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Paulo Rocha Octávio Carmo Comunicar no ambiente digital
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Foto da capa: Agência Ecclesia
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Opinião |
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Igreja e mundo digital
Papa Francisco e a crise
Dia Mundial do Turismo
Paulo Rocha|Elias Couto | Tony Neves | Eduardo Novo |
Sozinho em casa ou com wi-fi? |
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Paulo Rocha Agência Ecclesia |
A experiência é real e por certo partilhada por muitos pais com filhos na idade da adolescência ou juventude. Ter de deixar adolescentes em casa, no período de férias ou em dias sem aulas é sempre uma decisão difícil. Mas por vezes incontornável, mesmo que provoque preocupação constante ao longo da jornada de trabalho. Já para os filhos, raramente se percebe essa angústia, talvez natural para quem, sendo novo, se visse sem mais ninguém dentro de quatro paredes. Em causa não está a liberdade sentida pelos mais novos para fazer o que a presença dos pais não permitiria (o que é uma possibilidade real a exigir permanente atenção). Mas é sobretudo um novo conceito de vizinhança, de proximidade, de amizade que está em causa. Há uma nova sensação da presença do outro, do amigo, do grupo. Hoje, estar sozinho em casa combate-se com o wi-fi. Para ter “companhia”, basta estar conectado, basta ter internet. E é essa a experiência de muitos nativos digitais. No livro “Ciberteologia – Pensar o Cristianismo na era da Internet” Antonio Spadaro analisa o ambiente que as redes sociais criaram e as novas circunstâncias de vida que inauguraram. E afirma que “o conceito-chave não é a «presença» na rede, mas a «conexão»: se alguém está presente mas não conectado, essa pessoa está só”. |
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O padre jesuíta, que está em Portugal nos primeiros dias de outubro para participar em vários debates sobre estas temáticas, participando nomeadamente nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social, na manhã do dia 4, diz também que o conceito de «próximo» e sobretudo de «amizade» “se modifica e se desenvolve” por causa da rede. A experiência da proximidade do outro, sentida por quem está sozinho em casa, possível pela conexão a uma qualquer rede social, não será só motivo de descanso. |
A rede é “uma ajuda potencial às relações” e “uma ameaça”. A certeza é do padre Spadaro, que retoma mensagens para o Dia Mundial das Comunicações Sociais do Papa emérito Bento XVI onde se repete essa pergunta “quem é o meu próximo?”. Neste ambiente, como em todos os que permitem experiências de comunicação, o ponto de chegada é sempre a relação entre pessoas, a acontecer de forma transparente e sincera. E quando assim é, não basta o digital… |
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Este «mineiro» revisita as pedras preciosas do cristianismo primitivo © LUSA |
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“A última entrevista do Papa rompe com o farisaísmo e recentra a mensagem cristã no essencial. Um farol de esperança num mundo em crise” (Paulo Rangel; In: «Público», 24 set 2013)
“[António] Ramos Rosa pertenceu a uma espécie grandiosa de homens que se entregaram totalmente aos ditames da sua arte para daí nunca mais sair” (António Guerreiro; In: «Público», 25 set 2013)
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“Os ministros do Evangelho devem ser capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de saber dialogar e mesmo de descer às suas noites, na sua escuridão, sem perder-se” (Papa Francisco na entrevista às revistas dos Jesuítas)
“Se o cristão é restauracionista, legalista, se quer tudo claro e seguro, então não encontra nada. A tradição e a memória do passado devem ajudar-nos a ter a coragem de abrir novos espaços para Deus” (Papa Francisco na entrevista às revistas dos Jesuítas) |
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Maior consciência ecológica no Turismo |
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O diretor da Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT) apelou a uma maior consciência ecológica neste setor, que passe pelo “uso mais moderado” dos recursos naturais, em particular a água, e promova o “respeito pelo ambiente”. “Devemos, desde logo e em primeiro lugar, formar as novas gerações para o uso correto da água, consciencializando-as para a sua importância, numa séria e autêntica formação ambiental”, escreve o padre Carlos Godinho, numa mensagem para o Dia Mundial do Turismo, que se assinala esta sexta-feira. O texto, enviado à Agência ECCLESIA, parte do tema escolhido, ‘Turismo e água: proteger o nosso futuro comum’, apresentando uma reflexão sobre a simbologia deste elemento e a necessidade da sua preservação. “Sabemos, todavia, que a água é um recurso limitado e que, à escala global, nem todos têm igual acesso a este dom fundamental, particularmente quando as transformações |
climáticas tendem a estender sobre boa parte do orbe terrestre um manto crescente de desertificação”, escreve o responsável da ONPT, organismo ligado à Conferência Episcopal Portuguesa. A valorização dos recursos hídricos, acrescenta, exige “moderação” no uso e cuidado com a sua “qualidade e salubridade”. “Necessitamos de uma especial atenção à gestão dos recursos hídricos verdadeiramente disponíveis e a uma gestão sustentável que assegure a sua viabilidade futura”, alerta. O Turismo, realça o padre Carlos Godinho, implica uma “forte utilização” dos recursos existentes, “nem sempre consciente das suas implicações face aos recursos realmente disponíveis”. Centrando a sua reflexão na realidade de Portugal, o diretor da ONPT observa que o país “sofre, e virá a sofrer no futuro, um processo de diminuição de recursos hídricos”, por via do aquecimento global, dos incêndios e da “tendência para a |
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monocultura do pinheiro bravo e do eucalipto” em detrimento de uma “reflorestação assente na diversificação das espécies florestais”. A mensagem dedica uma atenção particular ao mar como “fonte de tantas possibilidades”, apelando à preservação das suas águas e dos seus ecossistemas por parte de “autoridades e de turistas”. |
O Dia Mundial do Turismo 2013 foi também assinalado com uma mensagem do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes (Santa Sé), na qual se apela a uma maior consciência ecológica por parte dos turistas em todo o mundo. |
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Alargar áreas da missão com os jovens |
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A edição conjunta das Jornadas Missionárias e de Pastoral Juvenil que decorreu em Fátima concluiu-se com um apelo a um alargamento das áreas de intervenção dos católicos. “As áreas da cultura, da economia, da família, da bioética e outros campos, alargam horizontes à missão e colocam novos desafios, exigem novas respostas, coragem e alegria para propor o encontro com Cristo, no respeito pela liberdade de cada pessoa”, refere o documento final, enviado à Agência ECCLESIA. Os participantes falam numa “complexa situação”, onde o presente e o futuro parecem atravessados “por nuvens ameaçadoras”. Neste contexto, sublinham as conclusões, “torna-se ainda mais urgente levar corajosamente a todas as realidades o evangelho de Cristo, que é anúncio de esperança, de comunhão, de proximidade, de misericórdia, de modo que ele seja luz segura que ilumina os caminhos da humanidade”.
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A iniciativa decorreu no Centro Pastoral Paulo VI, com organização das Obras Missionárias Pontifícias e do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, e reuniu cerca de 400 participantes em volta do tema ‘Missão @ad gentes: Ide e anunciai. O documento final assinala que o território da missão “não é um espaço geográfico, mas o coração de cada homem e de cada mulher” e que “a missão é sempre jovem”. |
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Leiria-Fátima:
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O bispo de Leiria-Fátima publicou uma carta pastoral dedicada à família, documento orientador para o próximo biénio na diocese, em que destaca a importância do casamento e pede atenção às situações de “rutura”. “Tem-se difundido uma determinada mentalidade que desacredita o próprio casamento, religioso ou civil, como se fosse antiquado e, portanto, fora de moda. O casamento já nem sequer entra no projeto de vida de bastantes jovens; parece ter um concorrente nas ‘uniões de facto’”, alerta D. António Marto, no documento ‘A beleza e a alegria de viver em família’ como pastoral, dedicado à pastoral familiar. O prelado manifesta-se contra a redução do amor e da vida familiar “ao mundo de afetos, sentimentos, emoções espontâneas”, com reflexos “no receio de ser pai e mãe”, agravado pelas dificuldades socioeconómicas, e “na quebra da natalidade”. “Também a banalização do divórcio e do |
aborto – uma chaga social – está na origem de muitos dramas familiares”, acrescenta. A carta pastoral debruça-se sobre várias “questões graves” relativas à identidade do matrimónio e da família, elencando situações de “de fragilidade, de crise e de rutura”. “A Igreja é chamada a iluminar estas situações, dum ponto de vista pastoral, na fidelidade a dois princípios evangélicos: por um lado, salvaguardando a identidade do Matrimónio fiel, livre e indissolúvel que a Igreja não pode modificar; por outro, imitando a atitude da misericórdia de Jesus”, assinala o bispo de Leiria-Fátima. |
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Relativismo ou Sociedade |
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D. Manuel Linda |
Reconheço que o tema de hoje é «politicamente incorrecto». Não obstante, vamos a ele. Há dias, um autarca, mais conhecido pela obra feita do que pelos seus fervores moralistas, disparava-me: “Só a Igreja nos pode salvar!”. Vendo que o meu silêncio denotava um pensamento que se movia entre o óbvio e a interrogação, avançou: “É verdade. Só a Igreja pode salvar a Europa e a democracia. Que correm perigo. Uma e outra. É que, sem um fundamento de valores, a sociedade não pode funcionar, porque a igualdade entre todos fica subvertida pela competitividade que faz do homem lobo do homem. E quando assim acontece, aparece sempre um candidato a ditador que impõe pela força a coexistência que não se construiu em liberdade”. Na mente do meu interlocutor pairava a dimensão política do relativismo, esse cancro silencioso que destrói as células boas da sociedade e, sem a «resistência» das sadias, as envenena e torna malignas. E que, a pouco e pouco, instala “o temível despotismo suave” de um Estado que se torna dono e senhor de quanto há. De facto, a política relativista induz a conceber a verdade como produto determinado pela maioria e condicionado por equilíbrios partidários. E arvora-se o direito de decidir tudo: o justo e o injusto, o bem e o mal, a vida e a morte. Claro que isto se repercute na sociedade. |
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Como diz o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, “uma atenção inadequada à dimensão moral da vida social e política conduz à desumanização da vida em sociedade e das instituições sociais e políticas, consolidando as «estruturas de pecado»” (nº 566). Estas traduzem-se em dados com os quais topamos todos os dias e que formam como que traços da radiografia da alma contemporânea: amolecimento da vontade, falta de preocupação social, indiferentismo, individualismo, isolamento, materialismo de vida, subjectivismo, amoralidade, desinteresse pelas coisas públicas, passividade, etc. E tudo isto gera uma personalidade enfraquecida que privilegia a exterioridade (a estética) e a noção geral daquilo que “dá prazer” (hedonismo), em detrimento das relações sociais equilibradas (a ética) e do bom funcionamento dos organismos que nos envolvem e nos quais (pouco?) nos envolvemos. O |
principal dos quais é a família. Pois é. Já que as coisas são o que são, para o equilíbrio da balança, ou se fortifica a sociedade –também sob o ponto de vista moral- e o Estado se reduz, ou aquela se esvazia e este torna-se um papão omnipresente. Ainda que falido. Mas sempre potencialmente déspota. Tertio non datur. Importa reflectir nisto. Toda a Europa e todos os democratas. Mas particularmente nós, os portugueses, abraços com uma «reforma do Estado» para o presente de crise e para o futuro que só será de esperança se for… diferente. Moralmente diferente.
