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João Aguiar Campos Luis Filipes Santos
As lentes de Fátima
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Foto da capa: D.R. Foto da contracapa: Agência ECCLESIA
AGÊNCIA ECCLESIA Diretor: Paulo Rocha | Chefe de Redação: Octávio Carmo Redação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,. Luís Filipe Santos, Sónia Neves Grafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana Gomes Propriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais Diretor: Cónego João Aguiar Campos Pessoa Coletiva nº 500966575, NIB: 0018 0000 10124457001 82. Redação e Administração: Quinta do Cabeço, Porta D 1885-076 MOSCAVIDE. Tel.: 218855472; Fax: 218855473. agencia@ecclesia.pt; www.agencia.ecclesia.pt;
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Opinião |
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Olhares sobre Fátima
Fátima Jovem 2015
70 anos do fim da II Guerra Mundial[ver+]
D. Pio Alves | João Aguiar Campos António Rego | Miguel Oliveira Panão Manuel Barbosa | Paulo Aido | Tony Neves | Bento Oliveira | Humberto Magro | Tiago Mendes | Arlindo Homem | Rui Osório | Rui Correia |
Pelos mais fracos |
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João Aguiar Campos Nacional das Comunicações Sociais
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Inicia-se dentro de dias a Semana da Vida, este ano com o tema “Vida com dignidade – opção pelos mais fracos”. Somos, com este tema, convidados a pensar prioritariamente nos pobres, nos idosos e nos nascituros, por serem estes os mais vulneráveis e efectivamente desprezados da sociedade. Mas não podemos esquecer que a desvalorização da vida se estende também a outras idades, condições e estádios – como facilmente se deduz das manifestações de violência e de desrespeito de que vamos tomando nota: atenta-se contra a vida por dá cá aquela palha, com desumana e espantosa frieza e, não raro, com subtil cobertura ou descuido legal. Para amaciar as consciências, muitas vezes fazem-se comparações entre anos, locais ou governações, recorrendo aos favores concedidos por eventuais progressos estatísticos. No entanto, os números, por muito que falem, não dizem tudo – porque não incluem o silêncio envergonhado de idosos, o medo de muitos oprimidos ou a incapacidade oficial de detectar, a tempo e horas, sinais que deveriam perceber-se. Há, de facto, uma corrente oculta, subterrânea, clandestina, cujo rumor não sobe à tona da terra e, por isso, oficialmente inexiste! Celebrar e defender a vida com dignidade não é, entretanto, um capricho nem uma prerrogativa dos crentes. É um dever de todos, em todos os momentos -- se bem que exija especial coragem em tempos e circunstâncias em que a sentimentalização nos pode fazer resvalar |
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para soluções fáceis, que dificilmente não penalizam quem, de facto, dizem querer proteger!.. Quanta pretensa “piedade” serve para dizer que, ”no fundo, até é melhor assim”… Não; não é. Importa, por isso, repetir que o ser humano, pelo simples facto de o ser, é o maior valor. Quem o esquece e fere a dignidade alheia atinge-se a si mesmo. No Evangelho da Vida (nn.11 e 12), João Paulo II vai à raiz desta amnésia, reportando-se a «uma crise profunda da cultura, que gera cepticismo sobre os próprios fundamentos do conhecimento e da ética e torna cada vez mais difícil compreender
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claramente o sentido do homem, dos seus direitos e dos seus deveres». Soma-lhe «as mais diversas dificuldades existenciais e interpessoais, agravadas pela realidade de uma sociedade complexa, onde frequentemente as pessoas, os casais, as famílias são deixadas sozinhas a braços com os seus problemas». Depois menciona «situações de particular pobreza, angústia e exasperação» que tornam, por vezes, «exigentes até ao heroísmo as opções de defesa e promoção da vida». É a este “eclipse” que importa estar atentos – de modo que possamos ser militantes de uma conjura pela vida. |
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Aviões da TAP no aeroporto Francisco Sá Carneiro no Porto, 06 de maio de 2015 (Lusa) |
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Francamente, acho que isso é um não-assunto. Assuntos reais que deveriam preocupar o líder parlamentar do PSD é mais uma subida do desemprego António Costa, líder do PS, Lisboa, 06.05.2015 |
Quando tenta coagir, condicionar ou intimidar o exercício da liberdade de imprensa, o prenúncio merece uma denúncia clara. Onde está o PS que tanto fustigou, por exemplo, o ex-ministro Miguel Relvas, que chamou ao parlamento para explicar o conteúdo de um pretenso telefonema? Onde está esse PS? Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, no debate quinzenal na Assembleia da República, 06.05.2015
As relações políticas entre Portugal e a Noruega são excelentes, levo comigo a convicção de que, depois desta visita, os noruegueses ficam a conhecer melhor Portugal, levo comigo a convicção de que o Governo norueguês está muito aberto a reforçar a cooperação com Portugal Aníbal Cavaco Silva, presidente da República Portuguesa, no final de uma visita de três dias à Noruega, 05.05.2015
Todos os recursos disponíveis do país vão sendo canalizados para uma única região. Depois sobram côdeas. A região está confrontada com isto. Mas vamos ter eleições. Os fundos comunitários vão ser usados para coisas mais ou menos esotéricas Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, 05.05.2015 |
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Fátima Jovem 2015 rumo a Cracóvia |
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D. Joaquim Mendes, membro da Comissão Episcopal do Laicado e Família, que acompanha a pastoral juvenil pediu em Fátima que os jovens sejam mais acompanhados e tenham mais espaço de intervenção e participação nas comunidades cristãs. “A integração deles na comunidade é um desejo mas nem sempre é fácil porque são jovens e às vezes não são tão certinhos como os adultos, às vezes são um pouco irreverentes mas integrá-los é muito importante para se sentirem como em casa”, explicou à Agência ECCLESIA. |
A Peregrinação Nacional de Jovens a Fátima decorreu entre sexta-feira e domingo. O prelado frisou a importância do “acompanhamento” porque estes encontros devem ser “um ponto de chegada e partida”. O bispo auxiliar de Lisboa considera também que “encontros de massas”, como o Fátima Jovem, são importantes para que os seus participantes percebam que “são uma força” e não estão sozinhos mas há muitas mais pessoas com os mesmo “ideais, valores e esperança”.
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O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) reforçou a ideia com o binómio o “jovens são Igreja e a Igreja são os jovens” e considera que para ser uma realidade é preciso ser “verdadeiramente vivenciado e experienciado” com o “rosto da juventude”. “É fundamental a voz dos jovens, dar-lhes vez e valor porque são referência para nós hoje, no seu quotidiano. Eles transformam o seu espaço, a família, a escola, o trabalho, o ambiente social, a cultura, onde se sentirem bem, acolhidos, até no dinamismo da fé”, desenvolveu o padre Eduardo Novo.
Por isso, acrescentou o sacerdote, a Igreja tem de estar ao lado dos jovens, como os “discípulos de Emaús ao lado de Jesus, é a mesma imagem”, onde existem dramas, dificuldades mas também “sonhos” e uma |
“mensagem” de vida com “confiança e futuro”. Com um programa que convidou os participantes a encontrar Deus na música, cinema, teatro e oração, a arte revela-se a “porta aberta para o infinito” que “abre para Deus porque os jovens têm sede de uma vida grande”, decifrou o diretor do DNPJ. Neste contexto, D. Joaquim Mendes indicou, como o Papa Francisco, que os jovens são o “futuro da Igreja e do mundo” e é importante “ganharem vontade de transformar esta sociedade”. “Têm capacidade, energia, são generosos e capazes de ajudar a fazer esta mudança com mais coração. Um mundo melhor, mais fraterno, mais solidário,”, acrescentou. O Fátima Jovem’15 foi uma das etapas da grande peregrinação à Jornada Mundial de Juventude de 2016 em Cracóvia, Polónia. |
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Prémios da Igreja no IndieLisboa |
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A Igreja Católica distinguiu este domingo os filmes "Os olhos de André", do realizador português António Borges de Correia, e "A história do urso", do cineasta chileno Gabriel Osorio, com os prémios "Árvore da Vida", no Festival IndieLisboa. Segundo o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), na obra ‘Os olhos de André’ o júri sublinhou o “conjunto estético equilibrado, com silêncios carregados de espiritualidade”, e a “forma como enaltece o papel da família como pilar da sociedade”. Do filme do realizador português António Borges de Correia, selecionado na categoria nacional, foi destacada a “sensibilidade” como foi elaborado, “mostrando grande espontaneidade e transparência interpretativa”. A ficção, que se baseia em acontecimentos reais, mostra um pai que tenta reconstruir a sua vida depois de uma separação, para “acolher o seu filho André e voltar a unir uma família”, explica o resumo do filme de 65 minutos, que foi filmado em Arcos de Valdevez e concluído em 2015. O valor de 2000 euros é atribuído em |
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partes iguais pelo SNPC e o Secretariado das Comunicações Sociais que privilegiaram os “valores espirituais e humanistas” das obras selecionadas. Segundo o SNPC, os jurados do Prémio Árvore da Vida atribuíram ainda uma Menção Honrosa ao documentário "Para lá do Marão", pelo “poderoso retrato de uma realidade do interior do país, cheio de poética”, uma curta-metragem de sete minutos de José Manuel Fernandes, realizada em 2014. O júri foi composto por Maria João Costa, jornalista da Renascença e produtora do programa de cultura "Ensaio Geral", que subiu ao palco da Culturgest para anunciar o prémio; por Inês Gil, cineasta, professora de Sétima Arte e membro do Grupo de Cinema do SNPC; e João Amaro Correia, arquiteto. |
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Congresso Mariológico Mariano Internacional em Fátima
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O Papa Francisco aprovou hoje a celebração do 24.º Congresso Mariológico Mariano Internacional na cidade de Fátima, organizado pela Pontifícia Academia Mariana em colaboração com os responsáveis do Santuário. O anúncio foi feito em Roma pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, que inaugurou o Fórum Internacional de Mariologia. "O Congresso, de 6 a 11 de setembro de 2016, terá por tema: ‘O acontecimento de Fátima, cem anos depois. História, mensagem e atualidade’”, revelou, numa intervenção divulgada pela sala de imprensa do Santuário de Fátima. |
A Cova da Iria vai assim receber a 24.ª edição do "mais importante momento internacional de reflexão na área da Mariologia, com temática em específico a incidir no acontecimento de Fátima". No cinquentenário das aparições de Fátima, em 1967, teve lugar em Portugal, com iniciativas em Lisboa e em Fátima, a 5.ª edição deste Congresso Mariológico Mariano Internacional.
