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Octávio Carmo |
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Foto da capa: Com as 1000 imagens do Papa Francisco Foto da contracapa: Agência ECCLESIA
AGÊNCIA ECCLESIA Diretor: Paulo Rocha | Chefe de Redação: Octávio Carmo Redação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,. Luís Filipe Santos, Sónia Neves Grafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana Gomes Propriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais Diretor: Cónego João Aguiar Campos Pessoa Coletiva nº 500966575, NIB: 0018 0000 10124457001 82. Redação e Administração: Quinta do Cabeço, Porta D 1885-076 MOSCAVIDE. Tel.: 218855472; Fax: 218855473. agencia@ecclesia.pt; www.agencia.ecclesia.pt;
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Opinião |
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Alertas dos Bispos à Assembleia
D. Manuel Linda | Bento Oliveira | Octávio Carmo | Sónia Neves | Manuel Barbosa | Paulo Aido | Tony Neves | Fernando Cassola Marques |
Misericórdia sem ‘mas’ |
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Octávio Carmo
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O início do Ano Santo extraordinário dedicado à Misericórdia recentra a vida das comunidades católicas num conceito central e revolucionário da fé cristã, que a afasta de quem vê na divindade uma força alheia ao destino da humanidade ou apenas um ente castigador, que se diverte com a infelicidade e sofrimento dos habitantes deste planeta. A Misericórdia não é um sinal de fraqueza ou de mera condescendência e a proposta lançada pelo Papa à Igreja, de portas abertas para toda a sociedade, é um desafio muito concreto e difícil. Sim, ouvimos, muitas vezes, Deus é Misericórdia, ‘mas’… (contrapondo-se depois conceitos de Justiça ou Verdade). O apelo ao perdão e à conversão partem de um princípio muito claro: nem tudo está bem na nossa vida, pessoal e coletivamente. A Igreja Católica propõe uma força de mudança, que vem do Alto e transcende os horizontes limitados da existência, procurando levar todos mais além, a uma existência com sentido e verdadeiramente feliz. A Misericórdia não é, por isso, uma validação do que está mal. Custa a entender que se tenha medo dela, como se fosse uma espécie de “diminuição” da proposta católica, menos exigente. Todos temos de interrogar-nos sobre o que nos assusta nesta palavra, nesta força divina, porque é que preferimos refúgios aparentemente mais seguros, as portas fechadas, os muros que conhecemos. |
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O Jubileu da Misericórdia é, simbolicamente, um ano de portas abertas. De certa forma, um convite a querer deixar de controlar tudo, a aceitar o que está para lá das nossas forças, porque quando uma porta se abre de par em par, entram aqueles que conhecemos e também aqueles que não conhecemos, eventualmente
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aqueles que não gostaríamos de ver por perto, quem sabe alguns que nunca imaginaríamos. Compete aos católicos ajudar o mundo a redescobrir este conceito tão importante, sem medo. Apresentar aos homens e mulheres de hoje a Misericórdia, sem ‘mas’, e confiar no que só Deus pode fazer. |
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Passagem na Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano (@EPA) |
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- “A necessária obra de renovação das instituições e das estruturas da Igreja é um meio que deve levar-nos a fazer a experiência viva e vivificante da misericórdia de Deus” (Papa Francisco, audiência geral de 9 de dezembro de 2015)
- “A Porta Santa que agora se abre fechar-se-á simbolicamente após um ano, para nos dizer que, não obstante o tempo, é urgente a conversão” (D. António Couto, Abertura do Ano da Misericórdia, 8 de dezembro de 2015)
- “Numa distinção assinala-se algum contributo pessoal mas sabemos que para gerar uma pessoa, um percurso, há sempre uma linhagem, um conjunto de pessoas que passaram o testemunho e que muitas vezes permanecem anónimos na história. Por detrás de um trabalho não há apenas um homem” (José Tolentino Mendonça, na condecoração pelo presidente da República, 4 de dezembro de 2015
- "O Estado Islâmico sempre existiu, é a Arábia Saudita” (Ziauddin Sardar, jornal Público, 7 de dezembro de 2015)
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Bispos portugueses apontam leviandade na aprovação da adoção por pessoas do mesmo sexo |
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Os bispos portugueses questionaram esta quarta-feira o modo como foram aprovadas recentemente na Assembleia da República a adoção de crianças por uniões de pessoas do mesmo sexo e as alterações à lei do aborto. “Não deixamos de lamentar |
o modo rápido, com ligeireza e até leviandade, como foram tratados alguns temas ditos fraturantes, sem participação atempada e até ponderada da sociedade civil”, sublinhou esta tarde o secretário da Conferência Episcopal Portuguesa |
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(CEP), no final de uma reunião do Conselho Permanente daquele organismo. O padre Manuel Barbosa frisou ainda que apesar do Parlamento ser “magnânimo nas suas decisões”, a Igreja Católica em Portugal “não deixará de continuar a exprimir a sua posição na sociedade em que se encontra”. Na sua intervenção, o porta-voz da CEP manifestou ainda a preocupação dos bispos em esclarecer a natureza do “Motu Proprio” que o Vaticano colocou este domingo em vigor, relativo à parte do Direito Canónico sobre a nulidade dos matrimónios. “Não se trata de promover a nulidade do matrimónio, porque a afirmação de fundo mantem-se, a indissolubilidade do matrimónio. Trata-se sim de simplificar aqueles processos em que se prove que não houve, no início, matrimónio sacramental, para que as pessoas não passem a vida nessa situação, na sua dor, na sua angústia”, referiu. O sacerdote salientou ainda que “divórcio” e “anulação” são coisas “muito diferentes” e apontou para a necessidade da Igreja Católica “insistir na formação contínua quer daqueles |
que trabalham nos tribunais quer do clero, dos agentes pastorais ou leigos em geral para que saibam do que se trata”. Durante a reunião do Conselho Permanente da CEP, os bispos assinalaram o início do Jubileu da Misericórdia, fazendo votos de que “este tempo de graça” incentive dioceses e comunidades “à oração, à conversão e ao compromisso solidário” com os que mais precisam. O padre Manuel Barbosa referiu-se ainda à situação dos feriados católicos que foram suspensos em 2013, depois do Governo ter colocado a hipótese de restabelecer os feriados civis que também tinham sido suprimidos temporariamente (por cinco anos) devido à crise. Segundo o sacerdote, o que está previsto no acordo entre a Santa Sé e o Governo português é que “logo que forem repostos os feriados civis, serão repostos também os feriados de origem religiosa. Em 2012, numa medida que entrou em vigor no ano seguinte, o Governo suspendeu dois feriados católicos, o Corpo de Deus e o Dia de Todos os Santos, e dois civis, o 5 de outubro, referente à Implantação da República, e o 1.º de Dezembro, que assinala a Restauração da Independência Portuguesa. |
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Cinco mil jovens portugueses a caminho das JMJ 2016 |
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O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil adiantou que está prevista a participação de cinco mil jovens na Jornada Mundial da Juventude 2016, em Cracóvia, Polónia, um número escrutinado na reunião com os Secretariados Diocesanos da juventude. “É o momento de juntos construirmos as jornadas mundiais da juventude, desde os aspetos logísticos – transportes, viagens, segurança, alimentação – à preparação espiritual e cultural”, explicou o padre Eduardo Novo à Agência ECCLESIA. O sacerdote que apresentou novidades do segundo encontro internacional preparatório da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Wadowice, a terra natal do Papa S. João Paulo II (entre 26 a 28 novembro), com delegados de todo o mundo, disse que foi “evidenciado a beleza das JMJ em que de facto a fé rasga fronteiras”. “Como o ambiente fraterno se constrói e se vive e como a fé nos faz encontrar com os outros e projetarmos o futuro semeando este rumo de esperança”, acrescentou, transportando essa realidade para Portugal onde as dioceses colaboram |
entre si para que “juntas possam estar a caminhar”. Neste contexto, o diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil comentou que a “beleza” da própria participação neste encontro mundial de jovens católicos “faz sentir comunidade” porque a inscrição “não é individual” mas através “da paróquia, do seu secretariado diocesano, no microgrupo”, e este no “macrogrupo que será a Conferência Episcopal Portuguesa”. “A Jornada Mundial da Juventude é um exemplo claro e concreto de ajudarmo-nos a ser mensagem e paz, esperança e nos encontrarmos. Sabermos qual o nosso papel na construção da sociedade e da Igreja”, acrescentou, à margem da reunião dos dias 4 e 5 de dezembro, em Fátima. |
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União das Misericórdias preocupada com sustentabilidade das instituições |
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Manuel Lemos foi reconduzido como presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) para os próximos quatros anos, e traçou como prioridade garantir a sustentabilidade destas instituições. “Nos últimos anos as Misericórdias, e nomeadamente por esta crise, cresceram muito e responderam a muitas pessoas e por isso no novo mandato estamos muito preocupados com a sustentabilidade destas instituições”, apontou aquele responsável, em entrevista à Agência ECCLESIA. Para levar a cabo este objetivo, Manuel Lemos destaca a necessidade de apostar “na inovação” e “na capacitação da UMP”. Também no desenvolvimento de “parcerias entre as Misericórdias e outras instituições da Economia Social e do Setor Solidário e no aproveitamento das oportunidades que o novo quadro comunitário” de apoio possa trazer. Está neste momento em marcha uma negociação entre a UMP e o Governo, no sentido de devolver a gestão de vários hospitais do país às Misericórdias. No entanto, algumas vozes afetas ao novo Executivo |
têm-se manifestado contra este processo. Manuel Lemos “entende essas declarações como declarações de princípio político”, no entanto frisa que “pressupostos políticos e ideológicos à parte, que esses são de todos e devem ser respeitados, o trabalho das Misericórdias é transversal à sociedade portuguesa”. Presente na cerimónia de tomada de posse de Manuel Lemos à frente da UMP, o novo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social frisou a “relevância” do serviço que as Misericórdias têm prestado à sociedade. José Vieira da Silva garantiu ainda o seu “empenho” em “trabalhar” para que “as relações entre o Estado e as instituições sejam marcadas pela estabilidade” e pela “coerência”. |
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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados emwww.agencia.ecclesia.pt
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Lançamento do Festival Terras sem Sombra 2016
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Coragem para travar alterações climáticas
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O Papa disse este domingo no Vaticano que segue com “grande atenção” a 21.ª Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas (COP 21), que decorre em Paris, e pediu “coragem” para tomar decisões neste campo. “Pelo bem da casa comum, de todos nós e das gerações futuras, todo o esforço em Paris deve estar |
direcionado para atenuar os impactos das alterações climáticas e, ao mesmo tempo, para combater a pobreza e fazer florescer a dignidade humana”, apelou, após a recitação do ângelus, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro. “As duas escolhas andam lado a lado: travar a mudança climática e |
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combater a pobreza”, insistiu. Neste contexto, o Papa repetiu uma pergunta que tinha deixado na sua encíclica ‘Laudato si’, sobre as questões ecológicas: “Que mundo desejamos transmitir aos que virão depois de nós, às crianças que estão a crescer?”. Francisco convidou todos os católicos a rezar para que “o Espírito Santo ilumine todos os que são chamados a tomar decisões tão importantes” e lhes dê a “coragem de ter sempre como critério de escolha o maior bem para toda a família humana”. A intervenção do Papa surge dez dias depois de o pontífice argentino ter dito em Nairobi que um eventual fracasso na próxima Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas seria “catastrófico” para a humanidade. “Seria triste e – atrevo-me a dizer – até catastrófico se os interesses privados prevalecessem sobre o bem comum e chegassem a manipular as informações para proteger os seus projetos”, advertiu, no escritório da ONU na capital do Quénia, perante Achim Steiner, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. A COP21 decorre em Paris desde |