NB. Já o fiz noutras circunstâncias, mas sinto-me obrigado a voltar a redizê-lo: entre nós há heróis. Por exemplo, os Bombeiros Voluntários! O meu maior apreço por vós, caros bombeiros! Sois vós que venceis pela paz as guerras que outros incendeiam. Parabéns! |
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Da notícia ao espetáculo |
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Octávio Carmo Agência ECCLESIA |
A aproximação das eleições autárquicas deveria merecer, por parte dos media e da população em geral, uma reflexão cuidada sobre os caminhos a seguir em Democracia, os méritos de quem sobe nas ‘máquinas’ partidárias, a relação entre políticos e os cidadãos, a mobilização da sociedade civil, a relação entre poder local e poder central, entre muitos outros temas. A ‘igualdade’ de tratamento que a Comissão Nacional de Eleições impôs acabou, do meu ponto de vista, por ter um efeito contraproducente: distanciando-se a opinião pública da campanha no terreno, acabou por dar-se muito mais valor ao que podia ser transformado em “espetáculo”: cartazes mal conseguidos, hinos cómicos, trocadilhos com os nomes das localidades, etc. De política, como arte nobre, e do papel das autarquias num país em crise, falou-se pouco, e mesmo os rostos do poder autárquico acabaram silenciados face aos líderes partidários (que espaço para os independentes?), em mais um sinal preocupante de que a informação e a formação dos cidadãos está cada vez mais próxima dos programas de humor e dos reality show.
À falta de pão, parece aumentar a aposta de oferecer ‘circo’ aos portugueses, seja na abordagem de declarações do Papa Francisco seja no destaque dado a acontecimentos |
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menores face às verdadeiras dificuldades que os portugueses têm de enfrentar. Acima de tudo, será necessário que se questione quem de direito como é que após anos de austeridade e de reconquista da “credibilidade” externa, os mercados, os famosos mercados, se continuam a comportar como se nada tivesse acontecido e as taxas de juro a pagar impedem, na prática, que a República se financie sem novo recurso à ajuda externa. Neste caso, não basta constatar que foi mais uma promessa por cumprir, porque um falhanço desta ordem |
retira qualquer horizonte de esperança aos novos sacrifícios que possam ser pedidos.
Além da perda de esperança, os portugueses têm de lidar muitas vezes com o sentimento de que alguns vivem acima da lei e que a mentira compensa. Não devem ficar surpreendidos, no entanto: se na política, como na informação e em cada vez mais âmbitos da vida diária, o que interessa é o espetáculo e não a substância, as consequências serão sempre dramáticas. |
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Discurso do Papa Francisco
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Queridos irmãos e irmãs, bom dia! Saúdo-vos a todos, agradecido pelo serviço que realizais no importante setor – mas agora, depois de ter ouvido D. Cláudio Celli, devo eliminar a palavra «setor» e dizer – na importante «dimensão existencial» da comunicação…. Agradeço ao Arcebispo Cláudio Maria Celli a saudação que me dirigiu também em vosso nome. Queria partilhar convosco alguns pensamentos.
1. Primeiro: a importância da comunicação para a Igreja. Este ano completam-se 50 anos da aprovação do Decreto Conciliar Inter mirifica. Não se trata apenas de uma recordação; este Documento exprime a atenção que a Igreja dá à comunicação e aos seus instrumentos, importantes nomeadamente para a dimensão evangelizadora. Temos, pois, os instrumentos da comunicação e a comunicação; esta não é um instrumento, é |
outra coisa… Nas últimas décadas, os meios de comunicação evoluíram muito, mas a solicitude permanece, assumindo novas sensibilidades e formas. Pouco a pouco o panorama da comunicação foi-se tornando, para muitos, um «ambiente de vida», uma rede onde as pessoas comunicam, alargam as fronteiras dos seus conhecimento e das suas relações (cf. Bento XVI, Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013). Sublinho sobretudo estes aspetos positivos, apesar de todos estarmos cientes dos limites e fatores nocivos que também existem. |
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2. Neste contexto – e passo ao segundo pensamento –, devemos interrogar-nos: Qual é o papel que a Igreja deve ter com as suas realidades e atividades de comunicação? Em cada situação, independentemente das tecnologias, acho que o objetivo é saber inserir-se no diálogo com os homens e as mulheres de hoje, saber inserir-se no diálogo com os homens e as mulheres de hoje, para compreender as suas expectativas, dúvidas, esperanças. São homens e mulheres por vezes um pouco desiludidos por um cristianismo que lhes parece estéril, com dificuldade precisamente em comunicar de forma incisiva o sentido profundo que a fé dá. Com efeito, assistimos hoje, precisamente na era da globalização, a um aumento da desorientação, da solidão; vemos alastrar a confusão sobre o sentido da vida, a incapacidade de fazer referimento a uma «casa», a dificuldade em tecer laços profundos. Assim, é importante saber dialogar, entrando, com discernimento, também nos ambientes criados |
pelas novas tecnologias, nas redes sociais, para fazer emergir uma presença, uma presença que escuta, dialoga, encoraja. Não tenhais medo de ser esta presença, afirmando a vossa identidade cristã ao fazer-vos cidadãos deste ambiente. Uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos! Há também uma regra antiga dos peregrinos, que Santo Inácio adotou (por isso é que a conheço!). Diz ele, numa das suas regras, que o companheiro de um peregrino, que faz a estrada com o peregrino, deve caminhar com o passo do peregrino, nem ir mais adiante nem ficar para trás. Com isto, quero dizer: é precisa uma Igreja companheira de estrada que saiba pôr-se a caminho, como se caminha hoje. Esta regra do peregrino pode servir-nos de inspiração para a realidade.
3. O terceiro: Neste contexto da comunicação, todos nós enfrentamos juntos um desafio, e a problemática principal não é de ordem tecnológica. Devemos interrogar-nos: Somos nós capazes, neste campo |
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também, de levar Cristo, ou melhor, de levar ao encontro de Cristo? De caminhar existencialmente com o peregrino, mas como caminhava Jesus com os peregrinos de Emaús, inflamando o coração, fazendo-lhes encontrar o Senhor? Somos capazes de comunicar o rosto de uma Igreja que seja a «casa» para |
todos? Falamos da Igreja com as portas fechadas. Mas aqui trata-se de algo mais que uma Igreja com as portas abertas… é algo mais! É tentarmos juntos construir «casa», construir Igreja, construir «casa». Não é Igreja com as portas fechadas, nem Igreja com as portas abertas, mas, sim, em caminho construir Igreja. |
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Um desafio! Fazer redescobrir, no encontro pessoal e também através dos meios de comunicação social, a beleza de tudo o que está na base do nosso caminho e da nossa vida, a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Também aqui no contexto da comunicação, é precisa uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração. A nossa presença, as nossas iniciativas sabem dar resposta a esta exigência ou permanecemos meros técnicos? Temos um precioso tesouro para transmitir, um tesouro que gera luz e esperança. E há tanta necessidade disso! Mas tudo isto exige uma formação cuidadosa e qualificada de sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos, também neste setor. O grande continente digital não é simplesmente tecnologia, mas é formado por homens e mulheres reais que trazem consigo aquilo que têm dentro, as suas esperanças, os seus sofrimentos, as suas ansiedades, a busca do verdadeiro, do belo e do bom. É preciso saber indicar e levar Cristo, partilhando estas alegrias |
e esperanças, como Maria que trouxe Cristo ao coração do homem; é preciso saber penetrar no nevoeiro da indiferença, sem se perder; há necessidade de descer mesmo na noite mais escura, sem ser invadido pela escuridão nem se perder; há necessidade de ouvir as ilusões de muitos, sem se deixar seduzir; há necessidade de acolher as desilusões, sem cair na amargura; tocar a desintegração alheia, sem se deixar dissolver e decompor na própria identidade (cf. Discurso aos Bispos do Brasil, 27 de julho de 2013, 4). Este é o caminho. Este é o desafio.
