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Paquistão: Asia Bibi pode ser assassinada na prisão

Rádio Vaticano
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A Fundação Masihi, que está a assessorar legalmente Asia Bibi, primeira mulher cristã condenada à morte no Paquistão sob a acusação de blasfémia, teme que ela seja executada na prisão.

A fundação lançou este alerta à agência Fides, do Vaticano, poucos dias depois de o líder extremista muçulmano Yousaf Qureshi ter oferecido uma recompensa de 500 mil rupias (cerca de cinco mil Euros) a quem assassinasse a mulher cristã.

“É necessário continuar a campanha pela sua libertação imediata e pela abolição da lei sobre a blasfémia. É uma questão fundamental para o respeito dos direitos humanos no Paquistão”, declarou à agência Fides, o presidente da “Fundação Masihi”, Haroon Barket Masih, recordando o Dia dos Direitos humanos da ONU que se celebrou no último 10 de Dezembro.

A agência também informou que Ansar Burney, reconhecido intelectual muçulmano paquistanês e ex-ministro do Paquistão para os Direitos humanos partilha a denúncia e enviou uma carta ao Presidente Ali Zardari e ao Primeiro-ministro Gilani.

Na carta, pede que sejam reforçadas as medidas de segurança para Asia Bibi e que sejam oficialmente perseguidos todos os que pediram publicamente que ela fosse assassinada.

Burney recordou que até hoje, 33 pessoas acusadas de blasfémia foram assassinadas na prisão ou durante o processo judicial, como ocorreu com os irmãos cristãos Rashid e Sajid Emmanuel, assassinados a tiro em frente ao tribunal de Faisalabad, em Julho de 2010.



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