Nacional

Euro 2004

Paulo Rocha
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“O Desporto ao serviço da pessoa e do encontro dos povos†é o título do Documento publicado em Novembro do último ano, cujo conteúdo é agora alvo de novo interesse, nas vésperas do início do Euro 2004. Trata-se de um documento dos Bispos de Portugal sobre o desporto, mas escrito no contexto da fase final do Campeonado da Europa, que decorrerá em Portugal durante o próximo mês. Isso mesmo é afirmado na introdução que a Conferência Episcopal (CEP) faz ao documento. “Dezasseis equipas nacionais de varios países da Europa competirão pelo título de Campeão Europeu de Futebolâ€. Uma prova no ano Europeu da Educação pelo Desporto e, lembram os Bispos, dos jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Atenas. Olhando o jogo como “uma das expressões mais profundas do ser humano†e o desporto como “uma forma culta, sofisticada e moderna do jogoâ€, a CEP contraria opiniões generalizadas: “o objectivo final do esforço dos verdadeiro desportias não é conquistar um prémio material e perecível, mas atingir uma vida mais plenaâ€. Socialmente, o desporto apresenta-se como um apossibilidade de construir convivências entre povos e culturas, nomeadamente nas provas de âmbito internacional. O desporto pode e deve ser, referem os Bispos, “um instrumento e uma experiência de encontro, de aproximação, de compreensão, de tolerância, de convivência entre povos e culturasâ€. Tomando apenas por referência o futebol, para o qual considera válido tudo o que foi dito sobre o desporto, a Carta Pastoral dos Bispos denuncia sombras: comercialização do futebol, discursos agressivos entre adversários, intolerância e agressividade das claques e casos de corrupção. Os Bispos de Portugal referem-se, explicitamente, à fase final do Euro (texto transcrito na página 2 desta edição), para terminar este documento deixando apelos muito concretos: aos atletas, para que promovam valores de lealdade, solidariedade e respeito; aos dirigentes, para que actuem com transparência e promovam a educação para valores “elevadosâ€; aos jornalistas, para que evitem a exploração de “situações que podem gerar tensões ou conflitosâ€; e aos adeptos em geral, para que “descubram no futebol um divertimento sadio, uma forma de lazer, uma expressão de arteâ€. O Episcopado Português exorta ainda a que “o futebol não seja um factor de alienação, que faça esquecer as responsabilidades que cada um tem para com Deus e para com os outrosâ€. Texto na íntegra editado pelo Secretariado Geral da CEP e em www.ecclesia.pt


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