04 - Editorial:

   Paulo Rocha

06 - Foto da semana

07 - Citações

08 - Nacional

14 - Internacional

20 - Opinião:
    D. Manuel Linda

22 - Semana de..

    Luís Filipe Santos

24 - Dossier

   Assembleia Plenária da CEP
 
 
 

46 - Multimédia

48- Estante

50 - Concílio Vaticano II

52- Agenda

54 - Por estes dias

56 - Programação Religiosa

57- Minuto Positivo

58 - Liturgia

60 - Ano da Vida Consagrada

62 - Fundação AIS

64 - Lusofonias

Foto da capa: D. R.

Foto da contracapa:  Agência ECCLESIA

 

 


AGÊNCIA ECCLESIA 
Diretor: Paulo Rocha  | Chefe de Redação: Octávio Carmo
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Opinião

 

 

 

 

 

XVII

Fórum Ecuménico Jovem 

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Vaticano: Reforma em curso vai continuar

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Assembleia plenária do episcopado de Portugal 

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D. Manuel Linda| Paulo Rocha

Luís Filipe Santos | Manuel Barbosa Paulo Aido | Tony Neves

Fernando Cassola Marques

 

Voto, disciplina e consciência

  Paulo Rocha   
  Agência ECCLESIA  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Votar é um ato livre, um direito e um dever, fundado no quadro normativo das democracias, por um lado, e, por outro, nas convicções pessoais de cada cidadão. Sinal expressivo da liberdade, o voto emerge nas sociedades contemporâneas com essa gestação, produtora por vezes de aparentes paradoxos quando negado um dos aspetos da “dupla paternidade”.

Sinal maior – e preocupante – do alheamento dos cidadãos da construção democrática está na abstenção, crescente de eleição para eleição, a traduzir sintomas de distanciamento entre eleitores e eleitos, a reivindicar a urgência da reconstrução da credibilidade do governo da “coisa pública”, tanto a nível local, como nacional ou continental.

Outro sinal, ainda mais relevante talvez, deveria emergir da ignorância das sociedades a respeito do papel determinante das instâncias internacionais quando em causa está a salvaguarda de um ambiente capaz de garantir a convivialidade 

 

 

 

 

entre povos e o diálogo entre nações. De facto, é alarmante a inconsequente atividade da ONU ou o desprezo com que indivíduos ou várias administrações públicas e privadas recebem diretivas globais sobre ecologia, alimentação, água, desenvolvimento, pobreza, armamento, indústrias, comunicações… Para estes e outros tantos setores há comissariados, institutos, secretariados e muitos mais burocratas que apenas conseguem alimentar quadros intermédios e superiores capazes de gerar remunerações compensatórias das hipocrisias do momento, da apatia com que se enfrentam as incapacidades de operacionalizar qualquer tentativa de gerar o bem comum.

 

 
Com as inegáveis fragilidades em torno das estruturas democráticas, regressemos ao voto e à fundamentação pessoal em que deveria ser considerado. Se o voto assenta na consciência e nas convicções pessoais, como é possível decretá-lo, impor uma disciplina no momento de votar?

A disciplina de voto é uma forma de totalitarismo, coloca interesses partidários, sistémicos, do aparelho, acima da liberdade da pessoa e do mandato dado pela sociedade para construir para uma democracia sadia.

O contexto atual pode induzir leituras das considerações passadas. Claro que se aplicam também ao momento presente, mas são sobretudo apensas quando em causa estão direitos, liberdades e garantias de todos os cidadãos, nomeadamente no momento em que uns são chamados a legislar para todos.

Constatar distanciamentos do voto por parte dos cidadãos e incluir a disciplina de voto num regime democrático faz pensar que a segunda é a causadora da primeira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A coligação PAF, dos partidos PSD/CDS-PP, que formavam o Governo português caiu depois de ter sido aprovada a moção de rejeição do PS, com o apoio do BE, PCP, PEV e PAN. 10 de novembro 2015

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"A migração é vista como uma oportunidade. Tudo indica que a esmagadora maioria destes migrantes votará nos partidos de esquerda assim que se tornarem cidadãos”, primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, à revista suíça Die Weltwoche, adianta Público, 12 nov 2015.

 

“Uma laicidade encarada positivamente não é o vazio das tradições religiosas, antes a sua composição harmónica”, disse o D. Manuel Clemente, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa sobre os feriados suspensos desde 2013, em Agência ECCLESIA, 12 nov 2015.

 

“Não conheço alguém que em privado defenda o regime angolano", escritor angolano José Eduardo Agualusa em entrevista Rádio Renascença, 11 nov, 2015.

 

“Há um grande consenso nacional de que Governo de gestão seria a pior das soluções para o país”, António Costa em entrevista à Revista Visão, 12 nov 2015

 

 

Despertar consciências para «danos morais e humanos» da desigualdade

A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) promoveu no sábado, dia 7 de novembro, em Lisboa uma conferência com o tema ‘Sociedade Desigual ou Sociedade Fraterna?’, alertando para a importância de colocar o combate às desigualdades nas prioridades políticas.

Pedro Vaz Patto, presidente da CNJP, recorda à Agência ECCLESIA que “são vários os estudos que revelam que a desigualdade se tem acentuado”, em Portugal e a nível mundial, pelo que é necessário perceber “até que ponto” essas desigualdades são compatíveis com “uma sociedade fraterna”.

 

 

“É preciso encarar o acentuar das desigualdades como algo a que há que pôr termo e inverter este ciclo”, acrescentou.

O responsável notou um “certo consenso” na última campanha eleitoral sobre a “injustiça” que estas desigualdades representam, esperando que as várias forças políticas se comprometam nesse campo.

A CNJP, organismo de leigos católicos ligado à Conferência Episcopal Portuguesa, convidou ainda Carlos Farinha Rodrigues, do ISEG, para abordar as “Desigualdades em Portugal”.

 


 

 

 

Médicos católicos assinalam
100 anos de Associação

O ministro da Saúde e o cardeal-patriarca de Lisboa sublinharam a importância da colaboração entre o Estado, misericórdias e ordens religiosas nos cuidados de saúde.

D. Manuel Clemente disse aos jornalistas, no âmbito das celebrações dos 100 anos da Associação de Médicos Católicos Portugueses (AMCP), que se assinalou no dia 7 de novembro, que é necessário respeitar o princípio da subsidiariedade, sem que a iniciativa estatal se sobreponha à da sociedade.

“Quando o espaço político olha para a sociedade portuguesa, encontra-a com muitas e boas realidades associativas, com provas dadas ao serviço das pessoas e do bem comum”, sustentou.

Já o ministro da Saúde, Fernando Leal Costa, recordou que em muitos casos as instituições católicas superam a “capacidade pública instalada” em termos de resposta aos doentes, particularmente na área da saúde mental.

A Associação dos Médicos Católicos 

 

 

assinalou os seus 100 anos de atividade em Portugal com um encontro, em Lisboa, denominado ‘Ser médico, ser católico: 100 anos! E agora?’.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o presidente da AMCP falou do centenário como uma oportunidade de “revitalização”, com a chegada de jovens médicos e estudantes, e de tomada de consciência das próprias responsabilidades no testemunho da fé.

“A primeira coisa que se pede a um médico católico é que seja exemplar, na relação com os doentes e na forma de estar na vida”, frisa Carlos Alberto da Rocha.

 

 

 

Ecumenismo: Castelo Branco celebrou festa inédita com jovens cristãos

A cidade de Castelo Branco recebeu pela primeira vez o Fórum Ecuménico Jovem (FEJ), iniciativa nascida em 1998, num encontro subordinado ao tema «Não vos conformeis… transformai-vos!?», com mais de duas centenas de participantes

D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco, disse à AgênciaECCLESIA que o encontro de sábado foi um momento “muito positivo” para o caminho de unidade entre os cristãos em Portugal. 

 

“Os jovens são aqueles capazes de superar preconceitos e derrubar muros, barreiras, se existem, porque têm essa disponibilidade interior para gerar amizade e contribuir para este caminho da unidade”, observou.

O padre Tony Neves, missionário espiritano ligado à dinamização do FEJ, sublinha o percurso feito há 17 anos, com a presença de elementos ligados à equipa ecuménica jovem nas várias iniciativas de diálogo que se promovem no país, ao logo do ano.

 

 

 

 

“Há um caminho que está cimentado”, assumiu. 

Para o sacerdote católica, a escolha de Castelo Branco foi uma “aposta ganha”.

“Queremos dar a conhecer este ideal e partilhá-lo com todos”, referiu.