É importante, queridos amigos, a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo. Mas, o encontro com Cristo é um encontro pessoal. Não se pode manipular. Neste tempo, temos uma grande tentação na Igreja, que é uma moléstia espiritual: manipular as consciências; uma lavagem teologal do cérebro, que no fim te leva a um encontro com Cristo, mas puramente nominal e |
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não com a Pessoa de Cristo Vivo. No encontro de uma pessoa com Cristo, intervêm Cristo e a pessoa! Não aquilo que quer o engenheiro espiritual que pretende manipular. Este é o desfio. Levar o homem de hoje ao encontro com Cristo, na certeza, porém, de que somos meios e que o problema fundamental não é a aquisição de tecnologias sofisticadas, embora necessárias para uma presença atual e válida. Esteja sempre bem claro em nós que o Deus em quem acreditamos, um Deus |
apaixonado pelo homem, quer manifestar-Se através dos nossos meios, ainda que pobres, porque é Ele que opera, é Ele que transforma, é Ele que salva a vida do homem.
E a nossa oração, a oração de todos, seja esta: que o Senhor inflame o nosso coração e nos sustente na missão fascinante de levá-Lo ao mundo. Recomendo-me às vossas orações, porque também eu tenho esta missão, e, de bom grado, dou-vos a minha Bênção. |
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Comunicar no ambiente digital |
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O diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja (SNCS) convidou os profissionais do setor, católicos ou não, a refletir em conjunto sobre as “possibilidades” do mundo digital. Os meios de comunicação não são entendidos apenas como instrumentos que ajudam a Igreja a evangelizar, porque estes meios “criaram e provocaram uma nova forma de ser homem e ser mulher”, assinala o cónego João Aguiar Campos, em declarações à ECCLESIA. O sacerdote e o irmão Darlei Zanon debateram e apresentaram na RTP2 as próximas Jornadas de Comunicação Social, que vão decorrer em Fátima entre os dias 3 e 4 de outubro, sobre o tema ‘Comunicar no ambiente digital’. O programa proposto pelo SNCS convida a refletir, a caracterizar e a descobrir os desafios deste ambiente, sejam profissionais ou pastorais: “Que desafios são esses para a presença do evangelho, para a comunicação do evangelho, como é que se habita cristãmente este espaço”, precisa o cónego João Aguiar. |
Darlei Zanon, editor da Paulus, apresentou um livro onde revela um termo novo, a «cibereclesiologia», e aborda diversos elementos desta nova realidade, “alguns que ameaçam a Igreja e outros surgem como oportunidades”. Uma dupla vertente, vantagens e riscos, que está sempre presente e em análise mas que não se pode deixar de arriscar porque “os riscos ocupam muito mais espaço se outras propostas coerentes, interpelativas, humanizantes deixarem de estar presentes”, explica o cónego João Campos Aguiar. A internet para além de tornar todos próximos, “independentemente dos milhares de quilómetros de distância”, e da democratização da cultura, tem a desvantagem de “por falta de tempo, por excesso de ruído de confundir aquilo que efetivamente vale, de confundir o minério com a ganga”, acrescentou. Segundo o diretor do SNCS, “a fé exige um encontro e uma adesão pessoal” que se confronta com outros dos perigos da internet, o esvaziar a “apetência e |
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o contacto, a necessidade e a riqueza” do encontro, do face a face. “Há lugar para o institucional porque também temos de nos encontrar, vivemos a fé numa comunidade e inseridos numa Igreja”, prosseguiu o cónego João Campos Aguiar, para quem estar e trabalhar em rede desafia “à multiplicidade de contactos e à multiplicidade de presenças”.
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O paradigma hoje é falar do ambiente, isto é, estes instrumentos ou estes meios criaram, provocaram uma nova forma de ser homem e ser mulher e é neste ambiente que estamos mergulhados e temos de olhar para estas transformações antropológicas provocaram. Cónego João Aguiar |
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Redes sociais, fonte de inspiração |
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As redes sociais como fonte de inspiração: é desta que forma que a jornalista Laurinda Alves olha para este novos meios de transmissão e partilha de mensagens. Nas vésperas das Jornadas da Comunicação Social, Laurinda Alves explica à ECCLESIA que é contra a exposição gratuita da vida privada e privilegia partilhas que possam servir como exemplo e como motivação. “Eu uso as redes sociais sobretudo para falar de causas e coisas que possam ser inspiradoras. Mesmo quando me envolvo, no sentido de dar um testemunho, é sempre com esse cuidado de ser algo que inspire outros, mais no sentido de partilha do que de mostrar, de exibir”, refere. Com uma boa utilização, as redes sociais podem ser uma fonte de inspiração e de ajuda para pessoas que antes estavam isoladas, com o surgimento de “todo o tipo de associações”. “Às vezes há mau uso, no sentido daninho, perverso, malévolo, mas abstraindo dessa realidade, que é sinistra, as redes sociais, quando |
bem usadas, são uma ferramenta poderosíssima de transformação, de consciência coletiva”, afirma Laurinda Alves. Luís Ferreira é responsável pelo grupo Peregrinos de Santiago de Compostela, uma comunidade na rede social Facebook, criada em janeiro de 2012, onde se partilham experiências e se incentiva a peregrinar rumo a Santiago de Compostela. Esta é uma presença virtual que tem ajudado as pessoas a descobrir o caminho e a procurar o essencial na vida. “O Facebook é uma excelente ferramenta de divulgação, quando bem utilizado, seja do que for. Este grupo usa as boas práticas que esta rede permite, de modo a dar um pouco de informação a quem a procura, de visão do porquê sermos tão apaixonados pelo Caminho de Santiago”, revela. As pessoas partilham “de tudo um pouco”, desde as suas próprias vivências, “algo muito profundo, muito pessoal”, neste grupo aberto, aos locais que as marcaram, os albergues, a gastronomia. |
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O grupo Peregrinos de Santiago de Compostela saiu da Rede social e tem já agendado o segundo encontro presencial: será em Alvaiázere, em Leiria, no dia 19 de outubro, e tem como objetivo a partilha de experiências e a solidariedade. |
A comunicação no ambiente digital vai estar em destaque nos programas ECCLESIA na Antena 1 da rádio pública, pelas 22h45, de segunda a sexta-feira, ao longo da próxima semana. |
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Dioceses nas redes sociais |
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As dioceses, como a de Lamego e Bragança-Miranda, descobriram na internet e nas redes sociais uma forma de transmitirem a sua mensagem, informações institucionais e um ambiente que lhes permite estar próximos dos seus fiéis e da população em geral. “A Igreja é depositária da mensagem mais bela e tocante que existe no mundo e como administradores desse tesouro começamos a pensar numa estratégia sabendo que era chegada a hora de usar os meios que a técnica moderna põe à disposição para lançarmos as redes, como Jesus pediu aos apóstolos”, explica o padre José Alfredo Patrício, diretor do departamento de comunicação da diocese de Lamego. Em 2009, a diocese fez o “esforço de integrar as redes sociais” para partilhar informações e uma mensagem com um “público mais abrangente”. Este ano, com a mensagem de Bento XVI sentiram um apelo “renovado” para desenvolver e dedicar mais atenção |
às redes sociais e procurar “potenciar essa informação através do facebook e do twitter”. O padre José Alfredo Patrício considera que a Igreja “em cada época, encontra os meios necessários para chegar às pessoas”, e hoje a técnica “permite chegar a muitas pessoas”, uma presença que não deve ser apenas da Igreja “mas também dos cristãos”. O responsável pelo departamento de comunicação da diocese de Lamego revela-se satisfeito com o feedback e com a dinâmica nas redes sociais, onde procuram ter sempre alguém para responder às solicitações: “É importante que alguém possa interagir em tempo útil”. No 47º dia mundial da comunicação social, o Papa emérito Bento XVI com o tema - Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização – destacou a importância das redes sociais na evangelização. Na diocese de Bragança-Miranda também existe uma aposta nas redes sociais e o |
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padre Calado Rodrigues, responsável pelo departamento de comunicação, assinala a comunicação positiva que têm com os diocesanos locais e com os que migraram que “gostam de ter referências ao seu local de nascimento”. “A principal preocupação era criar canais de comunicação e não só de divulgação”, explica o sacerdote que acrescenta que os jovens são um público-alvo porque são “pessoas com mais dificuldade de atingir na Igreja e |
é um meio eficaz”. O padre Calado Rodrigues revela que nas redes sociais também são seguidos por reformados e pessoas de mais idade: “surpreendeu-me e é positivo mas muitos fazem-no para suprir a falta de convívio, a solidão”, o que considera um factor negativo. A presença da diocese passa pela sua página no facebook, pelo twitter e por uma página de D. José Cordeiro no facebook, o bispo diocesano. |
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Mudança na comunicação, novo modelo |
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O presidente do Conselho Pontifício da Cultura (CPC) disse esta quarta-feira em Roma que os jornalistas e Igreja devem unir-se para enfrentar as “gravíssimas” questões levantadas por um novo tipo de comunicação. “Com este novo modo de comunicar, temos um novo modelo humano, um novo fenótipo antropológico”, declarou o cardeal Gianfranco Ravasi, durante a sessão dedicada aos jornalistas do ‘Átrio dos Gentios’, estrutura do Vaticano dedicada ao diálogo com os não crentes. O cardeal gracejou com o facto de muitos dos termos usados na linguagem informática serem “claramente teológicos”, dando uma série de exemplos: salvar, converter, justificar, ícone. À imagem do que já afirmou noutros encontros do género, incluindo a sessão de Braga e Guimarães do Átrio dos Gentios (novembro de 2012), o presidente do CPC comparou as frases curtas, “essenciais”, de Jesus nos Evangelhos, às atuais mensagens da rede social Twitter, com um máximo de 140 carateres. |