30 de novembro até 11 de dezembro, procurando alcançar um acordo mundial sobre metas vinculativas de redução de emissões de gases com efeito de estufa para substituir o Protocolo de Quioto e limitar o aumento médio da temperatura global em 2º. Uma equipa da Fundação Fé e Cooperação (FEC) está em Paris, unindo-se à ação conjunta da CIDSE - Aliança Internacional das Organizações Católicas para o Desenvolvimento, no âmbito da COP21. Cerca de 15 elementos acompanham as negociações da Cimeira, reforçando os apelos apresentados pelo Papa Francisco; ao mesmo tempo, mais de 100 representantes participam em iniciativas de mobilização para estilos de vida mais sustentáveis. A CIDSE já manifestou o seu descontentamento relativamente ao texto ainda provisório do acordo de Paris. A falta de compromissos vinculativos de longo prazo, a falta de referência aos Direitos Humanos assim como a relação entre alterações climáticas e segurança alimentar são alguns dos pontos demasiado frágeis do documento. |
Papa reza por quem chega à Europa em busca de paz |
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O Papa cumpriu a homenagem anual junto à imagem da Imaculada Conceição, na Praça de Espanha, em Roma, onde rezou por todos os que chegam à Europa “de terras distantes, em busca de paz e de trabalho”. Num momento de oração acompanhado por centenas de pessoas, Francisco apresentou uma oração da sua autoria à Virgem Maria, “em nome das famílias, das crianças e jovens “abertos à vida”, dos idosos, dos doentes, dos presos e de quem “sente mais duro o caminho”. “Olhando para ti, nossa Mãe Imaculada, reconhecemos a vitória da divina misericórdia sobre o pecado e sobre todas as suas consequências e reacende-se em nós a esperança de uma vida melhor, livre da escravidão, rancores e medos”, acrescentou. A cerimónia decorreu na solenidade litúrgica da Imaculada Conceição, dia que o Papa escolheu para dar início ao Jubileu da Misericórdia, um ano santo extraordinário convocado por Francisco (dezembro 2015-novembro 2016). Rezando à “Mãe de Misericórdia”, o Papa argentino falou do “perdão” |
![]() para todos, da paz e da reconciliação. Francisco permaneceu em oração diante do monumento à Imaculada Conceição, que recorda em Roma o dogma proclamado a 8 de dezembro de 1854 por Pio IX. Seguindo a tradição iniciada pelos seus predecessores, o Papa levou flores até junto da imagem da Imaculada foi colocada na Praça de Espanha em 1857, três anos depois da definição dogmática de Conceição Imaculada de Maria, sob o pontificado do Papa Pio IX - por cuja vontade se ergueu o monumento -, que o abençoou a 8 de dezembro. Após a oração, o pontífice argentino passou cerca de 10 minutos a cumprimentar doentes, idosos e pessoas com deficiência. |
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Vocações são responsabilidade de todos |
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A mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações fala em “paternidade e maternidade espiritual” para exortar “todos” os católicos a "responsabilizarem-se" por uma área essencial da Igreja. “Todos os fiéis são chamados a consciencializar-se do dinamismo eclesial da vocação, para que as comunidades de fé possam tornar-se, a exemplo da Virgem Maria, seio materno que acolhe o dom do Espírito Santo”, frisa Francisco. No texto, o Papa argentino destaca a importância de uma “oração perseverante pelas vocações” e aponta a “comunidade” como “casa e família onde a vocação se desenvolve”. “O candidato contempla, agradecido, esta mediação comunitária como elemento imprescindível para o seu futuro. Aprende a conhecer e a amar os irmãos e irmãs que percorrem caminhos diferentes do seu; e estes vínculos reforçam a comunhão em todos”, pode ler-se. Francisco sublinha depois a necessidade da Igreja Católica zelar por “uma cuidosa seleção dos candidatos ao ministério ordenado e à vida consagrada” e das vocações serem consolidadas com o envolvimento de quem já está |
a percorrer o seu próprio caminho de consagração. Seja “experimentando a evangelização nas periferias com uma comunidade religiosa; descobrindo o tesouro da contemplação, partilhando a vida de clausura; conhecendo melhor a missão ad gentes em contacto com os missionários; ou, com os sacerdotes diocesanos, aprofundando a experiência da pastoral na paróquia e na diocese”, pode ler-se. O 53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações vai ser assinalado pela Igreja Católica a 17 de abril de 2016. O Papa frisa na sua reflexão que mesmo “depois do compromisso definitivo”, a caminhada vocacional de quem consagrou a sua vida a Deus “não termina, mas continua na disponibilidade para o serviço, na perseverança e na formação permanente”. |
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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial internacional nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt
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consagrados na Basílica de São Pedro |
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Papa Francisco em África
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Família: expressão daquilo
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D. Manuel Linda Forças Armadas e Segurança |
Confesso que a cena me emocionou. Em Fátima, o dia parecia igual a muitos outros, não fora o intenso e doentio sol do verão de São Martinho. Na Capelinha das Aparições, uns balbuciavam preces, outros agradeciam com flores, uns quantos cumpriam promessas, os espanhóis imaginavam-se em plena feira e não faltava quem fizesse as costumadas selfies. Mas, mais ou menos, todos os olhares se voltavam na direcção da imagem da Senhora. Num momento de ligeira distracção, os meus, porém, fitaram um bebé de poucos meses a dormir ao colo de uma jovem mãe que, de joelhos, se arrastava penosamente, enquanto um rapaz vintaneiro, despida a jaqueta de ganga –qual toureiro que enfrenta a fúria do sol com a mantilha bem aberta- com ela assegura a protecção do filho e da esposa. E na minha cabeça passaram a fervilhar ideias, interrogações e certezas: o cumprimento visível de determinados «papéis» -um pai que garante segurança e bem-estar, uma mãe que faz a vida crescer por entre dor e amor e uma criança que pode dormir descansadamente porque experimenta a sua história como graça e ternura- exprime exteriormente algo de tão forte e profundo que não se torna visível aos olhos, embora se adivinhe. Precisamente, o que motivou a ida a Fátima: agradecer, porventura, uma gravidez de risco, pedir a graça de uma cura,
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colocar nas mãos da Senhora o mistério de uma vida a florir… Mas o que mais impressiona é que todos e cada um, com os tais papéis, contribuem para o mesmo e edificam a unidade: uma verdadeira família, comunidade de vida e de amor e célula básica de um mundo de relações. Aquelas três pessoas, desligadas umas das outras, que seriam? Mundos fechados, ausência de sentimentos, existências áridas. Ah, como a realidade comprovada da vida é tão diferente daquelas formas de pensar, político-ideologicamente extremadas, que fazem da suspeita contra a família –um homem, uma mulher e possíveis filhos- a |
prioridade das prioridades da desconstrução da sociedade! Como eles, em nome do recipiente, desprezam e derramam o conteúdo! Como se pretendem avançados, faltando-lhes toda a compreensão da verdade das coisas! Aproxima-se o Natal. No presépio, vejamos para além das aparências. Divisemos a grande relação de profundidade: somos família –e família de Deus!- porque estamos implicados no mesmo conjunto de relações. A saber: os filhos no Filho que se sentem tranquilos porque uma Mãe nos sustém e um Pai nos garante a salvação. Bom Natal!
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Voltar a casa… |
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Sónia Neves |
Esta semana, segunda do Advento, iniciou para mim em terras longínquas onde o mar não chega e a planície se mostra nos tons verde e laranja, marcada pelo outono que se despede. O frio das ruas foi quebrado pelos raios de sol que iluminavam, desde o chão de pedra escura ao altos edifícios e monumentos… Nesta altura do ano a azáfama das compras já se começa a sentir e interrogo-me a cada ano. Que comprar? Para quem comprar? O que escolher? Onde comprar? Mas afinal porque se dão prendas no natal? Impressionou-me até, há uns dias, conversar com alguém que não sabia a razão e nem sabia que estávamos no Advento, esta preparação até ao Natal. Mas para que se faz isso? E fiquei, uma vez mais, a pensar no sentido de tudo… Das iluminações, das cores, da música, da Árvore de Natal, dos gestos de solidariedade pedidos. O corrupio ziguezagueante das compras leva à perda de sentido mas, quem acredita, sabe que a bússola aponta, como naquela noite a estrela indicou, o Presépio. Todos se viram para o Menino que vai nascer… Ninguém fica indiferente a uma criança que nasceu num estábulo, na singeleza e humildade do lugar, da simplicidade da cena… E essa é a razão do Natal, preparar o coração para acolher o Menino Jesus, que em 2015, nos chega através de todos os que se cruzam connosco. O Presépio é a representação do nascimento. São Francisco de Assis fez pela primeira vez essa representação para que as pessoas |
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compreendessem e se aproximassem mais da vivência do Natal. Desde aí, muitos são os presépios feitos nesta época, das mais variadas formas, cores, texturas ou materiais. Este ano também a Ecclesia lançou, através do programa de rádio, o desafio de construir o “Presépio passo a passo”, onde nos dias úteis são apresentadas e explicadas as figuras que constituem o presépio. Um projeto que, além de aliciante para quem ouve a Antena 1, também se tornou “tema de conversa”, espaço agregador e até local de encontro entre todos.
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Este é o verdadeiro espírito do Natal, estar e ser. A união, a fraternidade, a partilha e a amizade são todos sentimentos que se vivem no Natal. E muitas são as publicidades que passam nesta época natalícia e onde os variados gestos apelam ao mais profundo e benévolo do nosso ser… Esta que aqui deixo vem da Alemanha, partilho porque faz sentido voltar a casa, voltar ao espaço onde nos sentimos bem, fomos felizes e somos amados, somos família. Assim também é bom voltar ao presépio…
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Jubileu da MisericórdiaO Papa Francisco iniciou esta terça-feira o 29.º jubileu na história da Igreja Católica, um Ano Santo extraordinário centrado no tema da Misericórdia, que decorre até 20 de novembro de 2016. O Jubileu da Misericórdia começou com a abertura da porta santa da Basílica de São Pedro, algo que não acontece desde 2000. Esta porta é aberta apenas durante o Ano Santo, permanecendo fechada no resto do tempo, e existem portas santas nas quatro basílicas papais: São Pedro, São João de Latrão, São Paulo fora de muros e Santa Maria maior. A Igreja Católica iniciou a tradição do Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII, em 1300, e a partir de 1475 determinou-se um jubileu ordinário a cada 25 anos. Uma das marcas do Jubileu Extraordinário da Misericórdia é a existência de “Portas de Misericórdia” em cada diocese e ainda nos principais santuários do mundo. Estas portas foram estabelecidas para haver locais onde os fiéis, atravessando-as, “possam ser abraçados pela misericórdia de Deus e se comprometam a serem misericordiosos com os outros, como o Pai o é connosco”, como diz o Papa, na bula com que anunciou o jubileu. Em Portugal, cada diocese terá pelo menos uma “porta de misericórdia”, que normalmente se situa na Catedral principal. O Semanário ECCLESIA apresenta a lista das várias igrejas jubilares e dá a conhecer as reflexões do Papa e dos vários bispos sobre este início de Ano Santo extraordinário. |
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Jubileu: Papa quer fazer da misericórdia uma «marca distintiva» de cada cristão
Juan Ambrósio, professor da Faculdade de Teologia da UCP, reflete sobre os objetivos do Ano Santo extraordinário proposto por Francisco à Igreja e ao mundo |
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Agência ECCLESIA (AE) – Com que objetivo o Papa propôs este Jubileu da Misericórdia? Juan Ambrósio (JA) – Se lermos com atenção a carta, a bula da Misericórdia, “O rosto da Misericórdia” com que ele convoca este jubileu poderemos encontrar lá indicações precisas a este nível. E uma delas tem a ver com a data da conclusão. O Jubileu concluirá em novembro de 2016, com o domingo do Cristo-Rei, e no número da carta em que o Papa diz em que data é que o Jubileu se conclui diz que espera que este acontecimento marque um antes e um depois, marque os próximos anos da vida da Igreja.
AE – O que é que o Papa pretende? JA – Entendo que isto não será um happening como agora está na moda, ou seja, faz-se uma coisa, celebra-se, passou, arrumou, não se pensa mais nisto, não. Penso que há aqui um |
indicativo claro que aquilo que o Papa está a sugerir às comunidades cristãs é que a misericórdia seja uma das notas do seu agir, do seu refletir, do seu testemunhar o mistério de Deus. E que não seja apenas um ano inteiro mas que ele seja uma preparação, uma força para que daqui para a frente essa nota seja uma nota caraterística e distintiva do agir cristão e da presença das comunidades.
