04 - Editorial

      Paulo Rocha

06 - Foto da semana

07 - Citações

08 - Nacional

14 - Internacional

20 - Semana de...
       Carlos Borges

        Turismo Sustentável


 

 

42 - Multimédia

44 - Estante

46 - Vaticano II

48 - Agenda

50 - Por estes dias

52 - Programação Religiosa

53 - Minuto Positivo

54 - Liturgia

56 - Fátima 2017

60 - Fundação AIS

62 - LusoFonias

Foto de capa: DR

Foto da contracapa:  DR

 

 

AGÊNCIA ECCLESIA 
Diretor: Paulo Rocha  | Chefe de Redação: Octávio Carmo
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Opinião

 

 

 

Novos padres alegram dioceses

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Alertas contra a fome

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Turismo Sustentável

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Paulo Rocha| Carlos Godinho | Carlos Borges  | Manuel Barbosa | Paulo Aido | Tony Neves | Fernando Cassola Marques

 

Visitar o ardido 

  Paulo Rocha    

  Agência ECCLESIA   

 
 

 

Os meses de férias trazem sempre surpresas. Elas chegam a quem não pode sair de casa através da visita de amigos ou conhecidos e acontecem sobretudo com quem parte, na aventura de mulheres e homens que se lançam rumo ao desconhecido ou esperam encontros com cenários familiares, sempre em busca de descanso, de conhecimento, de humanismo. Este ano, o tema do turismo sustentável convida a opções específicas para dias de férias, transformando dias de diversão sem limites que podem contribuir para a insustentabilidade do planeta em fruição da natureza e compromisso com a sua salvaguarda.  

A resolução da ONU que declarou 2017 Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento refere que as iniciativas que o assinalam devem “promover uma melhor compreensão entre os povos em todo o mundo”, conhecer e reconhecer “o rico património das diversas civilizações”, valorizar um “instrumento positivo para erradicar a pobreza” e “proteger o meio ambiente”. Desafios colocados às instituições que assumem o dever de promover o turismo sustentável, mas não só! 

 

 

 

 

Eles colocam-se também a cada cidadão no momento de escolher um destino, uma visita, um local para descanso, diálogos, convívios, partilhas, enriquecimento recíproco…As decisões para este verão, no contexto do turismo sustentável, têm de incluir outra premissa: os 43.228 hectares de espaços florestais que arderam em nove dias apenas do mês de junho, nos distritos de Coimbra e Leiria. Acresce a este indicador, esse sim determinante para qualquer análise ou decisão: o incêndio de Pedrógão Grande vitimou 64 pessoas e causou mais de 200 feridos, matou mais de 1500 animais, afetou perto de 500 casas e gerou cerca de 20 milhões de prejuízos na agricultura.

Apagados os fogos, estes fogos, e mesmo antes de serem dados por extintos, a solidariedade superou expectativas e necessidades. Bens e recursos financeiros chegam à região afetada e ensaia-se a reconstrução do destruído pelas chamas. Por fazer fica, por certo, a recuperação de cada coração, de cada vida, sobretudo 

 

 

daqueles que viram familiares desaparecer como o fumo…

A tragédia que aconteceu num Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento tem de motivar todos, cada cidadão e cada família, a deixar o seu contributo para a recuperação de vidas devastadas pelas chamas. Neste verão, é necessário estar, olhar, falar e sobretudo escutar as gentes e as terras que têm cinza e morte para mostrar a quem chega. Depois da solidariedade, de entregar donativos ou bens, é preciso partilhar a vida, o dia, a rua. Estar! E isso só se faz no local da tragédia.

Neste verão, todo o povo português deveria assumir o compromisso proposto pelo presidente da República: visitar o ardido, as terras e as vidas, para uma caminhada conjunta de reconstrução.

Eu vou visitar o ardido.

E tu?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

Militares à entrada dos Paióis Nacionais do Polígono Militar de Tancos, 4 de julho de 2017. No dia 29 de junho de 2017, granadas de mão ofensivas e munições de calibre 9 milímetros desapareceram de dois `paiolins´ nas instalações militares dos Paióis Nacionais de Tancos, revelou o Exército. Paulo Novais/Lusa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Estas medidas incluem a reparação dos danos causados pelos incêndios nas habitações, nas atividades económicas e nas infraestruturas, medidas de apoio social e medidas no sentido de assegurar a prevenção e o relançamento da economia, através de um projeto-piloto de ordenamento do território florestal, de apoio à reflorestação das áreas ardidas, da diversificação da atividade económica e do aproveitamento dos recursos endógenos”

Comunicado do Conselho de Ministros, Lisboa, 06.07.2017

 

"Querem-me convencer que se pode cortar mil milhões de euros sem tocar na saúde, educação, na defesa, na administração interna?"

Pedro Passos Coelho, líder do PSD, Amadora, 05.07.2017

 

"Segundo a GNR, a estrada N236-1 esteve sempre aberta ao trânsito, até haver notícia dos trágicos e imprevisíveis acontecimentos ocorridos na mesma. Só após este momento foi encerrado o acesso à N236-1"

António Costa, primeiro-ministro, em resposta às 25 questões colocadas pelo CDS-PP, Lisboa, 06.07.2017

 

"As notícias mostram uma contradição com os dados e com as metas, portanto, a senhora ministra da Administração Interna tem de explicar, primeiro, o que é que está a falhar e, depois, como se vai conseguir as metas que estão previstas"

Hélder Amaral, deputado do CDS-PP, sobre o aumento do número de mortos na estrada, Lisboa, 05.07.2017

 

Dioceses em festa com ordenações sacerdotais

 

O final do Ano Pastoral representa em muitas dioceses portuguesas um momento de festa com a ordenação de novos sacerdotes para o serviço das comunidades católicas em Portugal ou nos territórios de Missão.

Em Lisboa, o cardeal-patriarca de Lisboa presidiu no Mosteiro dos 

 

 

Jerónimos à ordenação de cinco padres e quatro diáconos, a quem referiu que “renascer para Deus e para todos” é a “absoluta novidade cristã”.

Aos novos ordenados, o patriarca referiu que “a cruz tem dois segmentos, vertical e horizontal” e explicou que, na Igreja latina, 

 

 

 

o padre, celibatário, se apresenta “numa nova verticalidade, que sempre aponta para o alto, abrindo todas as ocasiões da vida àquele maior cume em que realmente «só Deus basta»”.

D. Amândio Tomás, bispo de Vila Real presidiu este domingo à ordenação de dois sacerdotes, que considerou uma “bênção” para uma diocese envelhecida e com um clero maioritariamente idoso.

Nos Açores, a igreja de Santa Cruz das Flores encheu-se este sábado para a ordenação sacerdotal de Jacob Vasconcelos, natural desta ilha açoriana, presidida pelo bispo de Angra. “A família, a comunidade paroquial e o Seminário estão hoje de parabéns pela grande festa da ordenação do padre Jacob. Foi o vosso empenho que estimulou e desenvolveu esta vocação que hoje enriquece a igreja açoriana”, disse D. João Lavrador, no final da celebração.

D. António Couto, bispo de Lamego, presidiu este domingo à ordenação de três sacerdotes para o serviço da diocese e realçou as “afirmações vertiginosas” de Jesus no que aproxima os padres da sua vida.

 

“Vivei sempre com amor, estremecimento, espanto e emoção os sacramentos que realizareis, sobretudo a Eucaristia e a Reconciliação. Como se fosse a primeira vez! Como se fosse a última vez”, disse aos novos sacerdotes.

As celebrações continuam nos próximos dias. O bispo do Porto convocou “toda a Diocese” para a celebração de ordenação de sete sacerdotes e cinco diáconos, que vai presidir este domingo, às 16h00, e a “dar graças a Deus por tão grande dom para a Igreja”.

D. José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, vai presidir à ordenação presbiteral do diácono Duarte Gonçalves, este domingo, às 17h00, celebração precedida por uma vigília, esta quinta-feira, na igreja da antiga Sé, com um caráter solidário em favor dos Bombeiros Voluntários.

D. Jorge Ortiga comemora a 9 de julho as suas bodas de ouro sacerdotais e primeira iniciativa das comemorações promovidas na Arquidiocese de Braga é celebração de ordenações diaconais, este domingo, pelas 15h30, na cripta da Basílica do Sameiro.

 

 

64 velas em memórias das vítimas na igreja de Castanheira de Pêra

O presidente da República Portuguesa visitou esta terça-feira Castanheira de Pêra, no 103.º aniversário do concelho, para manifestar a sua solidariedade às vítimas do incêndio que deflagrou a 17 de junho. Marcelo Rebelo de Sousa participou na Missa celebrada na igreja matriz, cerimónia fechada à comunicação social.