"Jesus Cristo adotou o uso do ‘tweet’ de forma sistemática, aquilo a que os estudiosos, com um termo extremamente sofisticado, arcaico, chamam os ‘logia’", ressaltou. O modelo comunicativo de Jesus aproximava-se ainda da atual produção televisiva, com a "articulação das parábolas", através de símbolos, e recorria à "corporeidade", acrescentou o cardeal italiano. Neste contexto, o responsável da Cúria Romana disse que quando um padre “não se interessa pela comunicação, está verdadeiramente fora do seu próprio ministério”. O debate contou com a participação do fundador do jornal italiano ‘La Repubblica’, Eugenio Scalfari, que recentemente trocou correspondência com o Papa. “Não estamos aqui para converter-nos, mas temos em comum a convicção de que as nossas posições diferentes devem ser fermento para uma terra que precisa de ser fertilizada”, disse Scalfari. O cardeal Ravasi destacou, por outro lado, a transformação do |
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conceito clássico e religioso de verdade, que passou do “transcendente” a conquistar pelo ser humano para um conceito subjetivo, “elaborado pelo indivíduo”. O ‘Átrio dos Jornalistas’ reuniu os responsáveis dos principais jornais italianos para uma primeira reflexão entre profissionais |
da comunicação, crentes e não crentes, sobre várias temáticas. Durante os trabalhos, foi pedido respeito pela “inquietação própria” do não-crente, que difere da busca de uma fé religiosa. Os participantes destacaram também o renovado interesse dos meios de comunicação na vida da Igreja, por causa do pontificado do Papa Francisco. |
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Ciberteologia
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Is the Internet changing the way you think? Assim se intitulava uma coletânea de entrevistas sobre o impacto da Rede na nossa vida, organizada por John Brockman, e que apareceu em 2011 nos EUA. «A Internet está a mudar o nosso modo de pensar?» As recentes tecnologias digitais deixaram de ser ferramentas, isto é, instrumentos completamente externos ao nosso corpo e à nossa mente. A rede não é um instrumento, mas um «ambiente» no qual vivemos. Os «dispositivos», isto é, os objetos que temos à mão (na verdade muitas vezes mais pequenos que uma mão) e que nos permitem estar cada vez mais conectados, tendem a simplificar-se, a perder consistência, para se tornarem transparentes em relação à dimensão digital da vida. São portas abertas que raramente se fecham. Quem desliga, hoje em dia, um iPhone? Ele é recarregado, «silenciado», |
mas raramente desligado. Tem gente que nem sabe como desligá-lo. E se possuímos um smartphone ligado no bolso, estamos sempre na Rede.
Pensar a fé em tempos da Rede não é só uma reflexão ao serviço da fé. A aposta é muito mais elevada e global. Se os cristãos refletem na Rede, não é somente para aprenderem a «usá-la» bem, mas por que foram chamados a ajudar a humanidade a compreender o significado profundo da própria Rede, no projeto de Deus: não como um instrumento a ser «usado», mas como um ambiente a ser «habitado». (…)
Repito que a pergunta certa, ao começar a leitura, diz respeito ao novo contexto existencial gerado pelos media e a consequente «transformação antropológica». Qual é o seu significado |
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para a fé? Em que mundo vivemos? É o mesmo de antigamente? À pergunta, «onde vives?», o que é que responderemos? Habitamos também um território digital. Que valor assume, na era digital, o facto de que «o Verbo se fez carne e veio habitar no meio de nós»?
Também me parece importante lembrar que o objetivo da obra é o de abrir cenários e alimentar o desejo de não se deter nos «prodígios» da técnica, mas de aprofundar e compreender como o mundo está a mudar e como esta mudança possui um impacto na vida de fé. As tecnologias são «novas» não simplesmente porque diferentes em relação àquilo que as precedeu, mas porque mudam profundamente o próprio conceito de experiência. Trata-se de evitar a ingenuidade de acreditar que estejam disponíveis para nós sem modificar em nada o nosso modo de perceber a realidade. A tarefa |
da Igreja, assim como de todas as comunidades eclesiais, é a de acompanhar o homem no seu caminho, e a Rede faz parte integrante deste percurso de modo irreversível. (Excertos do preâmbulo da obra, publicada pela Paulinas Editora) |
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Patriarca destaca
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O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, afirmou no Vaticano que a comunicação representa hoje uma dimensão “essencial” da vida da Igreja e da sociedade. “A comunicação social deixou de ser meramente instrumental e passou a ser algo de essencial, porque nós todos nos descobrimos como Igreja em comunicação”, disse, após ter participado pela primeira vez numa assembleia do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais (CPCS), de que é membro. “É muito oportuno passarmos isto para as nossas Igrejas e para os meios de comunicação social dos nossos países, é urgente”, acrescentou D. Manuel Clemente, em declarações hoje divulgadas pelo CPCS, através do YouTube. O patriarca de Lisboa aludiu ao 50.º aniversário de publicação do decreto ‘Inter Mirifica’, documento do Concílio Vaticano II dedicado aos meios de comunicação. “Nós estamos num ano muito importante, porque são os 50 |
anos da Inter Mirifica”, recordou, antes de sublinhar as mudanças que tiveram lugar neste meio século. O Conselho Pontifício das Comunicações Sociais promoveu a sua assembleia plenária com especialistas em comunicação de todo o mundo sob o tema ‘A rede e a Igreja’, entre os dias 19 e 21 deste mês. “Tive muito gosto e muito proveito nesta participação, porque foi uma ocasião para ouvir o que se está a fazer no campo das comunicações sociais da Igreja, um pouco por todo o mundo, também para me inteirar mais da ação do Conselho Pontifício e dos seus planos para o futuro”, declara D. Manuel Clemente. O organismo da Cúria Romana reuniu especialistas durante três dias para analisarem o trabalho efetuado deste a última assembleia plenária e definirem critérios de ação para os próximos anos. |
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Os participantes deste encontro procuraram respostas a perguntas como: “Quais os desafios e as oportunidades no campo da comunicação eclesiástica?; O que significa viver em rede?; Quais deveriam ser as prioridades do
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Conselho Pontifício das Comunicações Sociais?; Que sinergias existem entre as Igrejas locais? O que significa uma comunicação estratégica numa Igreja mais conectada?”. |
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“É evidente para todos nós que os media são algo mais do que meros instrumentos. Abordamos essa questão na nossa plenária, colocando-a em evidência com o título ‘A Igreja e a rede’. Fizemo-lo porque Jesus pede-nos que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade”. D. Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais |
Redes Sociais na JMJ Rio2013 |
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Os jovens foram sempre o rosto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro. A mensagem de Jesus Cristo propagou-se por todos os cantos, num mundo onde não existem fronteiras para anunciá-Lo. Este foi um bom exemplo do que a Igreja pode fazer ao aproveitar as oportunidades oferecidas pelas redes sociais sem se comprometer com o seu aspeto mais nocivo. Estar presente nesta «dimensão existencial da comunicação» é responder ao apelo de Jesus Cristo no evangelho: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações!” ( Mt 28, 19) Como em qualquer processo de comunicação, é necessário que conheçamos “o outro” e este “outro” foi um público herdado da JMJ Madrid 2011 e que aumentou significativamente à medida que se aproximava a data de início da JMJ, chegando a mais de um milhão de “fans” no facebook com os posts atingindo mais de 40 milhões de visualizações durante a semana da JMJ. Inicialmente o grande desafio passou por ter uma identidade |
visual cuidada, promovendo uma forma de comunicação credível e ao mesmo tempo próxima do público. Houve depois a necessidade de divulgar informação generalista relacionada com a JMJ, promover campanhas, divulgar conteúdos de reflexão partindo de textos bíblicos ou frases do Papa e cuidar do diálogo entre o peregrino e a organização, respondendo às dúvidas. Os conteúdos destinaram-se a um público global e tornaram as redes num espaço de encontro e formação para os peregrinos e também para todos aqueles que, impossibilitados de viajar, puderam fazer um caminho espiritual muito próximo. Contámos com uma colaboração de mais de 120 voluntários em todo o mundo que, através de uma plataforma online, asseguraram a tradução e publicação da informação nos 21 idiomas e nas mais diversas redes sociais, tais como o Facebook, Twitter, Youtube, Flickr, Tumblr, Ask.fm, Formspring e Google+. |
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Durante a semana de realização da JMJ Rio2013 o trabalho nas redes sociais era feito em tempo real, dando destaque às frases do Papa e a todos os acontecimentos diários que tinham lugar. Foi também possível a disponibilização de um agregador de redes sociais - “Live Rio2013” facilitando assim a consulta a toda a informação publicada. Para o sucesso da comunicação da JMJ Rio2013 foi importante o alcance da informação, não só para os 3,7 milhões de peregrinos que estiveram em Copacabana |
mas para as dezenas de milhões de pessoas que receberam, através destas novas plataformas, a mensagem de Jesus Cristo. Nunca alcançaremos uma rede social livre de aspetos nocivos mas, como cristãos, temos este apelo urgente para dar respostas às inquietações das pessoas que se tornam presentes nesses ambientes. E o tempo é «hoje», porque enquanto permanecemos afastados retiramos hipóteses a muitos de conhecerem Jesus Cristo. Filipe Teixeira |
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Cibereclesiologia e o presente da Igreja |
