

(cor)responder com práticas consequentes, é de particular profundidade e exige uma compreensão não meramente circunstancial das coisas, para se poder ensaiar respostas capazes de criar futuro e não apenas suportar inevitáveis consequências”.

E as soluções a implementar pela Igreja, acrescenta D. Manuel Clemente, devem “radicar-se, necessariamente, em experiências comunitárias autênticas, que eduquem segundo o Deus Amor”, e que nunca se desviem da verdade da Palavra de Deus.

O bispo do Porto destaca ainda a importância dos cristãos não basearem a sua ação em outra coisa que não “o Deus que Cristo revelou,

 

 tão diverso das inveteradas congeminações e inadvertências” humanas.

É preciso uma “Igreja una, santa, católica e apostólica”, de “tradição viva e insistente envio”, que não “se negue a si mesma”.

“Cristãos é a melhor definição do que é ser discípulo de Cristo, isto mesmo e não outra coisa, colada a qualquer religiosidade difusa e à escolha, old ou new age que seja”, conclui.

A 14.ª Assembleia de Párocos Dehonianos contou com a presença de 42 religiosos, provenientes em grande parte de paróquias, reitorias e capelanias de diversos pontos do país. O tema em reflexão foi «Vive, proclama e testemunha a fé em Cristo: ‘Eu sei em quem pus a minha fé’ (2 Tim 1, 12)».

 

 


A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

   

 


 

 

Contra casamentos low cost

O Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM) de Esporões, em Braga, vai começar no próximo domingo uma etapa de formação para casais da região, sob o lema “Não case em low cost”.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o padre José Torres, responsável pela comunidade católica e um dos sacerdotes assistentes do CPM, diz que “é necessária por parte da Igreja maior seriedade na formação dos futuros casais”.

“O direito a contrair matrimónio é um direito natural, mas deveria ser regulamentado. A Igreja católica tem que ser mais exigente com aqueles que se propõem a casar”, sustenta o responsável católico.

A campanha “não case em low cost…” alerta também os noivos para a importância de privilegiarem a preparação humana e espiritual, que fica muitas vezes “esquecida” em detrimento de outros aspetos relacionados “com a exterioridade do casamento”, como os “fatos, os convites, as prendas”.

 

 

 

 

 

Um “ticket barato”, ou seja, um matrimónio mal preparado “irá deixar marcas para toda a vida”, sublinha o padre José Torres.

O CPM de Esporões conta na sua equipa de formação com 12 casais e assenta a sua missão em “três pilares essenciais: revisão de vida, diálogo dos noivos entre si e em grupo e partilha de testemunhos”.

As sessões de preparação vão ter lugar entre 10 de fevereiro e 17 de março, aos domingos, entre as 9h15 e as 12h30. Os casais interessados podem inscrever-se através dos e-mails pdejoaotorres@hotmail.com e manuel.quinta@gmail.com  ou diretamente com os seus párocos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

O Patriarcado de Lisboa inicia este mês as emissões de um canal na televisão, que vai transmitir em direto as seis catequeses que o cardeal-patriarca, D. José Policarpo, profere habitualmente durante a Quaresma. As intervenções e a restante programação podem ser vistas no canal 210021 do Meo Kanal.

 

“Cada vez mais podemos perceber que os homens e mulheres que vivem junto ao mar são pessoas de fé, particularmente nestas épocas de maior dificuldade”, disse à Agência ECCLESIA o padre Sílvio Couto, em Fátima, durante um retiro promovido pelo Apostolado do Mar.

 

 

A dirigente nacional da Juventude Operária Católica (JOC) denunciou a Agência ECCLESIA que há alunos com “bastantes dificuldades alimentares nas escolas”. Elisabete Silva referiu que a “pobreza envergonhada” é notória e que alguns estudantes passam por “dificuldades ao nível da alimentação”.

 

A Fundação Fé e Cooperação (FEC) recolheu 2049 «Presentes Solidários» na sua última campanha de Natal, um número inferior aos 3229 de 2011. Emanuel Oliveira, coordenador da campanha, deixa uma palavra de “gratidão”, considerando “surpreendente” a adesão mesmo em tempos de dificuldades.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O bispo de Angra considera que “o melhor jejum e penitência” que os católicos podem fazer na Quaresma é “socorrer” quem precisa. No contexto de "uma crise muito grave", os fiéis devem “reforçar a partilha de bens”, frisa D. António Sousa Braga na mensagem da Quaresma.

 

O arcebispo de Braga considera que a fé “é solução de muitos problemas” e salienta que as ofertas para as pessoas carenciadas não devem ser “uma mera esmola” resultante das “sobras” da “opulência”. Na mensagem para a Quaresma, D. Jorge Ortiga sugere a celebração de um ‘dia da fé’ nas paróquias durante o Tempo Pascal.

 

O bispo de Setúbal afirma na sua mensagem para a Quaresma que os comentários e análises à atual crise económico-financeira são insuficientes e apelou à solidariedade para idosos e desempregados. “Abundam comentários, análises, estudos sobre a situação, tal como previsões sobre o próximo futuro. São bem-vindos, mas há que ir mais longe na visão da realidade e na resposta aos desafios”, refere D. Gilberto Reis.

 

O diretor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica considera que os “vendedores de ilusões e fantasias que se multiplicaram ao longo das últimas décadas” em Portugal têm conduzido a juventude “para becos sem saída”. O padre João Lourenço na missa a que presidiu este domingo, em Lisboa, assinalando o Dia da Universidade Católica Portuguesa

 

UCP

+ Pio Alves

Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais

 

 

UCP (Universidade Católica Portuguesa) é, desde 1967, marca de qualidade. Que o digam gerações de estudantes que encontraram nos bancos desta instituição da Igreja Católica a bússola para o seu rumo pessoal e profissional. Muitos deles, independentemente da sua maior ou menor proximidade formal à Igreja, pesam sensível e positivamente na vida da Sociedade.

A rememoração desses anos encontrará, inevitavelmente, sinais das limitações humanas: um gesto menos cuidado, um docente considerado menos capaz, um chumbo inesperado. Mas o que dará consistênca ao saldo positivo é a resultante da harmoniosa conjugação dos conteúdos implicados no nome da instituição: universidade (compromisso com a sabedoria); católica (aberta à universalidade); portuguesa (uma cultura, um povo aberto a todos os povos).

 

 

 

 

Esta matriz, por si só, não seria garantia de qualidade se não tivesse atrás de si a generosa disponibilidade de nomes conhecidos que marcam a sua história. Mas não são menos importantes quantos e quantas, dentro e fora de portas, no anonimato de vidas que não são notícia, lhe deram consistência e ajudaram a marcar os traços do seu rosto. E aqui entra o povo anónimo que lhe confiou a educação dos seus filhos; os jovens, de todas as classes e condições, que, com o seu esforço,

validaram a qualidade das suas ofertas formativas; os profissionais que deram aí continuidade à sua formação; os docentes e funcionários que vestiram a camisola; os benfeitores que tornaram possíveis investimentos ou garantiram a sustentabilidade

 

 

financeira do dia a dia.

É todo este património – de cultura, de solidariedade, de respeito da dignidade humana, de busca da verdade, de fermento cristão da Sociedade – que está detrás da marca UCP. Universidade Católica Portuguesa, com as inevitáveis limitações e dificuldades de uma instituição humana, no nosso tempo, não é um discurso teórico sobre qualquer um destes valores. Juntamente com outras beneméritas instituições da Igreja, não é um discurso, é uma realidade. Tem méritos e limitações, porque existe.

A celebração nacional do Dia da Universidade Católica Portuguesa (primeiro domingo de fevereiro) é uma excelente oportunidade para repensar a relação afetiva e efetiva da Igreja e da Sociedade com esta instituição; uma excelente oportunidade para arrumar clichês desfasados e, isso sim, arrimar o ombro.

Cuidar o que se tem é sempre bem mais útil que chorar o que se perdeu!

 


Formar para a confiança

O lema do Dia Nacional da Universidade Católica Portuguesa, em 2013, é «formar para a confiança» e serve de pretexto para meditar sobre o sentido da ação desta universidade na sociedade portuguesa e refletir sobre o caminho, sempre em construção, de uma universidade católica, com o qual desde a primeira hora a Igreja está comprometida.

Porquê, então, formar para a confiança?