O padre Rui Rodrigues, assistente do Secretariado da Pastoral Juvenil e Vocacional de Portalegre-Castelo Branco, realçou a importância de reunir jovens que “comungam o sentido cristão da própria vida”.

“Aqui vivemos a comunhão e percebemos como é que, em comunhão, apresentamos aquilo que somos”, disse.

Sérgio Alves, presbítero da Igreja Lusitana (Comunhão Anglicana), fala do FEJ como “uma excelente oportunidade para promover o ecumenismo”, com ideias de 

 

“trabalho em comum”.

“Precisamos de fazer a experiência ecuménica para depois nos comprometermos ecumenicamente”, precisou.

Afonso, membro da Igreja metodista, elogiou a oportunidade de poder refletir em conjunto a mensagem cristã, procurando promover um compromisso de mudança e de aproximação entre os jovens das várias Igrejas.

O FEJ propôs dez workshops com reflexões sobre respostas sociais, questões de ecologia e economia, visitas à cidade e um tempo de partilha sobre o sofrimento dos cristãos em diversas partes do mundo.

A iniciativa anual concluiu-se com uma celebração ecuménica de envio em missão para a terra de origem de cada um dos participantes.

 

 

 

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados emwww.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Campo Arqueológico de Mértola distinguido pelo Vaticano

 

 

 

Portugueses vendem castanhas em Paris para os magustos dos emigrantes

 

 

 

Angola: Bispos assinalaram 40 anos de independência do país

 

A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) assinalou os 40 anos de independência de Angola durante a assembleia plenária que terminou esta segunda-feira como “uma grande conquista do povo angolano”.

“A celebração dos 40 anos da nossa Independência é uma ocasião ímpar para uma reflexão profunda sobre o que devemos continuar a fazer para dignificar e honrar esta grande conquista do povo angolano e para fazer chegar os benefícios da Independência a todos os cidadãos”, escrevem os bispos da CEAST no comunicado final da assembleia plenária.

No documento, o episcopado encoraja os angolanos a “assumirem

 

comportamentos e atitudes nobres para que a construção da paz, da unidade e da reconciliação nacional seja sempre um compromisso assumido e renovado no nosso dia a dia”.

Na reunião, que decorreu entre os dias 4 e 10 de novembro, os bispos  aprovaram e publicaram uma “Nota Pastoral sobre os 40 anos de Independência da República de Angola”.

A assembleia plenária dos bispos de Angola e São Tomé elegeu D. Filomeno Vieira Dias, arcebispo de Luanda, para presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé.

 

 

 

Grupos de pressão económicos e culturais estão na «Europa contra a Europa»

A Comissão ‘Caritas in Veritate’ do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) alerta que a Europa não deve “esquecer a grandeza” dos recursos internos materiais e espirituais” num “momento histórico” com guerras, acolhimento dos refugiados e “pressões económicas”.

“Grupos de pressão económicos e culturais estão ativamente mobilizados na Europa contra a Europa. As instituições continentais estão a sofrer com a tensão entre as identidades dos povos e a dimensão da burocracia”, revela o comunicado do CCEE enviado hoje à Agência ECCLESIA.

A Comissão ‘Caritas in Veritate’ alerta que as “ideologias hoje” estão a tentar remover da Europa os seus 

 

valores e dividi-los em “apoiantes e opositores” de modelos “construídos não sobre a história comum da Europa, mas em teoria”.

A política de “indiferença religiosa” e a tentativa remeter as religiões do espaço público para a esfera privada coloca em “risco” a coexistência das religiões.

“O fenómeno religioso é apresentado como perigoso, a política rejeita-o”, acrescenta o comunicado , onde são apresentadas preocupações também com a defesa de uma “ecologia integral”, o combate aos “problemas” do emprego, a defesa dos direitos humanos, a paz, “um bem comum não apenas material, mas também espiritual”.

 

 

 

«Vatileaks»: Reforma em curso vai continuar, assegurou o Papa Francisco

O Papa reagiu às recentes polémicas sobre as atividades financeiras da Santa Sé, após a publicação de dois livros com documentos confidenciais do Vaticano, e disse que a “reforma” em curso vai continuar.

“Quero assegurar-vos que este triste facto não me desvia, certamente, do trabalho de reforma que estamos a levar por diante, com os meus colaboradores e com o apoio de todos vós”, disse, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus, no último domingo

Numa intervenção que foi acolhida com muitos aplausos pelos peregrinos, Francisco começou por reconhecer que muitas pessoas ficaram “perturbadas” com as notícias que circulam nos últimos dias “a propósito de documentos confidenciais da Santa Sé, que foram subtraídos e publicados”.

“Por isso, gostaria de dizer-vos, antes de mais, que roubar estes documentos é um crime, um ato deplorável que não ajuda”, lamentou.

Na segunda-feira, o Vaticano 

 

anunciou a detenção de monsenhor Lucio Angel Vallejo Balda e de Francesca Chaouqui, respetivamente secretário e membro da Comissão relativa ao estudo e orientação sobre a organização das estruturas económico-administrativas da Santa Sé (COSEA), instituída pelo Papa em julho de 2013 e posteriormente dissolvida, após cumprir o seu mandato.

O porta-voz do Vaticano confirmou depois que os dados revelados nos livros ‘Via Crucis’, de Gianluigi Nuzzi, e ‘Avarizia’, de Emiliano Fittipaldi, publicados na Itália, têm a sua origem na COSEA.

O Papa explicou hoje que foi ele próprio a “pedir que se fizesse este estudo” sobre a situação financeira e patrimonial das instituições da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano.

“Eu e os meus colaboradores conhecíamos bem estes documentos e foram tomadas medidas, que começaram a dar frutos, alguns dos quais visíveis”, assinalou Francisco.

A intervenção pediu a “oração” e o 

 

 

 


 

 

“apoio” de todos os católicos para as mudanças que estão a ser implementadas, que implicaram, entre outras medidas, auditorias externas às contas do Vaticano e a criação de uma Secretaria para a Economia na Santa Sé, para além da implementação de medidas de transparência financeira no Instituto para as Obras de Religião (IOR,  

 

conhecido popularmente como Banco do Vaticano).

Outra dos alvos, a Fundação ‘Bambino Gesù’, ligada ao hospital pediátrico da Santa Sé, operou esta semana uma mudança de fundo, com a primeira reunião do seu novo Conselho Diretivo, nomeado diretamente pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

 

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial internacional nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 


Papa visitou Florença

 

 

 

Estar à mesa agarrado ao telefone transforma o ambiente familiar numa «pensão» . Audiência do Papa Francisco (11.11.2015)

 

O peregrino

  D. Manuel Linda    
  Bispo das Forças Armadas

  e Segurança    

 

Recentemente, eventos protocolares têm-me colocado perante uma grada figura do meio universitário e cultural. Notei que a minha condição clerical gerou nele como que uma espécie de «atracção dos opostos», de tal forma que passou a procurar a minha companhia. Depois de sentir que tinha ganho a minha confiança, como que me exigiu que o escutasse na sua «confissão geral», não obstante o seu agnosticismo prático: que foi católico de fé pura e infantil e nisso sentia uma enorme felicidade; que, na adolescência, começou a duvidar e a contestar e «ninguém lhe deitou a mão»; que, mesmo assim, continuou a prática religiosa, de acordo com o desejo da mãe de ver nele um exemplo para os irmãos mais novos; que a vida académica o levou a sair de si e a «casar-se» com a ciência e o estudo; que nesse «matrimónio» Deus não tinha lugar; que, actualmente, dá consigo num processo de “experiência do umbral”, de regresso ao mundo da infância ou “peregrinação interior”, para usar o célebre título de Alçada Baptista; que…

Enquanto ia «ouvindo de confissão» este novo amigo, interrogava-me se esta história de vida não é o protótipo da real condição humana. É que, de facto, o homem é ser de saída e de regresso: saída da família para constituir família; fuga do silêncio para ansiar por ele; evasão da rotina para voltar continuamente a mais rotina; etc., etc. Tudo é «peregrinação» na sua vida.

Mas há peregrinações bem maiores. Tão grandes que tendemos a passar-lhes ao lado. Uma é a do

 

 

 

encontro e desencontro connosco mesmos: fugimos de nós próprios e das grandes questões da existência como o diabo da cruz. Somos piores que aquelas bolas saltadeiras que tanto tocam o chão como, acto contínuo, se elevam pelos ares, numa repetição assombrosa. E toda a vida fica resumida a oscilação entre extremos.

