04 - Editorial:

   Octávio Carmo

06 - Foto da semana

07 - Citações

08 - Nacional

     Luis Filipe Santos

    Cónego João Aguiar

22 - Dossier

   Media e redes de pessoas

 

38 - Internacional

44 - Estante

46 -  Vaticano II

48 -  Agenda

50 - Por estes dias

52 - Programação Religiosa

53  - Minuto YouCat

54 - Liturgia

56 - Fundação AIS

58 - Lusofonias

 

 

Foto da capa: DR

Foto da contracapa:  Agência ECCLESIA

 

 


AGÊNCIA ECCLESIA 
Diretor: Paulo Rocha  | Chefe de Redação: Octávio Carmo
Redação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,.
Luís Filipe Santos,  Sónia Neves
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Opinião

 

 

 

 

D. António Moiteiro chegou a Aveiro

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Albânia à espera do Papa

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Comunicação em rede na Igreja

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Octávio Carmo | Manuel Barbosa | Tony Neves

 

O valor da comunicação

Octávio Carmo

Agência ECCLESIA

 

A aproximação das Jornadas Nacionais de Comunicação Social, que este ano abordam o tema ‘Uma rede de pessoas’, traz de novo a debate a relação da Igreja Católica com as novas tecnologias da comunicação e a necessidade de olhar para estes fenómenos como realidades humanas e não apenas como questões técnicas. Estão em causa contactos, relacionamentos, formas de pensamento e até ambientes culturais que fazem das redes sociais e da dinâmica comunicativa da era digital um novo continente, a evangelizar.

Não estamos apenas perante um meio, mas perante um verdadeiro espaço vital, daí a importância do convite repetido pelo Papa Francisco para uma cultura do encontro que convida a Igreja Católica a promover um testemunho cristão no mundo digital para chegar, através da rede, às periferias existenciais.

Também nestes espaços, contudo, é difícil estabelecer um verdadeiro diálogo, sem querer subjugar o outro à nossa visão do mundo, à nossa palavra definitiva que não admite contraditório, à redução a preconceitos e fanatismos da opinião diversa.

A mensagem e a experiência da mensagem são igualmente importantes nestes espaços virtuais, nos quais é importante fugir ao capricho da tecnofilia e superar, também, a idolatria do conteúdo para evitar a comunicação unidirecional, limitada ao anúncio. Como diz um especialista, é preciso passar da comunicação da experiência cristã à comunicação como experiência cristã

 

 

 

 

 

 

.Os responsáveis por este setor têm debatido a importância de, seguindo o exemplo de Francisco, considerar a comunicação em termos de proximidade e de reduzir distâncias, para que a mensagem da Igreja chegue a todos. Estamos perante

 

 uma mudança cultural e não apenas tecnológica, num continente digital em que não há espaços em branco. A nova evangelização exige que também aí os católicos apresentem a sua proposta de sentido: Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

Quatro milhões e trezentos mil eleitores escoceses votam hoje um referendo sobre a independência da Escócia face ao Reino Unido, com o «Sim» e o «Não» muito próximos nas sondagens

 

 

 

 

 

“Só com um novo partido é que se consegue contribuir para os objetivos pretendidos, que é justamente contribuir para a resolução dos problemas dos portugueses, da sociedade portuguesa, da democracia portuguesa e do próprio Estado de direito. (Não era possível concretizar esse objetivo na lista do MPT?) Concluímos que não, eu concluí que não. E portanto, vamos avançar com um novo partido, de raiz”. Marinho e Pinto, in TSF, 12.09.2014

 

“Vítor Bento não se devia ter demitido agora. Carlos Costa não devia ter deixado o problema apodrecer. O Governo não devia fazer de morto. Stock da Cunha vai precisar de um milagre para juntar os cacos”, José Manuel Fernandes, in Observador, 14.09.2014

 

“Ninguém pode utilizar o nome de Deus para fazer isto, ou fazê-lo em nome de Deus. Isto são verdadeiramente coisas do Diabo”, Cardeal Fernando Filoni, enviado do Papa ao Iraque, sobre as ações do Estado islâmico, 15.09.2014

 

 

 
 

 

“(…) uma inacreditável lavagem de Salgado. Entrou na máquina um banqueiro com fama pública de trafulha e de burlão e, após 30 minutos de ensaboadela, saiu um banqueiro azarado, tramado pela família e pelo Banco de Portugal.” João Miguel Tavares, a prepósito de uma reportagem da RTP «Ricardo Salgado, o ex-Dono Disto Tudo», in Público, 16.09.2014

 

"Não tem havido caos, houve transtornos e problemas, com certeza. E esses, estou aqui a assumir e peço, em nome do Ministério da Justiça, desculpa”, Paula Teixeira da Cruz, aos jornalistas referindo-se à plataforma informática Citius, que permite a entrega em tribunal de peças processuais e de documentos por via eletrónica com assinatura digital, mas que tem apresentado problemas, 17.09.2014

 

 

 
 

 

Aveiro recebeu novo bispo em festa

O novo bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, disse, este domingo, na Sé daquela cidade, que a “atual conjetura social e cultural” coloca vários desafios à fé cristã. As “mudanças profundas” da sociedade são notórias, por isso a igreja “não pode cruzar os braços” e “não se fechando em si mesma”.

Na entrada solene na diocese aveirense, o prelado salientou que se devem criar “espaços de fraternidade” onde se concretize a mensagem do Evangelho.

D. António Moiteiro - nomeado a 4 de julho deste ano bispo de Aveiro – pediu aos cristãos “para serem 

 

 

discípulos missionários”, mas este desafio “exige formação cristã”. A “formação cristã de adultos” é a “disciplina ainda não aprovada” após o II Concílio do Vaticano (1962-1965) e na qual se “deve investir todas as energias e capacidades”, realçou o novo bispo de Aveiro que sucedeu a D. António Francisco dos Santos, atual bispo do Porto.

D. António Moiteiro pediu às famílias para “não se fecharem em si mesmas”, mas que se “abram à vida como um dom que vem de Deus”. Os jovens que “são o futuro da Igreja e da sociedade” devem “ter um lugar privilegiado”

 

 

 

nas paróquias, frisou o prelado na homilia. Encorajar e apoiar a juventude foram dois desafios sublinhados pelo bispo de Aveiro em relação aos mais novos e pediu também uma atenção especial “aos movimentos que os possam ajudar a inserirem-se na vida da Igreja e das comunidades”.

O arcebispo de Braga considera que o novo bispo de Aveiro é um homem “comprometido e empenhado em termos de vontade, interesse e espírito de sacrifício”.

Para D. Jorge Ortiga, que teve como bispo auxiliar D. António Moiteiro(2012-2014), o novo 

 

prelado de Aveiro tem “grande competência” porque “devidamente preparado, particularmente, na área da catequese ou Nova Evangelização”.

D. Manuel Felício, bispo da Guarda, disse à Agência ECCLESIA que D. António Moiteiro tem “uma inteligência prática notável”.

O prelado trabalhou oito anos com o novo bispo, natural da diocese da Guarda, e referiu que é “uma pessoa ajustada” à diocese de Aveiro e “tem todas as condições que lhe permitem ser um grande pastor”.

 

FOTOGALERIA

 

 

 

Porto: Diocese assinalou 150 anos
do Seminário Maior

A Diocese do Porto assinalou esta segunda-feira os 150 anos do Seminário Maior da Senhora da Conceição, com um programa festivo que congregou autoridades religiosas e políticas, bem como antigos e atuais alunos da instituição. Em declarações à Agência ECCLESIA, o bispo do Porto, que presidiu à eucaristia integrada nas comemorações, destacou o “extraordinário serviço” que aquela casa tem prestado à Igreja Católica e à região, ao longo dos anos.

D. António Francisco dos Santos classificou as celebrações como um gesto de “gratidão” para com as pessoas que ali trabalharam e as que atualmente servem o Seminário, desde o reitor aos formadores, passando pelos funcionários.

Sediado no antigo colégio de São Lourenço, o Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição acolheu ao longo da sua história não só os alunos do Porto mas também candidatos provenientes das dioceses de Vila Real, Coimbra, Bragança-Miranda, Funchal e Portalegre-Castelo Branco.

Antes de ser entregue à Diocese do Porto, em 1862, e de começar a funcionar como Seminário em 1864,

 

 

 

 

 a estrutura pertenceu à Companhia de Jesus e foi também convento dos Frades Agostinhos. Para o bispo do Porto, a instituição afirmou-se como um polo de “comunhão” e é atualmente um sinal “da vitalidade da Igreja, que continua a encontrar respostas generosas no coração dos jovens e a acompanhá-los na formação”.