AE – Até que ponto é que este tema da Misericórdia determina uma alteração do perfil das comunidades crentes? JA – Em rigor, esta é uma nota caraterística da identidade cristã de todos os tempos, ou seja, a Misericórdia faz parte. Aliás o próprio texto (Bula da Misericórdia) nos diz que é uma das notas distintivas, caraterísticas do próprio mistério de Deus, Deus é misericordioso. O Papa até diz em determinado momento, ao falar destas coisas, |
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que esse é o nome do nosso Deus, misericórdia é o nome do nosso Deus. O que aqui se pede é de facto uma outra atitude, há aqui um problema que pode introduzir algum ruido, como é que a misericórdia é entendida na voz da rua, o que é que ela me diz. E quando eu digo misericórdia, na voz da rua o que eu recolho é essencialmente compaixão, perdão, pena. O que são notas também da misericórdia mas não são o primeiro movimento. O primeiro movimento tem de ser |
procurado numa outra expressão, que pode ser traduzida por entranhas, são entranhas de misericórdia, e que aponta para um movimento que brota das entranhas, a imagem é esta: a mãe gosta do filho porque ele é fruto das suas entranhas. Esta imagem da maternidade e do amor primeiro de quem cria é verdadeiramente a nota distintiva da misericórdia, a misericórdia de Deus para connosco não é um movimento de pena, é em primeiro lugar um movimento de amor, de ternura, de carinho, de querer o bem. |
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AE – Pela via negativa, a misericórdia ou a configuração misericórdia da Igreja pode contrapor-se à configuração normativa da Igreja? JA – Eu não diria pela negativa mas é verdade, e a própria carta do Papa diz isso, é a celebre tensão entre misericórdia e justiça. Diz-se muitas vezes ‘Deus é misericordioso’ mas acrescenta-se rapidamente ‘mas é justo’, como que dizendo que a justiça - e pela justiça Deus trata cada um segundo os seus gestos – seria como que uma baliza, um enquadramento à misericórdia. Ora bem, a proposta do Papa é exatamente o contrário, não é a justiça que baliza a misericórdia, a misericórdia é que é a medida da justiça de Deus. E a carta diz isso claramente, de uma maneira tão taxativa, que a dada altura diz assim: se Deus se detivesse na justiça, não seria Deus. Ou seja, o que está a ser dito é que a justiça de Deus é a misericórdia, e portanto esse é sempre o movimento primeiro, é a marca distintiva e parece-me a mim, com esta convocação do Ano Santo, que o Papa está a dizer que este deve ser o |
chapéu, a marca de tudo o que nós fazermos e dizemos. Os próprios destinatários, a carta é deliciosa nesse sentido, porque diz que ela se destina a todos quantos lerem esta carta. Parece que o Papa está a dizer ‘a quantos lerem esta carta saibam aquilo a que eu estou a convocar a Igreja, aquilo que eu estou a pedir às comunidades cristãs, que elas sejam testemunho, sinal eficaz desta ternura, deste carinho de Deus’.
AE – O que é que este jubileu diz acerca do pontificado do Papa Francisco? JA – Diz claramente qual é uma das suas notas principais, que é trazer Deus, a proximidade de Deus, desta ternura, deste Deus que quer promover a dignidade humana.
AE – Que tem consequência na proximidade do Papa também, nos gestos que ele vai fazendo? JA - Completamente, o que ele quer fazer, o que ele assumiu no seu pontificado é que a sua presença seja um sinal eficaz desta ternura, seja sinal deste Deus, e esse tem sido o seu grito, a sua proclamação.
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Veja a visita que ele acaba de fazer (a África), como é sempre esse sinal: ‘vamo-nos entender, temos que construir um mundo diferente’. E a verdade é que num mundo marcado pela violência, se eu à violência respondo com violência, se ao desencontro respondo com o desencontro, se eu não introduzo uma dinâmica diferente, essa espiral não se rompe.
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AE – Um conjunto de sinais preenchem também este Jubileu da Misericórdia, como a abertura da Porta Santa. JA – Exatamente, e com tudo o que ela tem, porque se trata de um sinal de passagem. Passar a porta santa implica entrar num outro umbral, numa outra realidade. Cá está outra vez a simbólica de que isto não é um mero happening, é algo que tem de marcar um antes e um depois. |
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AE – A Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa quis também assinalar com uma iniciativa o Jubileu da Misericórdia. JA – Sim, o propósito é fazer uma reflexão que perpasse por vários apontamentos do que é a misericórdia e elaboramos um itinerário com nove conferências, nove momentos presenciais. Ocorrem à quarta-feira, à média quase sempre de uma por mês, já começou em novembro e irá até |
maio do próximo ano, sendo que em abril haverá duas conferências. Os temas são variadíssimos, começámos com uma apresentação da Bula da Misericórdia, que correspondeu-me a mim. Depois vai haver um conjunto de conferências relacionadas com o Antigo Testamento, de Oseias a Isaías. Agora em dezembro, no dia 9, houve uma sobre o evangelista da misericórdia, S. Lucas, com as parábolas, com o |
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professor José Tolentino Mendonça. Oseias já foi abordado pelo professor João Lourenço, ele voltará em janeiro a trabalhar o profeta Isaías. Sobre ‘a sabedoria e a misericórdia’, em fevereiro, vai falar a irmã Luísa Almendra, em março teremos ‘Jesus, o rosto da misericórdia’, com Alexandre Palma, e em abril uma reflexão sobre a Igreja Católica, com o professor José Eduardo Borges de Pinho. Ainda no mesmo mês, a professora Teresa Messias falará sobre alguns testemunhos ao longo da história da Igreja, protagonistas da misericórdia de Deus, e terminaremos em maio com uma reflexão sobre a misericórdia e a arte, de cuidar da arte, com o padre Fernando Sampaio. Portanto, temos aqui um conjunto de nove encontros onde queremos destacar algumas das notas com que se pode declinar a misericórdia de Deus.
AE – Uma iniciativa aberta a todos que queiram participar. JA – Aberta a todos mediante uma inscrição simbólica, o conjunto é uma
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inscrição de 30 euros, se for conferência a conferência será cinco euros mas é simplesmente para ajudar a montar a estrutura do evento.
AE – Esta é também uma formação avançada proposta pela Faculdade de Teologia. JA – Sim, também tem um itinerário avaliativo, ou seja, aqueles que quiserem fazer este itinerário sendo avaliados terão depois de fazer um trabalho final, um relatório global de todo o itinerário e terão acesso a quatro créditos SCTS que é a medida académica de avaliar este tipo de trabalhos. Em relação ao tema desta iniciativa, quero só dizer que foi escolhido o número 12 da própria carta, “a Misericórdia de Deus, coração pulsante do evangelho”. Para dar mesmo essa nota distintiva de que tem que ser esta dinâmica da misericórdia, esta atitude da misericórdia, a fazer pulsar o coração de cada cristão, porque é este o próprio coração pulsante do Evangelho. |
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Papa abriu Porta Santa
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O Papa presidiu na solenidade da Imaculada Conceição, à abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, dando início ao 29.º Jubileu da Igreja Católica. "Abri-me as portas da justiça", pediu Francisco, no breve ritual que decorreu no fim da Missa a que presidiu na Praça de São Pedro, antes de empurrar as portas, fechadas desde o Jubileu do ano 2000. O Papa foi o primeiro a atravessar a Porta Santa, recolhendo-se depois em oração durante alguns momentos, |
em silêncio, sendo seguido pelo Papa emérito Bento XVI, que se deslocava com o apoio de uma bengala e ajuda do seu secretário pessoal. Francisco falou num gesto "simples mas altamente simbólico". Após a passagem do Papa emérito, atravessaram cardeais, bispos e representantes de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, em procissão até ao túmulo de São Pedro. Este gesto simbólico vai repetir-se em todas as dioceses do mundo no |
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domingo seguinte e o próprio Francisco Papa vai presidir à Missa com a abertura da Porta Santa da Basílica de São João de Latrão, Catedral de Roma, a 13 de dezembro, III Domingo do Advento. A cerimónia, que reuniu dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, teve início às 09h30 locais (08h30 em Lisboa), com transmissão mundial. "Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um. Neste Ano, deveremos crescer na convicção da misericórdia", pediu o Papa Francisco, na homilia. A intervenção lamentou a "injustiça" que se faz a Deus quando se afirma, |
em primeiro lugar, que os pecados são "punidos pelo seu julgamento", sem colocar em primeiro lugar, pelo contrário, que "são perdoados pela sua misericórdia". "Que o cruzamento da Porta Santa nos faça sentir participantes deste mistério de amor. Ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor, porque não se coaduna em quem é amado; vivamos, antes, a alegria do encontro com a graça que tudo transforma", apelou. O anúncio deste Jubileu da Misericórdia aconteceu a 13 de março, no Vaticano, quando o Papa explicou que a iniciativa nasceu da sua intenção de tornar “mais evidente” a missão da Igreja de ser “testemunha da misericórdia”. |
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Ano da Misericórdia
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O Papa afirmou no Vaticano que o Jubileu da Misericórdia, iniciado esta terça-feira, quer responder às necessidade da Igreja e ao desejo de construção de “um mundo mais humano”. “A necessária obra de renovação das instituições e das estruturas da Igreja é um meio que deve levar-nos a fazer a experiência viva e vivificante da misericórdia de Deus”, sublinhou, na audiência pública semanal que reuniu milhares de pessoas na Praça de São Pedro. Um dia depois de ter aberto a Porta Santa na Basílica de São Pedro, Francisco falou num “momento privilegiado” para que a Igreja escolha “unicamente |
aquilo que mais agrada a Deus”, ou seja, o “perdão”. “O que é que mais agrada a Deus? É perdoar aos seus filhos, usar de misericórdia para com eles, a fim de que possam por sua vez, como tochas acesas da misericórdia de Deus, usar de misericórdia e perdoar aos seus irmãos. |
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para nos tornarmos suas testemunhas convictas e persuasivas. Mas só será um tempo favorável, se aprendermos a escolher aquilo que mais agrada a Deus”, assinalou Francisco. “A Igreja tem necessidade deste momento extraordinário. Não digo ‘é bom para a Igreja este momento extraordinário’. Digo que a Igreja tem necessidade deste momento extraordinário”, insistiu. O Papa justificou a escolha da “misericórdia” como tema central de um ano santo extraordinário, num tempo de tantas preocupações, com a necessidade de combater “o egoísmo”.
