04 - Editorial:

   João Aguiar Campos

06 - Foto da semana

07 - Citações

08 - Nacional

14- Opinião..

     D. Pio Alves

16 - A semana de...

     Octávio Carmo

18- Dossier

    Conferência Episcopal Portuguesa

32- Dossier

    Dia do trabalhador

 
 
 

 

 

 

36 - Internacional

42 - Multimédia

44 - Estante

46 - Vaticano II

48-  Agenda

50 - Por estes dias

52 - Programação Religiosa

53  - Minuto YouCat

54 - Liturgia

56 - Fundação Ajuda AIS

59 - Apps Pastorais

60 - Apostolado de Oração

62 - Lusofonias

64 - DNPJ - Fátima Jovem

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto da capa: D.R.

Foto da contracapa:  Agência Ecclesia

 




AGÊNCIA ECCLESIA 
Diretor: Paulo Rocha  | Chefe de Redação: Octávio Carmo
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Opinião

 

 

 

 

João XXIII e João Paulo II, santos

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Assembleia plenária da CEP

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Festa portuguesa no Vaticano

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Tony Neves | Elias Couto

 

A chave do céu

João Aguiar Campos, Secretariado Nacional das Comunicações Sociais

 

Sou do tempo em que os pregadores, em sermões debitados do púlpito, recorriam a breves parábolas ou estórias para ilustrarem a doutrina. Na mesma época, os livros de devoções para o Mês de Maio, Mês do Coração de Jesus, Mês do Rosário ou Mês das Almas – tal como para uma qualquer novena – não prescindiam, no final de cada meditação diária, de apresentar um “Exemplo”.

Foi esse modo de ensinar que me abriu a noções eventualmente complicadas para a minha tenra idade; como por exemplo, a da santificação do trabalho e pelo trabalho, ilustrada no episódio da Religiosa que, em seu leito de morte, pediu à Comunidade que alguém lhe trouxesse a “chave do céu”.

Sem perceberem o sentido imediato daquela última vontade, todas as Irmãs se desdobraram em propostas: desde o seu objecto de mais visível devoção, até ao livro recomendado no último retiro. Nada, porém, parecia corresponder ao desejo, que se reafirmava, cada vez mais débil: “tragam-me a chave do céu”.

Foi uma noviça quem, num golpe inspirado, se lembrou que aquela religiosa toda a vida tinha exercido a discreta tarefa de costureira. Correu, então, à antiga sala do seu labor e de lá trouxe um carrinho de linhas e uma agulha. 

 

 

 

Perante o olhar de espanto das suas Irmãs, a agonizante ofereceu-lhe o mais sereno dos olhares. Sim, ali estava a sua chave do céu – porque, afinal, o trabalho (qualquer trabalho) feito com amor nos santifica!...

Importa (re) pensar esta dimensão. Porque, habituados a falar do suor do rosto como preço do pão de cada dia, muitos deixam-se desviar para uma visão do trabalho quase como castigo – em vez de o assumirem como cooperação dignificante no cuidado da criação e, consequentemente, abraçarem o valor divino deste caminho humano.

Realmente, apesar de desfigurado pelo pecado, não perdeu a bênção original que sobre ele poisou o Criador; de tal modo que, sendo embora um bem árduo, não deixou de ser um bem, uma necessidade vital e uma afirmação de liberdade: uma liberdade que cada um de nós 

 

defende quando resiste à obsessão produtiva avaramente procurada ou injustamente imposta; e que ora desumaniza o próprio, ora marginaliza os mais fracos e acaba por afundar no materialismo prático quem se julga vencedor… A lógica da produção e do lucro asfixia, seguramente, quem se lhe entrega.

No seu catecismo para adultos, os bispos italianos exprimem claramente a essência desta “riqueza desumana” que continuamente ganha adeptos: coloca as coisas no lugar de Deus, impede que se ajude o próximo, fixa a atenção nas vantagens imediatas e afasta o pensamento da vida futura. É, enfim, pobreza interior, enquanto a pobreza evangélica é riqueza interior (1123). Uma perspectiva claramente percebida pelo carpinteiro José, profissional competente, homem justo e pai cuidados.

 

 

 

 

 

 

  Dois Papas Santos  

 

 

“Dificilmente os portugueses podem arcar com mais impostos. E sobretudo aqueles que não podem arcar com mais impostos não arquem. E se alguma coisa há ainda que ir buscar que se vá buscar onde ainda pode haver.” (D. Manuel Clemente)

 

“Fiquei surpreendido [com o aumento do IVA] porque o que nos estava a ser dito é que não havia mais aumento de impostos e, efectivamente, o que se trata é de um aumento do imposto relativamente a bens de consumo, uns mais prioritários que outros." Eugénio Fonseca)

 

A construção da Esperança não é possível quando a dívida é erigida em finalidade e não como instrumento do desenvolvimento, sobretudo, quando a política económica é conduzida ao sabor de impulsos comandados pelos interesses exteriores do capital financeiro. (Grupo Economia e Sociedade)

 

 

 

“Neste 1º de Maio, o MMTC denuncia a situação de precariedade laboral e familiar em que vivem os trabalhadores do mundo e defende o direito das pessoas e das famílias a ter o salário ou o rendimento básico que lhes permita viver com dignidade.” Comunicado do Movimento de Trabalhadores Cristãos no 1º de maio)

 

“Foram sacerdotes, bispos e Papas do século XX. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte, neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria.” (Papa Francisco na canonização e João XXIII e João Paulo II)

 

 

Portugueses em festa no Vaticano

Os portugueses uniram-se às centenas de milhares de pessoas que este domingo celebraram no Vaticano as canonizações de João XXIII e João Paulo II. “São dois Papas que marcaram os séc. XX e XXI, com a sua santidade vivida e manifestada no exercício da sua missão, com estilos e personalidades diversas, mas unidos pela paixão ao homem e a Cristo”, afirmou à Agência ECCLESIA o bispo de Leiria-Fátima e vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

D. António Marto descreve a canonização como um “momento belo para toda a Igreja universal, para Portugal e para Fátima”, acrescentando sentir-se “muito ligado a João Paulo II como também a João XXIII”.

O grupo missionário João Paulo II, da diocese de Coimbra, acompanhado pelo seu bispo D. Virgílio Antunes, esteve presente no Vaticano para acompanhar a canonização da figura “inspiradora” que deu nome e mote às suas atividades.

“João Paulo II é o Papa da minha vida; sempre foi uma inspiração pela sua proximidade e doação 

 

aos jovens, que nos levava a fazer algo diferente como ele fez”, afirma Henrique Loulé, no grupo desde 2009.

Sara Teixeira quis homenagear o Papa Wojtyla, estando presente na Praça de São Pedro para assistir à canonização, tal como fez a 1 de maio de 2011, no dia da beatificação.

Cerca de 500 jovens da Arquidiocese de Braga foram ao Vaticano para participar na canonização de João Paulo II, “modelo de vida” para os escuteiros.

“Em setembro ou outubro quando soubemos que João Paulo II ia ser canonizado, decidimos que tínhamos de vir e conseguimos um grupo de quase 500 pessoas que agora está a viver com grande intensidade estes dias”, explica Ivo Faria, chefe regional do CNE em Braga.

A Agência ECCLESIA acompanhou um grupo de peregrinos portugueses que chegou aos arredores do Vaticano antes da 4 da manhã e demorou mais de duas horas até chegar à Via da Conciliação, a avenida principal que liga Roma à Praça 

 

 

 

 

 

de São Pedro.

Paula Silva e Sousa, da paróquia do Parque das Nações, Lisboa, falou num “momento de grande emoção” pela canonização de João Paulo II, uma referência na sua juventude, lembrando que foi alguém que “olhou muito para Portugal”.

José Luis Ramos Pinheiro, administrador do Grupo Renascença, destaca por

 

 sua vez o “privilégio” de poder acompanhar o momento “único” em que “dois Papas canonizam dois Papas”.

José António Silva e Sousa sublinhou a importância que os dois novos santos tiveram “na história do século XX”, na Igreja e no mundo, com a “abertura” promovida por João XXIII e a “convergência” construída por João Paulo II.

 

 

João Paulo II voltou a ouvir-se em Fátima

O Santuário de Fátima associou-se à canonização de João XXIII (1881-1963) e João Paulo II (1920-2005), num dia em que se voltou a ouvir a voz do Papa polaco numa “simples e sentida evocação”.

A sala de imprensa da instituição adianta que “os fiéis receberam esta surpresa, no final da Missa, com alegria e, em certo momento”, que recordou São João Paulo II, o Papa que mais vezes visitou Fátima (1982, 1991 e 2000).

Durante a celebração da Eucaristia dominical, especialmente evocativa das vidas dos dois pontífices, foram difundidas as palavras de João Paulo II proferidas em maio de 1982, por ocasião da primeira peregrinação deste Papa a Fátima.

Num primeiro momento, foram difundidas as da saudação inicial aos peregrinos e a oração que João Paulo II rezou dedicada à Santíssima Trindade.

Depois, os peregrinos presentes no Santuário foram convidados a, de novo guiados pela voz deste Papa, rezar, a oração que João Paulo II dedicou a Nossa Senhora, seguindo as suas palavras por 

 

 

uma pagela distribuída no início da celebração.

Durante a manhã, a estátua de João Paulo II junto da Basílica da Santíssima Trindade foi especial alvo da atenção dos peregrinos.

O vice-reitor do Santuário de Fátima também evocou, na homilia, a figura dos Papas canonizados. “O Papa João XXIII, o ‘Bom Papa João’ como tantas vezes é chamado e que peregrinou a Fátima ainda como cardeal-patriarca de Veneza; e o Papa João Paulo II que, como Papa, se fez peregrino deste Santuário de Fátima e da Mensagem da Senhora mais brilhante que o sol por três vezes”, afirmou o padre Emanuel Matos Silva.

 

 

 

Prisões: Igreja Católica empenhada
na dignificação dos reclusos

A Igreja Católica promove de 1 a 4 de maio, em Fátima, o 1º Congresso Ibérico da Pastoral Penitenciária, com o tema ‘Dignificar a pessoa presa’, pretendendo lembrar à sociedade a importância da “reinserção social” dos reclusos.

