04 - Editorial:

   Cónego João Aguiar

06 - Foto da semana

07 - Citações

08 - Nacional

14 -Opinião:

    D. Pio Alves

16 - A semana de...

     Lígia Silveira

    Santo António

 

36 - Internacional

42 - Cinema

44 - Multimédia

46 - Estante

48 - Vaticano II

50-  Agenda

52 - Por estes dias

54 - Programação Religiosa

55  - Minuto YouCat

56 - Aplicações Pastorais

58 - Liturgia

60 - Fundação AIS
62 - Lusofonias

Foto da capa: Agência ECCLESIA

Foto da contracapa:  Agência ECCLESIA

 

 

 

 

AGÊNCIA ECCLESIA 
Diretor: Paulo Rocha  | Chefe de Redação: Octávio Carmo
Redação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,
Luís Filipe Santos, Margarida Duarte, Sónia Neves
Grafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana Gomes
Propriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais 
Diretor: Cónego João Aguiar Campos
Pessoa Coletiva nº 500966575, NIB: 0018 0000 10124457001 82.
Redação e Administração: Quinta do Cabeço, Porta D
1885-076 MOSCAVIDE.
Tel.: 218855472; Fax: 218855473.
agencia@ecclesia.pt; www.agencia.ecclesia.pt;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Opinião

 

 

 

 

Presidente condecora Comunidade Vida e Paz

[ver+]

 

 

 

Cimeira de oração pela paz

[ver+]

 

 

 

 

 

 

Santo António de Lisboa

[ver+]

 

 

 

 

 

Cónego João Aguiar|Padre Tony Neves | Bento Oliveira | Frei Hermínio Araújo | Frei Fabrizio Bordin

 

Bons sinais

João Aguiar Campos

Secretariado Nacional das Comunicações Sociais

 

Participei na ordenação episcopal de D. José Traquina, novo Auxiliar do Patriarcado. Na celebração, recolhi diversos sinais – bons sinais – que hoje me permito partilhar.

Um dos primeiros diz respeito ao modo familiar como o Patriarca, D. Manuel Clemente, se dirigiu ao ordinando, tratando-o por tu: «Caríssimo D. José Traquina, é este roteiro de ascensão autêntica que tens seguido (…).Assim prosseguirás, como sucessor dos Apóstolos, ajudando-nos a todos no percurso sinodal que estamos a começar. Não te faltará o alento divino e a presença da Mãe de Cristo».

Habituados a esconder conhecimentos ou afectos em momentos solenes, embrulhando as palavras numa espécie de coreografia ensaiada, este tratamento por tu soou-me muito bem. Revela uma clara e assumida proximidade que, por certo, dará frutos no trabalho conjunto, em benefício de uma diocese a iniciar um percurso sinodal.

É certo que um Auxiliar não é uma espécie de secretário particular (com mitra) do titular que o recebe. É igualmente certo que, seguindo-se o Direito, na sua escolha tem muito peso a opção do bispo diocesano com quem vai trabalhar. Mas, sendo isto verdade, é bom descobrir que a relação não é mera cortesia – até porque um paço episcopal é diferente de um Ministério qualquer… Fixei, por isso, este sinal, potenciador da «harmonia de acção e espírito» (CIC 407, 3).

 

 

 
Registei, depois, o modo tranquilo e bem-humorado como D. José Traquina a todos saudou, ao terminar a celebração. A sua gratidão teve nomes, não se esgotando na generalidade agradecida a professores, paroquianos, etc. Desceu ao concreto das menções pessoais, referindo quem mais o marcou no seu caminho; não esquecendo, sequer, os patrões já falecidos, com quem trabalhou nos tempos de jovem empregado do comércio.

Pode este meu sublinhado parecer um pormenor de somenos ou revelar uma esquisita sensibilidade. Mas, nestes tempos diferentes, faz um extraordinário sentido – introduzindo nos depoimentos a ternura que tão ausente tem estado.

O último sinal gravei-o já nos claustros dos Jerónimos, quando o novo bispo recebeu saudações

 

de padres e diáconos. Reparei que sabia os nomes de quem o cumprimentava, acolhendo e sendo acolhido com alegria e entusiasmo.

Sei que uma escolha episcopal, sendo um processo algo participado, não é um processo democrático, no exacto sentido que costumamos dar à palavra; mas também não deve ser um processo…antipático. Ora, no domingo, era evidente a sintonia, percebendo-se que D. José Traquina está entre os seus e estes o sabem. Imagino, por isso, fáceis estes dias primeiros de um serviço diferente, alicerçado no conhecimento das pessoas e suas circunstâncias.

No silêncio de casa foi-me, por isso, natural regressar ao que tinha rezado na Ladainha e recordar o que tinha pedido: Senhor, dignai-Vos abençoar, santificar e consagrar este eleito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

«O olhar fixo está em sintonia com a direção do braço…» 
© MAURIZIO BRAMBATTI

 

 

 

 

 

 

 

 

“O monopólio do poder e da verdade, o juridicismo, o clericalismo, não são os caminhos da Igreja autêntica» (Padre Querubim Silva, jornal «Correio do Vouga – 04 junho 2014»)

 

 

 

 

“Dia após dia, novos estudos demonstram a pujança chinesa e a forma avassaladora como obriga o mundo a mudar» (Editorial do jornal «Público – 04 junho 2014»)

 

 

 
 
 
 
 
 
 

“Estamos a menos de 15 dias do primeiro jogo, houve pouco tempo para ensaiar táticas e criar rotinas, pelo que todas as oportunidades deveriam ser aproveitadas para olear a equipa que vai atuar” (José António Saraiva, jornal «Record – 04 junho 2014»)

 

 

 

“Fruto da Graça e do Amor de Deus, a eleição e ordenação de um novo Bispo, não pode deixar de nos confirmar, a nós Igreja de Lisboa, na fé apostólica” (D. Nuno Brás, jornal «Voz da Verdade – 01 junho 2014»)

 
 

 

Comunidade Vida e Paz distinguida
com Ordem da Liberdade

A Comunidade Vida e Paz (CVP), instituição do Patriarcado de Lisboa, foi distinguida pelo presidente da República e vê nesta condecoração uma “motivação” para o trabalho em prol dos mais desfavorecidos.

“O modelo futuro, se é que aprendemos alguma coisa da crise, é que temos de estar todos juntos, sempre centrados num bem último, que é o bem daquelas pessoas que precisam”, sustentou o presidente daquela organização, Henrique Joaquim, em declarações à Agência ECCLESIA, no Palácio de Belém.

Este responsável sublinha a necessidade de as instituições sociais continuarem o seu trabalho, em conjunto com o Estado, a sociedade civil e o mundo empresarial.

Durante a cerimónia, Aníbal Cavaco Silva atribuiu à Comunidade Vida e Paz o título de membro honorário da Ordem da Liberdade, que se destina a distinguir “serviços relevantes prestados em defesa dos valores da civilização,

 
em prol da dignificação da pessoa humana e à causa da liberdade”.
O presidente da República declarou ainda como membros honorários da Ordem de Mérito a Associação CAIS, a Associação Portuguesa de Deficientes, a Casa dos Rapazes, a Liga Portuguesa contra a SIDA e os SAOM – Serviços de Assistência Organizações de Maria.

Henrique Joaquim, que agradeceu o reconhecimento em nome de todas as instituições, destacou a importância das organizações solidárias colaborarem mais entre si, com os seus diferentes recursos, de modo a que seja possível cuidar dos mais desfavorecidos “como um todo” e não tratando apenas “parte do problema”.

“Com o conjunto de instituições, a multidão de pessoas que as formam, as sinergias criadas, tudo isso constitui uma rede que, de forma organizada, estratégica” tornaria “possível em oito anos ter as condições que permitissem que as pessoas não estivessem na rua mais de 48 horas 

 

 

 

 

 

 

por falta de apoio”, frisou aquele responsável.

Os indicadores económicos mais recentes lançados pelo Banco

 de Portugal mostram que houve um aumento da taxa de pobreza nos últimos anos, com o surgimento de pelo menos 85 mil novos casos entre a população nacional.

Para Henrique Joaquim, esses 

 

números transmitem “sofrimento, frustração, sonhos que foram gorados, desespero” mas “não se pode ficar por aí”. “Temos de levar uma mensagem de esperança e com essa mensagem levar respostas, e é isso que tentamos, como as outras organizações, fazer todos os dias, fazer essas pessoas sonhar de novo”, salienta.