As comemorações dos 150 anos do Seminário Maior contaram com a presença do patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, que liderou os destinos da diocese do Porto entre 2007 e 2013. O patriarca considerou a homenagem “justíssima” para uma instituição que “foi sempre um grande esteio de renovação católica em Portugal e para várias dioceses”.

 

 

 

 

 

Trabalhadores cristãos lamentam
impasse à volta do salário mínimo

O coordenador nacional da Liga Operária Católica – Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC-MTC) considera que o debate à volta do aumento do salário mínimo está a arrastar-se “há demasiado tempo” e a atualização “já deveria ter sido feita”.

Em declarações prestadas hoje à Agência ECCLESIA, José Augusto Paixão salienta que enquanto a questão permanece num impasse, são “muitas as vidas e famílias que estão em causa”.

“Depois de feitos os respetivos descontos, o salário mínimo atual não ultrapassa os 400 euros. Como é que uma família, com vários filhos, mesmo que os dois pais trabalhem, pode sobreviver com esses valores, tendo em conta as despesas de alimentação, saúde, educação, entre outras?”, questiona aquele responsável.

Quanto mais a decisão se arrastar, salienta José Augusto Paixão, mais pessoas irão permanecer em Portugal “no limiar da pobreza”.

Esta quarta-feira delegados do Governo e dos parceiros sociais reuniram-se para debater o 

 

 

aumento do salário mínimo nacional, no âmbito de um grupo de trabalho criado na Concertação Social e dedicado a esta temática.

José Augusto Paixão recorda que o que está aqui em causa não é “apenas a subida do salário mínimo” mas também a minimização das “diferenças entre ricos e pobres” e uma “distribuição mais justa dos recursos”.

“Pelos valores que vamos ouvindo todos os dias através da comunicação social, os números que estão a ser considerados para o salário mínimo até deveriam ir um pouco mais além”, sustenta o coordenador nacional da LOC-MTC.

 

 

 

 

A Agência ECCLESIA acompanha na Madeira o Congresso Internacional que assinala os 500 anos da Diocese do Funchal. Neste espaço ficam as principais notícias publicadas até ao momento e pode continuar a acompanhar o evento até este sábado, em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Douro: Sacerdotes alertam para drama «socioeconómico» dos pequenos e médios viticultores

 

 

 

Origens e estrutura da diocese do Funchal

 

A semana onde os «Bentos» sopraram…

Luis Filipe Santos

Agência ECCLESIA

 

O mês de setembro de 2014 colocou em destaque os bentos. Não é uma troca de consoante… É mesmo bento, mas não sinónimo de bendito, glorioso ou abençoado. Depois da campanha menos conseguida – para alguns catastrófica – no Campeonato do Mundo de Futebol que decorreu no Brasil e do primeiro jogo de apuramento para o Campeonato Europeu de Futebol com a Albânia, o seleccionador nacional – Paulo Bento – resolveu «deixar» os destinos do onze das quinas. Quando os resultados não aparecem, abandona-se o barco.

Também neste mês, Vítor Bento desocupou a cadeira central do novo banco. Depois da hecatombe «Espírito Santo», Bento foi o escolhido para endireitar os destinos da entidade bancária que tem como símbolo uma borboleta. Parece que o poiso de tal insecto foi paragem temporária… Bateu com as asas rapidamente.

 

Um grupo de jovens padres portugueses (um deles tem cerca de 50 anos) resolveu visitar o Papa emérito Bento XVI. Com indumentária – talvez um excesso de negro a contrastar com a brancura do visitado - a rigor como manda o protocolo, estes neo-sacerdotes foram cumprimentar o antecessor do Papa Francisco. Tiveram direito a fotos com o Papa alemão e presentearam-no com um vinho e um cálice. Só vi fotos com o Papa Bento XVI, será que visitaram também o Papa argentino?

 

Amanhã (19 de setembro 2014), o dominicano Bento Domingues vai ser homenageado na

 

 

 

 Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Natural de Terras do Bouro, este frade da Ordem de São Domingos escreve todos os domingos, uma crónica primaveril, no jornal «Público». Mais de vinte anos a escrever sobre liberdade, direitos humanos, fraternidade e paz num órgão de comunicação social laico é digno de registo.

Com 80 anos, frei Bento Domingues, numa entrevista ao Jornal de Letras, perante a afirmação: «assume nas suas crónicas uma voz própria, nem sempre em sintonia com a ortodoxia da Igreja», respondeu que “é normal, há sempre pessoas que concordam, outras não”. E continua: “Lembro-me que uma vez um bispo me disse que não estava de acordo com o que escrevia, ao que respondi que eu 

 

quase nunca concordava com o que ele dizia… o que sempre procurei foi ajudar a perceber um catolicismo, que viveu sem teologia desde 1910, quando encerraram a Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra, até 1968, quando abriu a da Universidade Católica Portuguesa”.

Uma homenagem merecida. Um dia, a história irá dar-lhe o devido valor… Palavras com horizontes largos de um homem que admira as atitudes do Papa Francisco, lê apaixonadamente Agustina Bessa Luis, acompanhou Sophia de Mello Breyner nos últimos tempos da sua vida.

Esquecido por alguns, frei Bento Domingues deixou marcas indeléveis na imprensa portuguesa nas últimas décadas.

 

 

Media: «Uma rede de pessoas» as Jornadas Nacionais de Comunicação Social.

 

O diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais explica o tema das Jornadas Nacionais da Comunicação Social - “Uma rede de pessoas” – que resulta da mensagem do Papa Francisco para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais (01 de junho 2014) e destaca o que na sua opinião se pode esperar dos dias 25 e 26 de setembro de 2014, na casa Domus Carmelli, em Fátima, que vão ser enriquecidos com o testemunho do diretor do Centro Televisivo Vaticano, o monsenhor Dario Edoardo Viganò.

 

Agencia ECCLESIA (AE) – “Uma rede de pessoas” é o tema que este ano é a proposta para o encontro anual de profissionais da comunicação social. Que tema é este e o que é que se pode esperar de um tema e de dois dias também de proximidade?

Padre João Aguiar (JA) – O tema consiste em glosar no fundo a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais que já vivemos. Já é tradição que as jornadas de setembro tenham em conta o tema já passado.

O Papa Francisco diz-nos que as redes não são única e exclusivamente um conjunto de fios, não são meramente nem fundamentalmente uma tecnologia mas precisam de ter 

 
pessoas que falam, pessoas que se calem para que o outro fale portanto, pessoas que escutam, pessoas que se aproximam para ouvir a confidência e pessoas que se aproximam confidentes. Por isso, ele faz o sublinhado da ternura, diz-nos que precisamos de ter ternura nas redes.

Eu espero uma participação significativa e ativa, não apenas de comunicadores do âmbito da comunicação da Igreja mas comunicadores em geral porque isto de estar próximos, porque isto de irmos ao encontro, de não explorar mas ouvir, porque isto de ajudar a refletir não é uma questão religiosa mas de humanidade.

 

 

 D. António Carrilho, bispo do Funchal

 

 

 

 

 

 

AE – No primeiro dia estão destinados dois painéis, um sobre jornalismo descartável e outro sobre média e cultura de encontro. Este primeiro painel talvez seja algo polémico?

JA – Com certeza porque se repararmos no modo como estamos a praticar o jornalismo digital, o jornalismo na rede, há algum conforto e algum desconforto. Conforto pela velocidade, pela abrangência e universalidade mas, na minha perspetiva, também há algum desconforto.

Nós notamos que hoje qualquer

pessoa que tenha possibilidades

de comunicar já pensa que

está  a fazê-lo e o jornalista 

profissional também cai 

muitas vezes numa tentação

de desvalorizar a sua
própria capacidade
de interpretação,

de leitura, de
mediação. O que
queremos no

futuro é uma

informação

sem mediação. 

   
 

 

 

JA - O que queremos no futuro é este caldeirão de efervescência onde parece que tudo vale o mesmo, onde se afirma e desmente no mesmo segundo ou continuamos a considerar que tem de haver reflexão, que tem de haver capacidade de leitura, que tem que haver interpretação, se quisermos dizer isto de outra maneira, que tem que haver profissionalismo.

É muito fácil dizer mande-nos os vídeos das suas férias, mandem-nos fotografias da tempestade, mandem isto e aquilo mas depois também é preciso perceber se o que nos mandam é realmente objetivo, se é desta tempestade ou é de outra e se aquele concerto que emocionou multidões afinal não tem mais de 10 anos.

 

AE – Existe aqui um fator que há uns anos no jornalismo não era tão premente e que agora se vê que é o tempo. A velocidade a que as coisas acontecem e as fotografias/vídeos aparecem quase no segundo a seguir.