“A reinserção social tem de ser a razão máxima quer do sistema, quer da própria sociedade e aqui a sociedade tem que fazer uma caminhada muito grande porque não o faz assim tanto”, lamenta o padre João Gonçalves, em declarações à Agência ECCLESIA.

O coordenador nacional da Pastoral Penitenciária considera o tema do congresso, ‘Dignificar a pessoa presa’, “muito curioso” porque revela a ideia que existe de que “a pena de prisão deve ser para o menor número de pessoas possível, pelo menor tempo e nas melhores condições porque a prisão deve ser apenas um tempo de passagem que a pessoa tenha para se recompor de forma a voltar para a sociedade”.

O padre João Gonçalves lembra assim que a prisão “é uma exceção” porque “a pessoa

 

 

vem da sociedade e vai sair de novo para se inserir na sociedade” portanto “tudo quanto possa ser feito para ajudar essa reinserção é bom”.

“A pessoa que está presa deve ser respeitada como pessoa, não deixa de o ser por estar presa, privada de alguns direitos, nomeadamente o direito da liberdade” e é para isso mesmo que este congresso pretende “chamar a atenção” para a necessidade da sociedade olhar para o preso “como uma pessoa com dignidade apesar de ter cometido um delito”, explica.

O sacerdote acredita que o sistema “ainda tem muito para fazer em prol das pessoas”.

 

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

D. Manuel Martins recebeu distinção do município de Sernancelhe

 

 

 

Discurso do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa na abertura da 184.ª Assembleia Plenária

 

S. João XXIII e S. João Paulo II

+Pio Alves

Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais

 

 

João XXIII deixou o convívio visível connosco há 50 anos; João Paulo II foi ontem, há 9 anos. A Igreja acaba de os canonizar. Não tivemos que esperar séculos para ver eclesialmente reconhecida a santidade destes dois grandes homens. Que bom!

Sou dos que pensam que, sem precipitações, o reconhecimento formal da santidade não deve servir apenas para acrescentar mais uma página à biografia de grandes figuras da Humanidade e da Igreja. Mais do que isso: se possível, convém que assinale a santidade, com proximidade no tempo e na convivência.

João XXIII e João Paulo II são nossos contemporâneos. Dizem-nos, com a sua fidelidade heroica, que é possível a santidade neste nosso mundo. Dizem-nos, com a sua fidelidade heroica, o que é a santidade. Não é um mero conceito de manual de teologia vislumbrado, algures, em míticas personagens da História. A santidade é o resultado positivo de uma conta em que entram, com heroica normalidade, todas as parcelas de uma vida: alegrias e tristezas, dúvidas e certezas, incompreensões e aplausos, fracassos e vitórias, limitações e grandezas.

Neste caso, estamos diante de duas personagens que foram padres / bispos / papas. Mas não são santos, automaticamente, por isso. São santos, porque, no meio das comuns dificuldades, 

 

 

 

viveram heroicamente a proximidade a Deus e aos homens.

João XXIII e João Paulo II, com persistente proximidade a Deus, falaram dos homens / mulheres a Deus; e souberam falar de Deus aos homens / mulheres do nosso tempo. Com a força dos gestos. Com a clareza das palavras.

A feliz circunstância da sua canonização numa mesma celebração, na minha leitura, mais que o idêntico itinerário eclesial, sublinha os traços da sua humanidade: o bom Papa João, o amável Papa João Paulo II. A grandeza espiritual, a responsabilidade, as dificuldades das funções que exerceram não os arredou do bom humor, dos gestos simpáticos, da palavra simples e convincente.

 
João, disse de si próprio João XXIII, não te tomes tão a sério. A partir de então, durmo profundamente todas as noites”. “Percebi de imediato, escreve Bento XVI de João Paulo II, o fascínio humano que dele emanava e como rezava”.

Alicerçaram na proximidade a Deus a proximidade aos homens. Com a naturalidade de quem apenas quer servir, souberam viver a liberdade dos filhos de Deus: tomaram decisões inesperadas, ultrapassaram expectativas, foram eles próprios.

Em S. João XXIII e S. João Paulo II descobrimos, com o colorido da nossa contemporaneidade, a santidade feita vida. Descobrimos que santidade rima com humanidade.

 

 

Encontro com os gigantes

Octávio Carmo,

Agência ECCLESIA

 

A participação na cerimónia de canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II foi um momento particularmente emocionante, a título profissional e pessoal, face à dimensão histórica do acontecimento, vivido na “presença” de quatro Papas e centenas de milhares de pessoas, vindas de todo o mundo.

Muito sinceramente, é quase impossível não sentir-se pequeno para relatar aquilo que se viveu, para lá da impossibilidade prática de se saber o que cada um dos participantes guardou no seu coração desta festa da fé que, verdade seja dita, nem sempre foi pacífica, face ao enorme aglomerado de pessoas, todas com o desejo de chegar o mais perto possível de uma Praça de São Pedro pequena para tamanha multidão.

Empurrões e sustos à parte – considero quase um milagre ter conseguido encontrar a acreditação que tinha perdido, no chão, entre um monte de papéis que se prolongava por centenas de metros -, foi possível ver a emoção no rosto dos muitos que se sentiam unidos entre si pela devoção aos dois novos santos, em particular a João Paulo II, o mais próximo de todos e o centro das atenções dos polacos que “invadiram” o Vaticano.

Pessoalmente, foi um privilégio estar na canonização de dois gigantes do século XX e que me marcaram profundamente, desde a leitura do ‘Diário da alma’ de João XXIII ao primeiro contacto direto com um Papa, 

 

 

aquando da viagem de João Paulo II à Madeira (1991).

Como jornalistas, vamos sempre com uma agenda mediática para cumprir, mas estes dias foram uma verdadeira lição, porque as melhores histórias vieram sempre ao meu encontro, sem que eu as tivesse sequer imaginado, e eram percursos humanos, de sofrimento e alegria, marcados por uma relação particular com os Papas santos. Talvez uma história positiva não consiga fazer manchetes e vender tanto como polémicas e conflitos, mas fica a certeza de que vale a pena conta-las.

Os dias em Roma foram passados, maioritariamente, com 

 

um grupo de portugueses (os meus agradecimentos à Geostar) e permitiu recordar a particular ligação do país ao ‘Papa de Fátima’, São João Paulo II. Aliás, só mesmo o futebol conseguia fazer concorrência às referências ao Santuário mariano, quando nos apresentávamos como portugueses. Um sinal de que Fátima é cada vez mais uma imagem de Portugal no mundo, que não se pode descurar.

 

A semana fechou com a nota triste de um falecimento inesperado. Ocasiões em que as palavras sobram, mas a amizade não.

 

 

É difícil suportar mais impostos

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa considerou, esta quinta-feira, em Fátima, no encerramento da assembleia plenária dos bispos, que “muito dificilmente” os cidadãos podem “suportar mais impostos”.

Em declarações aos jornalistas sobre o Documento de Estratégia Orçamental (DEO), aprovado pelo governo, esta quarta-feira, D. Manuel Clemente realça que “aqueles que não podem arcar com mais impostos”, não devem ser, novamente, penalizados com a austeridade.

Nos próximos dias vai realizar-se um debate na Assembleia da República sobre o DEO e D. Manuel Clemente vai estar atento “como o governo e as oposições se explicam” sobre o assunto, disse na conferência de imprensa, no encerramento da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, realizada em Fátima de 29 de abril a 01 de maio.

No Comunicado Final desta Assembleia, os bispos portugueses manifestaram 

 

o “total desacordo” com a proposta de alteração legislativa no sentido da legalização da “maternidade de substituição”.

No documento afirma-se que que estando em apreciação na Assembleia da República uma proposta de alteração legislativa no sentido da legalização, em determinadas condições, da maternidade de substituição - vulgarmente conhecida por «barriga de aluguer» - “os Bispos não podem deixar de manifestar o seu total desacordo a essa proposta”.

A aspiração à maternidade e paternidade “não pode traduzir-se num pretenso direito ao filho, como se este pudesse ser reduzido a instrumento”, realçam os bispos portugueses no comunicado final da assembleia plenária da CEP.

“A mãe gestante não pode, também ela, ser instrumentalizada e reduzida a uma incubadora, como se a gravidez não envolvesse profundamente todas as dimensões da sua pessoa

 

 

 

 

 e a obrigação de abandono do seu filho não contrariasse o mais forte, natural e espontâneo dos deveres de cuidado”, acrescenta o documento.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente, disse aos jornalistas na conferência de imprensa após o encerramento da assembleia plenária que tem “esperança” 

 

que esta questão "não seja aprovada".

D. Manuel Clemente espera que as “pessoas ponderem bem o que está em causa” porque “não se trata de qualquer coisa acessória”.

"A relação uterina entre aquela que gera e aquele que está ser gerado é muito forte”, acrescentou.

 

 

Votar por uma Europa melhor

Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa
Exercer o direito e o dever de votar

No próximo dia 25 de maio, somos chamados a cumprir o direito e o dever de votar nos candidatos que se apresentam para fazer parte do Parlamento Europeu, representando o povo português nesta grande comunidade de povos e nações.

O regime democrático, em que felizmente vivemos, exige participação, que tem um momento alto quando há eleições. Neste ato eleitoral, com a responsabilidade pastoral que nos cabe como bispos católicos, exortamos à participação dos cristãos e de todos os que estão abertos a ouvir a nossa voz. O absentismo é uma arma perigosa que facilmente acaba por penalizar quem a usa.

 É um sentimento comum experimentar a distância entre o nosso voto e as suas consequências práticas. Além disso, a Europa pode parecer uma entidade estranha, que está para além das nossas fronteiras e não nos diz diretamente respeito. 

 

Por vezes, a onda de descrédito que atinge alguns sectores políticos é tendenciosamente generalizada. Estas eleições, que marcarão o futuro da União Europeia nos próximos anos, devem ser encaradas como um momento privilegiado para colaborar na construção de uma Europa melhor.

