04 - Editorial

      Paulo Rocha

06 - Foto da semana

07 - Citações

08 - Nacional

14 - Internacional

       José Luis Gonçalves

22 - Semana de...
       Octávio Carmo

       Voluntariado Missionário


 


 

 

       Catarina António

54 - Multimédia

56 - Estante

58 - Vaticano II

60 - Agenda

62 - Por estes dias

64 - Programação Religiosa

65 - Minuto Positivo

66 - Liturgia

68 - Fátima 2017

70 - Fundação AIS

72 - LusoFonias

Foto de capa: DR

Foto da contracapa:  DR

 

 

AGÊNCIA ECCLESIA 
Diretor: Paulo Rocha  | Chefe de Redação: Octávio Carmo
Redação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,
Luís Filipe Santos,  Sónia Neves
Grafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana Gomes
Propriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais 
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Opinião

 

 

 

Novos projetos pastorais

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Francisco e Bento XVI dizem adeus ao cardeal Meisner

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Voluntariado Missionário

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José Luis Gonçalves | Paulo Rocha| Octávio Carmo | Manuel Barbosa | Paulo Aido | Tony Neves | Fernando Cassola Marques

 

Turismo, rotundas e esplanadas 

  Paulo Rocha    

  Agência ECCLESIA   

 
 

 

José Mourinho disse nos anos cimeiros da fama, quando se sucediam bons resultados e vitórias por cá e pela Europa, que o mais difícil não é chegar ao topo, mas saber como se aguentar por lá! De facto, até pelo próprio exemplo do treinador “especial”, conseguir manter o primeiro lugar ano após ano, competição após competição é realmente o mais custoso, quase impossível, pelo decorrer dos acontecimentos, da vida dos seus protagonistas e dos condicionalismos da história.

Nestes meses de verão e em quase todos os outros do ano, Portugal é ponto de chegada para muitos turistas, transformando a configuração humana de muitas cidades. Também neste setor, o desafio consiste em manter a opção por Portugal no topo, diria o atual quinto melhor treinador do mundo.

A indústria do turismo tem mobilizado cidadãos, empresas e instituições, públicas e privadas, na tentativa de conseguir responder à enchente que se vive diariamente em cidades como Lisboa ou Porto. Entre as respostas estão, sobretudo, a necessidade de criar as estruturas urbanas que facilitem a circulação de quem nos visita e espaços de alojamento e alimentação que respondam à crescente procura. As primeiras fazem nascer rotundas nos sítios mais improváveis e as segundas plantam esplanadas em todos os recantos. 

 

 

E todas são precisas!

Portugal tem, no entanto, que oferecer mais do que rotundas e esplanadas. Quem nos visita e se encanta pelo sol e pela alimentação deve levar na bagagem motivos para regressar, não só pelo acolhimento que acontece e as saudades dos petiscos, mas também, e sobretudo, pela capacidade de oferta cultural, de entretenimento e de humanismo que cidadãos e instituições forem capazes de fazer. 

A Igreja Católica tem especial responsabilidade neste setor!

Felizmente, há ótimos exemplos de boas práticas já em curso! A Igreja e Torre dos Clérigos talvez seja o que melhor o comprova pela capacidade que existiu de qualificar a oferta aos turistas que visitam o Porto, pelas iniciativas culturais que caraterizam a vida nos Clérigos e pela comunicação de tudo isso a quem chega e a quem está longe e quer fazer escolhas! Um exemplo a seguir e a desafiar a criatividade e o investimento necessário de quem tem muito para mostrar! Como no caso dos Clérigos, o retorno é garantido!

 

(Artigo integral em www.agencia.ecclesiap.pt)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

Os portugueses sempre foram íntimos do mar…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

«Fito inconsciente as sombras,/ Enquanto pelas praias solitárias/ Ecoa, ó mar, a tua voz antiga».

- Antero de Quental (1842-1891),

poeta e filósofo português 

 

 

«A riqueza influencia-nos como a água do mar. Quanto mais bebemos, mais sede temos. O mesmo vale para a glória»

- Arthur Schopenhauer (1788-1860), filósofo alemão

 

 

«Jornalista é peixinho de aquário: colorido e faz gracinhas. O escritor é peixe de mar profundo. O sol não entra, mas ele tem o oceano todo».

- Carlos Heitor Cony (1926-); escritor brasileiro 

 

 

«O vento e as ondas estão sempre do lado dos melhores marinheiros».

- Edward Gibbon (1737-1794), historiador e político inglês

 

 

«Os homens regressam às montanhas e aos barcos à vela porque nas montanhas e no mar têm de ser confiantes».

- Henry David Thoreau (1817-1862),

poeta e filósofo norte-americano

 

Novos padres
e mudanças de serviços pastorais

 

O arcebispo de Braga presidiu este domingo à ordenação de seis padres da diocese e defendeu que ao presbítero “não devem interessar compensações secundárias ou materiais”. Viver “num estilo evangélico é estar no mundo sem mundanismos que desfocam a sua pertença livre e pura à comunidade”,

 

 

disse D. Jorge Ortiga na cripta da Basílica do Sameiro.

Na ordenação de Paulo Gomes, Fernando Torres, José Oliveira, Fernando Machado, Rúben Cruz e Vítor Sá, o arcebispo de Braga realçou que é “na formação permanente e no seio da comunidade que se vai construindo um modo integral de ser padre”.

 

 

 

 

D. Jorge Ortiga fez também várias nomeações de padres, este domingo, para novas funções na arquidiocese com o intuito de renovar as paróquias. No decreto, D. Jorge Ortiga realça que se introduz “a figura do sacerdote «acompanhador»: um sacerdote maduro e experiente que acompanha na caridade pastoral e na amizade sacerdotal os presbíteros recém-ordenados”.

Em Santarém, o bispo localpresidiu à ordenação de um novo sacerdote no dia da criação da Diocese, que aconteceu em 1975, e afirmou na homilia da Missa que a “preocupação evangelizadora” está na sua origem.

“A criação de uma nova diocese, ao aproximar a Igreja da cultura local de um povo, oferece uma possibilidade mais eficaz de chegar aos diferentes terrenos para lançar a boa semente do evangelho”, disse D. Manuel Pelino.

O bispo de Santarém nomeou uma nova equipa coordenadora do Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar e do Serviço Diocesano de Pastoral Juvenil e Vocacional e um novo assistente espiritual do Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM).

 

D. José Ornelas, bispo de Setúbal, anunciou em comunicado as mudanças nos serviços pastorais para o ano 2017/2018, agradecendo a disponibilidade do clero. “Desejo exprimir sentida gratidão pela disponibilidade generosa, abertura de coração e sincera busca da vontade de Deus que encontrei nos sacerdotes, e louvo o Senhor da Igreja pelo sentido pastoral por todos manifestado”.

O bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, nomeou como vigário para a pastoral da diocese o padre António de Freitas, de 34 anos, que concluiu o estudos em Teologia Pastoral na Pontifícia Universidade Lateranense, substituindo no cargo o cónego José Pedro Martins. O território do sul português diz adeus aos padres José e Afonso da Cunha Duarte, que se despedem da diocese após 36 anos de serviço

Já o cardeal-patriarca de Lisboa nomeou o padre Miguel Vasconcelos capelão da Universidade Católica Portuguesa, designou novos colaboradores para os seminários diocesanos e indicou para pároco do Campo Grande o padre Hugo Gonçalves. 

 

História, arte e património
das Ordens Carmelitas

A Sociedade de Geografia de Lisboa está a promover até sábado o Congresso Internacional ‘Os Carmelitas no mundo luso-hispânico. História, Arte e Património’, dedicado às ordens do Carmo e aos Carmelitas Descalços. “Aqui o Carmo é um convento, com a figura do Condestável Nuno Álvaro Pereira, de um significado importantíssimo”, realçou Fernando Larcher, membro da comissão organizadora.

Já o comissário geral da Ordem do Carmo da Antiga Observância em Portugal refere que o congresso é uma oportunidade para ver “a história dos Carmelitas ao longo destes anos todos”, porque é “importante olhar” a “realidade”. “E esta perspetiva do futuro relativamente à Ordem do Carmo. Meditar e olhar com este olhar da perspetiva do Carmelo, lá nos finais do século XII, princípios do século XII, e agora esta realidade passados estes séculos todos em Portugal”, acrescentou frei Ricardo Raínho.

Por sua vez, o provincial da Ordem dos Carmelitas Descalços afirmou que o congresso ‘Os Carmelitas no mundo luso-hispânico. História, Arte e

 

 Património’ é importante porque a Península Ibérica “é o berço da reforma, teresiana”. Para o frei Pedro Ferreira o estudo do evento permite “esclarecer muitas coisas”, sobretudo, poderem “falar das diferenças que unem” as duas ordens.

Atualmente, na Península Ibérica, os Carmelitas Descalços têm três províncias – a Navarra e a Ibérica, que resultou da unificação de cinco – e Portugal com “sete conventos de padres, oito mosteiros de Carmelitas de Clausura” e a ordem secular por “todo o país”.

D. António Vitalino, que pertence à Ordem do Carmo, proferiu a conferência de abertura e recorda que regressou “há pouco tempo às origens”, depois de 21 anos no episcopado, tendo aproveitado para “relembrar muita coisa e investigar”. 

 

 

 

Cáritas Portuguesa aposta na prevenção
e reconstrução após os incêndios

A Cáritas Diocesana de Coimbra disse que, após três semanas em “fase de emergência”, iniciou a “fase de apoio” destinada ao “acompanhamento das populações afetadas pelos incêndios de Pedrógão Grande”. De acordo com um comunicado enviado à Agência ECCLESIA, os técnicos da Cáritas Diocesana de Coimbra realizaram “100 visitas às famílias dos concelhos de Pedrogão Grande, Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos”.

A Cáritas Portuguesa promoveu a 14 de julho um colóquio dedicado à prevenção de incêndios, com participação de responsáveis da sociedade civil e da Igreja Católica, porque o “drama” de Pedrógão Grande “não pode deixar ninguém indiferente”.

João Pereira explicou na abertura do colóquio que “reflexão, ação e prestação” são as palavras em destaque nesta iniciativa.

Já para o diretor do Secretariado Diocesano da Pastoral Social de Aveiro, neste momento existe um apelo “ao respeito pela casa comum”. “O dia hoje seja um apelo ao respeito pela casa comum, expressão do Papa Francisco, nessa encíclica 'Laudato Si', fala das questões do ambiente 

 

onde há tanto a fazer, sobretudo tanto a mudar, de mentalidade”, desenvolveu o padre João Gonçalves.

O encontro começou com a intervenção ‘Incêndios Florestais: Uma reflexão sobre causas e consequências’, pelo presidente do Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil, Duarte Caldeira. Em declarações à Agência ECCLESIA, o responsável alertou para a “gravidade do despovoamento” que leva à desertificação do Interior.

O vice-presidente da Cáritas Diocesana de Aveiro, por sua vez, destacou a oportunidade de mostrar “a generosidade do povo português” e de “melhoria” quanto à prevenção de incêndios. “Sabemos que não há muito uma cultura de segurança, de prevenção e ela é fundamental”, realçou Artur Figueiredo de Almeida.

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Santuário de Fátima promove 11ª edição do programa de férias para pais de crianças com deficiência

 

Cáritas entregou casa a vítimas dos incêndios de 2016

 

 

Papa Francisco e Bento XVI deixaram mensagens no último adeus ao cardeal Meisner

 

O Papa Francisco e o seu predecessor, Bento XVI, enviaram mensagens para o funeral do cardeal alemão D. Joachim Meisner, arcebispo emérito de Colónia, sepultado este sábado na cidade alemã.

