Comissão Nacional Justiça e Paz

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Notas e comunicados

CUIDAR DOS IDOSOS: DEVER E RESPONSABILIDADE DE TODOS Reflexão da CNJP

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CUIDAR DOS IDOSOS Nota e Reflexão

CUIDAR DOS IDOSOS:
DEVER E RESPONSABILIDADE DE TODOS

Reflexão da Comissão Nacional Justiça e Paz

Conta-se que, numa dada região do mundo, numa civilização antiga, era costume colocar os idosos que atingissem uma certa idade no alto de uma montanha, abandonados, para aí aguardarem a morte. O filho mais velho do idoso acompanhava o pai à montanha e entregava-lhe uma manta para proteger o corpo. Conta-se, também, que um certo idoso ao receber a manta rasgou-a ao meio e disse ao filho: toma esta metade de manta e assim, quando fores idoso, o teu filho que virá contigo à montanha já tem a manta que te vai entregar e poupará dinheiro.

Esta história tem o mérito de nos chamar a atenção para o facto de que todos havemos de morrer. Muitos morrem após um período de vida em que foram perdendo qualidades intelectuais, atingidos por doenças que condicionam o viver e, nalguns casos, que os deixam totalmente incapacitados não podendo sobreviver sem apoio.

A Comissão Nacional Justiça e Paz, num documento recente, lembrava que: «os idosos têm direito a levar uma vida feliz e em plenitude» e acrescentava ao terminar: «São cidadãos de parte inteira».

O momento em que se vive, em que a COVID 19 afeta na sua grande maioria pessoas idosas, justifica dar seguimento à reflexão da CNJP, sublinhando que cuidar dos idosos, nas suas múltiplas situações, não pode ser tarefa exclusiva do Estado. Todos, famílias e outras instituições, bem como cidadãos em geral, devem partilhar, com dedicação, a responsabilidade de garantir aos idosos a manutenção da sua dignidade de pessoa até à sua morte.

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CUIDAR DOS IDOSOS: DEVER E RESPONSABILIDADE DE TODOS Nota da CNJP

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CUIDAR DOS IDOSOS Nota e Reflexão

CUIDAR DOS IDOSOS:

DEVER E RESPONSABILIDADE DE TODOS

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz

A pandemia que nos atinge desde há vários meses, e que afeta de modo particular a geração dos mais velhos, tem despertado a atenção de todos para a situação dos idosos na nossa sociedade. Sobre esta questão já a Comissão Nacional Justiça e Paz se pronunciou recentemente e volta a fazê-lo, agora com uma reflexão que pretende ser um pequeno contributo no sentido de uma alteração profunda dessa situação.

Queremos salientar, sobretudo, que cuidar dos idosos não pode ser tarefa exclusiva do Estado. Todos, famílias e outras instituições, bem como cidadãos em geral, devem partilhar, com dedicação, a responsabilidade de garantir aos idosos a manutenção da sua dignidade de pessoa até à sua morte.

Ao Estado não compete tudo, mas é a ele que tem de se exigir a criação de uma política de apoio aos idosos onde estejam definidos objetivos e meios para aplicar com recurso a meios financeiros próprios e de terceiros. Essa politica deve ainda definir o papel que cabe a cada entidade envolvida e, naturalmente, os instrumentos de controlo.

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FRATELLI TUTTI Nota de Apresentação da CNJP

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Fratelli Tutti

TODOS IRMÃOS

Nota de apresentação da encíclica Fratelli Tuttisobre a fraternidade e a amizade social

 Comissão Nacional Justiça e Paz

Nesta apresentação da encíclica Fratelli Tutti, sobre a fraternidade e amizade social, deverá ser salientado, antes de tudo, o que nela se afirma a respeito do fundamento da fraternidade. «Sem uma abertura ao Pai de todos, não pode haver razões sólidas e estáveis para o apelo à fraternidade» (n. 272). Ou, mais profundamente (n. 85): Quem acredita que Deus ama cada ser humano com amor infinito confere-lhe uma dignidade também infinita; se Cristo derramou o seu sangue por todos, ninguém pode ser excluído do seu amor universal; a fonte suprema desse amor universal é a própria vida íntima de Deus, uma unidade de três Pessoas que é origem e modelo de toda a vida comunitária. É nestas verdades que assentam os alicerces da fraternidade, cujas consequências em múltiplos âmbitos são analisadas ao longo da encíclica.

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A PANDEMIA E OS MAIS VELHOS Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz

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 Pandemis Idosos - foto VF


A PANDEMIA E OS MAIS VELHOS

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz



 

 

Enganam-se os que pensam que só nascemos uma vez.
Para quem quiser ver a vida está cheia de nascimentos.
(...)

Nascemos muitas vezes naquela idade
onde os trabalhos não cessam,
mas reconciliam-se
com laços interiores e caminhos adiados.
(...)

Nascemos nos gestos ou para lá dos gestos.
Nascemos dentro de nós e no coração de Deus.
O que Jesus nos diz é:
"Também tu podes nascer",
pois nós nascemos, nascemos, nascemos.

(José Tolentino de Mendonça)

Falar em “nascer” quando falamos dos mais velhos parece contradição. Mas não é. Ser mais velho é nascer outra vez, não parar de nascer porque “a vida está cheia de nascimentos”. Ser mais velho é viver o tempo “em que os trabalhos se reconciliam”. Infelizmente a sociedade utilitarista em que vivemos não o permite. Trata-se da “cultura do descarte” a que se tem referido o Papa Francisco inúmeras vezes. Assim, a CNJP não pode, em tempos de pandemia, deixar de chamar a atenção para a forma como estamos a tratar os mais velhos. Trata-se de uma questão que não é recente, mas que se tornou pública.

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ESFORÇOS PARTILHADOS Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz

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Nota Esforço partilhado - Imagem

ESFORÇOS PARTILHADOS

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz

O nosso país, como o mundo inteiro, vê-se hoje confrontado com uma crise económica e social de uma gravidade sem precedentes. Essa crise traduz-se, para muitos, em desemprego, perda total ou muito substancial de rendimentos e privação da satisfação de necessidades básicas, como a alimentação.

As desigualdades que já anteriormente marcavam a nossa sociedade tendem a agravar-se, pois, como revelam vários estudos, são os mais pobres quem, de um modo geral, mais sofre com esta crise.

A crise não atinge todos por igual e há quem não sofra perdas substanciais de rendimentos. A estes é pedido um esforço de solidariedade, também ele sem precedentes, que permita minorar os seus efeitos.

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