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Monofisismo |
Heresia surgida na Igreja do Oriente quando a teologia cristológica ainda estava mal definida. Opondo-se ao *Nestorianismo (que afirmava haver em J. C. duas pessoas, a divina e a humana, o que foi condenado pelo Conc. de Éfeso, 431), Eutiques, arquimandrita dum mosteiro de Constantinopla, defendeu que, havendo uma só pessoa em J. C., também devia haver uma só natureza, admitindo que a humana fora absorvida pela divina. A discussão foi turbulenta e a questão só foi definitivamente resolvida no Conc. de Calcedónia (451), que definiu haver em J. C. duas naturezas, a divina e a humana, subsistindo na única pessoa divina do Verbo incarnado. Esta definição não convenceu diversas comunidades, que continuaram a aderir ao M., algumas até hoje. Tempos depois, o patriarca Sérgio de Constantinopla, na boa intenção de congraçar os monofisitas, proclamou que em J. C., embora havendo duas naturezas, só havia uma vontade, pela identificação perfeita da vontade humana com a vontade divina, o que ficou conhecido na história das heresias por Monotelismo. Mais que heresia, tratava-se de afirmação equívoca, porquanto da identificação do querer de Jesus com o querer divino é compatível com a existência nele de duas vontades ontologicamente distintas. A questão ficou esclarecida no III Conc. de Constantinopla (681). |
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