Antes da celebração, o pároco local, padre José Lopes de Carvalho deixou uma saudação em nome do bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, agradecendo a presença do presidente da República Portuguesa. Em memória de cada uma das vítimas mortais, foram acesas 64 velas diante do altar.

A Missa evocou ainda os feridos que estão em recuperação, nomeadamente os 4 bombeiros de Castanheira de Pêra, que o pároco acompanha.

Marcelo Rebelo de Sousa fez uma “homenagem” à história do município, tomando a palavra durante a cerimónia solene do hastear da bandeira nacional no edifício dos Paços do Concelho, que foi seguido de um minuto de silêncio em

 

 

memória das vítimas do incêndio. Para o presidente da República, a melhor forma de “respeitar os que partiram” é recomeçar, porque “a vida é feita de recomeços”.

“Hoje estamos a viver o dia do recomeço da vossa história”, disse aos presentes.

O chefe de Estado apelou a “construir o futuro”, sublinhando a “coragem dos últimos dias, das últimas semanas”, perante o drama dos incêndios. “É preciso regressar, é preciso estar, é preciso fazer”, concluiu, na presença do ministro adjunto Eduardo Cabrita e do presidente da Câmara de Castanheira de Pêra, Fernando Lopes.

 

 

 

 

 

Diocese de Viana do Castelo
vence Clericus Cup

Os padres da Diocese de Viana do Castelo venceram a 12.ª edição da ‘Clericus Cup’, torneio de futsal para sacerdotes católicos, depois de derrotar a equipa de Vila Real por 1-0, alcançando o tricampeonato.

“O trofeu é o que menos importa, o mais importante é sempre o convívio entre nós. Nem sempre nos encontramos ao longo do ano e, sobretudo, colegas de outras dioceses ainda vemos menos”, disse o padre José António Cunha, da Diocese de Viana do Castelo no fim do torneio.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o sacerdote tricampeão sublinhou a importância do convívio e encontro gerado no torneio de futsal de padres onde partilham “os mesmos problemas, obstáculos e alegrias”.

Em 12 edições da ‘Clericus Cup’ os padres da Diocese de Viana do Castelo já venceram oito vezes; Hoje sagraram-se tricampeões em Santiago do Cacém num jogo que ganharam por 1 golo frente à Diocese de Vila Real. “Segundo lugar não é mau, foi bom, muito bom esforço que eles fizeram. Para a próxima fica para nós”, afirmou o treinador dos padres de Vila Real.

 

Paulo Gonçalves assinala que a equipa tem “fair-play”, é “muito agradável”: “Todos gostam de nós, é isso que realmente queremos”. Segundo o professor de Educação Física, que treina a equipa de Vila Real há cerca de cinco anos, os treinos são mesmo a “parte mais difícil” porque tem “atletas que fazem 120 quilómetros” para cada lado e “não é fácil”.

O torneio decorreu em Santiago do Cacém, Diocese de Beja, e congregou cerca de 100 participantes de Braga, Viana do Castelo, Porto, Vila Real, Lamego, Viseu, Guarda, e uma equipa de padres Vicentinos, que organizam a ‘Clericus Cup’ 2017.

Desde segunda-feira que ao desporto e ao convívio o programa teve momentos de celebração, e os atletas conheceram a “dimensão cultural do Alentejo”.

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Adeus a Vicente Ferreira, antigo diretor do Serviço de Apoio à Informação

 

Cursos da Faculdade de Teologia da UCP. Propostas para 2017/2018

 

 

 

Alertas contra a fome

 

O Papa Francisco alertou para a “inércia” e o “egoísmo” da comunidade internacional perante as causas que provocam a fome de milhões de pessoas, numa mensagem lida na sede da FAO. “As guerras, 

 

 

o terrorismo, as deslocações forçadas de pessoas que cada vez mais impedem - ou pelo menos condicionam fortemente as atividades de cooperação - não são fruto de fatalidades, mas antes 

 

 

 

 

 

consequência de decisões concretas”, escreve Francisco, na mensagem enviada aos participantes da 40ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que decorre em Roma.

O texto foi lido pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin. “Todos estamos conscientes de que não basta a intenção de garantir a todos o pão quotidiano, mas que é necessário reconhecer que todos têm direito a ele e que devem, portanto, beneficiar do mesmo”, assinala o Papa.

Francisco lamenta a falta de uma “cultura da solidariedade” e que as atividades internacionais fiquem apenas ligadas ao pragmatismo das estatísticas. “A partir da consciência de que os bens que Deus Criador nos entregou são para todos, exige-se urgentemente que a solidariedade seja o critério inspirador de qualquer forma de cooperação nas relações internacionais”, prossegue.

A mensagem considera que a fome e a desnutrição não são fruto de “fenómenos naturais ou estruturais”

 

de determinadas áreas geográficas, mas o resultado de uma “complexa condição de subdesenvolvimento”, causada pela “inércia de muitos ou pelo egoísmo de poucos”.

O Papa Francisco anuncia que a Santa Sé se associa ao Programa da FAO para fornecer sementes às famílias rurais que vivem em áreas onde se somaram os efeitos dos conflitos e das secas.

Ao concluir a leitura da mensagem, o cardeal Parolin anunciou que o Papa vai visitar a sede da FAO no próximo dia 16 de outubro, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, que este ano se propõe refletir sobre o tema ‘Mudar o futuro da migração’. A 40ª Assembleia Geral da FAO decorre até sábado, em Roma.

O diretor-geral desta instituição da ONU, José Graziano da Silva, disse que quase 60% das pessoas que passam fome no mundo vivem em áreas de conflitos e/ou afetadas por mudanças climáticas. A FAO também destacou um alto risco de fome no nordeste da Nigéria, na Somália, no Sudão do Sul e no Iémen, com quase 20 milhões de pessoas afetadas. 

 

 

 

 

Solidariedade com migrantes mostra valores que estão na base da civilização europeia

O Papa Francisco defendeu que a solidariedade com os migrantes revela os valores que estão na “base da civilização europeia”, numa mensagem enviada ao novo portal ‘Infomigrants.net’, da agência italiana de notícias ANSA.

No texto, divulgado pela Rádio Vaticano, o pontífice encoraja as “instituições, associações e indivíduos” para que se “abram, com sabedoria, ao fenómeno complexo da migração com ações adequadas de apoio, testemunhando os valores humanos e cristãos que estão na base da civilização europeia”.

“A presença de muitos irmãos e irmãs que vivem a tragédia da migração é uma oportunidade de crescimento humano, de encontro e diálogo entre culturas, em vista da promoção da paz

 

 e da fraternidade entre os povos”, refere Francisco.

O portal ‘Infomigrants.net’ é realizado pela ANSA juntamente com os parceiros europeus ‘France Media Monde’ e ‘Deutsche Welle’. “Manifesto o meu apreço sincero por esta importante iniciativa e desejo que favoreça a integração dessas pessoas, respeitando as leis dos países que as acolhem”, escreve o Papa.

A mensagem propõe uma “cultura de acolhimento e solidariedade” em favor dos que “são obrigados a deixar a sua própria terra por causa de conflitos armados, ataques terroristas, fome e regimes totalitários”. “Que os migrantes possam encontrar irmãos e irmãs que partilham com eles o pão e a esperança no percurso comum”, conclui.

 

   

Hospital londrino rejeita transferência do bebé Charlie Gard para Roma

O Hospital 'Bambino Gesù', propriedade da Santa Sé, em Roma, mostrou-se disponível para acolher o bebé inglês Charlie Gard, afetado por uma doença genética rara incurável, mas a proposta foi recusada. A presidente do 'Bambino Gesù', Mariella Enoc, anunciou esta segunda-feira ter pedido ao diretor de Saúde da instituição para verificar, junto do hospital inglês onde Charlie está internado, se existem condições para uma eventual transferência para Roma.

Já na terça-feira, em declarações aos jornalistas, a responsável adiantou que a proposta foi rejeitada por "motivos legais".

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos autorizou na última semana que fossem desligados os aparelhos que o mantêm vivo.

O Papa manifestou o seu apoio aos pais da criança, de 10 meses. “O Santo Padre acompanha com afeto e comoção o caso do pequeno Charlie Gard e manifesta a sua proximidade aos seus pais. Reza por eles, fazendo votos de que não seja negligenciado o seu desejo de acompanhar e cuidar do próprio filho até o fim”, refere um comunicado divulgado este domingo pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

 

A mensagem reforçou o apelo deixado pelo Papa, através da rede social Twitter: "Defender a vida humana, sobretudo quando está ferida pela doença, é um dever de amor que Deus confia a todos".

O Hospital pediátrico londrino ‘Great Ormond Street’ – onde está internado o bebé– emitiu uma nota, após a decisão do Tribunal Europeu, no qual anunciava a decisão de conceder aos pais e ao pequeno Charlie “mais tempo juntos como família”.

