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Paulo Rocha |
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Foto da capa: D.R. Foto da contracapa: Agência ECCLESIA
AGÊNCIA ECCLESIA Diretor: Paulo Rocha | Chefe de Redação: Octávio Carmo Redação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira, Luís Filipe Santos, Sónia Neves Grafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana Gomes Propriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais Diretor: Padre Américo Aguiar Pessoa Coletiva nº 500966575, NIB: 0018 0000 10124457001 82. Redação e Administração: Quinta do Cabeço, Porta D 1885-076 MOSCAVIDE. Tel.: 218855472; Fax: 218855473. agencia@ecclesia.pt; www.agencia.ecclesia.pt;
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Opinião |
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Igreja e dignidade do Trabalho
Paulo Rocha | DNPJ | Luis Filipe Santos| Manuel Barbosa | Paulo Aido | Tony Neves | Fernando Cassola Marques |
Comunicar é escutar |
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Paulo Rocha |
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A mensagem do Papa Francisco para o 50.º Dia Mundial das Comunicações Sociais tem uma palavra central: escuta. O texto relaciona comunicação e misericórdia, porque se insere na celebração do Ano Jubilar em curso, e tem uma secção nuclear para expressar o parecer do Papa para o setor dos media, sobre este tema da misericórdia. Sintetiza-se em dois parágrafos onde, em menos de dez linhas, Francisco se refere dez vezes à escuta. Na primeira mensagem que Francisco escreveu para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 2014, o Papa disse que os media podem ter um papel fundamental na promoção de uma “autêntica cultura do encontro”. E em que consiste essa cultura? A resposta surge a partir da parábola bíblica do Filho Pródigo e também pelo exemplo do próprio Papa. De facto, a atitude de ir ao encontro do outro, a decisão de o atender, a disponibilidade cuidar e dar carinho e tempo a todos, nomeadamente os mais frágeis, é uma marca deste pontificado. E é também o maior poder de comunicação do Papa Argentino. Na Praça de São Pedro ou em Lesbos, na sede das Nações Unidas ou nas Favelas do Rio de Janeiro, no Parlamento Europeu ou em Lampedusa, na Casa Branca ou na prisão mexicana do Estado de Chihuahua, Francisco torna relevante a sua presença pela promoção do encontro e interessante a sua comunicação pela permanente atitude de escuta. A escuta proposta pelo Papa Francisco não é resultado de uma estratégia de comunicação, mas da autenticidade de vida, da transparência de um pontificado e da determinação em colocar todas as estruturas e mediações ao serviço de um único objetivo: a vida em Cristo. |
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A exemplo do Bom Samaritano, a escuta proposta pelo Papa Francisco não se preocupa em “reconhecer o outro como um meu semelhante”, mas passa pela angústia constante de tudo fazer para ser “semelhante ao outro”. E esta diferença tem repercussões enormes. Também na definição de estratégias de comunicação! A primeira diz-se com três verbos: Comunicar é escutar. |
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Sessão Solene Comemorativa do 42.º Aniversário do 25 de Abril
@presidencia.pt
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"Saudar os capitães de Abril é dever de todos os que, em Portugal, se louvam da democracia que o seu gesto patriótico permitiu instaurar" Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, 25 de abril de 2016
“O discurso do presidente da República foi muito tranquilizador sobre o presente, mas foi também muito motivador em relação ao futuro” António Costa, primeiro-ministro, 25 de abril de 2016
"Combatamos os demagogos, os moralistas, os radicalismos de qualquer espécie, os detentores da verdade, os deslumbrados com o poder, os extremismos" Paula Teixeira da Cruz, deputada do PSD, 25 de abril de 2016
"Uma democracia faz-se também de um poder judicial respeitável e prestigiado. Uma democracia necessita de uma comunicação social pluralista e respeitadora das regras deontológicas" Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, 25 de abril de 2016
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Imagem peregrina levou esperança a doentes no Porto
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A imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima começou pela Ala da Pediatria a sua visita de “esperança” ao Centro Hospitalar de São João, no périplo que está a fazer pela Diocese do Porto e que termina este domingo. À Agência ECCLESIA, Ana Ferreira que tem a filha internada na Ala |
Pediátrica revela que “sempre” teve “muita fé” em Nossa Senhora. “Nesta altura em que é uma situação complicada para mim, para o meu marido, para o meu filho e, principalmente, para a minha pequenita, é importante a passagem dela porque dá-nos um bocado |
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de confiança que tudo vai correr bem e é muito importante, é esperança”, referiu. Solange Teixeira também tem uma filha na pediatria do Hospital de São João e diz que a visita da imagem de Nossa Senhora de Fátima transmite “tranquilidade” e “esperança”: “A Leonor inclusive cresceu sempre a ver a imagem em casa dos meus pais, brincou sempre muito com o terço”. O bispo do Porto afirmou que a presença da imagem peregrina foi, naquele momento, “uma oportunidade” para os doentes e profissionais de saúde, e milhares de pessoas que diariamente ali passam, “sentirem a bênção de Deus por interceção de Nossa Senhora”. “Nós, Igreja, sentimos que temos de ser uma Igreja de rosto terno e de coração materno”, observou à Agência ECCLESIA. D. António Francisco dos Santos destacou que a receção à imagem na diocese tem sido “impressionante”. Já para o capelão do Hospital de São João, a visita é, “particularmente, oportuna” porque no hospital faz-se a “experiência da doença, do sofrimento, do nascer e do morrer”. O padre José Nuno Silva assinala que Nossa Senhora de Fátima é “uma |
imagem da ternura e da misericórdia” e “quem peregrina pelos dias mais difíceis da vida, como são os da doença”, encontra nela uma particular “fonte de alento, de consolação e de confiança”. Por sua vez, Renato Matos, do Conselho de Administração do Hospital de São João, referiu que embora seja uma “instituição pública” e, como tal, laica, não “se poderia deixar de associar” à manifestação de fé. Segundo D. António Francisco dos Santos, a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima aos doentes é a realização de uma Obra de Misericórdia. “Sinto que as pessoas estão disponíveis para acolher a misericórdia de Deus e estão disponíveis para fazerem parte desta Igreja onde a Misericórdia é praticada com alegria através das 14 obras”, acrescentou, enquanto a imagem peregrina era levada em procissão para o Instituto Português de Oncologia do Porto. A Diocese de Leiria-Fátima vai ser a próxima a receber a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora, entre 1 e 13 de maio, encerrando o périplo realizado por todos o país no contexto do Centenário das Aparições (1917- 2017). |
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Espetáculo multidisciplinar lembra dia em que o Sol bailou |
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O Santuário de Fátima vai apresentar a 11 de maio o espetáculo multidisciplinar ‘“Fátima – O dia em que o Sol bailou’", desenvolvido pela Vortice Dance Company no âmbito da programação do Centenário das Aparições (1917-2017). A primeira apresentação do espetáculo, reservada às escolas e colégios de Fátima e Leiria, está marcada para as 14h30; a estreia está marcada para o dia 13 de maio, pelas 21h00, com repetição, dois dias depois, pelas 16h00, no grande auditório do Centro Pastoral de Paulo VI, em Fátima. “Trata-se de um projeto que, focando as aparições de Fátima e o seu reflexo na história contemporânea, procura esboçar um retrato do acontecimento que marcou o século XX”, revela o Santuário de Fátima, em nota enviada à Agência ECCLESIA. O espetáculo tem a assinatura dos coreógrafos e diretores artísticos Cláudia Martins e Rafael Carriço, evocando a vistão da Senhora “vestida toda de branco, mais brilhante que o sol” relatada pelos videntes de Fátima, Lúcia, Jacinta e Francisco. Em cima de palco vão estar artistas de |
várias nacionalidades. O projeto cruza várias disciplinas artísticas como a dança, o vídeo, a figuração em holograma, a cenografia 3D e figurinos recicláveis.