 

 

A mensagem de Francisco foi liga pelo núncio apostólico em Berlim, D. Nikola Eterovi?, elogiando o “corajoso empenho” do falecido cardeal em defesa da fé e da Igreja, em particular durante o período da separação alemã.

 

 

 

Já a mensagem do Papa emérito Bento XVI foi transmitida pelo seu secretário e atual prefeito da Casa Pontifícia, D. Georg Gänswein. O texto, divulgado online pela Fundação Joseph Ratzinger, recorda uma conversa telefónica entre Bento XVI e D. Joachim Meisner na véspera da morte do cardeal, falecido no dia 5 de julho, aos 83 anos.

O cardeal alemão participou nos Conclaves de 2005 e 2013, que resultaram na eleição, respetivamente, dos Papas Bento XVI e Francisco; foi também presidente-delegado na II assembleia especial para a Europa do Sínodo dos Bispos (1999). D. Joachim Meisner foi um dos quatro cardeais que escreveram uma carta ao Papa Francisco, pedindo esclarecimentos a respeito da Exortação Apostólica ‘Amoris Laetitia’.

O Papa emérito recorda o “grande amor” do antigo arcebispo de Colónia pelas Igrejas do Leste da Europa, vítimas da “perseguição comunista”.

A mensagem fala num “pastor apaixonado e pai espiritual” que viveu “num momento em que a Igreja tem necessidade de pastores convincentes e que saibam resistir à ditadura do espírito do tempo”. “Comove-me que (…) tenha sabido viver o último 

 

período da sua vida com a certeza profunda de que o Senhor não abandona a sua Igreja, ainda que às vezes a barca esteja prestes a virar-se”, escreve Bento XVI.

A imagem da Igreja como uma barca que enfrenta “tempestades” é recorrente no pensamento do agora Papa emérito, que usou estes termos em outubro de 2012,  na abertura do Ano da Fé, por ocasião do 50.º aniversário do Concílio Vaticano II (1962-1965) ou no ângelus de 7 de agosto de 2011. Nessa ocasião, Bento XVI disse que “o mar simboliza a vida presente, a instabilidade do mundo visível; a tempestade indica todos os tipos de tribulação, de dificuldade que oprime o homem. A barca, pelo contrário, representa a Igreja construída por Cristo e norteada pelos Apóstolos”.

O então cardeal Joseph Ratzinger falou da barca “agitada” do pensamento cristão na Missa que antecedeu o Conclave que o viria a escolher como sucessor de São João Paulo II, em abril de 2005. Aquando da sua renúncia ao pontificado, a 11 de fevereiro de 2013, o Papa alemão também se referiu à Igreja como “a barca de São Pedro”. 

 

 

 

Novidades no estudo do Santo Sudário

Um estudo publicado por uma equipa liderada por Elvio Carlino, do Instituto de Cristalografia, em Bari, Itália, revelou ter encontrado vestígios de sangue no Santo Sudário venerado em Turim. Os dados divulgados na revista científica PlosOne sublinham que o sangue presente no tecido comporta indícios de creatinina e ferritina.

"A presença destes dois elementos ocorre em casos de politraumatismo grave", refere o estudo.

A análise aponta para uma “morte violenta”, indo ao encontro de investigações anteriores.

O estudo foi publicado com o nome 'Estudos de resolução atómica deteta novas evidências biológicas  no Sudário de Turim'. “As partículas muito pequenas aderidas às fibras do linho do sudário registaram um cenário de grande sofrimento da vítima que estava envolvida no pano funerário”, observa Elvio Carlino, líder da pesquisa e especialista do Instituto de Cristalografia.

As “nanopartículas” tinham uma “estrutura, tamanho e distribuição peculiares”, segundo Giuliu Fanti, professor da Universidade de Pádua, apontando para “uma morte violenta do homem envolvido no Sudário”.

 

 

A agência católica de notícias ACI, que dá conta desta investigação, sublinha que se tratou do primeiro estudo das “propriedades a nanoescala de uma fibra não poluída extraída do Santo Sudário de Turim”. “Estas descobertas só poderiam ser reveladas pelos métodos recentemente desenvolvidos no campo da microscopia eletrónica”, sustenta Elvio Carlino.

O pano de linho com 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura foi submetido, em 1989, ao teste do carbono-14 em três laboratórios da Suíça, Estados Unidos e Reino Unido. Em 20011, a agência italiana para as novas tecnologias e desenvolvimento sustentável (ENEA) anunciou as conclusões de um trabalho de cinco anos sobre a formação da imagem que se vê no Sudário.

 

   

Papa pede espaço para voz dos trabalhadores na Igreja

O Papa Francisco associou-se à celebração do 50.° aniversário de fundação do Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos (MMTC), assinalado com um encontro internacional a decorrer em Ávila, Espanha, até esta sexta-feira. “Que a voz dos trabalhadores continua a ressoar no seio da Igreja”, refere a mensagem pontifícia enviada aos participantes.

O congresso reúne 120 delegados representando o movimento presente hoje em 79 países, incluindo Portugal, em volta do tema ‘Terra, casa e trabalho por uma vida digna”.

A mensagem enviada através do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, sublinha que “a dignidade da pessoa está estritamente ligada a essas três realidades” que recordam que a experiência fundamental do ser humano “é a de sentir-se arraigado no mundo, na família e na sociedade”. “Terra, casa e trabalho significa lutar para que cada pessoa viva de maneira conforme à sua dignidade e ninguém seja descartado. Para isso, nos encoraja a nossa fé em Deus que enviou o

 

seu Filho ao mundo para que, partilhando a história de seu povo, vivendo numa família e trabalhando com suas mãos, redimisse e salvasse o ser humano com a sua morte e ressurreição”, prossegue a mensagem papal.

Francisco exorta o Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos a “perseverar com impulso renovado nos esforços de levar o Evangelho ao mundo do trabalho”.

A LOC/MTC de Portugal está representada pelos coordenadores nacionais, José Paixão e Glória Fonseca; pelo assistente nacional, padre Manuel Simões; e pela antiga coordenadora nacional Fátima Almeida, da LOC/MTC da Arquidiocese de Braga, na condição de candidata à comissão internacional do MMTC.


 

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial internacional nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

@pontifex chega aos 35 milhões de seguidores no Twitter

 

 

 

Holandês de 63 anos pedalou 3300 quilómetros até ao Santuário de Fátima

 

 

 

Foto:  - 

Vídeo: Papa lembra comunidade venezuelana - https://www.youtube.com/watch?v=0xM5QZnpSWo

 

 

Ubuntu – um paradigma educacional

  José Luís Gonçalves    
  Escola Superior  
  de 
 Educação   
  de Paula Frassinetti
   

 

A expressão soa estranha – Ubuntu – mas reporta-se a um conceito africano que significa acolhimento, respeito, entreajuda, partilha, comunidade, cuidado, confiança, generosidade. Constitui uma ancestral filosofia de vida e uma ética da convivência social. A expressão Zulu Ubuntu pode ser traduzida como “Eu sou porque tu és e tu és porque nós somos”. Esta conceção profundamente relacional da natureza humana preconiza um humanismo de cariz universalista através de uma identidade partilhada com os outros. Conforme explica o Professor John Prof. Volmink, segundo o conceito Ubuntu, cada pessoa tem a garantia de que pertence a algo maior do que ela própria, e que é diminuída quando os outros são humilhados, torturados e oprimidos. Por isso, o objetivo maior do Ubuntu é restaurar a dignidade humana e promover o laço social significativo.

Ubuntu seria um conceito vazio se não fosse vivido já hoje como uma identidade comum partilhada por jovens líderes comunitários provenientes dos mais variados contextos sociais das cidades portuguesas. Promovida pelo IPAV, a Academia Ubuntu (www.academiaubuntu.org) tem vindo a potenciar o estilo de liderança servidora de centenas de jovens através de um processo de educação não formal, de modo a que estes sejam agentes de transformação no seio das suas comunidades. Alicerçadas no desenvolvimento de cinco áreas – autoconhecimento, autoconfiança, resiliência, empatia e serviço -, as referências

 

  

 

deste percurso formativo são as grandes figuras da cultura africana Ubuntu, tais como Nelson Mandela, Desmond Tutu e Martin Luther King.

Hoje, a dinâmica Ubuntu está presente num conjunto diversificado de realidades a nível global. Em 2015, foi objeto de uma conferência internacional, em Washington, levada a efeito pela «Comparative and International Education Society)» sob o tema ‘‘Ubuntu! Imagining a Humanist Education Globally’’. Como paradigma educacional, o Ubuntu traduz e desenvolve uma noção clara acerca do ser humano (propõe uma ontologia), fornece uma estrutura para distinguir a crença da opinião e estas das ciências (promove uma epistemologia) e envolve a análise teórica e sistemática de um conjunto de procedimentos através dos quais um sistema de crenças particular é praticado (ou seja, preconiza uma metodologia).

Em Portugal, este paradigma educacional tem vido a ser assumido na escola pública através das «Vidas Ubuntu», cujo impacto tem comprovado como esta identidade-pertença em forma de estilo de vida pode ter um potencial extraordinário de transformação dos 

 

adolescentes/jovens, ao ponto de colher o apoio dos Ministérios da Justiça e da Educação e Ciência, além da Fundação C. Gulbenkian. Num tempo em que se procuram visões integradoras de mundo, urge/importa (re)descobrir paradigmas como o Ubuntu, que não cedam ao “olhar dominante eurocêntrico ocidental, a partir de uma dependência excessiva do positivismo, do classismo e do individualismo para uma abordagem mais centrada no homem e holística que reconheça as interdependências dentro do ecossistema das pessoas, do planeta e do lugar.”

 

 

 

Trabalho com ecrãs ou visores-desafios
para a segurança e saúde

  LOC/MTC   

  Movimento de  

  trabalhadores Cristãos  

 
 

A introdução em massa das novas tecnologias de informação e comunicação na economia provocou alterações de grande magnitude na vida de milhões de trabalhadores em todo o mundo! Alterações na vida pessoal, laboral e social com importantes consequências para a saúde dos mesmos, organização familiar e no modo de pensar e ver o mundo.

Um dos aspectos mais importantes é sem dúvida o impacto dos equipamentos de trabalho com ecrãs ou visores, nomeadamente os computadores, tablets smartphones, etc. É do conhecimento geral que temos milhões de trabalhadores que passam oito e mais horas frente a um computador. Milhares de pessoas com computadores e outros equipamentos, nomeadamente o telefone, e com um softwere que controla o trabalho do próprio trabalhador ao minuto como no caso dos call centers ou serviços semelhantes impondo o ritmo ao operador.

 

 

 

 

 

 

 

 

Esta situação tem um impacto muito negativo na saúde dos trabalhadores dada a enorme carga física e mental que estes sofrem diariamente ao longo de meses e anos.

Se em termos de informação técnica já existe abundante bibliografia, o mesmo não se pode dizer no campo legislativo. Em Portugal, temos legislação que aborda esta matéria, nomeadamente o decreto-lei nº349/93 de 1 de Outubro e a portaria nº989/93 de 6 de Outubro, 

 

ambos uma transposição para o direito nacional da Diretiva Comunitária 90/270/CEE que estabelece as prescrições mínimas de segurança e saúde no trabalho com ecrãs ou visores. Os diplomas portugueses transcrevem quase palavra por palavra esta Diretiva que, como é notório, já tem 27 anos de existência. Ora, num campo como as tecnologias vinte e sete anos é muito tempo, sendo assim necessário fazer uma atualização desta Diretiva que no essencial, e o leitor

 

 

 

 

pode verificar, se preocupa com os aspectos ergonómicos do trabalho com ecrãs ou visores. Todavia, a Diretiva e o artigo 6º do decreto-lei acima referido referem que o empregador deve avaliar as condições de segurança e de saúde existentes nos postos de trabalho, nomeadamente quanto à visão, afecções físicas e à tensão mental.