Os tribunais entendem que manter o bebé ligado às máquinas apenas prolonga o seu sofrimento, por não haver esperança de recuperarão da doença. Connie Yates e Chris Gard viram assim travada a sua intenção de levar o seu filho para os EUA, onde seria submetido a um tratamento experimental.


 

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial internacional nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Faleceu Joaquín Navarro-Valls, antigo porta-voz do Vaticano

 

 

 

«Peçamos pelos nossos irmãos que se afastaram da fé» 

 

 

«O batismo é o croquete»

  Carlos Borges   
  Agência ECCLESIA   

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 

Pelos vistos é verdade e tem lógica a comparação, afinal o batismo é o pri­meiro sacramento dos sete sacramentos. O analogismo foi usado numa reunião de preparação para o Batismo, não pela proximidade da hora do almoço, nem por se falar do convívio associado à festa religiosa.

Fui convidado para ser padrinho do pequeno João, já o tinha partilhado neste espaço, e a data aproxima-se. O pequeno ser, que ainda vai fazer um ano, não sabe no que o vão meter, no bom sentido, claro.

Quanto ao padrinho, que já sente o peso da responsabilidade desde o convite, vai tentar com os pais e a madrinha fazer o melhor para que seja cristão e católico. Para que o pequeno João depois de “renascer da água e do Espírito Santo” cresça em graça e sabedoria e continue a aprofundar a fé, a alimentar-se, a participar no banquete para o qual foi convidado e não fique apenas no “croquete”.

Realmente, o batismo como sacramento de iniciação é apenas o croquete da vida cristã. Depois é preciso mergulhar e aprofundar e é aqui que está a dificuldade…. Levá-lo à catequese, à Eucaristia, mostrar os bons exemplos e testemunhos que temos na Igreja Católica, como se faz com os craques da bola.

Bem, vamos lá a ver se conseguimos afinal não é mais difícil do que escrever esta “semana de”, que de si não é nada fácil. Os temas atuais – dos incêndios à falta de vigilância nas Forças Armadas ou até ao mercado de transferências, onde

 

 

 

todos são adeptos fervorosos desde pequeninos dos novos clubes, estão mais do que comentados e analisados

Há quem diga que o futebol é uma religião e, neste campo, acho eu, estou a começar com o pé direito. Ou melhor, a conduzir o pequeno João para o melhor clube português e, graça a Deus, que os pais gostam da mesma cor avermelhada. Como padrinho preocupado e atento, o petiz no seu primeiro Natal, o ano passado, recebeu logo um cachecol do Glorioso SLB adequado ao seu tamanho e com a frase: “Sou do Benfica desde pequenino”.

 

 

«Cabe ao *pa­dri­nho ou à madrinha (ou a ambos, co­mo é costume em Portu­gal) a missão de ajudar ou suprir os pais na educação do neófito, pelo que se lhes exige ma­tu­ri­dade humana (que se pres­su­põe pelos 16 anos), uma vida minima­men­te cristã (exclui-se de tal ministério quem es­ti­ver em situação matrimonial irre­gular ou atingido por censura ecl­e­siás­tica) e, normalmente, o sacramento do Crisma.»  

[Enciclopédia Católica Popular]

 

 

 

 

 

 

A Igreja e o Turismo Sustentável: uma relação recordada este ano, de forma particular, pela Obra Nacional da Pastoral do Turismo, que apela a uma atividade mais "solidária" e fraterna nas relações, mais respeitadora do ambiente e promotora do que é característico em cada região. O dossier do Semanário ECCLESIA olha para estas propostas, recordando que a Organização das Nações Unidas declarou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável.

Seguem-se textos e testemunhos sobre o papel de turistas e peregrinos na promoção da paz e do desenvolvimento humano.

 

 

 

 

 

Turismo sustentável

Por determinação da Organização das Nações Unidas, o ano de 2017 foi declarado Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento. Pretendendo esta organização mundial que a sustentabilidade do turismo assente em três pilares fundamentais: económico, social e ambiental[1].

Contribuindo, ainda, para um desenvolvimento harmónico, através da promoção de uma melhor compreensão entre os povos de todo o mundo; bem como conduzindo à consciencialização sobre a diversidade e riqueza patrimonial das diversas civilizações.[2]

 

Assim, este ano tem-se constituído como uma singular oportunidade para uma larga reflexão sobre o turismo e a definição de princípios orientadores que o promovam nas suas diversas componentes, que não apenas a económica, área da atividade humana onde habitualmente se insere.

Como múltiplas vezes temos afirmado, no âmbito das reflexões da Pastoral do Turismo, fundamentados nalguns autores, o turismo tem de entender-se efetivamente como uma realidade «multidimensional»[3] – económica, geográfica, legal, sociológica, ecológica, antropológica e espiritual. Só assim, com esta visão global, ele

 

 

 

 

pode compreender, com efeito, tais pilares para a sustentabilidade e para o desenvolvimento humano.

De entre os múltiplos aspetos que poderíamos considerar, partindo dos princípios enunciados pela Nações Unidas, sublinhamos quatro aspetos que nos parecem cruciais para a conceção de um turismo sustentável e que favorecem um autêntico desenvolvimento: uma nova conceção económica, mais solidária; a valorização e promoção social e cultural de cada comunidade de acolhimento; um autêntico diálogo humano, mais fraterno; e o respeito pelo meio ambiente, associado ao incremento de um turismo ecológico.

Enquanto atividade económica, 

 

beneficiando as empresas que lhe estão diretamente ligadas, o turismo deve contribuir também para o desenvolvimento das demais áreas da economia que, direta ou indiretamente, lhe estão associadas: comércio, artesanato, agricultura, pecuária, entre muitas outras. Valorizando algumas produções locais, como se faz já hoje, a título de exemplo, no enoturismo e no turismo rural. Por outro lado, os agentes de turismo devem sentir-se corresponsáveis pelo reinvestimento local de alguns proveitos económicos, nomeadamente no que respeita a infraestruturas que possam servir a todos, beneficiando as suas atividades próprias e as comunidades locais em 

 

 

 

 

 

 

que se inserem, numa autêntica corresponsabilidade social.

Elemento determinante para um turismo sustentável é igualmente o respeito, valorização e promoção de cada cultural local, nos seus valores materiais e imateriais. Num tempo marcado pela globalização e consequente tendência de homogeneização cultural, cada comunidade deve preservar a sua identidade própria, propondo-a a todos os visitantes, que a hão de acolher, valorizar e promover. Aliás, este é um dos aspetos mais sensíveis para o turismo: ele será tanto mais rico, quanto mais oferecer essa diversidade cultural, acolhida em autêntico respeito e diálogo na diversidade de modos de ser e de se expressar, na inter-relação dos 

 

 

 

   

 

povos e comunidades. Entre nós, há que relevar marcas identitárias presentes nas nossas tradições, bem como o património cultural, que urge preservar, como ativos sociais de valorização comunitária e de promoção da atividade turística.

Intimamente ligado a este diálogo cultural, que pressupõe o conhecimento e aceitação incondicional dos outros, nessa sua identidade e expressão, urge revalorizar continuamente o diálogo fraterno entre pessoas e povos. O turismo, neste sentido, pode ser uma autêntica indústria de paz, pois colocando povos e culturas em relação dialógica, contribui para uma respeito e acolhimento mútuo, capaz de conduzir a uma nova vivência de harmonia e de paz entre todos. Neste sentido, atente-se às novas formas de turismo, de quem já não passa apenas para visitar, mas opta por permanecer numa comunidade de acolhimento por um tempo mais alargado, em espaços de nova convivência que enriquece quem acolhe e quem é acolhido.

 

 

Por último, mas de igual importância, o turismo tem de ser, atualmente, uma atividade promotora de sustentabilidade ecológica, conduzindo ao respeito pelo meio ambiente e realizando-se através de novas formas de compromisso ecológico, seja no tratamento de resíduos; no reaproveitamento de materiais, com recurso à reciclagem; na gestão da água; na utilização de fontes energéticas mais limpas; entre tantas outras possibilidades que a tecnologia hoje nos permite utilizar a favor do ambiente. Esta responsabilidade é tão mais importante quanto a preservação do meio ambiente é essencial para o desenvolvimento da atividade turística. Isto é, a ecologia não é apenas um dever para o turismo; é igualmente uma condição necessária para a sua realização.

Se todos estes princípios se aplicam à generalidade dos espaços turísticos, devemos assumi-los entre nós, como desígnio nacional, quando o fenómeno turístico cresce em Portugal, contribuindo significativamente

 

 

 

para o desenvolvimento económico, mas dando igualmente um novo rosto a muitas das nossas realidades sociais, culturais e ambientais. O que temos de mais genuíno é sempre o que de melhor podemos oferecer, seja do ponto de vista social, cultural ou ambiental. Que também entre nós o turismo seja realmente sustentável e promotor de um autêntico desenvolvimento humano.