 

 

Presidente condecora missionário português

O presidente da República Portuguesa condecorou o irmão José Manuel Duarte, missionário comboniano na Colômbia, com o grau de comendador da Ordem do Mérito. O religioso é uma das 30 personalidades das comunidades portuguesas e cidadãos estrangeiros que são este ano distinguidas por Aníbal Cavaco Silva, por ocasião do Dia de Portugal, anunciou hoje a Presidência.

O irmão José Manuel Duarte trabalhou nos bairros marginalizados da cidade de Bogotá, onde chegou a ser ameaçado pelos grupos armados; é ainda um dos fundadores da Casa Portuguesa na Colômbia.

A Ordem do Mérito destina-se a “galardoar atos ou serviços meritórios praticados no exercício de quaisquer funções, públicas ou privadas, que revelem abnegação em favor da coletividade”.

As condecorações “serão oportunamente entregues” junto das embaixadas e consulados dos respetivos países, em cerimónias que podem decorrer a 10 de junho ou mais tarde.

 

A congregação dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus - MCCJ - foi fundada por S. Daniel Comboni a 1 de Junho de 1867, em Verona, Itália.

No início era constituída por sacerdotes e leigos de diversas nacionalidades, sem votos religiosos. Em 1885, o instituto foi transformado em congregação religiosa, tendo recebido o nome de Filhos do Sagrado Coração de Jesus. As primeiras Constituições foram aprovadas em 1910, as quais estabeleciam com finalidade do instituto a «conversão dos povos da África Central e de outros povos que fossem confiados ao Instituto como finalidade da Congregação».

Os Missionários Combonianos chegaram a Portugal em 1947.

 

 

Patriarca alerta para consequências da crise 

O patriarca de Lisboa mostrou-se preocupado com as consequências sociais da crise, numa mensagem endereçada ao Conselho Presbiteral da diocese em que assinala o primeiro aniversário de tomada de posse.

“Por razões sobretudo financeiras, económicas e laborais, reduziram-se muitas possibilidades imediatas, em especial no trabalho, no rendimento e nas reformas, e esfumaram-se muitas aspirações de futuro, particularmente para jovens e desempregados de meia idade”, escreve D. Manuel Clemente.

O também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa fala em “casos difíceis e por vezes dramáticos” que têm “diretamente” a ver com a 

 

presente situação geral do país e “as muitas frustrações que ocasiona”.

“De 2013 para 2014, a sociedade em que nos inserimos continua a sofrer de alguns condicionalismos graves, que pesam muito sobre a generalidade das pessoas e das famílias”, realça o patriarca de Lisboa. “Tudo isto nos ‘bate à porta’ na ação pastoral diária e nos desafia fortemente enquanto Igreja”, acrescenta.

Em relação à vida interna da Igreja, D. Manuel Clemente fala na necessidade de promover uma mudança, que não decorre unicamente da falta de clero, para fazer face “aos desafios do tempo e da sociedade global”, com base numa “irrecusável conversão missionária de tudo e de todos”.

 

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O bem a acontecer

Lígia Silveira,

Agência ECCLESIA

 

À noite Lisboa transforma-se quando acompanhamos o trajeto que as carrinhas da Comunidade Vida e Paz (CVP) percorrem. Nos becos, nas ruas de sentido único, nos cantos poucos iluminados, nos bancos de jardim que servem de teto ou abrigo noturno se encontram cheiros e vida que à luz parecem indiferentes.

Todas as noites dezenas de voluntários saem à rua para, a pretexto de um saco com uma sandes, um iogurte e uma peça de fruta, trocar palavras e, esse é o objetivo, dar início a uma relação que mostre a possibilidade de uma vida diferente a quem não tem esperança fora do céu aberto.

Este é um trabalho discreto que muitas vezes recebe um não como resposta mas é incapaz de desistir de acreditar que a pessoa tem, independentemente da sua condição presente, dignidade. Diariamente vê-se quando muitos não olham e acredita-se quando tudo indica o contrário.

O Presidente da República, Cavaco Silva, condecorou esta semana o trabalho silencioso que seis organizações desenvolvem atribuindo à CVP a Ordem da Liberdade, e à Associação Cais, à Associação Portuguesa de Deficientes, à Casa dos Rapazes, à Liga Portuguesa Contra a Sida e à SAOM - Serviços de Assistência Organizações de Maria o grau de Membro Honorário da Ordem de Mérito.

 

 

“Todas estas instituições têm procurado – de forma inovadora, com novos projetos e novas ideias – ser um referencial de esperança para milhares de pessoas, que são tocadas pela generosidade e o altruísmo de todos os que com elas colaboram”.

Henrique Joaquim, presidente da CPV, que na cerimónia agradeceu o reconhecimento em nome de todas as instituições, sublinhou a importância do trabalho em rede.

“Com o conjunto de instituições, a multidão de pessoas que as formam, as sinergias criadas, tudo isso constitui uma rede que, de forma organizada, estratégica” tornaria “possível em oito anos ter as condições que permitissem que as pessoas não estivessem na rua mais de 48 horas por falta de apoio”.

 
A Comunidade Vida e Paz, organização do Patriarcado de Lisboa que assinala 25 anos de existência, contacta, todas as noites, com 520 pessoas sem-abrigo e em situação de exclusão social, contando ainda com 220 camas quer em centros de internamento, em comunidades terapêuticas de inserção, quer em apartamentos, para pessoas já na fase final de reinserção.

Esta é uma história que deve contada pelos muitos «Sins» que foram recebendo e pelas vidas que ajudaram a reconstruir. O bem não faz barulho e não espera de facto ser notícia para acontecer. Este é trabalho desinteressado, onde os protagonistas são cidadãos comuns e dizem que mesmo não sendo fácil o bem acontece. 

 

 

 

Santo António,
uma devoção que fala ao povo

 

Frei Armindo Carvalho, reitor da igreja de S. António, local do nascimento do santo em Lisboa, fala da importância de conhecer e imitar a vida do religioso português, quando todas as atenções se voltam para ele, por causa da festa, das marchas e outras manifestações populares.

 

Agência ECCLESIA (AE) – Indo para além da devoção popular, quem é Santo António de Lisboa?

Frei Armindo Carvalho (AC) – Este homem, português, o António que nasceu no local onde se ergue hoje a igreja de Santo António, a que chamamos igreja-santuário – porque efetivamente é um cantinho especial – esse santo, penso que é com toda a certeza o português mais conhecido, mais amado e mais espalhado pelo mundo inteiro.

 

AE – Como se constata essa dimensão?

AC – Só olhando às estatísticas, que fazemos todos os anos, em 2013 contabilizamos 250 mil peregrinos. Estamos a falar só daqueles para quem as agências de viagens, os seus guias, reservaram o seu tempo para estarem na igreja, em oração. É interessante que 

 

 

eram de 64 países diferentes, dos quatro cantos do mundo: chegam italianos, brasileiros e perguntam ‘É aqui Santo António de Pádua?’. É um santo do mundo.

Foi a afirmação do Papa Leão XIII: ‘Nasceu aqui, morreu ali, mas é santo do mundo’. Torna-se uma figura emblemática, porque vemos muita devoção simples, muito popular, não é só de achar as chaves perdidas ou o telemóvel, mas que realmente faz parte do dia-a-dia do povo, este povo simples que acredita que em Santo António há uma presença.

Ora, eu não acredito que seja o santo a fazer os milagres, mas como ele traz o menino ao colo, digamos assim, faz maravilhas. Eu costumo dizer que Santo António é uma espécie de braço de Deus, permanentemente estendido, protegendo o seu povo, através desta amizade simples que lhes proporciona.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AE – A igreja de Santo António é também um centro de ajuda a quem precisa. O pão de Santo António é uma expressão dessa caridade, dessa ajuda?

AC – Nós, os franciscanos, vivemos ali há 87 anos. Santo António era franciscano e foi contemporâneo de São Francisco de Assis, que o acolheu e lhe deu a tarefa de ensinar Teologia aos seus frades, desde que com a Teologia ensinada não deixassem de ter tempo para a oração, porque a oração é que faz toda a pregação.

A igreja de Santo António foi uma construção muito demorada e o serviço social começou com a vinda dos Franciscanos. As autoridades imaginaram que a casa teria pouco interesse e decidiram demolir tudo e fazer ali o átrio da Catedral, só que o povo não deixou. Logo então começou o culto e mais tarde, já em 1400, existia uma capelinha que depois os reis enriqueceram e engrandeceram exteriormente, criando mais espaço. Essa capela, reunindo muita devoção, foi totalmente destruída pelo terramoto de Lisboa, e apenas

 

se conservou o quartinho de Santo António, sobre o qual está construído o altar-mor, com a grande imagem do Santo, que já deve ter mais de 500 anos, e o quadro da devoção popular.

