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pobres, pobreza |
1. Como estado social, a pobreza de muitos pobres, em contraste com a riqueza de poucos ricos, reflecte uma situação de injustiça a que as sociedades e os Estados devem pôr cobro, proporcionando a todos uma educação de base, e promovendo uma ordem social e económica mais justa. A *Doutrina Social da Igreja, desde os seus primórdios (RN, 1891) enfrentou a pobreza imerecida das populações proletárias, e toda ela se norteia pela afirmação e defesa da dignidade humana e pela promoção do bem comum alicerçado na justiça e na solidariedade, com uma equitativa distribuição dos bens, não só dentro de cada comunidade política mas também no conjunto de todos os povos do mundo. 2. Como atitude religiosa. A estadia do homem neste mundo é passageira, pois ele é peregrino a caminho da Pátria Celeste. Não deve, pois, apegar-se aos bens perecíveis deste mundo, para mais livremente procurar os bens imperecíveis que asseguram a felicidade eterna. Este desprendimento foi proclamado por J. C. na primeira das *bem-aventuranças (Mt 5,3), que pode existir mesmo em pessoas detentoras de grandes riquezas, se delas fizerem bom uso. 3. Voto de pobreza. É um dos três votos que fazem as pessoas chamadas por vocação especial ao *estado de consagração, em instituto religioso ou secular. O CDC regula o exercício deste voto, que em geral implica certa renúncia à disposição dos bens próprios. Esta pobreza consagrada pode ser mais ou menos radical, consoante o direito próprio, devendo reflectir-se também na vida do próprio instituto. (PC 13; CDC 600; 640; 668). |
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