A Vortice Dance Company, residente em Fátima, completa 15 anos de existência em 2016. Este é o segundo trabalho da companhia de dança para o Santuário de Fátima, depois da peça 'A Solo com os Anjos', desenvolvida para as celebrações dos 90 anos das Aparições do Anjo em Fátima, em 2006. Após as apresentações em Fátima, o espetáculo estará em cena em Portugal, no Teatro Municipal de Bragança, e no Brasil, passando por cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Natal, entre outras. |
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Açores em festa com o Senhor Santo Cristo |
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O bispo de Angra vai presidir às Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, cujo “ponto alto” acontece a 30 de abril e 1 de maio. D. João Lavrador vai presidir e participar nas festividades do Senhor Santo Cristo dos Milagres pela primeira vez, a convite do reitor do santuário, feito ainda quando o prelado era bispo coadjutor da diocese. O sítio na internet ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra, destaca que o “ponto alto” das Festas do Santo Cristo dos Milagres acontece entre sábado e domingo, com as procissões “da mudança e a solene”, quando a imagem é entregue à irmandade do Senhor Santo Cristo pelas irmãs de Maria Imaculada. Segue-se um momento de oração e à noite a procissão de velas que permite a passagem da imagem para a Igreja de São José, onde continua a vigília. Ainda este sábado, assinala-se a receção das ofertas de gado junto ao redondel da Associação Agrícola de São Miguel seguida das arrematações das ofertas de gado cuja receita reverte para as festas. No domingo, a solene procissão à tarde é precedida pela Missa campal que vai ser animada com “cânticos de compositores açorianos” por |
cerca de 60 vozes - Scola Cantorum Ecce Hommo do Santuário da Esperança de Ponta Delgada, o Coral Litúrgico da Matriz de Ponta Delgada e o Coro Vox Caeli de Cantanhede, de Coimbra - e uma orquestra constituída por alunos do Conservatório Regional de Ponta Delgada. A “maior festa religiosa” dos Açores, que “atrai a Ponta Delgada milhares de peregrinos”, vai ser transmitida pela internet em tempo real e terão vários períodos de transmissão na RTP Açores e RTP Internacional. A imagem do Senhor Santo Cristo venerada no Arquipélago dos Açores, originária do século XVI, é uma representação em madeira da Paixão de Cristo e está aberta ao culto no Convento de Nossa Senhora da Esperança, em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel. |
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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados emwww.agencia.ecclesia.pt
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Vila Real: Diocese inaugura órgão sinfónico na catedral |
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Entrevista a André Costa Jorge sobre os refugiados e o 3º Encontro Nacional de Leigos
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Felicidade não é uma app
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O Papa presidiu à Missa do Jubileu dos adolescentes, que levou dezenas de milhares de pessoas ao Vaticano, e afirmou que a felicidade não é uma ‘app’, mas liberdade e amor responsáveis, com respeito pelo outro. “A vossa felicidade não tem preço, nem se comercializa; não é uma ‘app’ que se descarrega no |
telemóvel: nem a versão mais atualizada vos poderá ajudar a tornar-vos livres e grandes no amor”, assinalou, numa intervenção em tom coloquial. Na celebração que encerrou a celebração destinada aos adolescentes no ano santo da Misericórdia (dezembro 2015-novembro 2016), |
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iniciativa promovida pelo Papa, Francisco apresentou uma reflexão sobre a liberdade, sublinhando que esta implica “saber dizer não”. “A liberdade não é poder fazer sempre aquilo que me apetece: isto torna-nos fechados, distantes, impede-nos de ser amigos abertos e sinceros”, advertiu. O pontífice argentino contestou uma mentalidade consumista, que avalia as pessoas pela roupa ou pelas suas posses, e convidou os jovens a fazer “corajosas e fortes” para concretizarem os seus sonhos e darem sentido à vida. “Não vos contenteis com a mediocridade, com o ‘deixa andar’”, pediu. Francisco falou ainda do desejo de “afeto e ternura” na adolescência, aconselhando os presentes na Praça de São Pedro a viver estes sentimentos sem querer “possuir”, respeitando a liberdade do outro, “porque o amor é livre”. “Se ouvirdes a voz do Senhor, revelar-vos-á o segredo da ternura: cuidar da outra pessoa, o que significa respeitá-la, protegê-la e esperar por ela”, realçou. O amor, prosseguiu, é uma |
“responsabilidade” para toda a vida e um “compromisso diário” de quem sabe “realizar grandes sonhos”. “Ai dos jovens que não sabem, não ousam sonhar. Se um jovem da vossa idade não é capaz de sonhar, já está reformado”, observou, num improviso que gerou gargalhadas entre os participantes. Francisco sublinhou por diversas vezes a importância da oração e da espiritualidade, atenta à presença de Jesus que espera “pacientemente” por cada pessoa. A homilia começou por apresentar o amor como “o cartão de cidadão do cristão”, que exige gestos concretos. “Que o vosso programa diário sejam as obras de misericórdia: treinai-vos com entusiasmo nelas, para vos tornardes campeões de vida, campeões de amor”, apelou. No final da Missa, Francisco pediu aos jovens que, depois de terem celebrado o seu jubileu no Vaticano, voltem a casa "com a alegria da identidade cristã, de pé, com a cabeça levantada". "Que o Senhor vos acompanhe e, por favor, rezai também por mim", disse, ao despedir-se dos participantes. |
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Mais protagonismo para os leigos na Igreja |
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O Papa apelou a um maior protagonismo dos leigos na vida da Igreja Católica, numa mensagem divulgada pelo Vaticano, e alertou ainda para as consequências do “clericalismo”. “Faz-nos bem recordar que a Igreja não é uma elite dos sacerdotes, dos consagrados, dos bispos, mas que todos formamos o santo povo fiel de Deus. Esquecermo-nos disto acarreta vários riscos e deformações”, assinala, numa carta enviada ao presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina (CAL). Francisco recorda o encontro que teve com a assembleia plenária da CAL, em março, sobre a importância do compromisso dos leigos na vida pública. O Papa alude a uma “famosa expressão”, ‘esta é a hora dos leigos’, e diz a este respeito que “parece que o relógio parou”. O pontífice argentino entende que a Igreja gerou uma “elite laical”, na qual apenas se consideram leigos “comprometidos” aqueles que “trabalham em coisas ‘dos padres’”. “Muitas vezes caímos na tentação de pensar que o leigo comprometido é aquele que trabalha nas obras da Igreja, nas coisas da paróquia ou |
da diocese, e pouco refletimos como acompanhar um batizado na sua vida pública e diária”, lamenta. A mensagem observa, por isso, que é necessário combater o “clericalismo”, que leva quem não seguiu a vida religiosa ou sacerdotal “como ‘mandatário’” e “coarta as diferentes iniciativas” e mesmo “ousadias necessárias para poder levar a Boa Nova do Evangelho a todos os âmbitos da atividade social e, especialmente, política”. Francisco dá como bom exemplo o caminho seguido na América Latina naquilo que define como “pastoral popular”, ajudando as pessoas a viver a sua fé “no aqui e no agora”. Esta pastoral popular, prossegue, implica “uma ação que não fica ligada à esfera íntima da pessoa, mas que, pelo contrário, se transforma em cultura”. |
Ignorar sofrimento dos outros é ignorar Deus |
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O Papa Francisco alertou no Vaticano para a necessidade de responder ao “sofrimento” de cada pessoa, numa catequese que partiu da parábola evangélica do Bom Samaritano, símbolo da “misericórdia”. “Nunca nos esqueçamos: perante o sofrimento de tanta gente consumida pela fome, pela violência e as injustiças, não podemos permanecer como espetadores. Ignorar o sofrimento do homem significa o quê? Significa ignorar Deus!”, advertiu, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro. A audiência geral deu seguimento ao ciclo de reflexões do Papa sobre a misericórdia, o centro do ano santo extraordinário que decorre até novembro. “Se eu não me aproximar daquele homem, daquela mulher, daquela criança, daquele idoso ou idosa que sofre, eu não me aproximo de Deus”, declarou Francisco. O Papa recordou que na parábola do Bom Samaritano não se fala apenas de uma personagem: Jesus apresenta ainda um sacerdote e um levita, duas figuras ligadas ao “culto” divino, que ignoram um homem moribundo, ferido por assaltantes. |
“Aqui a parábola oferece-nos um primeiro ensinamento: não é automático que quem frequenta a cada de Deus e conheça a sua misericórdia saiba amar o próximo. Não é automático”, assinalou.
Francisco observou que é possível conhecer “toda a Bíblia” as rubricas litúrgicas e a teologia, sem que isso tenha consequências diretas no “amar”, porque o amor “tem outro caminho, é preciso inteligência, mas também algo mais”. “O amor cristão é um amor comprometido que se torna concreto na vida. Nos gestos concretos de misericórdia do Bom Samaritano reconhecemos o modo de atuar de Deus”, precisou. O Papa acrescentou que o “verdadeiro amor” não faz distinções entre pessoas, mas vê todos como um “próximo” que precisa de ajuda. |
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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial internacional nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt
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Jubileu dos Adolescente no Vaticano
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‘Novos Olhares’ desafiam jovens na peregrinação nacional a Fátima |
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O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) propõe e desafia cada jovem a partilhar a sua experiência e visão do Fátima Jovem 2016. Com o tema ‘Maria, Mãe de Misericórdia’, a peregrinação anual dos jovens realiza-se nos dias 07 e 08 de maio. O ‘Novos Olhares’ não é um concurso de fotografia mas uma forma de participação especial no encontro nacional de jovens em Fátima onde cada participante pode inscrever-se como “voluntário/fotógrafo”. O DNPJ desafia e propõe aos jovens que através da objetiva da sua máquina fotográfica apresentem e proporcionem novas perspetivas, realidades, momentos, paisagens e/ou passagens. Para esta participação é obrigatória a inscrição que dá acesso a um cartão – está interdita a circulação nos corredores centrais do santuário – que deve ser levantado no secretariado diocesano onde assina o documento de cedência de direitos de publicação (ou no secretário do Fátima Jovem, no Centro Paulo VI, no sábado). |
O olhar subjetivo de cada um poderá concretizar um mosaico enriquecedor para todos e cada participante é convidado a enviar 15 fotografias – para dnpj.cep@gmail.com – com nome e diocese para depois serem publicadas na galeria ‘Novos Olhares’.
