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Ortodoxos |
Etimologicamente são os que professam a doutrina verdadeira. Na história eclesiástica, este nome reserva-se aos fiéis da Igreja Bizantina, que se separou da Igreja de Roma, primeiro com o cisma de Fócio (séc. IX) e em termos definitivos no tempo do patriarca de Constantinopla, Miguel Cerulário que, declarado herege pelo legado do Papa, acusou a Igreja de Roma de herética (15.7.1054). Também se consideram Ortodoxos os fiéis (chamados melquitas) dos patriarcados de Alexandria, Antioquia e Jerusalém, a que mais tarde se juntaram outras Igrejas da Europa de Leste. É de referir que os vários patriarcados são autónomos e nem sempre se encontram em sintonia. Chamam-se uniatas as Igrejas e os fiéis que regressaram à união com a Igreja Católica. Para a separação dos O. contribuíram, além de erros de uma e outra parte (para os quais o Papa já pediu publicamente perdão), factores políticos e diferenças de língua, de cultura, de ritos litúrgicos e de disciplina, sem que tenha havido ou haja ainda diferenças substanciais de doutrina. Apesar da separação, a Igreja Católica manifesta grande estima por estas “Igrejas irmãs” e reconhece a sucessão apostólica dos seus bispos e a validade dos sacramentos nelas administrados; e aceita que, em caso de necessidade, aos sacramentos da Eucaristia, da Penitência e da Unção dos Doentes administrados por sacerdotes ortodoxos, sejam admitidos fiéis católicos, e vice-versa. Na procura da unidade perdida (*ecumenismo), a Igreja Católica vê sobretudo nas Igrejas Ortodoxas valores necessários à revitalização do Cristianismo Universal hoje ameaçado pelo processo de laicização. |
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