|
mal |
| É tudo o que se opõe ao *bem, e, portanto, ao ser e à perfeição do ser. O m. pode ser metafísico, físico ou moral. A experiência do m. levanta um dos mais angustiantes problemas. Para lhe encontrar resposta, os antigos admitiam a existência de dois princípios transcendentes, o do bem e o do mal, lutando entre si e envolvendo o homem na luta. No AT, o livro de *Job é a mais profunda reflexão sobre o m. causador de sofrimento, embora não chegando a explicá-lo. Só à luz da revelação cristã e na leitura do AT (Gn) se tem a resposta. A introdução do m. no mundo resultou do mau uso da liberdade, o bem precioso concedido por Deus ao homem para que o pudesse verdadeiramente servir e amar. Segundo a narrativa do Génesis, os nossos primeiros pais, tentados pelo *Maligno, num momento de orgulho, desobedeceram ao Criador. Foi o chamado *pecado original, de que resultou a perda da “justiça original” e um profundo desequilíbrio entre a razão e os sentidos, abrindo as portas ao mal e ao sofrimento. Mas, existente no tempo, o homem podia arrepender-se, e na sua grande *misericórdia, Deus proporcionou-lhe a salvação, que foi operada maravilhosamente pelo sacrifício de seu Filho (*mistério pascal). Assim, o sofrimento causado pelo mal, suportado em união com os sofrimentos redentores de J. C., tornou-se instrumento de vitória sobre o próprio m. e de salvação eterna. |
É expressamente interdita a cópia, reprodução e difusão dos textos desta edição sem autorização expressa das Paulinas, quaisquer que sejam os meios para tal utilizados, com a excepção do direito de citação definido na lei. |