A Mensagem de Fátima está em destaque entre hoje e sábado, em Roma, num fórum da Pontifícia Academia Mariana Internacional, com a presença de D. António Marto, D. Virgílio Antunes e do padre Carlos Cabecinhas. |
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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados emwww.agencia.ecclesia.pt
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Devoção ao Senhor Santo Cristo dos Milagres |
70 anos depois da II Guerra Mundial |
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O Papa disse no Vaticano que a humanidade tem de aprender as lições da II Guerra Mundial (1939-1945), que se concluiu há 70 anos. “Confio, por intercessão de Maria Rainha da Paz, os votos de que a sociedade aprenda com os erros do passado e que diante dos conflitos atuais que estão a dilacerar algumas regiões do mundo, todos os responsáveis civis se empenhem na busca do bem comum e na promoção da cultura da paz”, declarou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro. Francisco associou-se às celebrações do 70.º aniversário do fim do conflito, em território europeu, que se vai assinalar em várias capitais, ao longo dos próximos dias. A tradicional catequese das quartas-feiras foi dedicada à beleza do matrimónio cristão, que segundo o Papa não é simplesmente uma cerimónia com mais ou menos “fotos” ou “flores”, mas um sacramento que gera uma nova comunidade familiar. “O sacramento do Matrimónio é um grande ato de fé e de amor: testemunha a coragem de acreditar na |
beleza do ato criador de Deus e de viver o amor que leva a ir cada vez mais longe, para além de si próprio e também para além da própria família”, explicou. “A vocação cristã para amar sem reservas e sem medida é aquilo que, com a graça de Cristo, está na base também do livre consentimento que constitui o matrimónio”, acrescentou Francisco. O Papa citou o Apóstolo Paulo, que falava do sacramento do Matrimónio como um “grande mistério”, com um sentido espiritual “altíssimo e revolucionário”. “Aceitamos profundamente este elo indissolúvel da história de Cristo e da Igreja com a história do matrimónio e da família humana? Estamos dispostos a assumir seriamente esta responsabilidade?”, questionou. |
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Francisco agradeceu a coragem dos homens e mulheres que aceitam o desafio do casamento e apresentou-os como “um recurso essencial para a Igreja e para o mundo”.
O encontro concluiu-se com os cumprimentos aos vários grupos de peregrinos presentes, incluindo os de língua portuguesa, entre os quais estava o bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes. “Lembrai-vos de que nunca |
estais sós: o Senhor crucificado e ressuscitado vos guia, nas vossas famílias e no trabalho, nas dificuldades e nas alegrias, para que leveis ao mundo o primado do amor de Deus”, disse o Papa. Antes da audiência, Francisco encontrou-se com um grupo de crianças doentes, na Casa de Santa Marta. |
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Jubileu da Misericórdia
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O Vaticano apresentou o calendário de celebrações para o Jubileu da Misericórdia convocado pelo Papa (8 de dezembro de 2015-20 de novembro de 2016), com atenção às “periferias” existenciais. O presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização referiu em conferência de imprensa que Francisco vai realizar gestos simbólicos de “proximidade e atenção aos pobres, aos que sofrem, aos marginalizados e a todos aqueles que precisam de um sinal de ternura”. “Como sinal concreto da caridade do Papa, que permaneça como memória deste Jubileu, será realizado um gesto significativo indo ao encontro de uma realidade necessitada no mundo, para exprimir a Misericórdia numa ajuda concreta e realizável”, acrescentou D. Rino Fisichella. Este responsável assinalou que o calendário das celebrações inclui momentos com “uma grande afluência de pessoas”, o primeiro dos quais, de 19 a 21 de janeiro, “dedicado a todos aqueles que trabalham na peregrinação”. |
Já a 3 de abril, haverá uma celebração destinada a “todas as pessoas que se revêm na espiritualidade da misericórdia (movimentos, associações, institutos religiosos)”. As pessoas do voluntariado caritativo, por sua vez, serão convocadas no dia 4 de setembro; a 9 de outubro, o calendário do jubileu vai celebrar “a Mãe da Misericórdia”.A 24 de abril, o Vaticano convida os adolescentes que “após o Crisma são chamados a professar a fé”. Um outro evento será destinado aos diáconos, a 29 de maio; no 160.º aniversário da Festa do Sagrado Coração de Jesus, a 3 de junho, celebrar-se-á o Jubileu dos Sacerdotes e a 12 de junho um “grande encontro dirigido a todos os doentes, às pessoas com deficiência e àqueles que com amor e dedicação cuidam deles”. No dia 25 de setembro vai decorrer o Jubileu dos catequistas e a 6 de novembro assinala-se o dos presos, com a Santa Sé a estudar a possibilidade de alguns reclusos virem a celebrar com o Papa Francisco, na Praça de São Pedro, o Ano Santo.
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Um pároco nas ruas de Roma
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O Papa Francisco visitou este domingo a paróquia de ‘Regina Pacis’, nos arredores de Roma, onde foi acompanhado por uma multidão que surpreendeu ao visitar um parque de diversões vizinho. O local conta com a presença de um grupo de religiosas católicas, que acompanham os feirantes e vivem em autocaravanas. “A alegria não se compra no mercado nem se ganha a jogar no parque de diversões, a alegria é um presente do Espírito Santo e nós cristãos devemos pedi-la”, explicou Francisco, ao encontrar-se com um grupo de jovens escuteiros, a quem pediu que tenham “caras alegres” e que “saibam ver |
o lado positivo da vida”. O Papa chegou junto à igreja da Rainha da Paz no habitual automóvel utilitário, mas optou por passar a pé pelo meio das pessoas que o esperavam, durante alguns minutos, cumprimentando e abençoando os presentes. Francisco, que teve ainda tempo para as ‘selfies’ antes de se encontrar com um grupo de idosos e pessoas com deficiência num campo de basquete. “Agradeço ao Senhor porque nesta comunidade se toma conta dos idosos e dos doentes: quando na comunidade eles não têm cuidados, falta alguma coisa”, disse. |
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Um domingo com o Papa |
Família e Comunicação |
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D. Pio Alves Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais |
A família, pelo interesse com que é tratada ou pelo afão com que é desconstruída, continua a afirmar-se, com evidência, referencial primeiro e pilar da sociedade. A Igreja não reivindica para si o exclusivo da sua conceção. Assume-a na sua estrutural componente natural e explicita a sua integração nos planos de Deus. Sempre foi assim. O Papa Francisco, na sua iniciativa de um sínodo desdobrado sobre a família, sublinha, ainda mais, a centralidade desta instituição. Pôs a Igreja, a sociedade, a comunicação a refletirem sobre o todo da realidade familiar e das pessoas que a integram. Não obstante a importância de dimensões ou aspetos agregados, a sua discussão (às vezes, mais discussão que reflexão!) não pode distrair do aprofundamento do essencial. Por aquela via, os ramos poderiam, supostamente, converter-se em tronco e passariam a ser, realmente, apenas lenha. Neste contexto eclesial e social, compreende-se bem que o Santo Padre, na Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano, nos convide a pensar a comunicação e a família: Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor – é o seu título. A Mensagem não é, em primeiro lugar, um apelo à responsabilidade, ao respeito que a comunicação formal deve à família no serviço dos media à sociedade. Dito de um modo coloquial, não vem pedir que sejam bonzinhos e deem uma boleia à família ou às convicções da Igreja sobre a família. |
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Com linguagem simples, abre o livro do dia-a-dia da vida familiar e convida a ler e, se houver vontade disso, a aprender. “Às vezes, diz a Mensagem, os meios de comunicação social tendem a apresentar a família como se fosse um modelo abstrato que se há de aceitar ou rejeitar, defender ou atacar, em vez duma realidade concreta que se há de viver; ou como se fosse uma ideologia de alguém contra outro, em vez de ser o lugar onde todos aprendemos o que |
significa comunicar no amor recebido e dado”. Eu sei que a imposição do imediato, as pressas, a pressão dos números, a necessidade das vendas, a rentabilização dos investimentos, a insegurança dos postos de trabalho e tantos outros fatores empresariais não se compadecem, ou parecem não se compadecer, com aparentes considerações piedosas. Mas não são considerações piedosas! Na consolidação ou na recuperação |
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de valores sociais e humanos fundamentais estará, a prazo, a consolidação ou a recuperação dos próprios media. Vale, por isso, a pena abrir este livro – o livro da família – e tentar aprender. “Podemos dar, porque recebemos, escreve o Papa Francisco; e este circuito virtuoso está no coração da capacidade da família de ser comunicada e de comunicar; e, mais em geral, é paradigma de toda a comunicação”.