Entendo que é no silêncio provocado pela interrogação e exigindo a resposta que conforte a ação, que a confiança surge, em toda a sua pujança, como realidade subjacente à relação com o outro ou os outros. Não admira que a confiança comece por ser fundamental na família, se revele essencial nas mais diferentes relações humanas, se projete depois nas relações entre pessoas e instituições, dentro do Estado, e se apresente nuclear no plano global, o do relacionamento mais vasto entre pessoas, organizações, Estados. Enfim e em suma, a confiança é uma dimensão essencial da convivência humana.

Não, porém, de uma qualquer convivência, antes a que se desenvolve

 

num clima de respeito e de procura de verdade, justiça e paz, porque só
aquele respeito e esta procura são  geradores de confiança. Isto significa que a confiança, mais do que o efeito da ação, ou de uma particular ação, é a razão estruturante de uma certa forma de estar e interagir em comunidade.

A perceção da diferença entre as pessoas, se não for acompanhada do respeito por essa diferença, tende a desencadear sentimentos de hostilidade e, mesmo, conflitos que, por sua vez, dão origem a clivagens sociais e instalam a desconfiança. Respeitar o outro partindo da igual dignidade das pessoas é, por isso, «tocar» a essência da relação de confiança, o que a torna reflexo, expresso ou tácito, de uma relação de responsabilidade.

Mas atenção: respeitar o outro, nas diferenças que o distinguem, no quadro da responsabilidade, não implica ceder ou transigir na defesa dos valores. Não implica tolerar o intolerável. No seu mais recente texto, o filósofo e jurista norte-americano Ronald Dworkin usa uma expressiva imagem a partir de uma afirmação de um autor

 

 

 

grego da Antiguidade Clássica: «a raposa sabe muitas coisas, mas o ouriço sabe uma coisa muito importante». Ora é na defesa da essencialidade dos valores que a confiança se forma e evolui, em liberdade. Uma liberdade como capacidade psicológica de optar e optar fundadamente; uma liberdade como capacidade sociológica de contribuir para o bem-comum e ser fonte de desenvolvimento em comunidade, como Amartya Sen evidencia, acentuando a importância da educação; uma liberdade, enfim, como capacidade de prolongar o amor de Deus entre as pessoas, levando a que cada um saia de si próprio e se aproxime do outro.

Na ação formativa, em especial a universitária, a confiança não pode, pois, ser lateral, nem deve ser negligenciada. É indispensável educar para o respeito dos valores, para a capacidade de os assegurar ao longo da vida, para a capacidade de romper com a distância entre as grandes declarações e as realizações do quotidiano, porque nessa rotura está a garantia do essencial.

A Universidade Católica Portuguesa, desde logo porque, para além de universidade, é católica, tem um papel decisivo a desempenhar neste particular, eliminando a distância entre o
 

pensamento e a realidade, transformando em ação os grandes ditos, enfim, formando para a

confiança. Tudo porque o que medeia as grandes declarações e a atividade concretizadora é o coração; o que liga os grandes ditos e as realizações respetivas são os afetos e a coragem que resulta da confiança transmitida pelo amor a Deus, entretecido pelas pessoas em comunidade.

Além disso, formar para a confiança tem o sentido de levar cada um a acreditar nas suas potencialidades, capacidade de afirmação pessoal e de inovação, força para superar adversidades e ser motor de mudança em sociedade.

E não resisto a citar o inspirador Papa João XXIII: «Não consultes os teus medos, mas as tuas esperanças e os teus sonhos; não penses nas tuas frustrações, mas nas tuas potencialidades, ainda que não exploradas; não te preocupes com o que tentaste e falhaste, mas com o que ainda é possível fazer». Este é um hino à confiança.

Através do lema que escolheu para o seu Dia Nacional, a Universidade Católica Portuguesa só deseja acentuar a importância decisiva da cultura da confiança na sociedade, enquanto garante de um futuro melhor, porque mais humano.

Maria da Glória Garcia

 

 

Também há alegrias no hospital

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No XXI dia mundial do Doente, celebrado a 11 de fevereiro, o Papa pede a todos os cristãos que rezem por quem sofre e que “reconheçam no irmão enfermo a face de Cristo”. 

O padre José Cruz é capelão do Hospital dos Capuchos e das Descobertas, em Lisboa. Dia após dia está, acompanha e escuta aqueles que “estão na condição de doença”, como prefere dizer.

“O capelão ou assistente hospitalar e religioso é aquele que está para quem precisa… Estas pessoas sentem-se perdidas na cama de um hospital e deixam de ter o seu ritmo natural, o seu dia a dia, a sua cama ou até o seu pijama”, afirmou à Agência ECCLESIA.

“Estou aqui para o ser o colo que escuta tudo, as lágrimas, a revolta, muitas vezes a revolta contra Deus ou as tentativas de aproximação à fé, onde até me pedem orações…”, acrescenta.

O capelão sente que não está só nesta missão mas que trabalha em equipa, o que para si se torna uma alegria. Muitas vezes são os próprios médicos, enfermeiros ou auxiliares que o chamam ou sugerem a sua presença.

“Às vezes nem é o próprio doente e chegam-me papelinhos com a mensagem que a ‘esposa do doente tal precisa de apoio, está triste, talvez uma palavra sua, ajude’”, confessa o padre José Cruz.

Todos precisam de palavras de alento num hospital, desde os clínicos aos auxiliares. Por isso, o padre José Cruz faz questão de não esquecer ninguém, porque “o capelão tem de ser aquele que está para todos”.

 

 

 

A condição de doença leva ao despojamento total de uma lista de bens adquiridos ao longo da vida. O sacerdote anda muitas vezes pelos corredores dos hospitais, fala com muitas pessoas e escuta outras tantas.

“Muitas pessoas fazem o seu luto aqui, nos hospitais. Por exemplo, no hospital dos Capuchos há o “aconchego”, um momento dedicado aos familiares, onde a oração, a reflexão e a descontração são pontos-chave para recordar quem já partiu”, diz o padre José Cruz.

O conforto e a serenidade são atitudes de todos os dias mas as alegrias surgem a horas inesperadas. O nascimento de uma criança é sempre um momento de celebrar a vida,

mesmo quando alguma coisa corre menos bem.

“Há poucos dias uma família unia-se à volta de um recém-nascido que, com a sua simplicidade, encantava todos. Mas a mãe estava à beira de um grande perigo e a noite foi de sofrimento”, recorda.

“Houve oração, acompanhamento e apoio a todos, a mãe recuperou e está já com o seu filho nos braços”, diz com satisfação o capelão hospitalar.

“Estes são momentos de olhar para o

 

 

Pintura na entrada da capela do Hospital das Descobertas, Lisboa © SN/AE

 

céu, agradecer a vida e as alegrias que acontecem nos hospitais e que nos fazem acreditar a cada dia”, confessou.

Para o dia do doente o padre José Cruz apenas pede que todas as pessoas em condição de doença possam “abrir o coração e estar atentos à sua história de Amor”, conclui.

A experiência do padre José Cruz será apresentada no programa Ecclesia, na Antena 1, dia 11 de fevereiro, Dia Mundial do Doente, pelas 22h45.

 

 

 


Paulo Rocha

Diretor da Agência Ecclesia

 


Começo por um acontecimento local, que pouco dirá à generalidade dos públicos e dos leitores. Mas o querer que atinja mais do que um grupo restrito faz com que o coloque – correndo os perigos de qualquer regionalismo – na minha semana… Em causa, apenas uma corrida de montanha: 25 quilómetros nas encostas do Douro (o bastante para valer a pena), visitadas por mais de 400 pessoas. Nesta “prova” os aspetos mais meritórios estão nos meses que a precederam. Ela nasceu do espírito empreendedor de um pequeno grupo, apostados em dinamizar a vida de uma aldeia com poucas centenas de habitantes. Falo do “I Trail Santa Iria”, estimulado a cada passo pelo desafio que acompanhava qualquer convite ou divulgação: “Já treinaste hoje?” A pergunta não motivou apenas quem quis participar. Provocou sobretudo os que dinamizaram a iniciativa , transformando uma porção de ambiente rural, muitas vezes entregue a rotinas sem motivação, em autêntica “aldeia olímpica”!

 

O início de fevereiro traz sempre o Dia da Internet Segura. O tema preocupa transversalmente pessoas mais velhas, nomeadamente os educadores. Mas todos, também adolescentes e jovens, incluem nas inquietações do quotidiano a segurança no mundo virtual. E quando a


 

 

 

imprudência motiva passos em falso, depressa chega a consciência de que a utilização das ferramentas web e as vivências no ambiente digital tem de merecer a mesma atenção que o atravessar de qualquer rua. Uma imposição de todos os dias, a exigir ensaios permanentemente motivados pela pergunta – também virtualmente – “já treinaste hoje?”.

