Comissão Nacional Justiça e Paz

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declaração final do encontro das comissões justiça e paz europeias

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Delegados de 21 comissões da Conferência das Comissões Justiça e Paz Europeias (Justiça e Paz Europa) reuniram-se de 22 a 24 de setembro de 2017 no seu seminário internacional anual. O encontro, com o tema “Raízes espirituais e frutos políticos: peregrinação pela justiça, pela paz e pelo cuidado da criação”, teve lugar em Taizé, onde a comunidade cristã ecuménica acolheu e apoiou esses delegados tanto nas suas deliberações, como com as suas orações. O encontro marcou o 50º aniversario da criação do Conselho Pontifício “Justiça e Paz”, cujo nome foi alterado e que se fundiu com outros três Conselhos Pontifícios, no ano passado, no Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral.

No final do seminario, os participantes e os irmãos de Taizé realizaram uma emotiva ação simbólica em ligação com a Estação da Criação. Consistiu na plantação de uma árvore com pedaços de terra de diferentes países europeus, afetados por problemas ambientais ou ações humanas[1]. O seminario internacional conclui-se com uma visita à abadia de Cluny, que foi uma das fontes vivas do cristianismo medieval. Por tudo isso, o seminario internacional foi uma ocasião para regressar às raízes espirituais de Justiça e Paz e para revitalizar o seu trabalho à luz das muitas mudanças que ocorreram desde a sua criação.

Os delegados adotaram a seguinte declaração final:      

No final do seminario internacional e à luz do que escutamos e sobre que refletimos, adotamos a seguinte declaração, na qual expomos a nossa visão do trabalho futuro das nossas comissões:

  1. Renovar, reavivar e fortalecer o nosso trabalho, recordando e regresando às nossas raízes espirituais, enquanto avançamos no serviço ao nosso
  2. Trabalhar conjuntamente e com a ajuda das nossas Conferências Episcopais em ordem a uma maior visibilidade e promoção da missão de Justiça e Paz na Igreja.
  3. Desenvolver estruturas de trabalho frutíferas com, dentro e por intermédio do novo Dicastério para alcançar o Bem Comum.
  4. Trabalhar em diálogo com outros grupos, incluindo, em particular, os nossos irmãos e irmãs cristãos, para identificar, compreender e responder aos problemas, conflitos e necessidades do nosso mundo.
  5. Maior desenvolvimento das ações relativas ao cuidado da criação à luz da nossa compreensão da antropologia cristã, dos princípios da doutrina social da Igreja e da encíLaudato Si'
  6. Desenvolver estratégias de longo prazo para o nosso trabalho, incluindo no âmbito da educação e em continuidade.
  7. Ser guias da nossa Igreja, das nossas comunidades e do mundo.

Valorizamos grandemente a conjunção da espiritualidade, vivida durante estes dias, com o o trabalho de Justiça e Paz e propomos reuniões futuras em que estejam presentes estes dois aspetos, assim como a realização das atividades da nossa rede de forma ecuménica e interreligiosa.

Finalmente, queremos exprimir o nosso agradecimento pelo acolhimento e pelo apoio que recebemos constantemente dos irmãos e dos voluntários de Taizé. 

Taizé, 25 de setembro de 2017


[1] De Portugal, terra queimada por um dos incêndios deste Verão (ndt).