Nacional

Jovens Sem Fronteiras

Pe. Tony Neves
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Mensagem Final do XVI Encontro Nacional

Entre os dias 1 e 3 de Outubro de 2004, os JSF reuniram-se no XVI Encontro Nacional, no mosteiro beneditino de Singeverga, com o lema: Reza e Trabalha na Missão Sem Fronteiras. Cerca de 350 jovens do Norte ao Sul do País, um valor recorde em termos de nº de elementos e de grupos participantes, rezaram, partilharam, reflectiram, conviveram e trabalharam. A oportunidade de viver este grande encontro num mosteiro beneditino, revelou-se um grande privilégio, para compreendermos a formação da identidade europeia, através da sua herança espiritual e cultural, não é por acaso que S. Bento, fundador dos beneditinos é um dos padroeiros da Europa. O acolhimento, a profundidade das orações, os gestos simples do ritmo diário de trabalho e oração inseridos numa paisagem bucólica, onde o silêncio tem um papel fundamental, reflectem a sua missão na Igreja que se resume a: “Ora et Laboraâ€. Uma missão que, apesar de se concretizar no espaço do mosteiro, é cheio de horizontes. Rezar e Trabalhar fazem parte integrante da vida que se quer em festa contínua. Mas a festa não será completa enquanto houver irmãs, ou irmãos nossos que ao perto e ao longe clamam por uma vida mais digna. Aí está um largo campo de trabalho que não tem fronteiras: defesa e promoção dos povos mais marginalizados, acolhimento de refugiados e emigrantes, assistência a todos aqueles que sofrem de solidão, diálogo aberto e franco com outras igrejas e culturas. No entanto, e à semelhança de santos e profetas ao longo da história da Igreja, essa travessia dos mares, não poderá ser feita antes de uma relação profunda de oração com Deus e através da escuta da Sua Palavra Divina, que só será efectivamente Divina, quando penetrar no coração de cada um de nós, nos nossos grupos, nas nossas paróquias e comunidades. Só assim, estaremos aptos a escutar e a ser dóceis ao Espírito Santo que nos envia a trabalhar, transformar, anunciar e a ser sal e luz. A nossa missão não será em nossa casa, mas sim na casa de Deus. A casa de Deus é o local para onde ele nos envia. E o local para onde Ele nos envia, é, seguramente, o melhor lugar do mundo. Se assim se fizer estaremos a multiplicar os rostos da e na missão de Jesus Cristo. Que no nosso caso particular tem o rosto da missão Espiritana. Ao regressar para os nossos grupos e paróquias de origem, com a protecção maternal de Maria, com a bênção de S. Bento e continuamente inspirados em Cláudio Poullart de Places e Francisco Libermann, saibamos procurar espaços de oração, de silêncio, de contemplação e de reflexão, e que a partir daí nos sintamos impelidos a Partir para trabalhar numa messe que é grande e onde os trabalhadores são poucos. S. Tirso, Mosteiro de Singeverga, 3 de Outubro de 2004


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