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Octávio Carmo |
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Foto da capa: D. R. Foto da contracapa: Agência ECCLESIA
AGÊNCIA ECCLESIA Diretor: Paulo Rocha | Chefe de Redação: Octávio Carmo Redação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,. Luís Filipe Santos, Sónia Neves Grafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana Gomes Propriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais Diretor: Cónego João Aguiar Campos Pessoa Coletiva nº 500966575, NIB: 0018 0000 10124457001 82. Redação e Administração: Quinta do Cabeço, Porta D 1885-076 MOSCAVIDE. Tel.: 218855472; Fax: 218855473. agencia@ecclesia.pt; www.agencia.ecclesia.pt;
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Opinião |
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Uma Igreja de portas abertas
José Ignacio Garcia | FEC| Paulo Rocha | Rita Figueiras | José Luis Gonçalves | Miguel Panão | Octávio Carmo | Manuel Barbosa Paulo Aido | Tony Neves | Fernando Cassola Marques |
A máscara do medo |
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Octávio Carmo
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Há muitos momentos em que as palavras sobram e, diante da violência que se vai multiplicando em tantas partes do mundo, é justo dizer-se que são mesmo aquilo de que menos precisamos neste momento. Naturalmente, ficamos mais aturdidos quando essa violência terrorista nos bate à porta - lá longe isso é “costume” e acabamos por habituar-nos -, mas uma resposta global ao fundamentalismo e à radicalização ideológica, que usa a religião como justificação para o seu anseio de domínio e sede de morte, exige que olhemos com atenção para todos os pontos do globo. Desde logo, colocando o dedo na ferida como tem feito o Papa Francisco: quem lucra com a venda das armas que se multiplicam nas mãos de guerrilheiros, exércitos ao serviço de ditaduras, terroristas e lunáticos onde menos se esperaria? Como é que podemos assistir impavidamente a este longo arrastar de conflitos armados que vão saltando de um lado para o outro, caindo no esquecimento, naquilo a que o Papa chama III Guerra Mundial aos bocados? Sim, o terrorismo chegou ao coração da Europa. Não teria sido necessário esperar por isso para despertarmos para esta triste realidade, mas agora não adianta discutir isso. O que é que vamos fazer a seguir? É justo dizer que na origem do problema está apenas a dificuldade de integração de gerações juvenis cuja identidade não está bem definida? É difícil exigir a quem reside num país ocidental que respeite a sua Constituição como primeira referência, acima de qualquer |
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ordenamento jurídico de inspiração religiosa, evitando assim a construção de comunidades paralelas? Demora muito a exigência de reciprocidade na relação entre países, quando está em causa a garantia da liberdade religiosa, independentemente do credo professado? Há muito para refletir e para decidir nos próximos tempos. Da Síria, há não muito tempo, recebíamos queixas de responsáveis cristãos, espantados com a chegada de jovens europeus para combater pelo autoproclamado ‘Estado Islâmico’. É, de facto, |
altamente perturbador que uma civilização ancestral tenha perdido a capacidade de cativar as novas gerações com os seus valores fundamentais, a começar pelo mais elementar, o respeito pela vida humana, igual em dignidade independentemente de raças ou religiões. O primeiro passo é recuperar esses valores, professá-los publicamente e sem hesitações, deixar cair a máscara do medo. A força militar até poderá ganhar o presente, mas só a força moral pode conquistar um futuro de paz.
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Este sangue nasceu em nome do Alto?
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- «Como é possível encher a boca com o nome de Deus e ter um coração duro de ódio, vingança e preconceitos?» (Rui Osório, In: «Voz Portucalense» 18 de novembro de 2015)
- «O Estado Islâmico mata em massa para atacar símbolos. Mas, por mais que queira matar Paris, Paris não morre» (Jacinto Godinho, In: «Público» 19 de novembro de 2015)
- «O terror e o medo não vão prevalecer e a memória dos que tombaram vai inspirar soluções sustentáveis contra esta violência indiscriminada» (Fernando Brito, In: «Notícias da Covilhã 19 de novembro de 2015)
- «Os terroristas são hediondos, mas estão nos antípodas de serem parvos. Urge atuaremos firmes e velozmente, senão aumenta a xenofobia de igual modo tenebrosa» (Armando Fernandes, In: «Mensageiro de Bragança» 19 de novembro de 2015) |
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Centrar as tomadas de decisão
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Um seminário internacional promovido esta quinta-feira em Lisboa pela Fundação Fé e Cooperação (FEC), sublinhou a importância de projetar o desenvolvimento mais ao nível das pessoas e de ir além do mero assistencialismo. |
Em entrevista à Agência ECCLESIA, a diretora-executiva da FEC destacou a necessidade das decisões a este nível “serem não só alicerçadas em fatores económicos mas olharem para a pessoa e para o planeta como o principal critério de decisão”. |
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E neste âmbito, as organizações empenhadas na cooperação para o desenvolvimento devem assumir-se cada vez mais como “pontes entre as políticas e a realidade das pessoas”, sublinhou Susana Réfega. Intitulado “Repensar o desenvolvimento, reinventar a cooperação”, o seminário internacional surgiu no âmbito dos 25 anos da FEC para clarificar as prioridades deste setor, numa era de rápida mudança. Segundo Susana Réfega, o objetivo foi “olhar para a frente, colocar estas questões, que não são fáceis, e sobretudo promover um debate sobre o que pode ser um desenvolvimento diferente e que papel é que pode ter nisto a sociedade civil”. A iniciativa, que foi acolhida pela Fundação Calouste Gulbenkian, contou com a participação de representantes e responsáveis de vários organismos empenhados no desenvolvimento, católicos e da sociedade civil. Destaque para a presença de D. Pedro Zilli, bispo da Diocese de Bafata, na Guiné-Bissau, que salientou que “quanto mais as pessoas são envolvidas” no seu próprio processo de sustentação,“melhor as coisas saem”. Outro desafio, segundo o bispo |
brasileiro, é fazer com que o desenvolvimento seja cada vez mais preventivo e de longo prazo e menos reativo ou assistencialista. “Por exemplo o caso do ébola, esta é uma problemática enorme em África mas o paludismo continua, a malária continua, a Sida continua, e no entanto fala-se tão pouco destas questões que parece que não existem mais. Então, temos de procurar evitar estas modas do momento”, alerta D. Pedro Zili. O Seminário mostrou a vontade das organizações da Igreja Católica se afirmarem cada vez mais como “interlocutoras” na promoção de um desenvolvimento sustentável e acessível a todos. Neil Thorns, da CAFOD – agência de desenvolvimento oficial da Igreja Católica no Reino Unido - referiu que as instituições católicas, pela sua abrangência, “estão muito bem colocadas para fazerem a diferença”. “E cada um de nós, como católicos, especialmente nos países do Norte, podemos olhar para a forma como vivemos a nossa vida, pois estamos a consumir muito mais do que aquilo que o planeta tem para oferecer e isso tem um claro efeito sobre os países mais pobres”, apontou. |
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50 anos depois do Pacto das Catacumbas |
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O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou que recordar «O Pacto das Catacumbas» é dar “um novo realce e novo impacto na vida da Igreja”, 50 anos depois deste compromisso. “O pacto com o radicalismo evangélico em torno da pobreza que teve e nos deixou é, mais uma vez, um daqueles estímulos que quase ciclicamente é dado à Igreja toda para voltarmos ao princípio que nos define como cristãos”, explicou à Agência ECCLESIA D. Manuel Clemente, que apresentou a obra esta segunda-feira, na Capela do Rato. O livro ‘O Pacto das Catacumbas’, de Xabier Pikaza e José Antunes da Silva, recorda os 40 bispos que se reuniram nas criptas de Santa Domitila, Roma, a poucos dias do final do Concílio Vaticano II. “Muito inserido numa certa linhagem correspondendo ao apelo do Papa João XXIII. Os pobres sociologicamente falando e a pobreza em sentido mais englobante ganharam uma grande prevalência e mesmo na tradição católica deixaram de estar tão ligados ao trabalho de algumas congregações religiosas”, recordou D. Manuel Clemente. O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa sustentou que |
a “encarnação” deste pacto hoje é o Papa Francisco. “Creio que para mim, como para todos os meus colegas do episcopado, é uma figura muito estimulante e desafiante para esse radicalismo evangélico. Creio que a melhor figuração do pacto, 50 anos depois, é a pessoa e protagonismo eclesial do Papa Francisco”, desenvolveu o cardeal-patriarca de Lisboa.