 

Rever e melhorar a legislação! Prevenir mais!

0ra o grande problema está no que a Diretiva aqui há 27 anos descrevia 

 

como «tensão mental» e que hoje é mais falado como o stresse laboral amplamente estudado, nomeadamente por instituições europeias como a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho. Nessa altura a Diretiva apresentou poucas medidas para prevenir a tensão mental para além das pausas no trabalho, sem definir o número nem o tempo das mesmas, e a mudança de actividade para reduzir a pressão do trabalho com tais equipamentos. É verdade que também estipula que ao nível do software

 

 

   

«os sistemas devem apresentar a informação num formato e a um ritmo adaptado aos  operadores». 0ra em muitos locais de trabalho, tudo isto é puramente ignorado.

Tudo somado verificamos que estaria na altura de fazer uma revisão e melhoria desta Diretiva e respetiva legislação nacional para se enfrentar a prevenção dos riscos profissionais neste domínio numa época em que a larga maioria das pessoas trabalha com equipamentos dotados de visores, expostos a riscos físicos e psíquicos graves. Hoje sabemos muito mais sobre as consequências graves do stresse crónico provocado pelos ritmos de trabalho e por não existir tantas vezes uma separação entre tempo de trabalho e tempo de descanso. No entanto sabemos que a Comissão Europeia tem evitado nos últimos anos aprofundar e melhorar o normativo comunitário em matéria social com a desculpa de não arranjar 

 

mais encargos para as empresas.

Seria muito importante neste quadro que a inspecção do trabalho e o movimento sindical promovessem uma campanha de informação e inspecção sobre a prevenção dos riscos no trabalho com estes equipamentos muito em particular em sectores como os call centers tão em voga no nosso país. Seria importante dar a conhecer as obrigações legais das empresas neste domínio e os respectivos direitos dos trabalhadores com destaque para o direito à informação, formação e consulta dos trabalhadores e seus representantes sobre os riscos e as medidas a tomar pela empresa bem como sobre as obrigações das empresas no domínio da vigilância médica.

Legislação

Diretiva 90/270/CEE

Decreto-Lei nº349/93 de 1 de Outubro

Portaria nº 989/93 de 6 de Outubro

Lei nº113/99 de 5 de agosto

 

 

 

Os que partiram
e os que regressam partindo

  Octávio Carmo   
  Agência ECCLESIA   

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 

A Conferência episcopal convocou para hoje um dia de oração e de jejum pela liberdade, justiça e paz na Venezuela, a fim de “pedir a Deus que abençoe os esforços dos venezuelanos” para alcançar a convivência fraterna no país. É um país que me diz muito, por ali ter crescido e manter ainda ali muitas relações familiares e de amizade.

“Mais um jovem assassinado”. “A tristeza de uma despedida”. “Emigrar por necessidade”. “Sair ou ficar na Venezuela”. “Por enquanto”.

Ver as páginas pessoais dos nossos familiares nas redes sociais é alerta mais do que suficiente. Milhares de lusodescendentes saíram ou estão a pensar em sair da Venezuela.

Tal como um dia os seus pais e avós deixaram uma pequena ilha no meio do Atlântico em busca de uma vida melhor, eles emigram hoje com os seus filhos e cônjuges, muitos deles sem qualquer ligação a Portugal que não o passaporte comunitário – essa chave preciosa que abre portas na União Europeia.

Muitos voltam a uma realidade que já não existe, a uma terra onde já não estão os familiares que emigraram ou faleceram. Um destino construído e uma realidade que vai exigir várias reconstruções.

A Venezuela foi o destino de muitos emigrantes portugueses. A frase “partiram em busca de uma vida melhor” parece ser suficiente para explicar este fluxo que marcou boa parte do século XX.

Foram tempos duros, em que muitos saíram do navio Santa Maria, no porto de La Guaira,

 

  

de mãos vazias ou só com uma muda de roupa. Mas lutaram e prosperaram, tantas vezes, em particular com as suas atividades no ramo do comércio.

“Até setembro vão muitos luso-venezuelanos para Portugal e muitos pensam em ficar”. O desabafo é feito em tom de luto, numa Venezuela em guerra, onde já se vive há 40 anos. Onde sempre se viveu, na verdade, mesmo que não se tenha lá nascido, porque é ali que o coração se reconhece em casa. Sair do lar, com marido e filhos que nunca viveram na Madeira não fazia parte dos planos.

A verdade é que os filhos e netos dos que partiram em busca de uma vida melhor já a tinham encontrado. Lá, na Venezuela, muitas vezes herdando 

 

negócios dos pais ou tendo um nível de vida muito superior ao que os pioneiros desta emigração tinham. Casaram com portugueses, com outros emigrantes, com venezuelanos, e não pensavam na Madeira como um ‘El Dorado’, um objetivo de vida, como a ilha onde se ia esporadicamente, em visita, para um reencontro com as raízes.

Hoje, a Madeira, em especial, não está confrontada com um regresso dos seus filhos, mesmo que muitos tenham ali nascido há várias décadas. Quem sai da Venezuela, fá-lo “em busca de uma vida melhor”, mas fá-lo emigrando, deixando para trás pequenos (ou grandes negócios), quebrando laços sociais, comunitários, mesmo familiares. 

 

 

 

 

1403 portugueses vão dedicar-se a ações de voluntariado missionário em 2017. O número justifica um olhar atento neste Semanário ECCLESIA, que analisa os dados estatísticos da Rede de Voluntariado Missionário coordenada pela FEC – Fundação Fé e Cooperação. O elenco inclui voluntários que abdicam dos seus empregos e salários para partir em missão.

Além dos testemunhos na primeira pessoa, o dossier apresenta vários projetos em Portugal e no estrangeiro, que envolvem dioceses e institutos religiosos numa dinâmica que dá um protagonismo renovado aos leigos e, em particular, aos jovens católicos.

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

Fé dá outra dimensão ao Voluntariado

 

Catarina António já foi missionária em Moçambique, Timor-Leste e Brasil. Agora, coordena a Plataforma do Voluntariado Missionário da Fundação Fé e Cooperação (FEC) e fala à Agência ECCLESIA das centenas de voluntários portugueses que partem em missão para vários destinos, sobretudo no espaço lusófono. Deixam o conforto das suas casas para conhecer realidades diferentes e procuram ajudar as populações locais. Um trabalho que se repete também em Portugal, transformando vidas.

Entrevista conduzida por Lígia Silveira

 

 

Agência ECCLESIA (AE) - 1403 pessoas estão este ano envolvidas em ações de voluntariado missionário. A FEC regista um aumento, nestes dados: isso é significativo?

Catarina António (CA) - Sim, é um aumento sempre significativo, que tem em conta o facto de os dados se referirem às respostas das entidades. Este ano tivemos mais entidades a responder ao questionário e é sempre bom ver que há cada vez mais pessoas envolvidas em projetos de missão.

Quando falamos de missão, pensamos só na missão ad gentes, para fora, mas nós não contabilizamos só as 389 pessoas que vão para fora. Estamos a falar também de pessoas que se envolvem em voluntariado

 

 

missionário aqui mesmo no seu país. Nós ouvimos muitas vezes os voluntários a serem questionados, “porque é que vais para tão longe? Porque é que sais?”, mas a verdade é que eles são também são voluntários aqui, missionários aqui, e esses números refletem essa realidade: a pessoa envolve-se no seu país e quando se sente preparada, dá o passo e sai.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AE - Estes números revelam o compromisso das pessoas com a Missão em si?

CA - Ninguém parte de um dia para o outro, é preciso um compromisso, uma preparação, em norma com a duração de um ano. As entidades convidam as pessoas a envolver-se cá em Portugal, porque este compromisso de partir, mesmo que seja em missões de curta duração, implica desprendimento, compromisso sério. Essa é a realidade.

Arrisco-me a dizer que todos os voluntários que partem para fora são voluntários cá dentro, isso é essencial para aprenderem logo aqui a resolver pequenas situações, a adaptar-se a realidades diferentes, a contactar com o desconhecido.

 

AE - Este compromisso é com o quê? Não é um desejo que surja do nada…

CA - É um compromisso, essencialmente, com eles próprios, com a sociedade e com Deus. O voluntariado missionário distingue-se do voluntariado internacional propriamente dito pela fé, tem o cunho da fé que faz toda a diferença.

São voluntários que não vão necessariamente dar catequese - também o podem fazer -, trabalhar 

 

apenas no plano pastoral, mas que em toda a sua ação, no seu dia a dia, têm presente a fé, o amor de Deus que tentam levar aos outros, nos países onde vão e aqui.

 

AE - Podemos ver que esse compromisso não se extingue num mês, seis meses, num ano de missão, mas que muitas vezes é transformador de uma vida…

CA - Sim, este compromisso muda mesmo a vida das pessoas. O que nós temos vindo a ver ao longo dos anos, com os voluntários que fazem formação, com os testemunhos que vamos ouvindo após o regresso, é que a pessoa parte, mas já não volta a mesma. Eles costumam dizer que quando entram no avião, no aeroporto, para partir, estão a despedir-se na pessoa que eram.

Aquilo que vão viver, este compromisso que assumem, antes de partir, durante a missão e quando regressam, muda tudo. Muda até a simples forma de ver as coisas e de estar. Isto é bom, significa que estamos a formar pessoas que se vão envolver ainda mais na sociedade, que se vão envolver ainda mais na Igreja, que vão ser vozes ativas no mundo e esta mudança transforma os voluntários, quem está ao seu redor, os grupos e a sociedade em geral.

 

 

 

 

 

 

 

AE - Os números indicam que há países de Missão que continuam a ser os mesmos, ano após ano. Há alguma razão para isso?

CA - Tem a ver com o facto de as entidades já terem criado uma rede de suporte, de trabalharem em parceria com organizações locais. Não se vai de Portugal para desenvolver um projeto sem base, por isso é nesses países que vão sendo pedidos cada vez mais voluntários e que as entidades estão a dar resposta. No entanto, este ano temos um dado interessante, como a presença de Espanha…

 

 

AE - Com cinco pessoas…

CA - Exatamente. E não nos parece um país de missão. A verdade é que os projetos que ali vão desenvolver, na área da educação, da animação, são cada vez mais alargados, com países novos, também na Europa. Começa-se a perceber que a missão é mesmo universal, já não é só para África que os voluntários partem.

 

 

 

 

 

AE - Os voluntários são essencialmente mulheres (70%) e pessoas entre os 18 e os 50 anos.

CA - A maior parte destas pessoas estão numa idade ativa, têm a sua vida profissional. 87% das pessoas que partem são estudantes, recém-licenciados ou empregados que decidem que as suas férias deste ano são férias para se doar ao outro, porque percebem ao longo da sua caminha, do seu trabalho, que faz sentido e que podem dar mais do que apenas um dia por semana em Portugal.

Daí tirarem férias, pedirem licença

 

 

 sem vencimento, mesmo os estudantes podiam estar a fazer outra coisa qualquer no verão e decidem que querem embarcar numa aventura destas. Muitos deles irão repetir, porque é uma experiência avassaladora, de facto.

