Dossier

'Matrix Revolutions', um outro olhar sobre o Messias

Octávio Carmo
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Responsáveis católicos reagem

A Radio Vaticano criticou duramente o filme "The Matrix Revolutions”, afirmando que esta saga oferece “uma comercialização superficial das ideias e símbolos cristãos”. O acto final da trilogia The Matrix inclui uma cena onde o herói messiânico, Neo, se encontra contra uma cruz e se transforma numa figura cristificada. “Neo pugna pela salvação da raça humana através da luta e do sangue em duelos violentos ao estilo oriental, não através do heroísmo das Bem-aventuranças”, explica a resenha de dia 10 de Novembro. Segundo a emissora do Vaticano, esta película apropria-se das tradições cristãs da maneira “mais baixa” e usa-as na direcção oposta do original “para as comercializar”. Em Espanha o sacerdote José Antonio Fortea, especialista em cinema, valoriza a quantidade de “símbolos da história da redenção” presentes nos filmes. “A saga oferece um messias que liberta a humanidade, que oferece a verdade; o mal é agradável e cómodo, mas é uma prisão. A verdade pode ser dura, mas é a única libertação”, refere. Este especialista destaca, em declarações ao jornal La Razon, que é importante o sucesso desta trilogia de conteúdo “filosófico”. “Matrix oferece numa história o mito da caverna de Platão, o demónio enganador de Descartes, um mundo feliz melhor que o de Huxley, uma vida que é um sonho onde não se sabe se sonhamos uma vida real ou se vivemos realmente um sonho”, conclui.


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