A nova publicação, da chancela da Paulinas Editora, foi apresentada na Capela do Rato e o seu capelão destacou que este pacto “é de facto evangélico”. “Direitos, privilégios, que são heranças históricas que eles renunciam voluntariamente para de uma forma desprendida expressarem a liberdade com que Jesus a anunciou o reino de Deus”, comentou o padre Tolentino Mendonça. |
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Terras Sem Sombra ultrapassa fronteiras |
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O diretor-geral do Festival Terras Sem Sombra afirmou que este evento cultural e de preservação da biodiversidade representa um ato de “resistência cultural e afirmação do Baixo Alentejo”. “[O festival] revindica a sua identidade mas também a quer projetar e num momento em que música sacra tem muito que trazer à nossa Europa, espiritualidade, cultura, o território, a própria conservação da natureza são realidades muito importantes nesta lógica da inclusão social, religiosa e cultural”, explicou José António Falcão, na apresentação da edição 2016, que decorreu no Centro Cultural de Belém (CBB). À Agência ECCLESIA, o diretor-geral do Festival Terras Sem Sombra explicou que a 12.ª edição vai sublinhar a ligação entre três continentes - Europa, América e África – “centrando” tudo no Brasil, “um país irmão”, que tem um património musical “extraordinário”. ‘Torna-Viagem. O Brasil, a África e a Europa (Da Idade Média ao Século XXI)’ é o tema da iniciativa que começa na Igreja Matriz de Santo Ildefonso, em Almodôvar, a 27 de fevereiro de 2016, e termina com |
a entrega do Prémio Internacional “Terras Sem Sombra”, a 2 de julho, em Sines. O diretor artístico do Festival Terras Sem Sombra considera que as “grandes características” deste evento são a oferta de “músicas de todas as épocas”, desde a Idade Média ao século XXI, que se completam com ações de biodiversidade. “Quem vem aos concertos pode fazer a sua história da música e complementar os concertos com as ações de biodiversidade adquirindo uma cultura natural comprometida com a terra, com a paisagem que introduz elementos de paixão no festival que só com a música não seria tão completo”, comentou Juan Ángel Vela del Campo à Agência ECCLESIA. |
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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados emwww.agencia.ecclesia.pt
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Iniciativa Legislativa de Cidadãos contesta revogação de Lei do Apoio à Maternidade e Paternidade |
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Os novos manuais de EMRC
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Jubileu quer mostrar Igreja de portas abertas, diz o Papa |
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O Papa disse no Vaticano que o Jubileu da Misericórdia, com início marcado para 8 de dezembro, quer mostrar uma Igreja de portas abertas para todos. “É assim que a Igreja deve ser reconhecida em todos os cantos da terra: como guardiã de um Deus |
que bate à porta, como o acolhimento de um Deus que não te fecha a porta na cara com a desculpa de não seres de casa”, assinalou, na audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro. Perante cerca de 15 mil pessoas, |
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Francisco recordou que durante este ano santo extraordinário, que se prolonga até novembro de 2016, haverá o símbolo da porta santa, evocando “a porta da misericórdia grande de Deus”. “Que haja também a porta do nosso coração para recebermos todos o perdão de Deus ou dar o nosso perdão e acolher todos os que batem à nossa porta”, apelou. Menos de um mês depois de ter encerrado o Sínodo dos Bispos sobre a família, Francisco sublinhou que nesta assembleia a Igreja foi “encorajada a abrir as suas portas para sair, com o Senhor, ao encontrodos filhos e filhas em caminho, às vezes incertos, às vezes perdidos, nestes tempos difíceis”. “Se a porta da misericórdia de Deus está sempre aberta, também as portas das nossas igrejas, das nossas paróquias e dioceses devem estar sempre abertas. Assim todos podemos sair e levar esta misericórdia de Deus”, sustentou. Para o Papa, o próximo Jubileu implica a abertura das “pequenas portas” das igrejas, evitando a tendência de muitas sociedades que precisam de “portas blindadas”. “Não devemos render-nos à ideia de aplicar este sistema à vida da família, da cidade, |
da sociedade e, menos ainda, à vida da Igreja”, observou. Francisco entende que uma Igreja sem “hospitalidade” e uma família “fechada em si mesma”, prejudicam a mensagem do Evangelho. “Nada de portas blindadas na Igreja! Tudo aberto!”, apelou. A intervenção referiu que muitas pessoas perderam a confiança necessária para bater à porta da Igreja, por diversos motivos. “Não é o secretário ou a secretária da paróquia que decide quem entrar. A Igreja é a porteira da casa do Senhor, não a dona”, alertou. O Papa dirigiu-se depois a uma delegação do sindicato autónomo dos trabalhadores polacos, o “Solidarnosc” (solidariedade), presente no Vaticano, e deixou votos de que “os interesses políticos ou económicos não prevaleçam sobre os valores que constituem a essência da solidariedade humana”. “Há 35 anos, o vosso sindicato empenha-se em favor do mundo do trabalho, físico e intelectual, bem como na tutela dos direitos fundamentais da pessoa e da sociedade”, reconheceu Francisco. |
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Em defesa dos direitos das crianças |
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O Papa recordou no Vaticano a celebração anual do Dia Mundial dos Direitos das Crianças, pedindo que a comunidade internacional assegure a todos os meninos e meninas o acesso à educação e os proteja da exploração. “Desejo que a comunidade internacional possa vigiar atentamente sobre as condições de vida dos pequenos, especialmente onde estão expostos ao recrutamento por parte de grupos armados”, disse, no final da audiência pública semanal que decorre na Praça de São Pedro. |
Francisco sublinhou a obrigação dos responsáveis políticos de “ajudar as famílias a garantir a cada menino e menina o direito à escola e à educação”. “É um dever de todos proteger as crianças e antepor a qualquer outro critério o seu bem, para que não sejam nunca sujeitas a formas de escravidão e maus-tratos nem a formas de exploração”, advertiu.
O dia 20 de novembro assinala anualmente o aniversário da Declaração da ONU em favor dos direitos da infância e adolescência. |
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contra pescadores |
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O Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI) afirma na mensagem o Dia Mundial da Pesca que os “abusos cometidos contra os pescadores”, apanhados em redes de “trabalho forçado e exploração”, são práticas frequentes. O Dia Mundial da Pesca foi instituído em 1998 e assinala-se em cada ano no 21 de novembro para “chamar a atenção sobre a pesca excessiva, a destruição do habitat marinho e outras ameaças graves à sustentabilidade dos nossos recursos pesqueiros”, lembra um comunicado enviado à Agência ECCLESIA. No documento, o CPPMI, do Vaticano, frisa que “o recrutamento ilegal e o contrabando ou tráfico de seres humanos com o propósito de empregá-los em trabalhos forçados a bordo dos navios pesqueiros, ainda são práticas utilizadas com frequência”. A Santa Sé realça que estas práticas atingem sobretudo “pessoas pobres e sem instrução, provenientes das áreas rurais dos |
países em via de desenvolvimento”. “Contratos de trabalho falsos e ilegais”, “condições de trabalho e de salários ridículos por longas horas de trabalho”, são situações que marcam o dia-a-dia de “milhares de pescadores” que são usados como “escravos” para benefício de “proprietários e empresas do setor pesqueiro, cujo objetivo é obter uma renda maior na venda dos seus produtos”, pode ler-se. A mensagem do Vaticano denuncia ainda a situação “dramática” de muitos pescadores que sofrem “acidentes de trabalho” ou “lesões permanentes” que têm de enfrentar “sem qualquer tipo de compensação” e os que morrem ou desaparecem no mar. “A morte súbita ou o desaparecimento no mar são os pesadelos com os quais muitos jovens e muitas famílias se depararam na tentativa de melhorar a sua miserável vida com um trabalho a bordo de um navio pesqueiro”, frisa o mesmo texto. |
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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial internacional nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt
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Papa condena atentados de Paris
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O Independente, a TSF e a produção de tempestades perfeitas |
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Rita Figueiras Portuguesa |
Muito recentemente foi lançado o livro O Independente. A Máquina de Triturar Políticos da autoria dos jornalistas Filipe Santos Costa do Expresso e Liliana Valente do Observador. Este é um livro importante e com muitos méritos. O primeiro é o de se ocupar de um jornal numa época em que a imprensa vive momentos de provação e perde crescentemente terreno para outros meios e outros conteúdos. Um segundo mérito, decorrente do primeiro, é que a homenagem estende-se assim ao jornalismo. Num tempo em que é cada vez mais difícil fazer informação em Portugal – por razões económicas, mas também porque os proprietários dos grupos de comunicação respondem hoje de forma distinta à pergunta para que é que serve, e a quem serve, o jornalismo –, este livro recorda-nos um passado em que se fazia notícias sem medo das consequências. O terceiro grande mérito deste livro é o seu objecto de análise, O Independente. A obra coloca a ênfase na agenda política do semanário e na forma audaz, para uns, ou incauta, para outros, como abordou a vida política portuguesa e os seus principais protagonistas. O jornal impôs-se no país, porque teve capacidade de se agendar nos outros media e conduzir, muitas vezes em parceria com a agenda judicial, a agenda política. Este semanário soube rentabilizar a relação privilegiada que tinha com um conjunto de fontes muito bem posicionadas na sociedade portuguesa que, |
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apesar de poderem ter interesses distintos do jornal, coincidiam nos objetivos, consubstanciando assim uma aliança tão frutífera quanto o número de lesados que o semanário produziu. O livro dá bem conta da excepcionalidade d’O Independente. Da sua originalidade, da sua graça, da sua loucura, do seu rasgo intelectual e criativo. De tudo o que o tornou único e especial e também um objecto de culto. Este jornal deixou uma nostalgia insuperável em muitos |
dos seus leitores, que se tornaram os seus “viúvos” – para evocar a imagem-síntese brilhante que João Miguel Tavares usou na apresentação da obra. Num aparente paradoxo, a singularidade d’O Independente não deixa de ser, no entanto, um exemplo perfeito do seu tempo. Ao contrário dos outros títulos já existentes, cuja adaptação à transformação em curso na sociedade portuguesa – com a entrada de Portugal na CEE, a normalização democrática, |
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a consolidação da economia de mercado e as alterações no sector dos media – foi compreensivelmente lenta e difícil, O Independente nasceu numa era em que o jornalismo já encarava de forma descomplexada a ideia dos media como um negócio, a lógica do star-system e uma nova relação com a(s) autoridade(s). As mudanças em curso nas sociedades ocidentais, nomeadamente na política, na indústria dos media e nos gostos dos públicos, manifestaram-se em Portugal através d’O Independente. Nas páginas deste jornal foi possível assistir ao crescente esbater das fronteiras tradicionais entre a informação e a ficção, a política e o entretenimento, as questões públicas e a cultura popular, o sério e o satírico, colaborando, assim, para a emergência da pop politics à portuguesa. Este processo de hibridização ficou bem patente, por exemplo, nos títulos de capa e nas fotomontagens do jornal. Por outro lado, o semanário também não pode ser isolado dos outros media, nomeadamente da sua contemporânea TSF. Sem ser uma coincidência, os tempos áureos d’O Independente corresponderam, |
grosso modo, aos da TSF. O que o jornal começava, a estação de rádio ampliava. Mas não fazia apenas isso, também moldava o resto do dia informativo. A TSF continuava o trabalho iniciado pelo jornal, reclamando, logo nas primeiras horas do dia, declarações e reações aos implicados e demais actores políticos. A matéria escrita era o ponto de partida de um escândalo que evoluía durante a manhã e que tantas vezes culminava na transmissão em direto pela TSF da demissão do visado da semana. O modelo da breakfast news que a estação de rádio introduziu em Portugal foi uma peça-chave na trituração dos políticos, nomeadamente através da instituição do imediatismo noticioso e, posteriormente, dos fóruns TSF. Estes passaram a permitir aos cidadãos anónimos falarem livremente, i.e., sem terem de se ater às regras do debate público ancorado em opiniões fundamentadas, esclarecidas e racionais. A vox populi foi assim mais uma instância imprescindível para a produção de tempestades perfeitas às sextas-feiras. |
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Au nom de quoi? |
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Paulo Rocha |
Há acontecimentos que não são de semanas, mas de épocas da História. É o caso dos atentados terroristas em Paris, no dia 13 de novembro de 2015. Transportar o genocídio para o quotidiano da “cidade luz”, para ambientes de lazer, de horas calmas e de diversão foi a “novidade”, a má novidade do novo capítulo de uma terceira guerra mundial em curso. A expressão é do Papa Francisco e – infelizmente – trata-se de uma intuição que se comprova a cada passo. No contexto hipermediatizado em que tudo acontece, a violência de Paris é mostrada, comentada, criticada, censurada, reprovada… E com palavras sempre insuficientes para qualificar o mal cometido. Neste, como em todos os casos, os meios de comunicação social amplificam acontecimentos e sobretudo as emoções que geram. Longe dos media, ao assinalar o Dia Mundial da Filosofia, a Universidade Católica Portuguesa propôs para tema não escritos de Platão, Aristóteles ao Kant, mas “Ostracismo, asilo e residência: o problema dos refugiados de guerra”. Um colóquio onde se ouviram análises aos acontecimentos que mudam a história a partir dos fundamentos humanos que os provocam. Uma forma de aproximar a reflexão filosófica do ambiente quotidiano e sobretudo um meio para encontrar respostas às muitas perguntas que os acontecimentos atuais colocam. |
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Paris deixou no ar, uma vez mais, essa pergunta: “Em nome de quê?” A resposta nunca será conclusiva, para quem a formula. Mas podem referenciar-se contributos e exemplos, que encontram na Cruz o sinal maior da morte que gera vida. Nos debates apresentados no Dia Mundial da Filosofia, um dos conferencistas
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sugeriu respostas para essa pergunta a partir do pensamento do filósofo francês René Girard. A reflexão que produziu sobre a violência e o sagrado aponta no sentido de que a história começa pela violência, redime-se pelo sagrado e é o mau sagrado que gera novamente violência. Um ciclo a interromper! |
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Paris no coração do mundo
Os atentados terroristas da última sexta-feira em
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França em choque sem medo do futuro
O português José Coutinho da Silva, antigo diretor do Serviço da Pastoral das Migrações da Conferência Episcopal Francesa, está em território gaulês há mais de 40 anos e diz que os recentes atentados em Paris deixaram o país em estado de choque com um tipo de terrorismo completamente incontrolável e imprevisível.