Este desafio/participação realiza-se apenas nos dias 07 e 08 de maio, durante o Fátima Jovem 2016, e vai deixar marcas para o futuro. Vai ser importante para depois documentar a peregrinação nacional de jovens de 2016, quer para os secretariados diocesanos, quer para o arquivo do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil. O DNPJ pretende que o Fátima Jovem seja um evento que proporciona a troca de experiências alargadas entre os jovens que nas suas dioceses, movimentos e grupos peregrinam no mesmo espírito das Bem-Aventuranças – “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7) – e no qual caminha-se, ruma-se à Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia, na Polónia. |
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Os inquilinos de Caravaggio
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Luís FIlipe Santos
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A luz das telas de Caravaggio está patente nas letras do Papa Francisco. Com a publicação da exortação apostólica «Amoris Laetitia» (A Alegria do Amor), recordei a luminosidade das obras do pintor italiano que percorre os parágrafos deste texto do Papa argentino. Para entrar nas joias pictóricas de Caravaggio (1571-1610) é essencial focar o olhar de forma demorada e atenta. Absorver com todos os sentidos para compreender. O mesmo acontece com «A alegria do amor». Uma leitura precipitada, ligeira e sumária desta exortação conduz o leitor a um pequeno bosque. Todavia, este documento de Francisco é uma imensa floresta. Um pulmão renovador da humanidade. Todos os parágrafos e as notas de rodapé merecem ser lidos de forma aprofundada. Só assim se consegue assimilar o longo texto. Quando ia a Roma, o então cardeal de Buenos Aires (Argentina) visitava com frequência a Igreja de São Luis dos Franceses para absorver a luz da célebre tela «Vocação de São Mateus» de Caravaggio. Aquela viagem aos cromas do mestre italiano tinha um objetivo: Assimilar e compreender os traços dos personagens daquela tela. O que parece ser uma rotina é um ato de aprendizagem contínua. Tanto o pintor italiano, como o Papa que veio do fim do mundo, foram inovadores nas suas áreas, mas num ponto estão em sintonia: resgatam as pessoas da vida real e colocam-nas no centro da |
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luminosidade cromática e literária. Uma luz que sai do vitral quotidiano e tatua o brilho da humanidade. As palavras de Francisco e as cores de Caravaggio não têm coberturas de verniz nem cromas nasalados. Se o mestre que ajudou a fundar a modernidade na pintura não tivesse saído dos ambientes palacianos não colocaria a realidade do dia-a-dia nas suas telas. Se o Papa Francisco não sentisse o «cheiro das ovelhas» e discordasse da «moral fria de escritório» não centrava o seu pontificado nos periféricos. O caminho da Igreja é o de “não condenar eternamente ninguém; |
derramar a misericórdia de Deus sobre todas as pessoas que pedem com coração sincero”, escreveu o Papa Francisco na exortação apostólica «A Alegria do Amor». Em pleno Ano da Misericórdia é conveniente absorver a tela gigante que Caravaggio pintou para a Igreja «Pio Monte Della Misericórdia» (Nápoles, Itália). Com uma iluminação peculiar e uma energia típica, as cores e as letras do pintor e do Papa são autênticas sequóias gigantes no meio da floresta. Observadores natos, através da arte literária e pictórica, Caravaggio e o Papa argentino deixam obras-primas para a humanidade. |
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Maio com os jovens trabalhadores
Para Lisandra Rodrigues, a presidente nacional da Juventude Operária Católica (JOC), a celebração do 1.º de Maio continua a fazer sentido e hoje mais do que nunca. A responsável lamenta em entrevista à Agência ECCLESIA que muitos jovens portugueses estejam a optar pela emigração, por considerar que o país com essas partidas está a perder recursos fundamentais para o seu futuro.
Entrevista conduzida por Luis Filipe Santos
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Agência ECCLESIA (AE) – Ainda faz sentido celebrar o dia 1 de maio, como dia do trabalhador? Lisandra Rodrigues (LR) – Faz todo o sentido porque o mundo do trabalho necessita de ser relembrado, reforçado, alertado, denunciado e anunciado. É um dia pertinente para valorizar o papel do trabalhador e dar voz aos trabalhadores.
AE – Utilizou dois verbos emblemáticos - anunciar e denunciar – para caracterizar o mundo do trabalho. LR – São verbos que utilizamos com frequência na JOC (Juventude Operária Católica). Denunciar para alertar consciência e dizer o que |
está mal. É preciso dizer o que prejudica as pessoas. É preciso enunciar causas e falar nas consequências. É preciso falar da vida das pessoas. Não se pode ter medo de falar das coisas tal como elas são. Mas se falarmos apenas disto, leva-nos a uma situação de pessimismo. Para contrariar esta lógica é preciso anunciar e mostrar que existem sinais de bons caminhos. É preciso anunciar que é possível, em conjunto, lutarmos por aquilo em que acreditamos. Anunciar à luz do evangelho os caminhos possíveis para os trabalhadores e famílias. É fundamental mostrar os bons testemunhos e a força daqueles que não se acomodam. |
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AE – A sociedade portuguesa está adormecida sobre as questões laborais? LR – Não sei se utilizava o termo adormecida. Sinto que os jovens trabalhadores e não trabalhadores têm passado por situações muito complicadas. Às vezes pode faltar o sentimento de levantar a voz. Pode parecer que estamos adormecidos, |
mas julgo que estamos é sem energia. Ouvimos com frequência que os jovens têm medo de falar de algumas situações e que se refugiam. Parece que as coisas não se falam em voz alta. Parece que estamos num clima adormecido. Mas em voz baixa, as coisas falam-se.
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AE – Falta a plateia. O púlpito… LR – Faltam-nos ouvidos que queiram ouvir. É mais fácil não querer ouvir os clamores das pessoas.
AE – Os jovens estão abandonados do mercado laboral? LR – Sentimos muito a falta de oportunidades. Existem uma série de respostas aparentes, mas não vão ao encontro das reais necessidades dos |
jovens. Estes têm de continuar na busca de soluções. Existem programas de incentivo ao emprego, mas não são respostas concretas. Não são respostas de dignidade e que sustentam um projeto de vida. Muitas vezes, sentimo-nos abandonados. A emigração e a precariedade são, muitas vezes, os caminhos.
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AE – O mundo laboral já entrou na era da globalização. Procura-se trabalho não apenas na localidade, no país, mas em qualquer ponto do globo. LR – Claramente. Sentimos que os jovens estão disponíveis para isso. No entanto, a grande questão coloca-se quando esse «ir» acontece porque não existe outra opção. Vamos com a frustração e a revolta na bagagem. Isso é que é preocupante. AE – A frustração e a carga negativa apoderaram-se dos jovens… LR – Não de todos, mas muitos deles vivem esse sentimento. Na JOC falamos sobre essas questões. Temos colegas que emigraram porque em Portugal não encontravam saída. É importante não desistir. Sentimos que já não é aqui o nosso lugar quando é aqui que desejamos estar. É complicado gerir estas situações.
AE – Não se aproveita o «cérebro»? LR – O desaproveitamento do potencial dos jovens em Portugal é algo que nos preocupa. Temos uma geração com muita formação e uma grande abertura ao mundo. |
Apesar destas qualidades, o nosso potencial não é rentabilizado e não é aproveitado. Uma das causas passa pelo não envolvimento nestas questões desde o início. Não nos ouvem e não nos envolvem. AE – Há conflito de interesses entre a entidade patronal e os trabalhadores? LR – Na generalidade sim. Caso não existisse não assistíamos a tanta precariedade. A precariedade, aliada ao desemprego, tem marcado a vida de muitos jovens em Portugal. Se o posto de trabalho existe porquê a forma precária como ele é exercido? Possivelmente, porque os interesses não são comuns. Não de valoriza a dimensão do trabalho na mesma forma. Isto demonstra que existem visões diferentes.