 

AE - Há também pessoas desempregadas que querem encontrar um rumo na sua vida através da dedicação a quem mais precisa…

CA - Este ano, à semelhança do que tem vindo a acontecer, o número de desempregados não é muito elevado, estamos a falar de 10 pessoas, dos

 

 

 

 

 

 

dados que recolhemos, o que representa 3% do universo das partidas. No entanto, não deixa de ser curioso, porque são pessoas que estão à procura de emprego, de melhores condições, e decidem que em vez de ficar em casa, vão usar este tempo para doar-se ao outro.

 

AE - Isso pode ser um arranque para uma nova fase de vida?

CA - Exatamente. Muitas vezes as pessoas, quando regressam de Missão, voltam e a sua vida muda: traçam novos rumos, interessam-se por outras áreas. Isto pode ser o arranque de uma fase nova, não só para quem está desempregado mas também para quem dedica o seu tempo de férias. Muda muito dentro da mente de quem faz estas experiências.

 

AE - Há até quem se despeça…

CA - Ao longo deste ano de formação, uma das frases que nós mais ouvimos dos voluntários foi: “Preciso de uma mudança na minha vida”. Às vezes nós também temos noção de que as organizações para as quais eles trabalham, os patrões, as empresas, não facilitam tanto assim este tempo de Missão, mesmo um mês, mês e

 

meio, e não é concedida a licença sem vencimento.

Nessa altura, o voluntário vê-se numa encruzilhada: por um lado tem aquilo que se sente chamado a fazer, a Missão, e por outro tem o seu emprego. Quando tem de escolher, percebe que são muito mais valiosos os frutos que vai colher de uma experiência missionária e decide arriscar.

Eu própria costumava perguntar: “Então, e depois?”. A resposta é sempre a mesma, transmite serenidade: “Depois logo se vê, Deus providenciará”. Aqui está a diferença do voluntário internacional e do voluntário missionário, a fé. São decisões mais radicais.

 

 

 

 

87% das pessoas que partem são estudantes, recém-licenciados ou empregados que decidem que as suas férias deste ano são férias para se doar ao outro.

 

 

 

 

 

AE - Há também uma presença grande de voluntários em projetos de curta duração. Isto tem influência na Missão, na motivação dos voluntários?

CA - Quando falamos em curta duração, falamos de missões que podem ir de 15 dias a 6 meses. A longa duração já é um período superior, habitualmente um a dois anos, e já exige um compromisso maior.

Nós temos este ano 349 pessoas a partir em curta duração, maioritariamente no período de férias, e 40 em longa duração.

Este número já aumentou, o ano passado eram 36, mas as pessoas ainda têm um bocadinho 

 

 de medo do desconhecido.

Uma coisa é partirmos por um mês, mês e meio, com data para regressar, outra coisa é o compromisso de um ano, dois anos, que já implica mudanças estruturais na vida das pessoas. Muitos dos voluntários que vão agora para projetos de longa duração foram antes em missões mais curtas e perceberam que não era suficiente. Agora embarcam numa aventura maior.

Estamos a falar de voluntários, por exemplo, que partem para a República Centro-Africana por dois anos. É uma vida. Aninamo-nos ver que a longa duração é mais madura, são pessoas 

 

 

 

 

 

já com outra idade, adultos com vida formada que deixam tudo, para ir até onde conseguirem ir.

 

AE - Que importância real tem este trabalho missionário do ponto de vista de quem acolhe, de quem recebe estes voluntários?

CA - O que as entidades nos dizem é que é muito importante. As congregações estão lá há muitos anos, quando o voluntário chega, eles já estão; quando o voluntário parte, eles permanecem. Mas o tempo em que o voluntário está faz um reforço em áreas às quais, se calhar, não se consegue chegar ao longo do ano.

Estamos a falar de voluntários que vão dar aulas, desenvolver atividades com crianças, construir infraestruturas. 

 

Falava há pouco com alguém que reformulou um centro informático. São coisas necessárias, urgentes na Missão, mas que a congregação, com todos os trabalhos que tem a fazer ao longo do ano, não consegue dar resposta. Portanto, no verão, há um reforço fundamental.

Os que vão em projetos de longa duração já se conseguem envolver mais na vida da comunidade, inclusivamente ter um plano mais completo. Tem de ser tudo muito bem congregado, articulado, para que não haja a criação de novas dependências para quem fica, para quem permanece no terreno. Mas no geral, a avaliação das entidades locais é bastante positiva.  

 

 

 

AE - E as ações que os voluntários desempenham no terreno, nas missões, cruzam que áreas?

CA - Maioritariamente continuam ligados à formação e à educação. Estamos a falar de reforço àquilo que é lecionado nas escolas durante o ano.

Trabalham também em áreas como a agricultura, animação sociocultural, construção de infraestruturas, a pastoral, a saúde… No fundo, vão colaborar no que é pedido, cruzando algumas áreas.

Obviamente, sendo católicos, vão também participar em ações de catequese, visitas aos doentes, muitos deles são ministros da Comunhão, catequistas, já em Portugal. Vão colaborar nessa área, mas sempre entrando no ritmo normal da organização que já lá está.

 

AE - Já falamos nos ganhos que as pessoas podem ter com estas experiências. Essa transformação é reconhecida pelas empresas, pelas entidades patronais, no regresso destes voluntários?

CA - Seria muito bom que fosse assim. Nesse sentido, também a FEC está a trabalhar nos últimos anos em projetos europeus que visam 

 

reconhecer as competências dos voluntários.

Algumas empresas - e começamos a ver isso cada vez mais - estão a perceber que mais do que as competências técnicas, que são essenciais para algumas funções, são necessárias competências humanas.

Estes voluntários trazem essas competências humanas. Regressam com novas formas de ser e de estar, muitos deles até continuam a apoiar os projetos a partir de Portugal.

As empresas quando recebem uma pessoa comprometida, reconhecem esse compromisso como algo essencial ao trabalho. Deveria ser mais reconhecida esta capacidade de fazer várias tarefas, a abertura à mudança, à interculturalidade, ser mais aberto aos outros, mais disponível.

Nesse sentido, a FEC está a trabalhar em projetos europeus para conseguir o reconhecimento destas competências a nível laboral.

 

AE - Ao longo do ano, a FEC propõe um plano de formação. É essencial para o discernimento de cada voluntário?

CA - É essencial que todas as entidades tenham o seu plano de formação. A proposta da FEC é uma formação 

 

 

 

 

 

geral, que congrega os voluntários e as entidades que queiram juntar-se, em cinco sessões anuais, com temas gerais, reforçando o trabalho em rede e a parceria.

Nós oferecemos este plano, mas reforçamos a importância de cada entidade ter o seu próprio plano. É um ano intenso, são sessões em que os voluntários se questionam e são questionados nas suas motivações. Muitas vezes vemos essa mudança e quem não estava a pensar partir acaba por ir mesmo, no final do ano.

 

AE - Nas últimas duas décadas, esta dinâmica do voluntariado missionário

 

 

 marca a vida da Igreja em Portugal. Vai parar?

CA - Eu acredito que não vai parar, acredito que vai aumentar a cada ano, porque em Portugal vemos que quando acontece uma tragédia, as pessoas são solidárias e começam a comprometer-se. Nós falamos de voluntários que vão percebendo ao longo dos anos que podem dar mais e que são úteis. A sua vida, a doação da sua vida, é essencial para a transformação de outras vidas.

Não é à toa que este ano temos 100 voluntários a repetir a experiência. As dificuldades fazem as pessoas parar e pensar, entregar-se mais, dar-se por completo às coisas em que se envolvem.

 

 

 

AE - Nas últimas duas décadas, esta dinâmica do voluntariado missionário

 

1403 Portugueses dedicam-se a ações de voluntariado missionário em 2017

 

1403 Portugueses dedicam-se a ações de voluntariado missionário em 2017: 389 jovens e adultos realizam projetos de voluntariado missionário em países em vias de desenvolvimento e 1014 desenvolve atividades de voluntariado/missão em Portugal.

Um número global mais alto do que em período homólogo verificando-se um aumento no número 

 

 

de voluntários que parte para missões fora da Europa, segundo dados estatísticos da Rede de Voluntariado Missionário coordenada pela FEC – Fundação Fé e Cooperação.

África, América do Sul, América Central, Ásia e Europa recebem os 389 voluntários portugueses, distribuídos entre projetos de curta e longa duração. Cabo Verde vai acolher

 

 

 

 

 

 

 89 voluntários, Moçambique 76, São Tomé e Príncipe recebe 70, Guiné-Bissau 65, Angola 38, Brasil 27, Timor Leste 9, Espanha 5, Honduras 4 e Zâmbia acolhe 2. Com destino à República Centro Africana partem dois voluntários e para o Perú partem outros dois voluntários.

349 pessoas partem para projetos de curta duração, isto é, em missões que podem ir de 15 dias a 6 meses. 40 pessoas partem em projetos de longa duração (entre 7 meses a 2 ou mais anos). No total, 70% são mulheres e 30% homens.

A maioria dos voluntários que parte entre janeiro e dezembro de 2017 tem idades compreendidas entre 18 e 35 anos, sendo 87% estudantes, recém-licenciados ou pessoas empregadas que dedicam o seu tempo de férias para se integrar no desenvolvimento de projetos de voluntariado internacional.

Entre os 389 voluntários que participam este ano em projetos de voluntariado missionário, 100 deles vão repetir a experiência, representando 25,7% do universo das partidas.

 

 

 
Voluntários abdicam dos seus empregos e salários para partir em missão

Com idades compreendidas entre os 18 e os 50 anos, 18 pessoas deixam o seu emprego e 10 pedem uma licença sem vencimento para partir este ano para países em desenvolvimento. Um total de 10 desempregados decidem dedicar o seu tempo a experiências de voluntariado missionário, representando um total de 3% no universo do número de partidas.

As principais áreas de intervenção das entidades durante a sua presença em projetos de voluntariado missionário são variadas: agricultura, animação sociocultural, construção de infraestruturas, educação e formação, pastoral, saúde, dinamização comunitária, entre outras necessidades sentidas no decorrer dos projetos. Ainda assim a educação e a formação continuam a ser o principal enfoque dos voluntários, estando um total de 32% de entidades envolvidas nestes projetos. Logo a seguir, vem o trabalho pastoral e a animação sociocultural representando um total de 20 e 19% respetivamente, das entidades a trabalhar nestas áreas.

 

 

 

 

A desenvolver os seus projetos com ou para crianças, estão 21% das entidades, 20% com ou para jovens, 14% com ou para famílias, 12% com ou para mulheres e 11% com ou para idosos. À semelhança dos anos anteriores, o principal enfoque do trabalho dos voluntários e das organizações continua a ser crianças e jovens.

 

 
Os voluntários sentem uma transformação interior quando regressam!

Quando questionados sobre as maiores marcas que os projetos, os países e a vivência em missões de voluntariado, deixam nas pessoas que partem, 31 entidades apontam a aprendizagem de novas formas de 

 

 

 

 

ser/estar, 22 a maior sensibilização para a interculturalidade e 21 o desejo de continuação de apoio aos projetos a partir de Portugal, 10 a maior valorização dos recursos naturais. De referir também, que as organizações afirmam que muitos voluntários, após o termo dos projetos, sentem o desejo de regressar ao país de missão para trabalhar numa empresa, ONGD ou associação (11%).