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“É preciso ter em conta que na raiz do esquecimento da misericórdia está sempre o amor próprio, o egoísmo. No mundo, isso toma a forma da busca exclusiva dos próprios interesses, prazeres e honras, juntamente com a acumulação de riquezas, enquanto na vida dos cristãos aparece muitas vezes sob a forma de hipocrisia e mundanidade”, advertiu. Francisco convidou todos a reconhecer-se que como “pecadores” para reforçar, depois, “a certeza da misericórdia divina”. |
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Algarve |
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O bispo do Algarve preside ao início do Jubileu da Misericórdia na diocese com uma concentração este domingo, pelas 17h00, na igreja da Misericórdia, seguindo em procissão para a Sé. “A redescoberta do batismo será a referência purificadora do Ano da Misericórdia. O sentido da conversão começa pela redescoberta e valorização do batismo”, considera D. Manuel Neto Quintas. O Gabinete de Informação da Diocese do Algarve informa que na abertura do Ano Santo, na igreja da Misericórdia, vai realizar-se o rito de abertura da Porta Santa, “bem como da porta do batistério”, e depois o bispo diocesano preside à eucaristia “com evocação do batismo”. A Diocese do Algarve vai realizar ainda o rito da abertura da ‘Porta Santa’ em mais quatro igrejas jubilares: na Sé de Silves, dia 19, pelas 19h00; A igreja matriz de Portimão e a igreja de Santa Maria de Tavira ambas no dia 20, respetivamente às 11h30 e 17h00. |
A última ‘Porta Santa’ da Diocese do Algarve é aberta pelo seu bispo no dia 1 de janeiro de 2016 no Santuário de Nossa Senhora da Piedade/Mãe Soberana, em Loulé, às 15h00. Durante o Jubileu da Misericórdia [08 dezembro-20 novembro 2016] a diocese vai “valorizar” também o sacramento da Reconciliação propondo que se “recuperem ou criem espaços dignos e acolhedores” para esse efeito nas diversas paróquias, bem como um dia para adoração eucarística e celebração deste sacramento. Na Diocese do Algarve estão ainda previstas “muitas outras ações”, como a Jornada de Pastoral sobre a misericórdia, que inclui as dimensões bíblica, litúrgica e sócio caritativa, a 9 de janeiro; Ainda neste mês realiza-se o Jubileu dos Diáconos, no dia 24; dos Catequistas, no Dia Diocesano do Catequista, a 30, e no dia seguinte o Jubileu dos Consagrados. No primeiro domingo da Quaresma, a |
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diocese celebra o Jubileu das Pessoas com deficiência, no dia 14 de fevereiro e no dia 27 do Corpo Nacional de Escutas. O Gabinete de Informação da Diocese do Algarve informa que a iniciativa ‘24 horas para o Senhor’ realiza-se em todas as paróquias, nos dias 4 e 5 de março, e a 19 realiza-se o Jubileu dos Crismados/Jovens, integrado na Jornada Diocesana da Juventude. A celebração da Mãe da Misericórdia, integrada na festa da Mãe Soberana, no dia 10 de abril, em Loulé, e o Jubileu da Catequese para as paróquias do barlavento (litoral) algarvio é a 23 e passado uma
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semana para as paróquias do sotavento (oriente) algarvio. Na Diocese do Algarve, no Ano Santo da Misericórdia, destaque ainda para o Jubileu dos Movimentos, a 14 de maio, e o das Famílias, “integrado numa jornada diocesana”, no dia 21. Os presbíteros também vão ter o seu jubileu celebrado a 6 de junho e o das Instituições sociocaritativas no dia 18.
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Angra |
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A Igreja é chamada, neste tempo de mudanças epocais, a oferecer mais vigorosamente os sinais da presença e proximidade de Deus. Este não é o tempo para nos deixarmos distrair, antes pelo contrário: permanecermos vigilantes e despertarmos em nós a capacidade de fixar o essencial, afirmou o Papa Francisco na Celebração das Primeiras Vésperas do Domingo da Divina Misericórdia de 2015, definindo, deste modo, os |
«objetivos» do ano Jubilar e Pastoral de 2015-2016. O lema do ano é extraído do Evangelho de S. Lucas 6, 36: «Misericordiosos como o Pai», que se propõe viver a misericórdia seguindo o exemplo do Pai, que pede para não julgar e não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem medida (Lc. 6, 37-38). (D. António de Sousa Braga, bispo de Angra) |
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Aveiro |
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O Papa Francisco publicou, no passado dia 11 de abril, a Bula de Proclamação do Ano Santo intitulada ‘Misericordiae Vultus’. Este Ano Santo vai ter início a 8 de dezembro de 2015, em Roma, solenidade da Imaculada Conceição, e no domingo seguinte em todas as Dioceses. A nossa Diocese vai abrir a Porta Santa da Catedral de Aveiro no domingo dia 13, às 16h00, em sintonia com o programa diocesano de pastoral para o próximo triénio |
cujo lema é «Igreja de Aveiro, vive a alegria da misericórdia». A ‘porta’ é símbolo de entrada e saída: de entrada, enquanto expressão de querer integrar uma comunidade que anuncia, celebra e vive a sua fé; e de saída, enquanto nos abre ao mundo, espaço onde o cristão deve |
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testemunhar a sua fé e construir uma sociedade nova. Convido os sacerdotes e os membros das comunidades cristãs a participarem nos atos de abertura do Ano Santo. Jesus, no discurso das bem-aventuranças, exorta os ouvintes a serem misericordiosos tal como Deus Pai é misericordioso. «Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso» (Lc 6,36). Este é o desafio e o programa de vida proposto a todos para este ano jubilar. «Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado” (MV 2). Maria, a Mãe da Misericórdia, e Santa Joana, nossa Padroeira, nos acompanhem com a força da sua intercessão e o estímulo do seu exemplo. D. António Manuel Moiteiro Ramos, bispo de Aveiro
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Beja |
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Os bispos da Diocese de Beja na mensagem para o Jubileu da Misericórdia incentivam os fiéis a “acolher, cultivar e dar testemunho” da misericórdia nos diversos contextos seja paroquial, diocesano e familiar e apelam à “reconciliação” com Deus. “Convertamo-nos à misericórdia de Deus que nos revela a nossa miséria, nos põe na humildade e nos mostra a necessidade absoluta de sermos salvos desta ilusão hoje tão propagada de que não precisamos d’Ele para ser felizes. Reconciliemo-nos com Deus”, escrevem os prelados. Na mensagem enviada à Agência ECCLESIA, D. António Vitalino e D. João Marcos pedem que no seio de cada comunidade cristã seja cultiva a misericórdia que “não tem condições para se desenvolver fora dela”. “A ácida atmosfera do mundo em que vivemos é adversa à cultura da misericórdia, mas o mundo precisa dos seus frutos para subsistir”, afirmam. D. António Vitalino e D. João Marcos indicam quais são as sete obras de misericórdia espirituais e as sete corporais convidando a diocese a “aprender de cor e a praticar as |
catorze”. “Podemos resumi-las em catorze verbos: alimentar, dessedentar, agasalhar, albergar, curar, visitar e sepultar; aconselhar, ensinar, corrigir, consolar, perdoar, suportar e orar”, acrescentam. A Diocese de Beja é convidada a uma “peregrinação jubilar” e a atravessar a Porta Santa para receberem o dom da indulgência plenária. Os bispos diocesanos convidam também os fiéis para a abertura solene da Porta Santa, no dia 13 de dezembro, quando celebram também a dedicação do novo altar da Sé. Os diversos arciprestados já têm agendadas peregrinações à Sé de Beja: Odemira, em 21 de fevereiro; Almodôvar, em 28 de fevereiro; Moura, em 6 de março; Beja, em 13 de Março; Santiago do Cacém, em 3 de abril e Cuba, em 17 de abril. |
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Além destas, estão programadas também outras peregrinações que vos anunciamos desde já: encerramento do Ano da Vida Consagrada em 30 de janeiro; Fórum Jovem em 19 de março, e Jubileu dos Diáconos em 29 de maio.
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Braga |
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Escolhemos algumas Igrejas Jubilares, situadas em todos os arciprestados e onde haja a oferta de sacerdotes disponíveis para a celebração do Sacramento da Reconciliação, em horários previamente definidos e com a devida oferta de preparação, como experiência de perdão e compromisso através de uma vida renovada que testemunha e anuncia o verdadeiro rosto de Deus. Entrar numa igreja Jubilar deve significar um verdadeiro ato de fé na Igreja como comunhão dos santos onde a possibilidade da Indulgência exprime a Santidade da Igreja, participando em todos os benefícios da redenção operada por Cristo. Iniciando o Ano Santo, no dia 8 de Dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, na celebração do cinquentenário da conclusão do Concílio Ecuménico Vaticano II, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, nós, em consonância com a Bula Misericordiae Vultus, procederemos, no dia 13 de dezembro, à abertura da Porta da Misericórdia na Sé Primacial, Igreja Mãe da Arquidiocese. Em correspondência ao dinamismo da sua abertura, que o Papa quer alargado às Igrejas particulares, determino que sejam abertas várias destas Portas da Misericórdia na arquidiocese de Braga” (D. Jorge Ortiga) |
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Bragança-Miranda |
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O bispo de Bragança-Miranda acredita que o Jubileu da Misericórdia, iniciado esta terça-feira em Roma, vai ajudar a “revigorar” as comunidades na sua fé e testemunho. Numa mensagem enviada à Agência ECCLESIA, D. José Cordeiro fala num “momento extraordinário de graça e renovação espiritual” e desafia todos os católicos a terem “a coragem e a confiança de ser santos na Misericórdia”. O prelado revela depois as cinco portas da Misericórdia que vão ser abertas na diocese, a primeira a 13 de dezembro, na Catedral em Bragança e depois ao longo do mês de janeiro de 2016. “Para todos os que não puderem participar em nenhuma destas celebrações litúrgicas tão especiais, não deixem de peregrinar a uma ou a todas estas igrejas durante o Ano da Santidade e da Misericórdia, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão”, exorta o bispo. Sendo a peregrinação um dos sinais da adesão ao Ano Santo da Misericórdia, D. José Cordeiro convida todas as comunidades a seguirem até Fátima, entre os dias 10 e 12 de junho de 2016, e até Roma, de 2 a 9 de julho do próximo ano.
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Coimbra |
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A Abertura da Porta Santa e do Jubileu na Diocese de Coimbra começa a ser celebrada no jardim do Seminário de Coimbra, onde tem início a peregrinação para a Sé Nova, às 15h30. “A misericórdia será o pano de fundo para tudo o que fizermos ao longo do ano e a motivação subjacente. Proponho uma peregrinação, que leve a Diocese a acolher e celebrar este momento de graça. O percurso começa na igreja de Santa Cruz, o santuário da reconciliação e da penitência, passa pela Sé Velha, o santuário de Santa Maria, Mãe da Misericórdia, e termina na Sé Nova, onde se passarão os umbrais da Porta Santa, o sinal visível do Ano Jubilar. Propomos esta peregrinação a cada um dos dez arciprestados, em datas já fixadas, e às paróquias, secretariados, movimentos, grupos, famílias ou pessoas individuais”. D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra “O Papa Francisco convocou toda a Igreja para a celebração do ano Santo da Misericórdia, que decorre entre 8 de dezembro de 2015 e 20 de novembro de 2016. A nossa Diocese de Coimbra acolheu filialmente este convite do Sucessor de Pedro, de |
acordo com a Bula ‘O Rosto da Misericórdia’ e elaborou um programa de celebrações diocesanas. A informação do Povo de Deus acerca deste acontecimento de graça é essencial, a fim de que todos possam experimentar a misericórdia de Deus atuante nas suas vidas. D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra
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Évora |
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O arcebispo de Évora diz que a realização do Ano Jubilar da Misericórdia mostra uma Igreja Católica empenhada em mobilizar todas as suas comunidades para tratar das “feridas” do mundo. “Com este jubileu, o Papa Francisco propõe a todos os fiéis cristãos que abram o coração aos que vivem nas periferias existenciais” e que “não se deixem cair na indiferença”, frisa D. José Alves. Numa nota pastoral remetida à Agência ECCLESIA, o prelado realça que “a misericórdia é a palavra-chave para indicar o agir de Deus” para com a humanidade. Conscientes deste facto, os cristãos devem fazer do “anúncio da misericórdia de Deus” uma missão prioritária”, procurando que essa mensagem “chegue ao coração e à mente de cada pessoa”. No que respeita à arquidiocese alentejana, a Porta da Misericórdia abre no próximo dia 13 deste mês, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa. Outra atividade em destaque no calendário jubilar será uma peregrinação, de toda a comunidade eborense e em especial de “todas as famílias”, a este mesmo local de culto, no dia 28 de maio de 2015. |
“Para que a misericórdia divina possa manifestar-se em plenitude, na Quarta-feira de Cinzas e a meu pedido, o papa Francisco enviará para a nossa Arquidiocese, como Missionário da Misericórdia, o padre Giovanni del Ponte, Mater Dei, com a missão de pregar a Misericórdia e distribuir a graça do perdão, com poder para absolver de todos os pecados, mesmo os reservados ao Sumo Pontífice” (D. José Alves)
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Funchal |
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O bispo do Funchal fez o anúncio diocesano do Ano Santo da Misericórdia, incentivando ao “espírito de caridade e serviço fraterno” e informou quais são as oito igrejas jubilares na Madeira e Porto Santo. “Nas igrejas [jubilares], os fiéis poderão viver o dinamismo da conversão, libertando-se das marcas e consequências do pecado, crescendo e fortalecendo-se no espírito de caridade e serviço fraterno, dispondo-se a agir com misericórdia”, disse D. António Carrilho na homilia que proferiu este domingo, na solenidade de Cristo-Rei. Segundo o prelado vão ser “igrejas de portas abertas”, com tempos indicados para a celebração da Reconciliação, momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento e de reflexão sobre a Misericórdia de Deus. “Na nossa diocese iniciar-se-á no dia 13 de dezembro, às 16h00, com a peregrinação a partir da igreja do Colégio, a culminar na abertura da Porta Santa da Misericórdia e a celebração da Eucaristia, na Sé do Funchal”, informou D. António Carrilho. O prelado assinala que vai ser uma Igreja reconciliada e reconciliadora |
que “testemunha o perdão e celebra a Reconciliação”. “Uma Igreja promotora da união das famílias, da proximidade dos grupos e dos sítios, da reconciliação na sociedade em geral. E que as nossas comunidades cristãs façam a experiência da indulgência jubilar, como experiência profunda de encontro com Deus e com os irmãos”, desenvolveu o bispo do Funchal. Este tempo extraordinário, acrescentou, é um desafio que “toda a Igreja irá abraçar numa caminhada de renovação, de descoberta de uma linguagem” mais acessível e adaptada ao tempo. “É um convite a fixarmos o nosso olhar e o nosso coração no estilo de vida de Jesus, na forma como Ele se relacionava com os outros, nas Suas palavras, gestos e atitudes, na Sua vida de total entrega por todos nós”, incentivou o bispo diocesano.