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Na proximidade da vida familiar aprende-se o valor das pessoas: nos seus gestos, nas suas diferenças, na sua complementaridade. “(…) é sobretudo a capacidade de se abraçar, apoiar, acompanhar, decifrar olhares e silêncios, rir e chorar juntos, entre pessoas que não se escolheram e todavia são tão importantes uma para a outra…”; “experimentam-se as limitações próprias e alheias”; em família aprende-se, desde criança, “a ouvir os outros, a falar de modo |
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respeitoso, expressando o seu ponto de vista sem negar o dos outros”. “Além disso, num mundo onde frequentemente se amaldiçoa, insulta, semeia discórdia, polui com as murmurações o nosso ambiente humano, a família pode ser uma escola de comunicação feita de bênção. (…) abençoar em vez de amaldiçoar, |
visitar em vez de repelir, acolher em vez de combater é a única forma de quebrar a espiral do mal, para testemunhar que o bem é sempre possível”. O mundo dos afetos que integra a racionalidade não menoriza o ser humano: pelo contrário, expressa-o em toda a sua insondável riqueza. Eu sei que este desenho está a milhas do que, na prática, pode ser a concretização de diferentes estatutos editoriais. Mas é exatamente por isso que importa não o meter na gaveta. O possível está alcance de qualquer projeto vulgar; se queremos chegar mais longe, não podemos desistir do impossível. Conclui o Papa Francisco: “Não lutemos para defender o passado, mas trabalhemos com paciência e confiança, em todos os ambientes onde diariamente nos encontramos, para construir o futuro”.
Intervenção proferida na apresentação da mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, Lisboa, 07.05.2015 |
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Tsunami cultural |
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Miguel Oliveira Panão Professor Universitário
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Recentemente, a 28 de Abril, a Academia Pontifícia para as Ciências reuniu diversas entidades para refletir sobre "Proteger a Terra, dignificar a Humanidade", nomeadamente, sobre as dimensões morais das alterações climáticas e do desenvolvimento sustentável. Um dos resultados foi a assinatura de uma declaração por parte de líderes religiosos, políticos, económicos e cientistas. Nessa declaração são abordados diversos aspectos, incluindo a influência humana nas alterações climáticas como uma verdade científica inquestionável, bem como a relação entre essas e as consequências negativas em termos sociais, nomeadamente nas condições de vida dos mais pobres, afetando a sua dignidade. Não se pode dizer que se encontra algo de novo nesta declaração que não tenha sido dito antes e mais do que uma vez. Porém, queria deter-me sobre um parágrafo. "Neste espaço moral nuclear, as religiões mundiais desempenham um papel vital. Todas estas tradições afirmam a dignidade inerente a cada indivíduo ligada ao bem comum de toda a humanidade. Essas afirmam a beleza, deslumbramento, e bem inerente do mundo natural, apreciando-o como um dom precioso confiado ao nosso cuidado, fazendo disso o nosso dever moral de respeitar, em vez de pilhar, o jardim que é a nossa casa." Anteriormente afirmei "que um pequeno ato de amor ecológico multiplicado por milhões de pessoas pode, efetivamente, mudar o mundo e produzir a maior alteração climática de sempre: uma relação mais profunda entre nós e o ambiente. Mas, para isso, é preciso um tsunami cultural". |
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Um tsunami pode ser gerado por um pequeno deslocamento de placas tectónicas, cuja perturbação se propaga até atingir o tamanho de uma onda gigante que - perdoem-me a expressão - leva tudo à frente. Iniciativas como esta são importantes, bem como o próximo COP21, mas serão o pequeno deslocamento de placas que pode gerar um tsunami cultural que altere profundamente a cultura no que diz respeito ao relacionamento que temos com o meio ambiente? Será o dever moral de respeitar o mundo natural o que nos dignifica como seres humanos? Acho estranha esta visão do relacionamento entre o ser humano e o mundo natural assente ainda num discurso algo antropocêntrico, do qual a própria Doutrina Social da Igreja se destaca. A grande novidade no seu capítulo |
X está na importância dos relacionamentos e na chamada de atenção para a necessidade de novos estilos de vida. Nem tudo no mundo natural é beleza, ou nos deixa deslumbrados, assim como nem tudo no ser humano é belo ou nos deixa deslumbrados. Quando vivemos a nossa relação com o outro, como alguém criado como dom precioso confiado ao meu cuidado, não dizemos que o apreciamos, mas que o amamos. Neste sentido, o dever moral de respeitar seria uma consequência natural de quem vive permanentemente no amor como dom-de-si-mesmo. O que significa no contexto da dimensão espiritual da pessoa amar a natureza? É que, em última análise, é o amor que dignifica, não a apreciação. A diferença parece pequena, mas quando a vivermos autenticamente … aguardem o tsunami. |
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O príncipe e o mordomo
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Luís Filipe Santos |
Naquele tempo… No mês de maio que abre o seu corredor de 31 dias com homenagem aos trabalhadores vi e senti a possibilidade da simbiose entre três profissões distintas: Príncipe, mordomo e amanuense. Aquele diálogo no átrio e o sentido comemorativo não necessitaram de nenhum sindicato para fazer a ponte laboral e linguística. Os gestos vitoriosos, mas comprometidos estavam repletos de marketing ideológico. Desde tenra idade, o futuro príncipe sempre foi dando passos – lentos, seguros e prudentes – em direção ao castelo que sempre sonhou. Ao mordomo competia abrir caminho e ao amanuense estava incumbida a tarefa de escrever crónicas cheias de gongorismos e panegíricos. Uma trilogia perfeita tanto no estilo literário como na aliança programada com antecedência. Nesta caminhada rumo à glória monárquica, o papel principal do guião estava confiado ao ambicioso mordomo. Ele era o rosto visível – apesar das borbulhas juvenis – da sabedoria milenar. Desde muito cedo que se movimentava bem nos meandros. Tinha a escola, apesar das lacunas académicas. Com ar de flor de estufa, mas com a matreirice do lobo selvagem, o mordomo nasceu para polinizar os seus interesses. Ele fazia a ponte entre o príncipe e os feitos dignos de registo. O homem de sangue azulado como qualquer dos mortais agradecia, mas fingia não saber de nada. Todos |
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os príncipes são humildes e consideram – junto dos súbditos – que nunca sonharam chegar tão longe. No meio da sua «humildade contagiante», o príncipe distribuía sorrisos. As crónicas do amanuense que relatavam os «feitos prodigiosos» de sua realeza começaram a ganhar forma de tatuagem nos subalternos. O mordomo relatava e o amanuense escrevia ao bom estilo de Ramalho Ortigão (1836-1915) na obra «As Farpas». Grande compêndio de sociologia do século XIX… Mas voltemos ao século XXI porque um verdadeiro príncipe reina na sua época. As farpas da pena do amanuense fizeram sangue. As cicatrizes estão bem visíveis e duvido que algum dia se apaguem. Nem uma operação plástica é capaz |
de alterar os egos principescos nem a astúcia do mordomo. Como não existem almoços gratuitos… quando a aliança for desfeita e o amanuense contar o ângulo dos golpes sangrentos, o mordomo fica mal na história e o príncipe dirá que desconhecia o Ramalho Ortigão deste século. Basta que o ditado se cumpra: «Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades». Quando as relações laborais estão centradas na ânsia de poder, mais tarde ou mais cedo as marcas de sangue deixadas pela pena do amanuense desvelam as mordomias principescas. Neste mês de maio recordo o pacto dos três e homenageio o grande escritor do século XIX, Ramalho Ortigão que nos brindou com umas farpas verdadeiras que ultrapassaram o seu tempo. |
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Na proximidade do 13 de Maio, o Semanário ECCLESIA traz até si uma visão pessoal dos que têm como missão levar Fátima ao mundo através do seu olhar particular, desde a fotografia ao vídeo, passando pela notícia. Testemunhos de quem é, muitas vezes, a voz e a imagem da Cova da Iria para os que ali não se conseguem deslocar. Nesse sentido, as próximas páginas valorizam em particular o trabalho que cada um destes profissionais quis partilhar com os nossos leitores. Espaço ainda para evocar o quinto aniversário da visita do agora Papa emérito Bento XVI a Portugal.