JA – Há uma frase que é muitas vezes afirmada, “a pressa é inimiga da profundidade” e de facto hoje sabemos eventualmente muitas 

 

coisas, saboreamos muito poucas. O direto é efetivamente uma paixão mas o que é que deu origem a isto que estamos a viver e que consequências é que pode ter isto que estamos a viver.

Por exemplo, um jogo de futebol estamos a vivê-lo em direto e podemos estar a discutir se forma ou não corretos os critérios da convocação e depois a seguir, ou de acordo com a evolução do próprio resultado, somos capazes de estar em cima da temperatura efervescente do acontecimento se o treinador merece ou não merece continuar. Tudo isto é efetivamente análise e se nos pronunciarmos à medida que as situações vão acontecendo podemos ter opiniões gasosas ou liquidas e dificilmente teremos opiniões sólidas, consistentes.

 

 

 

 

monsenhor Dario Edoardo Viganò, diretor do Centro Televisivo Vaticano

 

AE – As Jornadas Nacionais de Comunicação Social são dois dias para parar e para refletir e para ajudar. No segundo dia vem o monsenhor Dario Edoardo Viganò, diretor do Centro Televisivo Vaticano, com o tema “Papa Francisco e a cultura do encontro: o poder das imagens”. O que é que se espera que o diretor do Centro Televisivo Vaticano venha dizer a Portugal?

JA – Pelo menos, eu espero essencialmente um testemunho de proximidade.

 

Nesta cultura do encontro, e aliás em toda a comunicação do Papa Francisco, há uma insistência na proximidade, sair ao encontro do outro, estar vizinho.

Como diretor do Centro Televisivo Vaticano, este homem é uma testemunha privilegiada desta forma de comunicação do próprio Papa Francisco. Eu acho que o Papa não tem uma teoria da comunicação, é ele próprio comunicação, no que diz, no que cala, nos gestos, nos sorrisos, nas prioridades, nas metáforas e por isso tenho muita curiosidade em ouvir alguém que vive este dia-a-dia do Papa.

 

 

 

 

JA - Desmontar e ao mesmo tempo ajudar a compreender esta simplicidade franciscana de Francisco, que não quer dizer nem pobrezinha, nem desprezível, nem nada mas que quer dizer de uma transparência muitíssimo grande não é o que diz, ele é essencialmente o que faz. E, nesse estilo de comunicação, o testemunho e alguma confidência, não sei se vai fazer ou não, ou alguma inconfidência, também gosto de jornalistas com alguma inconfidência, o monsenhor Viganò poderá ser para nós todos um privilégio de revelação e de leitura.

 

AE – Esta rede de pessoas que começámos por falar, falou-me também aqui da comunicação e da ternura que é preciso também na comunicação. Fala-se em diálogo, encontro, solidariedade, o Papa escreveu tudo isto na sua mensagem. Olhando para o futuro, são estes os sentimentos que fazem falta na comunicação, quer na Igreja em Portugal, quer na própria sociedade?

JA – Na sociedade e sendo um desafio para todos é essencialmente também um desafio para os crentes, para os cristãos, para os católicos. Tem que

 

pôr ética na comunicação, tem que pôr alma na rede, sentimentos nas palavras. Temos que pôr amizade, futuro e esperança em tudo aquilo que dizemos. Não nos basta dizer as coisas, temos que explicar e mostrar aos outros as razões, as causas da nossa alegria, do nosso acreditar no homem, no nosso acreditar que a história tem um sentido, na nossa falta de medo ao corpo, ao toque, ao abraço, ao olhar porque tudo isto e a comunicação dos gestos e das palavras que não perguntam outra coisa se não como estás e não, às vezes, porque é que vieste aqui.

Reparemos que na mensagem o Papa Francisco apresenta como modelo de proximidade e de trato o samaritano. 

 

 

 

 

 

 

 

 

O samaritano não perguntou aquele homem caído na margem da estrada: “Então pá, como é que chegaste a este estado? Então correu-te mal o assalto?”. Porque podia ser um salteador a quem correu mal, o outro ser amais forte do que ele. Não perguntou o que é que se passava, viu o que se passava, talvez essa

   conversa fosse a ter dali a oito dias, quando ele já estivesse em condições de contar, se quisesse contar qualquer coisa. Nós enchemos o outro normalmente de perguntas ou de perguntas inquisitoriais ou de inspetor e poucas vezes perguntamos ao outro o que é que tu gostarias de me dizer. Então fala que eu escuto.
 

 

Uma rede de pessoas

O diretor do Centro Televisivo Vaticano, padre Dario Edoardo Viganò, vai estar em Portugal para participar nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social, onde vai falar sobre 'o poder das imagens' no pontificado do Papa Francisco. 'O Papa Francisco e a cultura do encontro: o poder das imagens' é o tema para a conferência que vai fazer na manhã do dia 26 de setembro de 2014, segundo dia das Jornadas de Comunicação Social, participando depois num debate com os participantes sobre a mesma temática.

O padre Dario Edoardo Viganò, diretor do Centro Televisivo Vaticano desde 2013, foi ordenado sacerdote em Milão em 1987, tendo iniciado de seguida a investigação académica na área do cinema e do audiovisual, que o levou à lecionação e ao trabalho no setor, primeiro na Diocese de Milão e depois na Conferência Episcopal Italiana.

'Uma Rede de Pessoas' é o tema das Jornadas Nacionais de Comunicação Social, que decorrem em Fátima, na Domus Carmeli.

Promovidas e coordenadas pelo Secretariado Nacional das 

 

Comunicações Socais, as jornadas analisam o tema proposto pelo Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano, debatendo-o também em duas mesas-redondas.

'Jornalismo descartável: consequências empresariais e profissionais' e 'Media e cultura de encontro' são os temas em análise na tarde do primeiro dia das Jornadas, 25 de setembro, por jornalistas, professores universitários e peritos na área das comunicações sociais.

David Dinis, diretor do jornal digital ‘Observador’, a jornalista Carmo Reodeia e Eduardo Cintra Torres, jornalista e professor universitário analisam o primeiro tema em debate, 'Jornalismo descartável: consequências empresariais e profissionais', entre as 15h00 e as 16h30 do dia 25 de setembro.

A temática 'Media e cultura de encontro' será apresentada, entre as 17h30 e as 19h30, por Catarina Martins Bettencourt, da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre em Portugal, pelo padre Tiago Freitas, diretor do Departamento de Comunicações Sociais da Arquidiocese de Braga, 

 

 

 

 

 

e o provincial dos Missionários Combonianos, padre José Vieira.
Às 19h30 vai decorrer a apresentação da Edição especial do Semanário ECCLESIA com coordenação científica do Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) da Universidade Católica Portuguesa, dedicada à reflexão sobre ‘Caridade, Justiça, Solidariedade’.

 

 

De acordo com o programa das Jornadas, o encontro deste ano vai incluir o espaço 'M&M' (Mostra Multimédia), onde se convidam meios de comunicação social, empresas e editoras a divulgarem as publicações, produtos e projetos multimédia sobre o tema em debate.

 

Inscrições e outras informações - www.ecclesia.pt/jornadas2014/

 

 

Comunicar o Interior

O presidente do Secretariado das Comunicações Sociais da Diocese de Bragança-Miranda considera que a criação deste setor “foi muito simples e muito lógica” e explicou o trabalho que desenvolvem para serem “a voz da Igreja e a afirmação da região em Portugal”. “A chegada de D. José Cordeiro coincidiu com uma crescente solicitação da sociedade em geral por se tratar de um bispo jovem. A Diocese de Bragança-Miranda passou a ser mais procurada, a ser objeto de uma maior atenção dos media em geral e dos fiéis através de contactos pessoais, por telefone, emails, redes sociais, entre outros”, revela o padre José Carlos Martins à Agência ECCLESIA.

As estratégias de comunicação da diocese transmontana “são sempre várias e todas possíveis num mundo cada vez mais mediatizado” e o principal meio é o jornal ‘Mensageiro de Bragança’ que tem sido “sempre a voz da Igreja e pretende ser a afirmação da região em Portugal”.

Objeto de uma reestruturação, que “foi uma das primeiras medidas”, serve para a divulgação de várias informações, como: “Decretos episcopais e editais públicos, 

 

publicação de eventos marcantes, os cânticos e as leituras de cada domingo”.

O Secretariado das Comunicações Sociais é também responsável pela comunicação interna da Diocese de Bragança-Miranda e entre os diferentes movimentos e secretariados.

“É uma forma de evitar a sobreposição de informação e redundância ou ruído na comunicação”, assinala o padre José Carlos Martins.