 

 “Culturas juvenis emergentes”. Elas estão em debate no Vaticano por iniciativa do Conselho Pontifício da Cultura. Em causa a importância dos ambientes digitais, dos desafios de uma nova cultura, natural para quem nasceu nas suas entranhas, para os nativos digitais, mas muito “moderna” para gerações mais adultas. O tema, em debate nesta Assembleia Plenária, é uma afirmação de disponibilidade para acolher e integrar uma
cultura com marcas distintas.
Não acontecerá de um dia para
o outro… Irá antes implicar aproximações permanentes,
avaliadas a cada passo
pela interpelação
“já treinaste hoje?”

 

“O melhor jejum e penitência, que podemos fazer na Quaresma é, precisamente, socorrer o nosso próximo”. A frase é de D. António Sousa Braga, bispo de Angra. Na mensagem para a Quaresma deste ano, prestes a iniciar, sugere atitudes de “cidadania ativa” que ajudem quem precisa e sobretudo que promovam o desenvolvimento integral de todas as pessoas. Por isso, valerão a pena todas as abstinências, jejuns e penitências. Um desafio pertinente sobretudo no contexto atual a exigir treino constante. A propósito: “já treinaste hoje?”

 

 

«Incerteza e instabilidade» estão a colocar muitos jovens à margem da sociedade

 

Bento XVI recebeu esta quinta-feira em audiência no Vaticano os participantes na assembleia plenária anual do Conselho Pontifício para a Cultura (CPC), iniciativa que decorre até sábado subordinada ao tema das “culturas juvenis emergentes”.

Em declarações publicadas pelo serviço informativo da Santa Sé, o Papa “reafirmou a confiança e a esperança que a Igreja Católica tem nos jovens”, classificando a sua “energia e vitalidade” como “essenciais” para a realização da missão de Cristo no mundo.

De acordo com o Papa, essa força, “decisiva” também para o futuro da sociedade, não pode ser “descurada” nem encarada a partir de “paradigmas culturais e métodos há muito desatualizados e inadequados”.

Bento XVI abordou também questões como o desemprego crescente, a exclusão social, o culto da celebridade

 

 

e a tendência para o individualismo “fenómenos que estão a afetar os mais novos no plano psicológico e relacional” e que resultam de diversos fatores, como os meios de comunicação, que estão a favorecer o aparecimento de “uma cultura cada vez mais fragmentada”.

“A incerteza e a fragilidade que carateriza hoje tantos jovens, empurra-os frequentemente para a margem, tornando-os quase invisíveis e ausentes do processo cultural e histórico das sociedades”, salientou.

De acordo com o Papa, “nem a dimensão religiosa” escapa a este problema, uma vez que os mais novos “vivem muitas vezes a sua experiência de fé e de pertença à Igreja segundo uma perspetiva individual e emocional”.

Bento XVI concluiu a sua mensagem aos participantes na assembleia plenária do CPC sublinhando que “se

 

 

 

os jovens perderem a esperança, a possibilidade de progredir, de contribuir para a dinâmica social com a sua energia e capacidade de antecipar o futuro, a humanidade ficará muito mais enfraquecida na sua capacidade de caminhar em direção a um futuro melhor”.

Limitado a membro e consultores, entre os quais se conta o padre Tolentino Mendonça, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura da Igreja Católica em Portugal, a reunião magna do CPC tem como grande objetivo refletir sobre as novas

 

 

formas de comunicação com as camadas juvenis nascidas na era digital.

A iniciativa abriu quarta-feira com um concerto rock do grupo italiano “The Sun”, na Aula Magna da Universidade Lumsa (Libera Università Maria Santissima Assunta).

Para abrir mais canais de diálogo entre a Igreja e os mais novos, o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do CPC, desafiou os jovens a enviarem questões e comentários relacionados com a temática da assembleia, através da sua conta na rede social Twitter.

 

 

Bento XVI em defesa da «caridade»

 

Bento XVI afirma na sua mensagem para a Quaresma 2013 que a “caridade” é uma das marcas mais importantes da fé católica e deve ser vista como mais do que “ajuda humanitária” ou “ativismo moralista”.

“Por vezes tende-se a circunscrever a palavra ‘caridade’ à solidariedade ou à mera ajuda humanitária”, escreve o Papa, num texto em que apela à “evangelização”, como a forma de “promoção mais alta e integral da pessoa humana”.

O documento, sobre o tema ‘Crer na caridade suscita caridade’, foi apresentado aos jornalistas em conferência de imprensa.

“Se, por um lado, é redutora a posição de quem acentua de tal maneira o caráter prioritário e decisivo da fé que acaba por subestimar ou quase desprezar as obras concretas da caridade - reduzindo-a a um genérico humanitarismo -, por outro é igualmente redutivo defender uma

 

 

 

exagerada supremacia da caridade e sua operatividade, pensando que as obras substituem a fé”, assinala Bento XVI.

Na reflexão sobre a importância da fé e da ação em favor do outro, o Papa sublinha que os católicos têm de “saber amar a Deus e ao próximo”.

“A fé precede a caridade, mas só se revela genuína se for coroada por ela”, acrescenta.

A Quaresma, que começa este ano a 13 de fevereiro, com a celebração das Cinzas, é um período de preparação para a Páscoa, maior festa do calendário litúrgico cristão, com a duração de 40 dias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os membros do comité conjunto do Conselho das Conferências Episcopais da Europa e da Conferência das Igrejas Europeias, reunidos em Varsóvia, manifestaram a sua intenção de trabalhar em conjunto na “evangelização“ e “renovação” das suas comunidades, para responderem aos desafios colocados pelos fenómenos migratórios e o surgimento de novos grupos e movimentos religiosos.

 

Bento XVI foi presenteado com um concerto promovido pela embaixada italiana junto da Santa Sé, por ocasião do 84.º aniversário do Tratado de Latrão, que oficializou a independência do Vaticano, a 11 de fevereiro de 1929. Um acordo incluído nos “Pactos de Latrão”.

 

O Museu Nacional de Castel Sant’Angelo, em Roma, está a acolher a exposição “O Caminho de Pedro”, iniciativa dedicada ao apóstolo e que, segundo presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, D. Rino Fisichella, é a primeira de um conjunto de “manifestações artísticas” que para acentuar “o caráter cultural da fé”. 

 

O presidente do Conselho Pontifício para a Família, D. Vicenzo Paglia, considera que o mundo está hoje a ser influenciado por uma “escalada de individualismo que ameaça a família e todas as outras formas de sociedade”. O alerta foi deixado durante a apresentação das conclusões do 7.º Encontro Mundial das Famílias, que decorreu no último mês de junho, em Milão.

 

JMJ2013 vai ser convite à prática
da solidariedade cristã

A Igreja Católica quer fazer da 28.ª edição das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), entre 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro, Brasil, uma oportunidade dos mais novos experimentarem a “beleza” do encontro e da prática da “solidariedade” cristã.

Em entrevista à ECCLESIA, o diretor do Departamento Nacional de Pastoral Juvenil, padre Eduardo Novo, sublinha que “a Igreja não se esconde nem se fecha à realidade dos problemas do Homem”.

Apesar do desenvolvimento que a cidade do Rio de Janeiro está a ter, muito por culpa de projetos relacionados com a organização brasileira do Mundial de Futebol de 2014, ela continua a ser atingida por problemas como “a pobreza, a desigualdade social e a corrupção”,

realça o sacerdote.

Por isso, as pré-jornadas deste ano, entre 17 e 21de julho, vão ser uma oportunidade para cada participante
 

 

“se sentir missionário, portador daquilo que vive interiormente”, junto do mais necessitados.

Ao mesmo tempo, serão uma oportunidade dos mais novos conhecerem o trabalho pastoral que a Igreja Católica está a realizar junto das diversas comunidades da região.

O padre Eduardo Novo, que esteve recentemente no Rio de Janeiro para participar num encontro de preparação da JMJ, teve oportunidade de testemunhar o trabalho de “homens e mulheres que incansavelmente se dedicam ao serviço dos outros, levando Cristo não apenas como alimento mas como presença amiga”.

 

 


 

   

O Teatro da Cornucópia estreia na noite desta quinta-feira a peça «O Estado do Bosque», escrita pelo padre e diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, José Tolentino Mendonça. A encenação está a cargo de Luís Miguel Cintra e estará em cena até 24 de fevereiro.