AE – Precariedade e trabalho são termos antagónicos? LR – Nós gostaríamos que fossem porque acreditamos no valor do trabalho digno. O trabalho digno pressupõe que exista respeito pela pessoa. E quando falamos em precariedade, isto não está presente. |
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AE – Portugal viveu e vive uma crise profunda. O termo austeridade entrou nos lares portugueses, mas só de alguns? LR – As pessoas sentiram isso. Nem todos passaram pelas mesmas dificuldades. O aperto financeiro nas famílias não foi igual para todas. A situação de crianças em maior risco está muito associada às condições socioeconómicas. Isto não foi abraçado como uma causa para todos. O foco estava centrado nas questões económicas e não tanto nas questões sociais.
AE – Atitudes a tomar perante esta crise? Desistência? Empreendedorismo? Resiliência? LR – Eu apostava na esperança e no não comodismo. O caminho escolhido, numa linha mais empreendedora ou noutra linha, cabe a cada um. É preciso ter esperança que os sinais surjam para depois os alcançarmos e lutar por eles. Pedia aos jovens para não se acomodarem às situações e não se amedrontem.
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AE – Os jovens estão atentos às propostas da JOC? LR – É difícil chegar a alguns jovens porque existe demasiado ruído na nossa sociedade. Mas quando conseguimos proporcionar aos jovens algum silêncio na sua vida e lhes mostramos alguns caminhos, o trabalho deste organismo torna-se mais fácil. Um dos maiores desafios da JOC é conseguir eliminar este ruído.
AE – Sem esquecer o lado individualista da sociedade. LR – É difícil envolver os jovens e congregá-los. Dar-lhes o sentido de conjunto porque desde a escola que somos incentivados a percorrer o nosso caminho de forma individualista. Existe esse lado competitivo, de forma quase inata, em nós. É difícil abrir caminho e agregar as pessoas. |
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João Pedro Tavares, presidente da ACEGE - Associação Cristã de Empresários e Gestores, e José Augusto Paixão, coordenador nacional da Liga Operária Católica (LOC/MTC), falam à Agência ECCLESIA das consequências de anos de crise e austeridade no mundo laboral, e analisam as atitudes dos portugueses diante do crescimento do desemprego, aponta rumos para o futuro. |
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Agência ECCLESIA- A crise económica e a austeridade a ela associada foram fatores que mudaram o ambiente laboral. Que consequências são visíveis?
João Pedro Tavares- Mudou em muitos sentidos, um deles o facto de se tomar uma maior consciência de que uma série de direitos que eram dados por adquiridos e que provavelmente alguns deles poderão não ocorrer. Isto é verdade para famílias, empresas e pessoas que são a base de toda a economia. Isto gerou uma nova consciência, levou a que muitas pessoas se desinstalassem, lutassem e outras poderão ter desistido pelo caminho. Mas de uma forma geral creio que esta grande consciência de que tudo é ganho mas não é dado por adquirido, e em cada momento temos que lutar e permanecer nessa luta por aquilo que nos parece defender a dignidade das pessoas, dignidade das famílias, isso é fundamental. |
As pessoas são o centro das organizações, acima da missão, dos valores, da cultura, da visão, do propósito económico da organização, do fim social da organização, as pessoas são o seu centro. Portanto, ter pessoas motivadas, empenhadas, fidelizadas, apostadas em servir melhor a empresa, os clientes, os fornecedores, ter pessoas felizes no trabalho é fundamental. Ter pessoas equilibradas é fundamental e determinante. A saúde de qualquer organização passa muito por aqui.
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José Augusto Paixão - Esta austeridade financeira que nós temos hoje em Portugal não nasceu há dois dias, nem nos últimos anos. Já vem de há muito tempo e não veio por acaso: em 1989, houve uma deliberação concreta, o Consenso de Washington, que determinou que o capital iria encontrar soluções para resolver os seus problemas. As únicas soluções que encontraram foi prejudicar, desvalorizar quem trabalha, retirar apoios sociais aos trabalhadores, não permitir que as pessoas tenham uma vida digna mesmo depois do seu trabalho. Há muitas pessoas a trabalhar que vivem abaixo do limiar da pobreza. Daí a questão não ser exatamente a de ter ou não trabalho. Os desempregados estão pior do que ninguém, mas quem tem trabalho e ganha o salário mínimo para sustentar uma família, está abaixo do nível de pobreza. Esta é sempre uma perspetiva de resultar lucros para o poder económico, para os grandes financeiro, de duas formas: primeiro pela exploração de quem trabalha e depois pela economia de casino em |
que nos envolveram, concretamente aquilo de que hoje se fala muito, a questão das offshores. Há quem já lhes chame ‘lojas de roubo de dinheiro’ e de fuga aos impostos. |
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Agência ECCLESIA - Que atitudes é possível identificar na reação dos portugueses face ao aumento do desemprego? Fala-se em emigração, empreendedorismo, desistência…. João Pedro Tavares - É verdade que Portugal e os portugueses, sendo um povo lutador, com uma capacidade de superação provavelmente única, uma capacidade de adaptação muito elevada, a forma como se prepara é um desafio. Haveria aqui um grande desafio ao nível da preparação e da capacidade técnica para lidar com novas situações. Sim, esse era um grande desafio que teríamos pela |
frente. Eu creio que de uma forma geral os portugueses, dentro das dificuldades, reagiram positivamente dentro da crise perante os desafios a que estivemos sujeitos e que foram muito duros. Eu gosto muito de usar uma frase de Charles Darwin e que diz que os que vencem na vida não são os mais inteligentes nem os mais fortes, são aqueles que se adaptam melhor à mudança. Esta chave representa muito daquilo que são os nossos desafios. Como é que nós nos vamos adaptar à mudança? Como é que nósvamos lidar na certeza da incerteza? O futuro |
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está recheado de incertezas. As mudanças que verificámos no passado e que vêm para o futuro irão ocorrer a uma velocidade superior a qualquer outra era no passado. Agora, o homem não é um indivíduo sozinho, é um homem comunitário e tem de estar acompanhado da sua comunidade, seja empresarial, social ou familiar para, em conjunto e em contexto comunitário ultrapassar alguns destes desafios. A comunidade educativa tem de exortar os jovens a ser empreendedores, o que não significa empresários. Significa que são pessoas com auto estima elevada, com capacidade de correr riscos e que se querem lançar para concretizar os seus sonhos, e o mundo está à espera deles. Não podemos ver negativamente a oportunidade que é dada aos jovens de trabalharem noutros locais. O que vejo como negativo é a perda de vínculo para com o país. Mas os jovens têm uma capacidade de adaptação enorme, uma grande generosidade, e estão mais capacitados do que estava a minha geração. Tenho promovido iniciativas de empreendedorismo |
junto de jovens e a comunidade educativa também o deve fazer. É fundamental. Em contexto da ACEGE procurámos que, em contexto de dificuldade empresarial, exortámos os líderes empresariais a que limitassem os despedimentos como última alternativa para resolver algum problema ou desafio económico com que a sua empresa estivesse a debater-se. Depois que, em qualquer circunstância, colocassem famílias no desemprego.