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Convidar outros peregrinos
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Há mais de quatro décadas que, como jornalista, acompanho Fátima nas grandes celebrações de Maio e Outubro. A maior parte das vezes como comentador, tentando ajudar os “peregrinos” da rádio ou da televisão, ou ambos, a viver a experiência religiosa e simples de peregrinos vindos um pouco de todo o mundo e unidos nas celebrações da Cova da Iria. Nem a repetição do mesmo ritual litúrgico e popular me tornou indiferente diante duma fé que partilho mas que posso exprimir em fórmulas para além das utilizadas no Santuário de Fátima. Mas não deixo de comungar a densidade do mistério que a todos envolve na Cova da Iria a partir das Aparições. Desde a Mensagem, a figura dos Pastorinhos, os peregrinos dos primeiros tempos e aqueles, de todas as idades e condições sociais, que responderam e respondem ao chamamento para celebrarem a sua fé unidos a uma multidão incontável de cristãos. Muitos estão presentes no recinto e muitíssimos mais acompanham |
Fátima pelos media e que muitas vezes são esquecidos e até tidos como de menor importância. Convidar esses peregrinos para o banquete foi o meu maior empenho no trabalho de rádio ou televisão em Fátima. Fui aprendendo, evoluindo e para ser sincero ainda procuro a forma mais adequada de estabelecer comunhão entre essas expressões de fé que no fundo só Deus conhece. A maior parte das vezes intervim como comentador(apesar de não gostar da palavra)- até parece que se trata de alguém que a frio faz análises sobre o que vê. Penso que se trata mais de ajudar aos que estão longe a participar na celebração. Mais complicado ainda é estar numa mesa de televisão em contacto com oito, nove ou mais operadores de câmaras televisivas, colocadas dentro dos locais autorizados, para fazer chegar a um ecrã único todo o calor duma multidão que vibra na Procissão das Velas ou participa na Eucaristia. Antes de mais possui-me o sentido da fé, um respeito profundo e a preocupação |
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permanente de converter o acontecimento religioso vivo em acontecimento religioso televisivo. Tem a ver com a escolha, em cada momento, do fascínio do local, do enquadramento e sequência das imagens, do seu lugar informativo, simbólico e ilustrativo, da intensidade precisa da luz, do acompanhamento da Imagem de Nossa Senhora nos seus passos e movimentos, da presença de sinais, símbolos, estandartes, do |
respeito pelos locais essenciais, a colocação do andor, o cuidado da iluminação na conjugação com as velas, a linguagem dos volumes de fundo, o ritmo narrativo, os cortejos, o enquadramento com as palavras ditas e cantadas, as respostas da multidão, os gestos dos peregrinos, a força da sua oração no seu dizer, cantar, ajoelhar e até rastejar. Uma das minhas primeiras preocupações foi evitar o espetáculo do dolorismo que era exibido de forma desrespeitosa |
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e humilhante. Mas sem ignorar a informação essencial sobre as diferentes expressões dos peregrinos. Aqui entra-se no mais complexo: revelar o mistério que se vive como comunidade orante e como pessoa. Aqui entram os rostos,os grandes planos onde o olhar ocupa um lugar decisivo na expressão da religiosidade pessoal, na expressão de dor e festa, no lugar certo da comoção, na sua riqueza imensa e nos testemunho |
de fé que dão a tantos que vivem o acontecimento distantes fisicamente, mas procurando a ritmos desiguais irmanar-se com todos e cada um dos que rezam em Fátima. Importa dizer que a transmissão da Eucaristia tem exigências e formas de comunicação diferentes. Aqui ficam apenas ligeiras notas de maior incidência na Procissão das Velas. A palavra “realizar”, em televisão, é imperfeita mas é a que existe.
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Consiste na grande responsabilidade de dirigir através duma complexa equipa, a transmissão de um acontecimento religioso intenso na pura linguagem televisiva. Isso exige preparação de toda a equipa - mais habituada a outras narrativas, mas que responde quase sempre com uma entrega total, apesar de pisar um terreno delicado com muita gente a dar ordens como se a televisão fosse |
um intruso. E a verdade é que está ao serviço dum número infindavelmente maior de peregrinos que aqueles que se encontram no recinto. Mas realizar ou dirigir uma transmissão televisiva de Fátima é um ato “religioso” fascinante em que se coloca a maior entrega em condições muitas vezes adversas. É também uma expressão de fé.
Padre António Rego, TVI |
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Fátima é lugar pleno de serenidade e místico, de procura incessante de fé e um porto seguro de todos aqueles que procuram luz, harmonia e paz. É uma terra de saudades e regressos, visitada anualmente por milhões. Local de emoções diferentes – A grandiosidade da Arquitetura do Recinto, das Obras de Arte, das Cerimónias, das Peregrinações e Celebrações. - Sensação de pequenez perante o grandioso, lugar místico que proporciona momentos intimistas, espirituais e religiosos. - A beleza multicolor, multirracial e multicultural dos seus visitantes: peregrinos, turistas ou curiosos. |
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Fátima é mundialmente conhecida através das imagens de fotografias que ilustram os grandes momentos: as grandes peregrinações. Tento dar de Fátima uma imagem mais intimista: as pessoas, as emoções pessoais, a manifestação de religiosidade pessoal, os pormenores, visões e enquadramentos diferentes do habitual. Enfim, o que é verdadeiramente Grande na Vastidão do Santuário de Fátima são os pequenos e íntimos momentos individuais de cada um com o sobrenatural. É isso que tento mostrar na minha visão.
Humberto Magro, fotógrafo em Fátima |
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Desafiante. Creio ser esta a melhor palavra que descreve o que significa mostrar Fátima através da fotografia. É todo um ambiente único e especial, carregado de emoções extremas, da dor à felicidade. Vou a Fátima diversas vezes por ano, a maioria delas em trabalho. Acho que já “vi” Fátima de tantas maneiras que tenho dificuldade em escolher o que mais me impressionou. Mesmo assim, acredito que se consegue ver sempre algo de diferente. E isso aconteceu-me, mais do que uma vez, e mesmo quando achava que já não ia ver nada de novo. Dá-me imenso prazer fotografar toda a emoção que as pessoas sentem quando vão a Fátima. Procuro aproximar-me o mais possível, mas sempre tentando não perturbar. O que hoje em dia não é fácil porque os “clicks” das máquinas acabam por incomodar sempre. Com a experiência, vamos percebendo qual o nosso limite de aproximação. Por exemplo, existem pessoas que estão presentes em todas as peregrinações, que parecem ter lugares marcados. Essas, sim, deixam-se ser fotografadas até porque já estão familiarizadas com a nossa presença. Passo muito tempo |
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a vaguear no meio da multidão, à procura do melhor momento. Precisamente à procura de uma forma diferente de mostrar o que é, afinal, inexplicável: um sentimento expresso nos rostos de um ou outro, entre milhares de peregrinos que ali estão. E vêem-se coisas incríveis. O desafio é encontrar esse momento e fazer as fotos que demonstrem a fé e a dedicação por Nossa Senhora. Creio que isso também depende do nosso estado de espírito. Mas tentar fotografar o sentimento, a emoção: este é o desafio!