 

Três anos depois do Encontro Ibérico de Taizé, a igreja da Trindade, no Porto, acolhe no dia 9 uma oração evocativa das «Fontes da Alegria». Durante o dia os jovens são chamados a participar em workshops sobre temas como o desemprego, o ecumenismo, o Concílio Vaticano II, a Fé ou simplesmente visitar a igreja e a torre dos Clérigos. 

 

Dia 11 de fevereiro a Igreja católica assinala o 21º Dia Mundial do Doente. O Papa escreveu uma mensagem apelando para que este seja um “momento particular de reflexão” “renovada atenção” a todos aqueles que estão a sofrer.

 

Os 40 dias rumo à Páscoa têm o seu início a 13 de fevereiro. Depois da folia nos três dias de Carnaval, os cristãos impõem as cinzas nesta quarta-feira como sinal de conversão e iniciam o caminho da Quaresma com atos de jejum, esmola e oração.

 

→  No dia atribuído aos Namorados, 14 de fevereiro, o Secretariado Diocesano da Pastoral Vocacional do Funchal organiza a conferência «Viver o namoro» e uma celebração eucarística com bênção aos casais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Diante da crise, crie!

 

A área do empreendedorismo, do desenvolvimento de competências, autoconhecimento e otimização de recursos está a merecer a investigação de Jacinto Jardim. Professor universitário, dedica muito do seu tempo à investigação e também à exposição dos temas que estuda. Doutor em Ciências de Educação, escreveu o livro «10 competências rumo à felicidade». Ele é o ponto de partida para a entrevista à Agência ECCLESIA.

 

 

 

 

 

   

 

 

 


 

 

Agência Ecclesia - O que é a felicidade?

Jacinto Jardim - O conceito de felicidade relaciona-se com a busca permanente de qualquer pessoa. É sobretudo uma busca não é um ponto de chegada. É um processo para um estado de satisfação com a vida. 
 
AE - No seu livro «10 competências rumo à felicidade», que fórmula “mágica” é apresentada para a conquista da felicidade?
JJ - O ponto de partida do livro são as características individuais, o sonho da pessoa, que é a parte emocional. 
Este conceito que reconhece os talentos pessoais permite que cada um sonhe à sua medida e desenvolva os seus talentos conforme as suas características. Se assim for, todos seremos uma mais-valia, sem concorrência. Colocar-nos-emos em colaboração ultrapassando um modelo individualista. Esta é uma proposta evangélica pois pede a todos o seu contributo. 
 
 
 

AE - O livro apresenta dez competências. A primeira é o Auto conhecimento. 

JJ - O auto conhecimento é essencialmente a capacidade das pessoas identificarem as suas potencialidades. Qualquer pessoa tem enormes potencialidades mas são tesouros que estão escondidos e precisam ser desembrulhados. 
A grande dificuldade é a pessoa conhecer-se e identificar qual o seu tesouro, qual o seu aspeto diferenciador. A partir daí pode colocar o que tem de melhor ao serviço dos outros.
 
AE - A segunda competência é a auto estima.
JJ - Esta competência refere-se aos sentimentos positivos que a pessoa tem sobre si. Sem este sentimento positivo não é possível a pessoa fazer nada. Com isto não quer dizer que se deva considerar a melhor do mundo, mas perceber que estamos todos no mesmo barco onde cada um deve se valorizar.

 

 

AE - A Auto realização é a terceira competência apresentada.

JJ - Esta competência aponta para os objetivos que uma pessoa tem e o que faz para se superar. Há um conjunto de competências individuais que a pessoa gosta (recuperamos as competências do auto conhecimento e da auto estima) e posteriormente transforma-as em projeto, em missão.
 
AE - A Empatia é a próxima competência.
JJ - Esta competência é muito necessária para ter noção de quem é o outro, para uma escuta ativa de experiências e ideias dos outros. O mundo de hoje leva-nos ao autismo. 
 
AE - A Assertividade é a quinta competência apresentada.
JJ - Esta é a capacidade de uma pessoa se auto afirmar na interação. Corresponde à capacidade de dizer o que se pensa, dar a opinião, expressar sentimentos, solicitar mudança de comportamentos quando se considera ser preciso mudar.
A tendência natural do homem é ser agressivo ou passivo. O problema da assertividade 
 

 

 


manifesta-se quando na relação com os outros nos tornamos agressivos ou passivos. Ninguém gosta de comunicar com alguém agressivo. Por outro lado, a passividade leva a pessoa a distanciar-se do outro e do que pensa. A assertividade está no meio. É a comunicação equilibrada onde acontece a expressão do que se pensa e quer.
Não é fácil desenvolver a assertividade quando vivemos durante muitos anos num regime ditatorial. 

 

 

AE - Surge depois o Suporte Social.

JJ - Quando se fala de suporte social referimo-nos à ajuda que podemos dar e que nós próprios precisamos: apoiar e ajudar quem precisa, mas também procurar quem nos pode ajudar. 
A primeira área onde nos podemos ajudar mutuamente é a existencial. Os progenitores dão suporte existencial aos seus filhos... 
 
AE - A Criatividade é a sétima competência apresentada.
JJ - Corresponde à capacidade de a pessoa desenvolver a arte de ser empreendedora, ser original no que faz, no que é, no que diz, no que sente, ao ponto de criar algo que tenha valor.
Precisamos muito desta atitude empreendedora. Diria até que precisamos sobretudo de recriar: a vida, a sociedade, o modo de
estar na universidade, a forma de estar em sociedade.
O contexto que atravessamos conduz muitas pessoas a iniciativas inesperadas. Sente-se uma busca e isso implica criatividade.  
 
O contexto que atravessamos conduz muitas pessoas a iniciativas inesperadas. Sente-se uma busca e isso implica criatividade.  
 
AE - Surge depois a Cooperação.
JJ - Esta competência relaciona-se com a capacidade de trabalhar em equipa que implica o sentido comunitário e social da pessoa.
Atualmente as empresas melhor sucedidas no mercado são as que promovem a cooperação entre todos os seus trabalhadores. Esta competência é essencial para sobreviver no contexto que 
vivemos. A cooperação pressupõe eu contribuir com o que sou e o que tenho, e todos enriquecerem com o que sou. 
 
AE - Surge depois a Liderança.
JJ - Esta competência refere-se à influência positiva de alguém que pode levar uma equipa à concretização de um objetivo. Requer uma comunicação interpelativa e motivante para que os objetivos delineados se realizem.

 

 

 

AE - A última competência apresentada é a Resiliência.

JJ - Esta competência define todas as anteriores. Assemelha-se ao que acontece com um elástico: estica-se e depois volta à sua posição inicial. Na vida, a pessoa é resiliente se as frustrações, as crises e os obstáculos esticarem a pessoa, mas ela não rebentar e conseguir voltar à normalidade. 
Este conceito é muito atual devido à crise que atravessamos. Existem indicadores de quem não consegue lidar positivamente com esta situação, mas a resiliência, enquanto competência, diz-nos que devemos recriar positivamente a sociedade e a vida.  
 
Fazer cair o “s”
 
AE - De que forma é que a crise pode ser reinventada e estas dez competências podem ajudar a ultrapassá-la?
JJ - Estas competências são essenciais para criar algo de novo. Numa situação de crise o desafio é fazer cair o “s”. Crie, tenha iniciativa, seja original. 
 

Para que isso aconteça é necessário perceber quais os nossos talentos, gostar de nós próprios, definir objetivos, escutar ativamente, ser assertivos, é preciso suportarmo-nos 

socialmente para superarmos este tempo. Estas competências são úteis porque nos ajudam a identificar líderes e unem as pessoas em cooperação. 

Este é um desafio brilhante num tempo que é um dos melhores da história da humanidade porque corresponde ao nosso tempo. 
 
AE - Que mais valia pode ter a atitude crente? 
JJ - Acho que quem crê tem mais capacidade de criar. No livro «10 competências rumo à felicidade» privilegio uma abordagem do ponto de vista humano, psicológico, social e profissional. Numa abordagem de fé, a pessoa percebe que tem mais força dentro de si porque tem a certeza de que isto não vai terminar mal. 
Toda a força da fé nasce da confiança total na mão de Deus que guia a pessoa. A fé é uma grande ajuda para superar todas as situações desafiantes da vida. 
 

 

365 maneiras de ser feliz

O Felicidário propõe que ao longo deste ano cada pessoa descubra 365 formas de ser feliz. Este desafio lançado pela associação Encontrar-se, uma Instituição Particular de Solidariedade Social que luta contra a discriminação causada pelas doenças mentais, à agência criativa Lintas traduz-se num calendário que é também um dicionário.