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José Augusto Paixão - A questão complica-se mais quando se desvaloriza o trabalho e se coloca no centro do trabalho as questões de falta de segurança, a falta de segurança de ter trabalho. Quando os trabalhadores não sabem se amanhã têm trabalho, a precariedade que se desenvolveu e continua a desenvolver - porque é aí que se quer colocar a tónica da saída da crise, com a continuação da precariedade, desemprego, salários baixos -, isso não resolve problema nenhum, |
não resolve problemas sociais nem económicos. Nas conclusões dos nossos encontros interdiocesanos diz-se que uma das situações mais graves hoje, em relação ao comportamento dos portugueses, é o medo. Os portugueses têm medo e esse medo vem de várias razões, a principal das quais é o medo do desemprego. Estando a trabalhar, com vínculos precários, há medo de reagir de alguma maneira: tem medo de fazer perguntas, do colega do lado, dos chefes intermédios, de muita coisa. |
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Isso leva a não reagir. Não é por acaso que há uma baixa no número de trabalhadores sindicalizados, que é assustadora. Não é que os trabalhadores não queiram estar em organizações que os queiram defender: têm a certeza que no dia em que o patrão souber que eles estão sindicalizados, o contrato já não é renovado a seguir. Esta é uma das situações que existe, que se nota na vida dos trabalhadores. Depois, há aquela situação normal dos portugueses de pensar ‘isto há de resolver-se’. Os portugueses são pacíficos e os trabalhadores estão um pouco adormecidos, é preciso alguma coisa que os agite e os faça sair. Este período do 1.º de Maio é uma altura em que é importante que os trabalhadores se manifestem, venham para rua, digam o que sentem, o que pensam, com o desejo e a vontade de lutar para que as coisas mudem. Têm de ser protagonistas da mudança. A nossa convicção é de que agora há mais razões para comemorar o 1.º de Maio do que há algumas décadas, porque tem sido feito um ataque feroz aos trabalhadores. |
Os portugueses têm medo e esse medo vem de várias razões, a principal das quais é o medo do desemprego. |
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Agência ECCLESIA - Como estamos a lidar com a globalização do trabalho e do emprego? João Pedro Tavares - A adoção de novas tecnologias vai trazer uma mudança significativa no mundo laboral, a globalização traz outras mudanças significativas no mundo do trabalho. Vivemos em constantes desafios com uma estrutura de vasos comunicantes muito grande. Temos que estar preparados para a mudança, temos que estar despertos, temos que estar atentos. Gostaria de sublinhar um novo desafio que a globalização introduz. Como é que transformamos determinadas ameaças em oportunidades é um grande desafio. Quando falo da capacidade de nos motivarmos e trabalharmos em comunidade, estou a dizer como transformo uma ameaça numa grande oportunidade. Creio que, em contexto europeu, no final, os portugueses têm grandes oportunidades pela frente porque é um povo com uma capacidade de superação única, com grande capacidade de se adaptar, eu trabalho numa multinacional e percebo que neste contexto cultural os portugueses são altamente apreciados pela forma como |
trabalham, como se dedicam… olhamos os desafios que nos colocam os países asiáticos com mão de obra mais barata, mas Portugal também pode ter desafios muito significativos, e se trabalhar em conjunto, pode também ele posicionar-se junto de outros países para captar muita mão de obra. Depois temos o desafio da aplicação da tecnologia e qual o impacto que isso pode ter naquilo que denominamos por mão de obra. E aqui acho que o desafio é requalificar pessoas e de as capacitar para estas novas realidades tecnológicas que vão mudar bastante o panorama de trabalho e económico de múltiplos países.
...os portugueses têm grandes oportunidades pela frente porque é um povo com uma capacidade de superação única, com grande capacidade de se adaptar. |
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Agência ECCLESIA - Que significam as várias intervenções do Papa no campo do trabalho? José Augusto Paixão - A atitude e os ensinamentos do Papa Francisco têm sido lufada de ar fresco, para a sociedade em geral e para a Igreja. Muitas vezes os movimentos cristãos de trabalhadores não têm sido bem entendidos, ainda que haja bispos que os reconhecem. Quando vimos as atitudes do Papa, nós estamos a sentir que afinal estávamos no caminho certo. Alguém escreveu na nossa revista que “o Papa Francisco está com a LOC
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e os militantes da LOC estão com o Papa Francisco”. Isto revela que, de facto, aquilo que temos vindo há fazer, em 80 anos de existência, é o que o Papa sente em relação ao que a Igreja Católica deveria fazer. A Doutrina Social da Igreja, concretamente em relação ao trabalho, vemos a encíclica ‘Rerum Novarum’, do Papa Leão XIII, que já tem 125, como demonstração daquilo que os católicos já fizeram, com os trabalhadores, com os mais desprotegidos, os mais pobres, os que têm necessidade de ter uma vida digna. |
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Mensagem do MMTC
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O MMTC é uma organização de homens e mulheres que desenvolve ações de acordo com as condições de vida de todos, dando caráter ao Movimento. Queridos companheiros e companheiras, não existe cristianismo sem persseguição! Recordem-se da última Bem-Aventurança: "quando os levarem às sinagogas, os perseguirem, os insultarem..." É o destino dos cristãos. E hoje, perante este tão grave acontecimento no mundo, com o silêncio cúmplice de tantas potências que poderiam detê-lo, nos vemos diante deste destino cristão: ir no mesmo caminho de Jesus. Povo trabalhador revoltado Um mundo quebrado, a divisão dos sindicalistas e dos partidos
generalizada, os movimentos sociais criminalizados e o povo trabalhador O MMTC é uma organização de homens e mulheres que desenvolve |
ações de acordo com as condições de vida de todos, dando caráter ao Movimento. É, há cinquenta anos, um movimento operário, da classe trabalhadora, que procura desta forma entender melhor a vida dos que vivem do seu trabalho. Em todo o mundo, o capital tem um projeto claro para sair da crise: diminuir os preços de matérias-primas (agrícolas, petróleo, etc.) e reduzir os salários e direitos dos trabalhadores
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a fim de garantir o aumento da sua taxa de lucro. Esta saída da crise debita todos os sacrifícios e perdas na conta dos trabalhadores para que o capitalismo possa exercer e manter o seu poder. Nesse sentido, aumenta o desemprego e reduz os direitos dos trabalhadores provocando maior crise social. Além disso, a crise económica desdobra-se noutras crises, como a ambiental - com a destruição irresponsável do meio ambiente - e a crise de valores onde o que conta é o individualismo, cada um por si, e às mercadorias é atribuido maior valor que à vida humana.
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A solidariedade
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economia popular e social comunitária que resguarde a vida das comunidades e em que prevaleça a solidariedade acima do lucro. Para isto é necessário que os governos incorporem os esforços que emergem das bases locais.
Trabalho como direito humanoNós, militantes do Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos reafirmamos o nosso compromisso de lutar: em defesa do trabalho, como direito humano; pela criação de trabalho digno; pela implementação de políticas públicas que restituam todos os direitos dos trabalhadores, eliminados pelo capitalismo neoliberal - tais como os sistemas de segurança social e de reforma e o direito de ser sindicalizado. Rejeitamos a precarização, a terceirização e a exclusão e |
procuramos a superação da informalidade através da inclusão sem persseguição ou repressão. Estamos em união com a grande Migração que procura refúgio na Europa de hoje, fugindo da repressão, do desemprego e da morte .
VIVA O 1° DE MAIO — DIA MUNDIAL DOS TRABALHADORES MOVIMENTO MUNDIAL DE TRABALHADORES CRISTÃOS |
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Comemorar o 1º de Maio
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É fundamental que todos os trabalhadores comemorem o 1º de Maio recordando o memorável 1 de maio de 1886, quando os operários souberam organizar-se, juntando-se cerca de 500 mil, numa manifestação
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pacífica, nas ruas de Chicago a exigira redução da jornada de trabalho para as oito horas diárias. A polícia reprimiu a manifestação, ferindo e matando dezenas de operários, mas os trabalhadores não se deixaram abater |
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e por isso, no dia 5 de maio, voltaram às ruas onde foram novamente reprimidos. Mas a luta não parou! E as oito horas diárias de trabalho acabaram por ser consagradas, progressivamente, em todo o mundo, assim como muitas outras conquistas. Contudo, hoje, são brutais os ataques a essas conquistas dos trabalhadores, por parte do atual sistema económico, que mata, pelo que é necessário relembrar e celebrar esta data em toda a sua dimensão. Faz, também por isso, todo o sentido continuar a comemorar o 1º de Maio, sendo |
agora, ainda mais necessário que em outros momentos da nossa história recente até porque estamos numa época em que, pela evolução da ciência e pelo desenvolvimento da tecnologia, existem meios suficientes para que todos possam ter trabalho e condições de viver condignamente, desde que a economia esteja ao serviço das pessoas e haja justa distribuição da riqueza. Os trabalhadores cristãos têm, além do mais, de viver a luta pelo trabalho digno como expressão e caminho de misericórdia, para poder alcançar-se vida digna para todos, sem pobres |
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e sem excluídos. Perante a lógica, sem misericórdia, da idolatria do dinheiro, da rentabilidade e bem-estar individualista, do aumento exponencial dos lucros, temos de celebrar o 1º de Maio como a festa onde se põe no centro a vida das pessoas e das suas famílias, e a luta por uma vida digna para toda a humanidade, que brota do Evangelho. Desde a Rerum Novarum, do Papa Leão XIII, a primeira encíclica sobre o trabalho e as questões sociais, publicada há 125 anos, que a Doutrina Social da Igreja demonstra, |
claramente, a situação em que têm vivido os trabalhadores e os mais desfavorecidos da sociedade, ao mesmo tempo que tem apontado outros caminhos de justiça e de dignidade humana que muitas vezes têm sido esquecidos pela sociedade e também pela Igreja. Nesta encíclica já Leão XIII afirmava: “O que é vergonhoso e desumano é usar dos homens como de vis instrumentos de lucro, e não os estimar senão na proporção do vigor dos seus braços”(RN nº 10). E reconhecia que a própria Igreja tem a sua cota parte nesta participação: “Nem se pense que a Igreja se deixa absorver
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de tal modo pelo cuidado das almas que põe de parte o que se relaciona com a vida terrena e mortal. Pelo que diz respeito à classe dos trabalhadores, ela quer e luta para os arrancar à miséria e procurar-lhes uma sorte melhor” (RN nº 21).
