Sacerdotes sequestrados e assassinados tal como casas paroquiais e igrejas destruídas. Esta é a realidade que se apresenta na Colômbia pelo menos nos últimos 21 anos e que foi denunciada numa reunião com o presidente Álvaro Uribe, o representante do Alto Comissionado para a Paz, Luis Carlos Restrepo Ramírez, directores da Conferência Episcopal da Colômbia. Desta reunião participaram também os dois Prelados representantes das Jurisdições onde foram assassinados três sacerdotes, Monsenhor Jorge Enrique Lozano Zafra, bispo de Ocaña, e Monsenhor Abraham Escudero Montoya, bispo de El Espinal.
Em declarações fornecidas aos meios de comunicação, o presidente Uribe disse que, na reunião com os bispos, foram tratados vários temas, entre eles o assassinato dos sacerdotes. Sobre este tema manifestou: "se o ELN (Exército de Libertação Nacional) pede perdão, que esse perdão seja verdade e que haja paz, porque não pode ser que matem, peçam perdão e continuam assassinando". O Primeiro Mandatário expressou que, nos próximos dias, representantes da Nunciatura Apostólica, da Conferência Episcopal, o Ministro da Defesa e os altos comandos, irão reunir-se para analisar os locais do país onde será necessário reforçar a segurança dos sacerdotes.
Segundo a imprensa colombiana, apenas nos últimos cinco anos, foram assassinados 33 sacerdotes na Colômbia. As ocorrências mais recentes aconteceram, na semana passada, quando foram mortos os padres Vicente Rozo Bayona e Ramón Emilio Mora, em Teorama, Norte de Santander; e Jesús Adrián Sánchez, em Chaparral, Tolima.