 

A Europa, horizonte da nossa esperança

A Europa é muito mais do que um espaço geográfico. É uma comunidade de ideais e valores, para a qual muito tem contribuído a fé cristã ao longo dos séculos. O ressurgir do ideal europeu, no rescaldo de duas guerras mundiais que tiveram origem no nosso Continente, em boa parte foi obra de líderes políticos cristãos. Tem?se dado a evolução de um mercado comum ou de uma comunidade económica para o ideal de uma união europeia, que atualmente congrega 28 Estados. Estes encontram na Europa a sua casa comum, comprometidos na construção de um projeto 

 

 

 

de civilização, orientado por critérios de paz e justiça social, de liberdade religiosa, de diálogo cultural e solidariedade, a nível interno e com a comunidade de todos os outros povos e nações.

A Europa é um projeto sempre em construção, e as próximas eleições são uma ocasião que não podemos desperdiçar para a sua edificação. A Igreja acompanha com respeito e atenção as atividades das instituições europeias que 

 

honrem a Europa como a sua casa moral e espiritual, promovendo os valores que são a matriz da sua identidade.

 
Votar por uma Europa melhor

Em diversas ocasiões que precedem atos eleitorais, temos apresentado critérios para votar com consciência esclarecida. Votar não é um ato burocrático; 

 

 

 

 

 

é afirmar valores e exigir responsabilidades a quem deve servir os povos de uma Europa justa e solidária.

Numa visão realista do nosso Continente, dinamiza?nos a esperança de uma Europa melhor, em que seja salvaguardada a vida humana desde conceção até morte natural, em que 

o desemprego não pareça um mal inevitável mas um desafio a responder sem adiamentos, em que as fronteiras não se fechem à solidariedade com os povos maltratados política e 

 

economicamente, em que o diálogo inter-religioso e intercultural seja o caminho de sentido único para uma paz justa e duradoura, em que o capital não se arvore em governo autocrático mas sirva a pessoa humana e o bem comum.

Para cumprir este ideal precisamos de políticos responsáveis e competentes, que nos cabe eleger. Fazemos nossas estas palavras do Papa Francisco: «Peço a Deus que cresça o número de políticos capazes de entrar num autêntico diálogo que 

 

 

 

 

vise efetivamente sanar as raízes profundas e não a aparência dos males do nosso mundo. A política, tão denegrida, é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum». Como ele, rezamos também nós ao Senhor «para que nos conceda mais políticos que tenham verdadeiramente a peito a sociedade, o povo, a vida dos pobres. É indispensável que os governantes e o poder financeiro levantem o olhar e alarguem as suas perspetivas, procurando que haja trabalho digno, instrução e cuidados de saúde para todos os cidadãos» (Evangelii gaudium, 205).

Em breve começará a campanha eleitoral. Urge ser esclarecida

 

 

a opinião pública a respeito dos programas partidários e das pessoas que se candidatam. A nossa democracia deve exigir de todos propostas realistas, geradoras de soluções concretizáveis, evitando falsas ilusões.

No ato de votar, o eleitor cristão tem o dever de não trair a sua consciência, iluminada pelos critérios e valores do evangelho de Jesus. Importa, também agora, exercer a virtude da cidadania participativa, assumida como uma obrigação moral. Uma Europa melhor, que justamente desejamos, também depende de cada um de nós.

 

Fátima, 1 de maio de 2014

 

500 anos do nascimento
de Frei Bartolomeu dos Mártires

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) considera o beato frei Bartolomeu dos Mártires um dos exemplos “mais estimulantes” da pastoral em Portugal do que “pode e dever ser um pastor da Igreja”.

Quando se celebra este sábado, dia 3 de maio, os 500 anos do nascimento de frei Bartolomeu dos Mártires, “um dos mais insignes promotores da renovação da Igreja nos tempos modernos”, D. Manuel Clemente disse aos jornalistas, no encerramento da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que este dominicano «cheirava as ovelhas» e espera que “seja canonizado em breve”.

Os bispos portugueses aprovaram, hoje, uma nota pastoral intitulada «Bartolomeu dos Mártires, Modelo para a renovação da Igreja» e realçam que o homenageado, “tendo vivido em tempos de uma enorme crise epocal, dentro e fora da Igreja, pode e deve ser visto como testemunha” para 

 

 

se acreditar que “a evangelização e as reformas na Igreja não só são necessárias como possíveis”.

“Há pessoas que, pelos princípios e valores que pautaram as suas vidas, são permanentes modelos de referência de todos os tempos”, lê-se na nota pastoral

 

 
 

 

 

Audácia na comunicação

Na Assembleia Plenária, os bispos portugueses publicaram também uma nota pastoral sobre o centenário da fundação da Família Paulista e realçam que é um “desafio constante” o apostolado da comunicação social.

Quando o mundo da comunicação, que “maioritariamente se encontra na mão de grupos económicos e políticos, e tantas vezes cheio de vozes que seduzem e enganam, é um desafio constante a um renovado apostolado da comunicação social”, sublinha a nota pastoral.

No encerramento da Assembleia Plenária da CEP, D. Manuel Clemente disse aos jornalistas que a presença da família paulista em Portugal é “positiva”.

Nos últimos tempos, no setor editorial, a família paulista teve um “grande incremento” e “extravasou aquele campo ainda muito dentro da Igreja” e alargou os seus horizontes a outros campos, salientou D. Manuel Clemente.

O documento encoraja todos os que trabalham “no vasto mundo da comunicação social” para que “sejam profetas da justiça

 

 

e da paz, do diálogo e da solidariedade”.

O beato Tiago Alberione (fundador da família paulista) desafia os trabalhadores deste setor a serem “criativos e audazes para melhorar a comunicação da Igreja com o mundo contemporâneo”, lê-se na nota pastoral intitulada «100º aniversário da fundação paulista».

Os bispos portugueses escrevem que “não deve ter medo” de estar neste “mar digital”.

 

 

Patriarca de Lisboa reeleito
como presidente da CEP

D. Manuel Clemente, reeleito esta terça-feira como presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), assume como prioridade manter o rumo definido com a nota pastoral ‘Promover a Renovação da Pastoral da Igreja em Portugal’, publicada em abril de 2013.

“Continua a ser o nosso documento base”, disse à Agência ECCLESIA, em Fátima, onde decorrem os trabalhos da assembleia plenária do organismo episcopal.

O patriarca de Lisboa afirma que o presidente da CEP é um “moderador do trabalho dos colegas”, integrados na dinâmica da Igreja universal que, neste momento, se prepara para um Sínodo dos Bispos sobre uma “problemática maior”, a família, em duas assembleias (2014 e 2015).

“Nós não podemos alterar o essencial daquilo que é a proposta bíblica e concretamente 

 

 

de Jesus Cristo em relação à verdade da família e do casamento. Não está na nossa mão nem queremos”, recorda.

D. Manuel Clemente destaca que o centenário das aparições, em 2017, no Santuário de Fátima, que diz respeito a toda a Igreja em Portugal.

“A Igreja em Portugal não se compreende sem Fátima”, sublinha.

D. António Marto vice-presidente para o triénio 2014-2017 que terá como secretário do episcopado o padre Manuel Barbosa, disse à Agência ECCLESIA o padre Manuel Morujão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Comissões Episcopais 2014-2017

 

EDUCAÇÃO CRISTàE DOUTRINA DA FÉ

D. Manuel Pelino Domingues (P)

D. António Francisco dos Santos

D. Anacleto Cordeiro Gonçalves de Oliveira

D. Nuno Brás da Silva Martins

D. António Manuel Moiteiro Ramos

Secretário: Diác. Acácio José Pereira Lopes

 

 

PASTORAL SOCIAL E MOBILIDADE HUMANA

D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga (P)

D. António Vitalino Fernandes Dantas

D. Manuel da Silva Rodrigues Linda

D. Joaquim Augusto da Silva Mendes

D. José Augusto Traquina Maria

Secretário: P. Francisco Sales Diniz

 

 

LAICADO E FAMÍLIA

D. Antonino Eugénio Fernandes Dias (P)

D. Ilídio Pinto Leandro

D. António José Cavaco Carrilho

D. Joaquim Augusto da Silva Mendes

D. Francisco José Vilas Boas Senra de Faria Coelho

Secretário: P. Luís Inácio João

 

 
 

 

 

 

  

 

VOCAÇÕES E MINISTÉRIOS

D. Virgílio do Nascimento Antunes (P)

D. Ilídio Pinto Leandro

D. José Manuel Garcia Cordeiro

D. Gilberto Délio Gonçalves Canavarro dos Reis

Secretário: Cón. Emanuel André Matos Trolho Bicho e Silva

 

CULTURA, BENS CULTURAIS E COMUNICAÇÕES SOCIAIS

D. Pio Gonçalo Alves de Sousa (P)

D. João Evangelista Pimentel Lavrador

D. Nuno Brás da Silva Martins

D. Amândio José Tomás

Secretário: Dr. Paulo Fernando da Cruz Rocha

 

LITURGIA E ESPIRITUALIDADE

D. José Manuel Garcia Cordeiro (P)

D. Anacleto Cordeiro Gonçalves de Oliveira

D. António Maria Bessa Taipa

Secretário: P. Pedro Lourenço Ferreira

 

MISSÃO E NOVA EVANGELIZAÇÃO

D. Manuel da Silva Rodrigues Linda (P)

D. António José da Rocha Couto

D. Manuel da Rocha Felício

D. António Manuel Moiteiro Ramos

D. José Augusto Traquina Maria

Secretário: P. António Manuel Baptista Lopes

 

 

 

 

 

 

Presidente da CEP evoca o 25 de Abril

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Manuel Clemente, inaugurou em Fátima a 184.ª assembleia plenária do organismo, evocando os 40 anos do 25 de Abril. “A nossa gratidão aos obreiros da democracia portuguesa tem de acrescentar-se com o empenho permanente no seu reforço, em tudo e para todos”, afirmou.