Rui Miguel Pedrosa, Correio da Manhã |
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Fátima através da Câmara
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A discrição é peça essencial para filmar uma cerimónia no Santuário de Fátima; difícil, na perspetiva de um repórter que por um lado quer obter a melhor imagem; um desafio permanente e respeitador com aqueles que procuram zelar pelo bom desenrolar das cerimónias em Fátima (os Servitas). A câmara é um canal de projeção do olhar, do sentimento, da personalidade de quem executa. Olhar é compreender o que nos rodeia, os sentimentos dos |
peregrinos, a sua devoção e o que os traz a este local. Estar atento, observar, obter o momento e escolher o ângulo para captar a imagem que vai relatar ao nosso telespectador o ambiente que se vive no recinto. Sentimento, ser cristão, na execução deste trabalho não é fundamental, pois a sensibilidade de cada um pode muito bem ser capaz de traduzir momentos extremamente bem captados. Mas ser cristão, ajuda de certeza muito, pois estamos mais abertos à compreensão de atos de
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fé dos outros, que por vezes em Fátima ultrapassam muito a nossa pequenez na coragem de expressão da nossa fé. Refiro-me, em especial, às promessas que aqui são praticadas, à devoção, às dificuldades da vida, ou à alegria que motiva realizá-las. O saber olhar este fenómeno e captar numa linguagem visual sem humilhar nem expor a privacidade de cada um que as realiza. Nossa Senhora é sem dúvida a figura principal das transmissões das |
imagens vídeo. O plano contrapicado que inúmeras vezes executei numa relação Sua com o céu, o Seu bailado nos ombros dos homens que A levam, a Sua relação com o povo e do povo com Ela. As expressões dos rostos, o lenço branco, a música a vibração imersa no ar, conjugação num mix de imagens que nos guiam num sentimento final de quem viveu mais uma peregrinação ao santuário de Nossa Senhora de Fátima. Tiago Mendes, ECCLESIA
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Olhar de Luz |
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Há mais de trinta anos que fotografo em Fátima, as minhas fotos já foram publicadas em Jornais, revistas e livros, tive o privilégio de fotografar e viver intensamente as peregrinações por dentro como Fotógrafo e Servita de Nossa Senhora de Fátima, fotografando Nossa Senhora de Fátima, dois Papas em visita ao Santuário de Fátima, Cardeais, Chefes de Estado, e multidões. Em todas as fotos existe um factor comum, um brilho de luz: Fátima começou com um relâmpago, um luz forte e instantânea, que surpreendeu três crianças, durante todo o tempo das aparições e pelo tempo que viveram, luz surpreendente que chegava a intimidá-los. “Paramos surpreendidos pela aparição. Estávamos tão perto, que ficávamos dentro da luz que A cercava, ou que Ela espargia... Então Nossa Senhora disse-nos: Não tenhais medo. Eu não vos faço mal”. A palavra “fotografia” deriva do grego e significa, literalmente, “escrita da Luz”. É com luz que os fotógrafos captam as suas imagens. O que mais gosto de fotografar em Fátima: Nossa Senhora; as cerimónias |
religiosas, principalmente a procissão das velas, por ser um espectáculo de fé muito bonito; os peregrinos. Em Fátima, as fotografias de multidões, (individuais e colectivas), permitem captar momentos, emoções, ambientes, rostos que transportam os sofrimentos da vida e ali podem atenuar a sua dor e procuram fortalecer o corpo e a alma. Existe luz, cor e Fé, todos os motivos para se fazerem belas fotos. Hoje todos nós somos potenciais fotógrafos, com máquinas fotográficas, smartphones, telemóveis, ipads - muitas vezes para fazer uma boa foto não e necessário equipamentos sofisticados mas sim o “Olhar”. Para se fotografar em Fátima devem seguir-se algumas estratégias: Fé; pedir acreditação para estar autorizado nos locais destinados aos fotógrafos; certificar-se de que se leva tudo o que é necessário antes de sair; chegar cedo; conhecer bem o guião das cerimónias; cumprir as normas estabelecidas. Arlindo Alves Homem, fotógrafo profissional Colaborador da Agência Ecclesia e do Patriarcado de Lisboa |
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Fátima no Mundo |
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O realizador Manuel Arouca fez várias entrevistas para conseguir alguém que o acompanhasse na produção e realização do documentário mas nenhum dos candidatos completou os requisitos pedidos. Foi assim que concluiu que a ideal assistente que procurava estava ali ao seu lado, a sua esposa, Cristina Arouca, que veio dar a ajuda necessária ao falar vários idiomas. Foram quatro anos de filmagens do documentário “Fátima no Mundo” que trouxeram muitas histórias e episódios de devoção mariana ao casal Arouca. O documentário tenta mostrar como Fátima é acolhida, vivida, em todos os cantos do mundo, por pessoas de culturas e tradições bem diferentes. Dos muitos episódios presenciados e vividos, alguns deles não puderam integrar o documentário, ora por não terem qualidade ora por não haver tempo suficiente para serem transmitidos. A Ecclesia foi ao encontro de Manuel e Cristina Arouca e aqui partilha os episódios de devoção mariana.
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Manuel Arouca visitou a sua terra natal e a igreja onde foi batizado, lá tinha uma imagem da Nossa Senhora de Fátima.
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Na Índia Cristina Arouca descobriu a história de um jardineiro que rezava para que Fátima fosse conhecida no mundo…
Um quadro de Salvador Dali sobre Nossa Senhora de Fátima e um testemunho de fé de um jovem com deficiência marcaram a memória do casal Arouca.
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Do outro lado do Mundo, no Hawai, Manuel Arouca descobriu uma Igreja em honra a Nossa Senhora de Fátima, num local onde já nem se fala português.
O italiano Padre Pio era devoto da Senhora de Fátima e Cristina Arouca foi surpreendida no hospital por ele fundado.
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Bento XVI ajudou-nos a repensar a pastoral |
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De 11 a 14 de maio de 2010, as dioceses do Lisboa, Leiria-Fátima e Porto tiveram o privilégio da visita do Papa Bento XVI, que, em Fátima, participou nas comemorações do 10.º aniversário da beatificação dos pastorinhos Jacinta e Francisco. A mensagem que deixou aos portugueses teve a marca da sua notável cultura teológica e do apurado sentido pastoral da sua missão petrina. Ao despedir-se, no Porto, manifestou-se satisfeito por ter cumprido o seu objetivo: “O meu desejo é que a minha visita se torne incentivo para um renovado impulso espiritual e apostólico”. Tinha sido isso que os bispos, pela voz do presidente da Conferência Episcopal, D. Jorge Ortiga, lhe tinha garantido: “Os bispos estão empenhados em ‘repensar’ uma pastoral voltada para os novos desafios que a mudança civilizacional nos proporciona. Desejamos caminhar para um novo estilo de vida”. Os destinatários da mensagem pontifícia não foram apenas os cristãos, mas, de certo modo, os portugueses em geral. Aos cristãos, acentuou, |
profeticamente, que a Igreja deve ter a centralidade em Jesus Cristo, que “não está a dois mil de distância, mas está realmente presente entre nós e dá-nos a Verdade, dá-nos a luz que nos faz viver e encontrar a estrada para o futuro”. A natureza e a missão da Igreja só se entendem, como Bento XVI, deixou bem claro, como Povo de Deus, razão para que haja “solidariedade profunda entre todos os membros do Corpo de Cristo” e abertura dócil ao Espírito Santo que gera novas primaveras para que desperte, “nos jovens e adultos, a alegria de serem cristãos”. Sonhou com as lideranças do laicado, sobretudo na pastoral social e caritativa, mas também deixou conselhos aos sacerdotes, religiosos, diáconos e seminaristas para que pratiquem, em Igreja, os imperativos da “corresponsabilidade” fraterna e renunciem ao “individualismo”. Sublinhou os apelos à oração, penitência e conversão, tão presentes na mensagem mariana de Fátima, para dizer, alto e bom som: “Iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída”. Frisou a natureza missionária da Igreja, bem como a sua perramente |
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disponibilidade para o diálogo, para que cumpra a sua missão espiritual e cultural, interpretando os desafios e as interpelações dos novos sinais dos tempos. No contexto espiritual e cultural, convidou os representantes da cultura portuguesa com quem se encontrou, |
em Lisboa, deste modo interpelativo: “Fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza”. Benditas palavras, tão atuais!
Rui Osório Jornalista e pároco da Foz do Douro |
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Santuário de Fátima online |
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http://www.santuario-fatima.pt/
Ao iniciarmos o mês de Maio não poderia deixar de sugerir a visita a um sítio que estivesse relacionado com a mãe de Jesus e mãe da Igreja. Assim sendo, esta semana apresento o sítio oficial de um dos maiores santuários marianos, o Santuário de Fátima. Na página de entrada acedemos, como é hábito em qualquer portal, às notícias e destaques mais actualizados. Além disso, o menu lateral poderá proporcionar ao visitante uma vasta e alargada experiência de conhecimento e interiorização do trabalho enorme que vai sendo realizado naquele extraordinário santuário. Pois bem, iremos então percorrer algumas dessas escolhas que estão disponíveis. Na opção “História” acedemos a toda a componente relacionada com a história das aparições, desde as memórias da irmã Lúcia, passando naturalmente pelo processo de beatificação e demais registos históricos. Este é de facto, um espaço importante para quem quiser ficar
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a conhecer com rigor um pouco de história. De seguida, propomos um dos mais importantes itens - o da “Mensagem de Fátima”. Digo mais importante porque certamente muitos de nós vamos a Fátima mas pouco conhecemos na realidade qual é a sua mensagem - “A Mensagem de Fátima é um convite e uma escola de salvação”, fica o desafio. Mais abaixo, na opção “Locais e Monumentos” acedemos aos monumentos que estão dentro do santuário (capelinha, capela lausperene, basílica, órgão, azinheira, etc.) bem como aos locais à volta do mesmo. No item “Peregrinos a pé”, obtemos informações importantes acerca de como se deve peregrinar em segurança. Iniciando com a devida preparação, apresentando as etapas necessárias para que esta jornada de fé ocorra sem nenhum precalço e com a verdadeira devoção e espíritualidade. Em “arquivos multimédia” podemos aceder a uma quantidade enorme |
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de fotografias e vídeos dos diversos acontecimentos que vão ocorrendo ao longo dos tempos e ainda o registo áudio das principais canções marianas. Por último em “transmissões online”, somos presenteados com uma fabulosa oferta. A qualquer hora nos podemos ligar à capelinha das |
Aparições e estarmos assim ligados a esse espaço mágico, assistindo às celebrações que ocorrem diariamente. Fica aqui então a sugestão para prepararmos melhor este mês e ficarmos assim a conhecer um pouco melhor um dos mais importantes santuários marianos. Fernando Cassola Marques |
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A Gramática da Fé Cristã |
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Autor: Domingos Terra Área: Teologia Coleção: Investigação Ano: 2015 Págs.: 144 ISBN: 9789725404461 Universidade Católica Editora |
Fala-se muito da fé cristã como conteúdo de doutrina. Mas não se pode esquecer que ela é também uma atividade. São dois aspetos que integram a estrutura da referida fé. Esta apresenta-se como um todo coeso que inclui conteúdo e ato. É neste segundo aspeto que se centra o livro que agora se publica. Com o pluralismo das nossas sociedades modernas, a fé cristã está sujeita a confusões. Podem juntar-se elementos que não lhe pertencem àqueles que efetivamente são seus. Daí a preocupação de vincar o que é próprio da fé cristã. Conhecer bem a doutrina não chega. Tem de se saber como essa fé funciona. É preciso clareza quanto à prática que a caracteriza. É neste sentido que se fala na “gramática da fé cristã”.