Atualmente a coordenar a equipa pastoral da Paróquia de São João Bosco, na Diocese de Orleães, a cerca de 100 quilómetros de Paris, com mais sete leigos e um sacerdote, José Coutinho da Silva contacta todos os dias com a comunidade magrebina e muçulmana, com forte presença na região, e espera que a França saiba preservar a sua interculturalidade
Entrevista conduzida por Paulo Rocha
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Agência ECCLESIA (AE) - Como é que este atentado foi vivido na sua comunidade?
José Coutinho da Silva (JCS) - Para além do choque inicial das imagens, com a incerteza quanto ao número de mortes e às circunstâncias em que tudo se ia desenrolando, havia aqui a especificidade de este ser um bairro de forte presença magrebina, muçulmana. Tive ocasião de, onde costumo comprar a fruta para a nossa família, falar com um dos responsáveis, que estava totalmente transtornado e dizia: “Não é só o medo, é a revolta, é o nojo por este acontecimento”.
Nunca imaginamos: até aqui sabíamos que eram ações concretas contra alvos determinados, era a polícia, as instituições, agora ninguém está protegido contra estes loucos. Os muçulmanos sentem que vão ser ainda mais discriminados, porque as pessoas com o medo e a preocupação tendem a avaliar tudo pela mesma medida.
Acabei uma conversa com um jovem de 25 anos, com quem costumo falar e que sabe que sou católico, que tenho algumas responsabilidades, com um
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Neste momento, a nossa preocupação é como manter os laços de solidariedade, de amizade, de boa vizinhança.
aperto de mão e quase de lágrimas nos olhos. É evidente que diante do sofrimento do país inteiro há também o sofrimento e a apreensão dos muçulmanos que não têm absolutamente nada a ver com estes loucos selvagens. As pessoas começam a sentir que não podem ter de maneira nenhuma ligação com esta gente.
O problema que se põe é como gerir situações tão complicadas como esta. Neste momento, a nossa preocupação é como manter os laços de solidariedade, de amizade, de boa vizinhança.
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AE - Sente que há jovens que vão assumindo este extremismo que leva a atos terroristas? JCS - Sim, para alguns é a França que marginaliza os magrebinos, a França que não dá trabalho aos magrebinos, é uma França que não os quer. Os magrebinos são apresentados como muçulmanos, como árabes: tudo isso vai cavando um fosso entre setores de uma população que, tendo caraterísticas, raízes diferentes é francesa, porque a França é isto
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mesmo, um país que não existiria sem esta interculturalidade. Não há uma cultura francesa dita pura. AE - O ideal de diálogo entre culturas e religiões acaba por ser difícil no terreno… JCS - É um ideal e, no fundo, é o cimento deste país. Há relativamente pouco tempo, mais de 25 por cento da população francesa era descendente de imigrantes, considerando só até à terceira geração.
AE - Como é que a França se vai reerguer destes acontecimentos? JCS - Vimos que as pessoas começaram a cantar espontaneamente o hino nacional, algo que saiu naturalmente. Também me parece muito significativo que tenham aparecido tantas pessoas para doar sangue que os hospitais tiveram de recusar mais dádivas. Milhares e milhares de pessoas juntaram-se, isto demonstra a sua vontade, da mesma maneira que alguns dos feridos falaram diretamente para as câmaras, para dizer que não vão viver no medo. Estes atos bárbaros não vão deitar abaixo a força do povo deste país, que somos também nós, emigrantes. Uma preocupação é que a comunidade portuguesa não enverede por acusações fáceis, numa tendência natural para considerar-se superior aos magrebinos. |
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Papa chocado com atentados de Paris |
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O Papa condenou publicamente no Vaticano os atentados terroristas que provocaram pelo menos 129 mortos e centenas de feridos em Paris, esta sexta-feira, e rejeitou a utilização da religião para a violência. “Diante de tais atos, não é possível deixar de condenar a afronta inqualificável à dignidade da pessoa humana. Quero reafirmar com determinação que o caminho da violência e do ódio não resolve os problemas da humanidade”, disse, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, este domingo. Segundo o Papa, "utilizar o nome de Deus para justificar este caminho é uma blasfémia". Após a recitação do ângelus, Francisco manifestou “profunda dor” pelos ataques que provocaram “numerosas vítimas” na capital de França, enviando as suas condolências ao presidente do país e a todos os seus cidadãos da "querida nação francesa, primeira filha da Igreja". “Estou particularmente próximo dos familiares de quantos perderam a vida e dos feridos”, acrescentou. O Papa realçou que “tanta barbárie” deixou as pessoas “consternadas” |
e levou-as a questionar-se “como é que o coração humano pode projetar e realizar acontecimentos tão horríveis, que perturbaram não só a França mas também o mundo inteiro”. “Convido-os a unirem-se à minha oração: confiemos à misericórdia de Deus as vítimas inocentes desta tragédia. Que a Virgem Maria, mãe de misericórdia, suscite nos corações de todos pensamentos de sabedoria e propósitos de paz”, referiu, antes de um momento de silêncio na Praça de São Pedro. Horas mais tarde, o Papa voltou a condenar o uso da religião para justificar a violência. “É muito feio ter o coração fechado e hoje vemos isso, o drama. O meu irmão pastor [Jens Martin Kruise] falou de Paris. Corações fechados. Também o nome de Deus é usado para fechar os corações”, lamentou, durante a visita que realizou à Comunidade Luterana de Roma. O secretário de Estado do Vaticano rejeitou qualquer alteração na agenda do Papa após os atentados em Paris, e afirmou que os terroristas procuram criar “medo”. “O que aconteceu em França mostra, de uma maneira |
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ainda mais poderosas, que ninguém está a salvo do terrorismo. O Vaticano pode ser um alvo por causa do seu significado religioso”, admitiu o cardeal Pietro Parolin, em entrevista ao jornal católico francês ‘La Croix’.
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O responsável sublinhou que um aumento das medidas de segurança no Vaticano não pode "paralisar com o medo" a atividade no pequeno Estado. “Isto não muda nada da agenda do Papa, que vai continuar”, precisou. |
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A Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE) reagiu aos atentados de Paris defendendo a necessidade de uma “frente europeia unida contra a ameaça terrorista”. “As forças que ameaçam a região não conhecem fronteiras, daí que seja imperativo que os chefes de Estado dos 28 países membros da União Europeia trabalhem em conjunto e de forma mais eficaz em prol da segurança das suas populações, da liberdade das pessoas e de um futuro em conjunto”, frisa o secretário-geral do organismo, padre Patrick Daly. |
Bispos portugueses condenam violência |
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O cardeal-patriarca de Lisboa sublinhou à Agência ECCLESIA o “ineditismo” dos atentados que ocorreram em Paris, por atingirem o “coração cultural da Europa contemporânea”. “Não é a primeira vez que acontecem tragédias destas, com Nova Iorque e todas as que se seguiram, mas agora no coração cultural da Europa contemporânea em que vivemos”, referiu D. Manuel Clemente. Para o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), os atentados na cidade de Paris atingem a sociedade europeia de “uma maneira particular e intensa”. Já o vice-presidente da CEP diz que os atentados de Paris requerem “uma reação solidária da parte de todos” no sentido de “contrastar” a violência que atingiu a capital francesa. “Quero antes de mais unir-me à dor de todo o povo francês, ao sofrimento das famílias atingidas por este drama, e fazer votos para que não se perca a serenidade no meio disto tudo e que sejamos capazes de estender pontes de reconciliação”, disse D. António Marto. Também os bispos das dioceses do |
Algarve e de Setúbal manifestaram a sua solidariedade às vítimas dos atentados. D. José Ornelas, bispo de Setúbal, rejeita a utilização da religião para justificar o terrorismo e pede que “ninguém use o nome de Deus para oprimir, odiar e matar”. Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o bispo do Algarve, D. Manuel Neto Quintas, considera os atentados como “inqualificáveis” e injustificáveis “a todos os títulos, pelo desrespeito, desprezo e aniquilação da vida humana de tantos cidadãos indefesos”. D. Manuel Linda, bispo das Forças Armadas e de Segurança, disse em Lisboa que é preciso encontrar uma via para “reconciliar duas culturas que estão desavindas, não enquanto religião mas na globalidade, a ocidental cristã e a muçulmana”. D. José Traquina, vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, classificou os atentados em Paris como uma “regressão” no caminho da humanidade que deveria ter sempre “a pessoa como o que há de mais sagrado”. O bispo de Angra condenou os |
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ataques terroristas e destacou que o momento é de “grande consternação” mas o “medo não deve fazer abdicar dos referenciais de liberdade”, diálogo e acolhimento. “A nossa civilização baseada em valores cristãos apela ao diálogo e tem como pressuposto base a liberdade”, comentou D. António de Sousa Braga. O bispo de Beja defendeu que os recentes atentados terroristas em Paris exigem, para além da oração dos crentes, que os governos e instituições internacionais que se sentem à “mesa do diálogo”, destacando a importância da educação. “A educação na família,
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na escola, nas comunidades religiosas deve ajudar a construir a paz”, assinala D. António Vitalino. O Santuário de Fátima manifestou a sua solidariedade com as vítimas dos atentados terroristas dos últimos dias, em particular os de Paris, e convidou os peregrinos a ter presente esta intenção nas suas orações. A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre convocou uma jornada internacional de oração pela paz no mundo e convidou os portugueses a associar-se à iniciativa no próximo domingo, pelas 16h30, no Santuário do Cristo-Rei, em Almada. |
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Apelo às partes negociadoras da COP 21 |
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O seguinte apelo foi lançado por Cardeais, Patriarcas e Bispos de todo o mundo em representação das associações continentais de Conferências Episcopais nacionais. É dirigido aos negociadores da COP 21 em Paris e exorta-os para que se esforcem por aprovar um acordo climático justo, juridicamente vinculativo e autenticamente transformativo.