Entretanto, a maior peregrinação ainda é outra: é a da aproximação ou afastamento do Deus de quem vimos e para Quem vamos. Mesmo que o queiramos tirar do pensamento. Porque isto implica com o timbre da nossa existência: é aqui que, enquanto pessoa, nos compreendemos, pois sabemos bem que não somos mero produto de     

 

células, tecidos e órgãos, como nem sequer o simples resultado da nossa inteligência e projectos, sempre falíveis. Mas, na plenitude do nosso ser pessoal, somos aquele único ser que descobre o sentido da vida. Melhor: aquele a quem Deus revela o sentido da existência. Fora disto, ficam «estórias» de vida. E, por sinal, estórias bem curtas…
Este mês de Novembro é propício à compreensão destas peregrinações. Não o desaproveitemos.

 

 

Um lamaçal político
com «forças demoníacas»

  Luís Filipe Santos  
  Agência ECCLESIA   

 

Depois das primeiras chuvas outonais e das «forças demoníacas» que assolaram a região mais a sul do país, os portugueses receberam com aplausos uns dias de sol na época de São Martinho. Cá fora o sol raiava, misturado com o cheiro das castanhas assadas e dos petiscos próprios do tempo, todavia os «irrevogáveis» da democracia lusitana brindavam-nos com «bebedeiras» linguísticas e «ressacas» indigestas.

Depois de quatro anos cheios de primaveras austeras, os vencedores das eleições de outubro passado foram derrubados pelo diálogo do arco da esquerda portuguesa. As galochas do ministro e a expressão “Deus nem sempre é amigo” passaram para a história… As bancadas parlamentares são o centro do nosso pequeno mundo que vibra com os atores daquele teatro. Uns apupam… Outros batem palmas… Outros riem… E os lusos assistem ao espetáculo degradante daqueles demagogos que encarnam o papel de salvadores da pátria.

As eleições mostraram que os portugueses – excluindo os milhares que votaram com os pés (emigraram) – estão desligados da vida política. O número altíssimo da abstenção é sinónimo da falta de confiança naqueles que nos governam e colocaram o país neste estado lastimoso. Não se desculpem uns com os outros… Olhem para o futuro e digam a verdade aos portugueses. Falam como se fossemos ricos (temos os cofres cheios 

 

 

 

com muitos milhões), mas a realidade é bem diferente.

Logo após às eleições, o presidente da República disse que os cenários estavam todos previstos. Será que no campo hipotético se esqueceu que poderia haver um diálogo entre o PS, BE e PCP? Em que estado psicológico devem estar aqueles que colocaram a cruz no BE e no PCP, partidos de segunda?

A inesperada negociação de acordos à esquerda – 40 anos depois daquele célebre debate entre o Mário Soares e Álvaro Cunhal – mostrou, até ao momento, que o diálogo entre as pessoas é possível e os consensos também. Agora, falta o mais 

 

importante: Colocar em prática as medidas preconizadas sem afundar mais o poço público e as finanças dos cidadãos.

O presidente da República não esperava ter um final de mandato tão atribulado, mas ele tem a última palavra e compete-lhe desatar o nó que se instalou no campo da democracia lusitana. Qualquer que seja a posição tomada por Aníbal Cavaco Silva, quem nos governar não poderá ver apenas números… As pessoas e as suas realidades devem estar no topo das prioridades porque nenhum homem pode ser patriota de estômago vazio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assembleia plenária da

Conferência Episcopal Portuguesa.

Na 188ª reunião magna do 

episcopado de Portugal, 

a análsie à siatuação sociopolítica do país esteve em destaque com afirmações contra o "excesso de crispação" e pela opção que dê o "melhor para o país".

A visita "ad Limina", o Jubileu da Misericórdia, o centenário das aparições em Fátima e a formação na catequese foram outros temas em análise pelos bispos de Portugal

   

 

 

 

"Perigos, excessos, de particularismos exagerados, existem sempre de parte a parte, e nós queremos evitar isso apelando a uma visão mais alargada das questões, a uma maior serenidade nos debates, mas isso faz parte da nossa missão e fazemo-lo convictamente" (D. Manuel Clemente)

 

“O quadro constitucional dá orientações concretas para o que se deve fazer nestas situações e é isso mesmo que deve ser feito, com certeza, respeitando a consciência de cada um mas a consciência também obriga a valores comuns e que não podemos esquecer" (D. Manuel Clemente)

 

 

 

 

 

 

 

Perante o drama dos refugiados que fogem à guerra, à perseguição e à fome no Médio Oriente e no Norte de África, os Bispos de Portugal continuam em sintonia com os reiterados apelos do Papa Francisco e reafirmam o dever do acolhimento em nome das raízes humanas e cristãs da Europa. (…) Formulam também o desejo de que possam ser acolhidos dignamente antes do frio de inverno, acabando com a cena desumana destes novos pobres diante de muros de betão e de arame farpado. (Comunicado Final )

 

“Foi apresentado o ponto da situação do Observatório Social da Igreja, já com a identificação da grande maioria das organizações da ação social da Igreja. Esta Plataforma consiste num sistema de informação a desenvolver gradualmente, o qual permitirá um diagnóstico do país o mais atualizado possível sobre a oferta e a procura de serviços sociais por parte das organizações e da sua capacidade de resposta aos problemas.” (Comunicado Final )

 

 

 

 

 

Bispos pedem soluções políticas para Portugal «sem crispação excessiva»

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) abordou hoje em Fátima a situação política do país, apelando a um clima de "serenidade e de calma", para que não haja uma "crispação excessiva".

"Perigos, excessos, de particularismos exagerados, existem sempre de parte a parte, e nós queremos evitar isso apelando a uma visão mais alargada das questões, a uma maior serenidade nos debates, mas isso faz parte da nossa missão e fazemo-lo convictamente", apontou D. Manuel Clemente.

O também cardeal-patriarca de Lisboa abordou a queda do Governo e a consequente instabilidade política do país no final da assembleia plenária dos bispos portugueses, que decorreu entre segunda e esta quinta-feira em Fátima.

Para o responsável católico, o momento atual é sobretudo "de escolhas, de opções, de garantir o melhor futuro" para o país.

E nesse sentido, frisou D. Manuel Clemente, existem "princípios" que,

 

independentemente da opção política a tomar, não podem ficar de fora, como "a dignidade humana, o bem-comum, a solidariedade, e a subsidiariedade".

"O quadro constitucional dá orientações concretas para o que se deve fazer nestas situações e é isso mesmo que deve ser feito, com certeza, respeitando a consciência de cada um mas a consciência a valores comuns que não podemos esquecer", reforçou.

Sobre a decisão que está agora nas mãos do presidente da República, de legitimar um governo minoritário ou de dar posse a um novo governo liderado por António Costa, D. Manuel Clemente mostrou-se convicto de que Aníbal Cavaco Silva decidirá da forma "mais conscienciosa e responsável" possível.

O também presidente da CEP apontou ainda que toda esta questão carece ainda de um maior "esclarecimento, concretamente em termos de opinião pública".

Quanto ao maior peso que os 

 

 

 

 

 

partidos de esquerda vão ter na Assembleia da República, e as implicações que isso poderá ter para a aprovação de leis mais favoráveis ao aborto ou à adoção por casais do mesmo sexo, D. Manuel Clemente começou por lembrar que esta situação partiu de uma escolha democrática, nas urnas.

Depois, qualquer que sejam as decisões a tomar no futuro, a Igreja Católica não deixará de continuar 

 

"a apelar à consciência crente dos cidadãos, quer os diretamente envolvidos na atividade politica quer na opinião pública em geral".

"Continuaremos a dizer aquilo que sempre temos dito, porque a democracia é uma sociedade que cresce e evolui, tempos sucedem-se a tempos e as causas também têm o seu tempo, desde que não desistamos delas", concluiu.

 

 

Acolhimento aos refugiados tem de acontecer «antes do frio de inverno»

A Conferência Episcopal Portuguesa manifestou hoje preocupação “preocupação pelo atraso na recolocação dos 160 mil refugiados” e recomendam “maior celeridade” na concretização deste processo com o “desejo” que possam ser “acolhidos dignamente antes do frio de inverno”.

Os bispos de Portugal afirmam no comunicado final da assembleia plenária que hoje terminou, em Fátima que é necessário acabar com “a cena desumana destes novos pobres diante de muros de betão e de arame farpado”

A assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que iniciou esta segunda-feira, incluiu na agenda dos trabalhos o “drama dos refugiados que fogem à guerra, à 

 

perseguição e à fome no Médio Oriente e no Norte de África”, e os bispos reafirmam o “dever” do acolhimento “em nome das raízes humanas e cristãs da Europa” em sintonia com os reiterados apelos do Papa Francisco.

Neste contexto, “saúdam” as 

instituições portuguesas que estão preparadas para esta missão e “congratulam-se” pelas iniciativas da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR-Famílias).