Os contactos com os meios de comunicação social são realizados através de comunicados, conferências de imprensa, “quando justificado”, ou eventos como “o pequeno-almoço com os jornalistas que acompanham a diocese, promovido pelo bispo”, no dia de São Francisco de Sales, a 24 de janeiro, o padroeiro destes profissionais.

A Diocese de Bragança-Miranda também tem uma presença assídua nas redes sociais com uma página própria e a página do seu bispo, D. José Cordeiro, onde divulgam “os encontros que vão decorrendo, a sua ilustração, e as visitas pastorais”.

Para o padre José Carlos Martins “não há censura” nas notícias que

 
 

 

 

 

 publicam mas “uma filtragem” para protegerem as pessoas que servem, os autores das notícias e para passarem “melhor os valores que o Evangelho propõe”.

O dia-a-dia do Secretariado das Comunicações Sociais da Igreja de Bragança-Miranda “é muito preenchido” porque para além de “todo o trabalho com a elaboração do jornal” também produzem 

 

comunicados, planeiam “as campanhas de eventos, cartazes”, respondem “às solicitações diárias e pontualmente a situações de crise”.

Por isso, o presidente do Secretariado das Comunicações Sociais da Diocese de Bragança-Miranda e diretor do ‘Mensageiro de Bragança’ assinala que procuram dizer “ao país e ao mundo que no interior também se trabalha”.

 

 

 

Media: Projeto de agência católica
ganha forma nos Açores

A Diocese de Angra avançou para a criação de um novo meio de comunicação religiosa, intitulado Agência Igreja-Açores. Um projeto impelido pela vontade da estrutura católica local em reforçar a sua presença nos media e apostar na informação como veículo de nova evangelização.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, a jornalista Carmo Rodeia explica que a ideia surgiu há cerca de um ano, depois do encerramento devido a motivos económicos de vários meios de comunicação ligados à Igreja Católica, por motivos económicos.

Entre outros, fecharam jornais como “A União” e o “Correio da Horta”, duas das principais publicações de cariz religioso no arquipélago.

Depois daquela situação, tornou-se “necessário criar um novo instrumento de comunicação, que chegasse em primeiro lugar aos católicos, que soubessem como é que ia a vida da sua Igreja, e simultaneamente àqueles que não sendo católicos poderiam ter acesso a informação”, realça Carmo Rodeia.

 

 

Foi assim que a jornalista entrou ao serviço da Diocese de Angra, começando por trabalhar diretamente na página oficial diocesana, dando conta do que ia “acontecendo” no meio eclesial da região e dos seus variados serviços e estruturas.

Apesar de ter muitos anos de experiência, foi a primeira vez que abordou especificamente a temática religiosa.

“Trabalhar informação religiosa é muito interessante e constituiu um grande desafio, uma reaprendizagem muito grande”, aponta Carmo Rodeia, para quem “uma coisa é ser cristã e outra é fazer informação noticiosa e de interesse público a partir de fonte eclesial”.

Apesar de todo este processo de reorganização ainda ser recente, do projeto de agência estar ainda no início, a jornalista destaca a importância que este trabalho tem tido para a promoção de um clima de maior abertura e ligação entre os vários setores da Igreja Católica no arquipélago.

 

 

 

 

 

 

Ao início, “os canais não estavam oleados dentro da diocese porque as pessoas não tinham muito a noção da importância da comunicação, de comunicar para o exterior, a informação circulava mais através de um processo de comunicação interna”.

Por isso, “o primeiro objetivo foi tentar pôr as pessoas a comunicarem umas com as outras, ou seja, que as pessoas soubessem dentro da estrutura da Igreja, seja na hierarquia clerical seja dos movimentos eclesiais, 

 
o que é que uns e outros andam a fazer”, explica Carmo Rodeia. Atualmente, esta dinâmica já está mais enraizada, sobretudo a noção da comunicação enquanto forma de passar aos outros uma “mensagem”, neste caso a mensagem cristã.

Para a jornalista, “essa rede é muito importante” e pelas suas especificidades “geográficas”, a Diocese de Angra pode retirar dela “uma enorme vantagem”.

Por um lado, nos Açores “os órgãos de comunicação social generalista têm 

 

 


 

 

 

menos fontes de informação do que no continente e portanto sentem uma avidez também desta informação religiosa”.
Por outro, “a maioria” da população “é católica e também sente necessidade de ter esta informação” presente na oferta mediática da região.

“É importante que as pessoas que fazem a Igreja e constroem esta rede percebam que assim é mais fácil nós chegarmos a toda a gente”, conclui Carmo Rodeia.

Carmo Rodeia é jornalista com carteira profissional há 27 anos, tendo passado por vários órgãos de informação generalista como a RTP, Rádio TSF e o Diário de Notícias.

Atualmente, além do seu trabalho na Diocese de Angra, colabora com a RTP Açores na elaboração de programas de informação não diária, e dá ainda aulas de comunicação social na Universidade dos Açores.

 

 

 

 

 

É importante que as pessoas que fazem a Igreja e constroem esta rede percebam que assim é mais fácil nós chegarmos a toda a gente
 

 

 

 

 

 

 

Este é um espaço de comunicação, através do qual poderá entrar contacto com a Igreja Católica que está nos Açores. Acontecimentos eclesiais dignos de relevo, mensagens de D. António Sousa Braga, Bispo de Angra, diversas informações a nível paroquial e diocesano,  entre outras temáticas, é o que poderá encontrar neste website que em boa hora substitui o anterior.

A era do ciberespaço em que nos encontramos permite assim a todos estar ao corrente das informações fundamentais da Igreja Católica nos Açores, contribuindo deste modo para a comunhão que define a natureza da Igreja.

O Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral das Comunicações Sociais da Igreja Católica nos Açores, responsável por este site, regozija-se com este novo espaço e deseja que lhe seja útil e proveitoso. A nossa preocupação será sempre servir Jesus Cristo e o Homem.

Mensagem de boas-vindas ao site da Diocese de Angra

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Comunicar na Comunidade

"Ser amigo é ser abrigo" é o lema da comunidade Vida e Paz, inspira-se e orienta-se pela Doutrina Social da Igreja e dá apoio a pessoas sem-abrigo. Este lema estende-se por toda a dinâmica de comunicação institucional que pretende ser próxima e eficaz.

“A nossa missão é ir ao encontro da pessoa sem-abrigo, estabelecer uma relação de confiança de modo a motivá-la a mudar de vida. Se é isto que fazemos “fora” também é o que temos de fazer para dentro, ir ao encontro”, afirma a responsável de comunicação Margarida Alves.

Na forma de comunicar internamente os colaboradores criaram recentemente um blog onde dão conta de todas as atividades dos vários centros da comunidade, noticias e comunicados.

“Nesse blog existe uma página dedicada à equipa de cada centro, onde se apresenta as pessoas, onde tem contactos e fotografia”, refere.

Para a Comunidade nada é mais importante que o garante da dignidade da pessoa humana, trabalhando para o Bem Comum. Outra vertente da comunicação interna é a área dos voluntários que 

 

saem nas carrinhas da Comunidade todas as noites, de segunda a domingo.

Muitos não se conhecem e por isso há vários encontros de voluntários para que haja uma partilha de experiências, uma troca de palavras ou simplesmente se conheçam no meio em que dão um pouco do seu tempo.

Margarida Alves já era voluntária da 

 

 

 

 

Comunidade antes de assumir o cargo da comunicação e sabe do que fala… Recorda o exemplo recente de uma campanha que, através dos voluntários, foi logo aceite e o sucesso crescente, graças à grande rede de pessoas em comunicação.

“Quando fazemos alguma campanha, como foi agora a campanha do leite, assim que disparámos emails para os nossos voluntários a resposta foi imediata. Há sempre alguém que conhece alguém 

 

 

 

 

que nos pode ajudar.”

Começaram a “chover emails de empresas onde trabalhavam alguns voluntários” e foram assumindo “pequenas campanhas internas que resultaram em vários litros de leite para a Comunidade Vida e Paz”.

“Esforçamo-nos para conseguir conhecer e comunicar com todos e assim dinamizar a nossa rede de pessoas”, realça a responsável pela comunicação.

 

 

 

 

A melhor divulgação

As carrinhas da Comunidade Vida e Paz, de segunda a domingo, fazem as suas voltas com equipas diferentes todos os dias.

Para Margarida Alves essa é a melhor comunicação externa que a comunidade pode fazer.

“As pessoas associam-nos às carrinhas, a maioria das pessoas que liga para aqui ou envia mails, não faz ideia que por trás daquelas carrinhas há um espaço aberto ao diálogo, há uma comunidade de inserção e uma terapêutica”, explica.

Estas são marcas deixadas em 25 anos de história da Comunidade que vai alargando as suas valências e para contribuir para a dignidade humana.