Representando a Igreja Católica dos cinco continentes, nós, Cardeais, Patriarcas e Bispos, juntamo-nos para expressar, em nosso próprio nome e em nome das populações ao nosso cuidado, a esperança muito disseminada de que um acordo climático justo e juridicamente vinculativo será alcançado nas negociações da COP 21, em Paris. Apresentamos uma proposta de linhas de orientação com dez pontos, a partir da experiência concreta de pessoas de todos os continentes, e estabelecendo um elo entre as alterações climáticas e a injustiça social e exclusão social dos nossos cidadãos mais pobres e mais vulneráveis.
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Alterações Climáticas: desafios e oportunidadesNa sua carta encíclica, Laudato Si’ (LS), dirigida ‘a cada pessoa que habita neste planeta’ (LS 3), o Papa Francisco sustenta que ‘as mudanças climáticas constituem atualmente um dos principais desafios para a humanidade’ (LS 25). O clima é um bem comum, que pertence a todos e a todos se destina (LS 23). ‘O meio ambiente é um bem coletivo, património de toda a humanidade e responsabilidade de todos’ (LS 95). Quer sejamos crentes ou não, estamos hoje de acordo que a terra é essencialmente uma herança comum, cujos frutos se destinam ao benefício de todos. Para os crentes, trata-se de uma questão de fidelidade ao Criador, uma vez que Deus criou o mundo para todos. Por conseguinte, qualquer abordagem ecológica deve integrar uma perspetiva social que tenha em atenção os direitos fundamentais dos pobres e mais desfavorecidos (LS 93). Os danos provocados no clima e no meio ambiente têm enormes repercussões. O problema gerado |
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pela dramática aceleração das alterações climáticas tem efeitos globais. Constitui um desafio à redefinição das nossas noções de crescimento e de progresso. Coloca uma questão de estilo de vida. É imperativo que encontremos uma solução que seja consensual, devido à escala e à natureza global do impacto do clima, pelo que se exige uma solidariedade que seja universal, uma ‘solidariedade entre as gerações’ e ‘entre os indivíduos da mesma
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geração’ (LS 13, 14, 162).
O Papa define o nosso mundo como ‘a nossa casa comum’ e, no exercício do nosso ofício de administradores, temos de dar atenção à degradação humana e social que é consequência de um meio ambiente deteriorado. Apelamos a uma abordagem ecológica integral, apelamos a que a justiça social ocupe um lugar central, ‘para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres’ (LS 49).
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O desenvolvimento sustentável deve incluir os pobresAo mesmo tempo que deplora o impacto dramático das rápidas alterações climáticas no nível dos oceanos, em fenómenos climáticos extremos, nos ecossistemas em deterioração e na perda de biodiversidade, a Igreja é também testemunha de como as alterações climáticas estão a afetar as comunidades e populações vulneráveis, que são gravemente prejudicadas. O Papa Francisco alerta-nos para o impacto irreparável das |
alterações climáticas desenfreadas em muitos países em desenvolvimento do mundo. Além disso, no seu discurso às Nações Unidas, o Papa afirmou que o abuso e a destruição do meio ambiente são também acompanhados de um persistente processo de exclusão (1).
Líderes corajosos à procura de acordos executáveisA edificação e manutenção de uma casa comum sustentável requerem uma liderança política corajosa e imaginativa. São necessários sistemas normativos que estabeleçam com |
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clareza determinados limites e assegurem a proteção do ecossistema (LS 53). Há dados científicos credíveis que sugerem que as alterações climáticas aceleradas são resultado da atividade humana desenfreada, ao serviço de um modelo particular de progresso e de desenvolvimento, e que uma das causas principais reside na excessiva dependência dos combustíveis fósseis. O Papa e os Bispos católicos dos cinco continentes, sensíveis aos danos que são provocados, apelam a uma drástica redução das emissões de dióxido de carbono e outros gases tóxicos. |
Unimos a nossa voz ao apelo do Santo Padre em favor de um progresso significativo em Paris, de um acordo compreensivo e de mudança apoiado por todos, com base em princípios de solidariedade, justiça e participação (2). Este acordo deve colocar o bem comum à frente dos interesses nacionais. É também essencial que as negociações desemboquem num acordo executável que proteja a nossa casa comum e todos os seus habitantes.
Nós, Cardeais, Patriarcas e Bispos, proferimos um apelo geral e propomos dez propostas específicas de orientação. Apelamos à COP 21 |
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que formule um acordo internacional para limitar o aumento global da temperatura aos parâmetros atualmente sugeridos pela comunidade científica global, de modo a evitar impactos climáticos catastróficos, especialmente para os mais pobres e para as comunidades mais vulneráveis. Estamos de acordo quanto à existência de uma responsabilidade comum, mas também diferenciada, de todas as nações. Os distintos países alcançaram um estádio diverso de desenvolvimento. É imperativo que se trabalhe em conjunto em prol de um empreendimento comum.
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Os nossos dez apelos:
1. Ter em atenção não apenas as dimensões técnicas mas particularmente éticas e morais das alterações climáticas, como indicado no Artigo 3 da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (CQNUAC).
2. Aceitar que o clima e a atmosfera são bens comuns globais que a todos pertencem e a todos se destinam.
3. Adotar um acordo global justo, de mudança e juridicamente vinculativo, com base na nossa visão comum do |
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mundo que reconhece a necessidade de viver em harmonia com a natureza, e que garanta que todos possam fruir dos direitos humanos, incluindo os direitos dos Povos Indígenas, das mulheres, jovens e trabalhadores.
4. Impor limites estritos ao aumento global da temperatura e estabelecer um objetivo de completa descarbonização para meados do século, com vista a proteger as comunidades de primeira linha que sofrem os impactos das alterações climáticas, como aquelas das Ilhas do Pacífico e das regiões costeiras. - Assegurar que o limite de temperatura é codificado num acordo global juridicamente vinculativo, com compromissos e ações de mitigação ambiciosos por parte de todos os países, reconhecendo as suas responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e respetivas capacidades (CBDRRC), com base em princípios de equidade, responsabilidades históricas e no direito ao desenvolvimento sustentável. - Para assegurar que as reduções das emissões dos governos estão em linha com o objetivo de descarbonização, os governos têm de desenvolver revisões periódicas dos compromissos que |
estabelecem e das ambições que manifestam. E, para terem sucesso, estas revisões têm também de se basear nos dados científicos e na equidade e devem ser obrigatórias.
5. Desenvolver novos modelos de desenvolvimento e estilos de vida que sejam compatíveis com o clima, enfrentem as desigualdades e tirem as pessoas da pobreza. Um elemento primordial para que tal aconteça é pôr fim à era dos combustíveis fósseis, calendarizando a redução das emissões de combustíveis fósseis, incluindo as emissões militares, da aviação e da marinha, e proporcionando a todos o acesso a energias renováveis económicas, fiáveis e seguras.
6. Assegurar que as pessoas possam ter acesso à água e à terra para desenvolverem sistemas alimentares resistentes às condições climatéricas e sustentáveis, que deem prioridade às soluções propostas pelas populações e não aos lucros.
7. Assegurar que os mais pobres, mais vulneráveis e quantos sofrem maiores impactos possam participar em todos os níveis dos processos de tomada de decisões. |
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8. Assegurar que o acordo de 2015 aponte para uma abordagem de adaptação que responda adequadamente às necessidades imediatas das comunidades mais vulneráveis e tenha em conta as alternativas locais.
9. Reconhecer que as necessidades de adaptação dependem do sucesso das medidas de mitigação a serem tomadas. Os responsáveis pelas alterações climáticas têm a responsabilidade de apoiar os mais vulneráveis na sua adaptação, a gerirem as perdas e os danos, e devem partilhar a tecnologia e o saber-fazer necessários.
10. Oferecer quadros de referência claros quanto ao modo como os países irão dar resposta à provisão de compromissos financeiros fiáveis, consistentes e adicionais, assegurando um financiamento equilibrado de ações de mitigação e necessidades de adaptação.
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Tudo isto implica uma educação e uma consciência ecológica sérias (LS 202-215).