O comunicado final da Assembleia Plenária da CEP recorda ainda que o contributo da operação ‘Dez milhões de Estrelas - um gesto pela Paz’ 2015, promovido pela Cáritas Portuguesa, vai ser canalizado para o programa ‘PAR-Linha da Frente’.

 

 

 

 

Igreja Católica é «parte interessada» no debate sobre o fim da suspensão dos feriados

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa afirmou hoje, em Fátima, que a Igreja Católica em Portugal é “parte interessada” no debate sobre a reposição dos feriados suspensos desde 2013.

Questionado pelos jornalistas no fim da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Manuel Clemente disse que “ainda não recebeu nenhuma sugestão” relativa ao fim da suspensão dos feriados e que, quando chegar, será analisada, embora a decisão resulte da negociação entre o Estado Português e a Santa Sé, uma vez que a determinação dos feriados decorre da Concordata entre os dois Estados.

Em junho de 2012 foi promulgado a terceira alteração ao Código do Trabalho que fala na “eliminação” de duas festividades católicas como feriados do calendário nacional, sem perspetivar o seu eventual regresso ao mesmo.

“A eliminação dos feriados de Corpo

 

 de Deus, de 5 de outubro, de 1 de novembro e de 1 de dezembro, resultante da alteração efetuada pela presente lei ao n.º 1 do artigo 234.º do Código do Trabalho, produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2013”, acrescenta o decreto n.º 50/XII.

Para D. Manuel Clemente, os feriados religiosos são expressão de valores e tradições que, para “considerável parte da população portuguesa”, se refere ao catolicismo.

 

 

188.ª Assembleia Plenária da CEP

Comunicado Final 

1. Os Bispos portugueses estiveram reunidos em Assembleia Plenária de 9 a 12 de novembro de 2015, em Fátima, com a presença do Núncio Apostólico, e com representantes da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) e da Conferência Nacional dos Institutos Seculares de Portugal (CNISP).

 

2. No discurso de abertura da Assembleia, o Presidente da CEP apresentou os pontos principais da agenda, sem esquecer o momento que vivemos como sociedade portuguesa, apelando sobretudo a que se dê atenção aos valores e causas essenciais da pessoa e da sociedade, na perspetiva da doutrina social da Igreja.

 

3. Os Bispos refletiram acerca do Relatório final da recente Assembleia Geral ordinária do Sínodo dos Bispos, sobre «a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo», e acolheram a partilha dos delegados da CEP, D. Manuel Clemente e D. Antonino Dias, quanto ao andamento dos trabalhos

 

 sinodais. A Assembleia tomou em consideração as orientações presentes nos documentos divulgados, enquanto se aguarda a prevista Exortação Apostólica do Papa Francisco na sequência do Sínodo.

 

4. Os Bispos debruçaram-se sobre a atual situação do país, desejando que tudo decorra no quadro constitucional, sem excessiva crispação sociopolítica, geradora de insegurança e desmotivação. Apelam à cultura de diálogo e de encontro no respeito recíproco, à informação verdadeira e transparente, à sobreposição dos interesses nacionais acima dos particulares, à dignificação da política, aos consensos nas questões fundamentais, à reconciliação e à paz na diversidade, em que todos os cidadãos se sintam responsáveis.

 

5. Na sequência da recente visita «ad limina» dos Bispos portugueses, a Assembleia refletiu longamente sobre algumas orientações pastorais, tendo em conta os encontros com o Papa Francisco, o discurso do Papa aos 

 

 

 

 

Bispos e os encontros nos vários organismos da Cúria Romana. Continuando o caminho de renovação pastoral da Igreja em Portugal, a Assembleia procurará formas concretas dessa renovação, particularmente numa mais cuidada atenção pastoral à família e à comunidade, e num percurso catequético e formativo de acompanhamento das crianças, adolescentes e jovens.

 

 

 

6. Perante o drama dos refugiados que fogem à guerra, à perseguição e à fome no Médio Oriente e no Norte de África, os Bispos de Portugal continuam em sintonia com os reiterados apelos do Papa Francisco e reafirmam o dever do acolhimento em nome das raízes humanas e cristãs da Europa. Neste contexto saúdam as instituições portuguesas que estão desde já preparadas para esta missão

 

 

 

e congratulam-se pelas iniciativas da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR-?Famílias), na qual se encontram muitas instituições da Igreja. Manifestam, contudo, a sua preocupação pelo atraso na recolocação dos 160 mil refugiados e recomendam às autoridades europeias e nacionais a maior celeridade na concretização deste processo. Formulam também o desejo de que possam ser acolhidos dignamente antes do frio de inverno, acabando com a cena desumana destes novos pobres diante de muros de betão e de arame farpado. Louvam ainda a solidariedade dos portugueses para com os refugiados que se encontram em campos no Líbano, através do programa “PAR-Linha da Frente”; para eles será canalizado o contributo da operação “Dez milhões de Estrelas - um gesto pela Paz” deste ano.

7. A Assembleia acolheu positivamente uma proposta de carta pastoral intitulada «Catequese: a alegria do encontro com Jesus Cristo». Dado o alcance do documento no contexto da realidade eclesial atual e tendo em conta as orientações do Papa Francisco 

 

aquando da «visita ad limina», os Bispos decidiram que essa reflexão prosseguisse em ritmo sinodal de auscultação junto dos organismos paroquiais e diocesanos, antes de ser retomada em próxima Assembleia Plenária.

 

8. A Assembleia partilhou iniciativas e sugestões para celebrar o Ano Santo da Misericórdia, tendo em conta, a nível de toda a Igreja, as propostas do Papa Francisco e do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova

 

 

 

 

Evangelização e, a nível particular, as atividades nas várias Dioceses portuguesas. Entre outros elementos, procurar-se-á uma maior atenção na celebração do sacramento da 

 

Reconciliação, na peregrinação sobretudo à Catedral, na valorização da partilha e solidariedade, nas práticas das obras de misericórdia e nas catequeses sobre a misericórdia nos tempos fortes da liturgia.

                                     

9. Foi apresentado o ponto da situação do Observatório Social da Igreja, já com a identificação da grande 

 

 

 

maioria das organizações da ação social da Igreja. Esta Plataforma consiste num sistema de informação a desenvolver gradualmente, o qual permitirá um diagnóstico do país o mais atualizado possível sobre a oferta e a procura de serviços sociais por parte das organizações e da sua capacidade de resposta aos problemas.

 

10. Estando a decorrer a Semana dos Seminários sob o lema bíblico «olhou-os com misericórdia...», pouco tempo antes do início do Ano Santo da Misericórdia proclamado pelo Papa Francisco, os Bispos portugueses desejam que o trabalho e a oração 

 

pelas vocações sacerdotais, pelos seminários e pelos sacerdotes nasçam da certeza de que Deus é misericordioso com todos os seus filhos.

 

11. As informações, comunicações e programações das várias iniciativas das comissões episcopais e doutros organismos da Conferência Episcopal, prestadas na Assembleia, podem encontrar-se nos respetivos sites.

 

12. A Assembleia abordou ainda outros assuntos de interesse comum: informação sobre a preparação do Centenário das Aparições em Fátima, pelo Reitor e Vice-Reitor do Santuário; partilha sobre a celebração do centenário 

 

 

 

 

da Associação dos Médicos Católicos Portugueses, feita pela respetiva Direção Nacional; reflexão sobre o Motu Proprio do Papa Francisco Mitis Iudex  no que respeita à reforma do processo canónico para as causas de declaração de nulidade do matrimónio no Código de Direito Canónico; ponto da situação sobre o Registo das Pessoas Jurídicas Canónicas; informação sobre a realização dos Congressos Eucarísticos em 2016 (nacional e internacional); aprovação do orçamento do Secretariado Geral da CEP para 2016.

 

13. A Assembleia procedeu às seguintes nomeações para o próximo triénio: Dr. Manuel Cavalheiro Duarte, como Secretário do Secretariado Nacional do Apostolado dos Leigos e Família; Padre Joaquim da Nazaré Domingos (Ordinariato Castrense), como Assistente Nacional da Fraternidade de Nuno Álvares; Padre Fernando Silvestre Rosas Magalhães (Diocese do Porto), como Assistente Nacional do Movimento Fé e Luz em Portugal.

