Bispos anglófonos debateram violência sobre menores na Igreja
O tema ganhou destaque depois de o governo irlandês ter publicado um relatório com as provas dos abusos cometidos nas décadas de 30 a 90 em muitos institutos do país, escolas financiadas pelo Estado, mas administradas por ordens religiosas católicas.
O Bispo de Rapid City, D. Blase J. Cupich, presidente da Comissão para a protecção de crianças e jovens da Conferência dos bispos católicos dos EUA, disse que a ocasião foi uma oportunidade para os participantes consultarem responsáveis do Vaticano e especialistas no campo da tutela da infância, partilhando progressos e problemas com outras conferências episcopais.
Todos concordam com a necessidade de um plano de prevenção, amparo e cura. "A Conferência Anglófona - disse D. Cupich - ajuda as pessoas que trabalham para a Igreja a criar um clima no qual aqueles que sofreram abusos possam revelá-lo. É uma questão humana".
A Conferência para a protecção de crianças e adultos vulneráveis (National office for the protection of children and vulnerable adults), que reúne as Igrejas de língua inglesa empenhadas em combater abusos, realiza-se anualmente.
Este ano, no Vaticano, estavam presentes delegados provenientes da Austrália, Inglaterra e Gales, Índia, Irlanda, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Escócia e EUA. Participaram também representantes da Itália, Chile e Gana.
Para o bispo de Adelaide, na Austrália, D. Philip Edward Wilson, "o positivo é que as vítimas apareceram e que nós admitimos que os abusos infelizmente fizeram parte da nossa história".
<i>(Com Rádio Vaticano)</i>
Abusos de menores