O local de encontro é a cripta, com a igreja em cima. À entrada, temos esse serviço social há 87 anos, o chamado pão dos pobres de Santo António.

Há duas denominações complementares: em relação ao pão de Santo António, a lenda conta que ele, quando era superior da comunidade, chegou a casa depois das suas pregações, e o irmão encarregado de dar comida aos frades aparece muito atrapalhado, a dizer:

- Frei António, não temos pão.

 - Não têm pão, o que é que aconteceu?

 - Não sei, terá sido roubado.

 - Vai ver melhor à despensa e vais ver que estás enganado.

O que é certo é que, com ou sem prodígio, o facto é que se encheu de pão. A partir daí nasce uma devoção ao pão de Santo António, que ainda hoje, em todas as festas, é distribuído: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

um pão pequenino, que pode durar um ano, dois, cinco anos, sem se deteriorar.

Nós temos também o pão dos pobres de Santo António, que é uma ajuda para os mais necessitados.

 
 

 

 

 

 

 

 

AE – Tem aumentado o número dos que vos batem à porta?

AC – Neste momento estão apenas em 110, porque é fruto das ofertas que nos enviam ou das pessoas que passam na igreja. Nós depois, com as vantagens que nos dão os supermercado, vamos adquirindo bens e distribuindo.

 

AE – Como é que se preparou a festa do dia 13, este ano?

AC – A preparação tem sido concentrada na trezena de Santo António, que inclui uma relação com a relíquia e a pregação ligada à vida, aos feitos do santo, também à vida da Igreja, nas Missas das 11h00 e das 17h00.

No dia 13, temos todo um espaço de celebração, com Eucaristias às 7,8,9,10 e 11. Ao meio-dia há uma Missa solene, a que vai presidir o bispo auxiliar de Lisboa, D. Joaquim Mendes. À tarde, sai uma procissão pelos bairros, Alfama, um percurso muito antigo, acabando em frente à Sé.

A Missa de despedida, ou ‘Missa da saudade’, como

 

 

 

 

 lhes costumam chamar, é às 20h00. Durante as celebrações há um espaço de acolhimento às pessoas, que precisem de um apoio espiritual.

 

 

 

 

 

 

 

Igreja de Santo António

 

A popular Igreja de Santo António, junto à Sé de Lisboa, encontra-se no local da casa onde Santo António nasceu e viveu a sua infância.

 

A Cripta, local onde nasceu Santo António, e onde se pode venerar um pedaço de um dos ossos dos Santo, autenticado por Bula, com entrada pela sacristia é tudo o que resta da igreja original que foi destruída pelo terramoto de 1755. A nova igreja foi iniciada em 1757 sob a direção de Mateus Vicente, arquiteto da Basílica da Estrela. A Igreja foi parcialmente paga pelas crianças que pediam "um tostãozinho para o Santo António e como podemos ver hoje o chão da capela está coberto de moedas, e as paredes exibem mensagens de devotos.

A fachada mistura o estilo Manuelino com as colunas jónicas neoclássicas de cada lado da entrada principal. No interior, na descida para a Cripta, local que assinala o lugar onde nasceu o Santo, um painel de azulejos modernos evoca a visita do Papa São João Paulo II em 1982. Em 1995, a igreja foi restaurada para o 8.º centenário do Santo português.

 

Ler mais: http://santo-antonio.webnode.pt/igreja/historia/

 

 

 

 

 

   

 

 

«Religião não é para show»

Milhares de peregrinos, vindos de Portugal e um pouco de todo o mundo acorrem por estes dias a Lisboa, engalanada para mais uma festa em honra de Santo António, padroeiro da cidade e um dos santos mais importantes da Igreja Católica.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o frei Francisco Sales, membro da comunidade franciscana responsável pela Igreja e Santuário de Santo António, destaca a importância de proporcionar um bom “acolhimento” a quem chega muitas vezes com a expetativa de pedir ajuda para as suas dificuldades.

“Quase sempre as pessoas aproximam-se do religioso quando se sentem em situações verdadeiramente difíceis, dramáticas, de doença e sofrimento, é quando mais se agarram”, realça o religioso.

Situada na freguesia de Santa Maria Maior, a Igreja de Santo António de Lisboa foi construída segundo a tradição católica no sítio onde o santo nasceu, em 1191 ou 1195.

 
Ela acolhe atualmente a maior relíquia de Santo António fora de Pádua (cidade italiana onde ele morreu e foi sepultado em 1231), um bocado de osso do seu braço esquerdo.

O frei Francisco Sales destaca a quantidade de peregrinos orientais que viajam para o país e que querem conhecer as origens de Santo António e rezar junto da sua relíquia, provenientes por exemplo do Japão e das Filipinas.

A devoção é “imensa”, sublinha o religioso, para quem esta realidade é reflexo “do grande trabalho missionário que foi feito nas terras do Oriente e que as pessoas continuam a viver e a manifestar”.

Para reforçar o trabalho de acolhimento feito aos peregrinos, a comunidade franciscana da Igreja de Santo António apostou na elaboração de um pequeno livro, intitulado “António, o menino de Lisboa”.

Uma publicação destinada às crianças que chegam integradas nos diversos grupos e que, em linguagem infantil e com recurso a diversas ilustrações, procura

 

 

 

 

 

© Miguel Cupido

 

 contar aos mais novos os episódios mais significativos da vida desta figura da Igreja Católica.

De acordo com o frei Francisco Sales, um dos responsáveis pelo projeto, a primeira edição do livro em português (com cerca de 500 exemplares) esgotou “em pouco mais de um mês” e a tradução para inglês também já foi “embora”.

 “Muitas vezes, no meio dos adultos, elas sentem-se um 

 

bocadinho perdidas e procuramos ter um diálogo com as crianças, oferecer-lhes um livrinho”, realça o franciscano, que olha para o “acolhimento” como uma atitude fundamental e que está “em falta em muitas igrejas” do país.

Os mais pequenos, as crianças orientais que entram no Santuário, são um dos maiores exemplos do respeito que os povos asiáticos manifestam pelo “religioso e o sagrado”.

“Nós, que nos consideramos

 

 

 

 um país católico, as nossas crianças não têm aquela atitude”, aponta o frei Sales.

Até agora, a reação das crianças ao livro tem sido “das coisas mais bonitas de ver” e quem as acompanha, sobretudo pais e avós, também tem ajudado a cativar os miúdos para conhecerem a vida e obra do santo português.

Quem tem “um neto ou uma neta” quer “levar um livrinho” e depois “os pais à noite leem a história de Santo António aos meninos”, conta frei Sales.

Para o franciscano, manter viva a memória do “santo casamenteiro”, como também é conhecido, “é uma missão” de todos os portugueses, até porque muitas pessoas, pelo facto de “ele ter vivido em Itália”, da “sua fama ter nascido lá”, muitas vezes perguntam-se se Santo António de Lisboa e Santo António de Pádua são a “mesma” pessoa.

“O orgulho, se for mal orientado, é um pecado, mas eu penso que podemos sentir-nos orgulhosos de Santo António ter sido nosso, ter nascido cá”, sustenta 

 
 

o religioso, acrescentando que em “boa altura a Igreja o declarou não de Lisboa ou de Pádua mas santo do mundo”.

Nesta linha, o frei Francisco Sales critica o investimento económico que tem sido feito em iniciativas como as noivas de Santo António.

Para aquele responsável, elas “não são noivas de Santo António, são noivas de Santo António Costa”, numa alusão ao facto dos casamentos se realizarem pelo “civil, na Câmara Municipal com grandes banquetes, uma despesa enorme, com o dinheiro dos contribuintes”.

“Isto é promiscuidade, isto é imoral, isto é sem valores nem princípios. A fé, a religião não é para show”, frisa o franciscano, que deixa ainda uma mensagem a que detém o poder político.

“Os nossos políticos devem saber estar e ser responsáveis. Para brincar, temos as marchas, temos as tasquinhas, os arraiais, as sardinhas, aí brinca-se. Quando chegar à parte religiosa, é a parte religiosa”, frisa.

 Dia 13 de junho é o dia privilegiado de festa em 

 

 

 

 

 

 

 

honra de Santo António, mas há outro dia 13 em que o Santuário recebe muitos visitantes.

Segundo o frei Francisco Sales, “todas as peregrinações organizadas que vêm a Fátima passam por ali”, 

 

particularmente “na proximidade do 13 de maio, os que vêm do estrangeiro e passam pelo aeroporto de Lisboa, na ida ou na volta”, fazem “sempre” essa visita.