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Guarda |
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O bispo da Guarda destaca a importância do Ano Santo da Misericórdia para a caminhada de renovação que a diocese está a realizar até 2017. “O esforço que estamos a fazer para reavaliarmos a nossa vida de fé pessoal e comunitária encontra nas propostas deste Jubileu ajuda preciosa, que queremos aproveitar da melhor maneira”, refere D. Manuel Felício, numa nota enviada à Agência ECCLESIA. Nos últimos anos, as comunidades |
locais têm sido convidadas a refletirem sobre formas concretas de vivência e aplicação da fé cristã, sobretudo à luz do Concílio Vaticano II (1962-1965) e da comemoração dos 50 anos do seu encerramento. Neste contexto, para D. Manuel Felício, o Ano Santo da Misericórdia apresenta-se como “um tempo novo” e uma oportunidade para “contemplar e experimentar a misericórdia infinita de Deus, revelada na pessoa de Jesus Cristo”. |
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O bispo da Guarda mobiliza “toda a Diocese, a começar pelos sacerdotes, diáconos e outros ministérios, também os cooperadores pastorais de cada pároco, a fazerem o máximo esforço para que este jubileu extraordinário da misericórdia chegue ao coração de todos os fiéis”. Todos os arciprestados têm marcada a data de uma peregrinação jubilar, assim como programa específico para ajudar a viver as propostas deste jubileu que já foi ou vai ser dado a conhecer nos espaços respetivos. Na Diocese da Guarda, a celebração de abertura está marcada para a tarde deste terceiro domingo do Advento, com uma procissão a partir da igreja da Misericórdia, às 15h30, que prosseguirá pelas ruas da cidade até à Sé local.
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Lamego |
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Através da Bula «O rosto da misericórdia», dada em Roma no passado dia 11 de abril, véspera do Domingo da Divina Misericórdia, o Papa Francisco deu à Igreja a graça de se expor durante um ano inteiro à misericórdia de Deus. Esta onda avassaladora de misericórdia tem início neste dia 8 de Dezembro de 2015, Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, e encerrará no dia 20 de Novembro de 2016, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Pelo meio, no dia 13 de dezembro próximo, terceiro Domingo do Advento, Domingo da Alegria, abriremos a chamada «Porta Santa da Misericórdia» na nossa Igreja Catedral. Uma «Porta da Misericórdia» será também aberta, nesse mesmo dia, no Santuário da Lapa, para que as populações daquela parcela da nossa Diocese possam também, mais facilmente, sentir a emoção de a atravessar e, sobretudo, de se deixarem atravessar pela enxurrada da misericórdia de Deus. Um ano é muito tempo, é pouco tempo. A Porta Santa que agora se abre fechar-se-á simbolicamente após um ano, para nos dizer que, não |
obstante o tempo, é urgente a conversão. «Converter-se» significa «regressar» a Deus; e «regressar» a Deus significa «responder» a Deus. Que seja, então, caríssimos irmãos e irmãs, um ano intenso de intensa experiência de Deus, através da escuta qualificada da sua Palavra, da frequência dos Sacramentos, sobretudo do Sacramento da Reconciliação, e da multiplicação das obras de Caridade e de Misericórdia. Aos sacerdotes peço que, ao longo deste ano de graça, disponibilizem boa parte do seu tempo para a oração e para a administração do Sacramento da Reconciliação. Aos fiéis leigos peço que multipliquem, por todas as formas (em grupo e em particular), a |
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oração e se abeirem mais assiduamente dos Sacramentos da Santa Mãe Igreja, nomeadamente da Eucaristia e da Reconciliação. A todos peço que sejamos sempre, por palavras e obras, verdadeira transparência do Senhor Nosso Jesus Cristo, e que permaneçamos em comunhão de intenções e de corações com o nosso Papa Francisco. (D. António Couto, bispo de Lamego)
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Leiria-Fátima |
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O bispo de Leiria-Fátima publicou uma nota pastoral sobre a abertura e vivência do próximo Jubileu da Misericórdia, para o qual a diocese vai abrir duas Portas Santas, convidando os fiéis a peregrinar e ajudar os necessitados. “Não basta entrar no lugar sagrado e deixar-se tocar pela graça divina. É preciso também que a saída leve à prática das obras de misericórdia na vida de cada dia, ajudando os irmãos em necessidade material, social ou espiritual”, desenvolve D. António Marto, no texto enviado à Agência ECCLESIA. A abertura das Portas Santas do Ano da Misericórdia começou a 8 de dezembro, na Missa da Solenidade da Imaculada Conceição, na Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima. Depois, vai realizar-se a “mesma celebração de abertura” na Sé de Leiria, no terceiro Domingo de Advento, a partir das 16h00. D. António Marto destaca que a Porta Santa tem um “rico e belo significado simbólico e espiritual” e para ajudar a atravessá-la e “viver a graça espiritual da conversão de vida” a diocese vai disponibilizar um guião, com |
“atitudes, Palavra de Deus, atos e orações”. “A peregrinação da misericórdia há de significar uma mudança interior provocada pela graça de Deus e a adoção de atitudes e estilo de vida segundo o Evangelho”, observa ainda. Neste contexto, o bispo de Leiria-Fátima convida “cada fiel” a pôr no seu programa um dia para fazer a sua peregrinação à Sé ou ao Santuário Mariano da Cova da Iria, que pode ser feita em “família, em grupo ou movimento, por paróquia ou vigararia”. D. António Marto conclui a Nota Pastoral ‘Misericordiosos como o Pai’ propondo alguns subsídios para “melhor viver este Ano” e alguns vão oferecer, como o Evangelho de São Lucas, o “Evangelho da misericórdia”, em livro, com alguns salmos. “Será distribuído gratuitamente na abertura da porta santa e na peregrinação diocesana a Fátima, no 5.º domingo da Quaresma (13 de março 2016)”, explicou o prelado.
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Lisboa |
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O cardeal-patriarca vai abrir a ‘Porta Santa’ na Sé Patriarcal, num gesto que marca o início do Ano da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco, na diocese. No próximo Domingo, na |
Missa das 11h30, D. Manuel Clemente abre a ‘Porta da Misericórdia’. “Embora outras se abram na diocese, a abertura na Igreja Mãe de todas as Igrejas da nossa diocese reveste-se de |
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singular significado e importância. Bom seria que não apenas os fiéis das paróquias da cidade de Lisboa pudessem participar nesta celebração, mas de todas as Paróquias e Movimentos do Patriarcado pudesse vir, ao menos, uma delegação”, desafia uma carta da Vigararia-Geral do Patriarcado, enviada ao clero. O cardeal-patriarca de Lisboa estabeleceu 17 igrejas jubilares – uma por cada vigararia da diocese – para o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que tem início a 8 de dezembro próximo. “Para que, não apenas em Roma, mas em todas as Igrejas particulares se viva o Jubileu como um momento extraordinário de graça e renovação espiritual, o Santo Padre estabelece que na Igreja Catedral e noutras igrejas da Diocese se abra uma ‘Porta da Misericórdia’ onde os fiéis, atravessando-a, possam ser abraçados pela misericórdia de Deus e se comprometam a serem misericordiosos com os outros, como o Pai o é connosco”, refere o decreto de D. Manuel Clemente.
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Portalegre-Castelo Branco |
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A Diocese de Portalegre-Castelo Branco apresentou 12 propostas para que cada cristão construa uma agenda pessoal e comunitária para viver o Jubileu da Misericórdia. A ‘Porta Santa’ é um dos símbolos do Ano Santo e na Diocese de Portalegre-Castelo Branco foi designada por ‘Porta da Misericórdia’. Foram escolhidas três portas, sendo pedido aos fiéis a sua “valorização pessoal e comunitária” e que participem na sua abertura, um dia “rico de significado”. Neste domingo, a abertura da ‘Porta Misericórdia’ começa às 14h30, primeiro em Castelo-Branco, com a procissão da igreja de Nossa Senhora de Fátima até à catedral; depois as ‘Portas Santas’ da Sé em Portalegre e na igreja de São Vicente, em Abrantes, ambas às 19h00. A diocese considera que pode haver uma “onda de renovação do sentir cristão e da ação pastoral” através da “valorização” do tema do Ano Pastoral ‘Igreja viva: rosto(s) de misericórdia’. Não foi definido nenhum santuário como jubilar mas há o incentivo à peregrinação, “aos santuários locais, de Fátima ou outros”, como ocasião de “despertar para o sentido |
profundo da vida e da fé”, através de uma “caminhada esforçada”. Os diocesanos de Portalegre-Castelo Branco são também estimulados a construir, pessoalmente ou em comunidade, um “Roteiro do Jubileu da Misericórdia”, qual caderno “diário, de bordo ou espiritual” com informações que ajudem a viver este ano. Rezar e refletir sobre o lugar da misericórdia na “vida quotidiana”, as razões da “sua necessidade” no mundo atual e formas pessoais para “viver e praticar” a misericórdia. “Valorizar, celebrar e proporcionar” o Sacramento da Reconciliação; participar nas diversas celebrações jubilares e na iniciativa ’24 horas para o Senhor’, a 4 e 5 de março 2016, são outras das 12 propostas para uma vivência do Ano Santo da Misericórdia, até 20 de novembro de 2016.
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Porto |
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O bispo do Porto abordou o Jubileu da Misericórdia numa carta pastoral, onde sublinha a importância de esta iniciativa ser um ponto de partida para uma Igreja Católica mais
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renovada e atuante no meio da sociedade. “Um Ano Santo não se esgota na roda de 12 meses, mas deve deixar sementes que germinem, floresçam e frutifiquem nas estações
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seguintes”, salienta D. António Francisco dos Santos, no texto enviado à Agência ECCLESIA.