Segundo o patriarca de Lisboa, a Revolução de 1974 “possibilitou a instituição do regime democrático em Portugal” e respondeu a anseios manifestados pelos responsáveis cristãos. “Na verdade, quer no programa do Movimento das Forças Armadas, quer na Constituição de 1976, encontramos uma geral consonância com o que a própria Conferência Episcopal Portuguesa tinha referido na Carta Pastoral de 4 de maio de 1973”, no décimo aniversário da ‘Pacem in Terris’, documento de São João XXIII.

“Sendo verdade que os bispos portugueses tinham bem presente a situação do país 

 

em 1973, temos de concluir, agora nós em 2014, que muito se fez entretanto e na esteira da Revolução de Abril para responder às lacunas referenciadas”, declarou ainda.

O presidente da CEP notou quem, no atual “condicionalismo socioeconómico e cultural”, ainda há trabalho a fazer para que sejam “definitivamente ultrapassadas” as dificuldades que o país enfrenta.

Evocando a canonização dos Papas João XXIII (1881-1963) e João Paulo II (1920-2005), no domingo, o patriarca de Lisboa deixou uma referência particular ao início do Concílio Vaticano II (1962-1965). “Tais imagens, que retemos na memória e no coração, bem como tudo o referente ao ‘Bom Papa João’, são para nós uma lembrança sempre motivadora, para uma herança conciliar ainda em fase de receção e pleno cumprimento”, referiu.

O presidente da CEP deixou votos de que estas duas figuras da Igreja inspirem a “renovação 

 

 

 

 

 

da pastoral da Igreja em Portugal”.

A reunião começou ainda com uma homenagem a dois bispos falecidos desde a última assembleia plenária, D. Joaquim Gonçalves, que foi bispo de Vila Real, e o cardeal D. José Policarpo, que foi patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa “em vários e marcantes 

 

mandatos”.

D. Manuel Clemente saudou D. Manuel Linda, bispo das Forças Armadas e de Segurança, a quem desejou “as maiores felicidades neste importante serviço, que conjuga, com a devida autonomia dentro dum Estado secular e democrático, duas instituições centrais da sociedade portuguesa”.

 

 

“Abrir os olhos e não ficar de braços cruzados” perante os desempregados

O Papa Francisco no seu estilo direto e tocante, relembrou-nos hoje que é essencial que cada um de nós não descanse e “realize todo o esforço de criatividade e de generosidade para reacender a esperança nos corações de todos os desempregados. Por favor, abram os olhos e não fiquem de braços cruzados!

Um apelo a que não podemos ficar indiferentes e que nos deve levar a ir mais longe do que as meras palavras de compreensão, ou a reivindicação de direitos e garantias adquiridas que já não é possível oferecer, ou ainda na identificação de “culpados” que descansem a nossa consciência e afastem a responsabilidade de agir.

Na verdade, temos de ir mais fundo na perceção que a luta contra o desemprego, passa pela ação de cada um de nós, pela forma como utilizamos os dons que Deus nos oferece, pela forma como trabalhamos e arriscamos a criação de organizações, com ou sem fins lucrativos, que criem serviços e produtos que sejam 

 

úteis aos outros, e que criem riqueza sustentável que permita criar trabalhão para aqueles que precisam.

Passa pela capacidade de trabalharmos em conjunto, esquecendo clivagens ultrapassadas entre patrões e trabalhadores, entre capital e trabalho, mas percebendo que só poderemos ter êxito nas nossas organizações se todos dermos o nosso melhor e garantirmos a unidade de ação entre todos os que trabalham na empresa.

Passa pela capacidade dos líderes empresariais se assumirem também como “trabalhadores” que o são, percebendo a sua importância e a seu papel decisivo na condução económica das empresas, mas também da condução humana e social dos seus colaboradores e do meio em que estão inseridos.

Passa pela capacidade dos líderes empresariais assumirem a sua vocação e procurarem que as suas empresas sejam “verdadeiras empresas” à luz do que é defendido pela Doutrina

 

 

 

 

 social da Igreja[1], nomeadamente:

1. Indo ao encontro das necessidades do mundo através da criação de produtos que são verdadeiramente bons e serviços que são verdadeiramente úteis

2. Organizando um trabalho bom e produtivo, que dignifique o trabalho humano

3. Criando riqueza sustentável e distribuindo-a com justiça por todos os seus stakeholders.

Que este dia de S. José seja   

 

 

mais uma oportunidade para cada um de nós aprofundar esta certeza do trabalho como vocação, assumindo a responsabilidade de colocar pelo seu trabalho os dons recebidos ao serviço dos outros, especialmente aqueles que não têm trabalho, respondendo assim ao apelo do Papa de “abrir os olhos e a não ficar de braços cruzados!”.

 

Jorge Líbano Monteiro - ACEGE

 

[1] Ver Nº 338 do compêndio DSI e princípios da Empresa no documento da CPJP “A vocação do líder empresarial”

 

O Valor do Trabalho e a Dignidade
do Trabalhador 

No 1º de Maio, os trabalhadores celebram as lutas e as conquistas conseguidas e procuram novas energias para responder aos grandes desafios que se apresentam nas suas vidas. Hoje, a luta pelo Direito ao Trabalho para Todos, pela Justa Distribuição da Riqueza Produzida e pela Dignidade Humana, torna-se mais premente, o que nos deve responsabilizar como cristãos, como trabalhadores e como seres humanos.

À luz da Doutrina Social da Igreja, sobretudo, das encíclicas, “Rerum Novarum” e  “Laborem Exercens”, somos impulsionados e comprometidos a valorizar o trabalho, como fundamento da dignidade humana.

A mensagem emitida pela Conferencia Episcopal Portuguesa, em Novembro de 2013,  “Desafios Éticos do Trabalho Humano”, coloca-nos perante a realidade da crise social em Portugal, apontando alguns caminhos que devem ser de realismo e de esperança, de que destacamos:

Um dos mais graves problemas da atual crise por que passa o nosso

 

 País diz respeito ao mundo do trabalho”   -  E o que é trágico é que a crise no mundo do trabalho, afeta, principalmente, os trabalhadores e as suas famílias deixando-os, em muitos casos, de  uma forma indigna,  sem meios para sobreviver e para se realizar;  

 É necessário tirar a centralidade à lei do lucro e do rendimento e voltar a dar prioridade à pessoa e ao bem comum”.  - Mas, na realidade, os poderes, os grupos económicos, o capital e os sistemas que valorizam mais o dinheiro do que o trabalho e as pessoas, mantêm-se, continuando a centralizar o lucro e o rendimento.

 “ O Drama do Desemprego e a situação mais grave dos desempregados que não têm direito a qualquer forma de subsídio de desemprego. Forma de apoio que está ligada ao direito à vida e à subsistência, e decorre não só da dignidade humana mas também do princípio do uso comum dos bens”. – Nverdade, mais de metade dos desempregados não recebe qualquer subsídio e tem pouca esperança de encontrar 

 

 

emprego digno. Não se pode ignorar que a política do Governo tem agravado a situação de todos os desempregados e as políticas financeiras não têm favorecido a criação de emprego.

 “ A procura de novas propostas e paradigmas que se tornem progressivas soluções para os variadíssimos problemas que emergem no campo do trabalho humano”. - Para isso, e como diz o Papa Francisco na Evangelii 

 

Guadium ,  “ A economia não pode mais recorrer a remédios que são um novo veneno, como quando se pretende aumentar a rentabilidade reduzindo o mercado de trabalho e criando assim novos excluídos” .

É indispensável a adoção duma nova política que coloque as Instituições Monetárias ao serviço do pleno emprego.

 

José Augusto Paixão

Coordenador Nacional da LOC/MTC

 

 

João Paulo II e João XXIII, novos santos

Francisco canonizou este domingo os Papas João Paulo II e João XXIII, última etapa no reconhecimento como santo na Igreja Católica, gesto sublinhado por palmas da multidão presente no Vaticano.

Durante a Missa que decorreu na Praça de São Pedro, o atual Papa proclamou a fórmula de canonização, inscrevendo os antigos pontífices no “Álbum dos Santos” e estabelecendo que “em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os Santos”.

A proclamação foi acompanhada por uma salva de palmas dos participantes na celebração, entre os quais se destacam os peregrinos polacos.

Bento XVI, Papa emérito, concelebrou a pela primeira vez com o seu sucessor e a sua chegada também foi assinalada com um aplauso.

Pouco depois do início da Missa, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, pediu em três momentos sucessivos que os beatos fossem inscritos no “álbum dos Santos”.

 
O rito prosseguiu com a colocação das relíquias junto ao altar, com as respetivas relíquias - uma ampola com sangue de João Paulo II, a mesma da beatificação em 2011, e um fragmento da pele de João XXIII, recolhido aquando da exumação, em 2000.

As relíquias de São João Paulo II foram transportadas pela costa-riquenha Floribeth Mora Díaz, curada de uma aneurisma cerebral pela intercessão do Papa polaco após a sua beatificação, e seus familiares. Em relação às relíquias de São João XXIII, a procissão contou com o presidente da Fundação Giovanni XXIII, padre Ezio Bolis.

O nome dos novos santos foi pronunciado pela primeira vez durante a oração eucarística, a mais importante da Missa.

A biografia oficial de João Paulo II, preparada pelo Vaticano para a canonização, destaca o “grave atentado” sofrido pelo Papa polaco a 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro, sublinhando que o novo santo “perdoou ao autor do atentado”.

“Nenhum outro Papa se encontrou com tantas pessoas como

 

 

 

 

 João Paulo II”, refere o documento, aludindo, entre outros, aos mais de 17 de milhões de peregrinos que participaram nas audiências públicas semanais, e “os milhões de fiéis contactados durante as visitas pastorais em Itália e no mundo” e na celebração das Jornadas Mundiais da Juventude, que 

 

criou.

Quanto a João XXIII, destaca-se a coragem e a bondade do Papa que liderou a Igreja Católica entre 1958 e 1963, convocando o Concílio Vaticano II. “Transparecia dele, iniciador de uma renovação da Igreja, a paz de quem confia sempre no Senhor”, acrescenta a nota biográfica.