“Geralmente associa-se a felicidade a ganhar o euromilhões, a fazer uma viagem, ter muita saúde mas a felicidade está também nas pequeninas coisas, sobretudo no domínio do fazer”, explica à Ecclesia a diretora criativa Susana Albuquerque, exemplificando com a felicidade encontrada num galão e uma torrada ou em deixar um livro num banco de um jardim para um desconhecido.

“Existem tantas definições quantas as possibilidades de nós conseguirmos ser e fazer alguém feliz”, acrescenta a diretora da Lintas.

A cada dia o calendário apresenta um desafio em forma de ilustração que

 

tanto pode incentivar a encontrar a felicidade em algo de novo como a cimentar esse bem-estar num gesto quotidiano.

Segundo o supervisor criativo, Pedro Santos, as definições chegaram de pessoas que estão na terceira idade, também de entre os 12 ilustradores do Felicidário mas os conceitos em aberto, havendo sempre mais espaço para se ser feliz.

Susana Albuquerque admite que este é um projeto que interessa a todas as gerações, não apenas a maiores de 65, promovendo inclusivamente o contacto entre diferentes idades, na senda do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade Entre Gerações.

“Para algumas ideias a idade pode ser limitativa mas na sua maioria, e sobretudo nas que nos fazem mais felizes, não importa se a pessoa tem 20, 30 ou 65 anos”, sustenta.

Para a diretora criativa o Felicidário provoca um efeito de contágio e é uma forma de “cultivar a felicidade”.

“Vivemos numa altura em que

 

 

 

 

olhamos à volta e encontramos muitas coisas más mas se olharmos para as boas elas também têm o mesmo efeito de contágio. Não nos podemos é deixar levar apenas pelas más”.

Em breve, quem pretender, poderá adquirir um quadro, com base nas ilustrações de felicidade e ajudar a Encontrar-se na luta contra a descriminação causada por doenças mentais, estando também em

 

planeamento a divulgação de pequenos vídeos de pessoas mais velhas que envelhecem felizes.

O Felicidário é feito de forma gratuita e assenta na colaboração dos 12 ilustradores que se comprometeram com 30 desenhos, cada um, ao longo do ano. Porque a felicidade também é fazer algo gratuito.

Para mais informações http://felicidario.encontrase.pt

 

Levar a vida a rir...

 

José Pedro Cobra, tem 40 anos, é advogado e “faz comédia em pé”, como gosta de lhe chamar.

Contrariando a imagem do advogado, sisudo, coloca nas sessões de comédia o entusiasmo e as cenas do quotidiano.

“Ganhei o gosto pela boa disposição no seio familiar, aquele gosto de contar histórias para todos rirem... Depois os amigos incentivaram-me a partilhar”, conta à Agência ECCLESIA.

Este advogado acredita que para fazer comédia não há nenhuma transformação em si, apenas mostra um “lado diferente, aquele que leva o trabalho a sorrir, por exemplo”.

“Tudo se torna mais fácil com um sorriso, já pensaram?”, acrescentou.

As sessões de comédia em pé foram-se multiplicando e José Pedro Cobra sente desde o início que “fazer rir é muito mais do que isso.”


A alegria que partilha com os outros faz com que olhe para a vida de outras perspectivas. A partilha é uma delas.

“Os espetáculos que faço revertem para associações de solidariedade, já imaginaram rir e ainda poder ajudar outros?”, interpela.

 

 

 

 

 

 

Além disso, uma vez por semana, José Pedro Cobra desloca-se ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde inventa e conta histórias, numa rubrica a que chamou “troco uma história por um sorriso”.

“Dispo o fato de todos os dias, invento e revelo personagens... mostro outro lado de mim que me faz trazer sorrisos e receber muito mais do que aquilo que dou”, afirma.
 

 

 

 

“Agradeço a vida todos os dias e por isso tento retribuir-lhe, dando o melhor de mim”, declara o advogado.

 

A experiência de fazer comédia em pé de José Pedro Cobra pode ser vista no programa 70x7 deste domingo (na RTP2, pelas 11h30), e também ouvida no programa Ecclesia no dia de Carnaval, na Antena1, pelas 22h45.

 

 

Experiência de Taizé:
Uma alegria sem ressaca

A comunidade de Taizé tem por base o silêncio e a meditação, tentando orientar os jovens num sentido para a vida. Na comunidade a oração, os cânticos e o silêncio estão sempre presentes. Em Taizé vivemos uma alegria imensa que vem em grande parte da oração, da comunhão com Deus e com os outros.  Ir a Taizé é encontrar as fontes da alegria plena. Uma alegria que não deixa ressaca mas que se renova a cada oração, cada partilha e cada encontro com Deus.

Rita Monteiro

 

Ir a Taizé ou participar de um encontro europeu é, certamente, uma experiência única de profunda partilha com outros que apresentam  realidades sociais, culturais, religiosas e étnicas diferentes de nós. Todavia, Taizé faz-nos relembrar que, mais do que pontos de diferença, o foco da sua vivência reside naquilo que nos une. A alegria e felicidade surgem, exactamente, quando se compreende isto.

Nélson Ramalho

 

 

 

 

 

 

 

A experiência partilhada de Taizé é transmitida em alegria que marca. Marca, porque não vem especialmente do “espírito de Taizé”, vem do próprio Espírito Santo. Não é alegria oca, saudosa dessa experiência. É alegria de paz que atravessa tudo, até a dor e a tristeza. É a alegria de nos sabermos acompanhados por tantos outros que procuram o mesmo Bem, o mesmo Amor. É alegria dos encontrados em Deus e por isso, permanece.

 

Andreia Carvalho

 

 

Ir a um Encontro de Taizé, quando todos procuram a passagem de ano mais divertida? Um encontro com Irmãos? Para rezar pela Paz? Se há experiência que marca é esta: viver durante cinco dias, a alegria do Encontro com os outros, da partilha e da confiança. São dias de festa, animados por uma alegria interior, que se vive no concreto e se estende a toda a cidade! Não uma alegria qualquer, mas a que Cristo nos dá e que trazemos connosco na bagagem e no coração! 

Hugo Casanova

 

 

 

 

 

Portugueses sorriem cada vez menos

O Laboratório de Expressão Facial da Emoção estudou o sorriso dos portugueses e, numa análise realizada em 2012, verificou-se uma diminuição na frequência e intensidade dos sorrisos, desde o início do estudo há nove anos.

No âmbito do projeto pioneiro “Uma Década de Sorriso em Portugal”, que integra este estudo desenvolvido pelo Laboratório da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa (UFP), foram analisadas no ano passado, 13604 fotografias que retratam o sorriso dos portugueses.

Ao analisar estas imagens os investigadores concluíram que, independentemente da idade, as mulheres continuam a sorrir mais do que os homens, apesar de se verificar um “registo descendente acentuadíssimo” em relação a 2011.

Em relação aos homens, estes apresentam um sorriso mais fechado a partir dos 60 anos.

As crianças são as que continuam a

 

 

apresentar, em maior número e frequência, um sorriso largo.

A face neutra foi “a expressão mais exibida” em 2012 e o sorriso “rasgado” foi tendencialmente “substituído pelo sorriso fechado”.

Os dados globais do FEELab (a partir de mais 367 mil fotografias) revelam que os portugueses estão a sorrir “muito, muito menos, desde 2003”. Indicadores preocupantes para os investigadores porque a felicidade está na cara das pessoas e o sorriso é um sinal que está a desaparecer a ‘olhos vistos”.

 

 

 

 

A Felicidade tem de ser um bem comum

É professora universitária na área da psicologia. No ensino superior, em muitas conferências ou em contexto empresarial ou escolar, Helena fala de psicoterapia e de aconselhamento educacional. E sempre tendo no horizonte o otimismo, a felicidade.

Situações concretas, as pessoais, não a impedem de ser feliz e de fazer felizes

 

 

todas as pessoas que com ela se cruzam.

“O fundamental é ter com quem contar”, diz Helena Marujo, que encontra na relação entre pessoas o caminho essencial para a construção da felicidade.

Uma temática abordada num recente programa 70x7, ao iniciar o ano 2013.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Surgindo em janeiro de 1963, a Revista «O Tempo e o Modo» foi o resultado do percurso dum grupo de católicos, constituído em 1958, e manteria a mesma intencionalidade original até finais de 1967. Ao longo de cerca de dez anos (1958-1967), o projeto de «O Tempo e o Modo» justificou um conjunto de iniciativas culturais, das quais a revista constituiria a referência fundamental. Assim, motivou a produção da Livraria «Morais Editora» e a edição em português da «Concilium» (Revista internacional de Teologia).