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No início do Seu ministério na Galileia, Jesus chama alguns pescadores para serem Seus discípulos. Dirigindo-se a Pedro, diz: “Avança para águas mais profundas, e lança as redes para a pesca” (Lc 5,4). Se Cristo se encontrasse com Pedro (ou com qualquer um de nós cristãos) hoje, certamente diria algo ligeiramente diferente. Algo como: “Avança para realidades mais profundas, lança-te às redes”. Se quisermos “ir pelo mundo e fazer discípulos”, hoje, devemos lançar-nos às redes, devemos mergulhar no ambiente predominante da sociedade contemporânea, que é o mundo virtual, principalmente a Internet. Para tal, no entanto, é preciso repensar a própria estrutura e o modelo de Igreja atual. Daí a necessidade de uma “cibereclesiologia”. Uma palavra difícil, mas com um sentido muito simples, que deriva de três termos conhecidos de todos nós: logia, que traduz estudo; ekklesia, que significa Igreja; e ciber, |
uma derivação do prefixo inglês “cyber”, que exprime a noção de internet, de virtual ou de comunicação em rede. A cibereclesiologia é, portanto, o estudo sobre a Igreja no mundo digital ou na “sociedade em rede”, o tempo e o espaço onde vivemos hoje, segundo o sociólogo Manuel Castels. Este novo ambiente representa uma verdadeira revolução social e antropológica e a cibereclesiologia surge para auxiliar a Igreja a refletir e a estruturar-se neste contexto, a fim de melhor realizar a sua missão de evangelizar, “lançando-se às redes”. É um estudo teórico que procura ajudar a dar respostas às inúmeras questões, ameaças e desafios impostos pelo novo ambiente digital. No livro “Elementos para uma cibereclesiologia” aponto inúmeros aspectos importantes nesta reflexão, que deve passar por dois caminhos primordiais: pensar a ação de cada |
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cristão individualmente, através do seu testemunho e modo de ser; e pensar a ação da Igreja enquanto instituição. Os desafios são inúmeros, tais como a crise das instituições, da família, da noção de poder e de valores, o fim dos absolutismos e do patriarcalismo, a grande miscelânea de Igrejas, seitas e filosofias. Ou então, a nível estrutural, exigindo uma organização horizontal, em rede, descentralizada, interativa, comunitária, com novos formatos e linguagens, etc. |
Mas há certamente mais oportunidades do que ameaças no novo ambiente digital. Mais oportunidades do que desafios, se partirmos dos ensinamentos das primeiras comunidades e do Concílio Vaticano II. A Igreja tem 2000 anos de experiência e é “especialista em humanidade”, por isso tem muito a contribuir e a crescer neste contexto, semeando o evangelho para colher os “sinais do reino”. Ir. Darlei Zanon, religioso paulista |
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Jovens católicos nas redes sociais |
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As Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro viveram-se também nas redes sociais. Para além dos 3,7 milhões que estiveram in loco no Rio muitos foram os milhões que participaram e viveram esta peregrinação de jovens on-line. As redes sociais estiveram no seu auge, e a cada momento havia novidades sobre os vários acontecimentos das JMJ. Quem participou nas JMJ pôde perceber que a organização se preocupou muito com a comunicação e imagem do evento, mas muitos foram os contratempos e imprevistos que com a ajuda das redes sociais se diluíram. O exemplo mais visível foi a alteração da missa de encerramento de Campus Fidei para Copacabana, em que as redes sociais tiveram uma grande importância na divulgação desta alteração. Acrescentando à informação alguns comentários, inclusive com muito humor, passando a denominar o local de «Lamus Fidei». Para além das redes sociais, a criação de uma |
aplicação para telemóvel das JMJ Rio 2013 fez com que os peregrinos estivessem sempre a par das mudanças de última hora, agenda cultural em vários pontos da cidade, percursos do Papa e discursos, tudo o que há partida não se sabia pelos meios de comunicação. Para quem quer passar a informação de uma forma mais rápida as redes sociais, mais concretamente o Facebook, têm essa grande vantagem. Mais do que enviar um e-mail, institucional a informação divulgada na rede social é mais rápida e suscita mais comentários e maior partilha de informação. O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), mais do que o seu site oficial (dnpj.pt), fez da página do Facebook (facebook.com/depar tamento nacionalpastoraljuvenil) o seu veículo de passagem de informação. Muitos milhares acompanharam os primeiros tempos dos portugueses na JMJ. A entrega da imagem de Nossa Senhora de Fátima ao |
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reitor do Santuário do Cristo Redentor foi dos momentos altos, um acontecimento que deixou marca e que no momento foi visto, através de imagem, por muitos utilizadores das redes sociais. Neste caso, o facto de estarmos no alto do Corcovado, onde só havia internet dentro da capela do Santuário, tornou-se eficaz e fundamental a utilização de um telemóvel com wifi. A forma como se partilhou a informação foi o melhor meio para a divulgar, um sistema mais elaborado podia ter dificultado. |
A LusoFÉsta, evento organizado pelo DNPJ nas JMJ, foi outra das iniciativas que tiveram influências nas redes sociais. Além do convite institucional enviado por e-mail, foi mais uma vez no Facebook que se partilhou grande parte da informação. As partilhas fizeram com que um maior número de participantes soubesse o que se ia passar. A dificuldade da cobertura jornalística das JMJ era grande. Quando se está numa cidade enorme como o Rio de Janeiro, onde por vezes os sistemas de |
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comunicação falham, e a internet nem sempre tem um bom sinal ou se consegue aceder, é com a ajuda das redes sociais no telemóvel que se consegue partilhar e trabalhar a informação. O DNPJ conseguiu ser o primeiro a divulgar aos Jovens o local das próximas JMJ 2016, em Cracóvia. Com o texto já feito, e à espera das palavras do Papa Francisco foi só escrever: Cracóvia, na Polónia e carregar em publicar, para sermos os primeiro a divulgar a informação. Só passados uns minutos é |
que a organização e outros meios partilharam o local. Como se tem dito muito, a evangelização dos jovens tem de ser feita por jovens. Nestas JMJ Rio 2013, a partilha nas redes sociais das informações juvenis, feita por essa faixa etária, provou ser o melhor meio de comunicação possível. Para além disto, é preciso ser testemunho de Cristo, não só nas redes sociais tendo atenção o que se partilha, mas no dia-a-dia na escola, em família e no trabalho. Bruno Leite (DNPJ) |
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Papa faz viagem simbólica
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O Papa Francisco visitou este domingo, pela segunda vez, uma ilha italiana e após ter evocado o drama dos migrantes, em Lampedusa, centrou a sua atenção nas vítimas da atual crise económica, numa viagem à Sardenha marcada por vários discursos e gestos de proximidade. Após ter deixado de lado o discurso que tinha preparado para o encontro com o “mundo do trabalho”, durante o qual abraçou um desempregado que falou da sua situação, o Papa presidiu a uma missa na qual pediu respeito pelos “direitos fundamentais” de cada pessoa. “É necessária a colaboração leal de todos, com o compromisso dos responsáveis das instituições, também a Igreja, para assegurar os direitos fundamentais das pessoas, fazendo crescer uma sociedade mais fraterna e solidária”, declarou na homilia da missa a que presidiu no Santuário da “Madonna di Bonaria” (de Nossa Senhora dos Bons Ares, em tradução livre para português). |
Francisco sublinhou de forma particular o “direito ao trabalho, o direito a levar pão para casa, pão ganho com o trabalho”. Mais tarde, o Papa sustentou que a atual crise internacional ameaça o futuro da sociedade e apelou à reformulação dos modelos económicos e sociais, para revalorizar o ser humano. “A crise pode tornar-se um momento de purificação e de repensar os nossos modelos económico-sociais, de uma certa conceção de progresso que alimentou ilusões, para recuperar o humano em todas as suas dimensões”, declarou, num encontro com o “mundo da Cultura”, que decorreu na aula magna da Faculdade Teológica, em Cagliari. Francisco encerrou a visita de dez horas à Sardenha após um encontro com milhares de jovens, os quais desafiou a resistir à tentação do “desânimo” e aos “mercadores da morte”. “Por favor, não vendais a vossa juventude a esses que vendem a morte”, disse, na capital da ilha, |
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desafiando a assembleia a abrir o coração “à fraternidade, à amizade, à solidariedade”. O Papa dirigia-se em particular a quem se sentia “triste”, frisando que por vezes se projeta um futuro mas acaba por se “viver um falhanço, uma frustração: é uma prova e é importante”. “O que há a fazer, certamente, não é deixar-se vencer pelo pessimismo e a |
desconfiança. Vós jovens não podeis e não deveis viver sem esperança, a esperança faz parte do vosso ser”, declarou. A última intervenção foi dedicada às vítimas do ataque suicida que provocou mais de 80 mortos e de 150 feridos no Paquistão, pedindo que os crentes evitem a “destruição” e a guerra. |
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Bento XVI em diálogo
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O Papa emérito Bento XVI escreveu ao matemático e escritor italiano Piergiorgio Odifreddi, que, em 2011, publicou a obra ‘Caro Papa, escrevo-te’, para responder a algumas das suas críticas e questões sobre Jesus e a Igreja. A missiva, parcialmente divulgada hoje pelo jornal italiano ‘La Reppublica’, assume uma crítica “dura”, mas franca, às posições de Odifreddi sobre a historicidade de Jesus e a relação entre a Teologia e o mundo científico. “Aquilo que diz sobre a figura de Jesus não é digno do seu nível científico”, escreve Bento XVI, após o matemático italiano ter afirmado que sobre Cristo não se saberia nada, do ponto de vista histórico, recomendando ao seu interlocutor a leitura da obra de Martin Hengel (publicada em conjunto com Maria Schwemer), exegeta protestante. Joseph Ratzinger, autor de uma trilogia sobre ‘Jesus de Nazaré, nega ter desvalorizado a exegese histórico-crítica dos evangelhos |
e diz nesta carta que a mesma é “necessária para uma fé que não propõe mitos com imagens históricas, mas reclama uma verdadeira historicidade”. Bento XVI responde também às observações de Piergiorgio Odifreddi a respeito dos casos de abusos sexuais de menores por parte de sacerdotes, começando por mostrar “profunda consternação”. “Eu procurei desmascarar estas coisas: que o poder do mal penetre até este ponto no mundo interior da fé é um sofrimento para nós”, sublinha, antes de frisar que a Igreja vai fazer “todos os possíveis para que tais casos não se repitam”.
