Corpo de Deus: José Ribeiro e Castro saúda fim da «embrulhada» que eliminou feriados
Antigo lÃder do CDS-PP diz que é preciso fazer estas festas «mais fortes» para evitar tentações de as suprimir
Lisboa, 26 mai 2016 (Ecclesia) - José Ribeiro e Castro, ex-presidente do CDS-PP e líder do Movimento 1.º de Dezembro, elogiou o regresso dos feriados suspensos desde 2013, com a celebração do Corpo de Deus, que se assinala hoje.
“Acabou, finalmente, a lamentável embrulhada; e temos de volta os nossos feriados e, com estes, a comemoração dos valores que representam”, refere, num texto publicado no Semanário ECCLESIA.
Para o antigo deputado, o debate sobre feriados, religiosos ou civis, deve mostrar que “um feriado não é um dia de folga; mas uma celebração festiva que envolve toda a sociedade” e assim “se impõe ao Estado”.
“Só de nós depende fazer mais fortes estas festas – e, assim, impedir que mais alguém venha outra vez a querer suprimi-las”, escreve.
José Ribeiro e Castro considera que o trabalho do Movimento 1.º de Dezembro “serviu de trator para o regresso de todas as datas suprimidas”, corrigindo o que diz ter sido “um disparate”.
“No 1º de Dezembro, sei que a luta travada revigorou o espírito, a alegria e a projeção da festa da independência nacional. Que o mesmo aconteça com as festas do Corpo de Deus e de Todos-os-Santos”, deseja.
Na mesma edição, o sociólogo Luís Salgado de Matos sustenta que “compete ao catolicismo apresentar propostas concretas e exequíveis” para que o Governo respeite efetivamente a liberdade religiosa.
“O Governo deve ser convidado a dar tolerância de ponto aos seus funcionários para participarem em celebrações litúrgicas, na igreja ou em procissões”, propõe.
O presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou a 18 de março o decreto que repõe os quatro feriados nacionais, dois religiosos e dois civis: Corpo de Deus, Todos os Santos (1 de novembro), 5 de outubro e 1 de dezembro.
A suspensão dos feriados religiosos foi resultado de um "entendimento excecional" entre a Santa Sé e o Governo português, em 2012, e perdurou entre 2013 e 2015.
OC
Igreja na Cidade