Apresentação

Siglas e Abreviaturas

Sugestões


João, Evangelho de (Jo)
O 4.º Evan­gelho distingue-se dos três sinópticos, não só por omitir temas importantes (infância, tentações e transfiguração de Jesus, ensino em parábolas, instituição da Eucaristia…) e incluir outros (bodas de Caná, ensino por alegorias, discursos do Pão da Vida e da Ceia, longos diálogos com a Samaritana e Nicodemos, res­surreição de Lázaro, lava-pés…), mas sobretudo pela profundidade teo­ló­gica do anúncio que faz de J. C. como Messias, Filho de Deus, enviado do Pai para salvação dos homens, e pelo significado sotereológico (de salvação) que descobre nos gestos de Jesus (cha­mando “sinais” aos milagres). O esque­ma adoptado (prólogo, revelação de Jesus ao mundo, revelação aos discípulos, paixão, morte e ressurreição), em­bo­ra com afinidades com os sinópticos, quase ignora o ministério na Galileia, para o concentrar na Judeia, onde passou três Páscoas. A tradição é unânime em atribuir este Evangelho a João, Apóstolo, irmão de Tiago e filho de Ze­bedeu, que a si mesmo se identifica como “o discípulo predilecto de Jesus”. Os especialistas modernos, duvidan­do de que um pescador da Galileia tivesse podido escrever com tanta profundidade este Evangelho, aventuram várias hipó­teses, entre as quais a de que discípulos seus tenham passado a escrito, com bastante liberdade, não só as recorda­ções e reflexões do Após­tolo, mas também as tradições das comunidades animadas pela sua prega­ção. A liturgia faz grande uso deste Evangelho, sobretu­do no ciclo da Pás­coa, na missa do dia de Natal (Prólogo) e em outras celebrações festivas e feriais. V. Evangelho(s).


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