 

 

Papa elogia homens corajosos

O Papa Francisco evocou no Vaticano a determinação perante as “tragédias” do século XX dos dois novos santos da Igreja Católica, João Paulo II e João XXIII. “Foram sacerdotes, bispos e Papas do século XX. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte, neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria”, disse, na homilia da celebração de domingo.

Segundo Francisco, os novos santos foram “homens corajosos” que “deram testemunho da bondade de Deus, da sua misericórdia, à Igreja e ao mundo”.

O Papa Francisco recordou o Concílio Vaticano II (1962-1965), convocado por João XXIII, e disse que os Papas hoje canonizados “colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e atualizar a Igreja segundo a sua fisionomia original, a fisionomia que lhe 

 

 

deram os santos ao longo dos séculos”. “Na convocação do Concílio, João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado. Este foi o seu grande serviço à Igreja. Por isso, gosto de pensar que foi o Papa da docilidade ao Espírito”, defendeu.

Quanto a João Paulo II, Francisco falou no “Papa da família”. “Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu”, referiu.

 

 

 

Dias memoráveis no Vaticano

Mais de 800 mil pessoas, segundo as estimativas do Vaticano, viveram “dias memoráveis” com as cerimónias de canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II. “A minha saudação vai para todos os peregrinos, aqui na Praça de São Pedro, nas ruas adjacentes e noutros lugares de Roma, bem como a todos os que estão unidos a nós através da rádio e televisão”, disse o Papa, antes da oração mariana do ‘Regina Caeli’, no final da Missa.

Francisco deixou o seu “obrigado” aos responsáveis e aos operadores de media que “deram a tantas pessoas a oportunidade de participar” neste momento. “Aos doentes e aos idosos, dos quais os novos santos eram particularmente próximos, chegue uma saudação especial”, 

 
acrescentou.
O Papa agradeceu a presença de cardeais, bispos, sacerdotes e delegações oficiais de várias nações, incluindo Portugal, para além das autoridades italianas, numa homenagem a “dois pontífices que contribuíram de forma indelével na causa do desenvolvimento dos povos e da paz”.

A intervenção deixou uma palavra de particular “afeto” aos peregrinos oriundos das dioceses de Bérgamo (Itália) e Cracóvia (Polónia), terras natais dos novos santos.

Depois de cumprimentar as delegações oficiais, o Papa Francisco percorreu a Praça de São Pedro e a Avenida da Conciliação, em carro aberto, para abençoar e cumprimentar os peregrinos.


 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pastoral Juvenil online

http://www.dnpj.pt/

 

No primeiro fim-de-semana de maio realiza-se, em Fátima, mais uma peregrinação nacional dos jovens, desta feita sob o lema “Bem-aventurados... no amor de Deus pelo mundo”. Assim, esta semana propomos uma visita ao sítio do sector responsável por mais um “Fátima Jovem”.

O “Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) tem por missão fomentar, a nível nacional, o encontro das diversas instituições eclesiais de pastoral da juventude, assegurando entre elas a melhor articulação e coordenação; estudar formas adequadas de evangelizar e educar os jovens na fé; proporcionar itinerários de formação para os jovens e seus educadores; apoiar e colaborar com os serviços diocesanos e com os diferentes movimentos; promover a unidade entre eles, através de iniciativas comuns às dioceses e movimentos apostólicos juvenis; responder, no âmbito da pastoral juvenil, às solicitações de participação

 

e representatividade nacional e internacional”.

Ao digitarmos o endereço www.dnpj.pt entramos num espaço graficamente bem concebido onde a disposição dos conteúdos nos possibilita ter uma visão global da sua elevada qualidade. Na página inicial além dos habituais destaques encontramos as ligações para a presença da pastoral juvenil nas redes sociais (facebook, twitter).

Ao clicar em “pastoral juvenil” pode ficar a conhecer um pouco mais o DNPJ, quais são as dioceses e quem são os responsáveis diocesanos por este sector, que movimentos de Igreja possuem estrutura juvenil e ainda descobrir o conselho nacional da pastoral juvenil.

Em “recursos” encontra um manancial de materiais disponíveis. Desde downloads de documentos, comunicados, apresentações e materiais temáticos. Por outro lado são apresentados “locais de retiro, locais de encontro contigo e com Deus” devidamente catalogados.

Na opção “projetos/atividades”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 temos ao dispor os principais desafios que a pastoral juvenil abraça no decorrer de cada ano. Desde as jornadas mundiais da juventude ao Fátima Jovem, passando pelas Jornadas da pastoral juvenil. Culminando com um projeto onde o DNPJ “reuniu sinergias com a Paulus editora e no crescente diálogo de vivência da Fé, Alegria e Serviço concretizou-se o YOUthTRAVEL”.

Por último no item “comunicação” encontramos as notícias ordenadas cronologicamente, 

 

fatima-jovem

 

podemos consultar a rúbrica “grão de mostarda” e ainda aceder à newsletter “altos voos”.

 

Fernando Cassola Marques

 
 

 

Dou-te a minha palavra

Neste seu décimo livro de poesia, Lopes Morgado resolveu entrar nos meandros da PALAVRA, cujos labirintos tem percorrido desde abril de 1957, data dos primeiros versos publicados, aos 19 anos.

Em Dou-te a minha palavra, o autor percorre os vários passos de um texto até à fruição do leitor: escrita, palavra, comunicação, livro, silêncio. São estas as “cortinas” que dividem o livro, com relação entre as várias secções, mas todas abertas sobre múltiplos temas ou fontes de inspiração.

A vida e a Bíblia caminham aqui de mãos dadas, mas só os mais iniciados se aperceberão da subtileza dessa fonte ou luz inesgotável que rega e alonga a leitura imediata de cada texto. O olhar de jornalista sobre o pormenor de coisas, factos e pessoas; a sensibilidade franciscana para a linguagem da Natureza; as muitas memórias e ressonâncias – cruzam-se neste livro. Livro que se lê agradavelmente de um fôlego, pois os poemas são breves, mas 

 

 

 

que exige releituras atentas para descobrir veios mais profundos sob a transparência da linguagem.

 

 

 

 

Um padre na aldeira glob@l

A geração dos nativos digitais desafia a criação de novas fórmulas de evangelização, na convicção de que qualquer ecrã é meio e oportunidade para o encontro pessoal, olhos nos olhos, coração a coração.

Um padre na aldeia glob@l situa os múltiplos cruzamentos entre a Igreja católica e as novas tecnologias de informação presentes na internet, nas redes sociais e no sem-número de aplicações para dispositivos móveis, dos smartphones aos tablets.

A investigação do padre Américo Aguiar percorre um século de pronunciamentos pontifícios sobre os media, entretecendo-os com alguns dos mais notáveis pensadores das teorias de comunicação.

Das interseções entre fé e tecnologia nasce uma obra que revela novos horizontes para o anúncio e testemunho, porque o Mar da Galileia, onde Cristo chamou os primeiros Apóstolos, é hoje um vasto oceano onde muitos aguardam a oportunidade de encontrar a Rede de Jesus.

 

 

 

II Concílio do Vaticano:
Abolição dos índices dos livros proibidos II

 

O II Concílio do Vaticano encerrou no mês de dezembro de 1965, mas só no ano seguinte (14 de junho), se abria para muitos católicos uma nova fase com a abolição do índice dos livros proibidos.

Na passada semana fiz referência a livros de intelectuais e filósofos que foram apanhados na rede das proibições. Desta vez, irei entrar no campo da história da igreja, exegese e teologia. Os catálogos dos livros proibidos começaram a surgir em Paris (1544); Veneza (1549); Lovaina (1550); Florença (1552) e Milão (1554). Mas “o primeiro índice de livros proibidos de origem papal só aparece em 1559 quando presidia aos destinos da Igreja o Papa Paulo IV” revela Manuel Augusto Rodrigues num artigo publicado no jornal «Correio de Coimbra» (22-08-96).

Depois surgiram mais de 40 índices actualizados. A inquisição e os tribunais diocesanos representaram outro meio de controlar o livro e aquele que lia a obra. Em Portugal, o primeiro rol de livros defesos apareceu em 1547; em 1561, 1581 e 1642 foram promulgados outros índices expurgatórios. Com o Papa Leão XIII, dado o cada vez maior número de livros proibidos, determinou-se (1896) que deixavam de o ser os que foram editados antes de 1600.

No caso de um livro ser proibido, os católicos não podiam lê-lo nem editá-lo, nem vendê-lo ou guardá-lo. Semelhantes atitudes eram consideradas pecado e, por vezes, 

 

  

 

 

 

 

os seus promotores eram excomungados. Mas sucedia que uma pessoa podia pedir uma autorização especial para ler determinado livro condenado por motivos especiais e então o ordinário diocesano podia conceder a dispensa requerida. “Os teólogos e filósofos eram os mais interessados em obter tal concessão”, escreveu Manuel Augusto Rodrigues.

Dos livros mais censurados figuram os relativos à história da Igreja e à exegese bíblica. O Santo Ofício e a Comissão Bíblica (criada pelo Papa Leão XIII para promover os estudos nesta área) encarregaram-se de excluir da leitura importantes obras publicadas na última parte do século XIX e inícios do século passado. Questões vitais para a interpretação de determinados livros bíblicos (Pentateuco, Salmos, Isaías, Sinópticos e São João) eram sempre objecto de grande vigilância por parte dos responsáveis da Igreja.

 
No fundo era a busca da autenticidade da verdade revelada que se procurava por meio do contributo da razão e da ciência. Teólogos como Congar, Chenu, Rahner, Schillebeeckx e Kung merecem ser evocados neste contexto pelo corajoso trabalho desenvolvido tantas vezes sob o “olhar céptico e até mesmo condenatório de Roma”, lê-se no artigo citado. Com o desaparecimento do índice de livros proibidos em 1966 encerrou-se uma página da história da Igreja que teve implicações de vária ordem na vida das instituições e das pessoas.

De notar que, em geral, os seus autores não tinham oportunidade de pessoalmente se poderem defender em Roma, esclarecendo, por exemplo equívocos de interpretação. A condenação assentava apenas na obra escrita pelo seu autor. Um clima de asfixia intelectual pairava sobre os espíritos. 