Precisamente com esta preocupação, de refletir aprofundadamente a temática do Turismo e sustentabilidade, vai a Obra Nacional da Pastoral do Turismo realizar, no último trimestre deste ano, em parceria com o Serviço Diocesano da Pastoral do Turismo de Bragança-Miranda, as suas III Jornadas Nacionais de Pastoral do Turismo, 

 

 

 

cujo tema geral será precisamente: Turismo e Sustentabilidade –Economia, Sociedade e Ambiente. Estas Jornadas decorrerão em Bragança, nos dias 27 e 28 de Outubro de 2017.

No ano em curso, a Obra Nacional da Pastoral do Turismo associa-se ainda ao Santuário de Fátima, na celebração do Centenário das Aparições de Nossa Senhora. Partilhamos do espírito que envolve esta celebração e congratulamo-nos com o Santuário pela forma como decorreram as principais celebrações deste Centenário, a 13 de Maio passado, com a Canonização dos Pastorinhos Francisco e Jacinta Marto e com a presença do Papa Francisco que, entre nós, se quis fazer «Peregrino na Esperança e na Paz». Desejamos 

 

 

 

   

 

 

que esta celebração jubilar continue a alcançar múltiplas graças aos peregrinos daquele Santuário, à Igreja e à Humanidade inteira; bem como se constitua em renovado incremento da Mensagem de Fátima, para que, pela intercessão de Maria, o seu 

 

 

 

Imaculado Coração nos conduza à plena comunhão com a Santíssima Trindade.

 

Pe. Carlos Alberto da Graça Godinho

Diretor da Obra Nacional

da Pastoral do Turismo

NOTAS

[1] Cf. Cf. ONU declara 2017 o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento. Disponível em: https://www.nacoesunidas.org

[2] Cf. Ibidem.

[3] Cf. PEREIRO PÉREZ, Xerardo – Turismo Cultural. Uma visão antropológica. Tenerife: PASOS – Revista de Turismo e Patrymonio Cultural, 2009, p. 4. Cf. HAMAO, Card. Stephen Fumio – Presentazioni. In CONSELHO PONTIFÍCIO PARA A PASTORAL DOS MIGRANTES E ITINERANTES – People on the Move, nº 96 (Dezembro de 2004). 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Turismo inspirado em São Francisco de Assis

Na última encíclica Laudato si’, o Papa Francisco convida cada pessoa a transformar a sua aproximação à natureza, com a linguagem da fraternidade e da beleza de São Francisco de Assis.

“Se nos aproximarmos da natureza e do meio ambiente sem esta abertura para a admiração e o encanto, se deixarmos de falar a língua da fraternidade e da beleza na nossa relação com o mundo, então as nossas atitudes serão as do dominador, do consumidor ou de um mero explorador dos recursos naturais, incapaz de pôr um limite aos seus interesses imediatos. Pelo contrário, se nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe, então brotarão de modo espontâneo a sobriedade e a solicitude. A pobreza e a austeridade de São Francisco não eram simplesmente um ascetismo exterior, mas algo de mais radical: uma renúncia a fazer da realidade um mero objeto de uso e domínio” (Laudato si’, n.º11).

A Santa Sé reconhece o potencial do turismo para os países em via de desenvolvimento, mas não deixa de reconhecer riscos inerentes, cooperando na salvaguarda da  

 

dignidade pessoal, dos direitos do trabalho, da identidade cultural e do respeito pelo ambiente. Um excesso de consumo, de exploração dos recursos humanos e naturais, contrapõe-se à cultura da sobriedade e à teologia da contemplação proposta pelo Papa Francisco.

“A espiritualidade cristã propõe uma forma alternativa de entender a qualidade de vida, encorajando um estilo de vida profético e contemplativo, capaz de gerar profunda alegria sem estar obcecado pelo consumo. É importante adotar um antigo ensinamento, presente em distintas tradições religiosas e também na Bíblia. Trata-se da convicção de que «quanto menos, tanto mais». Com efeito, a acumulação constante de possibilidades para consumir distrai o coração e impede de dar o devido apreço a cada coisa e a cada momento. Pelo contrário, tornar-se serenamente presente diante de cada realidade, por mais pequena que seja, abre-nos muitas mais possibilidades de compreensão e realização pessoal. A espiritualidade cristã propõe um crescimento na sobriedade e uma capacidade de se alegrar com pouco” (Laudato si’, n.º 222).

 

 

de desenvolvimento, mas não deixa de reconhecer riscos inerentes, cooperando na salvaguarda da 

 

de desenvolvimento, mas não deixa de reconhecer riscos inerentes, cooperando na salvaguarda da 

 

Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2017 o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento e pretende promover uma “melhor 

 

 

 

 

 

 

 

compreensão entre os povos”, criando “maior consciencialização” do “rico património das diversas civilizações”. “A importância do turismo internacional e, em particular, a designação de um ano internacional de turismo sustentável para o desenvolvimento, para promover uma melhor compreensão entre os povos em todo o mundo, levando a uma maior conscientização sobre o rico património das diversas civilizações”, lê-se na resolução aprovada pela ONU.

O Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento da ONU está a ser desenvolvido pela Organização Mundial do Turismo (OMT) e o seu secretário-geral considera-o “uma oportunidade única”. “A declaração pela ONU é uma oportunidade única para fazer avançar a contribuição do setor do turismo para os três pilares da sustentabilidade – económica, social e ambiental – aumentando a consciência sobre um setor que é frequentemente subestimado”, disse Taleb Rifai.

O secretário-geral da OMT manifestou “grande expectativa” na implementação do Ano Internacional, 

 

em colaboração com “governos, organizações relevantes do Sistema das Nações Unidas, outras organizações internacionais e regionais e todas as outras partes interessadas relevantes”.

A assembleia-geral da Organização das Nações Unidas pretende que em 2017 exista uma “melhor apreciação dos valores inerentes às diferentes culturas”, contribuindo para o “fortalecimento” da paz no mundo, a partir do turismo sustentável.

As Nações Unidas apresentaram 17 novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com 169 metas “que são integradas e indivisíveis”, e o turismo está presente em três dos objetivos – 8, 12 e 14 - que têm por horizonte ano 2030.

Também o Vaticano na sua mensagem para o Dia Mundial do Turismo 2015 propôs uma “revolução” ecológica no setor. “A Igreja coopera para fazer do turismo um meio para o desenvolvimento dos povos, especialmente dos mais desfavorecidos, encaminhando projetos simples, mas eficazes”, lê-se no texto do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.

 

 

 

Bom Jesus em obras para preservar o património artístico e valorizar o património natural

O Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, candidato a património mundial da humanidade, vai ser alvo de novas obras de requalificação, com particular incidência no interior da Basílica local. O mesário da Confraria do Bom Jesus do Monte, Varico Pereira, explicou que o projeto ‘Bom Jesus: Requalificar II’ vai intervir no património natural e edificado e anunciou um centro de acolhimento ao visitante.

“A principal intervenção relaciona-se com o interior da basílica, será todo conservado e restaurado, incluindo, o recheio artístico da Basílica do Bom Jesus”, disse em declarações à Agência ECCLESIA, esta terça-feira, dia em que decorreu a conferência de imprensa de apresentação do projeto.

Segundo Varico Pereira, as novas obras de restauro no Santuário do Bom Jesus do Monte começam este mês, com uma duração prevista de dois anos e o objetivo de “terminar a intervenção” no património, com destaque também para a 

 

requalificação de seis capelas, no Terreiro dos Evangelistas, e dois coretos.

O mesário da Confraria do Bom Jesus do Monte realça também a posterior “intervenção notável” na mata onde está o conjunto arquitetónico, possível com o financiamento europeu do programa Norte 2020. “Ao longo de todo o escadório do Bom Jesus, 50 metros para cada lado, desde o Terreiro dos Evangelistas, à volta do santuário, será feita a limpeza, a poda, e a replantação de árvores”, informa.

Neste contexto, o entrevistado observa que vão intervir consoante as necessidades para “preservar o património artístico e valorizar o património natural”.

O conjunto arquitetónico do Bom Jesus do Monte é considerado um ‘ex-líbris’ da cidade de Braga; em 1373 já existia uma ermida dedicada à Santa Cruz. O atual templo que remata o escadório, com as Capelas e Passos da Paixão, foi concluído em setembro em 1811, substituindo um antigo templo 

 

 

 

 

barroco que vinha do tempo de D. Rodrigo de Moura Teles (1704-1728).

Varico Pereira realça que outro “grande objetivo” do projeto é a criação no Bom Jesus de Braga, “pela primeira vez”, de um centro de acolhimento ao visitante: “Com um pouco da história, da memória, o que é o presente e pretendemos fazer no futuro.” “Será um pequeno mas simbólico espaço para quem visita ficar a conhecer e enriquecer a experiência”, desenvolve, adiantando que o espaço foi pensado, principalmente, “para acolher os mais pequenos”.