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Whatsapp, grupo para Pais! |
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No próximo dia 17 de maio a Igreja celebra o 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais: Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor, é o tema da segunda mensagem do Papa Francisco. Para o Papa a comunicação enquanto descoberta e construção de proximidade deve reduzir as distâncias, saindo mutuamente ao encontro e acolhendo-se, é motivo de gratidão e alegria. Francisco tem bem presente que os meios mais modernos de hoje, irrenunciáveis sobretudo para os mais jovens, tanto podem dificultar como ajudar a comunicação em família e entre as famílias. Os meios que hoje dispomos podem favorecer a comunicação em e entre famílias, se partilham afetos, se ajudam a narrar e compartilhar, a permanecer em contacto com os de longe, a agradecer e pedir perdão, a tornar possível sem cessar o encontro. O grande desafio que os meios de comunição nos apresentam é aprender de novo a narrar, é valorizar o contacto humano face ao contacto digital que hoje parece estar a dominar a vida das pessoas. Francisco reforça que a família mais bela, protagonista e não problema, |
é aquela que, partindo do testemunho, sabe comunicar a beleza e a riqueza do relacionamento entre o homem e a mulher, entre pais e filhos. Vivemos tempos extraordinários. Para situações extraordinárias, soluções extraordinárias. Com frequência ouvimos que os pais acompanham pouco o crescimento da fé dos seus filhos. Pais pouco presentes, pouco interventivos. O papa reconforta-nos e desafia-nos na sua mensagem: não lutemos para defender o passado, mas trabalhemos com paciência e confiança, em todos os ambientes onde diariamente nos encontramos, para construir o futuro.
Feita a introdução, hoje partilho uma ideia, que possivelmente já é usada por vários agentes pastorais, criar um Grupo de WhatsApp de pais. O WhatsApp é uma aplicação de uso fácil, gratuito, e que permite um grande engagement dos pais - criar relações, criar laços. A aplicação permite-nos enviar imagens, vídeos, notas de voz e texto. Tudo de forma imediata, rápida, em segundos. Supõe-se que os pais tenham instalado a aplicação e que tenham acesso à internet.
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Operacionalização. Alguns pontos que são importantes para que o grupo funcione como um facilitador da nossa ação e não como mais um trabalho acrescido.
1. Nome: numa primeira reunião de pais, por exemplo reunião de início de ano, recolhemos os números dos pais e anunciamos a criação do grupo. É importante o nome do grupo seja curto, de fácil leitura e que resuma o grupo.
2. Finalidade do grupo: informar os pais que o grupo tem como objetivo ser um meio de informação. A informação será, preferencialmente, unidirecional, isto é, o animador do grupo é quem enviará a informação e os pais serão os receptores. Este ponto tem que ficar claro: sendo um grupo grande será difícil gerir as petições dos pais a título individual. É fundamental atender ao número de intervenientes. Um pai por cada membro é o indicado. Poderá ser estipulada uma hora do dia em que o animador enviará informação.
3. Vantagens: este grupo permite-nos poupar imenso tempo em telefonemas. A informação |
é em tempo real. Há uma maior responsabilização dos pais para toda a dinâmica do grupo. Os pais assumem um papel ativo, interventivo e de acompanhamento do próprio filho.
4. Comunicação: Texto: notificações de celebrações, avisos/agendamento de reuniões, recordação de materiais. Imagens: o animador poderá enviar fotografias de dinâmica do grupo, de dinâmicas a desenvolver em família. Vídeo: algum vídeo que tenha sido usado na sessão e que gostariamos de partilhar com os pais.
5. Desvantagens: estando bem definido o objetivo do grupo, penso que serão quase nulas.
Claro que o grupo não substitui o contacto pessoal com os pais, mas que poderá agilizar e facilitar muito do nosso trabalho como animador, não tenho a menor dúvida. “Que seria da vida se não tivéssemos o valor de tentar algo novo?” Vincent Van Gogh. Experimenta e logo verás.
Bento Oliveira http://www.imissio.net |
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II Concílio do Vaticano: «Bispo das favelas» a caminho dos altares |
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A presença e participação de D. Hélder da Câmara no II Concílio do Vaticano (1962-65) foram fundamentais para que a primavera sonhada pelo Papa João XXIII tivesse sucesso. O arcebispo de Olinda e Recife (Brasil) foi uma das mais notáveis figuras do concílio. A sua modéstia leva-o a “não intervir na aula conciliar”, mas a sua “irradiação foi imensa”. D. Hélder Pessoa Câmara OFS (Fortaleza, 7 de fevereiro de 1909 — Recife, 27 de agosto de 1999) foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro. Pregava uma Igreja simples, voltada para os pobres e a não-violência. Pela sua atuação, recebeu diversos prémios nacionais e internacionais e foi indicado quatro vezes para o Prémio Nobel da Paz. Na obra «O Diário do Concílio – Volume 2» de Henri Fesquet lê-se que o bispo brasileiro era conhecido em Roma como o pastor dos pobres e que tinha colocado “o seu paço episcopal à disposição deles e eles sentem-se como em sua casa”. Era notório e visível que o Papa Paulo VI (agora beato) tinha “uma particular estima” por D. Hélder da Câmara e chegou mesmo a confessar-lhe “toda a influência que ele exercia sobre si mesmo” (Obra citada na página 325). A diocese de Olinda (Brasil) abriu a 3 deste mês a fase diocesana do processo para a beatificação e canonização deste bispo brasileiro que defendeu os pobres durante toda a sua vida. Combateu incessantemente o drama
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da miséria das favelas, o que lhe valeu o cognome de «Bispo das Favelas». Quando hoje se fala tanto na reforma da Cúria Romana convém recordar o que pensava o bispo dos pobres sobre esta temática. Em relação ao Senado, D. Hélder da Câmara defendia que devia ser composto por cardeais, patriarcas e de um bispo eleito por cada uma das conferências episcopais com duração de dez anos. Este Senado estaria “encarregado da eleição do Papa e colaboraria no programa dos concílios futuros, que poderiam realizar-se todos os dez anos (justamente o equivalente a um |
século de outrora, dada a aceleração da história)”. O atual bispo de Olinda e Recife, D. António Fernando Saburido recorda que a 25 de fevereiro deste ano, a Congregação para a Causa dos Santos autorizou a abertura oficial do processo de D. Hélder da Câmara, atualmente designado servo de Deus. Ao olharmos para o quadro atual, será que D. Hélder da Câmara não foi um visionário? Captou, logo no início, os alicerces do II Concílio do Vaticano e, através da sua antena profética, dava voz aos oprimidos e criticava os homens prisioneiros do passado. |
Maio 2015 |
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Dia 08 de maio* Faro - Instituto da Juventude - Conferência sobre «O Papel dos Cristãos na Europa de Hoje» promovida pela equipa do Juntos pela Europa do Algarve.
Dia 09 de maio* Porto - Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos - Reunião nacional da Associação de Médicos Católicos sobre «O médico e o doente - uma relação secular»
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* Lisboa - Torres Vedras (Externato de Penafirme) - Festa da Vida 2015 que tem como tema «Eu sou uma missão»
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* Lisboa - Igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora - Concerto celebrativo dos 250 anos do órgão do Mosteiro de São Vicente de Fora com a organista francesa Sylvie Perez.
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* Vaticano - Papa Francisco recebe presidente da República de Cuba, Raúl Castro
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«D. António Ferreira Gomes: Um Bispo entre dois regimes» é o tema do colóquio que vai evocar o exemplo de vida e o homem de Igreja que foi o antigo bispo do Porto. No dia 8, pelas 21:30, a biblioteca municipal de Penafiel, acolhe esta iniciativa que conta com a intervenção de José Alberto Ferreira Gomes, presidente da Fundação SPES; Jorge Cunha, professor de Teologia Moral, e Augusto Lopes Cardoso, antigo Bastonário da Ordem dos Advogados. No colóquio estarão também presentes o Bispo do Porto, D. António Francisco Santos; o Bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins e o presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Antonino de Sousa.
«Unidos a Deus, ouvimos um clamor - A alegria da missão na Escola» Este o tema do Fórum EMRC 2015, que decorre em Fátima de 8 a 10 de Maio. Dirigido aos docentes de EMRC, conta com a apresentação dos "Novos Manuais" que se inserem na "renovação fomentada pelo Programa de EMRC, edição 2014". O Fórum vai realizar-se no Centro Pastoral Paulo VI e propõe refletir acerca do papel da Escola na promoção da dignidade humana, tendo em atenção especial os mais desprotegidos.
«Vida com dignidade - opção pelos mais fracos» é o tema que preside à Semana da Vida que decorre de 10 de a 17 de Maio.
O Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, preside, nos dias 12 e 13 de Maio, à peregrinação internacional aniversária no Santuário de Fátima. «Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores» é a frase inspiradora das celebrações.
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Devemos ser todos Santos?