 

 

Maio

Dia 02

* Vaticano - Primeira reunião do novo «Conselho para a Economia» do Vaticano.

* Lisboa - Museu do Oriente (Auditório) - Estreia mundial da «Missa em Concani», uma obra inédita do autor goês Jerónimo Araújo Silva.
* Aveiro - Sever do Vouga - XIII Inter-Escolas diocesano.
* Braga - IV Encontro nacional de EMRC do Ensino Secundário. (02 e 03)
* Castelo Branco - Idanha-a-Nova (Monsanto) - Festa da Divina Santa Cruz em Monsanto. (02 a 04)
* Vaticano - Seminário sobre o tema «Humanidade sustentável, natureza sustentável: a nossa responsabilidade» promovido pelas Academias Pontifícias das Ciências e das Ciências Sociais. (02 a 06)
* Braga - Museu Pio XII - Exposição de Numismática e Notafilia. (02 a 02 de setembro)

 

Dia 03

* Castelo Branco - Idanha-a-Nova (Centro Cultural Raiano) -Lançamento do livro/dvd «A devoção à Senhora do almurtão».

 

*Viana do Castelo - Início das comemorações dos 500 anos de nascimento de frei Bartolomeu dos Mártires.
* Coimbra - Cineteatro do Colégio de Santo Teotónio - Jornadas de Educação sobre «Tendências na Educação perspectivas de futuro» destinada a país, educadores e professores
* Braga - Fafe (Pavilhão Multiusos) - Musical sobre o Papa João Paulo II preparado pelo padre Albano de Sousa Nogueira.
* Lisboa - Ameixoeira (11h00m) - Benção do centro paroquial por D. Manuel Clemente.
* Setúbal - Comemoração do Dia de São Jorge (Patrono Mundial dos escuteiros).
* Guimarães - Cerzedelo (Igreja Românica) - Inauguração da exposição «As cruzes floridas da missão» com a presença de D. Jorge Ortiga.
* Setúbal - Sesimbra (Sala polivalente da Biblioteca Municipal) (15h00m) - Apresentação da obra «O Eixo e a árvore. Notas sobre a sacralização do território Arrábido» da autoria de Ruy Ventura. 

 

 

 

 

* Lamego - Seminário - Encontro Nacional da ASEL.
* Portalegre - Arronches (Igreja matriz) - Concerto do 3º festival de música Sacra de Arronches.
* Aveiro - ISCRA - Início da acção de formação sobre «EMRC e novas ferramentas da comunicação. Desafios à transmissão da Mensagem Cristã» orientada por Berta Silva.
* Aveiro - ISCRA - Início da acção de formação sobre «A presença do cristianismo na cultura» orientada por Victor Marques.
* Coimbra - Mosteiro do Lorvão - Inauguração do órgão de tubos do Mosteiro do Lorvão.
* Porto - Matosinhos (Senhora da Hora) - Encontro anual do Movimento Fé e Luz com o tema «Entra na onda».
* Fátima - Domus Carmeli - VIII Encontro de Leigos Missionários Carmelitas. (03 e 04)
* Fátima - Actividade «Fátima Jovem» promovida pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil. (03 e 04)
* Lamego - Resende (Seminário menor) - Encontro diocesano de acólitos. (03 e 04)
* Aveiro - Recolha de alimentos para a Cáritas Diocesana de Aveiro. (03 e 04)

 

* Braga - Guimarães (Serzedelo) - Festa das Cruzes. (03 e 04)
* Braga - São Pedro de Rates - V Curso de Música Sacra. (03 a 31 )
* Fátima - Museu de Arte Sacra e Etnologia -Exposição «As devoções a Maria, mãe de Jesus, em diversos locais do mundo e a cultura local»  da artista plástica Mari Bueno. (03 a 29 de junho)

 

Dia 04

* Lisboa - Sé (17h00m) - Concerto de homenagem pelo 1º ano de pontificado do Papa Francisco e de acção de graças pela canonização de João Paulo II e de João XXIII.
* Aveiro - Alameda da Universidade de Aveiro - Benção dos finalistas presidida por D. Carlos Ximenes Belo. 
* Lisboa - Apelação (Quinta da Fonte) - Festa de São Salvador do Mundo promovida pelas comunidades africanas.
* Fátima - Encontro nacional do Movimento Schoesntatt para celebrar o centenário da fundação deste movimento apostólico.
* Lisboa - Oeiras (Igreja de São Julião da Barra) - Missa portuguesa em Fado.
* Portalegre - Sardoal - Festa do Senhor dos Remédios.

 

 

 

 

 

- Com início a 1 de maio e até ao dia 4, os XXI Jogos Nacionais Salesianos, querem aliar um programa desportivo à cultura com visitas a locais emblemáticos do Estoril e arredores. Este evento desportivo anual congrega em média cerca de 1500 atletas e despectivos animadores desportivos dos vários ambientes dos Salesianos e das Filhas de Maria Auxiliadora.

 

- O Serviço de Animação Vocacional da Diocese de Leiria-Fátima propõe às paróquias, comunidades religiosas e outros grupos um mês especial de oração pelas vocações, intitulado ‘Maio, mês vocacional’. Adoração ao Santíssimo Sacramento ou oração mariana são duas formas de concretizar esta ideia que decorrer durante todo o mês de maio.

 

- Tem início no sábado, dia 3 de maio, comemorações dos 500 anos de nascimento de frei Bartolomeu dos Mártires. O Município e a diocese de Viana do Castelo associam-se a esta iniciativa que se vai estender até julho 2015, de forma a divulgar a sua vida e obra, promover a devoção e também a causa da canonização e consequente declaração de Doutor da Igreja que foi arcebispo de Braga em 1558/59 e contribuiu decisivamente para a realização do Concílio de Trento nos anos de 1562 e 63.

 

- No dia 5 a União Europeia vai distinguir o programa da rádio «Encontros com o Património», uma rubrica da rádio TSF, com edição de Manuel Vilas-Boas. O prémio «Europa Nostra», que vai ser Burgtheater de Viena, sob o patrocínio do presidente da Áustria, é o reconhecimento do contributo para a divulgação e preservação da Cultura.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00

RTP1, 10h00

Transmissão da missa dominical

 

11h00 - Transmissão missa

 

12h15 - Oitavo Dia

 

Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã;  12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida.

 
RTP2, 11h22

Domingo, dia 04 - Dois Papas Santos: Momentos da canonização entre grupos portugueses.

 

RTP2, 15h30

Segunda-feira, dia 05 - Entrevista a frei António José Almeida sobre D. Frei Bartolomeu dos Mártires;

Terça-feira, dia 06 - Informação e entrevista a Manuel Brandão Alves sobre o Grupo Economia e Sociedade;

Quarta-feira, dia 07 - Informação e entrevista a Manuel Arouca sobre o filme "Fátima no Mundo";

Quinta-feira, dia 08 - Informação e entrevista a Alexandra Norberto sobre jovens no Movimento dos Focolares;

Sexta-feira, dia 09 - Análise das leituras bíblicas de domingo pelo padre Armindo Vaz e frei José Nunes.

 

Antena 1

Domingo, dia 04 de maio,  06h00 - O programa Ecclesia associa-se à celebração dos 500 anos do nascimento do beato Frei Bartolomeu dos Mártires e sabemos mais junto de D. Jorge Ortiga, do cónego João Paulo Abreu e do presidente de Viana do Castelo José Maria Costa. Comentário sobre a atualidade com o sacerdote espiritano Tony Neves.

 

Segunda a sexta-feira, 22h45 - 05 de maio - A Casa das Candeias, em Fátima; 06 a 09 de maio - Testemunhos de peregrinos de Fátima.

 

 

 

Existem provas da ressurreição de Jesus?

 

 

 

 

 

 

 

 

Ano A - 3º Domingo da Páscoa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caminhar como os discípulos de Emaús
 

A liturgia deste terceiro Domingo da Páscoa convida-nos a descobrir Cristo que acompanha os homens pelos caminhos do mundo, que com a sua Palavra anima os corações magoados e desolados, que se revela sempre que a comunidade dos discípulos se reúne para "partir o pão"; apela, ainda, a que os discípulos sejam as testemunhas da ressurreição diante dos homens.

É no Evangelho, sobretudo, que esta mensagem aparece de forma nítida: Cristo, vivo e ressuscitado, a caminhar ao lado dos discípulos, a explicar-lhes as Escrituras, a encher-lhes o coração de esperança e a sentar-Se com eles à mesa para “partir o pão”. É aí que os discípulos O reconhecem.

E nós, hoje? Na nossa caminhada pela vida, fazemos, frequentemente, a experiência do desencanto, do desalento, do desânimo. As crises, os fracassos, o desmoronamento daquilo que julgávamos seguro e em que apostámos tudo, a falência dos nossos sonhos deixam-nos frustrados, perdidos, sem perspetivas. Então, parece que nada faz sentido e que Deus desapareceu do nosso horizonte.

No entanto, a catequese que Lucas nos propõe hoje garante-nos que Jesus Ressuscitado caminha ao nosso lado. Ele é esse companheiro de viagem que encontra formas de vir ao nosso encontro – mesmo se nem sempre somos capazes de O reconhecer – e de encher o nosso coração de esperança.

Deus fala-nos, faz renascer em nós a esperança e o entusiasmo, através da Palavra de Deus, escutada, meditada, partilhada, acolhida no coração.

 

 

 

 

Os olhos do nosso coração abrem-se para descobrir Jesus, vivo e atuante, na partilha do Pão eucarístico. Sempre que nos sentamos à mesa com a comunidade e partilhamos o pão que Jesus nos oferece, damo-nos conta de que o Ressuscitado continua vivo, caminhando ao nosso lado, alimentando-nos ao longo da caminhada, ensinando-nos que a felicidade está no dom, na partilha, no amor. Sempre que nos juntamos com os irmãos à volta da mesa de Deus, celebrando na alegria e na festa o amor, a partilha e o serviço, encontramos o Ressuscitado a encher a nossa vida de sentido, de plenitude, de vida autêntica.