“[As crianças] entendemos que são

 

o público mais importante que nos visita. São eles que vão passar a mensagem no futuro”, acrescentou.

A Confraria do Bom Jesus do Monte no centro de acolhimento pretende ter um “pequeno auditório”, vão elaborar um “pequeno filme” e “um pequeno guia” direcionado para o público mais infantil compreender a realidade global, numa “linguagem mais adequada”.

O Santuário do Bom Jesus está na lista indicativa nacional da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), com mais 21 monumentos, para candidatura a Património Mundial da Humanidade.

 

 

O papel das Peregrinações para o crescimento sustentável do turismo

No âmbito do Primeiro Congresso Internacional de Turismo e Peregrinações sob a égide da OMT, que decorreu em Santiago de Compostela, em setembro de 2014, foi sublinhado o contributo positivo das peregrinações para o crescimento sustentável do turismo e reconhecida igualmente a contribuição do turismo para a compreensão internacional.

Nesse sentido foi aprovada a Declaração de Santiago de Compostela sobre Turismo e Peregrinações.

Os participantes sublinham, no documento, que as peregrinações e viagens por motivos religiosos e espirituais contribuem para

 

o pluralismo cultural, o diálogo inter-religioso e o respeito pelas várias crenças, além de promover um 

 

 

 

 

“desenvolvimento sustentável do turismo”, representando etapas de busca de paz interior e de harmonia com o próximo e a natureza que nos rodeia.

Conscientes de que a peregrinação “exterior” para um destino não se conclui quando se chega a determinado ponto, dado que o percurso “interior” dos peregrinos prossegue para mais além, até alcançar a sua própria meta espiritual, ainda que ambos os conceitos tenham de ser apreciados de forma

 

harmónica, complementar e mesmo necessária;

Conscientes da necessidade de melhorar a recolha estatística sobre dados de peregrinações e viagens por motivos religiosos e espirituais, para poder assim entender as características e tendências dos mesmos;

Atentos aos desafios prementes da sustentabilidade ambiental, sociocultural e económica que se colocam ao longo dos percursos de peregrinação e nos locais sagrados, 

 

 

 

por causa do contínuo aumento do número de peregrinos e outros visitantes;

Comprometidos com a necessidade de proteção tanto do património cultural tangível como da salvaguarda do património intangível e das tradições populares intrínsecas ligadas às peregrinações;

Os signatários da declaração apelam a:

1. Destacar o valioso contributo das peregrinações e do turismo sustentável para o diálogo intercultural, o respeito

 

universal pelos valores espirituais da Humanidade e para o estabelecimento da paz e da prosperidade do mundo;

2. Reforçar la cooperação entre los múltiplos atores, a fim de avançar com a investigação sistemática no âmbito do turismo e das peregrinações, e fomentar las políticas públicas e diretrizes inspiradas no Código Ético Mundial para el Turismo, bem como las iniciativas nos âmbitos empresarial, educativo, civil e religioso;

3. Acordar, desenvolver e levar a cabo planos de melhorias de infraestruturas, gestão de 

 

O Turismo de Portugal promove e cultiva medidas e políticas que convirjam para um Turismo Sustentável. Assim, o uso ótimo de recursos ambientais, o respeito pela autenticidade sociocultural das comunidades e assegurar uma atividade socioeconómica viável a longo prazo são objetivos que o Turismo de Portugal incorpora nas suas atividades, estimula no sector e divulga junto do público em geral, com vista a um turismo mais sustentável.

É neste âmbito que o Turismo de Portugal promove iniciativas próprias, como os Prémios Turismo de Portugal, ou estabelece parcerias com outras entidades, como é o caso do galardão Chave Verde.

 

 

 

capacidade de carga, segurança, inovação tecnológica, redução da pegada ambiental, em particular uma melhor gestão e processamento de resíduos, resultantes das peregrinações e atividades turísticas relacionadas;

4. Fomentar a comunicacional multidirecional entre os atores para assegurar que as necessidades dos visitantes, peregrinos e comunidades locais sejam satisfeitas, alentando assim o desenvolvimento socioeconómico e diminuindo ao máximo o seu impacto sobre os recursos naturais e culturais;

5. Respeitar os valores éticos e 

 

 

tradições milenares das comunidades religiosas e indígenas, que contribuem para manter a sustentabilidade, a integridade e o equilíbrio das rotas de peregrinação e os sítios sagrados e de património cultural;

6. Alentar novas iniciativas e a criação de redes internacionais que fomentem o intercâmbio de experiências a nível de investigação, capacitação dos profissionais do turismo, promoção, marketing e gestão dos percursos de peregrinação, envolvendo os grupos religiosos e as comunidades locais como partes iguais no desenvolvimento sustentável do turismo espiritual.


 

 

 

Respeitar o património natural da humanidade

O prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, novo organismo da Santa Sé, apelou ao respeito pelos recursos naturais, em particular os Oceanos, sublinhando que estes são “património da humanidade”. D. Peter Turkson, cardeal ganês, interveio na conferência ‘Oceanos. Tutelando uma herança comum’, um evento promovido pelo Vaticano e as embaixadas da França, Mónaco e Países Baixos junto da Santa Sé.

“As áreas do fundo oceânico e do seu subsolo não pertencem a jurisdições nacionais: são patrimônio comum da humanidade”, recordou o cardeal Turkson citando a Resolução 2749 da ONU.

“Estamos a perder de vista este significado. A noção de património comum deve ser aplicada nos regulamentos internacionais futuros e levar à proteção dos mares”, acrescentou.

 

Para este responsável, o afastamento da noção dos mares como “património comum da humanidade” demonstra que a responsabilidade em relação aos mares e aos seus recursos para a família humana está a diminuir.

“Não somos os autores do nosso patrimônio, recebemo-lo do passado e portanto, devemos deixá-lo como herança às pessoas que aqui habitarão no futuro”, advertiu, exortando à “solidariedade intergeracional”.

“Quando se perde o sentimento de gratidão por este dom que deve ser deixado como herança começam a explorar-se os recursos de modo insustentável”, prosseguiu.

O prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral sustenta que “o mar não se limita a separar, mas garante a união entre os continentes e as pessoas. Cobre grande parte da Terra e é capaz de unir a humanidade”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Laudato Si’e as Grandes Cidades

A Arquidiocese do Rio acolhe de 13 a 15 de julho a segunda edição do Congresso Internacional de Ecologia e Grandes Cidades, para abordar os aspetos ambientais, sociais, éticos e de gestão associados às grandes cidades.

Com apoio da Arquidiocese do Rio, o encontro é organizado pela Fundação Antoni Gaudi para as Grandes Cidades, localizada em Barcelona, na Espanha, cujo objetivo é contribuir para a humanização dos grandes centros urbanos. A instituição nasceu logo após a Conferência Internacional das Grandes Cidades, em Barcelona e Roma, em 2015. Ler mais

 

 

 

Joga contra tudo e contra todos

http://www.playagainstallodds.ca/

 

Já em pleno período de férias escolares esta semana a minha proposta passa por trazer para este espaço uma atividade virtual bastante lúdica, não descurando a componente pedagógica. Against All Odds é um jogo online, patrocionado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que tem como objetivo primordial o de sensibilizar os utilizadores para o problema bastante atual dos refugiados no mundo. Destinado a crianças e jovens com idades superiores a sete anos, este jogo de acesso livre e gratuito, convida o jogador a sentir o modo de vida de um cidadão refugiado.

Apesar do jogo não possuir uma versão em português, considero que é uma mais valia ser jogado. Isto porque dá a oportunidade ao utilizador de se poder colocar no papel de refugiado em três cenários completamente distintos e que tentam, mesmo de uma maneira virtual, aproximar ao máximo as vivências e os sentimentos pelos quais estas pessoas passam.

O primeiro aponta para o típico cenário de “guerra e conflito”

 

em que a personagem foge de uma perseguição. Neste espaço ficamos a perceber quais os direitos que todos devem ter (incluindo os refugiados). Temos acesso ainda a ligações com informações e números acerca deste tipo de conflitos, bem como maneiras de os evitar. Esta secção contém os perfis de pessoas que abandonaram as suas casas devido ao facto de enfrentarem perseguições políticas.

O segundo cenário disponível revela as dificuldades do imigrante em conseguir asilo num país estrangeiro com uma língua e culturas completamente distintas da sua. Podemos aqui aprender o que é necessário para se ser considerado refugiado e ainda quais as diferentes opções que existem de refúgios seguros. Descobrimos pessoas famosas que também já viveram, em alguma fase da sua vida, como refugiados.

