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Lectio divina |
É uma forma aprofundada de oração, a partir da leitura da Sagrada Escritura, que exige disponibilidade de tempo e de espírito. Não admira por isso que tenha surgido nos mosteiros, promovida por grandes mestres da espiritualidade, como Sto. Agostinho, S. Jerónimo, S. Gregório Magno e outros. Floresceu até à Idade Média. Com o gosto da especulação teológica resfriou nos conventos a sua prática e, por altura da Contra-Reforma, quase desapareceu, pelos temores, na Igreja, do livre exame da Bíblia, praticado pelos protestantes. Reacendeu-se o interesse por ela em meados do séc. XX, sobretudo com o Conc. Vat. II, que, na Const. dogm. *Dei Verbum (n. 25), recomenda a leitura assídua da Escritura em clima de oração. A lectio divina inicia-se, como toda a oração, pela preparação do ambiente exterior e interior, avivando a fé e invocando o Espírito Santo: a) lê-se, em primeiro lugar, a sós ou em grupo, uma passagem do Escritura, eventualmente introduzida ou explicada por alguém competente; b) segue-se um tempo de *meditação, que é um aprofundamento do sentido do que se leu, apelando à inteligência, à memória, à imaginação e ao desejo, eventualmente com a partilha da palavra; c) à medida que se vai escutando o que Deus diz, o fiel responde com a *oração, que pode ser de arrependimento, de acção de graças, de intercessão, de súplica ou de louvor; d) na medida da graça do Espírito Santo, esta oração desabrocha em saborosos momentos de *contemplação, que tornam mais viva e íntima a comunhão com Deus, e predispõe a alma para uma vida mais santa e mais activa na realização do Reino de Deus. |
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