 

Mais de 1000 voluntários missionários em Portugal

Este ano, 1014 jovens e adultos os que realizam ao longo de todo o ano atividades de voluntariado missionário em Portugal, com uma duração que pode ir desde uma vez por dia, uma vez por semana, uma vez por mês, uma semana por ano, e outras, mas com uma regularidade assegurada. Este trabalho é desenvolvido em todas as regiões do país, tendo uma

 

incidência maior em Lisboa e Vale do Tejo com um total de 281 voluntários. Seguem-se as Beiras (Alta e Baixa) com um total de 160 voluntários, a região do Douro Litoral com um total de 151 voluntários, a Beira Litoral com 137 voluntários, e o Minho com 89 voluntários em ação.

A maior parte dos voluntários desenvolve atividades de animação sociocultural e de trabalho na área da educação e na área da pastoral, num total de 42% de ação nestes campos. 48% das entidades têm como enfoque do seu trabalho com crianças e jovens e 18% tem especial atenção à população mais idosa. 11% dedicam-se ao trabalho com ou para famílias. Na maioria das vezes, a mesma entidade trabalha em várias áreas em simultâneo respondendo às necessidades de diversas populações-alvo.

 

FEC – Fundação Fé e Cooperação

 

Estes dados resultam de um inquérito feito a 61 Entidades com diferentes estatutos que integram a Rede de Voluntariado Missionário coordenada pela FEC, nomeadamente ONGD, IPSS, Associações Juvenis, Congregações Religiosas, Paróquias, Dioceses, Fundações e grupos informais de jovens e adultos. Das 61 entidades responderam 39 (mais duas do que no ano anterior) sendo que das 39 organizações, 32 enviam voluntários em missão (mais cinco do que em 2016). 

 

 

Rute Silva, a vocação missionário de quem só queria mesmo ajudar

Rute Silva tem 19 anos e concluiu o 12.º ano em Design Moda e a costura foi uma das muitas disciplinas. Este ano já esteve três meses em Moçambique num projeto de capacitação em corte e costura pelo Grupo ‘Missão Mundo’ que conhece desde os 12 anos.

“Fiquei muito apaixonada pelo grupo, pelo trabalho, queria muito conhecer, saber e poder ajudar no que fosse preciso”, começa por recordar à Agência ECCLESIA, enquanto espera entrar na universidade para fotografia.

O Grupo de leigos ‘Missão Mundo’ está ligado à Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres e a jovem lisboeta conheceu-o num evento em Elvas. Na atividade houve uma apresentação das religiosas e do grupo, com “alguns workshops” e Rute Silva também participou.

“Fiquei apaixonada, também queria partir. Sabia que era muito cedo mas queria mesmo era ajudar”, realçou.

Nessa altura a jovem da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Benfica, no Patriarcado de Lisboa, só “queria ajudar” onde fosse necessário e “podia ser cá, podia ser 

 

 

 

 

 

fora”. Não me interessava muito se fosse fora, mas gostei muito de conhecer a realidade através das fotografias, dos testemunhos”, recorda.

Este ano, com 19 anos, e depois de uma caminhada desde os 12 no Grupo de leigos ‘Missão Mundo’ foi durante três meses para Moçambique, de 1 de fevereiro a 27 de abril. Rute Silva foi “dar aulas de corte e costura” à população de Manjacaze, na Província de Gaza, para “trabalharem num projeto de autossustento”.

“Finalizamos o curso com um desfile de moda”, acrescenta.

“Ainda não aterrei completamente cá”, refere a jovem missionária sobre a experiência em África que “é muito recente” e a onde “muitas vezes” está ligada. “Faz-me muita confusão porque é difícil adaptarmo-nos lá mas quando regressamos também é difícil”.

“Alegria e simplicidade” são as memórias que guarda de pessoas que, “apesar de bastante pobreza, de não terem muito”, dão tudo o que têm.

“Dão-nos aquela alegria, acolhem-nos e é isso que guardo, o carinho no coração de todas as pessoas com quem tive contato, os alunos, as crianças”, afirmou.

Sobre o regresso a Lisboa, Rute Silva conta que “o silêncio” faz confusão, ou, neste caso, a sua ausência dele, afinal, em Portugal “é tudo uma  

 

correria”, enquanto em Moçambique “é tudo mais calmo”, uma realidade que “se calhar fez confusão” quando chegou.

“O que está a fazer mesmo mais confusão é a correria do dia-a-dia, as pessoas, aquele silêncio entre as pessoas. Um certo “desprezo”. Não há aquele convívio, aquela relação, lá nota-se bastante através da dança, da música, do contacto. Falamos bastante, é sempre uma animação”, desenvolve.

“Apesar do pouco que têm, têm muito no coração”, acrescenta.

“Não me arrependo nada de ter ido”, adianta sobre a vivência em Manjacaze, a cerca de quatro horas da capital moçambicana, e considera que foi uma experiência missionária “muito, muito importante” ter partido agora “antes de ir para a faculdade” porque aprendeu “muito”, por exemplo, “a valorizar” aquilo que tem, a dar-se mais aos outros.

Ou seja, dar valor a “todas as pessoas que são importantes e aproveitar cada dia”, o tanto que tem ao dispor: “Às vezes estamos tristes ou cansados e não damos valor às coisas que temos ao nosso dispor.”

“Lá, não tendo nada, são tão felizes e sabem aproveitar a vida acho que é o que guardo muito no coração”, realça Rute Silva.

Já antes de partir em fevereiro,

 

 

 

 

a jovem entrevistada considerava três meses de missão pouco e “queria ir mais tempo” mas em Portugal tinha o resto da sua vida.   

“Apesar de ter sido pouco foi importante para mim e para eles. Ganho uma grande experiência de vida e consegui dar aquilo que tinha, aquilo que queria dar. Consegui dar tudo”, afirma o membro do grupo de leigos ‘Missão Mundo’ que espera “voltar em breve, muito em breve, por mais tempo”.

 

Por isso, considera que “era bom” que cada pessoa pudesse ter também essa experiência “enriquecedora e boa” da missão.

A jovem lisboeta que como curso superior quer “entrar em fotografia” tentou retratar um bocadinho e filmar a missão, mesmo com “o tempo muito ocupado”.

Rute Silva recorda ainda que a mãe “sempre apoio muito” este seu desejo, afinal, “sempre esteve muito  

 

 

 

 

envolvida com a missão” e também “gostava de partir um dia”, já o pai foi “mais reticente” mas os dois “aceitaram muito bem e apoiaram” a decisão de partir sozinha aos 19 anos para Moçambique.

“Partir sozinha é sempre difícil. Conhecia de ouvir falar, tinha as irmãs à minha espera mas é sempre difícil. Ajudou à integração o acolhimento que tive de todas as pessoas, as irmãs foram como mães para mim”, explicou.

O grupo ‘Missão Mundo’ “trabalha em conjunto” com a Congregação das Concepcionistas ao Serviço dos Pobres e tem como objetivo “apoiar as irmãs no máximo” que conseguirem através de eventos e atividades. Os missionários leigos também dão a conhecer a missão, o que vivem e o serviço, quando vão testemunhar a paróquias ou noutros sítios.

 

 

Em Moçambique as irmãs estão presentes em quatro localidades   Maputo, a casa-mãe só de formação, e as missões em Manjacaze, Maxixe e Nacuxa.

Rute Silva explica que as freiras têm um jardim de infância, a Mesa de São Nicolau onde dão “sustento a crianças”, mais concretamente, refeições a mais de 200 crianças órfãs, “algumas é a única que têm”, e ajudam também no “apoio escolar”. Outra valência é a casa de acolhimento para crianças órfãs que “são apadrinhadas pelas irmãs”.

A jovem missionário Rute Silva conta ainda que as religiosas Concepcionistas ao Serviço dos Pobres dão também apoio ao centro nutricional para bebes e grávidas com “falta de nutrientes e avós com dificuldade”.

 

 

 

Atreve-te a ir mais perto

 

A Família Missionária Verbum Dei Madeira recebeu esta quinta-feira 12 jovens missionários, da sua comunidade de Lisboa, com idades compreendidas entre os 17 e os 27 anos. Atreve-te a ir mais perto é o lema desta missão para a qual se têm vindo a preparar desde Janeiro e cujo enfoque principal é o da evangelização.

Diariamente os missionários começarão a jornada com um momento de pistas, oração e partilha na Igreja de São José. Depois disso partem em missão para os

 

diferentes lugares da ilha. Do programa missionário faz parte a visita aos lares de Gaula, Atalaia, Calheta, Machico, à Casa de Saúde de S. João de Deus, ao hospital João de Almada, à Santa Casa da Misericórdia de Machico e da Calheta. Estarão presentes nas paróquias de S. José, do Curral das Freiras, da Graça, de Santa Cruz, da Calheta, Nazaré e do Imaculado Coração de Maria.

Ao longo dos 30 dias, organizarão dinâmicas com idosos, crianças e adolescentes, momentos de partilha, de formação, vigílias de oração, 

 

 

   

 

e visitas a doentes. No dia 22 de julho dedicarão uma manhã de voluntariado no Parque Ecológico do Funchal. No dia 2 de agosto organizam uma noite para jovens com um painel de testemunhos na paróquia da Nazaré com o tema “Quando se acredita…”. De 10 a 13 de agosto estarão em retiro de silêncio no Terreiro da Luta. No dia 18 de agosto animam a missa da Festa

 

no Imaculado Coração de Maria que será também a sua missa de despedida. A partida é no dia 19 de agosto.

Quem desejar pode acompanhar o desenvolvimento da missão a par e passo na página de Facebook Missão Madeira 2017 - https://www.facebook.com

/missaomadeira2017/

 

 

Grupo Diálogos dinamiza atividades de voluntariado missionário em agosto

O Grupo Diálogos da Sociedade Verbo Divino dinamizou em Fátima um encontro de preparação para os projetos de voluntariado missionário em agosto, que vão ter lugar nos Terraços da Ponte, em Lisboa, e em Almodôvar. Na nota enviada à Agência ECCLESIA, o Centro Missionário da Arquidiocese de Braga informa que as duas semanas de voluntariado missionário promovidas este ano têm como objetivo o contacto com crianças e jovens, nos Terraços da Ponte, em Lisboa, de 4 a 12 de

 

 

agosto, e com a população em Almodôvar, na semana seguinte, de 19 a 26 do próximo mês.

“Chegou a hora de tu seres voluntário e fazeres a diferença”, é o repto do grupo Diálogos da Sociedade Verbo Divino.

O grupo de leigos para a missão explica que tem desenvolvido diversas ações de voluntariado “comprometendo-se a fazer a diferença” no quotidiano das pessoas mais carenciadas, marginalizadas, muitas vezes, em situações limite.

 

Depois de ter estado em Maúa, na província do Niassa, Marta Costa regressa um anos depois a Moçambique, agora para em Cabo Delgado, estar juntamente com mais quatro jovens numa missão em Metoro. Quem a envia é a Equipa d’África, uma organização não governamental para o desenvolvimento que desenvolve projetos de voluntariado e atividades de cooperação social e pedagógica em Portugal e Moçambique, com o objetivo de melhorar as condições de vida das populações locais. Marta Costa conversa com a Ecclesia sobre as motivações que lhe fazem brilhar os olhos quando fala da missão.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jovens Sem Fronteiras
dinamizam missões no verão

 

Os Jovens Sem Fronteiras, movimento ligado à Congregação dos Missionários do Espirito Santo (Espiritanos), vão dinamizar durante as férias de verão várias missões de uma semana em Portugal e o ‘projeto ponte’ em Cabo Verde. “A tradição ainda é o que era. De há uns anos a esta parte, verão rima com missão”, afirma o provincial dos Espiritanos em Portugal, o padre Tony Neves.

