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purificação |
1. Em Teologia Espiritual, designa o processo de libertação progressiva dos pecados, tendências viciosas e defeitos, até à *perfeição cristã. Diz-se activa ou passiva, consoante se baseia no laborioso exercício das virtudes cristãs (como nos principiantes) ou, então, na força dos dons do Espírito Santo (como nos mais adiantados), mediante as chamadas noites dos sentidos e do espírito. Neste processo, não raro, sobretudo as almas de eleição experimentam graves dificuldades (aridez prolongada, escrúpulos, doenças, contrariedades…) que vão sendo superadas humilde e pacientemente com o auxílio de graças especiais. 2. Purificação de Nossa Senhora. Assim se chamava a festa litúrgica do dia 2 de Fevereiro, hoje chamada da *Apresentação do Senhor, a que o povo também chama da Candelária pela procissão de velas que precede a Missa. O nome antigo veio-lhe da impureza legal que, segundo a lei judaica, todas as mães contraíam durante 40 dias a seguir ao nascimento do filho varão, da qual se purificavam com um sacrifício no Templo de Jerusalém, rito a que Maria se quis sujeitar, embora dele estivesse dispensada pela sua maternidade virginal. (cf. Lc 2,22ss). 3. Em liturgia, o termo purificação emprega-se para significar: a) a terceira parte do *catecumenado que, juntamente com a “iluminação”, decorre normalmente durante a Quaresma e que prepara proximamente os catecúmenos para os sacramentos da *iniciação cristã (RICA 7c; 152-161); b) a purificação ou ablução das mãos do sacerdote na missa, depois do rito da preparação das oblatas, originariamente por exigência de higiene e hoje sobretudo como sinal de purificação interior; e, se necessário, depois da distribuição da Comunhão; c) a purificação do cálice e dos outros vasos sagrados usados na Comunhão (cânula, colher, píxide, patena…). |
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