 

 

 

Partilhe o pão!

Santo António solidário

São incontáveis as iniciativas relacionadas com Santo António, o santo mais popular de Portugal, o português mais conhecido no mundo. Uma das que nos apraz destacar é o Pão dos pobres de Santo António. Em Portugal esta iniciativa começou em 1895, aquando do 7.º Centenário do Nascimento do Santo. A ideia foi de Frei João da Santíssima Trindade e Sousa, franciscano do Convento de Montariol (Braga).

Na mente e no coração deste franciscano de Montariol estava o Santo enquanto modelo de solidariedade, de amor e de partilha fraterna. Esta iniciativa era diferente de todas as outras: “Nela todos recebiam. Nela ninguém pedia nada a ninguém, nem à porta, nem na rua. Pelo contrário, a S.to António todos iriam pedir e levar. Nesta obra todos recebiam. Recebiam graças os devotos; recebiam pão os pobres. Recebia S.to António dos devotos esmolas e dos pobres agradecidos, louvores” (António de Sousa Araújo).

 
No início, tudo se concretizou na igreja dos Terceiros franciscanos em Braga, onde chegavam em grande número os pedidos e as ofertas para Santo António. Nesse mesmo local, no dia 28 de abril de 1895, foi distribuído, pela primeira vez em Portugal, o Pão de Santo António aos pobres. Refere a imprensa da época que o número de pobres que se deslocavam a este lugar não cessava de aumentar. Muitos lugares do nosso país seguiram o exemplo de Braga, durante todo o século XX.

Bem mais de um século depois do seu início, esta iniciativa continua a fazer todo o sentido. Santo António solidário convida-nos à solidariedade. No mesmo convento do Frei João da Santíssima Trindade nasceu a Fundação “Domus Fraternitas”, a principal obra social dos franciscanos portugueses na atualidade. Caso queira fazer parte desta nossa história, aceite o nosso convite: olhe para Santo António, olhe para o pão que ele tem na mão, símbolo da 

 

 

 

 

solidariedade; tal como ele, partilhe o pão!

Em Montariol, queremos evidenciar esta faceta solidária de Santo António, distribuindo um pequenino pão a todos os que participarem na festa. Poderão guardá-lo até à festa de Santo 

 

António do próximo ano, a fim de se lembrarem de Santo António solidário.

 

Frei Hermínio Gonçalves de Araújo

Convento de Montariol (Braga)

Presidente da Fundação “Domus Fraternitas”

 

Santo António,
um homem que viu o Céu... na terra.

No dia 8 de Abril de 1263, quando os frades franciscanos transferiram os restos mortais do frei António na nova Basílica construída em Pádua para honrar este ilustre santo português, ao abrir o caixão, o Superior geral da Ordem, São Boaventura, viu que a língua de António estava ainda intacta.

Mostrando a preciosa relíquia, exclamou: «Ó língua bendita, que sempre abençoaste o Senhor, e fizeste que outros O abençoassem, vê-se agora, claramente, quanto foste glorificada por Deus!».

O Senhor quis glorificar a língua de Santo António que, de maneira admirável, tinha proclamado e anunciado a Palavra viva de Deus, falando com fé e amor a Deus e aos homens. A língua é, desde então, há 750 anos, visível e venerada num precioso relicário na Basílica de Santo António, da cidade de Pádua. 

Acompanhei no início do mês de Abril o nosso amado Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente,

 

 grande devoto de Santo António, a Pádua, para o encerramento das celebrações do 750º aniversário da descoberta da língua incorrupta do Santo. Foram três dias intensos vividos à sombra das cúpulas da Basílica de Pádua visitada todos anos por mais de três milhões de peregrinos. Tivemos também a possibilidade de visitar outros dois Santuários menores, onde o santo português viveu os seus últimos dias (a vila de Camposampiero) e a actual freguesia de Arcella na periferia de Pádua, onde em 1231, António de Lisboa morreu. Para além dos Santuários, D. Manuel, visitou algumas instituições de solidariedade ligadas à devoção e espiritualidade de Santo António, o Instituto prisional, Due Palazzi, que conta com a presença de mais de 800 presos, onde um número significativo encontrou um emprego graças a uma cooperativa ali sediada, produzindo doçaria, inclusive o «bolo de Santo António» e fabricando bicicletas das grandes marcas italianas.

 

 

 

 

 Outra instituição, que nasceu nos anos Sessenta em nome do Santo, é o Villaggio Sant'Antonio (Aldeia de Santo António), que surgiu para dar um abrigo e uma formação aos numerosos órfãos da Segunda Grande Guerra e que hoje acolhe sobretudo deficientes em regime familiar. Ao lado desta «Aldeia», a tipografia editorial do Mensageiro de Santo António, cuja revista mensal aproveitou para 

 

entrevistar o Patriarca de Lisboa. D. Manuel Clemente, como bom histórico que é, falando da devoção antoniana em Lisboa, em Pádua e em todo o mundo, citou uma célebre frase do Cardeal Cerejeira, nos anos Sessenta, aquando da chegada das relíquias do Santo no Terreiro do Paço. O Cardeal Cerejeira concluía o seu sermão, dizendo: «Lisboa ofereceu Santo António à terra e Pádua ofereceu-o ao Céu».

 

 

 

Antes de deixarmos Pádua, o reitor da Basílica antoniana, ofereceu-nos um momento único: o encontro com o «verdadeiro rosto de Santo António». Um projecto chefiado por José Morales, perito brasileiro que trabalha com a Polícia federal, com a colaboração do Museu de Antropologia da Universidade de Pádua e em colaboração do Centro de Estudos Antonianos em Pádua e de anatomopatologistas e outros estudiosos do Ateneu que forneceram uma reprodução da caveira do Santo. No dia 10 de Junho, no Centro Cultural São Gaetão de Pádua, será apresentada pela primeira vez a reconstrução tridimensional do rosto de Santo António.

A primeira reação dos frades que acompanharam a reconstrução científica do rosto do Santo foi muito interessante: «É mesmo o rosto de um português!». Enquanto o Patriarca de Lisboa ficou extasiado com os olhos do rosto e exclamou: «Este homem viu o Céu». D. Manuel Clemente lembrou, então, as últimas 

 

palavras de António antes de morrer, rodeado pelos seus frades: «Video Dominum meum» ("Vejo o meu Senhor").

Em Chelas - Lisboa, onde há 30 anos estamos presentes como franciscanos em nome de António de Lisboa e Pádua, este ano iniciamos as festas das nossas três Igrejas, no dia 13 de junho, festa de Santo António, com o lema: «Assim na terra... como no Céu», com o desafio forte que nos deixa Santo António: missionários do Evangelho e da Caridade.

 

frei Fabrizio Bordin

ofmconv.

 

 

 

 

 

 
 

 

 

 

Santos de junho

O culto a Santo António, estimulado pela fama de inúmeros milagres, tem sido ao longo dos séculos objeto de grande devoção popular por todo o mundo. É um dos santos de maior devoção de todos os povos e, sem dúvida, o primeiro português com projeção universal. De Lisboa ou de Pádua, é para o mundo católico o santo "milagreiro", "casamenteiro", do "responso" e do Menino Jesus.

As festas populares de Santo António, São João e São Pedro, estão, pois, enquadradas por um vasto mundo de referências que as relacionam com significados que, pouco tendo de cristão, são certamente tradicionais.

As festas populares, manifestações coletivas, as crenças e ritos de devoção particular são as grandes marcas da religiosidade popular no nosso país. Nas festividades populares, com ou sem relação com o ritual oficial e, muitas vezes, com origem em cultos naturalísticos, é possível encontrar manifestações particulares, por vezes, com caráter mágico.

 
Quando falamos de religiosidade, de facto, referimo-nos a um conjunto de práticas simbólicas de raiz popular (no sentido em que se distinguem das produções religiosas das dos "intelectuais" e das instituições que regulam o campo religioso) e se referem a significados que transcendem a própria comunidade mas a identificam enquanto tal.

Trata-se, pois, de fenómenos culturais integrados no quadro de significações que as comunidades produziram na sua interação secular (por isso se tornou corrente falar, também de religiosidades tradicionais).

A atenção especial aos sinais da natureza como a água, a terra, a luz, o céu fascinou desde sempre as pessoas. A religiosidade popular, cósmica e natural, pode servir, no caso da Igreja Católica, para compreender melhor a utilização de sinais e gestos simbólicos que expressam uma componente profundamente humana e religiosa.