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Programação religiosa nos media |
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Antena 1, 8h00 RTP1, 10h00 Transmissão da missa dominical
11h00 - Transmissão missa
12h15 - Oitavo Dia
Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã; 12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida. |
RTP2, 11h30Domingo, dia 10 - Terra Santa.
RTP2, 15h30 Segunda-feira, dia 11 - Entrevista Terça- feira, dia 12 - Informação e entrevista a Jaime Bacharel, sobre a comunidade de Taizé; Quarta-feira, dia 13 - informação e entrevista com Manuel Arouca sobre Fátima no mundo;
quinta-feira, dia 14 - informação e entrevista com Filipe Avillez sobre a Vida Consagrada
Antena 1 Domingo, dia 10 de maio - 06h00 - A comunidade ecuménica de Taizé: simplicidade, acolhimento e compromisso
Segunda a sexta-feira, 11 a 15 de maio - 22h45 - Devoção Mariana com o casal Arouca (dia 11); Olhares sobre Fátima com Tiago Azevedo Mendes e Cónego António Rego (dia 12 e 13); Semana da Vida (dia 14) e Comentário à Mensagem para o dia das Comunicações Sociais com o padre João Aguiar (dia 15) |
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Ano B – 6.º Domingo da Páscoa |
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Deus ama-nos! Amemo-nos! |
Contemplar e acolher o amor de Deus manifestado na pessoa de Jesus e testemunhado na vida dos discípulos é o convite principal da liturgia da Palavra deste 6.º Domingo da Páscoa. Na Primeira Carta de São João encontra-se uma das mais profundas e completas definições de Deus: “Deus é amor”. João convida-nos a contemplar Jesus e a tirar conclusões sobre o amor de Deus; convida-nos, também, a reparar nessas mil e uma pequenas coisas que trazem à nossa existência momentos únicos de alegria, de felicidade e de paz, e a perceber nelas sinais concretos do amor de Deus, da sua presença ao nosso lado, da sua preocupação connosco. A certeza de que Deus é amor e que Ele nos ama com um amor sem limites é o melhor caminho para derrubar as barreiras de indiferença, de egoísmo, de autossuficiência, de orgulho que tantas vezes nos impedem de viver em comunhão com Deus. Se somos filhos desse Deus que é amor, amemo-nos uns aos outros com um amor igual ao de Deus, amor incondicional, gratuito, desinteressado. Não podemos passar a vida a olhar para o céu, ignorando as dores, as necessidades e as lutas dos irmãos que caminham pela vida ao nosso lado. Também não podemos fechar-nos no egoísmo e comodismo, ignorando os dramas dos pobres, dos oprimidos, dos marginalizados. Não podemos igualmente ser seletivos e amar só alguns, excluindo os outros. A vida de Deus que enche os nossos corações de crentes deve manifestar-se em gestos concretos de solidariedade, de serviço, de dom, em benefício de todos os irmãos. |
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Vemos que nos nove versículos do Evangelho de São João deste domingo, as palavras “amar”, “amor”, “amigo” aparecem doze vezes. Jesus faz depender tudo de uma fonte primeira: “assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor”.
Falando do amor de Deus, facilmente podemos cometer o erro de transpor para Deus a nossa maneira humana de amar. O amor que conhecemos implica sempre uma reciprocidade: ser amado para amar, receber para dar. Imaginamos então que o amor de Deus por nós depende da nossa maneira de o receber e de lhe responder. |
Ao agir deste modo, esquecemos a palavra de São João: “não fomos nós que amámos Deus, foi Ele que primeiro nos amou”. O amor de Deus por nós existe antes de nós. Podemos recusar este amor, mas Deus nunca deixará de nos amar. Nunca poderemos esgotar o seu amor. Somente deixando-nos amar por Ele, chegaremos, pouco a pouco, a amar como Ele nos ama. Deus derrama o seu amor nos nossos corações. Continuemos a contemplar e a acolher esse amor para sermos fecundos no amor para com os irmãos.
Manuel Barbosa, scj www.dehonianos.pt |
O que diz um casal aos consagrados |
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Subvertendo um pouco o que me foi pedido – o testemunho de uma mãe – optamos por dar o nosso testemunho enquanto família, em casal, porque entendemos que só se o casal viver a sua vocação matrimonial é que a família pode ser lugar de abertura à vocação. Temos três rapazes e para eles queremos o que todos os pais querem – que sejam felizes. Para sermos felizes, temos de nos conhecer e situar. Tentámos proporcionar-lhes esse caminho. Continuamos a tentar fazê-lo, porque ser mãe e pai não se esgota com a maioridade dos filhos. Se somos pais por vocação, somo-lo para sempre e isso permite-nos agora o privilégio de poder contar na nossa pequena tribo com três raparigas fantásticas. Cometemos muitos erros na educação e no acompanhamento dos nossos filhos. Não somos – nem queremos ser – uma família modelo. Na nossa fragilidade, pedimos ajuda ao Espírito Santo, rezando sempre que possível em conjunto. Tentamos sempre integrar-nos na nossa comunidade, porque entendemos a família, a paróquia, a diocese como formas |
de estar em Igreja. Procurámos formar para o espírito crítico e para a autonomia. Tentámos nunca coartar as escolhas dos nossos filhos, mas apresentar-lhes em igualdade de circunstâncias vários caminhos de vida e várias opções profissionais, desde que vividas numa atitude de disponibilidade e serviço, que traz por acréscimo a felicidade. Pareceu-nos que essa seria a forma de responder ativamente à vocação de batizados. As escolhas deles foram muito diversas – engenharia, desporto e música – mas o processo não foi linear – se fosse linear não era um processo verdadeiro. Nas hipóteses de caminho, tentámos propor a consagração como possibilidade. Quando os nossos filhos fizeram orientação vocacional na escola pública que frequentavam, era pedido aos pais que preenchessem um inquérito sobre expetativas e, pelo menos num dos casos, a psicóloga ficou surpreendida porque referimos o sacerdócio como um caminho possível. Dois deles pensaram nessa hipótese e conversaram connosco sobre o assunto. Um referiu o celibato obrigatório como impedimento; quanto ao outro, os padres |
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conhecidos não lhe transmitiam uma imagem de realização pessoal e de felicidade . Esperamos que os nossos filhos continuem a sua caminhada de cristãos ativos e felizes, vivendo conscientemente a sua condição de batizados e a vocação a que foram chamados, que passará pelo Matrimónio. Acreditamos que Deus nos dá capacidade para continuar a acompanhá-los e ajudá-los no caminho escolhido. Quer no acompanhamento do processo vocacional dos filhos, quer no nosso trabalho em Igreja, temos vindo a perceber a importância de todos trabalharmos para e pelo Reino de Deus com uma visão abrangente, mesmo quando integrados num movimento, numa congregação, |
num instituto, num organismo paroquial. Temos por vezes a impressão de que cada uma destas estruturas está mais preocupada com a sua sobrevivência do que com a forma de estar ao serviço da Igreja apoiando os jovens num discernimento vocacional que os ajude a encontrar o caminho que Deus lhes propõe. Sentimos também que a prática da pastoral vocacional de muitos agentes – e mesmo alguma linguagem institucional – ainda se foca apenas nas vocações consagradas, negligenciando a formação para a vocação matrimonial, a propor em articulação com a pastoral familiar. Pensamos que as famílias felizes são condição necessária para que haja consagrados felizes. Maria Artur e Ângelo Soares |
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Filhas da Caridade |
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A Companhia das Filhas da Caridade, congregação religiosa ao serviço dos mais carenciados nos cinco continentes, e em 94 países incluindo Portugal, reúne-se em assembleia geral entre 5 de maio e 12 de junho. Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, as irmãs adiantam que o encontro tem lugar em Paris, França, onde está situada a casa-mãe das Filhas da Caridade, e que na ordem de trabalhos estará a eleição de uma nova “superiora geral”. No decurso dos trabalhos, a Ordem feminina vai também “avaliar” o modo como poderá continuar a “promover a fidelidade” ao seu
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carisma próprio e a reforçar “a vitalidade apostólica de toda a Companhia”. Sob o tema “A audácia da Caridade para um novo impulso missionário”, o encontro de Paris vai permitir definir novas formas de “responder aos apelos” daqueles que hoje “sofrem com o escândalo da pobreza e das escravidões modernas: os refugiados, marginalizados, as vítimas do tráfico”, entre outros desafios. Fundadas por São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac, as Filhas da Caridade contam atualmente com cerca de 16 mil religiosas espalhadas pelo mundo. |
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Doçaria alentejana
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Para além dos bolos secos de padaria, que se cozem no mesmo forno onde se faz o pão, encontramos em todo o Alentejo os nogados e os filhós, os bolos fintos e os folares da Páscoa, as azevias natalícias com recheios de gila ou de grão. Entre muitos outros, ligados a fortes tradições locais. Uma parte substancial dos bolos e doces de maior reputação no Alentejo são de origem conventual. Os ingredientes que fazem estas delícias são simples de encontrar: açúcar, ovos (muitos ovos), pão, leite, queijo, requeijão, canela, amêndoa, gila e pouco mais. Qualquer pessoa pode pegar numa receita e tentar. Fazê-los com excelência já não será para todos, porque os segredos têm sido guardados e passados, ciosamente, de geração em geração. E o doce, como o salgado, também exige a tal "mão”. |
Só para ficar com um cheirinho do muito que a Região tem para oferecer no capítulo dos doces, tome nota e experimente provar: em Castelo de Vide, boleimas de maçã; em Elvas, sericaia com ameixas; em Portalegre, rebuçados de ovos e pastéis de Santa Clara; em Borba, doce dourado; em Arraiolos, pastéis de toucinho; em Mora, queijinhos do céu; em Évora, morgado e pão de rala; em Mourão, encharcada e bolo rançoso; em Alcáçovas, Conde das Alcáçovas; em Beja, porquinho doce e queijo conventual; em Serpa, queijadas de requeijão; em Almodôvar, bolo chibo; em Alcácer do Sal, pinhoadas; em Grândola, bolo de torresmos; em Santiago do Cacém, alcomonias; em Sines, areias e vasquinhos.
