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justiça |
| É a segunda das *virtudes cardeais. Consiste em dar a cada um o que lhe é devido. A j. para com Deus tem o nome de virtude da religião, a mais nobre das virtudes morais. São actos desta virtude: a devoção (entrega generosa às coisas de Deus), a oração, a adoração, o sacrifício, as ofertas ou oblações, o voto ou promessa, o juramento e a invocação do santo Nome de Deus. A j. para com as outras pessoas traduz-se nas seguintes virtudes morais: a observância (honrar as pessoas constituídas em autoridade, com as formas especiais de dulia e hiperdulia relativamente aos santos e a N.ª Senhora, e da obediência aos legítimos superiores); a gratidão, o justo castigo, a veracidade, a amizade ou afabilidade, a liberalidade, a equidade e a epiqueia (cumprimento da lei mais segundo o espírito do que segundo a letra). São pecados contra a virtude da religião: a idolatria, a superstição, o perjúrio, o sacrilégio, a simonia…; e contra a justiça para com o próximo: a desobediência, a ingratidão, a crueldade, a mentira, o roubo, a avareza… A j. é virtude particularmente exigente. O perdão dos delitos e pecados contra ela pressupõe a reparação dos danos causados. Com frequência, a Bíblia identifica justiça com santidade, p.ex., na quarta bem-aventurança: «Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.» O dom do Espírito Santo que aperfeiçoa a virtude da justiça é o da *piedade, que desperta no coração do homem justo o sentido da filiação divina e da fraternidade universal. |
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