Por isso, tem sido sempre chamada a atenção para uma verdadeira integração entre a liturgia e a piedade popular, 

 

 

 

 

como aconteceu na liturgia da Igreja dos primeiros séculos, com algumas celebrações, e na liturgia romana da Idade Média, 

 

 

com as procissões, ladainhas e outros ritos, assumidos em forma de culto.


© Miguel Cupido

 

Encontro de oração pela paz une Israel
e Palestina no Vaticano

Os presidentes de Israel e da Palestina vão reunir-se com o Papa para um encontro de oração no Vaticano, este domingo. Francisco explicou os objetivos desta iniciativa na conversa que manteve com os jornalistas, durante o voo de regresso a Roma. Rezar, sublinha, é um gesto fundamental para a construção da paz.

“Será um encontro de oração, e não para fazer uma mediação ou procurar soluções. Não. Vamos reunir-nos apenas para rezar e, depois, cada um volta para a sua casa. Mas eu acredito que a oração é importante: rezar juntos, sem fazer discussões de outro género, ajuda”.

Shimon Peres e Mahmoud Abbas tinham sido convidados publicamente, este domingo, durante a viagem do Papa à Terra Santa, e a data proposta foi aceite pelos dois lados. Francisco deixou um convite aos dois líderes para elevarem em conjunto “uma intensa oração, implorando de Deus o dom da paz”.

 
“Ofereço a minha casa, no Vaticano, para hospedar este encontro de oração”, declarou, em Belém e em Telavive.

Numa intervenção que repetiu perante os dois presidentes, o Papa sublinhou que “todos – especialmente aqueles que estão colocados ao serviço do seu próprio povo – têm o dever de ser instrumentos e construtores de paz, antes de mais nada na oração”.

“Construir a paz é difícil, mas viver sem paz é um tormento. Todos os homens e mulheres desta Terra e do mundo inteiro pedem-nos para levarmos à presença de Deus a sua ardente aspiração pela paz”, acrescentou.

O Papa adiantou que, além dele próprio, vão estar presentes um dignatário muçulmano e um rabino.

A Sala de Imprensa da Santa Sé vai acolher esta sexta-feira os jornalistas credenciados para apresentar o encontro de oração, com a participação do diretor da Sala de Imprensa, padre Federico Lombardi, e do Custódio 

 

 

 

da Terra Santa, frei Pierbattista Pizzaballa, O.F.M.

Já foi confirmada a participação do patriarca ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu, que chegará a Roma no sábado. Na manhã de domingo, Bartolomeu celebrará a solenidade de Pentecostes na igreja de São Teodoro no Palarino, que a Diocese de Roma colocou à disposição da comunidade greco-ortodoxa.

 

À tarde, o patriarca participará no Vaticano do encontro de oração e invocação pela paz.

De acordo com o site da Conferência Episcopal Italiana, o encontro de domingo será caraterizado por músicas, orações, invocações de paz e pedidos de perdão. Com os protagonistas, estarão presentes rabinos, dignatários muçulmanos e sacerdotes católicos.

 

 

Francisco em defesa
das comunidades ciganas

O Papa Francisco lamentou hoje a marginalização e hostilidade contra as comunidades ciganas, pedindo políticas de integração que as ajude na “observância dos deveres e na promoção dos direitos de cada um”.

“Vistos por vezes com hostilidade e suspeita, à margem da sociedade, os ciganos são pouco envolvidos nas dinâmicas políticas, económicas e sociais”, disse, perante dos participantes do encontro mundial de responsáveis pela ação da Igreja Católica junto das comunidades ciganas, que o Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, da Santa Sé, promove entre hoje e amanhã.

Os trabalhos, dedicados ao tema ‘A Igreja e os Ciganos: anunciar o Evangelho nas Periferias’, contam com a participação de representantes de 26 países, incluindo Portugal, através de D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.

 

 

Francisco apelou a um compromisso comum da Igreja, das instituições e da comunidade internacional para identificar projetos que ajudem a melhor as condições de vida dos ciganos no que diz respeito ao acesso à saúde, educação, formação cultural e profissional.

“São as pessoas menos protegidas, de facto, que caem na armadilha da exploração, da mendicidade forçada e de várias formas de abuso. Os ciganos estão entre os mais vulneráveis, sobretudo quando faltam ajudas para a integração e a promoção da pessoa nas várias dimensões da vida civil”, declarou.

 

 

 

 

Bispos de Espanha elogiam
contributo do rei Juan Carlos

A Conferência Episcopal Espanhola reagiu à renúncia do rei Juan Carlos agradecendo o “generoso” contributo que o monarca deu ao país, sobretudo para a “instauração e consolidação da democracia” no período pós-franquista. “O seu serviço a Espanha teve um valor extraordinário”, realçam os bispos espanhóis, que através de uma nota publicada na internet abordam ainda a futura liderança da nação, que será entregue nas mãos de Filipe de Borbón e Grécia.

A Igreja Católica do país vizinho mostra-se convicta de que o príncipe das Astúrias, filho primogénito de Juan Carlos e Sofia, irá ser capaz de dar “continuidade” à obra do pai com “competência”, e recorda as provas dadas pelo futuro rei nas suas “diferentes aparições na vida pública”.

Filipe de Borbón, de 46 anos, é casado com Leticia Ortiz Rocasolano e pai de duas filhas, as infantas Leonor e Sophia, de oito e sete anos. O futuro rei é formado em Direito, tem um 

 

mestrado em Relações Internacionais e tenente-coronel do Exército e comandante da Marinha.

No plano político, Filipe VI assumiu pela primeira vez um papel oficial em nome do trono espanhol em 1996, como representante de Espanha nas tomadas de posse de chefes de Estado da América Latina.

Em 2004 deslocou-se pela primeira vez em missão diplomática ao Vaticano, para uma visita ao então Papa João Paulo II.

O anúncio da renúncia do rei Juan Carlos ao trono foi feito esta segunda-feira.

 

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Superior Geral dos Jesuítas em Portugal

 

 

 

Fundação católica convida a disputar outro Campeonato do Mundo

 

A Vida invisível

A trabalhar há anos num ministério, o tempo como funcionário público parece ter absorvido a maior parte da vida de Hugo. Agora que António, seu chefe de repartição, morreu, Hugo mergulha numa profunda revisitação do espaço, do tempo e das memórias da sua vida. Um caminho solitário que percorre pelos meandros da perda como um incógnito, em busca da sua própria presença e ausência, da pertença aos outros e às coisas…

Passam vinte anos desde que Vítor Gonçalves realizou ‘Uma Rapariga no Verão’, a história de Isabel e do seu incontido desejo de realização e de amor absoluto que crê poder encontrar para lá dos limites da terra onde nasceu, e por isso parte para a cidade, e para lá dos limites da sua personalidade, e por isso procura-o nos outros. Um filme singular que Manoel de Oliveira elogiaria pela sua simplicidade, pelo acerto de uma realização sóbria e sensível.’

Sobriedade e sensibilidade repetem-se, vinte anos depois, em ‘A Vida Invisível’ numa obra com muito de autobiográfico 

 

que exige do espetador uma experiência de vida, incluindo interior, capaz de o acompanhar e nele descobrir afinidade. O que não significa, necessariamente, ser um filme agradável, consegue no entanto ser incrivelmente harmonioso, bem proporcionado para a profundidade e densidade do caminho interior que Hugo percorre.

Magnificamente fotografada, ‘A Vida Invisível’ bebe do mistério que Vítor Gonçalves afirma ser o da sua vida no cinema, num registo que joga com a sombra e a luz, a cor e a sua quase ausência, como estas jogam nos mistérios, nos segredos e nas revelações da existência de Hugo. Alguém, como tantos de nós por um momento na vida, que a sente longe do seu alcance, um quase ninguém, como se, objetivamente estando vivo, não fosse porém capaz de o sentir.

Nomeado para o Prémio Marco Aurélio na oitava edição do Festival Internacional de Cinema de Roma, o filme marca o regresso do realizador aos ecrãs portugueses. Nascido em Angra do Heroísmo em 1951, Vítor 

 

 

 

 

 

 

Gonçalves formou-se em 1979 na então Escola de Cinema do Conservatório Nacional onde foi aluno do cineasta António Reis, de quem deriva a personagem António nest’ ‘A Vida Invisível’. 

Professor e produtor, entre esta

 

 última atividade conta-se a produção do filme ‘Sangue’ de Pedro Costa, seu assistente de realização em ‘Uma Rapariga no Verão’.