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Desafio das famílias é criar vínculos |
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O jornalista Paulo Nogueira, da SIC, disse que a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2015 desafia os membros das famílias a ser uma “presença que cria vínculos”. “A família é uma rede que comunica entre si, que vivencia momentos ao longo da sua história”, sustentou, durante o encontro promovido com jornalistas pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja (SNCS) para um debate sobre a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2015. Comentando uma mensagem “muito rica”, o jornalista falou da sua experiência pessoal no casamento e como pai de três filhas, recordando que “em termos de comunicação, muita coisa mudou”. “As palavras do Papa têm aplicação na vida concreta das famílias, que têm dificuldades em gerir a comunicação e a educação num mundo que dá aos filhos muitos pontos de fuga”, explicou. Nesse contexto, alertou para a possibilidade de se seguirem “caminhos isolados, estanques”, pelo que se exige um “choque” no seio |
das famílias, para que todos se apercebam da “existência” dos outros. “A família será um espaço de comunicação na medida em que for um espaço de regras, de educação e de respeito”, precisou. Paulo Nogueira defendeu a valorização do “contacto humano” face ao “contacto virtual” que hoje parece estar a dominar a vida das pessoas. “O vínculo pressupõe uma presença”, insistiu, e o “ser humano não vive sem se vincular a alguma coisa”. A intervenção sublinhou a importância das famílias para “quebrar a espiral do egoísmo e do individualismo” e promover a “multiplicação de afetos”. “A família é um meio fortíssimo de comunicação, de amor, de ensinamentos, de experiências, que tem de ter regras, valores”, assinalou Paulo Nogueira. O jornalista aludiu ao “contrassenso” de as pessoas estarem cada vez mais “isoladas, mais sozinhos, mais infelizes” no “século da comunicação”. Após a intervenção, seguiu-se um momento de diálogo com a assistência, em particular no que diz respeito à relação entre televisão, |
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família e informação. “Na televisão não se fala da família, mostramos famílias”, sustentou o jornalista da SIC. A iniciativa contou com a presença do presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Pio Alves, e os três vogais deste organismo, partindo do tema escolhido por |
Francisco, ‘Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor’. O Dia Mundial das Comunicações Sociais, única celebração do género estabelecida pelo Concílio Vaticano II (decreto ‘Inter Mirifica’, 1963), é celebrado no domingo que antecede o Pentecostes (17 de maio, em 2015). |
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Síria: Jean-Clement, o bispo que não se consegue reformarUm milagre em Aleppo |
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Todos os dias acontece o improvável numa das cidades mais flageladas pela guerra na Síria. Milhares de pessoas recebem das mãos de Jean-Clement um saco com pão, azeite, arroz, açúcar… E um sorriso. Todos os dias acontece um milagre nas ruas de Aleppo Tem 70 anos, chama-se Jean-Clement Jeanbart, é Arcebispo de Aleppo e provavelmente nunca falou tão intensamente da sua vida em Igreja como agora. Aleppo é uma cidade ferida. A guerra civil chegou há quatro anos e deixou um rasto de destruição impressionante. Os que sobreviveram arrastam-se pelas ruas manchadas de sangue. Procuram comida, água. Procuram chegar vivos a outro dia. Aleppo é uma cidade marcada pela morte. Para Jean-Clement todos os que habitam nela são o seu povo. Quando alguém se aproxima deste bispo é sempre acolhido com um sorriso. Aí acontece um milagre. Apesar dos dias de tumulto, é possível haver alguma esperança. Quem chega junto de Jean-Clement é acolhido, abraçado. E o milagre é esse. Como um simples sorriso transforma |
tanto em tempos de guerra… Não importa o nome, a religião, de onde se vem. Em que trincheiras se andou a lutar. Não há dia em que alguém não lhe implore ajuda. Não há dia em que alguém não lhe peça o impossível. Aleppo é uma cidade derrotada. Há lágrimas em todas as esquinas, em todos os olhares, em todas as conversas. Quando Jean-Clement sorri para alguém em Aleppo, acontece um pequeno milagre. Há sempre um horizonte de paz, uma expectativa de vida para lá do cheiro da pólvora, do sangue, do horror |
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da morte. Não é possível Jean-Clement reformar-se aos 70 anos em Aleppo. Há tanta coisa para fazer. Tanta gente para acudir. Jean-Clement sorri. “Sabem? Sinto-me como se tivesse 45 anos.” Um cristão não se reforma, mesmo quando é difícil ultrapassar tanta dor. Nem parece um bispo. Dir-se-ia apenas uma criança, não fossem os seus cabelos bancos. Tem a energia de um jovem, mas conhece a vida como um adulto. Todos os dias ajuda na distribuição do pão. É duplamente simbólico. O pão da padaria mistura-se com o pão eucarístico. É sempre pão que mata a fome. São 1400 famílias. Pão, azeite, açúcar, arroz, manteiga, chá. Nem todos os dias há todas as coisas para distribuir. Os preços são altíssimos, a inflação ronda |
os 200%. Não há dinheiro que resista.
A guerra civil na Síria ceifou a vida de mais de 200 mil pessoas. Em Aleppo, o Bispo não tem mãos a medir. O seu rebanho é composto por homens, mulheres e crianças. São pessoas que dependem totalmente da sua ajuda. Muitos são cristãos. Todos têm fome e medo. Todos procuram sobreviver. Todos dependem da Igreja, ou seja: dependem de Jean-Clement, que, por sua vez, depende da ajuda da Fundação AIS.
Dito de outra forma, há milhares de pessoas que dependem dos benfeitores da Ajuda à Igreja que Sofre. Todos os dias há milhares de pessoas que dependem de si. Em Aleppo.
Paulo Aido | www.fundacao-ais.pt |
Desenvolvimento organizado |
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Tony Neves |
Diz-nos a Doutrina Social da Igreja que o desenvolvimento é o nome novo da Paz. E sabemos todos que a Paz é um dos valores do Reino de Deus, uma das suas características fundamentais. Vem isto a propósito da celebração dos 30 anos da fundação da Plataforma Portuguesa das Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento. A cooperação feita a partir de Portugal conta com o compromisso efectivo de muitas dezenas de Organizações, algumas delas ligadas à Igreja católica. As que são reconhecidas pelo governo chamam-se ONGDs, ou seja, organizações não Governamentais para o Desenvolvimento. Como a missão é semelhante e vivem problemas parecidos, sentiu-se a necessidade de congregação de esforços e, com essa finalidade, nasceu há 30 anos a Plataforma portuguesa das ONGDs. Fui coordenador de projetos, durante 15 anos, da ONGD ‘Sol Sem Fronteiras, fundada pelos Jovens Sem Fronteiras em 1993. É um desafio de enorme responsabilidade social pela solidariedade que traduz e pelo desenvolvimento sustentável e sustentado que promove. Constroem-se escolas, dispensários, lares, poços, enviam-se professores, médicos, enfermeiros, técnicos de muitas artes e ofícios. Organizam-se missões com jovens e menos jovens para formação e implementação de projetos. Tudo e sempre em nome do respeito pela dignidade e pelos direitos humanos, com a certeza de que os mais pobres e excluídos das sociedades |
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têm vez e voz e nunca devem ser abandonados à sua má sorte. É uma alegria enorme poder dar uma colaboração, mesmo que pequenina, para a melhoria das condições de vida de pessoas pobres, em áreas geográficas marcadas por grandes injustiças. As ONGDs jogam aqui um papel decisivo. É tão bom fazer projetos, lançar campanhas, mobilizar pessoas e meios, implementar obras, promover formações de recursos humanos, ver as obras a crescer, |
participar nas festas de inauguração, acompanhar a concretização de projetos tão decisivos para o futuro destas gentes. Felicito a Plataforma portuguesa das ONGDs nestes trinta anos de vida a gerar comunhão. Espero que cada um dos seus membros faça o seu melhor para a construção de um mundo cada mais solidário, fraterno e humano. Sempre no respeito pelas pessoas e seus direitos e numa perspetiva ecológica.
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“Pode ouvir o programa Luso Fonias na rádio SIM, sábados às 14h00, ou em www.fecongd.org. O programa Luso Fonias é produzido pela FEC – Fundação Fé e Cooperação, ONGD da Conferência Episcopal Portuguesa.”
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