 

Fátima, 12 de novembro de 2015

 

 

Discurso de abertura da 188ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa

Senhor Núncio Apostólico, caríssimos Irmãos no Episcopado e demais participantes nesta Assembleia Plenária:

Saúdo cordialmente a todos e a cada um, na alegria com que sempre nos reencontramos, em autêntica e fecunda experiência eclesial e colegial. Refiro especialmente o Senhor D. Gilberto Canavarro dos Reis, com o justo agradecimento pelo excelente trabalho episcopal que realizou na Diocese de Setúbal e a certeza da sua preciosa colaboração, com que não nos faltará decerto. Refiro igualmente o seu sucessor, Senhor D. José Ornelas de Carvalho, que com tanta generosidade aceitou a indicação do Santo Padre, para continuar em Setúbal o trabalho missionário em que já tanto avultou à escala universal. Ao Senhor D. João Lavrador, desejo as maiores felicidades pascais como Bispo Coadjutor de Angra, certo de que aí porá a render as muitas qualidades do seu grande coração pastoral.

Reunimo-nos na sequência da visita ad limina de setembro último, 

 

ainda marcados por aqueles dias de comunhão mais próxima com o Sucessor de Pedro e os seus diversos colaboradores, nos serviços centrais da Igreja. Como sempre acontece, também para nós foi ocasião por excelência de colegialidade e partilha, bem como de perspetivação conjunta dos caminhos a prosseguir nas nossas Igreja locais.

Se em 2007 ouvimos o Papa Bento XVI a insistir nos percursos formativos que devemos proporcionar aos católicos de todas as idades, com particular referência à iniciação cristã, escutámos agora o Papa Francisco, dando-nos indicações preciosas sobre o modo mais acompanhado e vivo com que devemos manifestar aos adolescentes e jovens a presença de Cristo – que nunca os abandona e sempre os interpela, transformando “debandadas” em reencontros, mais adiante e mais a fundo.

A presente Assembleia contará como sempre com as comunicações dos responsáveis pelas diversas Comissões Episcopais, instâncias permanentes do nosso trabalho conjunto de apoio 

 

 

 

 

às Dioceses portuguesas. Trabalho que tem aqui um momento importante de partilha e sugestões.

Além deste ponto e de outros necessários para a vida eclesial corrente ou a programar, a nossa Assembleia ouvirá os seus representantes na última reunião do Sínodo dos Bispos, que refletiu sobre “a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. 

 

Como é sabido, do amplo percurso sinodal dos últimos dois anos, sobressai a importância, porventura ainda maior, da família dentro da comunidade cristã e para além dela, qual “critério” de toda a ação pastoral.

Como o Papa Francisco não se cansa de alertar, uma grande desagregação sociocultural atinge atualmente sociedades inteiras, “descartando” indivíduos e grupos, que ficam 

 

 

 

tragicamente esquecidos por uma globalização que os não considera nem inclui. Tudo isto reclama uma resposta integradora que só a família pode dar na raiz, como base indispensável da sociabilidade geral.

Da nossa parte, tudo faremos para tornar as comunidades cristãs em autênticas “famílias de famílias”. Como diz o documento final do Sínodo, toda a comunidade há de ser lugar de nascimento sacramental das famílias, onde elas se preparem e depois apoiem mutuamente, nas diversas fases dos respetivos percursos (cf. nº 89-90).

 
Com a temática familiar se prende também o recente Motu Proprio Mitis Iudex, no tocante à verificação oportuna da validade dos vínculos matrimoniais, sempre que for caso disso. Reforçada que fica a competência e a responsabilidade dos Bispos diocesanos, dedicaremos algum tempo ao aprofundamento duma matéria que exige grande unidade de atuações e critérios.

O Ano Santo da Misericórdia, a começar no próximo mês de dezembro, feliz iniciativa do Papa Francisco, também será objeto de reflexão e partilha do que faremos

 

 

 

nas Dioceses, partindo das indicações romanas. É um tema maior e de grande oportunidade, a que não deixaremos de prestar toda a atenção e correspondência. Assim mesmo o apresenta o Santo Padre: «No nosso tempo, em que a Igreja está comprometida na nova evangelização, o tema da misericórdia exige ser reproposto com novo entusiasmo e uma ação pastoral renovada. É determinante para a Igreja, e para a credibilidade do seu anúncio, que viva e testemunhe, ela mesma, a misericórdia. […] Nas nossas paróquias, nas comunidades, nas associações e nos movimentos – em 

 

suma, onde houver cristãos -, qualquer pessoa deve poder encontrar um oásis de misericórdia» (Papa Francisco, Bula Misericordiae Vultus, de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, nº 12). Trata-se duma indicação tão fundamental como prática do objetivo do Ano da Misericórdia, a que prestaremos o mais ativo dos acatamentos.

Outros assuntos merecerão a nossa reflexão, de que destaco a preparação próxima do centenário das Aparições de Fátima, acontecimento de primeira grandeza por tudo o que significa na alma e na prática de tantos católicos 

 

 

 

de perto ou de longe, como apelo e estímulo à conversão evangélica, pela mediação da Mãe de Cristo. E um tempo de informação e partilha sobre o acolhimento aos Refugiados, com toda a atenção que requer.

Temos também em agenda um documento que dá especial seguimento às indicações acima referidas, das últimas visitasad limina. Intitula-se Catequese: A alegria do encontro com Cristo, visando a «renovação permanente da catequese». Bem de acordo com o ensinamento do Papa Francisco, delineia-se um perfil de crente que urge formar: o “discípulo missionário”. Daqui o objetivo da catequese: «levar cada catequizando a encontrar Cristo como um amigo que vem ao seu encontro e o chama a caminhar com Ele e a colaborar na missão, esperando dele uma responsabilidade concreta ao serviço da humanidade que Ele ama».

Objetivo que só se atingirá – diz também o documento em estudo – com a integração do catequizando em «comunidades vivas e missionárias», como as nossas paróquias e grupos hão de ser. Bem assim, com a participação indispensável das famílias, uma vez que «aos pais e 

 

familiares pertence o direito e o dever da educação, pois, ao gerar a vida, assumem também a missão de lhe dar orientação e pleno desenvolvimento». Tudo exigindo catequistas convictos, que testemunhem o que já vivem, com Cristo e a partir de Cristo: «O catequista deve considerar-se um guia que acompanha no encontro e no caminho de Jesus. Não poderá ser bom catequista se não tiver uma experiência pessoal de encontro e de amizade com Jesus, cultivada pela escuta orante da Palavra viva, pela oração intensa, pela participação frutuosa na Eucaristia. Não poderá formar discípulos se ele mesmo não for discípulo missionário com entusiasmo e esclarecimento».

Outros pontos figuram ainda na nossa agenda destes dias. Sem esquecermos o momento que vivemos como sociedade portuguesa. Não será demais lembrar o que já referimos no comunicado final da nossa última Assembleia Plenária: Todos ganharemos se forem tidos em conta os princípios do pensamento social cristão, tão acentuados na exortação apostólica A alegria do Evangelho, do Papa Francisco – e agora acrescentados na encíclica Laudato si’.

 

 

 

 

Correspondem a causas essenciais à dignidade humana, como a promoção do bem comum, a ativação dos princípios da subsidiariedade e da solidariedade, respeitando e estimulando a iniciativa dos corpos intermédios da sociedade, para o bem de todos; da superação de situações gritantes de desigualdade e pobreza; do apoio aos mais frágeis, em particular aos nascituros, às mães gestantes e às famílias.

Trata-se, em suma, de salvaguardar a vida humana em todas as suas fases, da conceção à morte natural; da valorização da vida familiar e da  

 

 

educação dos filhos, com referência masculina e feminina de geração ou adoção; de satisfazer as necessidades primárias de educação, saúde, segurança social, trabalho e emprego; de promover uma vida empresarial criativa e solidária; de acolher imigrantes ou refugiados…

Assim iniciamos o trabalho destes dias. Pedindo a Deus a sabedoria que os leve a bom termo, para bem da Igreja e da sociedade inteira.

 

Fátima, 9 de novembro de 2015

+ Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da CEP

 

 

Bibliotecas Eclesiais Online

http://www.cesareia.com/

 

Agora que o Outono chegou e o tempo invernoso parece que veio para ficar, porque não optarmos por dedicar mais tempo à leitura e pesquisa bibliográfica, aproveitando assim este período para alargarmos horizontes culturais? É com este intuito, que esta semana sugiro uma visita atenta e cuidada ao sítio das bibliotecas eclesiais portuguesas. O portal Cesareia “nasce da dinâmica de reflexão entre o Grupo de Trabalho para a área das Bibliotecas e do Livro e o Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, da Conferência Episcopal Portuguesa”. O grande objetivo deste projeto passa por “disponibilizar todo o tipo de informações relacionadas com as diversas bibliotecas eclesiais do país, desde a apresentação e história de cada unidade, passando pela disponibilização online dos seus catálogos.” Com este sítio, as “bibliotecas eclesiais portuguesas vão passar a funcionar em rede, através de um portal de internet que permitirá a todos os interessados um acesso rápido aos conteúdos que cada entidade tenha para oferecer.”