 

Margarida Ataíde

 

Net Rádio Católica

http://www.netradiocatolica.com/

 

No passado dia 28 de maio a Net Rádio Católica celebrou o seu oitavo aniversário. Porque não é todos os dias que se celebram oito anos de vida de projetos inteiramente sustentados na internet e somado a isso, quando esse projeto é 100% cristão, pensamos que estão reunidas as razões para festejar e sugerir uma visita a este sítio online.

A net rádio católica, não é uma rádio comum, como o nome indica emite somente através da internet conteúdos exclusivamente de inspiração cristã desde maio de 2006. Entre música, entrevistas e debates não esquecendo a transmissão diária da recitação do terço, encontramos um manancial de programas para todos os gostos e para todas as idades, sempre tendo como inspiração o Evangelho. Como o Bispo de Setúbal escreveu, certamente esta é uma maneira de “levar mais longe o Evangelho da alegria, da esperança, da paz e da vida que é Jesus Cristo Senhor Nosso".

Logo na página inicial,

 

 começamos a ouvir a emissão online e encontramos uma quantidade enorme de informações disponíveis. Para além dos habituais destaques, temos ainda os vídeos NRC, olhando depois para as sugestões de programação e para a liturgia do dia, onde a dificuldade que se nos apresenta prende-se essencialmente em saber onde vamos clicar. Todos estes conteúdos são bastante interativos e com uma qualidade elevada, possuindo ainda a vantagem de podermos ouvir os programas a qualquer hora, não necessitando para isso de estarmos em frente ao computador num determinado momento.

Somente a título informativo apresentamos alguns programas que consideramos terem bastante interesse de serem seguidos: “Geração XXI” tem como objetivo a divulgação de novas bandas e novos artistas cristãos; “Conversas com … Emanuel Magalhães” um programa de entrevistas onde são convidadas personalidades para debater e comentar temas da atualidade; “Caminho de Emaús”,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 produzido pela Paulus, em que somos levados a refletir sobre as leituras da eucaristia dominical; e ainda o “Luso Fonias” produzido pela Fundação Evangelização e Culturas em parceria com a Rádio Renascença, sempre tendo em conta o carácter missionário e evangelizador.

Como facilmente verificamos este sítio vale bem a pena ser 

 

adicionado aos nossos favoritos e ser acedido com regularidade. Pois além de ficarmos a conhecer as informações eclesiais mais relevantes, podemos sempre sentir a alegria, a força e a espiritualidade que a música de inspiração cristã nos transmite.

Fernando Cassola Marques

fernandocassola@gmail.com

 

 

A Ilha e o Verbo

“A Ilha e o Verbo” é o título do livro que apresenta o percurso biográfico do padre António Rego, que assinala 50 anos de ordenação sacerdotal no dia 21 de junho. Publicado pela Paulinas Editora, este volume reúne uma entrevista conduzida por Paulo Rocha, uma breve secção de fotografias e alguns artigos do autor sobre temas de referência no seu itinerário sacerdotal e profissional.

Numa longa entrevista, o livro informa sobre as raízes açorianos de quem se confessa “incuravelmente um ilhéu”, o percurso rumo à ordenação sacerdotal de quem esteve para ser “padre americano”, a experiência dos anos do Concílio Vaticano II e o longo trabalho na comunicação social.

A pergunta “se é padre ou jornalista” também está nesta longa entrevista. A resposta do entrevistado denuncia a paixão com que sempre agarrou a dupla missão: “Creio que as pessoas desconfiavam da possibilidade de um padre ser jornalista e, do mesmo modo, da possibilidade de um jornalista ser padre. 

 

Desconfiavam das duas hipóteses, não considerando a missão única que pode comportar as duas atividades”.

António Rego diz que a “carteira profissional de jornalista não macula, antes pelo contrário, a missão canónica de padre”.

Pelas páginas deste livro, o leitor recorda o trabalho que o padre Rego realizou na Rádio Renascença, entre 1968 e 1974; a “criatividade” da segunda década de 70 e ao longo dos anos 80, com os programas na Antena 1, o 70x7 na RTP, e a coluna de opinião “Palavra entre Palavras” no Diário de Notícias.

A entrevista aborda também o envolvimento do padre António Rego, a partir de 1992, na TVI. Um projeto sobre o qual “tinha dúvidas”, mas que não se achou no “direito de recusar” quando foi convidado para diretor de informação.

O trabalho no Secretariado Nacional das Comunicações Sociais e a dinamização de projetos da Igreja Católica em Portugal nos media, nomeadamente a Agência Ecclesia e os programas Ecclesia na RT

 

 

 

 

 

P e na Antena 1, estão entre os temas tratados ao longo da entrevista.

D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, assina o prefácio deste livro, onde evoca a “expressiva galeria dos programas que criou e dos textos que escreveu” onde perduram “a mesma alma e idêntica expressão” e que consistem na “vontade de ‘comunicar’, de partilhar realmente o que lhe vai na alma, ou acolhe da alma dos outros”.

“Por isso tem aquela maneira açoriana de ser português, 

 

homem do mar em qualquer praia a que chegue; por isso tem aquele jeito de comunicar sempre, usando os meios mais sofisticados do modo mais natural”, escreve D. Manuel Clemente.

O livro “A Ilha e o Verbo – Dos Vulcões da Atlântida à Galáxia Digital” vai ser apresentado na Feiro do Livro de Lisboa, no dia 7 de junho, às 19h00, e nas celebrações dos 50 anos de sacerdócio: dia 15 de junho em Lisboa e dia 12 de julho em S. Miguel.

 
 

 

D. Eurico Dias Nogueira – Flashes de vida em missão episcopal

 

Com o falecimento (em maio último) de D. Eurico Dias Nogueira convém recordar alguns Flashes da vida do último bispo português – ainda vivo – que participou no II Concílio do Vaticano (1962-65).

Nomeado bispo de Vila Cabral (Moçambique) em meados de 1964, o padre Joel Carlos Antunes que o acompanhou neste caminho episcopal recordou – nas celebrações jubilares dos seus 25 anos de bispo – como este trajeto teve o seu início. “Tudo começou entre dois «finos» no parque da baixa conimbricense. Numa tarde quente de julho, a mim que do Seminário Menor da Figueira me deslocava a Coimbra para participar num retiro, o Dr. Eurico de então faz-me um convite, tão vago como impreciso, para um passeio que anunciava longo e antevia demorado” (In: Jubileu Episcopal de D. Eurico Dias Nogueira – Arcebispo Primaz; Braga, junho de 1990).

Fiado na sua amizade, o padre Joel Carlos relatou, no colóquio de homenagem, que “até porque não era a primeira vez que viajava no seu velho Volkswagen”. Três dias depois, no silêncio do retiro, foi “surpreendido pela notícia de que o Dr. Eurico Nogueira fora nomeado bispo para Vila Cabral”. E acrescenta: “Só então me apercebi do alcance do convite e do destino do «passeio»”.

Já em terras moçambicanas, o padre Joel Antunes recorda alguns episódios da missão episcopal de D. Eurico Dias Nogueira. “Não eram de todo pacíficas, em 1964, as relações entre missionários e o governador distrital”. 

 

 

 

 

 

 

Apesar de estar presente na receção oficial ao primeiro bispo do Niassa mas, “poucos dias depois, dá-se o primeiro incidente entre ambos”.

O governador, “com tentações de absolutismo num império com a superfície de seis quartos de Portugal (120 mil Km2), manda o secretário à Missão” que distava cerca de 3 km da cidade, e onde D. Eurico Dias Nogueira fixara residência “por falta de casa na sede”, a comunicar-lhe que o governador desejava falar-lhe, “pelo que se devia dirigir ao palácio” (Lê-se no artigo citado anteriormente).

Vale a pena transcrever o diálogo entre o bispo de Vila Cabral e o secretário do governador.

D. Eurico – “Não sei se ouvi bem. Então o sr. governador deseja falar comigo e pede para eu ir ao seu palácio…”

Secretário – “Sim, sim, é isso mesmo. O sr. governador mandou-me comunicar que tinha assuntos a tratar com V. Ex. e pede para lá se deslocar”.

D. Eurico – “Por favor diga ao senhor governador que sinto muito prazer em me encontrar com sua excelência e, quando

 

 

eu tiver assuntos a tratar com ele, procurá-lo-ei gostosamente no palácio; mas quando o sr. governador quiser falar com o bispo da diocese, este de bom grado abrirá a sua excelência as frágeis portas da sua habitação, se não se sentir diminuído por entrar em casa tão modesta”.

