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Liturgia das Horas |
1. Noção. É a santificação das horas do dia pela oração oficial (*Ofício Divino) que a Igreja, em união com J. C. e animada pelo Espírito Santo, eleva à SS. Trindade. Instruídos pelo exemplo e ensinamentos de J. C., os primeiros cristãos «eram assíduos… às orações» (Act 2,42). Com o decorrer dos tempos, a Igreja foi santificando as principais horas do dia pela oração dos Salmos e leituras bíblicas, recorrendo assim à própria palavra de Deus. Desta maneira preparava e prolongava a celebração do Mistério Pascal, completando a Missa de cada dia. Embora oração de todo o povo, a celebração da L. H. passou a ser especial obrigação dos sacerdotes e outros consagrados, fazendo parte do seu “ofício” exercido em nome da Igreja. O livro do *Ofício Divino ou da L. H., também chamado *Breviário, sofreu, ao longo dos séculos, diversas alterações, a última das quais determinada pelo Conc. Vat. II (SC 87-111), com a preocupação de simplificar, enriquecer e variar a sua celebração, tendo ainda em conta as actuais circunstância da vida do clero e dos fiéis. 2. Quanto à estrutura, a L. H. é constituída: a) por duas Horas principais, *Laudes, no início do dia, e *Vésperas, ao entardecer. Suprimida a Hora de Prima, manteve-se a de *Completas como oração do fim do dia; b) *Matinas, com a índole de louvor nocturno quando em coro, mas adaptadas como oração meditativa a qualquer hora do dia; e c) as três tradicionais Horas de *Tercia, *Sexta e *Noa, de que se pode optar por uma única (Hora Intermédia) na recitação fora do coro. Os Salmos (acrescidos em certos casos de Cânticos do AT ou do NT), enquadrados por antífonas, formam o núcleo central das Horas; estas abrem com o Hino e incluem leituras da Escritura e da Tradição em Matinas, e de leituras breves da Escritura nas restantes Horas; cada leitura é depois iluminada pelo Responsório; Laudes e Vésperas terminam com Preces (invocações e súplicas, respectivamente) concluídas pelo *Pai-Nosso (completando com o da Missa as tradicionais três recitações oficiais da Oração Dominical), e pela Oração Conclusiva. 3. A tradução portuguesa da L. H. encontra-se editada pela Conferência Episcopal em quatro volumes (Advento-Natal; Quaresma-Páscoa; e dois do Tempo Comum). Na Const. ap. Laudis Canticum (1.11.1970) que promulgou a nova L. H., anuncia-se a publicação de um “Leccionário” complementar com leituras optativas. O vol. I da L. H. inclui, além da referida Const. ap., a “Instrução Geral da Liturgia das Horas”, a “Tabela dos Dias Litúrgicos” e o “Calendário Litúrgico” com o Próprio de Portugal. |
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