Correspondendo a um desejo expressamente manifestado pelos teólogos diretores e redatores foi criado os «amigos da Concilium», um grupo de pessoas convidadas individualmente pelos editores - onze padres ou religiosos e oito leigos - que se reuniram pela primeira vez a 31 de março de 1965.
Em Portugal foi na arquidiocese de Évora, em Viana do Alentejo, a 14 de janeiro de 1965 que pela primeira uma missa foi concelebrada de acordo com as normas do conselho para a execução da reforma litúrgica. A celebração (na foto) foi presidida pelo padre Wenceslau de Almeida Gil (pároco de Viana) que festejava as bodas de prata sacerdotais
50 anos depois da primeira missa celebrada em lÃngua vernácula pelo Papa Paulo VI, após as alterações litúrgicas promulgadas pelo II ConcÃlio do Vaticano. A entrada em vigor da primeira fase desta reforma ocorreu a 07 de março de 1965. Como sempre, nem todos acolheram as novidades da mesma forma.
O Bispo da Beira (Moçambique) e padre conciliar, D. Sebastião Soares de Resende fez uma intervenção no II ConcÃlio do Vaticano (1962-1965) sobre a introdução ao esquema «A Igreja e o mundo moderno». Durante as quatro sessões, o prelado português natural de Milheirós de Poiares (Santa Maria da Feira) foi um dos mais interventivos e sempre incisivo nas observações que fazia.
Com a criação dos 27 novos cardeais, no consistório de 22 de fevereiro de 1965, o Papa Paulo VI esclareceu que a sua intenção não "era tanto fazer crescer o esplendor da estrutura externa" da Igreja mas dilatar "a comunhão interna da Igreja". Aos novos cardeais, o seguidor da obra iniciada pelo Papa João XXIII realçou: "O que quisemos aumentar, não foi o seu poder falaz, mas sim o seu valor espiritual".
No último ano do II ConcÃlio do Vaticano (1962-1965), a Diocese do Porto entrou numa dinâmica missionária. O administrador apostólico do Porto, D. Florentino de Andrade e Silva porque o bispo titular, D. António Ferreira Gomes, estava exilado, escreveu uma carta pastoral, em março de 1965, sobre «A Diocese em Missão».