“A contemplação da misericórdia – em última instância, da misericórdia divina – oferece-nos, a todos, o conforto de estarmos a coberto do seu manto protetor. Mas implica-nos, também no exercício da misericórdia: sempre e em todas as circunstâncias”, acrescenta o bispo do Porto. Na sua carta, o responsável católico destaca três figuras da região que viveram “vidas profundamente marcadas pelo exercício da misericórdia” e cujos processos de |
canonização decorrem há várias décadas no Vaticano. D. António Barroso, bispo do Porto entre 1899 e 1918, que lutou contra a perseguição feita à Igreja Católica na época da implantação da República Portuguesa; o padre Américo Aguiar, fundador da Casa do Gaiato, para jovens mais desfavorecidos; e Sílvia Cardoso, assistente social que se distinguiu no apoio a crianças pobres e aos doentes. Na Diocese do Porto, o Jubileu começa no dia 13 de dezembro, a partir das 15h30 na igreja de São Lourenço, no Seminário Maior da Sé. |
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Santarém |
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O bispo de Santarém publicou uma nota pastoral sobre o Ano Jubilar da Misericórdia, onde convida as comunidades da diocese a encararem esta iniciativa como uma oportunidade de mudança e “renovação espiritual”. No documento, enviado à Agência ECCLESIA, D. Manuel Pelino Domingues pede às pessoas um “coração aberto à Palavra de Deus”
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e à “conversão” de vida, de modo a que a Igreja diocesana possa ser cada vez mais “sinal e instrumento” da “misericórdia” de Deus. “Temos muitas atividades a realizar mas não deixemos que os eventos nos distraiam”, apela o prelado, destacando a importância de uma vida cristã marcada pela consciência dos “pecados” e pelo “perdão”. “Procuremos combater a autorreferencialidade, o individualismo, a maledicência, o julgamento fácil. Peçamos |
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misericórdia para nós e para os que nos estão confiados. Procuremos ter presente esta finalidade em todos os momentos e iniciativas do Jubileu”, acrescenta. “Os efeitos negativos do esquecimento da misericórdia, mostram-nos como é importante cultivar esta virtude lutando contra a indiferença, o individualismo, a intolerância, a agressividade, a inveja e a acusação fácil dos outros; e educar atitudes interiores de misericórdia que depois se traduzam na relação cordial, no acolhimento de todos, na ajuda fraterna e num estilo de vida pautado pela estima e apreço mútuos, pela afabilidade, pelo cuidado de uns pelos outros. Estas atitudes estão concretizadas nas tradicionais 14 obras de misericórdia. No caminho do evangelho, estas não são apenas propostas facultativas” (D. Manuel Pelino)
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Setúbal |
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No dia 8 de dezembro, Solenidade de Santa Maria da Graça, Padroeira da Diocese de Setúbal, D. José Ornelas deu início ao Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia, com o Rito Solene de Abertura da Porta Santa. Como sinal jubilar, D. José Ornelas convidou a que nas paróquias, no dia 13,também se valorize este sinal da Porta Aberta para a Misericórdia, do modo conveniente e possível a cada comunidade, mas de modo a que não passe «em branco»; convidou ainda ao sinal da Aspersão com a água batismal, para lembrar que o Batismo é sinal da Misericórdia de Deus para com cada um. Depois, ao longo do ano inteiro, o bispo de Setúbal pede às comunidades e aos seus párocos que encontrem forma de oferecer mais oportunidades para o sacramento de Reconciliação e que tentem ter as portas das Igrejas abertas de forma mais demorada, como sinal de acolhimento misericordioso. (Notícias de Setúbal)
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Viana |
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UM ANO DE MISERICÓRDIA é um tema que, como já se pode ver, nos integra simultaneamente na celebração do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que o Papa Francisco proclamou para toda a Igreja.
A dupla vertente da misericórdia (de Jesus Cristo), divina e humana, exprime-se, antes de mais, no lema escolhido pelo Papa: Misericordiosos como o Pai. Baseia-se no apelo do próprio Jesus: Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso (Lc 6, 36). Na nossa Diocese, e para nos mantermos unidos a toda a Igreja, adotamos como lema as palavras iniciais: Sede Misericordiosos. Insistimos na ação, porque é esse o objetivo da contemplação. A misericórdia ou se pratica ou não existe. Por outro lado, é impossível agirmos como o nosso Deus, sem primeiro nos fixarmos naquilo que Ele faz por nós e quer de nós. Como nos sugere o Santo Padre, dirijamos à Mãe de Misericórdia “a oração, tão antiga e sempre nova, a da Salve-Rainha, |
pedindo-lhe que nunca se canse de volver para nós os seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia (do Pai), (no rosto do) seu Filho Jesus”. D. Anacleto Oliveira, bispo de Viana
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Vila Real |
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A Porta Jubilar, que é Cristo, nos ajude a cultivar e aumentar o respeito mútuo, o perdão e a misericórdia, armando-nos de grande solicitude, pelas pessoas, abrindo a mente, o coração e os braços, acolhendo, com paciência, como Deus que nos tolera e ama a todos, imperfeitos e pecadores, tais como somos. Peço aos Sacerdotes, que, no Confessionário e na vida pastoral, sejam acolhedores e tolerantes, que ensinem, admoestem, com toda a paciência e doutrina e sejam arautos da misericórdia de Deus clemente e compassivo e sempre pronto a perdoar. E peço aos fiéis que se lembrem de que, na medida, em que perdoarmos, seremos perdoados, obedecendo a Jesus supremo Juiz, que nos ensinou a rezar: “perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Há um défice de acolhimento, de amor, de respeito e de instrução. Se o mundo não é melhor a culpa é nossa. Não se pode dizer que amamos a Deus se odiamos o próximo. O sinal de que amamos a Deus, suprema verdade, bondade e beleza, é o amor fraterno e o não atirar pedras contra,
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arvorando-nos, em juízes. Se devemos evitar o pecado, a mentira, o ódio e a injustiça, não esquecer o dito de Jesus, quando lhe apresentaram a mulher adúltera: “quem não tiver pecado que lhe atire a primeira pedra” (Jo. 8,7). De resto, permanece sempre válido o clássico: “perdoar às pessoas e denunciar os vícios”. (D. Amândio Tomás, bispo de Vila Real)
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Viseu |
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D. Ilídio Leandro inaugurou solenemente o Ano Santo da Misericórdia na Diocese de Viseu reunindo os fiéis no escadório da Igreja da Misericórdia onde convidou a assembleia a bendizer e louvar a Deus porque “eterna é a sua misericórdia”. Depois, peregrinaram até à Catedral onde o bispo de Viseu abriu a ‘Porta Santa’ anunciando: “Esta é a porta do Senhor. Por ela entraremos para alcançar misericórdia e perdão”. No interior da Sé viseense, o bispo diocesano aspergiu a assembleia para “implorar o perdão dos pecados e a proteção contra todos os males e insídias do inimigo”. “Que este ano santo, tão especial para a nossa Diocese, em Sínodo e em Jubileu, seja oportunidade de conversão”, desejou. A Eucaristia da Solenidade da Imaculada Conceição foi o dia de encerramento do Sínodo Diocesano e o secretário-geral do sínodo apresentou uma síntese das propostas sinodais aprovadas e foi também lida a Ata de encerramento desta assembleia. “Associam-se muitas razões para |
termos este dia como um dos mais ricos e belos, na nossa diocese”, observou também o bispo de Viseu, no contexto celebrativo dos 50 anos do Concílio Vaticano II, no encerramento do Sínodo diocesano e início do Ano Santo da Misericórdia.
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Ordinariato Castrense |
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O bispo das Forças Armadas e de Segurança dedicou uma nota pastoral ao Ano da Misericórdia, onde apela aos militares e polícias cristãos que levem a esperança de Deus aos seus colegas mais desanimados. |
Num texto enviado à Agência ECCLESIA, D. Manuel Linda recorda a “insistência” do Papa Francisco quanto à necessidade do Ano da Misericórdia encontrar a sua expressão sobretudo na “dimensão comunitária”, hoje marcada por uma “infinidade de situações” de “sofrimento”.
No meio de vários contextos adversos, como “famílias em dificuldades ou já desfeitas, doença e abandono, dificuldades económicas e desemprego", o bispo destaca um “que normalmente não entra na lista das negatividades” mas que “está presente em muitas vidas: a falta de esperança, consequência da falta de fé”.
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“Sim, quantos desesperos, temores, medos irracionais se originam na falta de fé”, frisa D. Manuel Linda, que “por isso” exorta “cada militar ou polícia” a aproveitar o Ano da Misericórdia para cumprir esta missão: “aproximar-se de um seu camarada mais esquecidode Deus, para lhe propor a luz da fé”.
O responsável pelo Ordinariato Castrense refere que é na “capacidade de fazer suas as dores alheias”, ou seja, pela prática da solidariedade e misericórdia, que o Homem se distingue das outras criaturas. Realça ainda a importância de, ao longo deste ano, os cristãos lutarem pela “recuperação ” do cuidado pelo bem “integral” de todas as pessoas, não só físico ou material mas também “espiritual”. Na sua nota pastoral dedicada ao Ano da Misericórdia, D. Manuel Linda incentiva ainda “os cristãos de todas as Unidades Militares, da Guarda e Esquadras da Polícia a que, juntamente com os capelães”, programem ao longo do ano “pelo menos uma ação socio-caritativa”. Iniciativas que poderão ir desde a promoção de uma “colheita de sangue” à “recolha de alimentos e brinquedos, ao apadrinhamento de instituições de solidariedade, ou até à “constituição da Caritas Castrense da Unidade ou de uma Conferência Vicentina”, sugere o bispo. |
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«Manual prático» ajuda a entrar
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O padre Manuel Morujão, da Companhia de Jesus (Jesuítas), deu “voz à misericórdia divina e humana” através do livro ‘Celebrar e praticar a misericórdia’ que oferece subsídios para “viver” o Ano Jubilar que começou esta terça-feira. “Era uma urgência que se desse voz à misericórdia divina para a recebermos e à misericórdia humana que é tão importante nas relações pessoais, familiares, sociais”, explica o autor |
da obra sobre o sentimento que sentiu quando ouviu o Papa a anunciar este jubileu extraordinário. À Agência ECCLESIA, o reitor da Comunidade dos Jesuítas de Braga frisou essa urgência dando como exemplo o “terrorismo internacional, a violência doméstica, o subir de tom nos diálogos sociais e políticos”. Nesse sentido, este “manual prático” pode “ajudar” os leitores a entrar no espírito do Ano Santo, apontou. |
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A publicação ‘Celebrar e praticar a misericórdia’, divide-se em quatro capítulos, onde o sacerdote apresenta os textos introdutórios (documentos oficiais) do Ano Santo da Misericórdia e temas relacionados com a “Misericórdia Divina e Humana” e “celebrar a misericórdia divina”, com duas propostas de celebração comunitária.