O último cenário expõe a luta da personagem para se integrar numa nova sociedade, ao que habitualmente se designa de começar uma vida nova num novo país. Neste ambiente descobrimos os métodos mais habituais que os refugiados aplicam para efetuarem a transição para 

 

 

 

  

a sua nova vida, inseridos no meio de novas pessoas e de novos costumes. Contém ainda informações sobre a verdadeira origem da algumas coisas que utilizamos no nosso dia-a-dia para percebermos a diversidade cultural e étnica.

Este jogo é uma ferramenta bastante educativa através da qual se aproxima o utilizador dos “desafios que 

 

 

diariamente milhões de pessoas no mundo enfrentam”. Claramente um excelente recurso pedagógico e formativo dentro da temática abordada e que pode muito bem ser explorado nos dias quentes de Verão.

 

Fernando Cassola Marques

fernandocassola@gmail.com

 

 

O poder das mãos vazias 

Esvazia as mãos de quê? De tudo o que te impede de ser "pobre em espírito" e "buscador de Deus". Esta é a proposta de José Rogério Almeida no seu livro ‘O poder das Mãos Vazias’.

Sugestões que levam o leitor para o mundo do impossível, onde só o amor faz sentido. Um livro de espiritualidade que se assemelha a uma peregrinação. De forma profunda, o autor desafia o leitor a esvaziar-se para se encher de Deus.

Enche o coração. De quê? De amor.

Se amas, morres crucificado. Se não amas morrerás de tédio, e passarás a vida a bocejar...

Porque a vida é um dom recebido, para ser oferecido e repartido, como quem distribui pedaços de pão...

O modelo é Jesus. Jesus amou, fez-se pão, doação: "Tomai e comei, isto é o meu corpo". Tomai e bebei, este é o cálice do meu sangue".

E morreu na cruz...

 

Mais informações em www.edisal.salesianos.pt

 

 

 

 

E os pobres?

Um livro sobre a missão de tornar os pobres nossos próximos. ‘Então e os pobres?’ recolhe dos trabalhos de autores que se dedicaram à Caridade.

Esta edição foi coordenada pelos Conselhos Centrais das Conferências de São Vicente de Paulo, do Porto. Pretende ser um subsídio de formação para todos aqueles que querem fazer do auxílio à pobreza um anúncio do Evangelho.

 

 

 

Julho 2017

Dia 07 de julho

* Porto - Gondomar (Paróquia de São Cosme) - Conferência sobre «A atual missionação no Japão» pelo padre Adelino Ascenso, superior geral da Sociedade Missionária Boa Nova.

 

* Aveiro - Tomada de posse do novo vigário geral da diocese de Aveiro, padre Manuel Joaquim Rocha.

 

* Lamego – Seminário - Reunião do Colégio dos Arciprestes da Diocese de Lamego

 

* Évora – Sé - Concerto de música polifónica com dois coros ingleses

 

* Coimbra - Café Santa Cruz - A Cáritas Diocesana de Coimbra realiza a sessão pública de lançamento do projeto «Sementes do Saber».

 

* Viana do Castelo - Conferência sobre «150 anos da Beatificação do Presbítero Francisco Pacheco, S.J» proferida pelo padre António Júlio Trigueiros, S.J., e por João Gomes d'Abreu.

 

 

 

 

 

* Porto - Marco de Canaveses (Magrelos) - Conferência sobre «Traços bíblicos da figura de Maria» pelo bispo de Lamego, D. António Couto

 

* Porto - Casa de Vilar - Apresentação do Plano de Pastoral 2017-2018 da Diocese do Porto

 

* Braga - Barcelos (Igreja de São Bento da Várzea) - Concerto de oração com Claudine Pinheiro na Igreja de São Bento da Várzea, em Barcelos

 

Dia 08 de julho

* Fátima - Peregrinação da Diocese de Coimbra ao Santuário de Fátima

 

* Lisboa - Escola Superior de Educação de Lisboa - Encontro Nacional da Rede de Educação para a Cidadania Global que tem como orador César Muñoz, pedagogo e educador social espanhol.

 

*Lamego - Encontro dos consagrados que vivem na Diocese de Lamego

 

* Guarda - Bênção de finalistas da Escola Superior de Saúde presidida por D. Manuel Felício, bispo da Guarda.

 

 

 

 

 

* Lisboa - Santa Iria de Azóia - Ordenação presbiteral de João Silva por D. Nuno Brás, bispo auxiliar de Lisboa

 

Dia 09 de julho

* Porto – Sé - Ordenações diaconais e sacerdotais

 

*Braga - Vila Nova de Famalicão - O município de Vila Nova de Famalicão vai comemorar os 32 anos de elevação a cidade numa cerimónia onde vai distinguir com medalhas de mérito 26 personalidades e instituições com representantes da Igreja Católica.

 

* Setúbal - Barreiro (Palhais) - Festa da Família Passionista e celebração dos 50 anos da restauração da Paróquia de Palhais (Barreiro)

 

* Lisboa – Agualva - Ordenação diaconal na Paróquia de Agualva (Cacém) por D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa.

 

* Braga – Sameiro - Ordenações diaconais

 

* Fátima - Basílica de Nossa Senhora do Rosário - Concerto de música sacra intitulado «A Virgem Maria na Tradição Musical das Igrejas Orientais» 

 

com a religiosa libanesa Marie Keyrouz e «L’Ensemble de la Paix».

 

* Bragança – Sé - Ordenação presbiteral de Duarte Gonçalves

 

* Espanha – Barcelona - O colóquio Europeu de Paróquias realiza-se, Barcelona (Espanha) e tem como tema central «Cristãos na Europa: Um povo em Missão». (09 a 14)

 

Dia 10 de julho

* Santarém – Seminário - Reunião da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé

 

* Braga - Auditório Vita - Encontro destinado ao Clero e Consagrados integrado nas celebrações das bodas de ouro sacerdotais de D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga

 

* Fátima - Centro Pastoral Paulo VI - Curso sobre «Os Papas e Fátima» coordenado por Marco Daniel Duarte (10 a 12)

 

* Braga – UCP - O Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa promove a «Católica Júnior» para dar a conhecer aos estudantes do ensino secundário as licenciaturas daquela instituição de ensino. (10 a 14)

 

 

II Concílio do Vaticano: Paulo VI
muda os métodos do «Santo Ofício»

 

Antes do encerramento do II Concílio do Vaticano (1962-65), o Papa Paulo VI cumpriu uma promessa feita, em novembro de 1965, de alterar os estatutos do «Santo Ofício». O jornal «Osservatore Romano», na edição de 6 e 7 de dezembro de 1965, publicou o «motu proprio» intitulado «Integrae Servandae» onde decide mudar, simultaneamente, o nome e os métodos do «Santo Ofício».

Com esta medida, o papa que sucedeu ao pontífice que convocou o II Concílio do Vaticano respondeu a um dos maiores desejos desta assembleia magna, realizada na Basílica de São Pedro. Esse desejo de mudança foi expresso muitas vezes, e “sob as mais variadas formas, no decurso das congregações gerais e, anteriormente, nas votações enviadas durante o período preparatório do concílio”, escreveu Henri Fesquet no III Volume «O Diário do Concílio».

O cardeal Frings, arcebispo de Colónia (Alemanha) não hesitou em falar do “escândalo” que “causavam no mundo”, os métodos empregues pelo «Santo Ofício». Nessa intervenção, a 7 de novembro de 1963, o cardeal alemão pedia para que, no futuro, “ninguém pudesse ser julgado nem condenado sem ter sido primeiramente ouvido, advertido das acusações pendentes contra si e convidado a corrigir-se”, lê-se na obra de Henri Fesquet.

A intervenção do cardeal Frings mereceu muitos aplausos na aula conciliar e foram cruéis para o cardeal Ottaviani, que declarou, com soluços na voz: “ Atacar o Santo Ofício é ofender o Papa, que é o seu prefeito”. E eis que, 

 

 

 

passados dois anos, o Papa Paulo VI, já estava no cadeira de Pedro na altura da intervenção do cardeal alemão, aparentemente nada ofendido, “dá satisfação ao corajoso cardeal que ousou desafiar a «suprema» congregação”.

“Sem a reforma do Santo Ofício, nenhuma outra reforma profunda podia ser levada a bem pela Igreja. Não são os homens que estão em causa, mas a instituição radicalmente viciada pelo segredo, por um procedimento unilateral e por todo o seu poder oculto”, escreveu o jornalista francês, Henri Fesquet. 

  Se não é inconveniente “espezinhar

um ofendido no momento em que é atingido, podia recordar-se em pormenor – este trabalho de «inquisição da Inquisição», como antes já lhe chamou monsenhor Roberts, antigo arcebispo de Bombaim, não deixaria de ser feito um dia – quantos homens da Igreja sofreram pelo Santo Ofício, tiveram a sua reputação manchada, a sua vida estragada, a sua consciência esfrangalhada e quantos cristãos perderam a fé por causa deste dicastério”, lê-se no III Volume «O Diário do Concílio».