As origens do projeto de «O Tempo e o Modo» situam-se no encontro das expectativas face à Igreja entre duas gerações de católicos. O percurso pessoal de António Alçada Baptista encontrou correspondência devida

 

 

 

 

 

 

 

 

num grupo de militantes da JUC, quase dez anos mais novos: “Entretanto, tinha tomado contacto com uma nova geração de católicos com preocupações idênticas às minhas. Todos recém-formados, tinham-se ligado através do jornal “Encontro” e do “Cine-Clube Católico”. Eram o Pedro Tamen, o João Bénard da Costa, o Nuno de Bragança e o Alberto Vaz da Silva, entre outros (In: A. Alçada Baptista, Depoimento sobre o Tempo e o Modo, no ciclo de conferências «Os Anos 60: Os fatores de mudança».)

Nestes dois percursos, o de Alçada Baptista marcado pelo período subsequente à II Guerra e o dos militantes da JUC (Juventude Universitária Católica) caracterizado pelo contexto do final da década de 50, desenvolveram-se idênticas

 

 

 

 

 

 

preocupações relativas à experiência de fé. (In: Nuno Estêvão, «O Tempo e o Modo – Revista de Pensamento e Ação [1963-1967])

O impacto da Revista «Esprit» na cultura francesa permitiu enquadrar todo um conjunto de interrogações comuns às duas gerações de católicos que viriam a protagonizar o projeto de «O Tempo e o Modo». De facto, o personalismo cristão abriu a possibilidade duma presença intelectual e cívica a partir dum catolicismo aberto e interventor, radicada na consciência profunda de que há uma só História e uma só Humanidade, constituídas em sacramento coletivo do Reino de Deus.

“A ação começa na consciência. A consciência, pela ação, insere-se no tempo. Assim, a consciência atenta e virtuosa procurará o modo de influir no tempo. Por isso, se a consciência for atenta e virtuosa, assim será o tempo e o modo.” Com esta fórmula Pedro Tamen definiu o projeto. Uma revista de pensamento e ação, que foi “expressão do nosso mal-estar

 

 

 

em relação à sociedade em que

vivíamos”, como disse António Alçada Baptista.
O número um de «O Tempo e o Modo» - cujo editorial - seria profético, pelos artigos assinados de Alçada Baptista, Mário Soares, Jorge Sampaio. Ao longo dos meses, seguiram-se páginas exemplares para a abertura de horizontes de liberdade, diversidade e a diferença, a discussão e o diálogo. Para um olhar sobre as grandes questões do século XX e a consciência da liberdade desejada. Um olhar sobre os temas que inquietavam o mundo, em definitivas mudanças. Sobre a criação literária, tão versátil nos moldes, estilos e estéticas, com seus conflitos e confrontos. (In: Texto publicado no site da Hemeroteca)

 

Consagrado português acompanhou
o fervilhar dos debates conciliares

 

Depois de terminar o percurso no seminário e receber a ordenação presbiteral em 1960, o padre Américo M. Veiga, missionário redentorista, foi enviado para Roma dois anos depois. Chegou à capital italiana dois meses antes do início do II Concílio do Vaticano.

Ao dar o seu testemunho na XXVII Semana de Estudos de Vida Consagrada, o padre Américo Veiga recordou que a “grande maioria ou a totalidade dos professores” da Academia de Moral dos Redentoristas, a funcionar na casa onde residia quando esteve em Roma, “eram consultores ou peritos do Concílio”.

Em Roma, o fervilhar de debates, conferências, colóquios e testemunhos era constante. Para entender isto, basta recordar que a capital italiana acolheu cerca de 2500 bispos, “um significativo número de peritos do Concílio e ainda numerosos conselheiros ou consultores de cada bispo ou de grupos de bispos”, disse o padre redentorista e acrescenta: “Todos eles sentiam necessidade de desabafar e dizer qualquer coisa”.

Na casa onde residia este missionário português, estavam hospedados uns “25 bispos redentoristas de todo o mundo”.

Quando os estudantes redentoristas que ali viviam saiam para as diferentes universidades, os bispos conciliares diziam “com alguma graça: «Ide, que nós também vamos para a nossa [referiam-se ao Concílio]»”. Segundo o

 

 

 

testemunho deste missionário, esta assembleia magna “foi um autêntico, amplo e profundo curso de reciclagem”.

Na sua comunicação aos participantes na Semana de Estudos de Vida Consagrada, o padre Américo Veiga recorda que “a grande maioria dos bispos conciliares estava à margem dos grandes debates que ali se realizavam e dos grandes voos teológicos que supunham”. A Igreja “teve a sorte e a graça” de possuir naquela época um número de teólogos “extraordinários” e um grupo de bispos, “reduzido é certo, mas muito bem preparado teologicamente, de grande abertura e experiência pastoral”.

Para o padre Américo Veiga, o II Concílio do Vaticano foi “uma explosão de alegria” e o acontecimento mais marcante” da sua vida. E adianta: “Sempre inquieto e interrogativo, muito do que me tinham ensinado e aprendido não me convencia totalmente, nem me deixava tranquilo”.

Passados 50 anos do início (11 de outubro de 1962) desta assembleia magna convocada pelo Papa João XXIII, o missionário português

 
Não me imagino sem o concílio nem quero imaginar o que seriam as relações da Igreja com o mundo sem o concílio

 

 

confessa: “Não me imagino sem o concílio nem quero imaginar o que seriam as relações da Igreja com o mundo sem o concílio”. Este acontecimento “foi a luz tão desejada e ardentemente procurada, a luz cheia de vida ao fundo do túnel para muitas interrogações que me dominavam”.

Quando morre o Papa João XXIII (03 de junho de 1963) coloca-se o problema da sucessão e da continuação do concílio. O padre Américo Veiga recorda uma conversa entre o cardeal Cerejeira e o redentorista Bernhard Haring (especialista na área da Moral). Nesse diálogo, o cardeal português pergunta ao moralista quem eram os cardeais mais «papáveis». Na sua resposta, Bernhard Haring diz: “Os cardeais Lercaro, arcebispo de Bolonha, e Montini, arcebispo de Milão”. As previsões de Bernhard Haring estavam certas…

Paciência com Deus

Um crente que diz que os ateus não estão errados

Tomáš Halik produz com este livro uma das mais estimulantes respostas ao diálogo, nem sempre pacífico, entre fé e ateísmo. O seu argumento é de que a única grande diferença entre ateus e crentes é a paciência. Os ateus não estão errados, apenas impacientes. No fundo, pretendem resolver
 rapidamente as dúvidas em vez de

 

suportá-las. Mas a insistência dos ateus em afirmar que o mundo natural não prova a existência de Deus está correta. E a sua experiência da ausência de Deus é uma experiência verdadeira, compartilhada também pelos crentes.

A fé não é uma negação de nada disso. Pelo contrário, é uma resistência paciente face à ambiguidade do

 

 

 

mundo e uma espera confiada na ausência de Deus. A fé não é senão, como o sugestivo título de Halik indica, a paciência com Deus.

Em contraste com a retórica fechada de alguma apologética – que com uma ingenuidade drástica tenta simplesmente contornar a

ambivalência do mundo natural e as dificuldades reais do ato de crer, Tomáš Halik dá, de facto, uma reposta  sensível e realista, do ponto de vista

 

 

cristão, às interrogações do ateísmo. “Paciência com Deus” constitui, no seu efeito surpresa, um grande acontecimento editorial. É um livro premiado internacionalmente que por toda a parte suscita debates apaixonados. Tomáš Halik é não só o mais importante intelectual católico da República Checa, mas tornou-se, com esta obra, um autor europeu de referência.

Título: Paciência com Deus

Subtítulo: Oportunidade para um encontro

Autor: Tomáš Halík

Editora: Paulinas Editora

Coleção: Poéticas do Viver Crente – série Linhas de Rumo

Direção e Coordenação: José Tolentino Mendonça

Páginas: 288

Formato: 14x2,2x21 cm

PVP: € 14,90

CB: 5603658156874

ISBN: 9789896732851

1ª Edição: 18 fevereiro 2013

Book trailer: http://youtu.be/E72Mt5YWk2M

Excerto: http://www.readoz.com/publication/read?i=1054320&designmode=true


 

Ano C – 5º Domingo do Tempo Comum

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Deixar tudo para seguir Jesus? Só em plena confiança!
 