A voluntária e agora responsável pela comunicação, Margarida Alves, afirma que a instituição já tema alguma visibilidade e que os meios de comunicação já começam a ir ter com a Comunidade.

“Esforçamo-nos com o nosso facebook, por exemplo, porque é preciso que o público sinta o contacto”, explica.

Sentir o contacto de que fala 

 

 

 

Margarida Alves é recíproco e a Comunidade acaba por ter feedback das campanhas que são lançadas com cores, imagens e títulos sugestivos e cativantes.

“Utilizar o site para dar a conhecer como vão os números de uma campanha é chamar o feedaback, é envolver as pessoas que colaboram connosco”.

A generosidade dos portugueses é conhecida e Margarida Alves realça que quando se “passa pela necessidade e explica porque é que precisa” as pessoas são muito bondosas.

“Quisemos dar a noção dos números que nos chegavam, do que tínhamos, para envolver as pessoas, ser comunidade é isso, envolver todos na mesma missão”, conclui.

Além disso foi agora criada a newsletter que qualquer pessoa pode receber na sua caixa de email as novidades e pedidos de ajuda da Comunidade Vida e Paz.

 

 

 

 

Atividades que comunicam

Desde o ano passado que a Comunidade Vida e Paz organiza os arraiais de colaboradores e sem-abrigo. A ideia nasceu de um sem-abrigo e a comunidade aprovou de imediato como uma forma de colaboração.

“A Comunidade Vida e Paz nem precisa de fazer grande divulgação desta atividade porque, sendo original, as pessoas aderiram e a comunicação social foi atrás”.

 
Outra atividade que é de grande organização, que conta já com 26 edições, mas que dá uma grande visibilidade à Comunidade são as festas de Natal com os sem-abrigo.

“O espírito de quem vai acaba sempre por trazer… E todos os anos há grandes histórias nesse jantar, até já tivemos um casamento!”

Margarida Alves afirma que isso são “histórias que não se apagam da memória”, que estão juntas numa “altura de paz e de dádiva”, e que a comunicação social está recetiva. 

 
 

 

Levar pessoas a pessoas

Trabalhar a comunicação da União das Misericórdias Portuguesas é estar atento aos outros, ao humanismo, proximidade e encontro das pessoas.

Bethania Pagin é a responsável do gabinete de comunicação e imagem e sente-se uma “sortuda” em trabalhar nesta instituição.

“É uma oportunidade conseguir trabalhar num local em que todos os dias sei de pessoas com condições de vida muito duras, mas que há pessoas dedicadas que as cuidam e ajudam.

Ver esta realidade faz-me pensar que a minha vida é um pouco melhor, agradecendo, afinal estou conectada com o lado certo da vida.”

É assim que a profissional, formada em comunicação e ciência política, olha para a União das Misericórdias, “o instrumento promotor, quer dos valores e atividade das Misericórdias Portuguesas na sociedade portuguesa, quer do movimento das Misericórdias no plano europeu, mundial e da cultura e civilização portuguesas e lusófonas”. 

A estratégia de comunicação usada prende-se em duas vertentes: as raízes de 500 anos de história e a mostra de modernidade e promover   

 

 

 

 

 

 

 

 a comunicação entre as Misericórdias de todo o país, através do jornal.

“Sem deixar cair a tradição das Misericórdias, valorizando, mas mostrar um lado mais contemporâneo da instituição, de humanismo, de profissionalismo e de cuidado com o próximo.

Por outro lado é necessário envolver as Misericórdias e promover a comunicação entre elas”, explica a responsável.

A União das Misericórdias tenta ainda promover o lado humanitário 

 

 

 

 

 

do trabalho que é desenvolvido nos vários centros.

“Há histórias de vida muito bonitas em cada centro que importa partilhar porque há milhares de pessoas a colaborar com cada Misericórdia, dirigentes, utentes, colaboradores, crianças, e a comunicação visa ligá-las e mostrá-las como uma rede.

Uma rede grande, antiga, mas sempre atenta aos mesmos valores e às pessoas, com a preocupação de cuidar, sobretudo,” afirma Bethania Pagin.

 

 

 

A Voz das Misericórdias

O jornal “Voz das Misericórdias”, que comemora 30 anos em 2015, serve para aproximar as Misericórdias de todo o país, dando a conhecer o que cada uma faz, no seu espaço e tempo.

“O que se pretende é mostrar às outras Misericórdias as atividades inovadoras e diferentes, que merecem destaque, o que está a acontecer um pouco por todo o país… Por exemplo a Misericórdia de Freixo de Espada à Cinta não sabe o que faz a de Sines, e o jornal tenta promover estes elos de conhecimento”, conta Bethania Pagin.

Nas reuniões magnas Bethania Pagin aproveita ainda para conversar com os provedores das várias Misericórdias e ali saber opiniões para sempre melhorar a comunicação interna e externa.

“Acredito que fazer comunicação é simplesmente conversar com pessoas”.

Atualmente a União das Misericórdias tem jornalistas espalhados por todo o país, incluindo ilhas, que colaboram

 

 

 

 

para o jornal e desta forma tornou-se mais simples ter “novidades de todas as Misericórdias, porque são 400” e só a coordenação passa pelo gabinete de comunicação e imagem.

“Os jornalistas é que vão ao terreno, recolhem as imagens, falam com as pessoas, fazem a reportagem e assim formamos uma rede de pessoas”, descreve a responsável do gabinete de comunicação.

 

 

 

 

 

Um salto no futuro

O gabinete de comunicação e imagem promove o jornal, a newsletter e o site mas pensam mais alto e querem “dar um salto para o vídeo na internet”.

“O projeto é a UMPtv e a ideia seria ter uma equipa de filmagem a acompanhar as reportagens, que pudesse sair por todo o país para dar a conhecer o que de melhor 

 

se faz nas Misericórdias”, conta Bethania Pagin.

Os tempos não ajudam à concretização e ao sonho junta-se um canal por cabo e até uma rádio mas, mais do que projetar o futuro, “é o dia-a-dia que conta, fazendo mais e melhor, conseguindo mostrar a qualidade das Misericórdias, incentivando a proximidade e o encontro, levando pessoas a pessoas”.

 

 

Papa quer presença
católica no mundo digital

O Papa Francisco convida a Igreja Católica a promover um “testemunho cristão” no mundo digital para chegar, através da rede, às “periferias existenciais”. “Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de autorreferencialidade, não hesito em preferir a primeira. E quando falo de estrada, penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efetiva e afetivamente, alcançar”, escreve na sua mensagem para o 48.º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

O texto, intitulado ‘Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro’, alarga a reflexão às “estradas digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança”. “Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital”, apela aos cristãos.

Para o Papa, é necessário “abrir as portas das igrejas” para que as pessoas entrem, “independentemente da condição de vida em que se encontrem” e para

 

 que o Evangelho “possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos”.

“Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim?”, questiona.

Francisco sustenta que a presença da Igreja no mundo da comunicação deve ajudar todos a “apreciar melhor tos grandes valores inspirados pelo Cristianismo”, como, por exemplo, “a visão do ser humano como pessoa, o matrimónio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade”, entre outros.

O Papa precisa que o testemunho cristão a que se refere “não se faz com o bombardeamento” de mensagens religiosas, mas com “a vontade de se doar aos outros”. “É preciso saber-se inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender os seus anseios, dúvidas, esperanças, e oferecer-lhes o Evangelho, isto é, Jesus Cristo”, explica.

A mensagem sublinha que este diálogo é um desafio que “requer profundidade, atenção à vida, sensibilidade espiritual”. 

 

 

 


 

 

 

 

 

“Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas”, observa.

 
Francisco pede que a Igreja não recorra a “truques ou efeitos especiais” na sua comunicação e que aposta no contacto com o “próximo, com amor, com ternura”, e diz que a internet pode oferecer “maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos”.

 

 

 

Papa vai à Albânia
homenagear vítimas do comunismo

O Papa apresentou a sua visita à Albânia, marcada para este domingo, como uma homenagem às vítimas do “terrível regime ateu” neste país, o primeiro a receber Francisco numa viagem internacional. “Decidi visitar este país porque sofreu muito por causa de um terrível regime ateu e agora está a promover uma convivência pacífica entre as suas várias comunidades religiosas”, afirmou, durante a audiência pública semanal que reuniu dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro.

“Desde já saúdo com afeto o povo albanês e agradeço-lhe pelos preparativos desta visita. Peço a todos que me acompanhem com a oração, por intercessão de Nossa Senhora do Bom Conselho”, acrescentou o Papa.