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Mudança de atitude
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O Papa apelou a uma mudança de “atitude” em relação aos migrantes e refugiados, alertando para os “tráficos de exploração, de dor e de morte” de que estas populações são alvo. “Os migrantes e refugiados não são peões no tabuleiro de xadrez da humanidade. Trata-se de crianças, mulheres e homens que deixam ou são forçados a abandonar as suas casas por vários motivos”, escreve Francisco numa mensagem intitulada ‘Migrantes e refugiados: rumo a um mundo melhor’. O texto, divulgado pelo Vaticano, projeta a celebração da próxima Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado, que vai ser assinalada pela Igreja Católica a 19 de janeiro de 2014. Segundo o Papa, é necessário passar de “uma atitude de defesa e de medo, de desinteresse ou de marginalização - que, no final, corresponde precisamente à ‘cultura do descartável’ – para uma atitude que tem por base a ‘cultura do encontro’, a única capaz de construir um mundo mais justo e fraterno”.
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“Os meios de comunicação também são chamados a entrar nesta ‘conversão de atitudes’ e a incentivar esta mudança de comportamento em relação aos imigrantes e refugiados”, acrescenta. Francisco mostra a sua preocupação com a migração forçada e com as “várias modalidades de tráfico humano e de escravidão”. A mensagem adverte ainda para o “escândalo da pobreza” nas suas várias dimensões: violência, exploração, discriminação, marginalização, abordagens restritivas às liberdades fundamentais. |
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LIKE SOMEONE IN LOVE |
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Num clube noturno de Tóquio, uma rapariga fala ao telemóvel. Fala com o namorado da jovem e bela Akiko que, não obstante a insistência do rapaz, se esquiva a precisar sobre o local exato onde está. O dono do clube dirige-se a Akiko para lhe endereçar um novo ‘cliente’, um amigo especial que mora longe dali. Ela resiste pois nessa noite deverá encontrar-se com a Avó que veio propositadamente à capital para a ver, mas acabará por ceder. Não sem a dor de avistar, ao largo, a Avó esperando por si em vão. Chegada a casa do tal amigo a quem foi endereçada, Akiko surpreende-se: Takashi Watanabe é um senhor de idade, viúvo, sociólogo, de ar simultaneamente respeitável e jovial, modos extremamente finos e um notório alheamento da perspetiva de uma ligação amorosa, menos ainda carnal, com a jovem rapariga. A relação entre ambos tece-se delicadamente e em breve Akiko vislumbra novos horizontes na sua vida. Será inteiramente |
livre de os escolher?... Pela segunda vez na sua carreira, depois de ‘Cópia Certificada’ (2010), Abbas Kiarostami filma fora do seu país, o Irão. Desta vez no Japão. Cineasta das grandes interrogações, dito apolítico e ‘informe’ - difícil de espartilhar num estilo cinematográfico -, que recusa seguir os trilhos do cinema militante - como é mister de alguns conterrâneos na redução de arte a manifesto, não escusa a sua filmografia ao mais profundo olhar sobre o mundo quotidiano e nesse sentido, sim, provável e profundamente político no seu mais nobre sentido. Surpresa, filme a filme, no seu modo de perscrutar, envolve-nos fina e profundamente neste ‘Like Someone in Love’ num Japão cuja herança material e imaterial conhecemos e um Japão atual ainda muito desconhecido: duas gerações, dois tempos e três modos (o velho Takashi e os jovens Akiko e o seu namorado) de ser japonês. A uma medida de tempo e espaço, a secular afabilidade, a sólida |
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educação e a riqueza cultural; a outro tempo e espaço, a atabafante pressão do meio urbano, a perspetiva redutora de futuro e a ausência de sonho e ideal que abre lugar a soluções rápidas de vida, como a prostituição; a cedência do ímpeto e do fulgor da juventude à violência, na ausência de ideal. Akiko personifica o rio que flui frágil e forte, cheio e vazio, entre estas duas margens, numa obra extraordinariamente bem filmada, a que uma aparente tranquilidade e simplicidade narrativas nada retiram do que de mais belo, mais duro ou mais trágico a história contém: questões relevantes e profundas sobre o amor, o seu lugar no mundo e a sua polimorfia, sua força e vulnerabilidade, o que suscita - Um sentido para a vida? Um sentimento de posse? Sobre a cultura, entendida como capacidade de integrar passado, presente e projeção de futuro. Ou sobre a perda- a do outro, por morte ou rejeição; a perda de referências identitárias e afetivas com o vazio que tal desenraizamento importa. |
Nomeado para a Palma de Ouro de Cannes, ‘Like Someone In Love’ é, sem sombra de dúvida, pela sua qualidade estética e capacidade de interpelação humana, o melhor filme a estrear esta semana.
Margarida Ataíde |
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Fundação Ajuda à Igreja que Sofre |
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Quase todos os dias somos informados que grupos de Cristãos são atacados somente porque professam a sua fé. Ainda há poucos dias no semanário da Agência Ecclesia se poderia ler que “nunca, como agora, a comunidade cristã esteve tão ameaçada no Médio Oriente” e que “nunca, como agora, são importantes as nossas orações”. Uma forma de acompanharmos a evolução do que se passa com os nossos irmãos na fé, que vivem em terras banhadas pelos rios Tigre e Eufrates, é acedermos ao sítio da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). Ao entrarmos no respetivo endereço, encontramos um espaço atrativo, denotando-se uma elevada qualidade na estrutura e conteúdos aí apresentados. Na opção informar, temos a possibilidade de aceder aos boletins periódicos em formato electrónico, aos relatórios produzidos pelo Observatório |
da Liberdade Religiosa no Mundo e ainda, à calendarização dos acontecimentos que de algum modo encaixam nos objectivos desta entidade. No item orar, encontramos um conjunto variado de sugestões com pistas de oração diária. Seja juntando-nos, em correntes de oração, “a milhares de cristãos que todos os dias rezam em comunhão com a Igreja que sofre”, ou orando pela paz na Síria ou pelo povo Egípcio, ou mesmo acompanhando as intenções do Santo Padre para cada mês. É também neste espaço que dispomos da possibilidade de colocar as nossas “intenções ou pedidos especiais, para que todos possamos rezar”. Em partilhar, descobrimos as múltiplas opções, para que de alguma maneira, integremos e façamos parte deste enorme e riquíssimo projecto de ajuda aos outros. Desde campanhas a projectos de voluntariado e donativos, tudo possibilidades que estão ao nosso |
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dispôr para conhecermos e quem sabe aderirmos de corpo e alma às múltiplas plataformas de ajuda e encontro humano e cristão. Para finalizar, destacamos duas opções disponíveis. A primeira, apoios, onde descobrimos as diversas maneiras que a AIS tem para ajudar a desenvolver, povos e pessoas com carências aos mais variados níveis. A segunda, catálogo, onde acedemos à loja virtual com a venda de produtos com a chancela da AIS, |
com o objetivo de angariar fundos que ajudem a minimizar os custos das suas acções humanitárias. Fica lançado o repto para que visitem este espaço. Ficando a conhecer uma das mais prestigiadas e reconhecidas fundações católicas internacionais, que actua onde realmente é necessário, nunca esquecendo o papel evangelizador que está patente nos seus princípios.