 

 

 

 

 

   

- Se está no Porto, participe hoje na conferência sobre «A atual missionação no Japão» e ouça o superior geral da Sociedade Missionária Boa Nova, o padre Adelino Ascenso, ele que esteve vários anos no oriente e fez uma tese sobre o escritor de Shusaku Endo, cujo livro deu origem ao filme «O Silêncio». Para conferir na paróquia de São Cosme, em Gondomar.

 

 

- No dia 8, em Lisboa, a Fundação Gonçalo da Silveira promove o Encontro Nacional de Educação para a Cidadania Global (ECG) 2017 dedicado às “contradições e aos desafios” do mundo contemporâneo. Com o objetivo de “aprofundar as dimensões” de ECG e criar sinergias para o “desenvolvimento de práticas” nas escolas através de um espaço de “reflexão, debate, partilha, experimentação e de participação conjunta”, esta proposta decorre entre as 09h30 e as 17h30, na Escola Superior de Educação de Lisboa

 

 

- Domingo é dia de ordenações no Porto, em Braga, e em Bragança 

 

 

- Entre os dias 11 e 13 vai decorrer a Peregrinação dos bispos da Rússia e países de expressão russa ao Santuário de Fátima, naquele que é a Peregrinação internacional aniversaria de julho.

 

Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00

RTP1, 10h30

Transmissão da missa dominical

 

 

11h00 - Transmissão missa

 

 

 

Domingo:

10h00 - Porta Aberta; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Entrevista de Aura Miguel

 

Segunda-feira:

12h00 - Informação religiosa

 

Diariamente

18h30 - Terço

 

 

 
RTP2, 13h00

Domingo, 09 de julho, 13h30 - D. Jorge Ortiga: Padre há 50 anos

 

Segunda-feira, dia 10 de julho, 15h00 - Fátima e Rùssia. Entrevista  josé Milhazes

 

Terça-feira, dia 11 de julho, 15h00 - Informação e entrevista a Catarina Martins Bettencourt sobre os projetos da Ajuda à Igreja que Sofre na Rússia.

 

Quarta-feira, dia 12  de julho, 15h00 - Informção e entrevista a Aura Miguel sobre a Mensagem de Fátima e a Rússia.

 

Quinta-feira, dia 13 de julho, 15h00 - Informação e comentário à atualidade

 

Sexta-feira, dia 15 de julho, 15h00  -  Entrevista. Comentário à liturgia do domingo com a Irmã Luísa Almendra e o padre Nélio Pita

 

Antena 1

Domingo, 9 de julho - Congresso «Pensar Fátima»

 

Segunda a sexta, 10 a 14 de julho - Incêndio de Pedrogão Grande: a nota da CEP sobre os incêndios, a ajuda da Cáritas Portuguesa, a reflexão ambiental com Miguel Panão, a solidariedade da pastoral universitária de Braga e o auxílio da Cáritas diocesana de Coimbra.

 

  

 

 

     

 

 

 

 

 

 

Ano A – 14.º Domingo do Tempo Comum 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
Simples e humildes de coração
 
 

A liturgia deste 14.º Domingo do Tempo Comum ensina-nos onde encontrar Deus: na simplicidade, na humildade, na pobreza, na pequenez. Deus não se revela na arrogância, no orgulho, na prepotência.

A primeira leitura de Zacarias apresenta-nos um enviado de Deus que vem ao encontro dos homens precisamente nessa forma de ser, eliminando assim os instrumentos de guerra e de morte, e instaurando a paz definitiva.

Na segunda leitura, Paulo convida os crentes a viverem «segundo o Espírito», com o coração plenamente aberto para Deus, e não «segundo a carne».

No Evangelho, vemos que a proposta de salvação que Deus faz aos homens encontra acolhimento no coração dos pequeninos. Os grandes, instalados no seu orgulho e autossuficiência, não têm tempo nem disponibilidade para os desafios de Deus; mas os pequenos, na sua pobreza e simplicidade, estão sempre disponíveis para acolher a novidade libertadora de Deus.

Sabe bem acolher o convite do Senhor no Evangelho de hoje: «Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas».

Os critérios de Deus são bem estranhos se forem vistos com as lentes do mundo. Afinal, admiramos e incensamos os sábios, os inteligentes, os intelectuais, os ricos, os poderosos, os bonitos. Até queremos que sejam eles a dirigir o mundo, a fazer as leis que nos governam, a ditar a moda ou as ideias, a definir o que é correto ou não é correto.

Mas Deus diz que as coisas essenciais são muito mais depressa percebidas pelo pequeninos: são eles que estão sempre disponíveis para acolher Deus e os seus

 

 

 

 valores e para arriscar nos desafios do Reino. O que garante a posse da verdade é ter um coração aberto a Deus e às suas propostas.

Como é que chegamos a Deus? Como percebemos o seu rosto? Como fazemos uma experiência íntima e profunda de Deus? Só através da Pessoa de Jesus, o Filho que conhece o Pai; só quem segue Jesus e procura viver como Ele, no cumprimento total dos planos de Deus, pode chegar à comunhão com o Pai.

Há crentes que, por terem feito catequese, por irem à missa ao domingo e por fazerem parte de 

 

quase todos os grupos da paróquia, acham que conhecem Deus, que têm com Ele uma relação estreita de intimidade e comunhão. Até pode ser. Mas atenção: só conhece Deus quem é simples, manso e humilde de coração e está disposto a seguir Jesus no caminho da entrega a Deus e da doação da vida aos homens. É no seguimento de Jesus, e só desse modo simples e humilde, que nos tornamos filhos de Deus.

 

Manuel Barbosa, scj

www.dehonianos.org

 

 

 

Fátima, manifesto contra uma sociedade sem Deus

 

O professor universitário José Eduardo Franco afirmou que Fátima “é um manifesto contra uma sociedade sem Deus”, na terceira visita temática à exposição temporária do santuário da Cova da Iria. “O que acontece em Fátima é a mudança de uma multidão que estava sequiosa do ponto de vista individual na manifestação da sua fé. Do ponto de vista coletivo a

 

 

necessidade de uma alteração do curso da história”, disse o historiador, citado pela página do Santuário de Fátima na internet.

José Eduardo Franco explicou a dimensão profética da mensagem de Fátima como “manifesto contra uma sociedade sem Deus” e “não como uma adivinhação”, num contexto difícil de emergência de sociedades.  

 

 

 

 

 

“Fátima é um ponto de chegada para uma humanidade amordaçada que resistiu à emergência de sociedades marcadas pela razão e pela ciência. O ponto de partida para uma alteração do curso da história”, desenvolveu.

José Eduardo Franco centrou a sua análise no ‘Milagre do Sol’ que, coincidente com a sexta aparição em outubro de 1917, conduz “ao cerne da experiência religiosa” e proporciona um “verdadeiro e sério debate entre fé e ciência”. “[O Milagre do Sol] é o momento profético decisivo que confirma a ideia de um Deus próximo 

 

que sofre e precisa que o seu coração seja reparado”, realçou.

O professor universitário José Eduardo Franco foi o cicerone da terceira visita temática à exposição temporária ‘As Cores do Sol – A Luz de Fátima no Mundo Contemporâneo’, esta quarta-feira no Convivium de Santo Agostinho, na Basílica da Santíssima Trindade.

O Santuário de Fátima informa ainda que a exposição temporária ‘As Cores do Sol – A Luz de Fátima no Mundo Contemporâneo’ já foi visitada por “125 243 peregrinos”.

 

 

A Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima vai receber a 9 de julho a religiosa libanesa Marie Keyrouz e ‘L’Ensemble de la Paix’ para um concerto de música sacra intitulado ‘A Virgem Maria na Tradição Musical das Igrejas Orientais’. “Integrado no Ciclo de Música Sacra, este concerto permitirá aos peregrinos uma incursão num universo musical dos ritos das Igrejas orientais, graças a uma das mais célebres intérpretes da atualidade, a irmã Marie Keyrouz que, à sua carreira de musicóloga, junta uma dimensão performativa e compositiva”, adianta a página do Santuário de Fátima na internet.

 

 

 

Fátima, Rússia e o Muro de Berlim

 

O arcebispo de Moscovo, D. Paolo Pezzi, vai presidir às celebrações de 12 e 13 de julho no Santuário de Fátima, liderando uma peregrinação com cerca de 70 peregrinos, oriundos de vários países da ex-União Soviética. A evocação das aparições de julho de 1917 tem como tema ‘A Virgem Maria, Rainha da Paz’.