Oração pela TerraDeus de amor, ensina-nos a cuidar deste mundo como nossa casa comum. Inspira os líderes governamentais que se reúnem em Paris: - para que escutem e prestem atenção ao clamor da terra e ao clamor dos pobres; - para que se unam de mente e coração dando uma resposta corajosa; - que procurem o bem comum e proteja o belo jardim terrestre que criaste para nós, para todos os nossos irmãos e irmãs, para todas as gerações vindouras. Ámen
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------------ 1 - Discurso do Santo Padre, Sede da Organização das Nações Unidas, Nova Iorque, Sexta-feira 25 de setembro de 2015. 2 - Discurso do Papa Francisco aos Ministros do Meio Ambiente dos Países Membros da União Europeia, Cidade do Vaticano, Quarta-feira 16 de setembro de 2015. |
Os bispos que assinam esta declaração: Cardeal D. Oswald Gracias, Arcebispo de Bombaim, Índia, Presidente da FABC (Ásia)
D. Gabriel Mbilingi, Arcebispo de Lubango, Angola. Presidente do SECAM (África)
Cardeal D. Péter Erd?, Arcebispo de Esztergom – Budapeste, Hungria Presidente do CCEE (Europa)
D. Joseph Kurtz, Arcebispo de Louisville, Presidente da USCCB (EUA)
Cardeal D. Reinhard Marx, Arcebispo de Munique, Alemanha, Presidente do COMECE (Europa)
D. John Ribat, Arcebispo de Port Moresby, Papua Nova-Guiné Presidente da FCBCO (Oceânia)
Cardeal D. Rubén Salazar Gómez, Arcebispo de Bogotá, Colômbia Presidente do CELAM (América Latina)
D. David Douglas Crosby, Bispo de Hamilton, Canadá, Presidente da CCCB-CECC (Canadá)
Cardeal D. Béchara Boutros Raï, Patriarca de Antioquia (Maronita) Presidente do CCPO (Conselho dos Patriarcas Católicos do Oriente)
Escrito em colaboração com as redes católicas CIDSE e Caritas Internationalis e com o patrocínio do Concelho Pontifício Justiça e Paz |
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A caminho da COP21 |
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Em contagem decrescente para a 21ª Cimeira da ONU sobre Alterações Climáticas, a FEC acompanha e mobiliza a nivel nacional por uma ‘Mudança pelo Planeta, Cuidando das Pessoas’. Vai além fronteiras e associa-se à CIDSE numa ação global com o mesmo mote, a par e passo com as suas congéneres Europeias e Norte-Americanas num caminho de reflexão e ação conjunta inspirada na Encíclica do Papa Francisco, Laudato Si. "Mudar pelo planeta - cuidar das pessoas" é uma campanha que exige |
uma mudança radical no estilo de vida das pessoas para uma vida simples, fazendo escolhas diferentes e mais conscientes. Vai muito além do consumo de energia e alimentos, apelando por melhores políticas, bem como ao envolvimento de todas as pessoas. Ultrapassa as fronteiras formais do conceito de ambiente, realçado inúmeras vezes pelo Papa na Encíclica Laudato Si. O ambiente é a relação entre a natureza e a sociedade e entre as pessoas que a constituem. A natureza não é um cenário ou um |
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palco separado das pessoas, é parte intrínseca. Uma reflexão atual e pertinente num momento particularmente sensível, reforçada pela urgência de enfrentar uma crise ecológica que não é só uma crise técnica, de gestão de recursos naturais, mas antes uma crise moral e de sentido, como referiu o anfitrião da COP21, o Presidente da República Francês, François Hollande e a sua Ministra do Ambiente, Segolene Royal apoiando-se na Encíclica e citados por Elena Lasida, economista e teóloga, docente no Instituto Católico de Paris. |
Para a COP21 e alinhada com o 5º capítulo que nos remete para a ação, desafiando cada um de nós nas nossas tarefas diárias e em todas as áreas e esferas da vida, a FEC associa-se à CIDSE e apela por um ambicioso acordo justo, juridicamente vinculativo assinado por todas as partes (países) na COP21.
De salientar a descarbonização das economias em 2050. Um plano de ação pelo qual os países deverão reduzir as suas emissões a zero e gradualmente implementar sistemas que dependam 100% de energia renovável. O acordo deve conter cláusulas |
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de revisão a cada 5 anos e os países deveriam rever os seus próprios objectivos. Garantir que seja alcançada uma redução de emissões no sentido de cumprir a meta de longo prazo de limitar o aquecimento global a apenas 1,5ºC, identificando áreas estratégicas de cooperação para proteger todos os grupos e regiões vulneráveis ??das alterações climáticas perigosas. Sem financiamento climático não se poderão satisfazer as necessidades de adaptação ou transformar as |
economias para atingir os objetivos. A CIDSE defende um compromisso sério para o Fundo Verde para o Clima e uma trajetória clara para os alcançar os 100 mil milhões de dólares já acordados para o apoio das ações climáticas nos países em desenvolvimento até 2020. A equidade deve estar no centro de qualquer compromisso assumido, responsabilizando proporcionalmente os países responsáveis ??pela maioria das emissões e do consumo per capita apoiando os países em |
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desenvolvimento, resolvendo a “verdadeira dívida ecológica” citada na Encíclica do Papa Francisco. As pessoas e comunidades mais vulneráveis ??devem assumir um papel mais forte. A CIDSE e todas as organizações aliadas como a FEC, enquanto organismo de inspiração religiosa, têm a obrigação moral de trazer essas vozes para o palco e apresentar as suas preocupações. As expectativas da CIDSE comtemplam ainda a igualdade de género, a participação plena, promovendo a segurança alimentar e a proteção dos ecossistemas naturais. A aliança das organizações católicas da Europa e América do Norte – |
CIDSE, acredita no poder das pessoas para mudar o rumo do mundo, e trabalha para que a essa voz seja ouvida em diferentes fóruns. Durante a COP 21, que se realiza entre 30 de novembro e 11 de dezembro, na capital Francesa, estão ainda previstas várias atividades no âmbito de uma ação conjunta liderada pela CIDSE que envolvem os cidadãos num apelo concertado pela justiça climática. Com uma segurança reforçada e em alerta máximo, Paris receberá os grandes líderes mundiais numa Cimeira que mostrará todas as faces do ambiente, num dado que vai além da política, que é feito de pessoas, da natureza e das relações que são o embrião da Paz mundial.
Fundação Fé e Cooperação |
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COP21 |
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A conferência COP21 (21ª edição da Conference Of Parties) está prevista para o final de novembro, início de dezembro, na cidade do amor, Paris, mas invadida pelo ódio através dos atentados terroristas a 13 de novembro que levaram à morte de mais de uma centena de pessoas. O Papa Francisco na sua Carta Encíclica Laudato Si' afirma que não podemos dissociar os relacionamentos que temos com o meio ambiente dos relacionamentos que temos entre nós. É dessa síntese que emerge uma Ecologia Integral. Assim, o cenário sobre o qual se desenvolve este COP21 acaba por ser histórico e emblemático. O Presidente Francês François Hollande no seu discurso após os ataques terroristas afirmava que este COP21 é uma forma de trazer a esperança e a solidariedade, não apenas aos franceses, mas a todos, pois, esperam-se mais de 50000 participantes de todo o mundo. Assim, Paris torna-se a capital do mundo, e, uma vez mais, a questão ambiental extravasa o mundo natural onde se desenrola esta história de relacionamento entre o ser humano e o ambiente, para se tornar uma |
resposta positiva aos desafios sócio-culturais associados ao terrorismo.Considerando este enquadramento, as metas para este COP21 são claras e a palavra-chave é compromisso. Uma das metas mais relevantes refere-se à temperatura global que não deverá aumentar mais do que 2°C até 2100. Como pode ser esse valor relevante quando o choque térmico num dia de verão entre estar dentro de casa e fora dela pode ir até aos 10°C? Basta pensar que o aquecimento global produz efeitos num todo e não numa parte. Por exemplo, a temperatura do nosso corpo é de 37°C, mas basta aumentar 1°C e ficamos de cama, sentimos dores de cabeça e por todo o corpo. Enfim, apanhámos uma gripe. Com o planeta não é diferente, um pequeno aumento de temperatura pode alterar o equilíbrio com graves consequências, daí o contributo das ciências climáticas em estabelecer um valor como critério. É esse o papel do Intergovernamental Panel for Climate Change (IPCC) que reúne especialistas de todo o mundo para ajudar os governantes a assumir um compromisso com base na |
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informação mais credível possível. A segunda meta mais relevante é o estabelecimento de um fundo de 100 mil milhões de dólares para orientar os países em vias de desenvolvimento na direção de um progresso mais sustentável, viabilizando a transferência de tecnologia e apoio a uma educação ambiental mais responsável. Neste fundo se inclui o Green Climate Fund (Fundo Clima Verde) que apoiou recentemente os primeiros 8 investimentos, em diversos continentes, relacionados com sistemas de proteção civil, sistemas sanitários e de fornecimento de água. Em síntese, às palavras "esperança" e "solidariedade" acrescentaria "compromisso". É uma palavra cada vez mais importante no âmbito das Alterações Climáticas, mas também em todos os âmbitos da família humana. Aliás, essa seria a maior |
descoberta que se poderia fazer neste COP: Somos uma só Família. A visibilidade dessa mensagem será uma resposta para o drama do terrorismo que atualmente se vive com maior intensidade.