Emaús é a nossa história de 

 

cada dia: os nossos olhos fechados que não reconhecem o Ressuscitado; os nossos corações que duvidam, fechados na tristeza; os nossos velhos sonhos vividos com deceção; o nosso caminho, talvez, a afastar-se do Ressuscitado.

Durante o tempo pascal, ajustemos os nossos passos ao passo de Cristo. É urgente abrir os nossos olhos para reconhecer a sua presença e a sua ação no coração do mundo e para levar a Boa Notícia: Deus ressuscitou Jesus! Esta é a nossa fé, vivida na alegria do Evangelho!

 

Manuel Barbosa, scj

www.dehonianos.org

 

 

Dias de terror em Malakal, no Sudão do Sul

A GUERRA, DE NOVO

Meses depois da independência, a guerra voltou, mais trágica ainda, ao Sudão do Sul. Um conflito tribal desabou sobre esta jovem nação e provocou já milhares de mortos e cerca de 1 milhão de refugiados. A Irmã Elena não consegue esquecer toda essa violência em Malakal, onde vivia. Mas, mesmo assim, quer voltar.
 
Malakal é agora uma cidade fantasma. Até os animais parecem ter fugido. Não há ninguém. Por vezes, escuta-se o ruído apressado de carros que transportam homens armados. Agora não há mais ninguém para matar, não há mais nenhuma mulher ou rapariga para violar. Não há mais nada. É difícil imaginar as ruas desertas de Malakal. Ainda há tão pouco tempo, parecia uma cidade normal, cheia de pessoas, com mais de 250 mil habitantes. Agora, não tem praticamente ninguém.
 
Sombras da violência
Em muitas casas ainda há vestígios de morte, da violência
 
 que tomou conta das ruas, em paredes esburacadas por balas, nas casas incendiadas, nos corpos que ninguém ainda reclamou. A Irmã Elena Balatti, missionária comboniana, também abandonou Malakal. Por mais que se esforce, por mais que tente esquecer, esta missionária italiana é obrigada a recordar os dias de pavor que viveu na cidade, quando bandos armados do chamado “white army” entraram na catedral, à procura de soldados fiéis ao Governo. Nem os locais de culto foram poupados. Muito menos os hospitais, orfanatos ou, até, as bases da ONU. Há relatos impressionantes de violência, de uma violência que não tem poupado ninguém, nem sequer crianças, mulheres ou idosos. “Houve pessoas mortas nas igrejas”, diz a Irmã Elena. “A cidade ficou destruída. Ainda tenho na memória a imagem do mercado, com as decorações de Natal, pouco antes do ataque de 24 de Dezembro. Agora aquele mercado já não existe. Todas as estruturas governamentais foram saqueadas e incendiadas.” 
 

 

 

 

 

Guerra tribal
Na base desta guerra civil que envolve forças governamentais do presidente Salva Kiir e partidários de seu ex-vice-presidente Riek Machar, destituído em 2013, e que já causou 1 milhão de refugiados e dezenas de milhares de mortos, está um conflito tribal entre as etnias Nuer e Dinka. Foram elementos afectos à etnia Nuer, 
 
do ex-vice-presidente, que atacaram a cidade de Malakal. A violência contra as mulheres banalizou-se. No último dia, antes de apanhar o avião que a transportou para Juba, a capital, onde ainda se encontra, a Irmã Elena levou uma menina de 12 anos até ao hospital da Cruz Vermelha. Tinha sido violada, juntamente com outras nove 
 
 

 

 

crianças, na Igreja do Cristo Rei.
Foi dolorosa a decisão das missionárias combonianas de abandonarem a cidade de Malakal. “Éramos três irmãs. Depois de a nossa casa também ter sido saqueada, já  não tínhamos onde morar. Ficámos ao lado dos sacerdotes locais, mas agora que todos fugiram nós também abandonámos Malakal. Já não havia razões para permanecermos numa cidade deserta.”
O Sudão do Sul é o país mais novo do mundo. Ganhou a independência em 2011, depois de meio século de luta contra o norte, maioritariamente árabe e muçulmano, em flagrante contraste com o sul onde predomina a religião cristã. Foi um conflito sangrento, que causou mais de 3 milhões de mortos. Agora, ao fim de poucos meses, voltou a guerra. Ainda mais violenta e incompreensível. 
Partir para voltar
A Irmã Elena está em Juba, mas o seu coração continua em Malakal. Não há dia que passe que não recorde os gritos de ajuda das populações atacadas, o olhar aterrorizado da menina violada, 
 
ou as paredes das igrejas esburacadas pelas rajadas das metralhadoras. 
A Irmã Elena quer regressar. Para isso é preciso que o cessar-fogo já assinado entre rebeldes e forças governamentais não seja apenas um papel com intenções mas sem valor. De todo o lado continuam a chegar notícias de ataques, de mortos, de violência. Ainda esta semana. Nem as bases da ONU, com campos de refugiados, são poupadas. 
No meio da impotência, resta a fé. A Irmã Elena pede as nossas orações. As suas orações. Nada voltará a ser como dantes. O Sudão do Sul é como uma ferida aberta que dificilmente irá sarar. A Igreja tem um papel essencial a desempenhar depois destes dias de terror. É preciso acreditar. É preciso ter esperança. “Quero voltar, juntamente com as minhas irmãs combonianas, para continuarmos o nosso trabalho”, diz a Irmã Elena. Vamos ajudá-la?
 
O trabalho destas Irmãs Combonianas é apoiado pela Fundação AIS
texto Paulo Aido
www.fundacao-ais.pt 
 

 

Apps pastorais

iTerço

Maio é o mês de Maria. Mês das peregrinações até Fátima. Mês do terço. Pensando em toda as pessoas que estão sós, as que peregrinam, e nas que gostam de rezar o terço, apresento hoje a aplicação tecnologia iTerço.

Depois de baixar a aplicação e configurar para português, está pronta a ser usada.

A aplicação é composta por três separadores: Terço; Extras; Compartilhar.

O separador Terço é composto terço – carregando começamos logo a rezar o terço nos mistérios de cada dia; todo o rosário – permite-nos rezar um rosário e contemplar: um slideshow com imagens que ilustram cada mistério.

Os outros dois separadores são para configurações e partilhas nas redes sociais do aplicativo.

O terço é rezado a duas vozes: a primeira parte é feita pela voz da aplicação, a segunda é pelo próprio, como se estivessem a rezar uma com a outra pessoa.

Acabaram-se as desculpas de não tenho terço para rezar. Esta aplicação ajuda-nos a rezar: a contagem é automática, cada 

 

 

 

mistério é sempre introduzido por uma leitura e acompanhado por uma imagem.

A aplicação tem uma página no Facebook. A aplicação tem um custo de 2,69€ para iOS e de 0,75€ para Androide.

 

iPhone iPad | Androide

 

Bento Oliveira

@iMissio

http://www.imissio.net

 

 

APOSTOLADO dE ORAÇÃO

A Valorização do humano na comunicação

Para que os meios de comunicação sejam instrumentos ao serviço da verdade e da paz. [Intenção Universal do Papa para o mês de MAIO]

 

1. Podia começar esta reflexão usando os estereótipos negativos associados aos meios de comunicação e aos jornalistas... Começar assim, porém, não seria justo nem serviria para grande coisa, senão para perpetuar lugares comuns e generalizações abusivas. Prefiro começar pensando nos jornalistas como pessoas com virtudes e defeitos, dando o melhor, mesmo não acertando sempre, procurando ganhar de modo honesto o seu sustento e, eventualmente, o da família e servindo a comunidade. E pensar nos meios de comunicação como realidades neutras – por isso são “meios” e não fins – que podem ser utilizadas de muitos modos: verdade ou manipulação, paz ou conflitos, destruição ou edificação do outro...

 

2. A comunicação social encontra-se num torvelinho de mudanças económicas e tecnológicas. É necessário reinventar-se 

 

todos os dias, para não se ser ultrapassado. É fundamental fazer parte de um grupo empresarial, que ofereça produtos comunicacionais diversos, para públicos diferentes, de modo a ter sustentabilidade económica. 

E é, sobretudo, necessário ter consciência da sempre maior utilização da internet, da imensidão de conteúdos aí disponíveis, bem como da diversidade de meios tecnológicos que permitem aceder-lhe. Sem ter presentes estas mudanças, agindo no sentido de as integrar, nenhum meio de comunicação sobrevive muito tempo. Não é difícil, por exemplo, imaginar um futuro em que os jornais locais ou regionais desaparecem na versão papel e passam a habitar um site “local” da internet, só procurado pelas pessoas interessadas nos assuntos da sua localidade ou região...

 

3. Além da ubiquidade da internet, é necessário considerar também a diversidade dos conteúdos. A internet é um repositório de tudo quanto passa pela cabeça das pessoas, 

 

 

 

desde o pior ao melhor – e, para muitos, o “pior” ou o “melhor” não têm outra consistência senão aquela que cada um lhes atribui. Além disso, com as “redes sociais”, a internet tornou-se, também, uma exposição permanente da vida das pessoas, exposição levada, em alguns casos, ao exagero – mas também a noção de “exagero” é, com frequência, considerada assunto meramente individual.

 

4. A impossibilidade de acompanhar o infindável caudal de conteúdos publicados na rede e nos outros meios de comunicação torna fundamental o desenvolvimento de critérios, ou seja, de capacidade para discernir. Tais critérios, porém, só não serão de “geometria variável” se fundamentados em princípios “não negociáveis” (pedindo emprestada a expressão ao Papa Bento XVI) nos quais cada um se enraíze. Tais princípios, porque dizem respeito à origem, portanto, à humanidade de cada um, precisam de ter uma fonte exterior ao indivíduo e às maiorias conjunturais – ou às minorias dominantes num dado momento.

 Ou seja, é necessário regressar a 

 

 

alguma forma de “lei natural”, cuja origem se possa traçar no rasto de uma Transcendência não dada a si próprio por cada um, mas anterior a todos.