Este diálogo é revelador da personalidade de D. Eurico Dias Nogueira, homem do II Concílio do Vaticano, que sabia separar as águas e ver os assuntos dos dois lados das margens do rio.

 

 

junho 2014

07 - Sábado
 

* Vaticano - Encontro do Papa Francisco com todas as sociedades desportivas da Itália.

* Braga - Encerramento (Início a 30 de Maio) do I Festival de Órgão de Tubos.

* Algarve - Jornada da Igreja Diocesana

* Leiria  - Vigília de Pentecostes.

Jardins do Palácio de Cristal – * Porto -   Festa da Solidariedade promovida pela CNIS. 

* Beja - Concerto  «Espaço, Ritmo, tempo: Feldman vs Bach» e integrado no Festival «Terras Sem Sombra». 

* Lisboa - Feira do Livro (Praça Verde) - Lançamento do livro «A Ilha e o Verbo» da autoria do cónego António Rego e Paulo Rocha com apresentação de Mário Mesquita.

* Sé – Lisboa - Vigília de Pentecostes presidida por D. Manuel Clemente 

 

07 a 08 - Arco de Baúlhe - Cabeceiras de Basto – Braga - Encontro sobre a a história local com visita a monumentos.

07 a 11 - Seminário da Torre d´Aguilha – Oeiras - Lisboa - Conselho Geral Internacional da Sociedade de São Vicente de Paulo. 

 

08- Domingo

* Basílica de São Pedro – Vaticano - Celebração de Pentecostes presidida pelo Papa Francisco.

* Vaticano - Encontro dos Presidentes de Israel e da Palestina com o Papa Francisco

* Açores - Ponta Delgada - Igreja do Colégio - Recital de violino e piano pelas irmãs Marta Botelho Vieira, em violino, e Diana Botelho Vieira, no piano.

* Eisiedeln – Suiça - D. Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal, preside à peregrinação dos migrantes portugueses a Eisiedeln organizado pela coordenação nacional dos missionários portugueses da Suíça

 

 

 

 

* Santa Maria dos Olivais – Lisboa - Assembleia diocesana do Renovamento Carismático Católico presidida por D. Joaquim Mendes

* Funchal - Claustro da Igreja do Colégio - Apresentação do livro «Diocese do Funchal. Paróquias e Oragos».

* Igreja do Colégio - Funchal - Concerto evocativo dos 500 anos da Diocese do Funchal.

* 08 a 15 - Funchal - Semana jubilar da diocese do Funchal.

 

09 - Segunda 

* Sé do Funcha - Apresentação pública da intervenção de conservação e restauro do retábulo e cadeiral da Sé. 

09 a 10 - Fátima - Peregrinação nacional das Crianças presidida por D. Anacleto Oliveira, bispo de Viana do Castelo.

 

10 - Terça

* Caniço - Ilha da Madeira -  Dia diocesano do catequista.

* Santuário de Nossa Senhora do Caminho – Mogadouro - Encontro diocesano de catequese.

* Braga - Dia da Família Carmelita.

 

* Silves - São Bartolomeu de Messines (Igreja) - Apresentação da obra «A igreja matriz de S. Bartolomeu de Messines» da autoria de Aurélio Cabrita, que também contém o inventário do Fundo Arquivístico da Paróquia de São Bartolomeu de Messines.

* Turcifal – Lisboa - Jornadas Marianas promovidas pelo Movimento da Mensagem de Fátima da diocese de Lisboa

* Praça Amarela da Feira do Livro – Lisboa - Apresentação de duas obras com a chancela da Cáritas Portuguesa «Gerontologia» e «Perspectivas sobre o envelhecimemto activo». 

 

11 - Quarta

* Sala da Sociedade Científica – UCP - Conferência sobre «Justiça pontifícia no Antigo Regime: direito, juízes e sociedade (sécs. XVI-XVIII)» proferida por Andrea Cicerchia (Università degli Studi di Urbino “Carlo Bo”) e promovida pelo Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) da UCP.

* Igreja matriz do Machico – Madeira - Eucaristia evocativa da primeira missa na Madeira que será presidida por D. António de Sousa Braga, Bispo de Angra.

 

 

 

 

 

O Turismo de Portugal e o Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja vão lançar roteiros turísticos, dedicados aos Caminhos Marianos e aos Caminhos de Santiago, e um ‘Guia de Boas Práticas de Interpretação do Património Religioso’, numa sessão esta sexta-feira, dia 6 de junho, às 18h30, no Palácio Nacional de Mafra.

 

É lançado este sábado o livro «A Ilha e o Verbo» da autoria do cónego António Rego e de Paulo Rocha com apresentação de Mário Mesquita. A iniciativa acontece na Praça Verde da Feira do Livro de Lisboa, no Parque Eduardo VII, pelas 19h.

 

Decorreu a oitava edição do torneio de futebol para seminaristas e padres de todo o mundo, Clericus Cup, que reúne mais de 350 jogadores oriundos de 60 países, em Roma. A grande festa está marcada para este sábado, dia em que acontece um encontro do Papa Francisco com todas as sociedades desportivas da Itália.

 

As comemorações dos 500 anos da diocese do Funchal iniciam este domingo, 8 de junho, com uma eucaristia presidida por D. António Carrilho na Sé diocesana e a apresentação do livro e da exposição “Diocese do Funchal. Paróquias e Oragos”, na igreja do Colégio, no Funchal, a que se segue um concerto. O programa comemorativo termina no domingo, dia 15 de junho, com a Assembleia Diocesana Jubilar, que vai decorrer no estádio dos Barreiros, na cidade do Funchal, onde se faz a apresentação da coreografia sobre os 500 anos da Diocese.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00

RTP1, 10h00

Transmissão da missa dominical

 

11h00 - Transmissão missa

 

12h15 - Oitavo Dia

 

Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã;  12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida.

 
RTP2, 11h22

Domingo, dia 08 - Papa na Terra Santa: dimensão política de uma viagem pastoral.

 

RTP2, 15h30

Segunda-feira, dia 09 - Entrevista ao padre Manuel Morujão na conclusão de dois mandatos como Secretário da Conferência Episcopal Portuguesa;

Terça-feira, dia 10 - Informação e entrevista a Jorge Libano Monteiro, da FEC;

Quarta-feira, dia 11 - Informação e entrevista a Maria Teresa Maia GOnzalez.

Quinta-feira, dia 12 - Informação e entrevista ao Frei Armindo Carvalho, reitor da Igreja de Santo António;

Sexta-feira, dia 13- Entrevista sobre a dimensão popular da celebração da fé.

 

Antena 1

Domingo, dia 8 de junho,  06h00 - Diferentes carismas dentro da Igreja: Movimento dos Focolares e Caminho Neocatecumenal. Comentário à atualidade informativa com a Irmã Irene Guia.

 

Segunda a sexta-feira, 22h45 - 9 e 10 junho - Portugal e a democracia: João Lobo Antunes e João Meneses; 11, 12 e 13 de junho - Santo António e as suas tradições: pão de Santo António, livrinho "António, menino de Lisboa" e as iniciativas da Igreja de Santo António em Lisboa

 

 

 

Podemos adorar Maria?

 

 

 

 

 

 

 

 

APLICAÇÕES PASTORAIS

iBreviary

Aproximam-se as férias. Férias é movimento, viagens, malas, etc. Os smartphones ajudam-nos a economizar espaço. Rezamos em todos os lugares, em qualquer lugar. Há uma aplicação que nos ajudará a continuar a rezar a liturgia das horas, principalmente, em qualquer lugar: iBreviary.

iBreviary é uma aplicação que nasceu em dezembro de 2008 pelo padre Paolo Padrini, coordenador também do projeto “Pope2you.net”, que a descreve da seguinte forma:  “assim como o breviário impresso é um instrumento portátil, que pode acompanhar a jornada dos sacerdotes e leigos, do mesmo modo, com a modernidade, abrimo-nos ao suporte para telemóveis: mudam as modalidades de uso, mas não a lógica subjacente, que é a de pode aceder à oração de modo prático a qualquer momento do dia.

A aplicação está disponível em português e mais 8 línguas. A versão portuguesa é constituída por textos aprovados pela Conferência Episcopal Portuguesa e cedidos pelo Secretariado Nacional da Liturgia.

 
É uma aplicação de fácil utilização. Iniciada a aplicação somos logo informados qual o dia da semana e o tempo litúrgico em que nos encontramos. Para que ao iniciar o iBreviary encontre descarregados todos os textos do dia corrente, devemos ativar a função download automático, nas definições.

No menu REZAR encontramos 5 submenus: Breviário; Missal; Leituras; Orações e Rituais.

