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missões populares |
Também chamadas sagradas missões ou missões ad intra, para as distinguir das *missões ad gentes (em terras de infiéis), são uma forma especialmente eficaz de *pregação (CDC 770) destinada a reavivar a fé e vida cristã dos baptizados e a renovar as comunidades paroquiais. Trata-se de uma forma de pastoral extraordinária, complementar da pastoral ordinária. Mais ou menos sempre existiu na vida da Igreja, mas teve particular desenvolvimento a seguir ao Conc. de Trento, para defender as comunidades católicas da heresia (sobretudo protestante) e de as fazer sair da letargia espiritual em que se encontravam. Providen-cialmente surgiram nos sécs. XVI-XVII santos fundadores de institutos que se dedicaram a tais missões, como S. Vicente de Paulo, fundador da Congregação da Missão (1625), e Sto. Afonso Maria de Ligório, fundador dos Redentoristas (1732), para citar somente os que presentemente mais se dedicam às m. p. em Portugal (sem esquecer os Franciscanos, Monfortinos, Picpussianos e outros). Nas suas linhas gerais, as m. p. desenvolvem-se em três fases: 1) a pré-missão, destinada a sensibilizar os destinatários e a preparar os missionários (padres, religiosas e leigos, de fora, a que se juntam outros recrutados na comunidade a evangelizar); 2) a missão, de cerca de duas semanas de intensa actuação evangelizadora, dando grande importância aos contactos pessoais e à diversidade dos públicos (adultos, jovens, crianças, doentes, famílias...), visando a sua conversão e integração dinâmica na vida da paróquia; 3) a pós-missão para avaliação e reanimação, ao longo de 1 a 3 anos. Mais recentemente, passou a fazer parte da dinâmica das m. p. a constituição de grupos de vizinhos, que se reúnem periodicamente animados por um catequista, prolongando os resultados das m. p. (aos quais os Redentoristas chamam “assembleias familiares cristãs”, e os Vicentinos “comunidades familiares de caridade”). |
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