Angola: D. Jorge Ortiga aponta palavras corajosas de Bento XVI LÃgia Silveira 23 de Março de 2009, às 12:51 ... Reconstrução e reconciliação nacional foram apelos deixados por Bento XVI na visita de quatro dias a Angola. Apelos sublinhados por D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, como sementes deixadas ao povo angolano, apostado em dar continuidade aos apelos do Papa. D. Jorge Ortiga aponta à Agência ECCLESIA a manifestação espontânea, viva e emotiva do povo angolano que se traduziu no número de angolanos que acorreram a estar com o Papa, mas também no acolhimento à mensagem deixada por Bento XVI. Uma mensagem “muito rica, variada e também muito incisiva sobre os problemas da vidaâ€. Segundo o Presidente da CEP, Bento XVI deu um “grande contributo para a reconstrução através da reconciliaçãoâ€. Bento XVI focou várias vezes a dimensão de unidade, “de que todos são irmãos, onde a lei do mais forte nem a corrupção têm espaço,â€. O Papa focou os ideais de transparência “a começar pelos cargos públicosâ€, mas também a “importância que os valores familiares ocupam na transmissão não apenas da fé, mas do humanismo integralâ€, D. Jorge Ortiga recorda ainda o encontro entre o Papa e os movimentos católicos para a promoção da mulher de Angola, onde os ideais de igualdade, dignidade e o reconhecimento da sua “dimensão heróica na vida do dia-a-diaâ€, fizeram história. Com os jovens os Papa apelou à coragem para ser diferente. “É a diferença que marca o futuro da Históriaâ€, destaca. Apelos deixados pelo Papa que as diversas dioceses vão reflectir e ver como concretizar. Do contacto com os bispos e com o povo angolano, D. Jorge Ortiga destaca “uma boa preparação nas diocesesâ€. O Povo angolano presente nas manifestações “não era só de Luanda, mas de todas as dioceses angolanasâ€. Os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé vão agora reunir-se em assembleia plenária. D. Jorge adianta que um dos pontos em agenda será “como dar continuidade aos desafios deixados pelo Papaâ€. No discurso de despedida esta manhã, já no aeroporto, Bento XVI deixou um apelo à s autoridades polÃticas públicas para que não esqueçam as necessidades do povo angolano, recordando que quem ocupa os cargos públicos, o deve fazer sob o jugo do bem comum. O Presidente da CEP destaca a audácia e coragem do Papa ao “lembrar à s autoridade de um paÃs em construção o dever de ter presente as situações de miséria, de carência das estruturas básicas essenciaisâ€. D. Jorge Ortiga destaca também as palavras fortes e a coragem do Papa quando se encontrou no Palácio Presidencial e falou da dimensão do bem público que as autoridades devem manifestar. “O Papa apelou ao trabalho para o bem-estar das populações e não para o bem-estar pessoalâ€. Se o desenvolvimento cabe ao povo angolano, D. Jorge Ortiga recorda que Bento XVI apontou, “por diversas vezes, o contributo dos missionários, a chegada dos portugueses e à conciliação entre culturasâ€. A Igreja angolana começa a dar sinais de crescimento, em estruturas e agentes de pastoral, mas, assume o Presidente da CEP, “há ainda muitas carênciasâ€. As missões no interior do paÃs, têm a seu cargo a educação e a saúde. “A Igreja portuguesa deve continuar a sentir responsabilidade pela igreja e povo angolano, particularmente na dimensão social. Do pouco que temos, ainda temos muito para dar ao povo angolano que nos acolhe e, que possivelmente, abandonámos um poucoâ€. O Presidente da CEP regressa a Portugal esta Terça-feira. Até lá vai continuar em contactos com os bispos lusófonos angolanos. “São oportunidade para dialogarmos e perceber expectativas de cooperação. Os angolanos não precisam de esmola, mas de crescerem por si próprios, com a colaboração solidária dos portuguesesâ€. Bento XVI - Angola e Camarões Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...