 

O Evangelho deste quinto domingo do tempo comum, em que Lucas apresenta um grupo de discípulos que deixaram tudo para seguir Jesus na mesma barca da vida, faz-nos pensar na nossa identidade cristã, na nossa vocação e missão.

O quadro apresenta o chamamento aos discípulos para serem pescadores de homens, depois de Jesus lhes ter mandado lançar as redes ao mar para uma pesca que, na perspetiva de profissionais do ramo, não daria qualquer fruto. Da pesca no lago de Genesaré percebiam eles.

Primeira provocação de Jesus a Simão: “Faz-te ao largo e lançai as redes para a pesca”. Resposta profissional de Pedro, mas também de início de confiança: “Mestre, andámos na faina toda a noite e não apanhámos nada. Mas, já que o dizes, lançarei as redes”. A sequência dá-nos conta da grande quantidade de peixes recolhida, onde em princípio não deveria haver nada, e a profissão de fé de Pedro aos pés de Jesus: “Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador”. E termina com o convite à confiança: “Não temas. Daqui em diante serás pescador de homens”. A resposta final de vida é plenamente confiante no Senhor: “Eles deixaram tudo e seguiram Jesus”.

Reconhecemos aqui o mesmo caminho que somos chamados a percorrer na fé. Ser cristão é confiar em Jesus. Isso implica estar com Ele no mesmo barco, escutar

 

 

 

as suas propostas, fazer o que Ele diz, cumprir as suas indicações, lançar as redes ao mar. Às vezes, as propostas de Jesus podem parecer ilógicas, incoerentes e ridículas, face aos esquemas e valores do mundo; mas é preciso confiar incondicionalmente, entregar-se nas mãos d’Ele e cumprir à risca as suas indicações.

No ideário judaico, o mar era o lugar dos monstros, onde residiam os espíritos e as forças demoníacas que procuravam roubar a vida e a felicidade do homem. Confiar em Jesus é reconhecer que Ele é o Senhor, que preside com amor ao mundo e à história.

Só com plena confiança
no Senhor os

 

discípulos podem continuar a obra libertadora de Jesus, procurando libertar o homem de tudo aquilo que lhe rouba a vida e a felicidade, salvar o homem de morrer afogado nos mares da opressão, do egoísmo, do sofrimento, do medo, enfim, das forças contrárias que impedem a sua felicidade.

Deixar tudo e seguir Jesus exige plena confiança e total generosidade, como sinais distintivos dos crentes e das comunidades cristãs. Oxalá sejam estas as ondas radicais onde continuamos a navegar nos mares da vida.

Manuel Barbosa, scj

www.dehonianos.org

 

 

 

   
 

 

Síria. O sofrimento indizível
dos refugiados cristãos

Vidas desfeitas

São mais de 600 mil os refugiados sírios que vivem em campos improvisados nos países da região. A guerra civil já matou mais de 70 mil pessoas mas não há sinais de que este inferno venha a acabar tão cedo. Os cristãos, no meio do horror, estão encurralados. Se não fizermos nada, ficam abandonados à sua sorte.

Medo. Tudo se resume a uma palavra: medo. Os cristãos que ainda estão na Síria vivem apavorados. A guerra civil está a esventrar o país desde há dois anos. Não há lugar que não tenha cicatrizes de balas, estilhaços de bombas, marcas de sangue. Não há, neste momento, cidade que não exiba marcas de bombardeamentos. É difícil estimar a barbárie. Os números são dantescos: 70 mil mortos, centenas de milhares de refugiados. Um país paralisado.

No meio disto, os cristãos estão encurralados. E com medo. Em Homs, os poucos que ainda residem na cidade estão alojados num antigo convento. Só a coragem do Padre Frans van der Lugt mantém de porta

 

aberta o velho edifício que mais parece um farrapo. Ao todo vivem ali 89 pessoas. Quase nunca há eletricidade. Raramente têm sequer pão para comer. Mas lá fora as balas continuam a zumbir e todos os dias há notícias de mais mortos e feridos.

 

Necessidades urgentes

Com o país paralisado, os refugiados amontoam-se nos países limítrofes onde também tudo falta. Os cristãos na Síria ou em campos improvisados na Jordânia, Líbano, Turquia e no Iraque, pedem ajuda. É um eco distante, dramático, envolto em lágrimas. A Igreja tem procurado ajudar mas falta tanto ainda… A Fundação AIS disponibilizou já 155 mil euros para as necessidades mais urgentes: medicamentos, geradores, roupa, cuidados médicos. O dinheiro é entregue à Igreja local, única forma de se garantir que a ajuda chega mesmo a quem precisa. Os cristãos que ainda vivem na Síria pedem-nos ajuda. Não os escutam?

 

Saiba mais em www.fundacao-ais.pt

 

fevereiro 2013

Dia 09 - Sábado

* Porto - Igreja da Trindade (21h30m) - Oração de Taizé que evoca o Encontro Ibérico de 2010, realizado no Porto e denominado «Fontes da Alegria»
* Lamego - Santa Marinha de Trevões - Bênção do Museu de Arte Sacra por D. António Couto.
* Portalegre - Vila de Rei - Dia diocesano do acólito.
* Leiria - Seminário - Acção de formação para conselhos económicos e comissões de igrejas
* Braga - Sala Emaús - Reunião do Conselho Arquidiocesano para a Pastoral Catequética.
* Viseu - Conferência sobre a fé para responsáveis dos grupos sinodais da diocese de Viseu por D. Manuel Felício. 
 


 

 

 

* Santarém - Torres Novas (Sala de Santa Maria no Edifício São Pedro) - Colóquio celebrativo do centenário da Conferência de São Vicente de Paulo de Torres Novas.
* Beja - Mértola (EB1 de Mértola) - Encontro de formação para animadores da comunidade sobre «Nova evangelização e missão hoje» orientado pelo padre Tony Neves.
* Aveiro - Salão dos Bombeiros velhos - Jantar de angariação de fundos para o órgão de tubos da Sé organizado pela paróquia da Glória.
* Lamego - Sever - Acção de formação para jovens namorados promovido pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil.
* Lisboa - Colares (Fundação Betânia) - Encontro sobre «Afinal há pessoas!» orientado pelo padre Joaquim Cerqueira Gonçalves
* Lisboa - Oeiras (Paróquia de São Julião da Barra) - Noite de fados promovida pelo secretariado de Lisboa e Cascais das Equipas Jovens de Nossa Senhora (EJNS)

 

 

 

* Lisboa - Convento de São Domingos de Lisboa - Conferência sobre «Fé, virtude teologal» por frei Mateus Peres e integrada no ciclo «As linguagens da Fé»
* Fátima - Centro Catequético - Encontro Interdiocesano de catequistas com o tema «Com Cristo da morte à ressurreição». (09 e 10)
* Porto - Maia - Jornadas vicariais da fé.  (09 e 10)
* Viana do Castelo - Darque (Auditório do Centro Pastoral Paulo VI) - Encontro diocesano de Pastoral Litúrgica sobre «Da Fé Professada e Celebrada à Fé Vivida».  (09 e 10)* Fátima - Centro Paulo VI - XXVIII Semana de Estudos sobre a Vida Consagrada sobre «Fé e vida consagrada - renovação para a nova evangelização».  (09 a 12)
* - Bicigrinação de Leiria a Santiago de Compostela. (09 a 12)
* França - Taizé - Peregrinação do Secretariado da Pastoral Juvenil da diocese de Coimbra a Taizé. (09 a 18)

 

Dia 10 - Domingo

*Fátima - Peregrinação nacional e bênção dos ciclistas.

 

* Fátima - Basílica de Nossa Senhora do Rosário - Conferência sobre «Deus na arte do nosso tempo: o silêncio e a inquietude» por Paulo Pires do Vale.  
* Braga - Igreja de São Lázaro - Encontro missionário anual promovido pelos Combonianos de Famalicão. 
* Guarda - Casa de Saúde Bento Menni - Celebraçãodo Dia Mundial do Doente com a actuação do Grupo Folclórico “Ó da Guarda” e do Orfeão da Liga de Amigos do Tortosendo.  
* Porto - Paróquia do Santíssimo Sacramento - 40 horas de adoração.  (10 a 12)
* Viana do Castelo - Paredes de Coura - Cerimónias das «XL Horas» promovida pela Real Confraria do Divino Espírito Santo de Paredes de Coura. (10 a 12)

 

Dia 11 - Segunda-feira

Dia Mundial do doente.  
* Vaticano - sala régia do Palácio Apostólico - Consistório público, iniciativa que será dedicada à análise de diversas causas de canonização


 

The master - O Mentor

Longe vão os tempos das curtas ‘The Dirk Driggler’ (1988) e ‘Cigarrettes and Coffee’ (1993), suas primeiras experiências de realização que originariam ‘Jogos de Prazer’ (1997) e ‘Passado Sangrento’ (1996), respetivamente - ambos merecendo rasgados elogios da crítica a partir de Cannes e Sundance, destacando no último o interess de Paul Thomas Anderson pela mente humana.