 
 
 
Ao digitarmos o endereço www.cesareia.com

encontramos um espaço muito bem enquadrado tanto ao nível estético bem pela qualidade dos conteúdos.

Na opção bibliotecas pode aceder a diversas informações acerca dos espaços que aderiram a este projeto. Nomeadamente podemos conhecer a história de cada biblioteca, saber os seus horários, contactos, informações várias e ainda algumas imagens.

Em “formação” temos ao dispor

um conjunto de artigos

relacionados com a atividade

formativa. Desde noções 

 

 

 

básicas de organização de bibliotecas, passando pela introdução à catalogação do livro antigo, não esquecendo ainda os encontros nacionais sobre a biblioteca e o livro em instituições eclesiais.

Caso pretenda acompanhar o que se vai falando sobre esta temática basta clicar em “notícias”. Aqui pode ler as várias novidades que vão sendo publicadas nos diversos meios de comunicação tudo num só espaço que vai recolhendo o que de melhor se escreve sobre esta temática ao nível eclesial.

 

É notório que as atualizações não abundam por este sítio, no entanto, tendo em conta a utilidade e objetivos presentes neste projeto, consideramos que é de todo importante o destaque dado a este portal, inclusive como estimulo para que este trabalho continue.

Fica aqui então a sugestão de visita, mas e especialmente de pesquisa e aprofundamento cultural, pois são muitos os catálogos que nos transportam por um universo imenso de publicações.

Fernando Cassola Marques

 

 

 

 

Entrevista a José Carlos Dias

José Carlos Dias

Cáritas de Braga

 
Editorial Cáritas - Qual a relação que existe atualmente com a Universidade Católica de Braga? Que importância a Cáritas Arquidiocesana atribui a esta relação? O que podem ganhar as duas Instituições com o aprofundamento desta relação?

José Carlos Dias - A Cáritas Arquidiocesana de Braga mantém uma estreita relação com a Universidade Católica de Braga, buscando sempre responder aos desafios colocadas a ambas as Instituições no âmbito do trabalho que desenvolvem na Arquidiocese de Braga.

Reconhecendo as óbvias diferenças quanto aos objetivos de ambas as Instituições, a Cáritas Arquidiocesana de Braga considera fundamental a manutenção e a constante renovação de uma relação, que se pretende seja sempre sinónimo de conhecimento mútuo e de aprofundamento de metodologias de trabalho, que permitam a obtenção da melhoria das condições de vida das pessoas com quem diariamente trabalhamos.

 

Editorial Cáritas - Qual a mais valia de um projeto como a Editorial Cáritas para as Cáritas Diocesanas? 

José Carlos Dias - Projetos como a Editorial Cáritas assumem-se como importantes, na medida em que dotam as Cáritas Diocesanas de ferramentas essenciais para um melhor

 

 

 

 


 

desenvolvimento da sua ação.

Ao mesmo tempo, por meio do estreitamento de laços com académicos e com as organizações a que os mesmos se encontram vinculados, será sempre possível construir pontes de ação que tragam a teoria à prática, ao terreno.

 

Editorial Cáritas - Que conteúdos gostaria de ver no catálogo da Editorial Cáritas?

José Carlos Dias - Será sempre fundamental encontrarmos no catálogo da Editorial Cáritas conteúdos atuais e essencialmente dirigidos para um trabalho social que se pretende cada vez mais especifico, especializado e, sobretudo, humanizado. 

 
 
 

 

II Concílio do vaticano: Um bispo
varredor de ruas em Bratislava

 

 

É um nome incontornável da história do catolicismo do século XX. Faleceu, no passado mês de outubro, o cardeal eslovaco Ján Chryzostom Korec, com 91 anos. Este bispo emérito de Nitra foi testemunha da dramática época das perseguições do regime na então Checoslováquia e conheceu o cárcere e o isolamento.

Nascido em janeiro de 1924, Ján Chryzostom Korec entrou na Companhia de Jesus em setembro de 1939 e recebeu a ordenação sacerdotal a 1 de outubro de 1950. Pouco tempo depois (24 de agosto de 1951) recebeu a ordenação episcopal na clandestinidade. Com o fim das perseguições, a 06 de fevereiro de 1990 foi nomeado bispo de Nitra e a partir daquele ano, até 1993, foi também presidente da Conferência Episcopal eslovaca. No consistório de 28 de junho de 1991, João Paulo II criou-o cardeal com o título dos santos Fabiano e Venâncio.

Quando decorreu o II Concílio do Vaticano (1962-65), este bispo ordenado clandestinamente foi um exemplo vivo, mas sofredor do que é ser cristão num regime agreste. A perseguição contra o cardeal Korec iniciou-se em 1949 “com a tomada do poder pelos comunistas na Checoslováquia. Momento crucial, que ele definiu «A noite dos bárbaros» foi a madrugada de 14 de abril de 1950”, lê-se no jornal «L´Osservatore Romano», 29 de outubro de 2015, Nº 44.

Nessa data, todas as ordens religiosas foram suprimidas e no final desse mesmo ano a Igreja praticamente ficou paralisada. Os bispos foram “encarcerados ou postos em prisão domiciliária” e “três mil padres diocesanos foram

 

 

 

 

 

presos”. Durante esse período, denominado pelo ministro dos assuntos eclesiásticos da altura, «A Igreja na Checoslováquia está de joelhos», o cardeal Ján Chryzostom Korec trabalhou nove anos numa fábrica. “Desempenhou assim a sua missão episcopal na clandestinidade sem ser descoberto e continuou-a também depois na prisão e da condenação a 12 anos de cárcere, no dia 11 de março de 1960”, refere o mesmo órgão de comunicação.

Depois de libertado por uma amnistia geral, em 1968, saiu da prisão doente e tuberculoso. Para sobreviver trabalhou como varredor de ruas de Bratislava e depois numa fábrica de alcatrão.

Não obstante a idade avançada e os problemas de saúde continuou a ser considerado uma autoridade espiritual e moral de toda a sociedade eslovaca, a tal ponto que, em 2014, pelos noventa anos, os correios daquele país dedicaram-lhe um carimbo postal comemorativo. Reuniu recordações e reflexões sobretudo no livro «A noite dos bárbaros».

 
 

 

novembro 2015 

13 de novembro

- Braga, Porto, Coimbra e Lisboa - Lançamento da obra «O livro azul de Cardijn» integrado nas comemorações dos 80 anos da JOC

 

- Fátima, 15h - Reunião da Comissão Episcopal do Laicado e Família

 

- Lisboa - Auditório da Biblioteca Nacional, 18h - Lançamento da obra «Terramoto Doutrinal - A carta dogmático-política (1755) do padre João Moutinho contra a Inquisição» da autoria de D. Carlos Azevedo e apresentação de José Eduardo Franco

 

- Lisboa - Centro Cultural Franciscano, 18h30 - Lançamento do livro «Quero dizer-te: obrigado!» da autoria de Maria Teresa Maia Gonzalez e Hermínio Araújo com apresentação de Ana Bernardo

 

- Lisboa, 19h -  Encontro da Juventude Operária Católica (JOC) com D. José Traquina, bispo auxiliar de Lisboa

 

- Braga - Museu dos Biscainhos, 21h15 - Tertúlia sobre o «Sínodo dos Bispos: E depois» com Carlos Liz, Constantino Santos e Federica Dotti

 
Lisboa - Auditório do Colégio São Tomás, 21h30 - Conferência «Família: problema ou solução?» com o padre José Granados

 

14 de novembro

Itália – Roma -Encerramento do capítulo geral das Irmãs Doroteias com o tema «Reaviva o dom de Deus que está em ti… Vai e caminha com os teus irmãos»

 

Fátima - Casa de Nossa Senhora das Dores -Encontro Nacional da Pastoral Familiar que engloba os Secretariados Diocesanos e os Movimentos da Pastoral Familiar

 

Fátima -Peregrinação Nacional das Oficinas de Oração e Vida com celebração presidida por D. Serafim Ferreira e Silva e exibição do filme «Um Profeta Moderno»

 

Lisboa - Torres Vedras (Centro Social Paroquial) - Encontro diocesano de formação de docentes de EMRC

 

Lamego - Seminário maior -Assembleia do Clero da Diocese de Lamego

 

 

 

Aveiro - Colégio do Calvão -Sessão das jornadas de formação litúrgica
 
Algarve - Encerramento da corrente de oração pelas vocações promovida pela Diocese do Algarve

 

Fátima - Ourém (Auditório dos Paços do Concelho) - Colóquio sobre «O culto mariano no Ribatejo»