Fernando Cassola Marques
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Mente Aberta, Coração Crente |
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Testemunho do sacerdote, pastor e educador e as suas reflexões sobre Deus, o mundo e os homens. “Mente Aberta, Coração Crente” (Editora Nascente) chega hoje às livrarias. Este livro de Sua Santidade o Papa Francisco é o resultado de um longo processo de reflexão e pregação desenvolvido no contexto dos seus retiros espirituais. Revelando a profundidade da sua vida espiritual, o Papa Francisco leva-nos, em quatro meditações, ao encontro com Jesus através dos diálogos que nos fornecem os Evangelhos. É um vislumbre da rica tradição Inaciana do autor, que será um grande impulso para a vida da Igreja nestes tempos de nova evangelização. O Papa Francisco também escreve sobre a Igreja na sua vida real, com a sua grandeza e os seus pontos fracos, e termina com textos dedicados à oração. Uma obra de caráter espiritual, para ajudar a crescer na Fé os crentes e todos os que procuram dar sentido espiritual à sua vida.
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Excerto do Prólogo «Creio que a obra que tem nas suas mãos, e para a qual tive o prazer de escrever este prólogo, é fruto de um longo caminho de reflexão e oração que necessita, por isso, de uma leitura pausada; darmo-nos tempo é o primeiro requisito para avançarmos em algo importante. Estamos habituados a ler rapidamente para nos informarmos, mas este livro tem outra pretensão. Agradeço ao cardeal Bergoglio por ter decidido reunir diversos textos para os apresentar, na unidade de uma obra, como um caminho sempre atual que nos ajuda e enriquece.» Mons. José María Arancedo, Arcebispo de Santa Fé da Vera Cruz |
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Biblioteca do Catequista |
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Um conjunto de livros que formam a biblioteca indispensável de qualquer catequista: Ao todo, a biblioteca é composta por 10 livros diferentes que tocam o essencial do que deve ser a formação básica de um evangelizador. O agente pastoral consegue através de uma compra única ter acesso a um conjunto de materiais que o tornam mais capaz no seu anúncio (Edições Salesianas).
TítulosIniciar-se como catequista Partilhar a Fé Para que tenham vida Casa sobre a Rocha Meditações para Advento, Natal, Ano Novo, Epifania Eucaristia com crianças - ano A (Tempos Fortes) Reuniões Eficazes Bansmania Interagir
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Paulo VI e a reforma da cúria romana II |
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Será que Paulo VI foi um Papa reformador? A cúria romana sempre foi objecto de posições apaixonadas “de lado a lado”, de tal modo que o discurso do Papa proferido a 21 de setembro de 1963, na véspera da abertura da segunda sessão conciliar, foi lido e escutado “nas suas linhas e entrelinhas” (In: Boletim de Informação Pastoral; Setembro-Outubro 1963; Nº 26). A reforma da cúria romana é um tema que apaixona a opinião mesmo de quem não anda muito a par da vida da Igreja. A última reorganização tinha acontecido nos finais do século XVI (em 1588). “Não sabemos se valerá mais estranhar se admirar que este organismo tenha podido funcionar sem retoques importantes durante quase quatro séculos que viram tantas transformações políticas e sociais” (In: Henri Fesquet; «O Diário do Concílio – volume 1»; pág 146). Sabe-se que o Papa Pio XII pensou na reformulação, mas não pôde ou não conseguir empreender esse trabalho. Segundo Henri Fesquet – citando o padre Legault – o Papa Pio XII resolveu «curto-circuitá-la», tomando o máximo de decisões inteiramente só. O homem que convocou o II Concílio do Vaticano, João XXIII, estava plenamente convencido da urgência desta tarefa, “mas procurou primeiro o apoio do episcopado do mundo inteiro, e foi essa uma das razões da convocação do concílio”.
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Viu as primeiras luzes do concílio, mas morreu sem ter podido cumprir esse objectivo. Mais do que nenhum outro dicastério, a chamada congregação do Santo Ofício tinha necessidade de uma reforma fundamental. “Tornou-se insuportável aos católicos, não que exista um ministério encarregado de velar pela manutenção da pureza doutrinal, mas que este trabalho seja realizado segundo métodos contrários ao direito internacional, que rege os tribunais (condenar sem apelo dos homens, sem os ter prevenido ou ouvido ante; silêncio oficial sobre os motivos)”, (In: Henri Fesquet; «O Diário do Concílio – volume 1»; pág 146). O índex era “totalmente anacrónico” e muitas vezes chegava ao resultado contrário daquele que se pretendia. Henri Fesquet, na obra citada, escreveu: “Sem o Santo Ofício, a «Vida de Jesus» do padre Steinman, por exemplo, teria tido menos notoriedade e, portanto, menos leitores”. No célebre discurso de Paulo VI, este exortou a cúria romana a |
nunca perder de vista que o seu comportamento devia ser um exemplo para a catolicidade de desprezo pela ambição e de respeito pelos bispos. “A cúria romana não deve ser uma burocracia pretensiosa e apática, como alguns a consideram sem razão, somente canonista e ritualista, um terreno em que se defrontam ambições ocultas ou surdos antagonismos, segundo outras acusações”. Além disso, continuou o Papa Montini, a cúria romana “não deverá ser ciosa das prerrogativas temporais de outrora nem de formas exteriores que já não são aptas para exprimirem ou conferirem altas significações religiosas, nem avara de faculdades que o episcopado pode exercer melhor localmente, por si próprio, sem que isso prejudique a ordem eclesiástica universal”. Foi de capital importância que estas ideias tenham sido transmitidas pelo Papa a poucos dias da abertura da segunda sessão. |
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setembro 2013 |
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Dia 27
* Dia Mundial do Turismo.
Dia 28
* Lisboa - Conselho Nacional da Pastoral Operária.
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* Funchal - Convento de Santa Clara - Assembleia das direcções dos secretariados, movimentos e obras laicais da diocese do Funchal. |
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Ano C - 26.º Domingo do Tempo Comum |
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Receber os bens para partilhar |
A liturgia deste vigésimo sexto domingo do tempo comum faz-nos pensar de novo sobre a nossa relação com os bens deste mundo: não nos pertencem de forma exclusiva, são dons que Deus colocou nas nossas mãos para que os administremos e partilhemos, com gratuidade e amor. As palavras do profeta Amós são muito provocadoras: denuncia violentamente uma classe dirigente ociosa, que vive no luxo à custa da exploração dos pobres e que não se preocupa minimamente com o sofrimento e a miséria dos humildes; anuncia que Deus não pactua com esta situação, pois este sistema de egoísmo e injustiça não tem nada a ver com o seu projeto para os homens e para o mundo. O Evangelho oferece-nos uma catequese sobre a posse dos bens, na parábola do rico e do pobre Lázaro. É a única parábola em que Jesus dá um nome a um dos protagonistas da história que inventa. O pobre chama-se Lázaro, que, em hebraico, significa “Deus socorreu”. É o que Jesus faz pelo seu amigo. O rico é descrito com todo o fausto que o rodeava: vestidos luxuosos, festins sumptuosos e quotidianos. Mas não tem nome, é “o rico”. Aos olhos de Deus, os que ocupam o primeiro lugar são os pobres. Uma frase é central no relato: “Lázaro bem desejava saciar-se do que caía da mesa do rico, mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas”. Uma frase muito próxima da parábola do filho |
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pródigo, quando o filho mais novo lamenta não poder comer as bolotas dos porcos. Esse filho simboliza o homem pecador fechado na sua solidão, o pobre Lázaro é vítima do pecado do rico, mas o resultado é o mesmo: não são vistos por ninguém. Ninguém lhes dá atenção. Só os cães vêm lamber as chagas do pobre. Temos aqui uma descrição muito realista do que são as nossas relações, muitas vezes anónimas e indiferentes. Mesmo com os mais próximos de nós, acontece que não os vemos verdadeiramente, a ponto de nos esquecermos de lhes dizer bom dia, de estarmos atentos ao que são e fazem. Jesus recorda-nos que, para Ele e para o seu Pai, cada ser humano é olhado como único. A Palavra de Deus desafia-nos com toda a sua força profética. Diante de todos os desastres do mundo, temos um olhar diferente para com todos os “Lázaros” da nossa sociedade ou ficamo-nos por um simples relance no ecrã da televisão? Ouvimos os golpes discretos à nossa porta? |
Ou serão somente cães a dar-lhes assistência? Levados pela Palavra, só podemos receber os bens para partilhar, contribuindo para eliminar o enorme abismo entre ricos e pobres, a todos os níveis: material, espiritual e cultural.
Manuel Barbosa, scj www.dehonianos.org
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Programação religiosa nos media |
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Antena 1, 8h00 RTP1, 10h00 Transmissão da missa dominical
11h00 - Transmissão missa
12h15 - Oitavo Dia
Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã; 12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida. |
RTP2, 11h30
RTP2, 18h00
Terça-feira, dia 01 - Informação e apresentação de iniciativas para a Semana Nacional da Educação Cristã na disciplina de EMRC. Entrevista a Dimas Pedrinho.
Quarta-feira, dia 02 - Informação e apresentação das Jornadas Nacional de Comunicação Social. Entrevista a Paulo Rocha.
Quinta-feira, dia 03 - Informação e apresentação do projeto de comunicação através das redes sociais na JMJ. Entrevista a Filipe Teixeira.
Sexta-feira, dia 04 - Apresentação da liturgia dominical pelo padre Armindo Vaz e frei José Nunes.
Antena 1 Domingo, dia 29 de setembro, 06h00 - Participação política e cidadania.