É bom que o 1º de maio continue vivo na esperança de um futuro melhor. Mas os problemas são tantos que tantas vezes nos perguntamos sobre o que podemos nós fazer? Podemos fazer muito! Os trabalhadores, os mais humildes, os explorados, os pobres e excluídos, podem fazer muito. O futuro da humanidade pode estar, |
em grande medida, nas nossas mãos, na nossa capacidade de organizar e promover alternativas criativas e também na nossa participação como protagonistas nos grandes processos de mudança nacionais, regionais e mundiais. Seremos semeadores de esperança e de mudança. Que Deus nos dê coragem, alegria, perseverança e paixão para continuar a semear. Acreditamos que, mais cedo ou mais tarde, vamos ver os frutos”
LOC/MTC- Movimento de Trabalhadores Cristãos |
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A sociedade em rede, oportunidades
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É recomendável que os grupos ligados à Igreja que ainda não possuam presença na Internet, procurem informações e ideias com aqueles que já possuem experiência neste campo. A Internet transforma-se então num instrumento que pode ser posto claramente em prática também nos campos da administração e do governo eclesial. Deverá fazer parte dos programas formativos eclesiais o uso e as práticas da Internet. Ao nível dos programas pastorais, a Internet e as novas tecnologias deveriam possuir um espaço dedicado e próprio.
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Nomeadamente na pastoral juvenil, deveria ser proporcionada uma área formativa que estimulasse os jovens a serem o que a Comunnio et progressio preconiza para os outros meios: “Não só a comportarem-se como verdadeiros cristãos, quando são leitores, ouvintes ou espetadores, mas também a saber utilizar as possibilidades de expressão desta “linguagem total” que os meios de comunicação põem ao seu alcance. Sendo assim, os jovens serão verdadeiros cidadãos desta era das comunicações sociais, de que nós
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conhecemos apenas o início”. Os jovens têm necessidade de aprender não tanto ao nível técnico, mas sim como agir corretamente no ciberespaço e discernir os seus pensamentos de acordo com critérios morais sólidos a respeito daquilo que encontram à distância de um click. Ao nível do estudo e reflexão, a Igreja deverá debruçar-se sobre alguns pontos fortes pertinentes e criar observatórios dos mais variados âmbitos dentro desta temática nomeadamente: elaborar uma verdadeira antropologia da comunicação com referência específica à Internet e novas tecnologias; elaborar programas pastorais específicos para o uso da Internet tanto na catequese como noutros setores para que a possam utilizar como ferramenta de apoio e |
enriquecer as pessoas no seu verdadeiro compromisso cristão; estudar a dualidade, realidade virtual versus presença física, isto porque, “a realidade virtual não substitui a Presença Real de Cristo na Eucaristia, a realidade ritual dos outros sacramentos e o culto compartilhado no seio de uma comunidade humana feita de carne e de sangue. Na Internet não existem sacramentos e até mesmo as experiências religiosas nela possíveis pela graça de Deus são insuficientes, dado que se encontram separadas da interação do mundo real com outras pessoas na fé”, escreve o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, no documento Igreja e Internet.
Fernando Cassola Marques |
Revista Fátima XXI
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D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, é um dos dois entrevistados do próximo número da revista Fátima XXI, que sairá no dia 12 de maio. Trata-se de uma entrevista de fundo ao responsável da Conferência Episcopal Portuguesa, que vai ser o presidente da próxima peregrinação |
de maio, no Santuário de Fátima. Esta entrevista, feita por Maria João Avilez, revela uma pessoa muito “conhecedora e sabedora do que é Fátima e muito interessada pelo tema”, do qual fala a partir de várias óticas, desde a perceção das primeiras visitas a Fátima em criança, até à |
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experiência como crente e depois como historiador, revela o diretor adjunto da publicação, Marco Daniel Duarte. O quinto número deste novo projeto editorial que o Santuário de Fátima iniciou no mês de maio de 2014, configurado numa revista de índole cultural que nasce no contexto do centenário das aparições e que se tem debruçado sobre temas da história, da mensagem e da espiritualidade de Fátima, através de uma abordagem cultural e reflexiva, privilegia a relação pessoal de algumas figuras marcantes da sociedade contemporânea portuguesa com Fátima. A revista apresenta, ainda, outra entrevista “importante no panorama de Fátima no mundo” a Zita Seabra. “Todos conhecemos a sua biografia e como é que esta biografia se entrelaça com a história do seculo XX e por isso com aquela que é a história da mensagem de Fátima e a luta contra os regimes ateus, que a Zita Seabra conhece do lado de lá e agora do lado de cá”, frisa Marco Daniel Duarte. Esta entrevista foi feita simbolicamente no Calvário Húngaro, símbolo da ressurreição do mundo de leste para a ideologia cristã. |
Na rubrica Fragmentos de história vai ser possível ler a análise de uma das primeiras cartas escritas em 1917 sobre o fenómeno das aparições.
A fadista Mariza, na rubrica Fátima na primeira pessoa, conta a sua especial ligação a Fátima, num testemunho inédito de uma das mais mediáticas fadistas da atualidade. O caderno temático vai falar do centenário das Aparições do Anjo que se celebra este ano. O teólogo Alexandre Palma coordena um espaço onde várias vozes falam a partir da narrativa da Ir. Lúcia, e como isso é transposto para os dias de hoje. Marco Daniel Duarte afirma que um dos principais objetivos desta revista “é mostrar que o mundo da cultura não está assim tão afastado do tema Fátima, embora muitas vezes se tente passar essa ideia”. E o facto de figuras públicas estarem tão relacionadas com Fátima e aceitarem dar a cara, “ajuda a entender Fátima através de outro prisma”. Esta publicação está disponível na livraria do Santuário de Fátima, na Fnac e na Bertrand. |
II Concílio do Vaticano:
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Após o encerramento do II Concílio do Vaticano (1962-65), a Igreja colocou mãos à obra nas várias áreas refletidas no encontro magno convocado pelo Papa João XXIII. No fim do tempo da cristandade e com a eclesiologia conciliar, os agentes pastorais têm agora um pilar onde se podem situar: Constituição sobre a Sagrada Liturgia. Na área da estética vive-se hoje “um tempo de graça” em que é possível recuperar as raízes da iconografia cristã, “superar o divórcio secular entre a Estética e a Teologia e deixar para trás os equívocos e desencontros que os nossos antepassados tiveram de suportar”, disse D. João Marcos, bispo coadjutor de Beja, no último encontro de Pastoral Litúrgica, realizado em Fátima. Consciente de que não se pode colher sem semear, o II Concílio do Vaticano recomenda para que se formem artistas e se criem escolas e academias de arte sacra onde for oportuno. “Recorde-se constantemente aos artistas que desejam, levados pelas sua inspiração, servir a glória de Deus na Santa Igreja, que a sua atividade é, de algum modo, uma sagrada imitação de Deus Criador e de que as suas obras se destinam ao culto católico, à edificação, piedade e instrução religiosa dos fiéis”, lê-se na referida constituição conciliar. O bispo-pintor, formado na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, com vasta e preciosa obra de pintura realizada e exposta em muitas igrejas modernas, referiu, aos participantes daquela semana de liturgia de 2015, que desde o início do século XX a Igreja tem |
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encomendado “imagens para o culto a escultores e pintores considerados competentes”, mas que, muitas vezes, “não têm fé cristã nem lhe sentem a falta”. As obras destes artistas, realizadas por vezes com bastante qualidade, “ficam, como é óbvio, prisioneiras da sua subjetividade e vazias do Espírito de Deus, opacas, sem transcendência”. A Sacrossantum Concilium sublinha a distinção entre belas artes, arte religiosa e arte sacra. Suportado nesta distinção, D. João Marcos realça que desses artistas pode-se “esperar, quanto muito, que façam arte |
religiosa, mas não arte sacra, e muito menos, imagens de Cristo, da Virgem Maria e dos Santos para serem venerados”. Como um artista “não é um artesão, um técnico competente que executa bem este ou aquele trabalho”, o bispo coadjutor de Beja sublinha que um artista, “consciente ou inconscientemente, diz-se na sua obra, manifesta na sua obra aquilo que o habita, o que traz dentro de si”. É fundamental conjugar teologia e estética na obra de arte porque esta é também testemunho eloquente da profunda vivência eclesial do artista. |
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Abril/maio 2016 |
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30 de abril. Portalegre - Dia Diocesano da Catequese
. Algarve – Tavira - Jubileu da Catequese das paróquias do sotavento algarvio
. Évora - Vila Viçosa - Jubileu dos Seminários em Vila Viçosa
. Setúbal - Costa da Caparica - O agrupamento 683-Telheiras, do Corpo Nacional de Escutas, organiza um acampamento solidário com o núcleo de Rio de Mouro e a Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa (até 01 de maio)
. Fátima - Peregrinação nacional de acólitos com o tema «Misericordiosos como o Pai»
. Fátima - Encontro nacional dos centros maristas
. Guarda – Seminário - Jubileu dos adolescentes centrado nos «sentidos da Misericórdia»
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. Lisboa - Oeiras (Fortaleza de S. Julião da Barra), 16h00 - Leitura cénica de «Seis anos numa masmorra», a vida e a obra dos missionários jesuítas checos nas colónias ultramarinas portuguesas, organizada pela Embaixada da República Checa em Lisboa
. Lisboa - Paróquia de São Domingos de Benfica, 20h00 - Jantar Solidário a favor dos jovens, escuteiros e catequese e conferência sobre «Qual o papel dos média hoje na Igreja» feita por D. Nuno Brás
. Aveiro - Gafanha da Encarnação (Largo da Igreja), 21h00 - Encenação de «Caminhos da luz - Os discípulos» pelo grupo «Pedras Vivas»
01 de maio . Vaticano - Praça de São Pedro - Encontro de voluntários empenhados na proteção de menores, famílias de crianças abusadas e vítimas da pedofilia, numa iniciativa da «Associação Meter»
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. Lisboa - Linda a Pastora (Casa de retiros da CONFHIC) - O Centro de Estudos Pastorais do Patriarcado de Lisboa vai realizar um seminário de estudos avançados sob o tema a Pastoral Urbana (até 03 de maio).