 

 

Na nota enviada à Agência ECCLESIA, o sacerdote informa que a “grande experiência missionária” JSF 2017 é o ‘Projeto Ponte’ que vai levar 12 jovens a Cabo Verde, mais propriamente uma ação realizada a partir da Paróquia da Calheta de São Miguel Arcanjo, na Ilha de Santiago.

Já em Portugal, a Diocese do Algarve acolhe o IntraRail Missionário, de 21 a 30 de julho, e no mesmo período, mas

 

 

   

até dia 31, realiza-se a Semana Missionária em Vila da Ponte, na Diocese de Lamego, para “ajudar a preparar a Missa Nova” do padre diocesano Luís Rafael Azevedo.

Entre os dias 4 e 14 de agosto, os Jovens Sem Fronteira promovem duas semanas missionárias: Em Arcozelo – Ponte de Lima, Diocese de Viana do Castelo, e em Almargem do Bispo, no Patriarcado de Lisboa.

Na Diocese do Porto, a cidade da Trofa vai receber também os jovens numa

 

 semana missionária entre 17 a 27 de agosto e Marrazes, na Diocese de Leiria-Fátima, acolhe os JSF entre os 18 e 28 do próximo mês.

O padre Tony Neves realça que as missões de verão JSF são todas acompanhadas por um sacerdote Espiritano.

O programa de rádio ‘ECCLESIA’, dá destaque esta semana ao ‘projeto ponte’ dos Jovens Sem Fronteiras, com Rita Coelho, esta sexta-feira. 

 

 

Ludmila Silva tem 21 anos de vida mas os seus olhos querem alcançar mais longe. Dentro de alguns dias vai partir para Cabo Verde, numa experiência chamada «Ponte» que os Jovens Sem Fronteiras organizam proporcionando um mês de missão. Diz ser o tempo suficiente não para fazer tudo, mas para se deixar transformar por uma realidade muito diferente da sua e quando vier testemunhar junto dos seus amigo não católicos que Cabo Verde não são só praia, mas há muitos rostos a precisar de uma presença amiga.

 

 

Jovens abdicam de férias para ajudar vítimas dos incêndios

Um grupo de jovens ligados às obras dos Jesuítas em Portugal está a organizar uma missão de apoio às vítimas do incêndio de Pedrógão Grande. A iniciativa denominada “Missão Aqui e Agora” decorrerá ao longo de duas semanas, no final de julho e início de agosto, e destina-se a apoiar as entidades que estão no terreno a trabalhar na reconstrução das áreas ardidas, colaborando nas 

 

 

 ações logísticas e no contacto direto com as populações afetadas.

Os cerca de 50 jovens, com idades entre os 20 e os 30, vão estar em Castanheira de Pera, a colaborar diretamente com os Médicos no Mundo, organização responsável pelas operações humanitárias neste concelho, um dos mais fustigados pela tragédia de 19 de junho. A missão está dividida em duas 

 

 

 

 

semanas, entre 24 a 30 de julho e 31 de julho e 6 de agosto, e abrange no máximo 25 jovens por semana. Estes vão ficar instalados numa antiga escola primária que serve de base às operações dos Médicos do Mundo, em regime de saco-cama, e colaborar na organização e distribuição às populações dos bens que têm sido doados.

Contudo, esta missão desenvolve-se num espírito comunitário e alicerçada num plano espiritual e de oração, ao qual se vai buscar a força, alegria e esperança para levar a quem mais precisa. Por isso, além das operações mais práticas, os jovens propõem-se a animar pastoralmente estas aldeias, organizando orações e visitando as pessoas em sua casa.

“Na sequência da tragédia de Pedrógão Grande, não conseguimos  

 

 

ficar parados e, diante da situação, cresceu o desejo de nos fazermos disponíveis e de nos envolvermos a agir no que for preciso”, sublinham os organizadores desta missão. Pedro Mendonça e Francisca Onofre, de 20 e 32 e anos, esperam agora que outros se deixem tocar por este repto e possam também dar uns dias das suas férias para ajudarem quem mais precisa.

Apesar de esta missão se destinar preferencialmente aos jovens católicos ligados às obras da Companhia de Jesus em Portugal, como centros universitários, colégios, campos de férias, uma vez que partilham a mesma dinâmica e espiritualidade, outros poderão inscrever-se. O contacto é missaoaquieagora@gmail.com.

Gabinete de Comunicação da Companhia de Jesus em Portugal

 

Arquidiocese de Braga envia equipa missionária para a Diocese de Pemba, em Moçambique

 

A Arquidiocese de Braga, através do Centro Missionário Arquidiocesano de Braga (CMAB) irá enviar para Moçambique durante o mês de julho uma equipa missionária constituída por um sacerdote e dois leigos, para a Missão Católica de Santa Cecília de 

 

 

Ocua, situada da Diocese de Pemba, em Moçambique. Esta Missão Católica foi assumida já no ano passado por uma comunidade missionária de Braga, no âmbito do projeto Salama! Cooperação Missionária Braga-Pemba e do acordo de cooperação  

 

 

 

missionária entre as Dioceses de Braga e de Pemba, em Moçambique.

O envio missionário dos leigos voluntários missionários Sofia Vila e António Simões decorreu ontem, durante a cerimónia das ordenações presbiterais e das bodas de ouro sacerdotais do sr. Arcebispo D. Jorge Ortiga. Desta equipa missionária também fará parte o Pe. Paulino Carvalho, que já se encontra na 

 

 

Diocese de Pemba, a fim de se realizar a passagem da equipa missionária que regressa no final do mês de julho, constituída, pelo Pe. Jorge Vilaça e os leigos Margarida Carvalho e Davide Duarte.

Esta cooperação missionária tem como objetivo principal contribuir para a criação e o aprofundamento de laços de comunhão e de partilha espiritual entre as Dioceses de Braga e Pemba.

 

Lara Pinto parte no dia 1 de janeiro para durante três meses estar com crianças e as famílias em Chirrundzo, uma localidade Província de Gaza, em Moçambique. É o movimento Juventude Mariana Vicentina que a lança neste projeto de voluntariado missionário

 

 

 

Rota das Catedrais online

www.rotadascatedrais.com

 

Já em plena época estival e na continuidade dos meus mais recentes artigos, esta semana a minha proposta passa por um espaço virtual já recomendado. Isto porque a qualidade que ele encerra e principalmente o teor que divulga merece o destaque dado anualmente.

Este extraordinário sítio ajuda-nos a descobrir locais para visitar no nosso país. Porque não aproveitar a sugestão para procurar mais informações sobre as catedrais existentes em Portugal e assim, escolher um destino de fim-de-semana?

Pois bem digite o endereço www.rotadascatedrais.com, para efetuar uma visita ao sítio criado pelo Secretariado Nacional dos bens Culturais da Igreja, que se denomina Rota das Catedrais. Este projeto online, “dá a conhecer as iniciativas ligadas ao acordo de cooperação assinado em Junho de 2009 entre o Ministério da Cultura e a Conferência Episcopal Portuguesa, que é uma afirmação do inestimável valor religioso, histórico, artístico, 

 

cultural, simbólico e patrimonial das catedrais portuguesas”.

Na página inicial além do habitual menu são vários os destaques para eventos que decorrem nos espaços que se encontram visados com este projeto.

Na opção “rota das catedrais”, obtemos todas as informações detalhadas sobre este grandioso programa. Nomeadamente, uma breve apresentação, os acordos de cooperação existentes, quem é o grupo técnico coordenador, quais os protocolos efetuados e ainda uma resenha sobre a imagem gráfica, inspirada no desenho arquitetónico das catedrais.

Caso pretenda saber mais acerca das catedrais existentes em Portugal, clique no item “catedrais”. Aí obteremos todas as informações de cada uma das catedrais, que se encontram distribuídas de norte a sul do país. Podemos saber quais os horários, contactos, a sua evolução histórica, que celebrações aí decorrem e ainda outros conteúdos de índole informativa.

O principal ex-libris deste sítio encontra-se disponível em “visitas

 

 

  

 

virtuais”. Aqui temos disponíveis 21 catedrais, para serem visualizadas num fantástico motor de modelação 3D, permitindo assim, explorar ao pormenor a riqueza arquitetónica de cada uma.

Fica então lançada a sugestão de visita a este espaço extraordinário, onde além de conhecer melhor as catedrais nacionais, fica também a saber mais acerca deste projeto. Porque na realidade considero que todo este espaço é uma mais-valia para conhecer as catedrais que “constituem um tecido essencial de memória e de identidade, profundamente caracterizador do território e das suas gentes”.

Fernando Cassola Marques

fernandocassola@gmail.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O inseparável mandamento

Depois da celebração do Jubileu da Misericórdia, começa-se hoje a ter uma visão mais global do que é essa virtude. George Augustin aborda neste livro a sua relação com a humanidade, a partir da revelação bíblica e da experiência humana do perdão. A misericórdia deve ser entendida como a força de Deus para alcançar a plena realização humana. Mas ela caracteriza também o «estilo de vida» dos cristãos, segundo as palavras insistentes do papa Francisco: é importante «darmos continuidade ao que fez Jesus no dia de Páscoa, quando derramou nos corações assustados dos discípulos a misericórdia do Pai, efundindo sobre eles o Espírito Santo que perdoa os pecados e dá alegria […]. A estrada que o Mestre ressuscitado nos aponta é estrada de sentido único, segue-se apenas numa direção: sair de nós mesmos, sair para testemunhar a força sanadora do amor que nos conquistou».

 

 

 

 

Diz lá, tio Willi

Uma conversa sobre as grandes questões da vida

A correspondência entre Andrea J. Larson e o seu tio, o monge beneditino Anselm Grün, revela um interessante diálogo intergeracional: de um lado, uma jovem mãe de três filhos, bem ciente das muitas limitações que se colocam a uma vida de total liberdade; do outro, um velho monge, que, ainda muito novo, decidiu entrar num mosteiro e ali, nos limites do claustro, encontrou uma grande liberdade.

Neste diálogo cativante, os dois abordam as mais variadas questões que tocam a existência de toda a gente: o amor e os relacionamentos, a comunidade e a solidão, a responsabilidade pessoal e o cuidado dos outros, a deceção e a dúvida. A sua leitura será, certamente, uma oportunidade de perceber dinâmicas que podem conduzir a uma vida bem-sucedida.

 

 

 

Julho 2017

Dia 21 julho

*Aveiro - Murtosa (Pardelhas) - Sessão de humor nas bodas de ouro sacerdotais do padre António Graça Cruz com a presença do humorista e professor de EMRC Nuno Cocharro

 

*Açores - Ilha Terceira - A Cáritas da Ilha Terceira promove recolha de géneros alimentares (21 a 23)

 

*Algarve - IntraRail Missionário promovido pelos JSF (21 a 30)

 

*Lamego - Semana missionária em Vila da Ponte dos Jovens Sem Fronteiras (JSF) para ajudar a preparar a Missa Nova do padre diocesano Luís Rafael Azevedo. (21 a 31)

 

Dia 22 julho

*Fátima - Peregrinação nacional da Família Comboniana

 

*Algarve - Igreja de Santa Maria de Lagos - Lançamento da obra «A Condição de Ilhéu» editada pelo CEPCEP da Universidade Católica Portuguesa, magnum opus com conceção e coordenação de 

 

 

Roberto Carneiro, Onésimo Almeida, Artur Teododo de Matos e ilustração de Luís de Abreu.

