Ecos da peregrinação dos CPM CPM 08 de Março de 2004, às 16:30 ... Conclusões A Associação Portuguesa dos Centros de Preparação para o Matrimónio levou a efeito, em Fátima, nos dias 6 e 7 de Março, no EdifÃcio Paulo VI, o seu Encontro-Peregrinação Nacional anual. Estiveram presentes cerca de 800 pessoas – casais, assistentes e jovens – provindos das Dioceses do Algarve, Angra do HeroÃsmo, Aveiro, Braga, Coimbra, Funchal, Guarda, Leiria-Fátima, Lisboa, Portalegre-Castelo Branco, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu. Os trabalhos tiveram o seu inÃcio na Capelinha das Aparições, onde foi rezado o terço em honra de Nossa Senhora, e continuaram no anfiteatro do EdifÃcio Paulo VI. O tema internacional de formação, “A FIDELIDADE NAS DIFERENÇAS”, da responsabilidade da Diocese de Aveiro, foi apresentado pelos Dr. António de Oliveira Antunes e P. Dr. José Manuel Marques Pereira, sob três perspectivas: “As diferenças entre o homem e a mulher”, “As diferenças como factor de crescimento” e “As razões humanas e teológicas das diferenças”. Foi afirmado que no casamento, quer à luz do Código Civil, quer no Código de Direito Canónico, a fidelidade nas diferenças aparece como uma exigência do objectivo essencial do matrimónio para os casados e sua prole, uma vez que esta assunção visa traduzir o respeito pela individualidade, afirma a complementaridade e proclama a fidelidade de um projecto de vida. Tendo em conta a cultura ocidental cristã, as convicções dos participantes e os modelos de casamento, a reflexão teve em conta considerações ao nÃvel psicológico e histórico-social e, ainda, ao nÃvel teológico-pastoral. Buscando e diagnosticando as diferenças entre o homem e a mulher, e tomando-as como fonte de crescimento e felicidade do casal cristão, equacionaram-se as seguintes questões: 1.“Como pode e deve o homem/mulher entregar-se em plenitude, sem deixar de ser Ele ou Ela”? 2.Como pode e deve cada elemento do casal aceitar o “outro” sem o aniquilar? 3.Como pode e deve o casal manter-se “fiel” ao projecto de vida que sonharam e que, continuamente, vão reformulando e refazendo, isto é, como ser “fiel”, hoje e em que consiste a “fidelidade”? O reconhecimento de que a fidelidade é um compromisso assumido, que se prolonga e dura no tempo, traz consigo a implicação de algumas atitudes e práticas. Desde logo a perseverança no projecto que une duas pessoas diferentes mas complementares, sujeitas a uma dinâmica de vida, quer no aspecto individual, quer no conjugal, quer no familiar. Perseverança que precisa de oração, de reflexão, de acompanhamento espiritual, de prática e vivência sacramental, de participação litúrgica. Implica, ainda, a distensão do coração, a paciência, a capacidade de entender e perdoar, serenamente, os equÃvocos do cônjuge, numa opção de esperança e confiança, lutando sempre pelo “mais”, certos de que Deus colocou em cada um de nós uma enorme capacidade de superação. Por fim, vem a ascese, a grande disciplina que nos impede de parar no imediato e atinge a totalidade da pessoa humana nas suas dimensões - corporal, psÃquica e espiritual. Foi exemplo vivo e concreto da aceitação e do sentido de valorização das diferenças o testemunho de um casal, que mostrou como cada um soube gerir e crescer a partir daquilo que os diferencia. Também um par de jovens namorados, testemunhou a descoberta e o aprofundamento das diferenças entre ambos, apontando aos casais e aos jovens presentes o caminho já percorrido e dizendo do sabor e do encanto desta descoberta humana e cristã que une e solidifica o seu amor. Foi um momento de muita ternura e também de esperança que devemos depositar nos jovens, carentes duma Igreja com capacidade paroquial de acolhimento, com modernidade, que os escute, os entenda e seja capaz de caminhar com eles. O Senhor D. Joaquim Gonçalves, Bispo de Vila Real e ex-Assistente Nacional do CPM, de passagem por Paulo VI, dirigiu palavras de auto-estima ao CPM, apelando à defesa intransigente da sua pedagogia e metodologia, tendo afirmado que os temas CPM atravessam o homem no seu todo e que, por isso, devem ser mantidos e respeitados na sua ordem, com tempo suficiente para estudo, aprofundamento e reflexão. Os participantes ouviram, ainda, palavras de apreço e encorajamento proferidas pelo Senhor D. Serafim, Bispo de Leiria-Fátima, na sua breve passagem por Paulo VI. Esteve também presente, logo no inÃcio da manhã de domingo, a Dra. Margarida Neto que evocou a sua passagem pelo CPM, falou do 10º aniversário da Ano Internacional da famÃlia e dos problemas com que, hoje, se debate a famÃlia. Enalteceu o trabalho que vem sendo feito de preparação dos noivos para o matrimónio – no duplo benefÃcio que se reflecte nos casais animadores e Assistentes e, naturalmente, nos noivos que se querem constituir em novas famÃlias. Ao findar a sua intervenção deixou dois desafios à Equipa Responsável Nacional, cuja concretização vai envolver todas as Dioceses e algumas Instituições. Este Encontro-Peregrinação teve o privilégio da presença permanente e da palavra pastoral oportuna do Senhor D. António Rafael, Bispo-Emérito de Bragança-Miranda, em representação do Presidente da Comissão Episcopal da FamÃlia, D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego. O próximo Encontro-Peregrinação ficou marcado para os dias 5 e 6 de Março de 2005. A Equipa Responsável Nacional FamÃlia Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...