. Leiria - Visita da imagem peregrina de Fátima à Diocese de Leiria – termina a 13 de maio
. Fátima, 10h00 - Primeira peregrinação nacional dos combatentes do ultramar presidida por D. António Vitalino, bispo de Beja
. Lisboa - Alenquer (Abrigada), 10h30 - O movimento juvenil dos Focolares vai realizar na Cidadela Arco-Íris (Alenquer), a iniciativa «Alta resolução – ajusta o foco à paz»
. Viana do Castelo - Caminha (Mosteiro de São João de Arga), 16h00 - Celebração da bênção das grávidas em São João de Arga
. Guarda – Sé, 18h30 - Celebração da Eucaristia presidida por D. Manuel Felício, bispo da Guarda, e despedida da cruz da missão entregue aos jovens da Europa pelo papa João Paulo II em 1987 |
02 de maio. Porto, Braga, Coimbra e Lisboa - O teólogo Tomás Halík vai proferir duas conferências em Portugal e apresentar a sua obra mais recente «Quero que tu sejas! - Podemos acreditar no Deus do amor?»
. Guarda - Cúria diocesana, 10h30 - Reunião do Secretariado Diocesano da Coordenação Pastoral
. Fátima - Domus Carmeli, 10h30 - Sessão dedicada ao tema «Mobiliário e instrumentos musicais» leccionados por Maria Isabel Roque e Rui Magno Pinto, uma iniciativa realizada no âmbito do Projecto Thesurus.
. Lisboa - Capela do Rato, 18h15 - Sessão do ciclo «Os filósofos também falam de Deus» dedicada a Agostinho da Silva e orientada por Paulo Borges
. Braga - Auditório Vita, 21h15 - A Associação de Estudantes da Faculdade de Teologia de Braga e a revista «Cenáculo» promovem, de 02 a 04 de maio, umas jornadas teológicas sobre «Sofrimento: Para além do porquê!»
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Ponta Delgada, São Miguel, Açores - 29 de abril a 2 de maio
As Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres vão ser presididas pelo bispo de Angra, D. João Lavrador.
Fátima - 30 de abril Peregrinação nacional de acólitos
Leiria-Fátima – 01 a 10 de maio A imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima conclui na Diocese de Leiria-Fátima a visita às dioceses portuguesas.
Lisboa - 04 de maio O Centro Nacional de Cultura presta homenagem a D. Tomaz Silva Nunes, bispo auxiliar de Lisboa, falecido em Setembro de 2010.
Lisboa – 05 de maio Igreja Católica promove encontro jornalistas e colaboradores dos meios de comunicação social no Museu de São Roque, em Lisboa..
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Programação religiosa nos media |
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Antena 1, 8h00 RTP1, 10h00 Transmissão da missa dominical
10h30 - Oitavo Dia
11h00 - Transmissão missa
Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã; 12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida. |
RTP2, 13h30Domingo, 01 de maio - Emprego e trabalho: consequências da austeridade
Segunda-feira, dia 02 - Entrevista ao padre Américo Aguiar, sobre o Dia Mundial das Comunicações Sociais
Terça-feira, dia03 - Informação e entrevista ao padre Eduardo Novo sobre o Fátima Jovem
Quarta-feira, dia 04 - Informação e entrevista a Paulo Rocha sobre o Dia Mundial das Comunicações Sociais
Quinta-feira, dia 05 - Informação e entrevista ao padre RUi Pedro Carvalho sobre a Festa da Vida e da Família, em Lisboa.
Sexta-feira, dia06 - Análise à liturgia de domingo pelo pare João Lourenço e Juan Ambrosio.
Antena 1 Domingo, dia 01 de maio - 06h00 - Dia do trabalhador, que perspetivas?
Segunda a sexta-feira, 02 a 06 de maio - 22h45 -Leigos empenhados: Sociedade São Vicente de Paulo; Movimento de Apostolado de Adolescentes e Crianças; "Comunicar é partilhar" com o padre Américo Aguiar; Movimento de Schoenstatt e o Encontro Nacional de Leigos, com Alexandra Viana Lopes |
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Ano C – 6.º Domingo do Tempo Pascal |
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Na mensagem cristã, o essencial é Cristo |
Na liturgia deste sexto domingo do tempo pascal sobressai a promessa de Jesus de acompanhar de forma permanente a caminhada da sua comunidade em marcha pela história: não estamos sozinhos; Jesus ressuscitado vai sempre ao nosso lado. Nessa centralidade em Cristo, sabe bem acolher a Palavra de Deus na primeira leitura. O ambiente é do primeiro concílio da Igreja, em Jerusalém, com a presença de Pedro e Paulo. O texto dos Atos dos Apóstolos apresenta-nos a Igreja de Jesus a confrontar-se com os desafios dos novos tempos. A questão de então – cumprir ou não os ritos da Lei de Moisés – é uma questão ultrapassada, que hoje não preocupa nenhum cristão. Mas o episódio desta assembleia conciliar, animada pelo Espírito, que vai discutir o que é essencial na proposta cristã, que deve ser incluído no núcleo fundamental da fé cristã e da pregação, e o que é acessório, que pode ser dispensado, vale sobretudo pelo seu valor exemplar. Faz-nos pensar, por exemplo, em rituais ultrapassados, em práticas de piedade vazias e estéreis, em fórmulas obsoletas, que hoje já não exprimem o essencial da proposta cristã. Faz-nos pensar na imposição de esquemas culturais, sobretudo ocidentais, que muitas vezes não têm nada a ver com a forma de expressão de certas culturas. O essencial do cristianismo não pode ser vivido sem ser concretizado em formas determinadas e humanas, condicionadas e finitas. Mas o essencial deve ser preservado e o acessório deve ser constantemente atualizado. Seria bom verificarmos quais são os ritos e as práticas decididamente obsoletos, que nos impedem |
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hoje de redescobrir e propor o núcleo central da mensagem cristã. Podemos estar a impedir, como outrora, o nascimento de Cristo para o mundo, mantendo-nos presos a esquemas e modos de pensar e de viver que têm pouco a ver com a realidade do mundo que nos rodeia. É necessário ter presente que o essencial é Cristo e a sua proposta de salvação. Essa é que é a proposta sempre nova que temos para apresentar ao mundo. O resto são questões cuja importância não nos deve distrair do essencial. Devemos também ter consciência da presença do Espírito Santo na caminhada da Igreja de Jesus. Para |
isso, é preciso escutar o Espírito, estar atento às suas interpelações, saber ler as suas indicações nos sinais dos tempos e nas questões que o mundo nos apresenta. É preciso aprender com a forma como os Apóstolos responderam aos desafios dos tempos: com audácia, com imaginação, com liberdade, com desprendimento e, acima de tudo, na escuta do Espírito. É assim que a Igreja de Jesus deve enfrentar hoje os desafios do mundo. Sempre na escuta da Palavra e no acolhimento do amor de Deus, como nos diz o Evangelho de hoje. Manuel Barbosa, scj |
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EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO JOÃOQuando Judas saiu do Cenáculo, disse Jesus aos seus discípulos: «Agora foi glorificado o Filho do homem e Deus foi glorificado n’Ele. Se Deus foi glorificado n’Ele, Deus também O glorificará em Si mesmo e glorificá-l’O-á sem demora. Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco. Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros».