 

Lisboa - Capela do Rato - A Pax Christi Portugal vai realizar o seu encontro nacional sobre «Família, espaço de aprender perdão, encontro e paz: desafios atuais»

 

Lisboa - Auditório de São João de Deus -Colóquio sobre «Família: fundamentos antropológicos, missão e vocação» com o padre José Granados

 

Guarda - Centro Apostólico D. João de Oliveira Matos -Jornadas da Pastoral Familiar da Diocese da Guarda com orientação de frei Bento Domingues

 

Aveiro - Albergaria-a-Velha -Seminário nacional da Ação Católica Rural (ACR) sobre «A Misericórdia tem um rosto» (14 e 15 de novembro)

 

Lisboa - Portela (Igreja de Cristo Rei) -Encontro diocesano de pastoral litúrgica sobre «A Misericórdia de Deus na Liturgia da Igreja»

 

 

 

 

 
Fátima - Hotel Cinquentenário, 11h30 - Assembleia geral da CNIS

 

Vaticano, 17h00 - O Papa Francisco recebe o presidente do Irão, Hassan Rouhani

 

Setúbal - Centro Comunitário da Cova da Piedade, 21h00 - Festa Jovem «Heart Beats» promovida pela Comunidade Católica Shalom

 

Coimbra - Igreja de S. João Batista, 21h30 - O padre José Granados, perito convidado no recente sínodo e vice-presidente do Instituto João Paulo II para o Estudo do Matrimónio e da Família, vai fazer uma conferência, em Coimbra.

 

15 de novembro

Leiria – Seminário - Seminário de Leiria promove a iniciativa «Vem Ver +»

 

Fátima - Sessão do 4x4 «Uma Fé Todo o Terreno», itinerário formativo sobre a fé cristã, destinado a caminheiros, candidatos a dirigentes e dirigentes do Corpo Nacional de Escutas (15 e 16 de novembro)

 

Lisboa – Sé, 16h00- Sessão do ciclo de concertos do órgão da Sé de Lisboa

 

 

 

 

 

 

 

 

Esta sexta-feira em Lisboa, no Centro Cultural Franciscano, pelas 18h30, vai haver o lançamento do livro «Quero dizer-te: obrigado!» da autoria de Maria Teresa Maia Gonzalez e Hermínio Araújo com apresentação de Ana Bernardo.

 

 

No mesmo dia em Lisboa no Auditório do Colégio São Tomás, 21h30 vai realizar-se a Conferência «Família: problema ou solução?» com o padre José Granados, perito convidado no recente sínodo e vice-presidente do Instituto João Paulo II para o Estudo do Matrimónio e da Família. Já em Braga no Museu dos Biscainhos, pelas 21h15 acontece a Tertúlia sobre o «Sínodo dos Bispos: E depois» com Carlos Liz, Constantino Santos e Federica Dotti.

 

 

No fim-de-semana, 14 e 15 de novembro, acontece em Aveiro, Albergaria-a-Velha, o Seminário nacional da Ação Católica Rural (ACR) sobre «A Misericórdia tem um rosto»

 

 

Neste sábado, no Vaticano, pelas 17h,o Papa Francisco recebe o presidente do Irão, Hassan Rouhani.

 

 

De realçar ainda no domingo, pelas 16h, na Sé de Leiria, a Ordenação diaconal de Tiago Alexandre; e na Branca, em Aveiro, Ordenação diaconal de Gustavo Fernandes.

 

 

 

 

 

 

 

 

Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00

RTP1, 10h00

Transmissão da missa dominical

 

11h00 - Transmissão missa

 

12h15 - Oitavo Dia

 

Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã;  12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida.

 
RTP2, 11h30

Domingo, 15 de novembro - Levanta-te Angola - 40 anos de independência

 

 

 

RTP2, 15h30

Segunda-feira, dia 16 - Entrevista a Henrique Manuel Pereira sobre o P. Américo

Terça-feira, dia 17 - nformação e entrevista  ao Con. António Janela 

Quarta-feira, dia 18- Informação e entrevista a Susana Réfega, FEC

Quinta-feira, dia 19 - Informação e entrevista  a Maria Teresa Maia Gonzalez

Sexta-feira, dia 20 - Análise às leituras bíblicas das missas de domingo com padre João Lourenço e Juan Ambrosio

 

 

Antena 1

Domingo, dia 15 de novembro - 06h00 - Caminho de Santiago de Compostela

 

Segunda a sexta-feira,16 a 20 de novembro - 22h45 - A Pastoral Social - perspetivas e realidades

 

 

  

 

 

     

 

 

 

 

 

 

Ano B - 33.º Domingo do tempo Comum

 
 
 
 
 
 
 
Viver na esperança efetiva
 

Toda a liturgia da Palavra deste 33.º Domingo do Tempo Comum é um convite à esperança, a confiar em Deus libertador, Senhor da história, que tem um projeto de vida definitiva para nós. Ele vai, dizem os nossos textos, mudar a noite do mundo numa aurora de vida sem fim.

Ver os telejornais, escutar os noticiários ou navegar nas chamadas redes sociais é, com frequência, uma experiência que não nos tranquiliza e até nos deprime. Os dramas da aldeia global que é o mundo entram em nossa casa, sentam-se à nossa mesa, apossam-se da nossa existência, perturbam a nossa tranquilidade, escurecem o nosso coração.

A guerra, a opressão, a injustiça, a miséria, a escravidão, o egoísmo, a exploração, o desprezo pela dignidade da pessoa atingem-nos, mesmo quando acontecem a milhares de quilómetros do pequeno mundo onde nos movemos todos os dias. As sombras que marcam a história atual da humanidade tornam-se realidades próximas, tangíveis, que nos inquietam e nos desesperam. Feridos e humilhados, chegamos a duvidar de Deus, da sua bondade, do seu amor, da sua vontade de salvar o homem, das suas promessas de vida em plenitude.

A Palavra de Deus que hoje nos é servida abre, contudo, a porta à esperança. Reafirma, uma vez mais, que Deus não abandona a humanidade e está determinado a transformar o mundo velho do egoísmo e do pecado num mundo novo de vida e de felicidade para todas as pessoas. A humanidade não caminha para o holocausto, para a destruição, para o sem sentido, para o nada; mas caminha ao encontro da vida plena, ao encontro desse mundo novo em que o homem, com a ajuda de Deus,

 

 

 

 

alcançará a plenitude das suas possibilidades.

Os cristãos devem estar convictos de que Deus tem um projeto de vida para o mundo, são chamados a ser testemunhas da esperança. Eles não podem ler a história atual da humanidade como um conjunto de dramas que apontam para um futuro sem saída; mas devem ver os momentos de tensão e de luta que hoje marcam a vida dos homens e das sociedades como sinais de que o mundo velho irá ser transformado e renovado, até surgir um mundo novo e melhor.

Os nossos contemporâneos têm de ver em nós, não gente deprimida e 

 

assustada, mas gente a quem a fé dá uma visão otimista da vida e da história e que caminha, alegre e confiante, ao encontro desse mundo novo que Deus nos prometeu. O que se passa na nossa Europa em relação aos refugiados, por exemplo, é um drama gigantesco, mas mais gigantesca ainda deve ser a nossa atitude solidária de acolhimento e de esperança efetiva.

Levemos os dias desta semana com esperança e com o olhar atento e próximo dos irmãos, preparando-os para a grande Festa de Jesus Cristo, o único Rei e Senhor das nossas vidas.

Manuel Barbosa, scj

www.dehonianos.pt

 

Refugiados: «SOS, o mundo precisa de ti», concerto solidário no Colégio do Amor de Deus

O Colégio do Amor de Deus (CAD) promove o concerto solidário ‘SOS o mundo precisa de ti’ de apoio aos refugiados, porque todos têm “um papel importante” no desafio do “entendimento global”, este domingo, pelas 18h00, em Cascais.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o CAD informa que a receita do concerto solidário vai reverter para as famílias que “serão em breve acolhidas pela Plataforma COMUNIDADE”, uma entidade que congrega a Igreja Católica, através do Centro Social Paroquial de Algueirão-Mem Martins Mercês, a Igreja Evangélica e instituições civis, associada à PAR – Plataforma de Apoio aos Refugiados.

 
‘SOS o mundo precisa de ti’ é nome do evento este domingo, dia 15 de novembro, pelas 18h00, no pavilhão desportivo do Colégio do Amor de Deus, em Cascais.

Em palco vai estar o elenco dos Cantores Improváveis, que com a colaboração da Câmara Municipal de Cascais, da APCAD e da Quinta da Alorna, que se uniram a esta causam, e participam ainda professores, encarregados de educação, atuais e antigos alunos.