Em Breviário encontramos toda a liturgia das horas, bem como o santo do dia. O utilizador seleciona se quer rezar o Ofício de Leitura; Laudes; Hora Intermédia; Vésperas; Completas ou Ofícios comuns. No Missal dispomos de todo missal para a eucaristia do dia em que nos encontramos. Em Leituras é um separador que conta com as leituras próprias de cada dia. Nas Orações encontramos várias orações que vão desde o Pai Nosso, Ave Maria, até Credo. Por último Rituais. Permite-nos escolher entre vários rituais: visita e comunhão dos doentes; unção dos enfermos, etc.

 

 

 

 

Em suma, estamos perante uma aplicação litúrgica de grande utilidade pastoral.

Ainda não há versão otimizada para iPad, podem instalar versão iPhone.

 

 

 

 

iPhone | Android

 

Bento Oliveira

@iMissio

http://www.imissio.net

 

 

Ano A - Solenidade do Pentecostes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dons do Espírito para o bem comum
 

O tema deste domingo de Pentecostes é, evidentemente, o Espírito Santo. Dom de Deus a todos os crentes, o Espírito dá vida, renova, transforma, constrói comunidade e faz nascer o Homem Novo.

Na primeira leitura, Lucas sugere que o Espírito é a lei nova que orienta a caminhada dos crentes e cria a nova comunidade do Povo de Deus.

Na segunda leitura, Paulo avisa que o Espírito é a fonte de onde brota a vida da comunidade cristã. É Ele que concede os dons que enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros.

O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado: uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É o Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até às últimas consequências.

Olhemos a situação da Igreja e da sociedade concreta em que vivemos. A presença do Espírito só pode provocar em nós um novo olhar de esperança, de renovação, de compromisso.

A Palavra de Deus dá-nos os elementos essenciais que definem a Igreja: uma comunidade de irmãos reunidos por causa de Jesus, animada pelo Espírito do Senhor ressuscitado e que testemunha na história, de forma efetiva e coerente, o projeto libertador de Jesus. Desse testemunho resulta a comunidade universal da salvação, que vive no amor e na partilha, apesar das diferenças culturais e étnicas.

 

 

 

 

 

 

A Palavra de Deus diz-nos que os dons que recebemos não podem gerar conflitos e divisões, mas devem servir para o bem comum e para reforçar a vivência comunitária. As nossas comunidades só deveriam ser espaços de partilha fraterna, nunca campos de rivalidades com interesses próprios, atitudes egoístas, tentativas de afirmação pessoal. Isto vale para o nosso compromisso na Igreja e na sociedade.

A Palavra de Deus diz-nos que a comunidade cristã só existe de forma consistente, se está centrada em Jesus. Jesus é a sua identidade e a sua razão de ser. É n’Ele que superamos os nossos medos, as nossas incertezas, as nossas limitações, para 

 

partirmos à aventura de testemunhar a vida nova no Espírito.

A Palavra de Deus diz-nos que as comunidades construídas à volta de Jesus são animadas pelo Espírito: sopro de vida que transforma o barro inerte numa imagem de Deus, que transforma o egoísmo em amor partilhado, que transforma o orgulho em serviço simples e humilde. É Ele que nos faz vencer os medos, superar as cobardias e fracassos, derrotar o ceticismo e a desilusão, reencontrar a orientação, readquirir a audácia profética, testemunhar o amor, sonhar com um mundo novo.

 

Manuel Barbosa, scj

www.dehonianos.org

 

 

 

Terra Santa: afinal, os milagres acontecem

“Ensinem-nos a rezar!”

No meio da agitação da cidade de Belém, há um convento onde reina um silêncio que comove todos os que o visitam. É o Convento das Carmelitas, fundado por uma jovem irmã beatificada em 1983, e que, todos os dias, continua a inspirar pequenos milagres.

Fazer pontes através da oração faz parte do quotidiano das Irmãs Carmelitas. No número 119 da rua Jamal Abdel Nasser, fica situado um edifício em pedra, onde sobressaem várias janelas, todas com grades. É o Convento das Carmelitas de Belém. São apenas 15 as irmãs que vivem por lá. Algumas, são ainda muito jovens, mas todas compreenderam imediatamente o enorme alcance do gesto do Papa quando, na sua recente visita à Terra Santa, fez uma oração silenciosa junto ao muro de betão que separa a Cisjordânia de Israel.

É muito importante a permanência destas irmãs na Terra Santa. O convento foi fundado por uma jovem religiosa, Mariam Baouardy, conhecida

 

por todos como “a pequena árabe”, e que São João Paulo II beatificou em 1983.

 

Local de peregrinação

A fama da sua santidade transformou este convento num local de peregrinação. Todos os dias chegam turistas que querem conhecer a história desta jovem que faleceu aos 33 anos e cuja vida não deixa de surpreender pela enorme fidelidade às coisas do Céu. As 15 irmãs vivem do trabalho manual, bordando vestes litúrgicas e fazendo hóstias para as igrejas de Belém. Não têm outra fonte de rendimento e por isso agradecem o apoio que a Fundação AIS lhes dá para instalarem um pequeno museu onde possam mostrar a todos os visitantes quem foi a “pequena árabe”.

Estas carmelitas sabem que a sua presença em Belém, hoje em dia, na terra onde Jesus nasceu, é também simbólica pois há cada vez menos famílias cristãs na Terra Santa. Mas é também 

 

 

 

 

 

 

um sinal muito vivo de que os cristãos podem fazer pontes entre israelitas e palestinianos.

Este é um convento único. São muitas pessoas que pedem ajuda às irmãs. Uma ajuda muito especial. “Ensinem-nos a rezar! Não podemos ir ter convosco, nem que seja uma vez por mês, para nos ensinarem orações?”, explica a madre superiora, a Irmã 

 

Lucyna Seweryniak, recordando as palavras que mais escuta entre os visitantes. Neste convento acontecem pequenos milagres todos os dias. O da conversão dos corações pela oração é um dos mais importantes que se podem desejar.

 

Paulo Aido

www.fundacao-ais.pt

 
 

 

Alimentação, um direito humano

Tony Neves

 
 

É crime contra a humanidade deixar morrer uma pessoa de fome. Também devia beliscar as consciências o facto de haver humanos sem acesso ao pão de cada dia.

Estamos a chegar a 2015 o ano que as Nações Unidas apresentaram como meta para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. O combate sem tréguas contra a pobreza teria também este efeito humano de acabar com a fome no mundo. É mais um dos bons propósitos que fica gravado em muitos e belos textos, mas que não conseguimos passa-los para a vida do dia a dia.

Os relatórios oficiais que falam de alimentação à escala do planeta dizem que não há falta de comida. Pelo contrário, é enorme o desperdício alimentar. O problema da fome não tem nada a ver com a produção, mas com a distribuição que é injusta. Enquanto milhões de pessoas se banqueteiam e dão ao luxo de esbanjar, muitos outros milhões morrem de fome ou sofrem de desnutrição. É uma injustiça de bradar aos céus.

O problema de fundo que importa enfrentar prende-se com a injustiça social. Cabe aos governos criar leis que apoiem mais os pobres e convidem os poderosos a partilhar as riquezas acumuladas. Fala-se muito em legislações que promovam mais equilíbrio social, mas a verdade é que os ricos estão

 

 

 

 

 

Luso Fonias

 

 cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Talvez seja importante que os católicos gritem alto as grandes diretrizes da doutrina social da Igreja que diz que a propriedade privada tem de estar submetida á destinação universal dos bens. Ou seja, o bem comum tem de estar acima das riquezas individuais. Há, neste aspeto, um longo caminho a percorrer…

A sociedade civil, face á incapacidade dos governos quanto á resolução do problema da fome ou má alimentação, tenta encontrar caminhos que superem a situação atual, 

 

dramática para muita gente. Assim se criaram os bancos alimentares contra a fome e se investe hoje na luta contra o desperdício através de projetos como o ‘Refood’ que consiste na recolha, ao fim do dia, de toda a comida que sobra nos restaurantes aderentes.

Há que construir um mundo mais justo. Há que ter um estilo de vida mais simples. Há que comer de forma mais racionalizada. Há que partilhar mais o pão. Em suma, há que viver a sério a lei do Amor, assente numa fraternidade sem fronteiras.

 

 

“Pode ouvir o programa Luso Fonias na rádio SIM, sábados às 14h00, ou em www.fecongd.org. O programa Luso Fonias é produzido pela FEC – Fundação Fé e Cooperação, ONGD da Conferência Episcopal Portuguesa.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sair