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monoteísmo |
Sendo Deus o Ser supremo, é necessariamente único. No entanto, a crença num Deus único, que hoje nos parece evidente, só surge na Antiguidade com o povo judeu, por volta do séc. VI a.C. Aliás, o uso da palavra m. é relativamente recente (séc. XVI). Crê-se hoje que os Hebreus originalmente não diferiam, em matéria religiosa, dos povos seus contemporâneos. Com a libertação do Egipto por Moisés e a Aliança do Sinai (que o comprometia a prestar culto somente a Javé), passou a praticar a *monolatria, o que não o impediu de acreditar na existência de outros deuses inferiores e até de cair, em certos períodos da sua história, num sincretismo religioso (p.ex, nos reinados de Salomão e de Acaz). O m. só se afirmou na sua pureza séculos depois, entre os judeus regressados da dura prova do exílio da Babilónia, graças às reformas religiosas de alguns reis (Ezequias e Josias) e à persistente acção educativa dos profetas pós-exílicos. Estava assim preparada a manifestação suprema do Deus único revelado por J. C., que é, com o Pai, no Espírito Santo, um só Deus. A *Trindade das pessoas divinas, conforme J. C. revelou, é compatível com a unicidade de Deus. O m., entrevisto especulativamente por grandes filósofos gregos, é hoje vivido por Judeus, Cristãos e Muçulmanos. V. Trindade, SS. |
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