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Questão Social |
Assim se ficou a chamar ao grave desequilíbrio social originado, nos meados do séc. XIX, pela Revolução Industrial, que teve por efeitos a concentração, nas periferia das grandes cidades dos países ricos, de multidões de proletários, explorados como mão-de-obra barata pelas empresas capitalistas. A “miséria imerecida” de grande parte da população desses países foi denunciada por Leão XIII, na primeira grande encíclica social, a *Rerum novarum (1891), sobre a “questão operária”, que também chamou a atenção para os perigos das ideologias (sobretudo a marxista) que se propunham como inspiradoras da solução da Q. S. A reacção dos católicos sociais acalentada pela encíclica e a progressiva organização sindical das massas trabalhadoras conseguiram melhorar a situação. Quarenta anos depois, Pio XI, na Enc. *Quadragesimo anno (1931), faz o ponto da situação, analisando o que chamou a “questão social”. Após a Segunda Grande Guerra (1939-1945), a situação melhorou significativamente nos países ricos, mas agravou-se em relação aos países do Terceiro Mundo que, em parte, tiveram acesso à independência política, mas passaram a ser vítimas de feroz neocolonialismo económico, que não podia deixar de preocupar a Igreja. Sinal desta preocupação foi a Enc. de Paulo VI *Populorum progressio (1967). V. Doutrina Social da Igreja. |
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