Duas décadas mais tarde, após ‘Embriagado de Amor’ e ‘Haverá Sangue’, ‘The Master- O Mentor’é a mais impressionante prova do fascínio do realizador pela complexidade da mente e do espírito humanos, numa abordagem extraordinariamente sensível e ao mesmo tempo crua sobre a possibilidade, não declarada, de salvação da alma.

Numa sequência de abertura notável, Freddie Quell (Joaquin Phoenix)é um homem à deriva:  entre o serviço militar naval em plena II Guerra, o emprego numa quinta e outro como fotógrafo, Freddy evidencia-se impetuoso e fragilmente primário,

 

 

 

 

 

 

dependente do alcool, com uma fixação psicossexual perturbante e um frágil intelecto, reagindo violentamente à contrariedade.

Numa das suas muitas deambulações noturnas que acabam erraticamente a bordo dum barco, conhece Lancaster Dodd (Philip Seymour Hoffman), carismático líder dum sistema de culto, ‘A Causa’, que imediatamente se interessa por este ‘caso’. Inicia-se um processo exaustivo em torno da evocação da vida de Quell e da possibilidade de libertá-lo dos mais íntimos e assombrosos demónios, na perspetiva de lhe devolver a plena humanidade. O processo, em que se imiscui a adoção de Quell no seio da família e da organização Dodd é longo, penoso e os métodos usados questionáveis.

Não explícita mas implicitamente conotado com a cientologia, ‘The Master – O Mentor’ interessa menos pela polémica que esta questão levanta do que pela cuidadosa forma como expõe por um lado a fragilidade

e o sofrimento humanos,

magnificamente encarnados por Joaquin Phoenix e muito assentes no abandono afetivo, e por outro os
 

 

aturados processos que se criam, com ou sem culto, benefício colateral e

pessoal (que aqui é grande), na presunção de conceder a alguém a sua integral humanidade. Neste caso, recorre-se à hipnose e a métodos repetitivos, conjugados com uma ideia de pertença aplicados, ou infligidos, a um homem que caminha como um primata e se aposta poder transformar num ser ‘normal’.

É notável a realização de Anderson e o trabalho de equipa, numa obra bem estruturada e contextualizada, apaixonante, difícil e inquietante, com excelentes desempenhos. Sem pretensão a conclusões, o filme deixa em aberto um rol de questões em que se impõe a de ser possível a plena humanidade num processo ou vida que exclui o Amor...

Margarida Ataíde

 

Cancioneiro de música litúrgica online

http://www.canticos.org

Uma das áreas da liturgia com bastante relevo e que merece sempre um grande empenho e esforço por parte dos intervenientes é o cântico litúrgico. No entanto, apesar de tanta importância dada, curiosamente na internet não são assim tantos os sítios que se dedicam exclusivamente a esta vertente.

Assim, esta semana propomos uma visita atenta e cuidada ao sítio do

  cancioneiro de música litúrgica. Da responsabilidade da diocese de Leiria-Fátima o sítio www.canticos.org disponibiliza um manancial de cânticos litúrgicos com recursos interessantes.
Ao entrarmos neste espaço virtual encontramos, além do habitual menu, o calendário litúrgico para todos os dias do ano, um motor de pesquisa e uma área de publicidade. Poderemos achar estranho encontrarmos um

 

 

 

 

espaço de publicidade num sítio deste género, no entanto, conforme referem os responsáveis “os custos de alojamento dos ficheiros são parcialmente suportados por publicidade, que apesar de filtrada pode em alguns casos ser incompatível com os propósitos do sitio”.
Na opção “A-Z”, temos a lista completa de todos os cânticos que se encontram disponíveis, ordenados alfabeticamente. Ao clicarmos no título, acedemos diretamente à letra da música, existindo ainda a possibilidade de consultarmos a partitura, de ouvirmos o cântico e assistirmos ao respetivo vídeo (caso se encontre disponível). No item “Fórum”, é oferecida a possibilidade de os utilizadores trocarem ideias com a administração do sítio e outros visitantes, através de um espaço criado para o efeito.
Em “calendário litúrgico”, podemos consultar detalhadamente e para cada dia do ano, informações relativas à liturgia diária (Santo do dia, ofício litúrgico, leituras, etc.).
 

 

 

 

 

Caso pretenda saber quais as sugestões de cânticos para cada domingo ou dia santo, basta que clique em “ciclo litúrgico”. Aí encontra uma tabela sinóptica do ano litúrgico, onde facilmente pode aceder ao domingo ou dia santo pretendido. Depois de escolhido o ciclo anual (A, B ou C) encontra as respetivas propostas para os diferentes momentos da eucaristia. Em “autores”, temos uma listagem completa de todos os compositores que incorporam a atual lista de cânticos, onde, ao clicarmos no nome do criador encontramos as suas músicas.
Por último em “salmos”, podemos aceder aos diversos “hinos de louvor” que já se estão disponíveis para consulta (letra, partitura e música).
Aqui fica então mais uma sugestão bastante interessante, principalmente se possui interesse por esta área tão importante da liturgia.

Fernando Cassola Marques

 

 

Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00

 RTP1, 10h00

Transmissão da missa

 

 

11h00 - Transmissão da missa da paróquia do Lavradio (Setúbal.

12h15 - 8º Dia

 

 

Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã;  12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida.

 
RTP2, 11h30

Domingo, dia 10 - Alegria e felicidade: uma atitude que também se aprende.

 

 

RTP2, 18h00

Segunda-feira, dia 11 - Entrevista ao monsehor Vitor Feytor Pinto.

Terça-feira, dia 12 - Informação e rubrica sobre os 50 anos do Concílio Vaticano II com o padre António Martins, secretário da Faculdade de Teologia.
Quarta-feira, dia 13 - Informação e rubrica sobre DSI com padre José Manuel Pereira de Almeida
Quinta-feira, dia 14 - Informação e rubrica "O Passado do Presente", com D. Manuel Clemente
Sexta-feira, dia 15 - Apresentação da liturgia pelo padre João Lourenço e frei José Nunes
 

Antena 1

Domingo, dia 10, 06h00 - Felicidade

Segunda a sexta-feira, 22h45 | Dia 11 - dia do doente |12 - a verdadeira alegria | 13 quaresma  dia 14 | dia dos namorados | 15 - quaresma

 

Apps pastorais: bible.is, em português

Hoje em dia trazer a bíblia no coração é difícil, mas trazê-la no bolso é cada vez mais fácil, simples e prático.

Hoje propomos a aplicação bible.is.

 

Descrição

Aplicativo gratuito da Bíblia. Esta aplicação utiliza, na versão em português, o texto de a Bíblia para todos e a edição Almeida Revista e atualizada.

Com esta aplicação podemos ler a palavra de Deus (partilhando-a nas redes sociais com todos os nossos amigos e seguidores); escutar a bíblia através do seu sistema de áudio dramatizado e ver um conjunto de 61

 

 

episódios bíblicos, através de O Projeto Filme JESUS, essencialmente vídeos com passagens dos evangelhos, em português do brasil (áudio).

Caso assim o pretendamos podemos descarregar para o nosso smartphone toda a bíblia em versão áudio.

 

Idiomas

Este aplicativo pode ser descarregado em várias línguas como o português, espanhol, francês, alemão, italiano, inglês, etc.

 

Links

iPhone | iPad | Androide

 

 

 

 

 

 

 Depois da chuva 

 

 Abre a janela, e olha! 
 Tudo o que vires é teu. 
 A seiva que lutou em cada folha, 
 E a fé que teve  medo e se perdeu. 

 

 Abre a janela, e colhe! 
 É o que quiser a tua mão atenta: 
 Água barrenta, 
 Água que molhe, 
 Água que mate a sede... 

 

 Abre a janela, quanto mais não seja 
 Para que haja um sorriso na parede!

 

 Miguel Torga - Diário IV
 Poesia Completa, Volume I
 Publicações Dom Quixote
 Lisboa, 2007