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pluralismo |
Sistema que afirma o primado do múltiplo sobre o uno, nos campos da filosofia, da teologia, da política, do social, dos costumes, da moral e do religioso. Numa visão global da história da cultura, ao monismo oriental sucedeu o dualismo grego e, mais tarde, a partir da Renascença, o pluralismo moderno. Com este deram-se por obsoletos os ideais do Império e da Cristandade, e abriram-se as portas à plena liberdade de pensamento e acção, à tolerância e a um relativismo que dá prevalência à opinião sobre a verdade. Tal situação reflecte-se na maneira da Igreja estar presente no mundo moderno, do que são sintomas: a aceitação da laicidade do Estado, o encómio da liberdade religiosa, o diálogo ecuménico e inter-religioso, a “nova evangelização” visando mais as convicções do que a prática religiosa, etc. É certo que, no campo da teologia, a Igreja sempre admitiu um certo pluralismo, sobretudo de escolas (teologia oriental e ocidental, augustinianismo, tomismo, suarismo…), desde que assegurada a unidade da fé; mas hoje tem de enfrentar novos problemas, como o de uma opinião pública no seio da própria Igreja e maior liberdade pedida pelos teólogos. Do ponto de vista pastoral, os problemas não são menos graves: uma conjuntura cultural que dificulta a vida cristã dos fiéis nos países de velha cristandade, a escassez das vocações para os ministérios ordenados e vida consagrada, a agressividade das seitas e correntes religiosas e de espiritualidade, a quebra do dinamismo missionário, sobretudo frente aos avanços das seitas, das novas correntes de espiritualidade (cf. *New Age) e do Islamismo… Para enfrentar tais dificuldades, a Igreja tem de começar por se renovar a ela mesma e readquirir um forte dinamismo apostólico. O Conc. Vat. II foi um grande passo nesse sentido. Têm sido dados outros: as assembleias do Sínodo dos Bispos reflectidas nas Exortações apostólicas pós-sinodais; a revisão do Código de Direito Canónico; as viagens apostólicas dos últimos Papas; os progressos nas vias do ecumenismo… É necessário que todo este esforço se repercuta nas Igrejas particulares, de forma a passarem de uma pastoral de conservação, próxima do esgotamento, a um novo dinamismo apostólico, nacional e universalmente coordenado. |
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