Miguel Oliveira Panão, Investigador |
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Sociedades livres de emissões de carbono
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A 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas é o Encontro dos Estados Parte da Convenção Quadro da ONU sobre Alterações Climáticas (CQNUAC), mais conhecida por COP21. Está previsto ter lugar na capital francesa, entre os próximos dias 30 de novembro e 11 de dezembro. Esta Conferência assume elevada importância, entre outros aspetos, pela renovação do Protocolo de Quioto, em vigor desde 2005. E este Protocolo foi o primeiro (e até à data, o único) instrumento internacional para a redução das emissões de gases com efeito |
de estufa, a principal causa do aumento da temperatura média do Planeta e, consequentemente, das alterações climáticas. O Acordo de Quioto foi pouco ambicioso. Propôs uma redução de apenas 5% nas emissões de gases e falhou na tentativa de implicar as grandes economias, garantindo apenas o compromisso da União Europeia. Não obstante, a ciência tem evidenciado de forma muito clara a necessidade de limitar as emissões de gases com efeito de estufa. Aumentar a temperatura média do planeta para lá de 2ºC poderá colocar-nos |
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perante cenários de dimensões verdadeiramente catastróficas. Em todo o caso, os desastres naturais irão crescer, em quantidade e em intensidade e a desertificação e a escassez de água aumentarão também. E é neste clima de receio de um novo fracasso que a Conferência de Paris irá decorrer: que os países não sejam capazes de chegar a um acordo, obrigatório e ambicioso. É um risco que existe mas as suas consequências seriam lamentáveis para todos. A COP21 deverá ser capaz de alcançar um acordo ambicioso que garanta sociedades livres de emissões de carbono até 2050. E isto apenas se pode conseguir através de acordos obrigatórios, que tenham a capacidade para sancionar quem não cumpra, e com a transferência de fundos e de tecnologia para os chamados Países em Desenvolvimento, permitindo-lhes incorporar-se neste caminho colaborativo. Através da Encíclica Laudato Si o Papa Francisco deixou o seu contributo para estas negociações, deixando uma mensagem de esperança e apelando a um diálogo honesto que conduza |
a um compromisso real. O Papa reconhece que estamos perante um desafio de enormes proporções, que nos faz questionar o nosso próprio modelo socioeconómico: os nossos atuais sistemas de produção, de consumo e de criação de resíduos estão a conduzir ao esgotamento de recursos e à exclusão social. E a COP21 poderá ser um passo importante na longa caminhada pela transformação social. É esta a chamada do Papa Francisco. Por fim, e como nos recorda Francisco, não estamos perante duas crises: uma social e outra ambiental. Pelo contrário somos confrontados com uma única e profunda crise sócio- ambiental. E a violência recente em Paris vem recordar-nos que as questões da igualdade e da paz não podem ficar à margem. O momento que estamos a viver é um momento onde muitas destas tensões se tornam mais evidentes sendo urgente e necessário um compromisso profundo para cuidar desta “Casa Comum”, esta Casa que inclui as pessoas e o lugar onde habitam.
Jose Ignacio Garcia,sj - Artigo facilitado pela Fundação Gonçalo da Silveira (ONGD Jesuíta) |
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COP21: Igreja Católica
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400 mil participantes esperados e entre eles muitos responsáveis religiosos. D. Jean-Luc Brunin, bispo de Havre (França), destaca a mobilização dos cristãos para a próxima cimeira do clima de Paris, procurando medidas concretas que, entre outras, ajudem a limitar o aquecimento global a 2 graus e reduzir a emissão de gases com efeito de estufa. O responsável francês sustenta que a problemática do clima, com dimensão universal, deu uma “nova legitimidade” às religiões no que diz respeito às questões sociais, abrindo caminhos de diálogo com os atores políticos. A este respeito, a encíclica ‘Laudato Si’, do Papa Francisco, reforçou o lugar da ecologia na Doutrina Social da Igreja, a partir do princípio de que “tudo está ligado” (crises ambiental, económica, social e política). A Igreja Católica em França vê o acolhimento da COP21 como uma oportunidade de promover a “espiritualidade ecológica” na opinião pública, ajudando a repensar |
a dinâmica do desenvolvimento e do crescimento económico. A cimeira do clima vai contar com alguns eventos paralelos promovidos pela Igreja Católica, desde conferências a momentos de oração, com destaque para o convite dirigido ao patriarca ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu I, que vai falar a 1 de dezembro no célebre Colégio dos Bernardinos, em Paris. Associações católicas vão dar vida a uma “cidade das alternativas” e promover uma marcha durante a COP21. A Catedral de Notre-Dame de Paris vai acolher uma celebração ecuménica a 3 de dezembro, presidida pelo cardeal André Vingt-Trois, o patriarca Bartolomeu I e o secretário-geral do Conselho Ecuménico das Igrejas, o pastor Olav Fykse Tveit.
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ESTRADA VIVA – Liga contra o Trauma |
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No passado domingo, dia 15 de novembro, celebrou-se mais um Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, este ano sob o lema “É tempo de recordar – diga NÃO ao crime rodoviário”. O espírito desta celebração, que é realizada anualmente no terceiro domingo do mês de novembro, “é de que a evocação pública da memória daqueles que perderam a vida ou a saúde nas estradas e ruas nacionais significa um reconhecimento, por parte do Estado e da sociedade, da trágica dimensão da sinistralidade, e ajuda os sobreviventes a conviver com o trauma de memórias dolorosas resultantes de acidentes rodoviários. É neste sentido que a minha sugestão de visita passa precisamente pelo sítio da associação Estrada Viva. Ao digitarmos o endereço www.estradaviva.org encontramos um espaço eminentemente informativo e que destaca na página inicial, naturalmente, os cartazes e spots promocionais relativos a esta celebração. Na opção “quem somos” dispomos de informações que nos indicam |
quem é esta associação. Nomeadamente que esta é uma “rede informal de organizações e personalidades que se reúnem com o objetivo de promover iniciativas conjuntas e coordenadas de combate ao trauma rodoviário, de sensibilização para a necessidade da sua prevenção, da sua gestão” entre outros. Se pretender saber quem são as cinquenta e sete entidades coletivas subscritoras da liga contra o trauma, basta que clique em “rede”. Em 2002, São João Paulo II, “perante o aumento exponencial do número de vítimas de desastres rodoviários no mundo, promoveu a mudança do então dia Europeu em Memória das Vítimas da Estrada para dia Mundial”. Assim em “Dia da Memória” pode consultar todas as informações relativas a cada ano em que foi vivido este dia. |
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Uma das grandes potencialidades deste espaço passa pela possibilidade de poder tirar um curso online de Sobrevivência Rodoviária. Esta formação “constitui uma ferramenta, para a dinamização em diversos contextos, de formação técnica sobre as causas da sinistralidade e as estratégias para a sua mitigação. Os conteúdos são organizados em torno dos 5 pilares do Plano Global de Ação para a Segurança Rodoviária, definidos pela ONU e OMS no âmbito da Década Global”.
Por último em “rádio estrada viva” |
temos ao dispor uma rádio online cujos “conteúdos se baseiam em depoimentos, entrevistas, reportagens, campanhas e notícias. Cada ficheiro de som pode ser também divulgado individualmente”. Fica então lançada a sugestão porque “a morte e lesão por acidente de viação são ocorrências repentinas, violentas e traumáticas, e o seu impacto duradouro, por vezes, permanente”.
Fernando Cassola Marques |
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Um «terramoto doutrinal»
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Uma obra com dados novos para a historiografia portuguesa visto que o autor tratado na investigação apenas merecia, antes deste trabalho, uma referência diminuta – meia página – da história da inquisição. Da autoria de D. Carlos Moreira Azevedo, a obra «Terramoto Doutrinal – A carta dogmático-política (1775) do P. João Moutinho contra a Inquisição» tem a chancela da «Temas e Debates – Círculo de Leitores» foi apresentada, a 13 deste mês, na Biblioteca Nacional, em Lisboa. Através desta apaixonante e inédita investigação, o portuense João Moutinho (1698-?) passa de um quase desconhecido a um rocambolesco e provocante autor de longa carta aberta ao rei D. José (1755), sátira congeminada ao longo de vários anos. “Foi uma surpresa encontrar na correspondência entre o secretário de Estado do Vaticano e o núncio em Lisboa e vice-versa, cartas” sobre este padre, disse à Agência ECCLESIA D. Carlos Moreira Azevedo, delegado do Conselho Pontifício da Cultura. Esta recomposição da vida e obra |
de João Moutinho “pode parecer um cativante romance policial, conjugando abertura mental, erudição teológica e ironia altiva, perante a inquisição e seus responsáveis em Portugal: o Estado e a Igreja”, lê-se na contracapa da obra. |
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Com cerca de 270 páginas e dividida em duas partes, o autor socorreu-se da correspondência existente no arquivo do Vaticano e dos dois exemplares conhecidos: Um na Biblioteca Nacional de Portugal (com 192 páginas) e o outro, com menos páginas, mas com curiosas notas manuscritas, na Biblioteca Nacional de França. A produção da obra foi interrompida pela inquisição, mas o autor conseguiu retirar algumas dezenas de exemplares da tipografia (Florença – Itália) e enviar, mesmo incompleto, ao rei, ao marquês de Pombal e a amigos.
O documento do padre João Moutinho é “uma crítica dogmática à inquisição, dizendo que os bispos portugueses são todos hereges” ao permiti-la e que esta tem de acabar rapidamente. Este oratoriano fundamenta-se com “argumentos da patrística e da Escritura”, |
realça D. Carlos Azevedo.
Com formação erudita, o padre João Moutinho foi uma personalidade visionária e tem “uns inéditos na área da Filosofia que nunca foram publicados, quando lecionou em Braga”.
