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mártires, martírio |
Eram mártires (do gr. = testemunhas), inicialmente, as testemunhas oculares da vida de J. C. O nome passou depois a designar os fiéis que testemunhavam heroicamente a sua fé, acabando por se reservar aos que davam a vida por fidelidade ao Senhor Jesus. O número dos m. foi pequeno nos primórdios da Igreja (os Act registam os martírios de S. Estêvão e de S. Tiago). Aumentou consideravelmente com as perseguições movidas pelos imperadores romanos a partir de Nero e sobretudo no tempo de Diocleciano, sem contudo chegar a multidões. Ao longo da história da Igreja sempre se registaram m. Consta que o século de maior número de m. foi o séc. XX, vítimas sobretudo de regimes políticos totalitários ateístas e de massacres de populações cristãs em conflitos étnico-religiosos. O culto dos m. data dos primórdios da Igreja e desenvolveu-se com a paz de Constantino, chegando a expressões que raiaram a superstição, sobretudo pelo culto e comércio das relíquias. Quando cessaram as perseguições dos primeiros séculos, as diversas expressões da vida consagrada (*padres do deserto, *cenobitismo, *monaquismo…) foram consideradas, em certo sentido, sucedâneas do martírio. |
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