(Jo 13, 31-33a.34-35)
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Surpresa do Papa
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O Papa Francisco participou este sábado na abertura do Jubileu dos Adolescentes, no Vaticano, atendendo em confissão rapazes e raparigas que estão em Roma para participar nas celebrações do Ano Santo da Misericórdia. A Praça de São Pedro foi transformada num confessionário ao ar livre, com |
150 sacerdotes prontos a ouvir os participantes, em várias línguas, ao longo de oito horas. De acordo com a Rádio Vaticana, o Papa confessou 16 jovens na Praça de São Pedro, onde esteve entre as 11h30 e as 12h45, horas locais. O Jubileu dos adolescentes reuniuem Roma 70 mil participantes, |
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com idades entre os 13 e os 16 anos provenientes de todas as dioceses de Itália e também de Portugal, Espanha, França e Inglaterra.
O programa da celebração jubilar para os mais novos foi estruturado em quatro momentos principais: a peregrinação à Porta Santa da Basílica de São Pedro, a Festa dos Adolescentes no Estádio Olímpico de Roma, a Missa com o Papa Francisco e as Tendas da Misericórdia.
Sete praças no Centro Histórico de Roma acolheram as ‘Tendas da Misericórdia’, com testemunhos sobre as obras de misericórdia espiritual e corporal. O Papa associou-se na noite de sábado à vigília de oração e festa que os participantes no Jubileu dos adolescentes celebraram no Estádio Olímpico de Roma, e disse-lhes que a vida sem Jesus é como um telemóvel sem sinal. “Estou certo de que isto também acontece convosco: às vezes o telemóvel fica sem sinal, nalguns lugares. Pois bem, lembrem-se que se Jesus não está em nossa vida é como não ter sinal. Não se consegue falar e fechamo-nos em nós mesmos”, |
declarou, numa videomensagem transmitida nos ecrãs gigantes do estádio.
Francisco convidou os jovens a ficar “onde há sinal” que lhes permite viver a sua fé, “a família, a paróquia, a escola”.
Na videomensagem transmitida no Estádio Olímpico de Roma, o Papa agradeceu a presença dos jovens e falou dos lenços que muitos deles estavam a usar, evocando as obras corporais de misericórdia. “As obras são gestos simples, que pertencem à vida de todos os dias, permitindo reconhecer o rosto de Jesus no rosto de tantas pessoas. Inclusive jovens! Jovens como vocês que têm fome, sede, que são refugiados ou forasteiros ou doentes e pedem a nossa ajuda e a nossa amizade”, explicou. Francisco disse ainda que ser misericordiosos significa também ser capazes de perdoar, algo que “não é fácil”. “Não permaneçamos com rancor ou com desejo de vingança! Não serve para nada: é um bicho que come a alma e não nos permite ser felizes. Perdoemos”, apelou. |
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Fundação AIS lança campanha de emergência para famílias sírias“Temos muito medo” |
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Em Março assinalou-se o sexto ano de guerra na Síria. Nas últimas semanas, o exército tem vindo a recuperar vilas e cidades aos jihadistas. Para milhares de famílias, apesar dos avanços ou recuos dos militares, a vida continua num desespero. Falta-lhes tudo. Menos a fé
Alepo. A verdadeira cidade desapareceu. Hoje, apenas sobrevive na memória dos seus habitantes. Prédios, bairros, ruas… é tudo uma imensa ruína. Os risos esconderam-se. Hoje, parece que há apenas rostos tristes, carregados. Hoje, parece que há apenas gente em lágrimas em Alepo. O padre Ibrahim, franciscano, um dos responsáveis pela paróquia católica da cidade, não tem mãos a medir. “Temos muito medo”, diz. Mas, apesar disso, os seus dias são de uma azáfama constante procurando responder aos múltiplos pedidos de ajuda. “Entre todas as famílias que vivem em cidades sírias, as que atravessam maiores dificuldades são as de Alepo”, diz este sacerdote, acrescentando: “Das nossas 600 famílias, que apoiamos |
directamente, 250 vivem numa pobreza absoluta”. Pobreza absoluta significa que dependem de ajuda para tudo. Roupa, medicamentos. Até para a comida. A electricidade é um dos maiores problemas. Com a destruição causada pela guerra, a única forma de se conseguir que a luz chegue a casa das pessoas é através de geradores. E isso tornou-se num negócio extremamente lucrativo. “Eles vendem os ‘amperes’a preços exorbitantes”, explica o padre Ibrahim. Todos se queixam, mas não há alternativa. Fora do mercado negro não há geradores, sem geradores reina a escuridão total.
Campanha SOSAlepo é apenas um ponto no vasto mapa de cicatrizes em que se transformou a Síria. Hoje em dia, não há lugar onde a guerra não tenha chegado com estrondo. Não há família que não conheça a dor do sofrimento, da violência, da morte. Em resposta aos apelos concretos que chegam à Fundação AIS, foi lançada uma campanha de solidariedade para a alimentação de emergência destas |
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famílias. Com a campanha “SOS Síria”, procura-se aliviar o sofrimento de cerca de 1500 famílias em Alepo e também em Hasaké. Toda a ajuda recolhida junto dos benfeitores portugueses da AIS será transformada em cabazes alimentares, medicamentos e roupa. Através desta campanha é possível alimentar uma família síria durante um mês com apenas 30 euros. O padre Ibrahim, apesar da guerra, procura ajudar as famílias mais carenciadas, as que perderam tudo o que tinham e vivem |
encurraladas na cidade em ruínas. “Os frutos da vossa caridade são o nosso consolo”, diz, agradecendo a ajuda que lhe chega através da Fundação AIS. Em Alepo e Hasaké há 5.800 pessoas – cerca de 1500 famílias – que precisam da nossa ajuda. Precisam de água, comida, electricidade, roupa, medicamentos… Em Alepo e Hasaké há quase seis mil pessoas que estão de mãos estendidas. Eles precisam de nós. Precisam de si. Agora.
Paulo Aido | www.fundacao-ais.pt
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P. Manuel Gonçalves |
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Tony Neves |
Há nomes que têm de ficar na história da gente e este é um deles. O P. Manuel Gonçalves nasceu em Alfena-Valongo, na diocese do Porto. Cedo se entregou à Missão, através dos Missionários do Espírito Santo, Congregação a que pertenceu. Dividiu os mais de 50 anos de padre entre Angola, Portugal e Roma. Foi director de seminários em Portugal. Percorreu o mundo espiritano como conselheiro geral, a partir de Roma. Foi Assistente Provincial dos Espiritanos em Portugal. Desempenhou cargos administrativos de grande responsabilidade, mas foi a formação de futuros padres que lhe ocupou a maior parte do seu coração e dos seus dias. Angola acolheu-o em Malanje para uma dedicação, de alma e coração, à pastoral. Era pároco da Catedral quando o país celebrou a independência em 1975. Viveu os duros anos do começo de uma guerra civil cruel, marcada por uma tentativa de esmagar tudo quanto cheirasse a religião. O ateísmo militante daquele tempo levou á confiscação de quase todos os imóveis da Igreja e à votação ao desprezo de quem vivia e testemunhava a sua fé. De Malanje seguiria para o Huambo, nomeado para a missão quase impossível de ajudar a formar futuros padres no único seminário maior poupado ás nacionalizações do governo. Leccionava cadeiras de filosofia e teologia, assegurava a parte logística do seminário num tempo em que pouco ou nada chegava ao Huambo. Para agravar a situação, o carro onde seguiam os Padres Ribas, Castro, |
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Ferreira e Manuel Gonçalves activou uma mina, ficou desfeito e maltratados os ocupantes. A última parte da Missão do P. Manuel em Angola foi em Luanda. Lançou as bases de um bem estruturado e eficaz secretariado de pastoral da Conferência dos Bispos. E, por fim, investiu o melhor de si no lançamento da Universidade Católica. Foram tempos de muito trabalho, dificuldades sem conta, mas muita competência e dedicação cujos resultados estão à vista de todos. Quando regressou a Portugal, estudou as novas expressões de religiosidade. Foi arquivista provincial. Dirigiu o Centro de Espiritualidade Espiritana, no Seminário da Silva, em Barcelos. Notava-se nele o cansaço de uma vida entregue e os primeiros sinais de uma doença que o acompanharia até ao fim. A Família Espiritana, a Família de sangue e a Paróquia quiseram prestar-lhe uma homenagem. O lançamento da revista ‘Missão Espiritana’, |
integralmente a ele dedicada, encheu a Igreja de Alfena na tarde de 23 de Abril. A revista junta uma selecção de textos publicados do P. Manuel, textos seus inéditos e alguns a ele dedicados. O P. Manuel Gonçalves é uma figura ímpar da Igreja em Portugal e em Angola. Esta homenagem ajuda a traçar o perfil de um grande missionário. |
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