Para o autor, a Bula “Misericordia vultus” (‘O Rosto da Misericórdia’) com a qual o Papa Francisco convocou o Ano Santo (8 de dezembro 2015 - 20 de novembro de 2016) é “uma ternura musculada” e surge como o “texto fundamental” deste livro. “Às vezes pensamos que é um sentimento romântico mais ou menos vazio e a misericórdia puxa muito por nós, primeiro com a humildade para nos abrir à misericórdia que Deus nos quer oferecer e depois para darmos essa misericórdia aos outros, sem impostos, sem um coração fechado”, desenvolve. O padre Manuel Morujão recorda um alerta do Papa Francisco que sublinhou que sem misericórdia “não há justiça porque passa-se para uma justiça férrea, injusta”. Quem “não está reconciliado”, não pode |
comunicar paz, fraternidade, reconciliação” e a misericórdia de “primeiríssima e magnífica qualidade” é dada por Deus, realça o sacerdote. O responsável jesuíta assinala ainda que “os nossos males, faltas, pecados não põem uma barreira intransponível a Deus, Ele está aberto a perdoar-nos tudo e sempre se abrirmos o coração”. Neste contexto, o padre Manuel Morujão faz eco das palavras do Papa Francisco quando diz, na bula do jubileu, que o Ano Santo é “para todos”, “inclusivamente dirige-se aos que vivem em alguma associação criminosa ou vivem no mundo da corrupção”. “É belíssimo ver esta abertura da Igreja”, acrescenta o sacerdote da Companhia de Jesus. “Acho que a sociedade, o mundo da política e do desporto, os ambientes familiares, a comunidades paroquiais, os movimentos terão imenso a ganhar, com o assumir atitudes mais misericordiosas”, considera o padre Manuel Morujão, recordando que a misericórdia “não é um sentimento vago filantrópico” que se procura comunicar aos outros mas assente em 14 Obras de Misericórdia – 7 espirituais e 7 corporais. |
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Presentes Solidários |
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Que a internet é cada vez mais um meio para promoção de entidades, ideias, projectos e negócios, disso já quase ninguém tem dúvida, agora que seja utilizada para dar mais sentido ao nosso Natal? Não acredita? É verdade, basta que visite o sítio www.presentessolidarios.pt e facilmente percebe que a sua base de trabalho está sustentada nas tecnologias, como forma de atingir um maior número de aderentes. Com uma apresentação gráfica bastante eficaz e clara, ao entrarmos neste espaço virtual, somos facilmente envolvidos no espirito solidário. Da responsabilidade da FEC (Fundação Fé e Cooperação), organismo de Igreja Católica Portuguesa, esta campanha «Presentes Solidários 2015», contribui “de forma concreta para a melhoria das condições reais de vida de inúmeras famílias dos Países Lusófonos”. Através da página inicial poderemos, imediatamente acompanhar diariamente a evolução da campanha, clicando em barómetro. É possível também, aceder às mais recentes notícias que vão dando ecos |
deste extraordinário projeto. Na opção “presentes 2015”, pode conhecer ao pormenor cada um dos treze presentes que estão ao dispor para este ano. Clicando em cada um deles, fica informado acerca do custo do presente, a quem se destina, quem são as entidades responsáveis pela sua administração, bem como qual o local para onde vai a oferta. Caso pretenda saber como se opera esta acção solidária, aceda a campanha. Aí pode assistir a um vídeo promocional que explica detalhadamente o seu |
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funcionamento, ler um conjunto de respostas às dúvidas mais comuns e ainda saber quais são as entidades que apoiam este projecto. No item resultados, somos informados sobre o sucesso das campanhas dos anos anteriores, onde facilmente acedemos aos resultados efectivos dos presentes entregues e a algum feedback dos beneficiados. Como forma de aumentar o sucesso e a divulgação desta acção, foi criado o conceito de padrinho solidário, onde cada país que é beneficiado com algum presente possui uma figura pública que abraça mais de perto esse projecto. Por último, está ao dispor das escolas um conjunto de manuais, divididos por ciclos de estudo, que |
ajudam de uma forma muito concreta a divulgar a campanha junto de toda a comunidade escolar. Aqui fica então a minha sugestão, porque existem projetos que recorrentemente os apresento neste espaço, por considerar que os seus objetivos e fundamentos fazem todo o sentido serem divulgados. Claramente este projecto é já um vencedor, quer pela magnificência dos objetivos a que se propõe, bem como, pela qualidade da sua presença virtual. E não se esqueça, com os presentes solidários, dá a duplicar!
Fernando Cassola Marques |
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As redes e o Evangelho |
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Entre as muitas leituras em mãos, há um livro que me tem despertado alguma inquietação: Inteligência Conectiva, de Erica Dhawan e Saj-Nicole Joni, da GestãoPlus. Apresentam “a inteligência conectiva como a capacidade de combinar a diversidade mundial de pessoas, redes, disciplinas e recursos, e de estabelecer ligações que criem valor, significado e resultados pioneiros”. Tem como propóstio melhorar a vida das pessoas, erigir sociedades sustentáveis e criar os futuros que desejamos. A inteligêcnia conectiva é maior e mais poderosa do que a quantidade de seguidores que se tem no Twitter ou de gostos que uma publicação tem no Facebook. O importante é a equipa, não o chefe. Importa partilhar, para fomentar novos modelos, novas estratégias. Bento XVI, por ocasião do XLV Dia Mundial das Comunicações Sociais, convidou “os cristãos a unirem-se confiadamente e com criatividade consciente e responsável na rede de relações que a era digital tornou possível; e não simplesmente para satisfazer o desejo de estar presente, mas porque esta rede tornou-se |
parte integrante da vida humana”. Porque “Cristo constitui a resposta plena e autêntica àquele desejo humano de relação, comunhão e sentido que sobressai inclusivamente na participação maciça nas várias redes”. As várias mensagens do papa Bento XVI e papa Francisco para o dia Mundial das Comunicações Sociais vêm pedindo esta inteligência conectiva à Igreja, segundo o modelo próprio do Evangelho. Afirmam que testemunhar nas redes significa partilhar uma vida alimentada pela fé: nas escolhas, nas obrigações, na visão do mundo, nos gostos e no modo de comunicar, de constituir amizades e de se relacionar dentro e fora da rede. Bento XVI afirma que é necessário "testemunhar com coerência, no próprio perfil digital e no modo de se comunicar, escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele" [XLV Dia Mundial das Comunicações Sociais]. O Evangelho não é uma “mercadoria”, entre muitas outras mercadorias que se vendem, partilham e gostam |
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nas redes. A Igreja é chamada a partilhar o Evangelho numa sociedade complexa. Partilhar o Evangelho numa perspectiva de discípulos de Emaus: fazer-se próximo, acompanhar, capaz de despertar interesse, desejo pela verdade, mover consciêcnias, abrindo com delicadeza os corações para o reconhecimento do mistério. Na mesma mensagem, o papa emérito escrevia que “os crentes encorajam todos a manterem vivas as eternas questões do homem, que testemunham o seu desejo de transcendência e o anseio por formas de vida autêntica, digna de ser vivida. Precisamente esta tensão espiritual própria do ser humano é que está por detrás da nossa sede de verdade e |
comunhão e nos estimula a comunicar com integridade e honestidade”. Vou continuar as minhas leituras. Mas uma certeza tenho: uma boa pastoral da comunicação da igreja tem que passar por criar esta inteligência conectiva. Não podemos continuar a evangelizar sozinho, isolados, cada um preocupado com o seu redil. Por fim, uma partilha de uma infografia onde partilho, nas várias redes, o que faço com o Evangelho. Cada um pode alterar Evangelho por Advento, Natal. Sintam-se à vontade. Continuação de boa caminhada de advento e um Santo Natal. Até 2016!
Bento Oliveira @iMissio http://www.imissio.net |
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dezembro 2015 |
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11 de dezembro. Fátima - Casa «Domus Carmeli» - O Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja (SNBCI) promove uma formação sobre «Inventário e Catalogação», no âmbito do Projeto Thesaurus
. Lisboa, 11h30 - O cardeal-patriarca de Lisboa visita a sede e o centro de acolhimento do Serviço Jesuíta aos Refugiados em Portugal
. Olhão - Igreja matriz, 21h - Concerto de Natal em Olhão pelo Coral Luísa Todi
. Lisboa - Igreja de são Vicente de Fora, 21h30 - Concerto de Natal da Associação dos Médicos Católicos Portugueses
12 de dezembro. Coimbra - XX Festival Jovem diocesana da canção
. Lisboa - Igreja de São Cristóvão - Concerto de Canto Gregoriano pelo EGEAC na Igreja de São Cristóvão
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. Coimbra – Pombal - Assembleia diocesana do Ano da Misericórdia sobre «A misericórdia de Deus na Bíblia» pelo padre Júlio Franclim Pacheco, da diocese de Aveiro
. Fátima - Peregrinação nacional de autocaravanistas
. Lisboa - Vários locais, 9h30 - Simpósio sobre «A dimensão social da evangelização», integrado na preparação do Sínodo da Diocese de Lisboa
. Setúbal - Praça Teófilo Braga, 16h30 - Manifestação pública pela paz promovida pela Cáritas Diocesana de Setúbal
. Porto - Casa de Vilar, 17h - Debate sobre «Ser Igreja no Escutismo»
. Faro - Centro Pastoral de Pêra, 21h - Debate sobre «Como é que a Igreja vê os problemas das famílias de hoje? Casar para quê?» com a presença de D. Manuel Quintas e o padre Carlos Aquino
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. Coimbra - Igreja de Santa Cruz, 21h - Abertura do Santuário da Reconciliação
13 de dezembro. Aveiro - Abertura do Ano Santo da Misericórdia
. Évora - Vila Viçosa - Aberta da Porta Santa do Jubileu Extraordinário da Misericórdia
. Portalegre -Abertura diocesana da «Porta da Misericórdia»
. Coimbra - Sé Nova - Abertura da porta do Jubileu da Misericórdia
. Guarda – Sé -Abertura da Porta do Jubileu da Misericórdia
. Évora - Vila Viçosa -Abertura da Porta da Misericórdia
. Lisboa - Mosteiro de São Vicente de Fora - Cerimónia nacional da Luz da Paz de Belém promovida pelo Corpo Nacional de Escutas
. Lisboa e Aveiro -A associação APELO, que apoia a nível nacional pessoas, famílias e comunidades em luto, propõe aos portugueses acenderem uma vela por todas as famílias que perderam os seus filhos |
. Braga – Sé, 11h30 -Bênção das Grávidas por D. Jorge Ortiga
. Porto - Igreja de São Lourenço (Seminário), 15h30 - Início do Jubileu da Misericórdia
. Funchal – Sé, 16h - Abertura da Porta Santa da Misericórdia
. Leiria – Sé, 16h00 - Abertura da Porta Santa da Misericórdia na Sé de Leiria por D. António Marto
. Lisboa - Sociedade de Geografia, 16h - Concerto de Natal promovido pela FAIS
. Fátima - Casa de Nossa Senhora das Dores, 16h - Conferência sobre «O meu espírito alegra-se em Deus, meu Salvador» por João Lourenço e integrada no ciclo «Eu vim para que tenham vida»
. Setúbal - Azeitão (Capela de Aldeia de Irmãos), 17h - Concerto de violino, violoncelo e piano com peças de Natal . Setúbal - Amora (Igreja Beato Scalabrini), 17h - Concerto de Natal com o coral «Cantata Viva»
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11 dezembro A Igreja Matriz de Olhão recebe o tradicional Concerto de Natal pelo Coral Luísa Todi, às 21h00, oferecido pelo município local.
13 dezembro Termina o Ciclo de cinema «Revelar-te», no Fórum Romeu Correia, em Almada. Até domingo ainda há oportunidade para ver três filmes e a apresentação do livro "O Mistério dos Santos Inocentes” (sábado, 18h30).
Luz da Paz de Belém A Diocese de Lisboa vai acolher a cerimónia nacional da Luz da Paz de Belém este domingo, às 19h00, na igreja de São Vicente de Fora. A Luz da Paz é distribuída por escuteiros de diferentes nacionalidades a nível mundial depois de ter sido acesa por um rapaz ou rapariga austríaco na Gruta da Natividade de Jesus, em Belém.
14 de dezembro Os estudantes madeirenses no Hospital de Santa Maria vão animar a Missa do Parto, recreando uma tradição da religiosidade popular e da cultura deste arquipélago, na capela deste hospital às 07h15. A celebração invoca o bom parto da Virgem Maria, , nos nove dias que antecedem o Natal.
17 dezembro Lançamento do livro «Os milagres como Evangelho», do padre Renato Oliveira, que venceu o Prémio Paulus Edição este ano, na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, no núcleo regional de Braga, às 21h00. |
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Programação religiosa nos media |
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Antena 1, 8h00 RTP1, 10h00 Transmissão da missa dominical
11h00 - Transmissão missa
12h15 - Oitavo Dia
Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã; 12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida. |
RTP2, 11h30
RTP2, 15h30 ![]() Segunda-feira, dia 14 - Entrevista a D. António Moiteiro, Elisa Urbano e Fernando Moita sobre a Educação Católica
Terça-feira, dia 15 - Informação e entrevista a José Luís Nunes Martins sobre o livro "Lugares do Infinito"
Quarta-feira, dia 16 - Informação e entrevista a Catarina Martins Bettencourt da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre
Quinta-feira, dia 17 - Informação e entrevista Emanuel Soeiro da Fundação Fé e Cooperação
Sexta-feira, dia 18 - Análise às leituras bíblicas das missas de domingo com a Irmã Luísa Almendra e Cónego António Rego.