A visita de domingo vai decorrer em Tirana e estão previstos sis discursos, que vão evocar a figura da Madre Teresa de Calcutá, de etnia albanesa, e a visita realizada a 25 de abril de 1993 por São João Paulo II.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, frisou que a iniciativa de Francisco visa prestar

 

 “homenagem a uma Igreja que sofreu o martírio durante o comunismo, com um regime que tinha declarado o ateísmo de Estado até na sua constituição”.

O sacerdote destacou ainda a importância que a viagem poderá ter em termos políticos e para “o encorajamento ao diálogo” entre as várias “confissões” religiosas presentes no país.

Esta será a quarta viagem internacional do Papa desde que foi eleito em março de 2013. Depois de se ter deslocado ao Brasil, para as últimas Jornadas Mundiais da Juventude, à Terra Santa (Jordânia, Israel e Palestina) e mais recentemente à Coreia do Sul, Francisco visita pela primeira vez uma nação do território europeu.

Na Albânia, a viagem é vista como uma opção pela “periferia” do Velho Continente. “Se falarmos do bem-estar material como o centro, então certamente a Albânia é uma periferia”, diz o arcebispo K. Rrok Mirdita, entrevistado pela Rádio Vaticano.

“O nosso país, no entanto, é rico de outros valores. Nós temos a 

 

 

 

 

 

 

população mais jovem do continente, apesar dos fluxos migratórios", especifica.

Para o prelado, “o Papa Francisco entra no continente europeu através do encontro com um povo que sofreu muito, mas que também tem muito 

 

a dar para a Europa”. O Papa será recebido por “uma Igreja que esteve sempre ao lado do povo”, num contexto que, hoje, leva a Albânia a ser “um modelo de coexistência religiosa”.

 

 

Líderes cristãos pedem intervenção humanitária no Iraque

O presidente da Conferência Episcopal do Iraque diz que uma intervenção contra o Estado Islâmico baseada apenas em bombardeamos aéreos “não é solução”. Numa entrevista publicada pela Rádio Vaticano, D. Louis Sako chama a atenção das Nações Unidas para esta matéria e recorda as “muitas” vidas inocentes que se poderão perder neste género de ofensivas.

“Não se pode ir assim, bombardear, às cegas ... muitas pessoas vão morrer, pessoas que não estão com o Estado Islâmico! Devemos, portanto, procurar uma solução mais adequada e salvar as vidas daquelas pessoas, não destruir as infraestruturas, as casas”, salienta aquele responsável.

A posição de D. Louis Sako foi secundada esta terça-feira, na sede das Nações Unidas em Genebra, na Suíça, numa declaração conjunta dos líderes das Igrejas cristãs do Médio Oriente. Os responsáveis das comunidades católicas e ortodoxas da região apelaram a uma intervenção “urgente” no Iraque, mas baseada nas “leis humanitárias internacionais”.

 

 

 

De acordo com o texto, enviado à Agência ECCLESIA, o grupo realçou ainda que “o Estado Islâmico é uma ameaça não só para os cristãos ou outros grupos religiosos e étnicos mas também para toda a sociedade, no Médio Oriente, e restante comunidade internacional”.

“Se não for fortemente condenada e eficazmente destruída, então a ideologia dos extremistas vai pôr em causa todo o sistema de direitos humanos, abrindo um precedente perigoso de indiferença em relação ao dever de proteger os mais vulneráveis”, pode ler-se.

 

 

 

Papa aprova canonização do padre José Vaz

 

O Papa aprovou a canonização do padre José Vaz, nascido na Goa portuguesa a 21 de abril de 1651, que foi missionário no Sri Lanka, onde morreu a 16 de janeiro de 1711. O Vaticano anunciou em comunicado que Francisco confirmou "os votos favoráveis” da sessão ordinária da Congregação para as Causas dos Santos em relação a este processo, sem exigir um novo milagre.

O sacerdote da Congregação do Oratório foi beatificado por São João Paulo II em janeiro de 1995, durante uma viagem ao Sri Lanka, que Francisco vai visitar em janeiro de 2015. O futuro santo José Vaz foi recordado, na sua beatificação, como “um grande padre missionário”, tendo vivido de forma pobre numa época de perseguição aos cristãos, apesar de ter nascido numa família da casta dos brâmanes.

O sacerdote foi preso e ajudou clandestinamente as comunidades católicas, celebrando Missa de noite, para além de ter traduzido o Evangelho para as línguas tâmil e o cingalês. Disfarçado de mendigo, o padre José Vaz conseguiu penetrar no Ceilão e instalar-se na região de Jaffna em 1687.

 

 

Por causa das perseguições, decidiu afastar-se das ‘terras dos holandeses’ e dirigir-se para o reino de Kandy, no interior da ilha, para continuar a sua missão, mas foi acusado de ser um espião português. Só ao fim de dois anos o rei de Kandy se convenceu da inocência do missionário e o autorizou a construir uma igreja.

Além do padre José Vaz, o Papa abriu caminho à beatificação da religiosa italiana Maria Cristina da Imaculada Conceição (1856-1906), ao aprovar a publicação de um decreto relativo a um milagre atribuído à sua intercessão.

A data da canonização será definida em reunião de cardeais, que vai ser convocada pelo Papa “proximamente”.

 

 

 

A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram a atualidade eclesial internacional nos últimos dias, sempre atualizados em www.agencia.ecclesia.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Papa encontrou-se com líderes judaicos

 

 

 

Audiência geral de 19 de setembro

 

A Vida é sempre um valor

O padre Vítor Feytor Pinto é, sem dúvida, uma figura pública de primeiro plano e um verdadeiro pastor, membro de uma Igreja que é «perita em humanidade». Desde muito cedo, esteve envolvido em grandes causas, apresentadas neste livro-entrevista de Octávio Carmo, chefe de redação da Agência Ecclesia.

Desde logo, ainda durante o Concílio Vaticano II, encontra-se em Roma, no Centro Internacional Pio XII, sede do Movimento «Por um Mundo Melhor». Tendo acompanhado os debates dos Padres conciliares, rapidamente se torna num dos seus divulgadores em Portugal, ao mesmo tempo que se entrega à Pastoral Juvenil. Depois, nos inícios da década de 1980, conclui um mestrado em Bioética e começa a sua longa imersão na Pastoral da Saúde, tendo sido coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde durante 28 anos! Neste âmbito, a sua ação pauta-se por uma enorme sensibilidade a favor da dignidade e da defesa dos direitos fundamentais de cada ser humano, mas também pela luta que travou em prol da humanização da saúde.

Em vésperas de celebrar o sexagésimo aniversário da sua ordenação sacerdotal, o padre Vítor continua a 

 
testemunhar-nos a mesma paixão dos começos: «Eu sei que a Igreja tem de estar metida dentro do mundo, portanto eu tenho de servir a Igreja, servindo o mundo. E, aí, o meu grande vade-mécum é a ‘Gaudium et spes’: dignidade humana, comunidade humana, atividade humana e família, vida económico-social, cultura, política, paz. É muito simples: os grandes valores estão sempre cá dentro, não posso sacrificá-los, nunca.»

Paulinas Editora

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os Desafios da Nova Evangelização

Este livro aborda diversas questões referentes ao tema da nova evangelização, tendo como guia o bispo de Lamego, D. António Couto, que participou do Sínodo que em 2012 refletiu esta questão essencial na Igreja Contemporânea tendo como seu resultado mais visível a exortação ‘Evangelii gaudium’.

D. António Couto, no seu estilo sempre profundo e poético, fala do antes, durante e depois do Sínodo, com um comentário especial à exortação do Papa Francisco.

Um livro com um tema de grande atualidade, que se destina a todos os cristãos e que vem enriquecer a coleção de livros já publicados por D. António Couto com a Paulus Editora.

 

 

 

 

II Concílio do Vaticano: Paulo VI utilizou duas vezes a palavra «colegialidade»

 

A cerimónia de abertura da terceira etapa do II Concílio do Vaticano (1962-65), realizada numa segunda-feira de manhã, na Basílica de São Pedro, deu “a prova palpável de que o concílio já mudou qualquer coisa na Igreja romana” (Henri Fesquet – O Diário do Concílio, Volume II, página 22). O autor da obra editada pelas publicações Europa-América afirma: “Que diferença entre a liturgia deste dia e a que inaugurara a primeira sessão! A solidão do Papa desapareceu em proveito de um coro de vinte e cinco prelados – um deles o bispo de Roma – que celebraram conjuntamente ao mesmo nível, com a mesma voz e quase os mesmos gestos, a Eucaristia”.