 

 

A sala de imprensa do Santuário de Fátima informa que além do arcebispo de Moscovo, vão estar na Cova da Iria D. Iosif Vert, bispo da Diocese da Transfiguração em Novosibirsk, Rússia; D. Kirill Klimovich, bispo da Diocese de São José em Irkusk, Rússia; D. Clemens Pikkel, bispo da Diocese de São Clemente em Saratov, Rússia; 

 

 

 

D. Tomash Peta, arcebispo da Diocese de Santa Virgem em Astana, Cazaquistão; D. Athanasius Shnaider, bispo coadjutor da mesma diocese; e o padre Andrzej Madej, do Turquemenistão.

“Além da peregrinação dos bispos católicos dos países de língua Russa, que se fazem peregrinos de Fátima no ano do Centenário das Aparições, o Santuário de Fátima irá acolher cerca de 5 mil peregrinos, distribuídos por 110 grupos, oriundos de 24 países”, acrescenta a nota informativa.

O testemunho dos videntes de Fátima regista que, na aparição de 13 de 

 

julho de 1917, Nossa Senhora lhes disse: “Para impedir a guerra virei 

pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.

“Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”, registava Irmã Lúcia, falecida em 2005, nas suas ‘Memórias’.

 

A 13 de agosto de 1994 foi inaugurado no Santuário de Fátima, na entrada sul do recinto, o ‘Monumento do Muro de Berlim’, onde foi colocado um bloco de 2,6 quilos com 3,6 metros de altura e 1,2 metros de largura oferecido por um português residente na Alemanha.

Junto do local encontra-se um “monumento-memória” que presta homenagem a “dois sacerdotes que estiveram nos fundamentos da historiografia das aparições de Fátima e da difusão da sua mensagem”, em Portugal e na Alemanha, Manuel Formigão e Ludwig Fischer, respetivamente.

“(O sr. Virgílio Casimiro de Sousa Ferreira, a residir em Kaiserslautern, desde 1967) A 26 de setembro de 1990, pediu ao antigo primeiro ministro da República Democrática Alemã, Dr. Lothar de Mazière, um grande fragmento do Muro de Berlim, como lembrança da reunificação da Alemanha, para ser colocado no Santuário de Fátima em Portugal”

“Voz da Fátima”, Fátima, 72 (862) 13 Jul. 1994, p. 3, cols. 2-4

 

 

Índia: Marginalizados pelo sistema de castas.
Abraçados pela Igreja

Amar os invisíveis

No sistema hindu de castas, os “dalits”, ou “intocáveis”, não têm lugar. São insignificantes. Proscritos, marginalizados, invisíveis. São milhões, mas é como se não existissem. O Cristianismo adotou-os. Melhor: abraçou-os. No estado de Chhattisgarh, são muitos os que procuram imitar o exemplo da Santa Madre Teresa de Calcutá…

 

Chhattisgarh é o décimo maior estado da Índia. Cerca de metade deste território, situado na região centro-ocidental do país, está coberto por floresta. Muitos dos que vivem por lá fazem parte dessa multidão incontável de gente sem direitos, de pessoas expulsas da dignidade humana. São pessoas excluídas do complexo sistema de castas da Índia. A sociedade indiana considera-os indignos e, por isso, ignora-os. São insignificantes. O que se passa em todo o país tem uma expressão maior aqui, neste estado. Chhattisgarh é um dos poucos estados indianos que aplica uma lei anti conversão. Esta é uma lei que obriga quem deseja 

 

mudar de religião a ter de obter, primeiro, uma autorização por parte das autoridades locais. Na verdade, é uma lei que tem servido, na perfeição, para impedir o crescimento do Cristianismo. A Igreja Católica tornou-se, por causa desta lei, num alvo fácil. A tal ponto que até o exemplo de Madre Teresa de Calcutá é referido como se a sua bondade, já lendária, fosse uma coisa mesquinha de quem estivesse a contabilizar fiéis para uma religião e não de quem esteve, isso sim, a doar-se gratuitamente em amor junto dos mais desprezados da sociedade.

 

Perseguição

O padre Abraham Kannampala, da diocese de Jagdalpur, sabe bem dessas palavras carregadas de ódio, de quem nem consegue olhar para o exemplo de Madre Teresa e ver nos seus gestos o amor puro. “Nós servimos pelo acto de servir. Amamos a humanidade e temos um mandato. Jesus deu-nos o exemplo. Encontramos a felicidade e a alegria no serviço. Mas as pessoas

 

 

acusam-nos de servir com o intuito da conversão.” É grave o que se passa neste estado na Índia. É grave o que se passa neste país. Com a ascensão ao poder, em 2014, do BJP, um partido hindu nacionalista liderado por Narendra Modi, passaram a registar-se cada vez mais casos de ataques por parte de grupos radicais contra os Cristãos em geral e os “dalits” em particular. A Igreja está muito preocupada com esta onda de violência e perseguição, estando sempre presente, na memória de todos, os gravíssimos incidentes ocorridos em Orissa, em 2008, em que uma centena de cristãos perderam a vida, além de terem sido destruídas quase seis mil casas e vandalizadas dezenas e dezenas de igrejas e capelas. Em Chhattisgarh, como sublinha o padre Abraham Kannampala, “os cristãos, pelo facto de serem cristãos, têm de

 

suportar vários tipos de sofrimento, discriminação ou perseguição”. Desde os primeiros baptismos em 29 de novembro de 1906 – há 110 anos –, tem sido difícil o caminho da comunidade cristã nesta região da Índia. Mas, como fizeram questão de testemunhar à Fundação AIS os padres Abraham, Kujur, Toppo e Kerketta, não havia outra forma de o percorrer. Os “dalits” são ainda vistos como 

“insignificantes”, como seres menores. É preciso devolver-lhes o estatuto de “Filhos de Deus”. Agora, eles – os ‘dalits’ – podem levantar-se. Passaram a ter voz. Principalmente, passaram a ter consciência disso, de que têm voz. O Cristianismo foi uma revolução absoluta. Adoptou-os. Abraçou-os. Por ali, por Chhattisgarh, há muitas pessoas a imitar os gestos de Madre Teresa de Calcutá. São sementes de amor.

Paulo Aido

 

 

 

 

 

Incêndios. Que prevenção?

  Tony Neves   
  Espiritano   

 
 

Pedrógão Grande fez despertar o monstro adormecido durante o inverno: o dos incêndios florestais. E foi um pesadelo o que todos vivemos porque, desta vez, não arderam só milhares e milhares de árvores (como era habitual), mas morreram queimadas quase sete dezenas de pessoas e muitas outras ficaram feridas, sem entes queridos ou sem bens. Ora, subiu a parada das consequências deste flagelo que nos vitima há muito tempo e para o qual nunca se procuraram soluções adequadas. Também é verdade que o povo não reage de forma idêntica quando há apenas bens que se perdem ou quando há vidas ceifadas. E ainda bem que assim é porque o melhor do mundo são as pessoas.

O país acordou em estado de pânico e exige ao governo demissões e medidas. Não sei se se resolve alguma coisa apenas demitindo pessoas. Acho que se encontrarão melhores caminhos de solução se houver medidas sérias e exigentes que requalifiquem as nossas florestas e facilitem o combate aos eventuais incêndios que deflagrem ali.

Nos inícios da União Europeia foi implementada uma política agrícola comum. E, por causa dela, chegaram a Portugal milhões e milhões em dinheiro vivo para se abaterem vinhas e vacas, para se plantarem oliveiras e sobreiros, para não se cultivarem os campos… uma vez que vinho, leite, carne, trigo, milho era o que mais sobrava das agriculturas prósperas dos países mais 

 

 

 

 

desenvolvidos em tecnologia. À distância, acho que foi um erro aceitar entrar neste jogo que fez de Portugal um país de terras abandonadas, incluindo florestas. Este abandono dos campos fez do interior uma área a desertificar todos os dias, deixando abertas todas as portas a fogos e flagelos do género. Campos abandonados degeneram em silvados e giestais. Aldeias sem gado abandonam os matos e deixam-nos crescer apenas à espera de um fósforo que tudo transformará em cinza.

Chegamos ao abandono a que chegamos, em termos de terras outrora cultivadas e a matas… que podemos fazer no futuro? Não há soluções de catálogo. Mas há caminhos que devem ser percorridos, com pequenos passos. Sim, há que  

 

tentar limpar as matas e os campos transformados em selvas. Há que afastar as casas das árvores combustíveis. Há que abrir caminhos de combate ao fogo nas montanhas mais inacessíveis. E, pensando que nada disto vai resolver tudo, há que equipar bem os bombeiros e a protecção civil para que sejam ágeis e competentes quando os incêndios estiverem no seu início. Muitas vezes, quando se ataca um fogo, é já tarde demais e só se corre atrás do prejuízo.

Culpar apenas os agricultores pelo que não fazem para proteger as suas matas, parece-me pouco. Há uma responsabilidade global que tem de ser assumida por todos. Queremos uma terra mais segura, mais ecológica, sem incêndios…então trabalhemos na prevenção e no combate.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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