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Jovens Sem Fronteiras construíram uma «ponte» no Huambo

Luís Filipe Santos
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Durante o mês de Agosto auxiliaram os desprotegidos em Angola

“Uma experiência muito densa e forte em áreas muito complicadas” – frisou à Agência ECCLESIA o Pe. Tony Neves, coordenador dos Jovens Sem Fronteiras (JSF), em relação à iniciativa «Ponte 2006» realizada por este grupo durante o mês de Agosto, em Huambo (Angola). A dezena de jovens que participou nesta actividade trabalhou no Centro de Meninas de Ruas do Huambo. “Um trabalho difícil porque aquela miudagem perdeu as referências familiares. Uns são órfãos porque os pais morreram e outros são órfãos de pais vivos” – sublinhou o coordenador. O auxílio àqueles desprotegidos de Huambo passava pela educação e o ensino de “alguns padrões de moral que se foram embora”. Em 2005, os Jovens Sem Fronteiras fizeram a sua «ponte» no Brasil. Este ano escolheram Angola visto que a capital do planalto central deste país continua a mostrar uma imagem de destruição, apesar da era dos combates já ter passado à história há largos anos. Naquela localidade trabalharam também com mutilado de guerra. “Pessoas que perderam membros durante os combates” – realçou o Pe. Tony Neves. Uma «ponte» construída por 10 JSF, pertencentes a grupos do norte ao sul do país. A coordenação esteve a cargo do Pe João David, coordenador dos JSF da Região Douro. Em declarações à Agência ECCLESIA, o Pe. João David salientou que o grupo que foi a Huambo já tem experiência missionária visto que tem contactos permanentes com os Missionários Espiritanos. “Esta iniciativa é diferente porque implica a estadia de um mês numa área que necessita de ajuda” – disse. A dimensão da solidariedade é importante nestes trabalhos. “Aquelas pessoas necessitam de alguém que lhes dê a mão” – referiu o Pe. João David.


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