Os trabalhos conciliares da III etapa começaram com a celebração (14 de setembro de 1964) e o discurso do Papa Paulo VI. A concelebração estava em vigor no Oriente, mas tornou-se cada vez mais rara na Igreja latina desde o século XII. Restaurando-a, o II Concílio do Vaticano quis manifestar claramente a unidade do sacerdócio e o fim de um “certo estilo de piedade demasiado individualista”, (Henri Fesquet – O Diário do Concílio, Volume II, página 23).

Enquanto se alternava o canto do salmo 131 com o «Tu es Petrus» repetido pela assembleia, Paulo VI deu entrada na Basílica precedido pelos 24 concelebrantes. Para que os concelebrantes pudessem conservar-se ao mesmo nível em torno do Papa durante a missa foi necessário transformar completamente o «altar da Confissão», dominado pelas célebres colunas de Bernini. Momento particularmente significativo foi

   

 

 

 

 

 

 

 aquele em que as cinquenta mãos dos concelebrantes se estenderam simultaneamente sobre as três grandes hóstias e sobre o cálice antes da consagração, cuja fórmula foi recitada em comum.

Não foi indiferente o modo como o Papa Paulo VI falou de si mesmo. Ele mesmo diz que não é só o «chefe» do colégio apostólico, mas também o «irmão» de todos os bispos. O Papa recorda que o II Concílio do Vaticano, sem retirar o que quer que seja à doutrina do concílio anterior sobre prerrogativas do sucessor de Pedro, deve “completar o enunciado dessa doutrina e tornar públicas as prerrogativas constitucionais do episcopado”. (Henri Fesquet – O Diário do Concílio, Volume II). No seu discurso, Paulo VI citou a fórmula do Papa Gregório Magno evocada por ocasião de uma intervenção no decurso da sessão precedente: “A minha honra é a força dos meus irmãos” e disse aos bispos que eles são “os mestres, os pastores, os santificadores do povo cristão”,

 

 exprimindo-lhes o seu “respeito” e a sua “solidariedade”.

Paulo VI serviu-se duas vezes da palavra “colegialidade” a propósito da autoridade episcopal, tornando assim definitivamente legítima essa expressão “há pouco contestada por certos padres do concílio” (obra citada anteriormente). Finalmente, falando da “restauração da unidade” das igrejas e empregando a palavra “pluralismo”, Paulo VI saudou os observadores e os hóspedes não católicos, “sem se esquecer de fazer alusão às igrejas ortodoxas que julgaram não dever mandar os seus representantes”.

No início e no fim da cerimónia, Paulo VI foi transportado, como era usual, na «sedia gestatória», mas o modelo utilizado na circunstância, muito mais simples que de costume, não se apresentava cercado de «flabelos».

 

LFS

 

 

Setembro 2014

Dia 19

* Lisboa - Fundação Calouste Gulbenkian - Colóquio de homenagem a frei Bento Domingues

* Macau – Catedral - Atuação do coro da Capela Sistina do Vaticano.

* Inglaterra – Cantuária - Jogo solidário de críquete entre equipa católica e anglicana.

* Lisboa - Seminário dos Olivais - Reunião da Comissão Preparatória do Sínodo Diocesano.

* Lisboa - Igreja de São Nicolau - Almoço-debate da Associação de Juristas Católicos com intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa sobre «O que tem o jurista católico a dizer no diálogo social dos nossos dias?».

* Lisboa - Cascais - Casa das Histórias Paula Rego - Congresso sobre «Investir na família construir o futuro» promovido pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (19 e 20).

* Porto – Avessadas - Encontro de espiritualidade sobre «À descoberta de si» orientado pelo padre Alpoim Portugal.

 

 

 
Dia 20

* Viana do Castelo - Abertura do Ano Pastoral e início do projecto pastoral diocesano para 3 anos tendo como referência a figura do beato Bartolomeu dos Mártires.

* Bragança – Mirandela - As Edições Salesianos organizam o evento E-vangelizar, atividade formativa destinada a animadores, catequistas, consagrados, professores e demais agentes evangelizadores que procuram melhorar as suas competências no anúncio da Boa Nova.

* Fátima - Peregrinação nacional dos Passionistas.

* Fátima - Reunião da Cáritas Portuguesa -

* Leiria - O Departamento do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima orienta uma visita pelo património religioso de Leiria.

* Bragança - cripta da Catedral - Encontro de movimentos de espiritualidade e novas comunidades eclesiais que visa o diálogo e a partilha sobre as melhores estratégias de viver na diocese o Evangelho de Cristo.

 

 

 

 

 

 

 

 

* Beja - Centro pastoral - Encontro diocesano de catequistas com o tema «Caminhar na caridade com alegria!».

* Guarda - Seminário da Guarda - Encontro de padres responsáveis pela catequese a nível arciprestal.

* Lisboa – Cascais - Terço vivo organizado e dinamizado pelos campos de Férias Milonga e Cravas para comemorar a visita que a imagem peregrina fez à vigararia de Cascais.

* Fátima - Centro Pastoral Paulo VI - III Jornadas Nacionais da Pastoral Juvenil e Jornadas Missionárias 2014 com o tema «Família um projeto». (20 e 21)

 

Dia 21

* Albânia - O Papa Francisco realiza uma viagem à Albânia

* Porto - Jardins do Palácio de Cristal - Encerramento da Feira do Livro que teve a presença de várias editoras católicas.

* Dia Internacional de Oração pela Paz promovido pelo Conselho Mundial das Igrejas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dia 22

* Beja - Centro Pastoral - Reuniões do clero para refletir sobre o plano pastoral e sinodal para 2014-2015 e a reestruturação pastoral da cidade de Beja.

 

Dia 23

* Viseu - Centro Pastoral - Reunião da Obra Nacional da Pastoral do Turismo

 

Dia 24

* Lisboa - Auditório da Igreja de São João de Deus - Apresentação do livro «Filhos... de quem? - O futuro que nos espera» da autoria de do padre Stefano Tardani e com a chancela da Paulus Editora.

* Porto - Convento de Cristo-Rei - Colóquios sobre «A Família tem futuro?» promovidos pelo Instituto São Tomás de Aquino. (24 a 26)

* Fátima - Encontro nacional do Movimento Vida Ascendente (24 a 26)

 

 

 

 

 

 

 

 

Curso de Mariologia – Fátima

A partir de hoje e até ao dia 18 de dezembro no Santuário de Fátima decorre um curso de Mariologia com o tema «Maria no mistério de Cristo e da Igreja»
Este curso insere-se no contexto da licenciatura em Ciências Religiosas da Universidade Católica Portuguesa e é aberto a todos os interessados, todas as quinta-feiras, das 18h às 19h15, no centro Paulo VI.
 

Congresso Português das Famílias Numerosas

Dias 19 e 20 de setembro a casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, vai acolher o III Congresso Português das Famílias Numerosas, sendo o VII Congresso Europeu.

O tema “Investir na família, construir um futuro” estará no tema da reflexão destes dois dias que contam com vários oradores, sendo uma organizado pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas.

 

Jornadas da Pastoral Juvenil e Missionárias -

As Jornadas da Pastoral Juvenil/Jornadas Missionárias 2014 vão decorrer entre sábado e domingo, numa reflexão conjunta sobre o tema “Família, um projeto”, em sintonia com a próxima assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos (5-19 de outubro).

 

Papa Francisco visita a Albânia 

Este domingo o Papa Francisco vai fazer uma breve visita a Tirana, na Albânia. “Com esta breve viagem desejo confirmar na fé a Igreja na Albânia e testemunhar o meu encorajamento a um País que sofre há muito as consequências de ideologias do passado”, disse Francisco.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00

RTP1, 10h00

Transmissão da missa dominical

 

11h00 - Transmissão missa

 

12h15 - Oitavo Dia

 

Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã;  12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida.

 
RTP2, 11h22

Domingo, dia 21 de setembro: Origens e estrutura da diocese do Funchal

 

RTP2, 15h30

Segunda-feira, dia 22 - Entrevista a Monsenhor Vitor Feytor Pinto e a Octávio Carmo, a propósito do livro-entrevista A Vida é Sempre um Valor;

Terça-feira, dia 23 - Informação e entrevista ao Cónego João Aguiar sobre as Jornadas Nacionais de Comunicação Social;

Quarta-feira, dia 24 - Informação e entrevista a Matos Ferreira e Octávio Carmo sobre o número especial do Semanário Ecclesia;

Quinta-feira, dia 25 - Informação e entrevista a Jorge Cotovio sobre a abertura do ano escolar e a Peregrinação da Escola Católica a Fátima;

Sexta-feira, dia 19 - Apresentação da liturgia de domingo pelo padre Armindo Vaz e frei José Nunes.

 

Antena 1

Domingo, dia  21 de setembro,  06h00 - Jornadas da Pastoral Juvenil e Jornadas Missionárias: conversamos com as missionárias Cláudia Duarte, Carina Silva e com o padre António Lopes.

