Apresentação

Siglas e Abreviaturas

Sugestões


perfeição
Em sentido comum, é tudo aquilo que se encontra plenamente rea­li­zado no ser ou no agir, com o que isso traz de verdade, bondade e beleza. 1. Per­feição cristã. Na palavra de J. C., todos são chamados à mais alta per­fei­ção: “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48), palavra esta explicitada por S. Paulo: “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1Ts 4,3; cf. Ef 1,4), que se faz eco da repetida exortação do “Código da San­tidade” do AT: “Sede santos, porque Eu (Deus) sou santo” (Lv 19,1…). Deus tornou-se para nós modelo acessível de santidade em J. C. Ser perfeito, ser san­to, é, pois, imitar J. C., acolher a sua pala­vra, seguir os seus passos, viver sob a acção do seu Es­pí­ri­to. A medida da per­feição é a mesma da santidade, a saber, o grau de caridade, virtude teologal que nos leva a amar a Deus e ao pró­ximo com um amor que nos assemelha e identifica com o próprio Deus, que é caridade (1Jo 4,16; cf. 4,7-19). Em termos práticos, procurar a perfeição implica: 1) libertar-se de tudo que é *peca­do; 2) cumprir com ânimo crescente a vontade de Deus, expressa nos Man­damentos, pelo exercício das virtudes cristãs, em especial as que J. C. mais expressamente propôs: “aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29); 3) viver, dentro dos condicionalismos próprios do estado de cada um, os conselhos evangélicos, que a tradição cristã sintetizou em três: pobre­za, obe­diên­cia e castidade. (V. santificação, meios de). 2. Estado de perfei­ção. É a con­dição de vida de quem, por especial vocação, se dispôs a seguir mais de perto o género de vida de J. C. (abra­çado por Maria e não poucos santos), pela “pro­fissão pública”, regulada pela Igreja, dos referidos conselhos evan­gé­licos. É o caso dos membros dos *institutos de vida consagrada, que actual­men­te se con­cre­tizam sobretudo nos *institutos religiosos e nos *insti­tutos seculares (CDC 573-730). Tal con­­di­ção de vida, não só favorece o traba­lho de santificação pes­soal dos consa­grados, mas ainda contribui gran­demen­te para a santificação alheia e o progres­so da Igreja.


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