Mesmo com uma distância secular, este oratoriano que o Marquês de Pombal quis apagar da história, fazendo-o morrer no castelo de Sant´Angelo (Roma-Itália), tinha ideias inovadoras para a época: “O que importa é apostar na educação porque o futuro de um país” passa por aí. A obra «Terramoto Doutrinal» foi apresentada pelo investigador José Eduardo Franco, o qual falou de uma obra “extraordinária” que interessa ao público especializado, mas não só, por apresentar a “crítica mais contundente” à Inquisição em Portugal, do ponto de vista intraeclesial. |
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II Concílio do Vaticano:
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A votação definitiva da declaração sobre a Liberdade Religiosa foi feita a 19 de novembro de 1965. O II Concílio do Vaticano (1962-65) entrava na reta final… Esta votação foi feita cerca de mês depois da do capítulo sobre os judeus (esquema sobre as religiões não cristãs) é um dos momentos que entrou nos anais deste acontecimento magno convocado pelo Papa João XXIII. Nenhum outro esquema conheceu tantas vicissitudes como este, que apareceu, justamente, a numerosos observadores como o teste por excelência da boa vontade, e mesmo de boa-fé, da Igreja romana. Com este esquema, um dos principais obstáculos da estrada do ecumenismo foi levantado. O que era impossível ontem será possível amanhã. Ao criar o secretariado para a unidade dos cristãos e dando-lhe todos os poderes para redigir e apresentar esquemas relativamente às comissões conciliares, o Papa João XXIII “tinha a intuição de que este organismo – confiou-o ao seu amigo cardeal Bea – conheceria imensas dificuldades” (Henri Fesquet – «O Diário do Concílio»; Volume 3, Publicações Europa – América, pág 315). A cúria romana olhou com desconfiança este secretariado concorrente, que, sob o impulso dum cardeal alemão, despojava o Santo Ofício duma parte das suas tradicionais atribuições. Os trabalhos vieram provar que a equipa do Cardeal Bea triunfou “quase totalmente” (Obra citada). “A animosidade dos inimigos deste texto foi extraordinária. Em certo sentido ultrapassa aquela |
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que se verificou a propósito da questão judaica porque os motivos invocados aqui são mais racionais que os referentes àquela questão” (Ver: Henri Fesquet). O dogmatismo doutrinal erguia-se com “toda a sua força, temível e temida”. A minoria tentava opor antigos textos pontifícios, ou brandir a ameaça do laicismo ou do indiferentismo. O peso do passado erra terrivelmente duro e foi necessário que a obstinação dos teólogos mais abertos se |
conjugasse com o instinto pastoral dos bispos e a firme vontade do Papa Paulo VI para chegar ao fim de todas as resistências. Dois libelos circulavam na assembleia, datados do dia anterior. Vinham “do famoso «Coetus Internationalis Patrum»”. A maioria da assembleia mostrou-se extremamente compreensiva em relação à minoria. No entanto a comissão e o Papa Paulo VI fizeram grandes esforços para reunir os oponentes. |
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novembro 2015 |
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Dia 20 de Novembro* Funchal – Sé – A comunidade dos Padres Carmelitas Descalços (OCD) do Funchal, informa que, esta sexta-feira, o padre frei Félix Astondoa Gortázar (Cecílio do Menino Jesus) completa 100 anos de vida * Porto – Espinho - Debate sobre «Religião e Educação» com a participação de António Nóvoa e Joaquim Azevedo * Lisboa – Alfragide - O Movimento «Encontro Matrimonial» promove a atividade «Um fim-de-semana muito especial...» (20 a 22) * Fátima - Sessão de Estudos de Espiritualidade Inaciana com o tema «Nada nem ninguém te rouba a alegria» (20 a 22) Dia 21 de Novembro* Funchal - Colégio Santa Teresinha - Jornada do Apostolado dos Leigos dedicada ao Ano da Misericórdia* Santarém - Encontro diocesano de coros
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* Fátima - Domus Carmeli - A CNIS promove o encontro de dirigentes de IPSS com os candidatos presidenciais Marcelo Rebelo de Sousa (14:30) e Maria de Belém (10:30).
* Aveiro – Seminário - Assembleia de Animadores de Aveiro (A3) com o tema «O tempo perguntou ao tempo» * Vaticano - Entrega da quinta edição do Prémio Ratzinger, considerado o «Nobel» da Teologia, vai distinguir dois professores, naturais do Brasil e do Líbano. * Lisboa - Convento de São Domingos - O historiador José Matoso vai participar na celebração dos 40 anos do Centro de Reflexão Cristã (CRC). * Santarém - Encontro diocesano de catequistas com conferência sobre «A Misericórdia de Deus na Sagrada Escritura» pelo padre Francisco Ruivo. * Leiria - Centro Pastoral Diocesano - A Diocese de Leiria-Fátima promove encontro dos media da região |
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* Lisboa - São Domingos de Rana (Salão paroquial) - O Agrupamento 113 do Corpo Nacional de Escutas organiza uma recolha de sangue
* Porto - Seminário de Cucujães - Lançamento da obra «Os Salmos» da autoria de D. António Couto, Bispo de Lamego. * Viseu – Sé - Vigília de oração para preparar a Solenidade de Cristo Rei * Fátima - As Equipas de Nossa Senhora vão realizar o seu encontro nacional para refletirem sobre o pulsar deste movimento. (21 e 22) * Leiria - Mercado solidário de Sant´Ana promovido pela Cáritas de Leiria (21 e 22) Dia 22 de Novembro* Leiria – Seminário - Assembleia Diocesana do Apostolado da Oração* Porto – Sé - A Diocese do Porto homenagea D. João Lavrador, que vai assumir a missão de bispo coadjutor de Angra, nos Açores. * Setúbal - Almada - Santuário de Cristo Rei - Jornada internacional de oração pela paz no mundo promovida pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) |
* Porto - Paço Episcopal Apresentação da obra «A Igreja em Diálogo com o mundo» da autoria de D. João Lavrador com apresentação a cargo do Bispo do Porto, d. António Francisco e com intervenções do próprio autor, D. João Lavrador, do padre Manuel Correia Fernandes, director do Semanário «Voz Portucalente» e do padre José Carlos Nunes, director da Paulus.
Dia 23 de Novembro* Braga - Famalicão (Centro Pastoral de Santo Adrião) - Semana Bíblica do arciprestado de Famalicão com o tema «Convocados para o Anúncio» orientada por D. António Couto, bispo de Lamego. (23 a 25)* Açores - Ilha de São Miguel (Ponta Delgada) - Semana Bíblica Diocesana dos Açores com o tema «Santificados pela Palavra» (23 a 25) Dia 24 de Novembro* Porto - Fundação SPES - A Fundação SPES promove debate sobre a «Laudato Si»Dia 25 de Novembro* Portalegre - Encontro de Advento para o Clero da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.
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- Exposição “Presépios do Mundo”, no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, com peças oriundas dos cinco continentes e considerada como uma das melhores do mundo, a visitar entre 21 de novembro e 10 de janeiro, de terça a domingo entre as 10h00 e as 12h30 e as 14h00 e as 17h30.
- Teatro “A Fórmula de Deus”, baseado numa obra do jornalista José Rodrigues dos Santos e levado a cena pelo grupo “Fatias de Cá”, dia 22 de novembro, às 16h00 no Palácio Nacional de Mafra.
- Colóquio “O Papel do Voluntariado no Séc. XXI”, dia 25 de novembro às 14h30, no auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian, com a participação de João Pedro Tavares, presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores e João Afonso, vereador da Ação Social da Câmara Municipal de Lisboa.
- Conferência “Criação, Antropologia e Economia no Livro do Génesis: Reflexões à luz da Laudato Si”, do professor Luigino Bruni, da Universidade Lumsa de Roma, dia 26 de novembro às 19h00, no auditório Carvalho Guerra, da Universidade Católica do Porto.
- Concerto de flauta de bisel e órgão, na igreja de S. Francisco de Évora, com atuações de António Carrilho e Rafael Reis, dia 29 de novembro às 16h30, inserido no ciclo “Música nas Igrejas”, organizado pela Direção Regional de Cultura do Alentejo e pelo Cabido da Sé de Évora |
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Programação religiosa nos media |
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Antena 1, 8h00 RTP1, 10h00 Transmissão da missa dominical
11h00 - Transmissão missa
12h15 - Oitavo Dia
Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã; 12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida. |
RTP2, 11h30Domingo, 22 de novembro - Projetos da Cáritas no Líbano
RTP2, 15h30 Segunda-feira, dia 23 - Entrevista a D. Pedro Zilli, bispo de Bafatá, Guiné-Bissau
Terça-feira, dia 24 - Informação e entrevista ao padre António Alexandre Ferreira, missionário no Quénia
Quarta-feira, dia 25 - Informação e entrevista ao padre Marcos Alvim, autor do CD "Tu, Senhor"
Quinta-feira, dia 26 - Informação e entrevista à escritora Maria Teresa Maia Gonzalez
Sexta-feira, dia 27 - Análise às leituras bíblicas das missas de domingo com padre João Lourenço e Juan Ambrosio
Antena 1 Domingo, dia 22 de novembro - 06h00 - Wake Up: o novo CD do PApa Francisco
Segunda a sexta-feira, 23 a 27 de novembro - 22h45 - Diocese de Angra: fique a conhecerum pouco melhor a realidade da diocerse que vai acolher o novo bispo coadjutor, D. João Lavrador, no próximo domingo, dia 29 de novembro |
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Ano B – Solenidade de Cristo Rei |
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Rei do amor e da verdade |
Jesus Cristo é Rei e Senhor do Universo. É a afirmação central da Solenidade deste último domingo do ano litúrgico. O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, Jesus a assumir a sua condição de rei diante de Pôncio Pilatos. As declarações de Jesus não deixam lugar a dúvidas: Ele é rei e recebeu de Deus, como diz a primeira leitura, “o poder, a honra e a realeza” sobre todos os povos da terra. Somos hoje convidados, antes de mais, a descobrir e interiorizar esta realidade: Jesus, o nosso rei, é princípio e fim da história humana, está presente em cada passo da caminhada dos homens e conduz a humanidade ao encontro da verdadeira vida. Os grandes líderes das nações são, frequentemente, pessoas com uma visão muito limitada do mundo, que nem sempre se preocupam com o bem da humanidade e que conduzem as suas políticas de acordo com lógicas de ambição pessoal ou de interesses particulares. Esta constatação não deve lançar-nos no desânimo: nós sabemos que Cristo é o nosso rei, que preside à história e que, apesar das falhas das pessoas, continua a caminhar connosco e a apontar-nos os caminhos da salvação e da vida. Jesus apresenta-Se aos homens sem qualquer ambição de poder ou de riqueza, sem o apoio dos grupos de pressão que fazem os valores e a moda, sem qualquer compromisso com as multinacionais da exploração e do lucro. Ele apresenta-se só, indefeso, prisioneiro, armado apenas com a força do amor e da verdade. Não impõe nada; só propõe às pessoas que acolham no seu coração uma lógica de amor, de serviço, de obediência a Deus e aos seus projetos, de dom da vida, de solidariedade |
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com os pobres e marginalizados, de perdão e tolerância. É com estas armas que Ele vai combater o egoísmo, a autossuficiência, a injustiça, a exploração, tudo o que gera sofrimento e morte. É uma lógica desconcertante e incompreensível, à luz dos critérios que o mundo avaliza e enaltece. A forma simples e despretensiosa como Jesus, o nosso Rei, Se apresenta, convida-nos a repensar certas atitudes, certas formas de organização e certas estruturas que criamos. A comunidade de Jesus, a Igreja, não pode estruturar-se e organizar-se com os mesmos critérios dos reinos da terra. Deve interessar-se |
mais por dar um testemunho de amor e de solidariedade para com os pobres e marginalizados do que em controlar as autoridades políticas e os chefes das nações; deve preocupar-se mais com o serviço simples e humilde aos homens do que com os títulos, as honras, os privilégios; deve apostar mais na partilha e no dom da vida do que na posse de bens materiais ou na eficiência das estruturas. A Igreja está a ser gravemente infiel à sua missão, se não testemunhar a mesma lógica de realeza que Jesus apresentou diante de Pôncio Pilatos.