 

*Santo Tirso - No Colégio das Caldinhas vai realizar-se um «retiro criativo» onde se pode rezar e criar música litúrgica. A proposta, denominada «LABoratório», dirige-se a participantes entre os 16 e 35 anos e é promovida pela Companhia de Jesus (Jesuítas) (22 a 29)

 

Dia 23 julho

*Coimbra – Sé - Cerimónia da bênção dos avós

 

Dia 24 julho

*Fátima - O Encontro Nacional da Pastoral Litúrgica tem como tema «A Virgem Santa Maria na Liturgia». Ao longo dos 05 dias, nesta iniciativa promovida pela Comissão Episcopal da Liturgia e pelo Secretariado Nacional de Liturgia, D. João Marcos, bispo de Beja, vai falar sobre «Maria no mistério de Cristo e da Igreja» e o bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro aborda o tema «A Virgem Santa Maria no Ano Litúrgico». (24 a 28)

 

 

 

 

 

 

 

*Coimbra - Arganil (Pomares) - Campo de férias para jovens (15 aos 18 anos) promovido pelo Secretariado da Pastoral Juvenil de Coimbra (24 a 30)

 

*Castanheira de Pêra - Jesuítas levam jovens até junto da população em Castanheira de Pêra (24 a 30)

 

Dia 27 de julho

*Fátima - Santuário promove programa de férias para pais de crianças com deficiência (27 a 02 de agosto)

 

Dia 29 de julho

*Lisboa - Igreja da Encarnação (Chiado) - Concerto do coro jordano «Fonte do Amor»

 

*Leiria – Seminário - O Movimento Católico de Profissionais (Metanoia) realiza o seu encontro de reflexão teológica com o tema «A fé vive de afeto – expressões da fé num mundo global», esta atividade do metanoia tem como orientadores o padre José Frazão Correia, SJ, e o padre Peter Stilwell (29 a 01 de agosto)

 

*Algarve – Sagres - A Sociedade das Filhas do Coração de Maria promove a atividade «A Fortaleza do Encontro» (29 a 04 de agosto)

 

Dia 30 de julho

*Fátima - Casa de Monte Moro - Irmãs Doroteias - Encontro internacional da Juventude Doroteia da Europa e Estados Unidos (30 a 02 de agosto)

 

*Lourinhã – Ribamar - Campo de férias para crianças dos 08 aos 13 anos organizado pela Fundação João XXIII / Casa do Oeste em parceria com a ACR e JARC. (30 a 05 de agosto)

 

 

II Concílio do Vaticano:
Chenu e as categorias deste tempo

 

Durante o II Concílio do Vaticano (1962-65) o teólogo francês, Marie-Dominique Chenu, desempenhou um papel central nas reflexões conciliares. Este dominicano (Soisy-sur-Seine 1895 - 11 de fevereiro de 1990) foi um grande especialista em História Medieval e professor na Universidade de Sorbonne (Paris).

Entrou para a Ordem dos Pregadores (Dominicanos) em 1913 e concluiu os seus estudos em Roma, em 1920, tornando-se professor no convento de Le Saulchoir.

Um dos seus primeiros livros «Le Saulchoir: Une École de Teologie», publicado em 1937 foi colocado, cinco ano depois, no Índex, o índice dos livros proibidos da Igreja Católica, por traduzir uma “nova teologia” inclinada para o “semimodernismo, o relativismo e o subjetivismo”, como criticou o teólogo Pietro Parente no jornal «L´Osservatore Romano».

Na obra «Le Saulchoir: Une École de Teologie», Chenu falava dos “lugares teológicos em ato, para a doutrina da Graça, da Encarnação, da Redenção”, escreveu António Marujo na Revista «Mensageiro de Santo António – Junho de 2013». Mais tarde, referiu Marie-Dominique Chenu, que ainda não utilizava a expressão «sinais dos tempos», que só lhe ocorreu na altura do II Concílio do Vaticano, mas era “evidente que o conceito estava já presente”.

Depois da II Grande Guerra Mundial, entre 1946 e 1952, foi professor na Universidade de Sorbonne, em Paris. Reabilitado, ainda que não de forma completa, pois apenas pode participar no concílio Vaticano II como consultor de um bispo de Madagáscar, veio a ser 

 

 

reconhecido como um dos mais influentes teólogos do século XX. O teólogo dominicano foi um dos fundadores da revista «Concilium».

No seu livro «A Teologia do século XX», Rosino Gibellini cita Chenu, quando ele definia a tarefa contemporânea da Teologia, entrando em debate com a encíclica de Pio XII: “Temos hoje um problema grave, o de introduzir as ciências humanas na Teologia”.

Numa entrevista a Jacques Duquesne, em 1975, Chenu diria que estava “ávido de experiências concretas”.  

 

Uma delas foi a sua participação, enquanto conselheiro e teólogo, no Movimento dos Padres Operários em França, que seria proibido pelo Vaticano, em 1954. A defesa que Chenu fez do grupo de padres operárias (cuja proibição foi motivo de um pedido de desculpas do episcopado francês, em 2004, meio século depois da decisão) obrigou-o a deixar Paris e a ser transferido para Rouen, na Normandia.

O Papa Paulo VI cita passagens da obra de Marie-Dominique Chenu na encíclica «Populorum Progressio».

 

 

 

 

 

   

No sábado, dia 22, a Família Comboniana peregrina para Fátima. Para além do centenário das Aparições, esta é uma evocação dos 150 anos da fundação dos Missionários Combonianos por S. Daniel Comboni e recorda 70 anos da presença em Portugal desta congregação missionária.

 

 

Também neste dia, começa em Santo Tirso, no Colégio das Caldinhas um “Retiro Criativo”. Oito dias para rezar e criar música litúrgica. Chama-se «LABoratório», dirige-se a participantes entre os 16 e 35 anos e é promovida pela Companhia de Jesus.

 

 

Dia 24, começa em Fátima o Encontro Nacional da Pastoral Litúrgica, que tem como tema «A Virgem Santa Maria na Liturgia».

 

 

Neste dia, mas em Castanheira de Pera, começa a “Missão Aqui e Agora” com os jovens ligados à Companhia de Jesus a envolver-se numa relação solidária com as populações vítimas dos incêndios.

 

Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00

RTP1, 10h30

Transmissão da missa dominical

 

 

11h00 - Transmissão missa

 

 

 

Domingo:

10h00 - Porta Aberta; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Entrevista de Aura Miguel

 

Segunda-feira:

12h00 - Informação religiosa

 

Diariamente

18h30 - Terço

 

 

 
RTP2, 13h00

Domingo, 23 de julho, 13h30 - Recomeçar das cinzas.

 

Segunda-feira, dia 24 de julho, 15h00 -  Turismo. Entrevista  ao padre Carlos Godinho, diretor da Obra Nacional de Pastoral do Turismo.

 

Terça-feira, dia 25 de julho, 15h00 - Informação e entrevista a Cristiana Palma, sobre os Campos de Férias na Casa do Oeste.

 

Quarta-feira, dia 26 de julho, 15h00 - Informção e entrevista à irmã Amélia Costa, sobre o Jubileu das Franciscanas Hospitaleiras do Imaculada Conceição.

 

Quinta-feira, dia 27 de julho, 15h00 - Informação e entrevista ao padre José Maria Brito sobre o projeto "AfterYou" e os campos de férias "Aqui e Agora".

 

Sexta-feira, dia 28 de julho, 15h00  -  Entrevista. Comentário à liturgia do domingo com os padres Armindo Vaz e Nélio Pita.

 

Antena 1

Domingo, 23 de julho - Voluntariado Missionário

 

segunda a sexta, 25 a 28 de julho - MIssão «Aqui e Agora», Semanas Missionárias dos Jovens Sem Fronteiras, Dia dos Avós , Dominismissio, Campos de férias da Casa do Oeste.

 

  

 

 

     

 

 

 

 

 

 

Ano A – 16.º Domingo do Tempo Comum 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
Bondosos e misericordiosos, sempre!
 
 

A liturgia deste 16.º Domingo do Tempo Comum apresenta Deus paciente e cheio de misericórdia, e convida-nos a assumir essa mesma atitude na nossa vida.

Em concreto, a primeira leitura da Sabedoria fala-nos de um Deus indulgente e misericordioso, que convida os seus filhos a serem humanos, a terem um coração tão misericordioso e tão indulgente como o coração de Deus.
A segunda leitura sublinha a bondade e a misericórdia de Deus. Afirma que o Espírito Santo, dom de Deus, vem em auxílio da nossa fragilidade, guiando-nos no caminho para a vida plena.
Neste ritmo da vida moderna tão estonteante, com exigências profissionais, problemas familiares, necessidade de ganhar a vida diante de crescentes dificuldades, em que andamos a correr, quase sempre ocupados e cansados, prisioneiros de uma máquina que nos desumaniza e que não nos deixa centrar a nossa atenção no essencial, há que encontrar tempo e espaço para refletir e redefinir o sentido da nossa existência, para perceber se estamos a conduzir a nossa vida segundo o Espírito.
O Evangelho garante a presença do Reino de Deus no mundo, um Reino que não é um clube exclusivo de bons e santos: todos encontram a possibilidade de crescer, de amadurecer as suas escolhas, de serem tocados pela graça, até ao momento final da opção definitiva. Três belíssimas parábolas indicam-nos o caminho: o trigo e o joio; o grão de mostarda; o fermento.
Na parábola do trigo e do joio, Jesus garante-nos que os esquemas de Deus não preveem a destruição do pecador, a segregação dos maus, a exclusão dos culpados. O Deus de Jesus Cristo é um Deus de amor, de bondade

 

 

 

 

 

e de misericórdia, sem pressa para castigar, que dá ao homem todo o tempo do mundo para crescer, para descobrir o dom de Deus e para fazer as suas escolhas. Não percamos nunca de vista a paciência de Deus para com os pecadores: talvez evitemos carregar sentimentos de culpa que oprimem e amarguram a nossa breve caminhada nesta terra.

A Palavra de Deus convida-nos a moderar a nossa dureza, a nossa intolerância, a nossa intransigência e a contemplar os irmãos, com as suas falhas, defeitos, diferenças e comportamentos religiosa ou 

 

socialmente incorretos, com os olhos benevolentes, compreensivos e pacientes de Deus.
A partir daí, podemos colher a mensagem das outras parábolas: ser grão de mostarda e fermento, no meio de situações que não deixam espaço para a interioridade e sentido da vida, para a paciência e bondade, para a misericórdia e compaixão.
Eis um enorme desafio para quem quiser continuar a ser discípulo de Cristo, neste domingo e ao longo da próxima semana.

Manuel Barbosa, scj

www.dehonianos.org

 

 

 

Movimento da Mensagem de Fátima rumou à Cova da Iria para Peregrinação Nacional

 

O Santuário de Fátima acolheu este fim-de-semana a Peregrinação Nacional a Fátima do Movimento da Mensagem de Fátima.

A peregrinação, que junta Mensageiros de todas as dioceses de Portugal, começou no Centro Pastoral de Paulo VI com a assembleia onde o reitor do Santuário, o padre Carlos 

 

 

Cabecinhas mostrou a sua “gratidão” para todos os “Mensageiros que, com a sua ação, dão continuidade à missão do Santuário de Fátima, levando a mensagem aos lugares e ambientes das dioceses e paróquias”.

O sacerdote lembrou a efeméride do Ano jubilar do Centenário das Aparições, e cujo pórtico jubilar,  

 

 

o itinerário jubilar do peregrino e a Oração jubilar de Consagração a Nossa Senhora são sinais visíveis da “festa”, marcada pela vinda do Papa, nos dias 12 e 13 de maio. “A presença do Papa Francisco e a canonização dos Santos Francisco e Jacinta vieram coroar esta singular celebração festiva”, recordou.

