Apresentação

Siglas e Abreviaturas

Sugestões


relíquias
Originalmente eram os restos mortais dos mártires da fé que, no lugar da sepultura, passaram a ter veneração a eles referida. Depois também se vene­raram as relíquias dos confessores da fé e de outros fiéis com fama de santidade. Perante o perigo de profanação dos túmulos pelos povos bárbaros, muitas relíquias foram levadas para lugares seguros; e começaram a trocar-se entre Igre­jas relíquias dos seus santos. Tal costume acentuou-se com as Cruzadas, que trouxeram para o Ocidente muitas relíquias de santos orientais. O desejo muito generalizado de possuir relíquias levou ao comércio de falsas relíquias, que a Igreja sempre condenou, com sucesso relativo, o que deu argumentos às críticas dos reformadores protestan­tes, levando o Conc. de Trento a defen­der o culto das r., mas com a con­di­ção de serem autênticas ou de serem autenticadas. As formas tradicionais do culto das r. são a exposição, as procissões e, mais tardiamente, a bênção com elas (à semelhança da bênção com o SS. Sa­cramento). A reforma litúrgica do Conc. Vat. II aboliu a obriga­to­rie­dade de relí­quias nos altares (nomeadamente nas “pedras de ara”), embora recomen­de a colocação de r. autênticas na base dos altares (CDC 1237,2). Não é permitido vender r., nem transferir ou alie­nar r. insignes ou de grande devoção do povo, sem autorização da Santa Sé. São particularmente insignes os instrumentos da Paixão de J. C., partes do santo le­nho, da coroa de espinhos, os cravos e, se for autêntico, o *sudário de Turim.


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