Antena 1 Domingo, dia 13 de dezembro - 06h00 - Apresentação do jubileu da Misericórdia
Segunda a sexta-feira, 14 a 18 de dezembro - 22h45 - Presépio passo a passo: São José, os Pastores, as Ovelhas, a Estrela e os Magos; campanha de Natal do SNEC; Aldeia Natal de Cabeça, Publicação "feliz Natal", iniciativa 10 milhões de Estrelas e Presentes Solidários |
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Ano C – 3.º Domingo do tempo do Advento |
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Somos transformados em Deus ou preferimos outros endireitas? |
«E nós, que devemos fazer?» No Evangelho deste terceiro domingo do Advento, esta questão é posta três vezes a João Baptista, pelas multidões, pelos publicanos, pelos soldados. João não parece ser muito exigente nas respostas, nem aponta para cosias extraordinárias. Basta deixar que a nossa vida de todos os dias seja levada pela Boa Nova de Jesus… Isso implica conversão, transformação, em três aspetos, segundo o Evangelho: sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça; renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos irmãos. O Evangelho avisa-nos, ainda, que o cristão é «batizado no Espírito», recebe de Deus vida nova e tem de viver de acordo com essa dinâmica. O Sínodo dos Bispos de 2012 deixou-nos uma bela pista para concretizar a questão do Evangelho, convidando-nos a contemplar o mistério da encarnação de Jesus, nessa atitude estamos a acolher o pobre. Vale a pena evocar essa belíssima mensagem: «Nas nossas comunidades, deve dar-se um lugar privilegiado aos pobres, um lugar que não exclui ninguém, mas pretende ser um reflexo de como Jesus Se ligou a eles. A presença do pobre nas nossas comunidades é misteriosamente poderosa: muda as pessoas, mais do que um discurso; ensina fidelidade, permite compreender a fragilidade da vida, pede oração; em suma, leva a Cristo. O gesto da caridade, por sua vez, exige ser |
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acompanhado pelo empenho em favor da justiça, com um apelo que a todos envolve, pobres e ricos». Vale também a pena relembrar algumas indicações dos nossos Bispos na mensagem de Boas Festas do ano passado: «Só quem oferece Natal aos outros pode ter Natal para si. Que os gestos de entreajuda, solidariedade e partilha se multipliquem. A autêntica alegria das Boas Festas está na dádiva altruísta e generosa. Haverá Boas Festas se o outro for o centro das nossas atenções e serviços, vencendo confortos e rotinas egoístas, tal como Deus que fez de nós o seu centro, oferecendo?se em pessoa no Jesus do Natal em Belém. |
Haverá Boas Festas se soubermos presentear tempo, carinho e ofertas a pessoas que vivem sozinhas, a doentes, crianças ou idosos, e a obras de serviço social.
Haverá Boas Festas se deixarmos que Jesus nasça no melhor dos presépios, que é o nosso coração, e aderirmos mais de alma e coração à pessoa de Jesus». E nós hoje, que devemos fazer? Ser e estar sempre com o coração aberto ao Coração misericordioso de Deus e solidário aos irmãos, praticando sempre a ternura e a misericórdia de Deus!
Manuel Barbosa, scj www.dehonianos.pt |
Vida Contemplativa na Igreja |
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“Avé, cheia de graça, o Senhor está contigo”(Lc 1,28).Celebrar a Imaculada Conceição da Virgem Maria, “a Cheia de Graça”, é adentrar-se no mistério altíssimo do Amor do Pai das Misericórdias que nos convoca para a sua intimidade. No dia da abertura do Ano Santo da Misericórdia, em Roma, com estes sentimentos de eclesial louvor e adoração celebremos e cantemos alegremente a nossa fé: “Aclamai o Senhor, terra inteira, exultai de alegria e cantai”(Sl 97). A Virgem Imaculada ocupou, desde o séc. XIV, um lugar especial no coração do povo luso. Os portugueses dedicaram-lhe um singular amor, quase 500 anos antes da definição do dogma da Imaculada Conceição, por Pio IX. Nos finais do séc. XIII, o beato Duns Scotto, filósofo e notável teólogo franciscano, foi um promotor por excelência e grande defensor do dogma da Imaculada Conceição. É por isso que os franciscanos a chamam filial e carinhosamente “Imaculada Franciscana”. (…) Apesar da clausura e da vossa missão específica, também estais sempre “em saída com o coração aberto ao mundo, aos horizontes de Deus”, |
disse o Papa Francisco, às Irmãs Clarissas, em Assis. E acrescentou: “se rezar é permanecer na oração de Jesus, dali não se pode sair a não ser no êxodo do amor que nos impele a abraçar o mundo e cada rosto. O Filho é aquele que vive com o Pai e juntos se fazem presentes ao lado de cada pessoa, em especial dos últimos” (Regina Caeli, 1.6.2014). A luz de Clara continua a atravessar os séculos e mantém-se viva, no coração das suas filhas. Mas somente um coração pobre e vazio de si mesmo pode encher-se da beleza de Deus. Neste Ano Santo Jubilar, sois chamadas a ser o Rosto da Misericórdia, em primeiro lugar, na própria fraternidade, e depois, junto daqueles que vos procuram e pedem ajuda espiritual ou material. À semelhança de Maria Imaculada e da santa Fundadora, abri o coração ao Espírito do Senhor e vivei a santíssima pobreza, em santa unidade, junto ao Coração de Cristo, Fonte inesgotável de Vida e de Misericórdia. Com entusiasmo sempre renovado, deveis manter viva a chama do amor fraterno, orar assiduamente, com os lábios e com a vida, sempre e em todo o lugar. Isto é, ser Amor no Coração da Igreja, como dizia Santa Teresinha |
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do Menino Jesus. Na verdade, só o Amor é eternamente criativo!
Neste momento de graça, apraz-me recordar a jovem Clarissa francesa, Irmã Celina da Apresentação (1878 -1897). Conheceu a pobreza da família, a exclusão social, a orfandade e, mais tarde, no Mosteiro foi acometida por tuberculose. Com grande paciência e amor a Jesus aceitou humildemente todos os sofrimentos. Faleceu aos dezanove anos. Foi beatificada a 16 de Setembro de 2007, na Catedral de Bordeaux. Com grande simplicidade e ternura, deixou o testemunho vivo do segredo da sua entrega e da sua imensa felicidade.
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Gostava de viver escondida, na obediência e na pobreza, e privilegiava uma profunda espiritualidade eucarística, no carisma de Santa Clara. São dela estas palavras de sabedoria que foram o projeto concreto e luminoso da sua vida, tão bela e tão breve: “eu tomei a resolução de ser uma violeta de humildade, uma rosa de caridade e um lírio de pureza para Jesus”. A beleza da sua humildade flui em ondas de perfume, que irradiam da sua presença, dizem as testemunhas que a invocam. Por isso é chamada “La sainte aux perfums”. (…) Funchal, 8 de dezembro de 2015 D. António Carrilho, bispo do Funchal |
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Camarões: o novo alvo dos islamitas do Boko HaramA guerra esquecida |
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A violência demente do grupo islamita Boko Haram não tem parado. Depois de ter colocado o norte da Nigéria a ferro e fogo, os terroristas atacam agora os países da região. Por causa disso, há já mais de 2 milhões de refugiados.
Junho de 2015. O exército dos Camarões tenta cercar alguns dos bastiões dos terroristas do Boko Haram que circulam sem dificuldade pela porosa zona fronteiriça com a Nigéria. Nos últimos tempos têm sido cada vez mais frequentes os episódios de atentados e de ataques atribuídos aos islamitas na região. Porém, muitas vezes, os militares são forçados a recuar. A razão é simples: Os terroristas do Boko Haram usam civis, muitas vezes até crianças, como escudos humanos. Najat Rochdi, coordenadora humanitária da ONU para os Camarões, confessou isso mesmo. Em Junho deste ano, Rochdi sabia que “cerca de mil e quinhentas crianças, entre os 8 e os 12 anos” estavam na linha da frente, fazendo como que um tampão às forças do |
Boko Haram. Eram “carne para canhão”. Por causa disso, os militares dos Camarões calaram as armas. Não podiam fazer mais nada. Apesar de passar despercebida à maior parte da opinião pública internacional, há uma guerra em curso nesta região que se estende muito para além das fronteiras da Nigéria. O Boko Haram, grupo islamita que se afiliou no auto-proclamado “Estado Islâmico”, pretende também a criação de um “califado”, para a implementação da “sharia” a lei islâmica mais estrita. Calcula-se em mais de 2 milhões os refugiados na região. Só nos Camarões, por causa dos ataques dos islamitas do Boko Haram, há mais de 100 mil deslocados. São pessoas em fuga. São pessoas que tiveram de fugir para salvar as próprias vidas. Muitas são ainda crianças. O que fazer com elas agora? Vamos ajudar? Na diocese de Maroua-Mokolo, são inúmeras as crianças que vieram do outro lado da fronteira, da Nigéria, para os Camarões. O Bispo local, D. Bruno Ateba Edo, decidiu que era |
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necessário fazer alguma coisa. Com a ajuda da Fundação AIS, lançou um programa de apoio directo a mil destas crianças, permitindo-lhes voltar aos bancos da escola e contrariando assim um dos objectivos do Boko Haram, cujo nome significa, literalmente, “a educação ocidental é pecado”. Pecado seria deixar estes meninos e meninas sem escola e sem futuro, defende D. Ateba. Na verdade, já ninguém lhes vai tirar da memória o sofrimento por que passaram, as histórias de horror que foram |
forçados a viver. O Bispo pede-nos ajuda. Há muito ainda a fazer. A primeira tarefa, porém, é denunciar ao mundo esta guerra esquecida. Depois, é preciso agir. A diocese é muito pobre. D. Bruno Ateba Edo pede-nos ajuda. Já não será possível tirar as cicatrizes da violência da memória destas crianças. Pelo menos, vamos tentar dar-lhes um futuro um pouco mais risonho. Vamos fazer isso neste Natal.
Paulo Aido | www.fundacao-ais.pt |
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Natal com ternura e portas abertas |
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Tony Neves |
Cada 25 de Dezembro carrega o peso de um ano que está prestes a terminar. O Natal é sempre a festa da Família, mesmo para quem não acredita em Cristo ou tem pouco lugar para Ele nas suas vidas quotidianas. Natal, para os cristãos, terá sempre no centro a gratidão a Deus pelo nascimento de Cristo que encarnou na história da humanidade há mais de dois mil anos. A Sua mensagem aposta na paz, na ternura e na opção clara pelos mais pobres. A Mensagem do Presépio não deixa espaços para equívocos. Fala de um Deus sensível ás periferias e margens da história. Escolheu um curral numa cidade pobre de um país longe de todas as grandes decisões daquele tempo. Belém é o rosto de uma escolha divina de Amor. Ele quis e quer que os mais pobres e abandonados tenham vez e voz. O Natal amplifica este grito de mais justiça, de mais paz, de mais amor. 2015 terminou mal, com atentados terroristas e violações frontais dos direitos humanos. As situações agravadas no Médio Oriente e noutras paragens do mundo tocam fundo no coração da humanidade. Países como a Síria, o Iraque, a Líbia, o Sudão do Sul, o Afeganistão… clamam por mais respeito pelos direitos humanos. Sinal de esperança foi, no fim deste ano, a visita do Papa a África, na primeira vez que poisou os pés no planeta verde. As suas palavras e atitudes marcaram o mais fundo do coração de todos os africanos de boa vontade. Abriu de par em par as portas ao Natal para estes povos excluídos. |
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Um pouco por todo o mundo, a celebração do Natal tem como momento mais simbólico a Missa do Galo. O grito ‘Jesus nasceu para todos’ inspira futuro assente na confiança de um Deus próximo, que exige mais justiça social e melhor solidariedade sem fronteiras.
O Natal está muito associado a prendas. Talvez demais. Por isso, o advento comercial chega antes do Advento cristão. Neste Natal, |
olhando a esta onda de refugiados que bate à nossa porta, podemos partilhar com estes nossos irmãos aquilo que os amigos nos vão oferecer. É apenas uma proposta de fraternidade que pode trazer alguma alegria, conforto e esperança a quem se viu obrigado a fugir da sua terra, das suas áreas de conforto e segurança. Desejo um Santo e Feliz Natal, abençoado pelo Menino de Belém. |
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![]() “Pode ouvir o programa Luso Fonias na rádio SIM, sábados às 14h00, ou em www.fecongd.org. O programa Luso Fonias é produzido pela FEC – Fundação Fé e Cooperação, ONGD da Conferência Episcopal Portuguesa.”
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