 

Segunda a sexta-feira, 22h45 - 22 a 26 de setembro - 22 a 26 de setembro - "Uma rede de pessoas": Comunidade Vida e Paz (Margarida Alves); Diocese de Angra (Carmo Rodeia); Jornadas das Comunicações Sociais (Cónego João Aguiar); União das Misericórdias Portuguesas (Bethania Pagin) e Diocese de Bragança-Miranda (P. José Carlos Martins)

 

 

 

Que missão tem o Papa?

 

 

 

 

 

 

 

 

Ano A – 25º domingo do Tempo Comum

 
 
 
 
 
 
 
Converter-se a Deus, viver em Cristo
 

As leituras bíblicas deste 25.º Domingo do Tempo Comum convidam-nos a procurar e a descobrir Deus cujos caminhos e pensamentos estão acima dos nossos. Essa descoberta implica a renúncia aos esquemas do mundo e a conversão às propostas de Deus.

Tudo isto está bem explícito na primeira leitura de Isaías. Os crentes são chamados a voltar para Deus, um movimento que exige transformação radical, de forma a que os seus pensamentos e ações reflitam a lógica, as perspetivas e os valores de Deus.

Trata-se de um apelo à conversão, a reequacionar a vida, de modo a que Deus passe a estar no centro da nossa existência. Deus deve ocupar sempre o primeiro lugar. Tudo o resto, por importante que seja, é secundário.

Sabemos que a cultura pós-moderna prescinde de Deus, considerando o homem como único senhor do seu destino e cada pessoa com o direito de construir a sua felicidade à margem de Deus e dos seus valores, entendendo que os valores de Deus não permitem ao homem potencializar as suas capacidades e ser verdadeiramente livre e feliz. A questão deve inquietar-nos sempre: O que é que nos faz passar da terra da escravidão para a terra da liberdade? O amor, a partilha, o serviço, o dom da vida, ou o egoísmo, o orgulho, a arrogância, a autossuficiência?

Só poderemos converter-nos a Deus se abraçarmos os seus esquemas e valores, se nos mantivermos em comunhão com Ele. É na escuta da Palavra de Deus, na oração frequente, na atitude de disponibilidade para acolher a vida de Deus, na entrega confiada nas mãos de Deus, que descobrimos e assumimos os seus valores. 

 

 

 

 

 

 

 

Assim, a ação de Deus vai transformando a nossa mentalidade, de modo a vivermos e testemunharmos Deus nas várias situações que nos habitam.

A conversão é um processo nunca acabado. Não é demais repetir que todos os dias temos de optar entre os valores de Deus e os valores do mundo, entre conduzir a nossa vida de acordo com a lógica de Deus ou de acordo com a lógica do mundo. Não podemos cruzar os braços, instalados em certezas definitivas ou em conquistas absolutas, mas devemos esforçar-nos por viver cada instante em fidelidade dinâmica a Deus e 

 

às suas propostas. Sem preconceitos, sem certezas absolutas, temos de mergulhar no infinito de Deus, e deixarmo-nos surpreender pela pela sua bondade, pelo seu amor.

À luz da parábola dos vinhateiros no Evangelho, ninguém pode ser excluído da procura e da descoberta de Deus em Jesus Cristo. Ou, no dizer de São Paulo, há que levar toda a existência centrada em Cristo, pois «viver é Cristo, procurando somente viver de maneira digna do Evangelho de Cristo».

 

Manuel Barbosa, scj

www.dehonianos.org

 

 

Sobreviver no Iraque

As palavras são impotentes para descrever tanta crueldade. Do Iraque chegam-nos relatos trágicos de uma violência gratuita que está a abater-se sobre os Cristãos e a outras minorias religiosas no país. Nos territórios ocupados pelos jihadistas do Estado Islâmico, foi instaurado um “califado”. Os Cristãos que não se converterem ao Islão ou não pagarem um imposto, estão condenados à morte.

“N” de nazareno - Antes de obrigar a escolher entre a conversão imposta, a fuga ou a morte, os extremistas islâmicos marcaram todas as casas dos cristãos com o símbolo ? , muitas vezes escrito com um círculo.

Nun (?), é a 14ª letra do alfabeto árabe e equivale ao N, no nosso alfabeto. É a primeira letra da palavra ‘Nazarenos’, que os muçulmanos usam desde o Séc. VII para se referirem aos cristãos. Esta letra do alfabeto árabe, tem sido pintada na fachada das casas pertencentes a cristãos, e na fachada das casas xiitas, a letra 'R', que significa Rwafidh (protestantes ou aqueles que rejeitam). A fama da violência bárbara que precede estes jihadistas, que fazem questão de mostrar vídeos 

 

e fotos de execuções sumárias que levam a cabo nas suas ofensivas militares, obrigou os cristãos a fugir.

Milhares de pessoas perderam tudo de um dia para o outro. As suas vidas sofreram um verdadeiro terramoto. Agora dependem exclusivamente da ajuda humanitária. 

Regina Lynch não se vai esquecer do sentimento de impotência e de desespero que encontrou entre os refugiados. "As pessoas estão traumatizadas porque aconteceu tudo muito rápido. Os Cristãos em Mossul, por exemplo, achavam que o exército do Governo ia protegê-los. Foi um choque para eles." Sem exército nem milícias, os Cristãos não têm ninguém a acudi-los. Apenas a Igreja procura ajudá-los, mas é como tentar conter uma enxurrada. Todos os dias aparecem mais e mais famílias destroçadas, incapazes de voltar atrás, de recordar os momentos de terror por que passaram, descalços, caminhando quilómetros sob o sol abrasador, sem água, sem alimentos.

Depois de Mossul, foi a vez de Kirkuk cair nas mãos dos jihadistas. Em todos os lugares ocupados pela força, deixaram sempre um rasto de 

 

 

 

 

 

 

violência. É difícil imaginar tanta atrocidade. É uma guerra de terror. Os jihadistas fazem questão de mostrar o que são capazes de fazer  para fragilizarem ainda mais os inimigos.

 

 

Os Cristãos do Iraque precisam da nossa ajuda agora! Precisam de saber que nós não os abandonámos. Com a nossa oração e generosidade podemos minorar o sofrimento dos Cristãos no Iraque.

 

 

 

 

Guiné-Bissau a renascer

Tony Neves

 
 

A Guiné-Bissau é um país de gente querida e simpática, com grande capacidade de acolher e muita alegria de viver. Mas é muito pobre, como dizem claramente todos os números do Índice de desenvolvimento Humano que as Nações Unidas publicam ano após ano.

A esta pobreza estrutural junta-se a instabilidade política quase constante. Tem sido um país vitimado por golpes e contragolpes de Estado, com mudanças sucessivas de governos. Esta situação agrava cada vez mais a vida do povo.

Nos últimos tempos, surgiram rumores de que este país lusófono se tornara placa giratória do tráfico internacional de droga. Era só o que havia de faltar. Verdade ou mentira, esta situação tornou o país ainda mais pobre e desacreditado no concerto das Nações.

Há um ano, os governantes da nação, acharam por bem introduzir à força dentro de um avião da TAP, passageiros ilegais. Tal fez rebentar uma tremenda questão diplomática que levou a TAP a não voar mais para Bissau, situação que se pensa resolver em breve, mas ainda está sem solução.

Enfim, todas estas desgraças não abafam a simpatia de um povo que quer renascer de um passado marcado por acontecimentos muito negativos. Há uma vontade política, da parte de alguns líderes guineenses, para mudar esta situação atual.

No mês de Agosto, um grupo de Jovens Sem Fronteiras esteve em Missão em Bissau, sobretudo nas periferias da cidade. Atuaram nas áreas 

 

 

 

 

 

Luso Fonias

 

 

 

 

 

sensíveis da Saúde, da Educação, dos Direitos Humanos, da Informática, da Música, da Pastoral. Regressaram muito felizes com a forma como foram acolhidos e ao verificar como a Igreja é a grande instituição social ao serviço do povo. É muito gratificante fazer esta experiência de ser acolhido

 

 e de sentir que as pessoas têm sede de conhecer mais para fazer melhor.

As próximas eleições poderão ajudar a abrir caminhos novos ao povo guineense. Espero que os tempos que se seguem sejam de mais desenvolvimento e paz, elementos decisivos para o crescimento económico e para a paz social.

 

 

“Pode ouvir o programa Luso Fonias na rádio SIM, sábados às 14h00, ou em www.fecongd.org. O programa Luso Fonias é produzido pela FEC – Fundação Fé e Cooperação, ONGD da Conferência Episcopal Portuguesa.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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