Brasil: D. Hélder Câmara declarado patrono dos direitos humanos
Brasília, 28 dez 2017 (Ecclesia) – O presidente da República do Brasil aprovou a lei que concede a D. Hélder Câmara o título de patrono brasileiro dos direitos humanos, informa o Diário Oficial da União publicado esta quarta-feira.
“Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o É declarado Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos Dom Hélder Câmara”, lê-se na lei aprovada por Michel Temer esta terça-feira, dia 26 de dezembro.
O sítio online da Presidência do Brasil destaca que D. Hélder Câmara ficou conhecido como “um dos ícones da Igreja Católica contra a ditadura militar”, especialmente no estado de Pernambuco.
O prelado brasileiro foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife em 1964, o ano em que o regime ditatorial teve início e participou em organizações e movimentos onde foi um “líder contra o autoritarismo e os abusos aos direitos humanos, praticado pelos militares”, assinala a Fundação Joaquim Nabuco.
A presidência brasileira destaca que D. Hélder Câmara foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, e o único brasileiro indicado quatro vezes para o Prémio Nobel da Paz.
De recordar que em abril de 2015 a Arquidiocese de Olinda e Recife revelou que recebeu da Santa Sé uma carta que permitia o início da fase diocesana da causa de beatificação e canonização de D. Hélder Câmara.
O sítio online da Presidência do Brasil destaca ainda que a igreja de Nossa Senhora da Assunção das Fronteiras, no Recife, tem um memorial dedicado ao agora patrono brasileiro dos direitos humanos onde estão expostos objetos de D. Hélder, como livros, quadros, roupas e móveis.
Nasceu a 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza, e foi ordenado padre em 1931, com 22 anos; Aos 43 anos D. Hélder Câmara foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro em 1952, e em 1964 tornou-se arcebispo de Olinda e Recife, até 1985, tendo falecido a 27 de agosto de 1999, no Recife.
CB
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