Manuel Barbosa, scj www.dehonianos.pt |
Novo presidente da Conferência
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O novo presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) foi eleito por dois anos, até 2017, esta terça-feira na assembleia-geral em Fátima, e pretende “dar continuidade” ao Ano da Vida Consagrada e depois o Jubileu da Misericórdia. “Há uma continuidade em relação à direção anterior. A minha preocupação é dar continuidade ao Ano da Vida Consagrada e depois o Ano Santo da Misericórdia”, explicou o padre José Vieira à Agência ECCLESIA. O religioso adiantou que na primeira reunião da direção da CIRP vão debater “o caminho a fazer”, até 2017. “Agora junta-se a misericórdia que é outra dimensão importante da vida religiosa. De dezembro a início de fevereiro, as duas celebrações vão estar juntas e é um aspeto importante porque temos de ser corações misericordiosos num mundo dividido por tanta falta de misericórdia, confiança e paz”, desenvolveu o novo presidente da CIRP. Para o padre José Vieira, do Instituto dos Missionários Combonianos, |
o ano especial, proposto pelo Papa Francisco, foi uma “oportunidade para repensar a consagração e a dimensão fundamental” de serem “profetas do amor, da ternura da misericórdia de Deus”. O religioso destaca que realizaram-se e estão a decorrer diversas iniciativas em Portugal e, embora, o périplo do velocípede do Ano da Vida Consagrada tenha sido cancelado as comunidades que o iam receber “podem realizar na mesma atividades” ao encerramento oficial do AVC em Portugal, a 7 de fevereiro de 2016, com uma peregrinação ao Santuário de Fátima. O missionário comboniano foi eleito esta terça-feira e revelou que recebeu com “total surpresa” este voto de confiança porque não estava |
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à espera “este lugar de responsabilidade” quando foi para o encontro em Fátima. “Como fomos educados para aceitar os sinais de Deus através da confiança que as pessoas põem em nós, aceitei. Pensava que havia gente com mais capacidade entre os homens e mulheres religiosos de Portugal”, acrescentou o padre José Vieira. A assembleia-geral teve um momento de formação sobre ‘Proximidade |
e liderança, liderança e governo, governo e liderança’ e o novo presidente da CIRP considera que há a “necessidade” de se tornarem “mais próximos uns dos outros”. O padre José Vieira nasceu em Cinfães, foi diretor das revistas ‘Audácia’ e ‘Além-Mar’, editoriais dos Combonianos, de publicações nas Filipinas e rádios no Sudão do Sul e na Etiópia; há vários anos escreve no blogue Jirenna, dedicado à missão.
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Luto na Vida Consagrada |
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O funeral da irmã Maria do Carmo Martins, que faleceu na sequência de um acidente com o velocípede da vida consagrada ocorrido esta segunda-feira, foi celebrado esta manhã no Instituto Jesus, Maria e José, em Viseu. Horas depois foi celebrada uma Eucaristia pela religiosa na Paróquia dos Alhais (Vila Nova de Paiva, Diocese de Lamego), de onde era natural. O Instituto Jesus, Maria e José revelou em comunicado que a irmã Maria do Carmo Martins Lino morreu na sequência de um traumatismo craneoencefálico. As religiosas pedem orações por outra das vítimas, uma educadora do Centro Social JMJ de Viseu, que ainda se encontra no Hospital de Coimbra. O velocípede do Ano da Vida Consagrada era uma iniciativa da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) que na assembleia-geral desta terça-feira, depois do acidente, cancelou o périplo por Portugal. "A decisão foi um ato de respeito da Assembleia da CIRP pela vida e pela morte da irmã que foi vitima do |
acidente", disse à Agência ECCLESIA o presidente da CIRP, o padre José Vieira. Para o missionário comboniano, esta decisão era "o mínimo" que se podia fazer após o falecimento de uma religiosa, "por respeito pela memória da irmã que perdeu a vida naquele |
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acidente, pelas irmãs da congregação e pelas pessoas que ficaram feridas". O acidente com o velocípede de 12 lugares do Ano da Vida Consagrada, que feriu cinco pessoas, uma das quais viria a falecer, aconteceu esta segunda-feira na Diocese de Viseu.
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Outras três pessoas foram assistidas no local pelos Bombeiros e pelo INEM. “O que poderemos dizer como direção da CIRP é que houve falha nos travões da bicicleta e pânico”, tinha explicado a irmã Glória Lopes, esta terça-feira, à Agência ECCLESIA.
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Padre americano apoia antigos prisioneiros dos GulagsOrações clandestinas |
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Trocou o Alasca pelas terras geladas da Sibéria para ajudar antigos prisioneiros dos Gulags. Conheceu histórias de coragem, de terços rezados em silêncio, de mulheres forçadas a abortar. Hoje, Michael Shields quer reconciliar todas estas pessoas com a vida…
O padre americano Michael Shields, dos Irmãos do Sagrado Coração de Jesus, estava em retiro, no Alasca, quando ouviu como que uma voz a interpelar a sua consciência, a mandá-lo para a Rússia, para junto dos que viviam nos campos de prisioneiros, os famosos Gulags. Alguns anos antes, em 1989, o Padre Michael tinha estado num desses terríveis campos, em Magadan, onde o regime soviético depositava todos os que representavam uma ameaça ao poder de Moscovo. A ideia de dedicar a sua vida àquelas pessoas que foram empurradas para a morte na Sibéria começou a ganhar forma. Em 1992, já com o regime soviético a desmembrar-se, Shields decidiu trocar as terras geladas do Alaska pelas terras inóspitas de Magadan. Tudo ali era como que um símbolo desses |
anos terríveis em que milhares de homens e mulheres foram deportados para os campos de trabalho. Quando chegou a Magadan, o Padre Michael estava decidido a ajudar o maior número possível de pessoas. Foi difícil. Lembrar os tempos dos trabalhos forçados, da vida nos barracões, da violência dos guardas, era como que avivar uma ferida que teimava em não sarar. Muitos dos que foram desterrados para ali provinham de países com forte tradição cristã. Se o regime havia decretado a morte de Deus, ali, nos Gulags, seria inimaginável qualquer manifestação de fé.
Orações clandestinasE, no entanto, havia quem rezasse. “Rezavam em silêncio para não lançarem qualquer suspeita”, explica o padre Michael recordando as muitas conversas com antigos prisioneiros. Todos os condenados para os Gulags sabiam que provavelmente não sobreviveriam à prisão. Tudo ali era violento, miserável. Mas foi ali, naqueles barracões onde se |
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amontoavam os presos políticos, que aconteceram as mais incríveis histórias de fé que o Padre Michael nunca mais irá esquecer. Uma das mulheres que sobreviveu aos trabalhos forçados é agora uma grande amiga do “padre americano”, como às vezes é tratado. Chama-se Braslava e um dia decidiu prescindir do pedaço de pão escuro que era distribuído aos prisioneiros para fazer pequenos rosários. Amassando o pão, fazia bolinhas que iria transformar em contas que deixava a secar. À noite, no escuro, com uma agulha feita com uma espinha de peixe, e com uma linha arrancada da sua própria roupa, ia fazendo os rosários. Depois, oferecia-os aos outros prisioneiros. São imensas as cicatrizes do sofrimento que se escondem nos próprios rostos dos que habitam hoje em Magadan. Para o Padre Michael, a sua missão é clara: ajudar os sobreviventes dos Gulags a reconciliarem-se com a vida. O Padre Michael está eufórico. “O Senhor está a abençoar o nosso trabalho e a abrir portas que durante muito tempo estiveram fechadas.”
Paulo Aido | www.fundacao-ais.pt |
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A VOZ DOS BISPOS DE ANGOLATarefas inadiáveis e urgentes |
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Tony Neves |
40 anos após a independência, Angola fez grande festa a 11 de Novembro e os Bispos católicos associaram-se a este momento de especial comemoração. Destaco algumas passagens da Nota Pastoral da CEAST que considero mais significativas:
“A paz e a reconciliação nunca são uma posse definitiva, mas uma tarefa e um horizonte irrenunciável que exige um trabalho nunca acabado. Por isso, estamos a aprender a renovar a nossa mentalidade, despindo-a de todos aqueles males e preconceitos que nos colocaram de costas viradas uns contra os outros; estamos a aprender a respeitar os direitos e a dignidade dos outros; estamos a solidificar a unidade nacional e a estimular o espírito patriótico; enfim, estamos a construir a verdadeira família angolana na diversidade e beleza do seu mosaico cultural. Para esta empresa Angola precisa de todos os seus filhos e filhas, sem exclusão nem discriminação de qualquer natureza que seja. Continuar a investir na reconstrução espiritual e moral de todos os angolanos, enquanto chave para o sucesso de todos os projectos de renovação sócio-culturais em curso, fazendo com que esta data seja comemorada por todos |
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independentemente das suas cores partidárias; Trabalhar com afinco na criação de condições para que todos tenham o indispensável para uma vida dignamente humana, repartindo justamente por todos as mesmas oportunidades e os rendimentos que o país produz e, assim, diminuir o fosso profundo existente entre os extremamente ricos e os extremamente pobres, bem como despartidarizando o Estado e o emprego: afinal, à mesa do desenvolvimento todos somos convidados; Incrementar e generalizar as escolas de base e os cursos técnico-profissionais e de alfabetização qualificados, para que, duma vez por todas, se vençam as trevas da ignorância e do obscurantismo que mantêm comunidades inteiras aprisionadas nas suas crendices opressoras e atrofiantes, lutando |
contra as disfuncionalidades do nosso sistema educativo para que os cidadãos assumam as competências necessárias para serem protagonistas do seu desenvolvimento; Garantir que todos os cidadãos tenham uma habitação condigna e que as infra-estruturas que se estão a realizar sejam de qualidade duradoira; Melhorar a qualidade da nossa linguagem política, jornalística e artística, para que nos sintamos sempre mais irmãos e necessários para a construção e embelezamento da Pátria; Promover o direito à liberdade de consciência, reunião, livre associação, manifestação, expressão e informação, constitucionalmente garantidos, para que tenhamos cidadãos devidamente actualizados e avisados sobre os acontecimentos do País e do mundo, podendo assim exercer uma cidadania consciente, responsável e participativa”. |
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