Na sua intervenção, o reitor desafiou os Mensageiros a ler e meditar as palavras do Santo Padre, em Fátima, “assumir como tarefa a divulgação dos traços de santidade dos Santos Francisco e Jacinta”, e ainda “viver este ano como grande oportunidade para divulgar o Movimento da Mensagem de Fátima e para revitalizar as várias estruturas do Movimento”.

O padre Manuel Antunes, assistente nacional do Movimento da Mensagem de Fátima, deixou um apelo a que “todos os Mensageiros se sintam em família como os três pastorinhos”, porque “não basta ser Mensageiro de nome, é necessário ser Mensageiro de vida, ir ao encontro das pessoas”. “Continuemos unidos em oração e na ação com os três pastorinhos”, reiterou.

 

Por seu turno, Nuno Neves, presidente do Secretariado Nacional do Movimento da Mensagem de Fátima, reconheceu que a “estreita união com o Santuário de Fátima, é uma ajuda fundamental na nossa missão”. “Queremos ser um braço do Santuário de Fátima para chegar às paróquias”, disse.

O Movimento da Mensagem de Fátima é um Movimento ao serviço da Mensagem de Fátima, com a Igreja e para a Igreja. É uma associação pública de fiéis ereta pela Conferência Episcopal Portuguesa, com caráter Nacional, que por sua vez delega no Bispo de Leiria-Fátima, com título de assistente geral. Presentemente é o Senhor D. António Augusto Marto.

O MMF procura viver mais intensamente a Mensagem de Fátima ao jeito dos Pastorinhos Lúcia, Jacinta e Francisco – Conversão, Reparação e Adoração Eucarística. Para melhor responder aos seus objetivos, dá especial atenção aos seguintes campos de pastoral – Oração – Peregrinações – Doentes e Portadores de Deficiência.

 

(Sala de imprensa do Santuário de Fátima)

 

 

Um bilhete de comboio
para Nossa Senhora na Rússia

 

O arcebispo de Moscovo recordou à Agência ECCLESIA as “resistências” que a mensagem de Fátima encontrou para chegar ao conhecimento dos cristãos russos no século XX. “Podemos dizer que até aos anos 90, salvo qualquer rara exceção, não se falou. Nos anos 90 retomamos o sentido destas aparições,

 

 

sobretudo graças a uma peregrinação da imagem de Nossa Senhora de Fátima a meados dos anos 90, que peregrinou por toda a Rússia”, referiu D. Paolo Pezzi.

O responsável evoca episódios como a pretensão de um revisor de querer cobrar um bilhete de comboio à imagem de Nossa Senhora de Fátima. 

 

 

 

“Um nosso sacerdote levou esta imagem de Nossa Senhora de Fátima de comboio e o revisor disse-lhe, a certa altura: ‘Quem é esta? O que é isto? Tem de pagar bilhete, porque é um peso, ocupa espaço, é como um passageiro…’ O sacerdote disse-lhe: ‘Olhe, a Nossa Senhora não se obriga a pagar bilhete…’”, refere.

O arcebispo de Moscovo observa que esta foi uma “ocasião missionária, evangelizadora, para falar de Fátima e das aparições”. O padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, sublinha que a ligação entre a Rússia e a Cova da Iria vem “desde o início” e tem vindo a crescer.

A peregrinação Internacional de julho, que evocou a terceira aparição de Nossa Senhora, teve como tema “A Virgem Maria, Mãe da Consolação" e sublinha esta ligação da Rússia a 

 

 

 Fátima. De acordo com o testemunho dos videntes, em julho de 1917 Nossa Senhora disse-lhes que, para impedir a guerra, era necessária a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados.

“O juízo histórico que podemos fazer, que devemos fazer sobre esse acontecimento é a conversão. A Igreja de 1917 respondeu à perseguição com o desafio à conversão. Hoje queremos confirmar isso: é possível dar um sentido também àquela tragédia apenas à luz da nossa conversão a Cristo”, sustenta D. Paolo Pezzi.

O arcebispo de Moscovo recordou em Fátima as perseguições contra cristãos no século XX, alertando para as consequências dos totalitarismos na vida das sociedades.

 

O Setor da Catequese do Patriarcado de Lisboa vai promover uma peregrinação para os adolescentes, do 7º ao 10º ano de catequese, ao Santuário de Fátima, no dia 14 de outubro, no âmbito do centenário das aparições. “Este será um dia de celebração e de festa, de encontro e de partilha dos adolescentes da nossa diocese e uma forma de os convidar a viver o centenário das aparições”, explica a organização.  

 

 

Fundação AIS ajuda os refugiados cristãos em Lampedusa

Tesouro escondido

Dia 8 de Julho, fez agora 4 anos, o Papa foi a Lampedusa na primeira viagem do seu pontificado. Foi lá denunciar. Foi lá rezar. Todos os refugiados que se encontram nesta ilha italiana trazem consigo histórias de violência, de medo. Já todos choraram. Os cristãos refugiados em Lampedusa são uma minoria. Mas não estão esquecidos.

 

Abril de 2015. Um bote insuflável abarrotado com uma centena de refugiados avança pelo Mediterrâneo desde a costa da Líbia rumo à ilha italiana de Lampedusa. Durante a viagem, de súbito, estala uma discussão. Quase todos os que seguem a bordo são muçulmanos. Alguns são radicais. Falam em ‘jihad’, em ‘guerra santa’. Mas, entre os que estão a bordo, há também um pequeno grupo de cristãos. São apenas 12 homens. nigerianos e ganeses. De repente, a discussão sobe de tom. Os gritos dão lugar a empurrões e murros. Os cristãos são rodeados, agredidos e atirados borda fora. São assassinados nas águas do Mediterrâneo. Quase todos os dias chegam barcos à Europa com 

 

refugiados a bordo. A ilha de Lampedusa é um ponto de passagem para quem se faz ao mar oriundo do Norte de África ou do Médio Oriente. Entre a multidão dos que arriscam essas viagens em condições assustadoramente precárias, há cristãos. São uma minoria. Talvez por isso quase nunca se fale deles. Julho de 2013. O Papa Francisco decide ir a Lampedusa para a primeira viagem apostólica do seu pontificado. Seria sempre uma viagem simbólica. Ficará para a história também por isso, por ter sido a primeira. Francisco decidiu ir a Lampedusa para “chorar os mortos que ninguém chora”, para “despertar consciências”. Para combater a “globalização do mal”. Entre os que decidiram doar o seu tempo em favor dos refugiados que se acotovelam em Lampedusa está um sacerdote. É o Pe. Carmelo La Magra.

 

Pequeno milagre

Ouvir, rezar, ajudar. Todos os dias o Pe. Carmelo vai procurando minimizar o sofrimento dos que, fugindo de situações terríveis, se encontram ali como que encurralados entre um 

 

 

passado de violência e um futuro que escapa das suas mãos, dia após dia. Alguns são cristãos. Quase ninguém se interessa por eles. Mas o Pe. Carmelo não desiste. Todos estes migrantes forçados precisam de apoio material. Mas precisam também de ajuda espiritual. Por isso, o Pe. Carmelo decidiu contactar a Fundação AIS. Era preciso fazer alguma coisa por estes cristãos que fugiram das guerras e da violência do Oriente Médio e de África, assim como da miséria e da perseguição religiosa. Entre todos os Cristãos, quem mais preocupa o Pe. Carmelo são as crianças. Se nada se fizer por elas vão perder por completo as suas raízes. É preciso que mantenham os laços com o seu país de origem, a sua cultura, a sua religião. Que fazer? A primeira resposta chegou com o envio de meio milhar de exemplares da Bíblia para Crianças em inglês, árabe e francês para as crianças refugiadas, e 

 

 

também, claro, para todos os migrantes cristãos. Este livro, sonhado pelo fundador da AIS, o Pe. Werenfried van Straaten, em 1979, como um instrumento de evangelização, continua a ser, dia após dia, quase 40 anos depois, um verdadeiro sucesso editorial com mais de 55 milhões de exemplares em 187 línguas. No campo de refugiados em Lampedusa, começa-se agora a ouvir cada vez mais orações cristãs. Para muitos desses refugiados, para muitas dessas crianças, agora há um pequeno livro que guardam como se fosse um verdadeiro tesouro. Um tesouro que é só deles. Um tesouro escondido. É um livro que lhes fala de Amor. Para quem fugiu da guerra, da violência, da perseguição, não haverá tesouro maior. Este livro é um pequeno milagre tornado possível apenas graças à generosidade dos benfeitores e amigos da Fundação AIS.

Paulo Aido

 

 

 

 

A Sabedoria dos Avós

  Tony Neves   
  Espiritano   

 
 

Quando eu penso em avós cultos e sérios, vem-me muitas vezes à cabeça a grande figura do Professor Adriano Moreira. Junta sabedoria, lucidez, fé e humanidade. Olha longe porque tem raízes profundas que só o tempo ajuda a penetrar na história. Adriano Moreira escreveu um texto muito lúcido e corajoso sobre o G-20. Começou logo por dizer que o que nós temos é o G18+2 (pondo os EUA e a China noutro pacote). O G20 – é verdade - é um grupo que não foi escolhido por ninguém. Ou melhor, escolheram-se uns aos outros, mas a comunidade internacional organizada (ONU…) não teve palavra a dizer. Reúnem-se sempre envolvidos em grandes confusões (provocadas por grupos de resistência) e tentam entender-se sobre os grandes problemas / desafios da atualidade. Claro que o encontro de Hamburgo teria de enfrentar as novas posições de Trump, em ruptura aberta com as tomadas por Obama e assumidas, em grande parte, pelos restantes 19.

O papa Francisco, outro avô sábio, não quis ficar de fora e jogou por antecipação, como sempre bem sabe fazer, mandando uma mensagem a pedir, na política internacional ‘prioridade absoluta’ aos mais pobres e aos refugiados. O mundo inteiro recorda-se ainda do encontro de Francisco com Trump, quando o papa ofereceu a encíclica ecológica ‘Laudato Si’ ao presidente dos EUA. E o resultado também o conhecemos: Trump aboliu da política americana os pactos assinados em Paris sobre o clima, pondo em causa o futuro da humanidade.

O Papa, nesta mensagem enviada à presidente

 

 

 

 

 

 

 

Merkel, como anfitriã, evoca a trágica situação no Sudão do Sul, de outras regiões africanas e do Iémen, “onde há cerca de 30 milhões de pessoas que não têm comida nem água”. Denuncia a corrida aos armamentos e pede que o encontro do G20 abra caminho a uma nova era de desenvolvimento inovador, interligado, sustentável, respeitador do ambiente e inclusivo de todos os povos.

As preocupações do papa Francisco caíram todas em saco roto. O encontro foi mais falado pela violência extrema dos manifestantes que pela ousadia profética dos líderes destes 20 países. Torna-se voz corrente apresentar o papa Francisco como uma das raras vozes lúcidas do nosso tempo. Todos gostam de ir até ao

 

 

Vaticano e mostrar-se ao mundo ao lado deste Papa latino-americano. Mas a verdade é que as suas ideias e ideais colidem com interesses instalados, com negócios de muitos milhões que acabam por marcar os destinos dos povos.

E termino com um aviso dado á navegação pelo Professor Adriano Moreira, um avô digno de netos com sentido de humanidade. Ele recordou a nossa fraca memória histórica, pois os mais velhos ainda se lembram da II Grande Guerra Mundial que começou pela aceitação da ideologia nazi e acabou com a barbárie que foi o lançamento de bombas atómicas no Japão. Perguntem lá aos vossos avós se eles não se lembram e se eles gostariam que nós, hoje, passássemos por ali…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sair