 

5. Quanto mais avança a tecnologia e maior é a informação ao dispor dos indivíduos, quanto mais rápido é o consumo dessa informação... só resta a humanidade de cada um como ponto de apoio para dizer ao próprio e aos outros o que vale a pena reter e o que deve passar ao caixote do lixo da história. A verdade e a paz constituem anseios de muitos – tenho dificuldade em dizer de todos. Tais anseios, porém, precisam de afundar as suas raízes em algo mais “antigo”. Se assim for, os meios de comunicação poderão ser instrumentos ao seu serviço – pois as pessoas que os usam percebem o poder humanizador desses anseios. Caso contrário, tornar-se-ão meras conveniências de momento, impossíveis de distinguir da mentira e da guerra na rede de autocomprazimentos em que se pode transformar a sociedade, se cedermos ao modelo “matrix” no qual tantos parecem já viver.

 

 

SÃO JOAO XXIII E SÃO JOÃO PAULO II

Construir Pontes

Tony Neves

 
 

João XXIII e J. Paulo II estão nos altares. São construtores de ‘Pontes’. João XXIII abriu as janelas da Igreja aos tempos presentes e futuros para evitar mortes por asfixia. Quis que entrasse uma lufada de ar fresco na Igreja. Convocou o Concílio Vaticano II que pôs a Igreja a conversar com o mundo de que ela também é parte integrante. Pôs de lado o latim que ninguém falava e entendia e convidou os povos a louvar a Deus nas suas próprias línguas, transformando o Babel da incompreensão no Pentecostes da partilha entre irmãos que falam uma linguagem que todos entendem e abraçam: a Palavra do Evangelho. João XXIII, homem bom e feliz, semeou alegria à sua volta, acreditando a Igreja em contextos onde era já considerada peça de museu. Deus o chamou com o Concílio ainda a balbuciar as primeiras palavras da conversão que propunha, mas Paulo VI deu continuidade e conclusão á obra começada há 50 anos.

 

J. Paulo II construiu uma ponte entre a Europa do silêncio (esmagada e oprimida do outro lado da cortina de ferro) e a Europa ocidental (abafada nas suas convicções ancestrais pelo indiferentismo religioso). Deu um empurrão e ajudou a deitar abaixo o Muro de Berlim e, com ele, acabou a guerra fria que opunha o capitalismo ao socialismo, impondo ao mundo o equilíbrio do terror, assente na 

 

 

 

 

Luso Fonias

 

corrida aos armamentos. Com J. Paulo II, o mundo respirou de alívio, mas o capitalismo liberal, gerador de enormes desigualdades sociais, impôs-se como sistema único. O Papa que ‘veio de longe’ lançou-se na aventura de percorrer os caminhos do mundo para falar de Cristo, apostando forte nas ‘Viagens apostólicas’. Criou as ‘Jornadas Mundiais da Juventude’ que congregam milhões de jovens, reforçando a sua missão. Promoveu em Assis o Encontro dos líderes Religiosos de todo o mundo para rezar pela Paz, ideia reforçada por Bento XVI e Francisco.

São dois Papas que marcaram o fim do segundo milénio. A 

 
canonização conjunta mostra á Igreja e ao mundo a riqueza da pluralidade. São dois estilos completamente diferentes mas com algo de essencial em comum: o amor à Igreja, a fidelidade ao Evangelho e a abertura com atenção aos sinais dos tempos.

Se tivesse que eleger uma ‘obra’ de cada um deles, dirá que me marcaram a ‘Pacem in Terris’ de João XXIII e a ‘Redemptoris Missio’ de J. Paulo II. Duas encíclicas em que a Missão, num sentido muito alargado do termo, joga um papel decisivo na vida da Igreja, na sua relação com o mundo.

Próximos no tempo, estes Santos são modelos a seguir.

 

 

“Pode ouvir o programa Luso Fonias na rádio SIM, sábados às 14h00, ou em www.fecongd.org. O programa Luso Fonias é produzido pela FEC – Fundação Fé e Cooperação, ONGD da Conferência Episcopal Portuguesa.”

 

Jovens peregrinam no espírito
das Bem-Aventuranças

Formação e debate, oração e reflexão, partilha e animação, é o que caracteriza anualmente a Peregrinação Nacional dos Jovens a Fátima. O Fátima Jovem, no fim-de-semana de 3 e 4 de maio pretende ser um momento de troca de experiências alargadas entre os jovens que nas suas dioceses, movimentos e grupos peregrinam no mesmo espírito das Bem-Aventuranças.

Desde a primeira edição, que esta Peregrinação de jovens se destaca por ser um encontro de compromisso que ambiciona chegar a todos os jovens de todas as dioceses. O Departamento Nacional de Pastoral Juvenil (DNPJ) pretende que os jovens católicos portugueses reafirmem esse compromisso em todas as dimensões da vida: na família, na paróquia, na escola, no trabalho, no grupo de amigos, na discoteca, no bar.

O DNPJ, com os departamentos/secretariados de jovens diocesanos e outros movimentos, pretendem 

 

que este compromisso seja anunciado como Boa Nova de uma vida empenhada nas Bem-Aventuranças.

Estes peregrinos que se vão reunir em Fátima são "Bem-aventurados... no amor de Deus pelo mundo” e são convidados a anunciar esta mensagem.

Como explica a Enciclopédia Católica Popular, o peregrino “no sentido comum, é o fiel em ‘peregrinação a santuário’” e este sábado e domingo os jovens católicos peregrinam ao encontro de Maria e da sua mensagem no altar do Mundo, ao encontro de outros jovens e depois regressam também ao encontro com quem não teve oportunidade de participar no Fátima Jovem’14.

E se é verdade que esta peregrinação já começou nas diversas dioceses, com o itinerário dos Ramos ao Fátima Jovem, a peregrinação com reflexão em autocarro…ela adquire mais expressão e visibilidade na caminhada a pé, provenientes de quatro

 

 

 

 

 

 pontos da cidade de Fátima rumo ao grande encontro de jovens na Praça Luís Kondor, na tarde do dia 3 de maio onde o acolhimento será marcado por um flashmob, muita FÉsta e música.

A Capelinha das Aparições espera-os para saudarem Maria, a Mãe que os acolhe no início do mês de Maio, e como o Santo João Paulo II que também foi peregrino no Santuário de Fátima os jovens são convidados a peregrinarem em sentido geográfico e espiritual, a quebrarem as suas rotinas para enraizados caminharem com Deus.

Sempre acompanhados, da Cruz Evangelizadora entregue na JMJ de Buenos Aires 87, pelo Santo  

 

João Paulo II, quando entregou uma cruz aos jovens de cadacontinente, e ao continente europeu entregou a Portugal, temos por isso a graça de a ter entre nós.

A sensibilidade para as questões sociais têm marcado estas peregrinações nacionais de jovens, assim, também este ano, o Espaço Jovem é um momento que evidencia o interesse e a sensibilidade dos jovens em temas sociais como o voluntariado, a pobreza e a família. A pobreza nas Bem-Aventuranças vai estar presente no documentário “O Meu Bairro” que revela o trabalho dos religiosos do Instituto 

 

 

 

Missionário da Consolata (IMC) no bairro do Zambujal, na Amadora. O filme, que foi entregue ao Papa Francisco a 19 de fevereiro de 2014 no Vaticano, apresenta um dos bairros mais problemáticos da periferia de Lisboa e uma presença com 10 anos dos padres e irmãs do IMC que diariamente respondem a desafios/problemas sociais e culturais. Esta atividade com a presença de Inês e Daniela Leitão, as autoras do documentário, pretende reforçar o espírito de partilha e oração que caracteriza o programa do Fátima Jovem.

O DNPJ, em parceria com a Cáritas Portuguesa, vai ainda alertar os participantes para a campanha internacional de luta contra a fome - “Uma só família humana, alimento para todos” – “que tem por objetivo o combate à fome (o seu fim em 2025) e ao desperdício alimentar, mas também alertar para o respeito inalienável pelo direito à alimentação”.

Este grande encontro caracteriza-se também por participar ativamente nas celebrações do Santuário da Cova da Iria. Nesse sentido, na noite do dia 3 de maio, os jovens participam no 

 

Rosário e na Procissão de Velas da Capelinha das Aparições.

Um novo e forte momento de comunhão e oração|adoração será na Basílica da Santíssima Trindade com a Vigília de Oração “Viemos adorá-Lo”, um encontro com “Jesus Eucarístico”, uma ousadia de penetrar no diálogo de coração a Coração”, não nos ardia cá dentro” Emaús.

O programa do primeiro dia encerra com um concerto de oração e evangelização da Banda Jota que a apresentação de “Não vou parar”, o seu último CD. Neste concerto, a Banda que criou o hino do Fátima Jovem 2014 vai apresentar os treze temas do quarto trabalho que remetem para episódios do Novo Testamento e atitudes cristãs no século XXI.

No domingo, dia 4 de maio, os jovens vão participar e animar todas as cerimónias do Santuário de Fátima - rosário, procissão e eucaristia de envio. Os secretariados e movimentos vão ser os intervenientes litúrgicos destes momentos.

O DNPJ continua a propor no Fátima Jovem 2014:“Novos Olhares”. Cada jovem participante é desafiado a inscrever-se 

 

 

 

 

 

 

e ser “voluntário/fotógrafo”, sendo devidamente identificado. Através da objetiva da sua máquina fotográfica terá a oportunidade de ver novas perspetivas, realidades, momentos, paisagens ou passagens. O olhar subjetivo de cada um, poderá concretizar um mosaico enriquecedor para todos.

Em 2014, o Fátima Jovem é o início de uma grande peregrinação 

 

com as Bem-Aventuranças como lema e com destino às Jornadas Mundiais da Juventude de 2016 que se realizam na Polónia, mais concretamente em Cracóvia, cidade onde o Santo João Paulo II foi seminarista e mais tarde bispo.

Como os discípulos de Emaús: “Ficai connosco Senhor”!

 

DNPJ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os bens deste mundo podem tornar o coração do homem insensível a Deus, mas também podem transformar-se em instrumento de comunhão

 

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