Segunda a sexta-feira, dias 30 de setembro a 4 de outubro, 22h45 - Redes Sociais: lugares de comunicação e partilha. |
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Nos dias 28 e 29 de setembro, a cidade do Vaticano recebe catequistas de todo o mundo para um encontro internacional. Durante o encontro, os catequistas farão uma peregrinação ao túmulo do apóstolo São Pedro, primeiro Papa da Igreja Católica, e serão depois “confirmados na fé” numa celebração presidida pelo Papa Francisco no último dia do encontro, num gesto que deseja reforçar a missão de fé destes agentes da igreja católica.
O dia 29 de setembro ficará marcado pelas eleições autárquicas que devem contar com a participação de todos os cidadãos no exercício do seu direito de voto. O Papa afirmou recentemente que é “obrigação de todos os cristãos” envolverem-se na política em prol do bem comum.
Francisco tem surpreendido com a sua postura humilde e pela forma como fala abertamente sobre temas como a necessidade de reforma da Cúria Romana. No sentido de dar início a essa reforma, o Papa agendou, de 1 a 3 de outubro, uma reunião com os 8 cardeais conselheiros.
Nos dias 3 e 4 de outubro têm lugar, em Fátima, as Jornadas de Comunicação Social. Será debatido o tema “Comunicar no ambiente digital” proposto por profissionais da comunicação e por responsáveis pela pastoral da Igreja. A presidir às conferências e aos debates estarão jornalistas e sacerdotes experientes na área da comunicação. A comparência do padre Antonio Spadaro, diretor de ‘La Cilviltà Cattolica’, merece destaque entre as participações. |
APOSTOLADO DE ORAÇÃODeus está próximo do coração atribulado |
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Para que aqueles que estão desesperados a ponto de desejar o fim da própria vida, sintam a proximidade amorosa de Deus[Intenção Geral do Santo Padre para o mês de outubro] |
O sofrimento chega de muitas formas. Não é possível evitá-lo, por isso importa aprender a conviver com ele. Os nossos antepassados, mais expostos à fragilidade e brevidade da vida, assumiam-no como parte integrante do quotidiano. Hoje, isso não é tão fácil, pois a sociedade está orientada para esconder o sofrimento que não pode vencer e mesmo aquele que aparece como inevitável é olhado com revolta, como se fosse responsabilidade de alguém. Com frequência, o próprio Deus é chamado a juízo, com o argumento de que, «se existisse, não permitiria tal coisa» ou «se fosse bom, não deixaria tal tragédia acontecer». Pessoas em situação de desespero precisam, sobretudo, de encontrar quem disponha de tempo para partilhar a sua dor. Em muitos casos, é necessária uma ajuda especializada (do âmbito da psicologia ou psiquiatria). Em muitos outros, o importante é a relação pessoal, ajudando a dissipar fantasmas e a sair do atoleiro onde a pessoa caiu. Tratando-se de cristãos, esta relação pessoal de acolhimento e escuta pode incluir o fazer memória dos muitos dons de Deus e, sobretudo, do seu amor, manifestado de modo particular na morte e ressurreição de Cristo. É importante esta memória não ser imposta sobre |
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quem se encontra em desespero, pois a desesperança pode ter corrompido a relação com Deus, tornando-a mais um fardo a acrescentar aos outros. A proximidade pessoal, a disponibilidade para escutar, o esforço por ajudar hão-de ser a primeira memória, não falada, desse Deus-Amor que nunca desespera de ninguém. É também importante, como recorda a intenção do Papa, rezar por estas pessoas. A oração pode converter aquele que reza, tornando-o mais capaz de ajudar o irmão em necessidade. E pode também ajudar a fortalecer o coração e a mente do irmão em desespero, o qual, mesmo sem o saber, não está só na sua batalha contra a tentação do suicídio. Por seu lado, quem reza não precisa de saber se a sua oração foi eficaz, precisa apenas de confiar a Deus a sua oração. O que vem depois já não lhe pertence.... Elias Couto |
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45 milhões de refugiados no mundointerpelam a nossa consciênciaCondenados ao esquecimento |
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A guerra civil na Síria trouxe de novo esta estatística para a luz do dia. Mais de 2 milhões de homens, mulheres e crianças em fuga deste país em destruição amontoam-se agora em campos improvisados. A tragédia é imensa: a cada 4 segundos, alguém no mundo torna-se refugiado
Muitos tornam-se cidadãos do nada. Perdem papéis, família, empregos, casas, tudo o que amealharam ao longo da vida. Por causa de guerras, de conflitos |
étnicos e religiosos, por causa da intolerância, milhões de pessoas vêem-se confinados a uma vida em campos de refugiados. Abrigam-se em tendas, alimentam-se da caridade e desesperam quanto ao futuro. Neste preciso momento, um milhão de crianças sírias – metade do total dos refugiados oriundos deste país por causa do conflito armado entre soldados de al-Assad e as forças rebeldes – teve de abandonar a sua terra |
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e muitos foram até obrigados a fugir sozinhos. Muitos dos refugiados sírios são cristãos.
O alerta do Papa Já este mês, o Papa Francisco deslocou-se ao Centro Astalli, em Roma, uma instituição gerida pelos Jesuítas. Referindo-se ao trabalho de acolhimento do refugiado como uma “missão de toda a Igreja”, o Papa instigou os cristãos a “praticarem a hospitalidade com generosidade e coragem”. Acolher os refugiados, apoiar os que mais sofrem, dar voz aos que não conseguem fazer-se escutar, é também uma das missões da Fundação AIS. Em todos os |
países no mundo onde os cristãos são discriminados, vítimas de perseguição, atacados, há famílias inteiras que foram forçadas a abandonar tudo para salvar a própria vida. Foi assim na Índia, no Paquistão, está a ser assim no Iraque, Irão, Nigéria, República Democrática do Congo, Sudão… São milhões que aos poucos foram perdendo as suas raízes, memórias, identidade. Crianças que nunca conheceram nada mais do que campos de refugiados são cidadãos de que mundo? A 20 de Junho, Dia Mundial do Refugiado, o Papa Francisco interpelou directamente a Igreja para acolher os refugiados. Para a Ajuda à Igreja que Sofre, como sempre sublinhou o Padre Werenfried van Straaten, o seu fundador, “um desejo do Papa é uma ordem”. Todos somos poucos para acolher esta multidão de refugiados no mundo. Agora na Síria, amanhã no Iraque, depois no Sudão... Paulo Aido | Departamento de Informação | www.fundacao-ais.pt |
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LUSOFONIASGuiné Bissau |
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Tony Neves |
A Guiné-Bissau ainda não se encontrou consigo própria como país. A constante instabilidade política, aliada à pobreza extrema e à imensidade de um número de etnias que não se entendem, põem sérias reservas quanto ao futuro como país. Para agravar a situação, tem ganho uma imagem muito negativa na opinião pública internacional por ser constantemente referido o seu envolvimento no tráfico de droga. Mas ninguém tem o direito de traçar um quadro assim tão negativo sobre a Guiné-Bissau. O seu povo é bom e hospitaleiro e a maioria da população quer construir uma sociedade justa e fraterna. Duas professoras de Portugal passaram um mês na Guiné e escreveram como testemunho: ‘Deus obrigado… Pela força e beleza das assembleias cristãs que atenua a realidade difícil da vida em Bissau e pela beleza de Bubaque, nos Bijagós, pela misteriosa Bafatá e pela alegria dos jovens do(s) Campo(s) de Férias em Mansoa …Por tantos homens e mulheres de fé e vocações diferentes que encontrámos a dar o seu melhor em favor dos irmãos, fazendo de quase nada o pão da esperança que anima tantas vidas e os faz caminhar na descoberta do cristianismo, entre os Muçulmanos e a religião tradicional…Pela Igreja tão jovem, tão viva e tão alegre, do continente africano, que insiste em mostrar aos homens e mulheres de hoje que o cristianismo é uma proposta de amor que muda realmente a vida |
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dos crentes e se envolve no seu desenvolvimento integral… Eis-nos aqui, Senhor, eternamente agradecidas por tudo o que nos destes a viver neste mês de Agosto, na Missão ad gentes em terras da Guiné, por todos aqueles com quem partilhámos a VIDA que és Tu e, agora, ainda mais conscientes da responsabilidade na luta pelos direitos destes irmãos que |
muitas vezes não têm o essencial. A Missão faz-se com os “pés que caminham”, “as mãos que ajudam” e os “joelhos que rezam”… unidos…VIVAMOS EM MISSÃO!’. Desejo um futuro de paz e de progresso para a Guiné-Bissau, país onde já estive algumas vezes e onde tenho muita vontade de regressar. |
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“Pode ouvir o programa Luso Fonias na rádio SIM, sábados às 14h00, ou em www.fecongd.org. O programa Luso Fonias é produzido pela FEC – Fundação Fé e Cooperação, ONGD da Conferência Episcopal Portuguesa.”
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«O grande continente digital não é simplesmente tecnologia, porque é formado por homens e mulheres reais que transportam consigo o que têm dentro, as suas esperanças, os seus sofrimentos, os seus anseios, a busca do que é verdadeiro, belo e bom. É necessário saber apresentar e levar Cristo, partilhando a alegria e a esperança, tal como Maria levou Cristo ao coração do homem»
(Papa Francisco, na audiência aos participantes na assembleia plenária do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais – 21/09/2013) |
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