A organização do concerto solidário assinala que esta iniciativa enquadra-se nos valores cristãos que “são o alicerce” do Colégio do Amor de Deus e que, “ao longo de gerações, têm ajudado a crescer” os seus estudantes.

 

 

 

Carmelitas Descalças apresentam conteúdos próprios em catálogo de Natal

As irmãs Carmelitas Descalças, do Carmelo de São José em Fátima, estão a promover uma campanha de Natal onde disponibilizam CD e livros da sua autoria.

“Que estas nossas ideias vos possam ajudar a viver este tempo de uma forma diferente, recebendo toda a graça e bondade d’Aquele que veio para ser a ‘Luz do mundo’, a Luz de cada um de nós”, escrevem as religiosas num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.

As religiosas informam que a campanha de Natal 2015 disponibiliza o álbum ‘Quem vistes, Pastores? | Os nossos Cânticos ao Menino Jesus’, com 24 cânticos e um livro com as 

 

letras das músicas, editado em 2014.

As Carmelitas Descalças disponibilizam também dois CD, “já mais antigos”: ‘Os nossos cânticos da missa’, com 19 cânticos litúrgicos e carmelitas, e o álbum ‘Canções da Irmã Lúcia’, que contém uma entrevista à vidente de Fátima realizada no Carmelo.

O catálogo natalício propõe também quatro livros infantis, “feitos por uma irmã”, que podem ser “um bom presente para este Natal”.

As crianças, entre os 4 e os 8 anos, são convidadas a pintar ‘com Teresinha do Menino Jesus’ e ‘com A Palavra’ e a partir dos 8 anos é apresentada a “vida ilustrada dos pastorinhos” Jacinta e Francisco.

 

 

Milhares de refugiados precisam da nossa ajuda. Agora!

E hoje, já salvámos alguém?

A ONU calcula que haverá no mundo mais de 60 milhões de refugiados. Fogem da guerra, da violência, do terror. Fogem da morte. Milhares destes refugiados procuram a Europa. Mas o mundo não pode esquecer os que ficaram para trás, nos seus países. A maior parte deles são cristãos. Ignorá-los seria uma catástrofe!


Haverá já mais de 60 milhões de refugiadas no mundo. Só durante a II Guerra Mundial se viveu algo de comparável. As guerras que grassam na Síria, Líbia, Iraque, Afeganistão… explicam, em grande parte, este fluxo migratório. Os refugiados são sempre pessoas em fuga. O mundo tem assistido, atónito, ao êxodo de milhares de pessoas em condições miseráveis, arriscando tantas vezes a vida em viagens sem retorno que têm transformado o Mediterrâneo num verdadeiro cemitério que envergonha a Humanidade.

São chocantes as imagens que vemos todos os dias pela televisão. Imagens arrepiantes que nos fazem recordar os períodos mais sombrios da nossa História. Pessoas ao relento, tratadas tantas vezes como se fossem apenas

 

rebanhos de animais. Pessoas implorando um visto, uma porta que se abra para as suas vidas. Vemos isto todos os dias e esquecemos os outros, os que ficaram nos seus países em guerra, como a Síria, ou que estão em campos de refugiados na Jordânia, no Líbano, no próprio Iraque. Eles são os mais pobres de todos. Nem tiveram dinheiro para arriscar uma viagem até à Europa. Fugiram com a roupa que  

 

 

traziam vestida e agora estão por ali, nestes campos improvisados, sem poderem regressar mais à vida que levavam, sem saberem o que vai ser deles no futuro. Muitos destes milhares de refugiados são cristãos.

 

Ninguém lhes acode?

Por serem uma minoria, quase ninguém lhes acode. Estão totalmente dependentes da ajuda da Igreja, de algumas instituições caritativas, como a Fundação AIS. O que comem todos os dias, o que vestem, os medicamentos que lhes aliviam as dores, o petróleo que os ilumina e aquece são-lhes oferecidos quase na totalidade através da generosidade dos benfeitores da Ajuda à Igreja que Sofre. 

 
Lá, no terreno, nesses campos de refugiados, ou entre os escombros das cidades, estão pessoas como a Irmã Annie, em Alepo, na Síria, ou o Padre Douglas, no Iraque. Eles são apenas dois dos rostos de uma enorme rede de solidariedade para com os Cristãos refugiados no Médio Oriente. Todos os dias, pedem-nos que rezemos por eles, por estes Cristãos que perderam tudo, que não têm para onde ir, que estão de mãos estendidas. É difícil, às vezes, imaginar como uma pequena ajuda pode transformar-se num verdadeiro milagre de vida. Estes Cristãos precisam de nós, agora. Não há tempo a perder. E hoje, já salvámos alguém?”
 

Paulo Aido | www.fundacao-ais.pt

 

ALIMENTE UMA FAMÍLIA NO IRAQUE

No Iraque 13.500 famílias foram obrigadas a abandonar as suas casas em Mossul e na Planície de Nínive. Desde Agosto do ano passado estas famílias, a maioria cristãos siro-católicos ou caldeus, encontraram alguma protecção em Erbil na localidade de Al Qoush. O Arcebispo de Erbil, D. Bashar Warda, pediu-nos novamente apoio para a distribuição de cabazes de alimentos para estas famílias durante os meses de Outubro, Novembro e Dezembro deste ano.

Um cabaz de alimentos estimado em 55 € contém 10 kg de arroz, 5 kg de açúcar, 4 litros de óleo alimentar, 1.2 kg polpa de tomate, 4 kg de feijão, 10 kg de bulgur, 1 kg de massa, 6 pacotes de queijo, 5 latas de peixe, 5 latas de carne, 1 kg de chã. Com a aproximação do Inverno o nosso apoio é ainda mais urgente. Com apenas 55 € conseguimos alimentar uma família iraquiana durante um mês. Por favor, faça o seu donativo agora para o NIB: 0032.0109.00200029160.73 ou ligue para 217 544 000 porque amanhã pode ser tarde!

 

 

Empreender

  Tony Neves   
  Espiritano   

 
 

Há ousadias que podem sair caras e outras que nos põem aos saltos. Por vezes, ousamos e perdemos. Mas também acontece que o risco se torna oportunidade e esta gera sucesso.

Os tempos que correm são marcados pelo empreendedorismo. Há que espreitar todas as frestas de futuro, avançar e mudar para melhor. São muitas as portas que se podem abrir se a formação for competente e persistente a vontade de ganhar.

É comum vermos, ouvirmos e lermos testemunhos de gente, sobretudo jovem, que surge do nada e edifica empresas de enorme sucesso. É bom percebermos o que se passou, pois tal pode constituir inspiração para outros passos dados por outras pessoas.

Não há futuro sem empreendedorismo. Cada vez esta afirmação ganha mais corpo e direito de cidadania. O ontem já foi e o futuro tem de se construir com projetos que respondam ás ânsias e urgências dos tempos que correm. ‘Correm’ ou, talvez, voam…

Há cinquenta anos atrás ninguém imaginaria que as empresas de sucesso hoje estariam ligadas ao mundo da informática e das tecnologias da comunicação. Mas há outros nichos de mercado e de trabalho que a criatividade abre e que constitui uma oportunidade a nunca desperdiçar.

Ter os olhos bem abertos é condição exigida para rasgar novos caminhos de futuro. É necessária a sensibilidade ao que se passa á nossa volta e no mundo inteiro para se perceber onde investir. 

 

 

 

 

 

Luso Fonias

 

 

 

Essa é a tarefa fundamental dos empreendedores.

É possível que o empreendedorismo seja uma onda que passará como todas as ondas que estão condenadas a morrer na praia. Mas este é o seu tempo e prevê-se que ainda tenha muitas pernas para andar.

Criatividade, profundidade de visão, competência, abertura à novidade, compromisso radical…são algumas das ideias-chave e garantes de sucesso de quem quer mesmo fazer algo de inovador que corresponda aos anseios dos atuais viventes no nosso

 

 planeta. Os habitantes do mundo, entre as luzes e as sombras dos seus caminhos, querem mais e querem melhor.

Há que rasgar horizontes largos, combatendo medos, depressões e lavrando amanhãs que cantam a esperança de um mundo melhor.

E a cereja em cima do bolo é quando o empreendedorismo cria projetos solidários que levam melhores condições de vida às pessoas que vivem nas periferias e margens das nossa sociedades.

 

 

“Pode ouvir o programa Luso Fonias na rádio SIM, sábados às 14h00, ou em www.fecongd.org. O programa Luso Fonias é produzido pela FEC – Fundação Fé e Cooperação, ONGD da Conferência Episcopal Portuguesa.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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