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Porto: «A arte na liturgia tem de ser convidativa», Marko Rupnick

Agência Ecclesia
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DR - Marco Rupnick
DR - Marco Rupnick

O padre e artista esloveno esteve na diocese do Porto em visita a um projeto de nova igreja em que está a colaborar

Porto, 06 jan 2018 (Ecclesia) – O padre e artista Marko Rupnick esteve no Porto e visitou os terrenos da futura obra da nova igreja do Canidelo, em Vila Nova de Gaia, e considerou que a arte na liturgia tem de ser convidativa.

O sacerdote esloveno entende que a “arte é como a liturgia, nunca está completa”.

“Da parte do homem nós apresentamos a oferta. Mas não está completa a oferta, tem que vir o Espírito Santo. E isto é muito belo, pois o homem não pode fazer de si mesmo uma obra completa, uma perfeição. É Deus quem aperfeiçoa, é Deus quem cumpre em nós aquilo que fica depois da morte”, disse em entrevista ao Jornal Voz Portucalense.

Marko Rupnick acrescentou ainda que a arte não deve ser completa, “porque aborrece” mas tem de ser uma “arte que convida, que nos faça curiosos, que não seja invasiva mas humilde”.

Uma das suas obras mais conhecidas em Portugal é o extenso painel, em mosaico, da Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima, embora existam algumas outras intervenções suas em capelas de casas religiosas.

O sacerdote jesuíta está a colaborar com o projeto da nova igreja do Canidelo, diocese do Porto, onde na sua visita esteve com os arquitetos e confessou que a sua inspiração tem vindo do “encontro com as pessoas”.

“Até hoje todas as inspirações vieram-me dos encontros com as pessoas. E por isso quando me chamam eu venho. Nunca vou sozinho, não me proponho eu, mas respondo a um chamamento. E se há um chamamento haverá também uma inspiração”, afirmou.

 

SN

 


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